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Trabalho Processo Penal 2020

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Sujeitos Processuais
Introdução
Conforme ensina Renato Brasileiro:
A existência de uma relação processual pressupõe o actum trium personarum: (A relação jurídico processual, ou instância é um ato de três pessoas). Em sede processual penal, a parte autora oferece a peça acusatória e invoca a prestação jurisdicional; o acusado é aquele contra quem se pretende o exercício da pretensão punitiva; ao juiz compete aplicar o direito objetivo ao caso concreto. Durante o curso dessa relação processual penal, diversas pessoas são chamadas a intervir, no exercício de uma profissão ou em defesa de um interesse, umas de maneira obrigatória, sem as quais sequer se pode cogitar da existência de um processo – juiz, autor e acusado –, outras de maneira facultativa, que podem (ou não) existir, mas cuja ausência não tem o condão de afetar a validade da relação.
Conceito: Etimologicamente, o vocábulo é de origem latina derivada de subjectus, de subjicere que significa submeter, subordinar e sujeitar. Partindo dessa premissa, os sujeitos processuais são aqueles que têm a competência prevista em lei para operar, ou seja, para realizar os atos do processo. Dividem-se em principais e secundários ou acessórios, dependendo de sua importância na formação da Relação Jurídico Processual.
Classificação dos Sujeitos Processuais:
· Sujeitos Processuais Principais: Participam da relação em caráter de obrigatoriedade, de modo que, sem eles, não se constitui um processo. São sujeitos processuais principais: O Juíz; O Acusado; O Ministério Público; O Querelante. Deles, forma-se a relação angular-processual, estando o juiz acima e entre as partes (em decorrência de sua imparcialidade).
· Sujeitos Processuais Secundários (acessórios ou colaterais): Integram a relação processual sem caráter de obrigatoriedade. Em suma, sua presença é facultativa. É chamado também de colateral, haja vista que se agregam ao polo ativo ou passivo processual. Faz parte desse grupo o assistente de acusação ou o fiador do réu.
· Sujeitos Processuais Terceiros: Intervêm no processo, mas não integram a relação jurídico-processual:
· Interessados: Possuem interesse na causa, nesse rol se enquadra o ofendido que vem prestar declarações.
· Não interessados: Não possuem direito a ser tutelado na causa, tal como a testemunha, o perito, escrevente, oficial de justiça e etc.
OBS: O ofendido pode ocupar 3 posições na relação processual, a depender da natureza da ação penal, assim:
· Se privada, ele é sujeito processual principal, haja vista ser querelante.
· Se pública, ele pode ser tanto sujeito processual secundário, se for habilitado nos autos como assistente da acusação, como terceiro interessado, se não houver habilitação.
O Ministério Público na ação penal subsidiária da pública é chamado de interveniente adesivo obrigatório, sendo impossível que o processo se desenvolva sem sua presença, sendo, desse modo, um sujeito principal. Já na ação penal privada exclusiva, sua intervenção será como Custos Legis (significa guardião da lei, fiscal da correta aplicação da lei, verdadeiro defensor da sociedade), sendo também obrigatória na relação processual. Logo, no processo penal, o Ministério Público sempre será sujeito processual principal.
Ressalte-se que os advogados não são sujeitos processuais, apenas representando algum sujeito processual.
O promotor não é sujeito processual, e sim o Ministério Publico.
DO JUIZ
Funções:
 No processo penal pressupõe-se a existência de um conflito de interesses, que é a pretensão resistida, formada pelo jus libertatis e o jus puniendi.
Nesse contexto, o Juiz, além de substituir a vontade das partes, está incumbido de aplicar o direito material ao caso concreto, de modo a solucionar a lide, e, por consequência, restabelecer a paz social. 
O juiz não é um mero espectador do processo, é seu dirigente; é quem o formula, segundo as regras previstas. No exercício de sua função judicante, deve formar seu convencimento pela apreciação ponderada e refletida dos fatos, das circunstâncias e alegações, constantes dos autos do processo.
Impedimentos e suspeição:
As causas de impedimento geram a incapacidade objetiva do Juiz, na medida em que são alusivas à sua relação com o objeto da lide. O Código de Processo Penal (CPP), outrossim, prevê as hipóteses de impedimento no art. 252, in verbis:
Art. 252: O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a questão;
IV - Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
A suspeição, por outro lado, diz respeito à incapacidade subjetiva do Juiz, eis que vincula o magistrado a uma das partes. 
As hipóteses de suspeição estão elencadas no art. 254, do CPP, in verbis:
Art. 254: O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser
recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
VI - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.
Ministério Público
A expressão parquet, normalmente utilizada como sinônimo de Ministério Público possui origem francesa, cujo significado é assoalho, tendo em vista que na Idade Média os procuradores do rei ainda não dispunham das garantias dos magistrados e assim, diante de uma audiência, recebiam determinação expressa para se sentarem no assoalho das salas ao invés de acomodarem-se no estrado.
No Brasil, somente com a Constituição Federal de 1988, se instaura um modelo acusatório de processo, com uma redefinição das funções do Ministério Público, onde poderá exercer, cumulativamente, a função de custos legis, além da propositura da ação penal. Inobstante, ao receber o Inquérito Policial, presidido pela autoridade policial, poderá requerer diligências, bem como pedir a extinção de punibilidade ou arquivamento, além de oferecer a denúncia.
Desta feita, o Ministério Público é parte parcial, considerando que pode pedir a absolvição do réu, além de outros benefícios que, eventualmente, julgar pertinentes ao caso concreto.
Assim a função do Ministério Público não está subordinada apenas à face acusatória, mas, ao exercício de uma função institucional que tem como escopo colaborar efetivamente para a realização da prestação da atividade jurisdicional, primando pela busca da verdade real e da razoabilidade, proporcionalidade e adequação em seus atos.
Impedimentos e Suspeição:
O art. 258 do CPP, impõe tratamento análogo entre o órgão ministerial e o Juiz, prevendo como causas de impedimento/suspeição as seguintes hipóteses:
Art. 258: Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes.
Ademais, o agente ministerial que requereu o arquivamento do inquérito policial ou peças de informação, referentes à ação penal promovida em razão de rejeição do pedido de arquivamento não se torna impedido, tampouco suspeito, ao oferecimento da denúncia,remetendo à Súmula 234, do STJ: “A participação do membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia”.

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