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Formação de 
Mediadores de Educação 
para Patrimônio
Yazid Jorge Guimarães Costa
Museus e 
patrimônio
para Patrimônio
SUMÁRIO
1. Apresentação ............................................................................. 99
2. O que é um museu?.................................................................. 100
3. Pequeno percurso dos museus no Ocidente .......................... 104
4. E no Brasil? .............................................................................. 107
5. Museu é patrimônio! ................................................................ 109
Referências bibliográfi cas ........................................................... 111
SE
LIGA!
Você se lembra qual foi a primeira 
vez que visitou um museu? Você 
sabia que muitos brasileiros nunca 
visitaram um museu e talvez 
passem a vida inteira sem vivenciar 
esta experiência?
1.
APRESENTAÇÃO
Plataforma MuseusBR do 
IBRAM (Instituto Brasileiro de 
Museu) indica a existência 
de 3.801 museus cadastra-
dos no Brasil, entre públicos 
e privados. Os moradores de 
São Paulo e Rio Grande do 
Sul são os estados brasilei-
ros que mais possuem uni-
dades museológicas no país, com 665 e 465 
museus, respectivamente. 
Quando olhamos para o resto do mun-
do, os números surpreendem ainda mais. 
A 26ª edição da publicação Museums of 
the World (2019) apresenta informações de 
mais de 55 mil instituições museológicas 
espalhadas por 202 países!
Faço, então, um convite aos participan-
tes do nosso curso: reflitam sobre o que é 
um museu, a partir da história dessa insti-
tuição e de suas transformações, sempre 
questionando: museu é patrimônio? Ao 
fim da jornada, quem sabe você não se tor-
na também um agente dos museus e do pa-
trimônio na sua comunidade?
PARA OS
CURIOSOS
A Plataforma MuseusBR foi 
implementada em 2015, ampliando 
o Cadastro Nacional de Museus 
(CNM). Está interligada ao Mapas 
Culturais, outra plataforma 
gerenciada pelo governo federal, 
com o objetivo de fornecer 
informações mais detalhadas sobre 
o setor museológico brasileiro, de 
modo colaborativo. 
Acesse a plataforma e veja quais 
museus há em seu bairro, cidade e 
estado: http://museus.cultura.gov.br
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 99
2.
O QUE É 
UM MUSEU?
m 2019, o Icom (Conselho Interna-
cional de Museus, sigla em inglês) 
buscou dar mais um passo em sua 
longa tentativa de definir o que é 
um museu, sem, no entanto, che-
gar a um consenso. E isso não é por 
acaso. Afinal, o mundo dos museus 
é extremamente vasto, represen-
tando pessoas e modos de viver 
inteiramente diferentes uns dos ou-
tros. Vamos trabalhar aqui com a definição 
disponível desde 2007 pelo próprio Icom:
Um museu é uma instituição perma-
nente, aberta ao público e sem fins 
lucrativos a serviço da sociedade e 
de seu desenvolvimento, que adquire, 
conserva, pesquisa, comunica e ex-
põe o patrimônio tangível e intangível da 
humanidade e do ambiente para fins de 
educação, estudo e deleite. 
Ainda que a definição proposta não 
tenha um valor legal, pois é elaborado 
por uma organização internacional não-
-governamental, ela tem sido utilizada com 
fins normativos nos diversos Estados Na-
cionais que possuem museus e buscam de-
senvolver políticas públicas para tais insti-
tuições. É o caso da Lei nº 11.904, de 14 de 
janeiro de 2009, que instituiu o Estatuto de 
Museus e deu outras providências relativa 
ao campo museológico brasileiro. Logo em 
seu primeiro artigo, afirma-se:
2.
100 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
SAIBA 
MAIS
Em setembro de 2019, realizou-se 
em Quioto, Japão, a 25ª Conferência 
Geral do Icom, quando o debate 
sobre uma nova definição de museu 
aconteceu. As discussões foram 
acaloradas e, por isso, suspensas 
temporariamente. A proposta 
discutida foi a seguinte:
“Os museus são espaços 
democratizantes, inclusivos e 
polifônicos para um diálogo 
crítico sobre o passado e o futuro. 
Reconhecendo e enfrentando os 
conflitos e desafios do presente, 
eles guardam artefatos e espécimes 
para a sociedade, salvaguardam 
diversas memórias para as futuras 
gerações e garantem direitos iguais 
e acesso igual ao patrimônio para 
todos os povos. Os museus não são 
lucrativos. Eles são participativos 
e transparentes, e trabalham em 
colaboração ativa com e para várias 
comunidades, a fim de coletar, 
preservar, investigar, interpretar, 
expor e expandir os entendimentos 
do mundo, com o propósito de 
contribuir para a dignidade humana 
e justiça social, para igualdade 
mundial e bem-estar planetário”.
E você, o que pensa sobre 
essa definição?
Art. 1º. Consideram-se museus, para os 
efeitos desta Lei, as instituições sem 
fins lucrativos que conservam, inves-
tigam, comunicam, interpretam e ex-
põem, para fins de preservação, estudo, 
pesquisa, educação, contemplação e tu-
rismo, conjuntos e coleções de valor his-
tórico, artístico, científico, técnico ou de 
qualquer outra natureza cultural, aber-
tas ao público, a serviço da sociedade 
e de seu desenvolvimento. 
Parágrafo único. Enquadrar-se-ão nesta 
Lei as instituições e os processos muse-
ológicos voltados para o trabalho com o 
patrimônio cultural e o território visando 
ao desenvolvimento cultural e socioeco-
nômico e à participação das comunida-
des. (BRASIL, 2009)
Assim, quando você observa as duas de-
finições – do Icom e do Estatuto de Museus – 
percebe que ambas possuem a mesma raiz, 
destacando que os museus devem estar a 
serviço da sociedade e de seu desenvolvi-
mento e que tal serviço acontece por meio 
de processos de conservação, pesquisa 
e comunicação do patrimônio (material, 
imaterial ou natural) de uma sociedade, en-
tendendo a interpretação, a educação e a 
exposição como algumas das faces do pro-
cesso de comunicação museológica.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 101
Perguntamos: será que tais definições 
servem para todos os museus? Será que 
um museu deixa de ser museu por não 
cumprir com uma ou mais dessas funções? 
Você sabia que um museu não deixa 
de ser museu por estar temporariamen-
te fechado? Claro que não, pois inúmeras 
outras atividades – exceto a visitação do 
público – permanecem ocorrendo mesmo 
a portas fechadas, como as ações de con-
servação, pesquisa e comunicação, que 
não se referem especificamente às expo-
sições apresentadas na sede do museu. É 
o caso do Museu do Ceará, em Fortaleza, 
cujo trabalho interno está preparando a 
instituição para as obras de restauro no Pa-
lácio Senador Alencar, sede da instituição, 
um bem tombado a nível federal, em 1973. 
O fechamento temporário também se jus-
tifica para permitir a reestruturação de sua 
exposição de longa duração, realizando 
assim um conjunto de ações que se enqua-
dram na musealização dos patrimônios 
salvaguardados pela instituição.
Um museu não vira uma empresa, ins-
tituição que tem por fim o lucro, ao cobrar 
ingressos ou abrir uma loja de souvenires, 
pois tais ações são subsidiárias à sua ma-
nutenção, como forma de colaborar com o 
financiamento das diversas atividades que 
são necessárias para o seu bom desenvol-
vimento, já que os custos de conservação 
dos patrimônios, incluindo a do próprio 
prédio da instituição, a manutenção do 
quadro de profissionais envolvidos, assim 
como os equipamentos e materiais perma-
nentes, são elevados.
Nem todos os museus estão abertos ao 
público no momento, no Brasil ou fora dele. 
Exposição
É apenas uma das 
diversas formas que 
o museu possui para 
realizar a comunicação 
museológica. Pode ser 
de “curta” ou “longa 
duração”, “itinerante”, 
“virtual”, realizada 
em salas ou a céu 
aberto. Como meio 
de comunicação mais 
tradicional aos museus, 
é frequentemente 
associada ao ato de 
ver, em detrimento 
dos outros sentidos, 
mas cada vez 
mais é possível 
encontrar exposições 
interativas nas quais 
outros sentidos são 
explorados e o público 
é sujeito ativo.
Musealização
Processo científico 
de valorização do 
patrimônio que é 
removido de seu 
contexto de origem, 
ganhandoo estatuto 
de museal, por meio 
de um conjunto de 
atividades relacionadas 
à preservação, pesquisa 
e conservação. 
Tal processo é 
conceitualmente 
próximo ao de 
patrimonialização, 
mas específico ao 
campo dos museus. 
Não se deve confundir 
com museificação, 
de aplicação 
pejorativa, visto como 
uma tentativa de 
“cristalização” de algo 
considerado “vivo”. 
Os objetos que são 
musealizados tornam-
se musealia.
102 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
Alguns sequer vão voltar a abrir as suas 
portas para visitação, como aqueles que 
neste momento estão sendo saqueados ou 
destruídos em zonas de guerra. Há aqueles 
vitimados pelas intempéries da natureza, 
assim como pelo descaso da própria 
humanidade, mesmo guardando artefatos 
e referências culturais que um grupo de 
pessoas resolveu proteger, não apenas para 
si, mas para os outros membros desse cole-
tivo que chamamos humanidade.
Os museus podem ser compreendi-
dos ainda, como afirma Pierre Nora (1993), 
como lugares de memória, no sentido de 
que os grupos organizadores desses espa-
ços têm sempre uma intenção de memó-
ria, que nunca é neutra. Esses museus são 
campos de disputa que objetivam o con-
trole das representações do pretérito, 
seja ele mais recente ou muito antigo. Essa 
chave interpretativa nos permite analisar os 
museus de história, que buscam refletir so-
bre as ações da humanidade no tempo, até 
os museus de arte contemporânea, que no 
seu processo de colecionamento ativo vão 
criando o passado da arte em tempo real, 
por meio das referências culturais dos gru-
pos envolvidos na sua gestão. 
As definições do que é um museu podem 
diferir em maior ou menor grau, mas existe 
um consenso: independente da forma, do 
meio ou das práticas, tais instituições de-
vem cumprir três funções específicas: (1) 
função científica, relacionada à produção 
do conhecimento; (2) função educativa, re-
lacionada à capacidade de educar por meio 
do patrimônio e (3) função social, quando a 
instituição integra essas funções e atua jun-
to com a sociedade que o circunda.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 103
3.
PEQUENO 
PERCURSO
DOS MUSEUS 
NO OCIDENTE
s museus que existem hoje 
têm uma história. Seja lon-
ga e gloriosa, mas não sem 
percalços, como o Museu 
Nacional, localizado no Rio 
de Janeiro (RJ), considera-
da a mais antiga institui-
ção museal brasileira, em 
atividade, mesmo após o 
terrível incêndio que o vitimou, em setembro 
de 2018, ironicamente data em que eram ce-
lebrados os seus 200 anos de atividade. 
Outros já têm uma história mais mo-
desta, mas não menos audaciosa e inova-
dora, como é o caso do Memorial do Ho-
mem Kariri, da Fundação Casa Grande, 
localizado na cidade de Nova Olinda (CE), 
na chapada do Araripe. 
Sediado em um prédio que estava em 
ruínas há décadas e restaurado em 1992, 
apresenta em seu acervo – além da própria 
sede, considerada sua primeira “peça” – 
acervo lítico e cerâmicas que são relaciona-
dos com os aspectos mitológicos da região. 
Um destaque desse museu é que sua equipe 
é composta por crianças e jovens que parti-
cipam de atividades formativas nas áreas de 
gestão cultural, arqueologia e museologia.
3.
PEQUENO 
terrível incêndio que o vitimou, em setembro 
de 2018, ironicamente data em que eram ce-
Outros já têm uma história mais mo-
desta, mas não menos audaciosa e inova-
Memorial do Ho-
 da Fundação Casa Grande, 
localizado na cidade de Nova Olinda (CE), 
Sediado em um prédio que estava em 
ruínas há décadas e restaurado em 1992, 
apresenta em seu acervo – além da própria 
sede, considerada sua primeira “peça” – 
acervo lítico e cerâmicas que são relaciona-
dos com os aspectos mitológicos da região. 
Um destaque desse museu é que sua equipe 
é composta por crianças e jovens que parti-
cipam de atividades formativas nas áreas de 
104 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
PARA OS
CURIOSOS
Sobre o Memorial do Homem Kariri, 
da Fundação Casa Grande, veja: 
https://www.facebook.com/fcgmhk/
Mas se esses dois museus são tão dife-
rentes entre si, há uma característica que os 
une: um coletivo de pessoas, ao longo do 
tempo, decidiu que valia a pena preservar 
algo (material e imaterial) para as futuras 
gerações, como referência da sua identida-
de cultural e o fez a partir de um processo 
de colecionamento. 
Assim, independentemente do nome, 
do tamanho e da história, museu e patri-
mônio são temáticas inseparáveis.
Essa relação, no entanto, nunca foi linear, 
ainda que possamos falar das origens do ter-
mo museu na Antiguidade (museum, no la-
tim; mouseion, no grego). Tais denominações 
remontam ao Templo dedicado às Musas, 
sendo o mais famoso deles o Mouseion de 
Alexandria, fundado aproximadamente no 
século III a.C., que sobreviveu por quase seis 
séculos, até ser destruído. Segundo Edward 
e Mary Alexander (2008), possuía estátuas 
de pensadores, papiros, instrumentos cirúr-
gicos e astronômicos, parque botânico e zo-
ológico, com funções próximas àquelas que 
atribuímos hoje às universidades ou centros 
de estudo, nos quais importantes pesquisa-
dores viviam e estudavam. 
É interessante observar que apesar do 
Mouseion apresentar um conjunto de funções 
diversas daquelas que atribuímos hoje aos 
museus, já possuíam coleções públicas de 
objetos valorizados por sua importância his-
tórica, estética, religiosa ou mágica, frequente-
mente armazenadas e expostas em templos.
Durante a Idade Média (entre os séculos 
X e XV), as igrejas, catedrais e monastérios 
foram os lugares frequentemente usados 
para venerar relíquias de santos, pro-
duzindo arte em diversos metais e pedras 
preciosas, manuscritos e outros objetos 
protegidos por seus fins religiosos, estéticos 
e históricos. Tais coleções também se bene-
ficiaram das ações das Cruzadas (séculos 
XI a XV), que produziam imensos espólios, 
tanto para a Igreja, quanto para soberanos 
do continente europeu, legando aos mu-
seus um estado de dormência conceitual. 
Isto significa que a vontade de memória e 
prática de colecionamento relacionada a 
ela permanece como uma característica da 
sociedade ocidental, mas seus fins, práti-
cas, funções e sujeitos envolvidos diferem 
daquilo que entendemos por museu hoje.
No início da Idade Moderna (séculos XV a 
XVIII) surgem as galerias e os gabinetes de 
curiosidades ou wunderkammer, com espe-
cial representatividade, respectivamente, na 
Itália e na Alemanha, lugares fruto do huma-
nismo do Renascimento, do expansionismo 
ultramarino europeu e do mercantilismo. 
As galerias eram lugares específicos 
para a apresentação de quadros e escultu-
ras, compostas por um longo corredor com 
iluminação proveniente de apenas um lado. 
Já os gabinetes eram lugares menores, 
normalmente quadrados, com uma tipolo-
gia extremamente diversa de objetos cole-
cionados, tais como animais empalhados, 
exemplares de botânica, joias, curiosidades 
de outros povos e lugares trazidos pelos 
navegantes. Tais lugares, porém, eram fre-
quentemente restritos aos seus proprietá-
rios, fossem eles príncipes, reis, papas ou 
grandes comerciantes de uma burguesia 
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 105
em ascensão. Também é nesse período que 
surgem os jardins botânicos em universida-
des, de modo a possibilitar o estudo siste-
mático do mundo vegetal.
O ato de colecionar coisas do mun-
do natural e da sociedade, por parte dos 
soberanos, para fins de deleite, pôde ser 
verificado ainda entre os Aztecas, povo 
pré-colombiano que vivia no território que 
atualmente é o México. Um de seus gover-
nantes, Montezuma II, mantinha casas 
de passatempo onde existiam jardins com 
tanques de água doce e salgada, diversas 
linhagens de felinos e aves aquáticas da re-
gião, além de uma equipe especializada no 
cuidado com os animais. 
No século XVII, as coleções, antes de 
acesso restrito, tornaram-se um modelo 
mais próximo do que temos hoje, com acer-
vos protegidos em prol do interesse público, 
num movimento vinculadoà criação de leis 
de proteção ao patrimônio artístico, como 
em Florença (1602) e Roma (1624 e 1745). 
Em 1671, é aberto ao público, na Uni-
versidade de Basel, Suíça, o Amerbach 
Kabinett, cuja coleção fora adquirida 
dez anos antes. Em 1683, na cidade de 
Oxford, Inglaterra, inaugurou-se o Ashmo-
lean Museum, fruto da coleção pessoal de 
Elias Ashmole, que no ano anterior doara 
seu acervo para a Universidade de Oxford, 
instituição que mantém o museu aberto 
até os dias de hoje, sendo considerado 
o mais antigo do mundo em atividade. 
É nesse movimento de abertura das cole-
ções, ainda muito restrita aos pesquisado-
res e intelectuais, que vai sendo forjada a 
ideia dos museus públicos. 
É no século XVIII que se firmam as ba-
ses para os Museus de História Natural, 
que serão influenciados pelo Iluminismo, 
desejosos de erudição e conhecimento so-
bre os mundos da natureza, desenvolven-
do técnicas de organização e classificação, 
aplicando o ideal de Razão em um proces-
so de ordenamento do mundo conhecido 
por meio dos objetos colecionados, cuja 
prática se associou fortemente ao pensa-
mento enciclopédico.
As consequências da Revolução France-
sa (1789), que marca o início da Idade Con-
temporânea, mostram a expansão e conso-
lidação, no continente europeu, de políticas 
de preservação do patrimônio, nas quais se 
incluem os museus. 
Em 1793, o Palácio do Louvre é aberto 
ao público como Museu da República, alte-
rando o estatuto dos objetos de valor histó-
rico e artístico confiscados junto à realeza, 
à Igreja e aos emigrados, que se tornam um 
patrimônio nacional a ser identificado, cata-
logado, protegido e exposto aos cidadãos.
O século XIX é considerado o século dos 
museus. Foi o momento no qual se cria-
ram redes de museus fundados no período, 
em diversos países, buscando dar conta da 
construção de memórias e identidades na-
cionais, educação estética e a populariza-
ção da ciência. Os acervos, pesquisadores e 
conhecimentos circulavam sobre o mundo 
que se conhecia e se ordenava por meio das 
peças colecionadas e do próprio mundo 
museal, com seus sistemas sendo desen-
volvidos e transformados em cada país, por 
meio dos intercâmbios científicos.
106 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
4.
E NO BRASIL?
também no século XIX que são 
fundados alguns dos mais impor-
tantes e antigos museus do Brasil, 
como o Museu Real (hoje Museu 
Nacional), em 1818; a Pinacote-
ca da Escola Nacional de Belas 
Artes (RJ), em 1851, que deu ori-
gem ao Museu Nacional de Belas 
Artes; o Museu Paraense Emílio 
Goeldi (PA), em 1866; o Museu 
Paranaense (PR), em 1876, e o Museu 
Paulista (SP), em 1895. Tais modelos foram 
sedimentando uma forma de pensar os mu-
seus calcada no cientificismo, protagoniza-
do notadamente pela atuação do Império 
brasileiro, assim como pelos presidentes de 
província e intelectuais do período. 
Na história dos museus brasileiros hou-
ve também experiências de colecionismo 
privado, que originaram museus ainda no 
século XIX, mas que infelizmente não so-
breviveram às provas do tempo, como o 
Museu Simoens da Silva (RJ), em 1879; e 
o Museu Rocha (CE), em 1894.
O primeiro teria uma feição mais pró-
xima de um gabinete de curiosidades, in-
cluindo obras de arte, armas, móveis, entre 
outros objetos colecionados por Simoens 
da Silva, descendente da aristocracia im-
perial, que o fundou quando tinha oito 
anos de idade, com fragmentos de cerâ-
mica chinesa e indiana descartados. En-
cerrou suas atividades em 1957, quando 
seu acervo foi à leilão em meio as disputas 
pelo patrimônio familiar. 
Já o segundo foi fundado pelo comer-
ciante, professor e cientista brasileiro Fran-
cisco Dias da Rocha, que colecionou itens da 
história natural por meio da aquisição e per-
muta de peças com outros museus brasilei-
ros e estrangeiros. Antes de seu falecimento, 
em 1960, doou a maior parte do seu acervo 
para diversas instituições como Gabinete de 
Zoologia da Escola de Agronomia, o Museu 
Zoológico de Farmácia e Odontologia e o Sa-
lão de História Natural da Escola Normal Jus-
tiniano de Serpa, todos em Fortaleza, Ceará.
É o século XX, no entanto, a era dos 
museus no Brasil.
4.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 107
Segundo dados do IBGE (Instituto Bra-
sileiro de Geografia e Estatística), existiam 
pouco mais de 20 (vinte) museus no início 
desse século. Na década de 1950 já eram 
contabilizadas mais de 100 (cem) institui-
ções. Em 1967, eram 232 unidades museo-
lógicas. O Anuário Estatístico do Brasil dava 
conta da existência de 1.225 museus em 
1988, um aumento de 630% de museus 
públicos (municipais, estaduais e federais) 
e 385% no caso dos museus privados.
Tal crescimento acompanhou os an-
seios da sociedade por lugares de memória, 
aliado a ações estatais que fomentaram a 
criação de instituições no país. 
É de se destacar o impacto da criação, 
em 1937, do Sphan (Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional), que deu for-
ma à atuação do Estado brasileiro peran-
te o patrimônio nacional, inspirados pelo 
ideal modernista. É no conjunto das polí-
ticas de preservação do patrimônio histó-
rico e artístico nacional que são criados 
alguns museus federais como o Museu 
Nacional de Belas Artes (RJ), em 1938; o 
Museu Imperial (RJ), em 1940; o Museu 
do Ouro (MG), em 1946; o Museu do Dia-
mante (MG), em 1954; o Museu da Repú-
blica (RJ), em 1960; o Museu Villa-Lobos 
(RJ), em 1961; e o Museu Regional de São 
João Del Rei (MG), em 1963.
Letícia Julião (2009) afirma que foram 
tímidas as ações do Sphan no setor museal 
comparadas àquelas voltadas para o pa-
trimônio edificado. No entanto, destaca o 
colecionamento ativo do Estado brasileiro, 
o desenvolvimento de critérios e procedi-
mentos técnicos relacionados à identifica-
ção, classificação e valorização de objetos 
adquiridos, além da ressignificação de ve-
lhos acervos. É o caso do Museu Histórico 
Nacional (RJ), que apesar de ter sido criado 
em 1922, em muito se beneficiou das ações 
de colecionamento do Sphan.
O I Encontro dos governadores de estado, 
secretários estaduais da área cultural, pre-
feitos de municípios interessados, presiden-
tes e representantes de instituições culturais, 
em 1970, teve como tema a Defesa do Pa-
trimônio Histórico e Artístico Nacional. 
Entre várias deliberações, o documento 
Compromisso de Brasília sugere a criação 
de museus regionais em todo o país, que 
deveriam ter seus acervos salvaguardados 
em prédios já tombados como patrimônio, 
de modo a dar um bom uso para um grande 
conjunto de bens arquitetônicos que a des-
peito de sua importância patrimonial, não 
eram utilizados pela sociedade. 
A adoção de políticas públicas especí-
ficas para os museus do país, no entanto, 
só se consolidou no século XXI, com a ela-
boração da Política Nacional de Museus 
(PNM), em 2003; a criação do Ibram (Insti-
tuto Brasileiro de Museus) e do Estatuto 
de Museus no ano de 2009; e, posterior-
mente, o lançamento do Plano Nacional 
Setorial de Museus 2010-2020.
PARA OS
CURIOSOS
Em agosto de 2019, a Secretaria da 
Cultura do Ceará, a Universidade 
Estadual do Ceará e o Museu 
Nacional assinaram um Protocolo 
de Intenções que tem como objetivo 
promover a cooperação técnica 
de base científica e cultural para a 
construção do Museu de História 
Natural do Ceará Professor Dias 
da Rocha, com base em ações de 
restauro, pesquisa e divulgação do 
acervo colecionado por Dias da 
Rocha, que encontra-se atualmente 
salvaguardado no Museu do Ceará.
108 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
5.
MUSEU É 
PATRIMÔNIO!
pesar da democratização dos 
museus no século XX, com a 
abertura de diversas institui-
ções públicas e privadas, o fo-
mento ao colecionismo e os 
usos educacionais dos mu-
seus, tais instituições ainda 
podem ser analisadas como 
lugares elitistas, destinados 
apenas a uma pequena par-
cela da população, ao mesmo tempo em que 
se luta para demarcar o seu potencial para a 
educação da humanidade e o seupapel no 
desenvolvimento de uma sociedade plu-
ral e respeitosa das diferenças culturais.
As décadas de 1960 e 1970 foram parti-
cularmente importantes para a história dos 
museus contemporâneos, quando esses 
passaram a ser frequentemente criticados 
em países como a França. Tais críticas evi-
denciavam o fato de que a maior parte do 
acervo das instituições museais tinha sido 
colecionada por meio de práticas violen-
tas, com o extermínio da cultura de povos 
nativos de diferentes continentes durante os 
processos de colonização por parte das na-
ções europeias. Não à toa, fala-se muito atu-
almente em repatriação de objetos, de gran-
des museus para os seus lugares de origem.
Assim, esse é um momento de transfor-
mação nos paradigmas dos museus, cujo 
foco havia sido, até então, o cuidado rela-
cionado aos bens materiais salvaguardados 
pela instituição, promovendo, entre outros 
aspectos, uma comunicação museológica 
na qual apenas os profissionais de museus 
eram autorizados a produzir conhecimento, 
enquanto aos visitantes cabia um papel 
passivo de receptores de informações. 
Essa mudança de paradigma pode ser 
observada quando o foco se desloca dos 
objetos para os sujeitos dos museus. 
Maria Célia Teixeira Moura Santos (1996) 
entende esse movimento como a substitui-
ção da preservação pela apropriação/re-
apropriação do patrimônio cultural. Nesse 
aspecto, tanto o público interno do museu, 
quanto o público externo (visitantes, volun-
tários, moradores do entorno etc.) devem 
participar ativamente das tomadas de deci-
são da instituição e não apenas a sua Dire-
toria. Essa mudança permeia os processos 
museais numa perspectiva inclusiva, respei-
tando e valorizando as diferentes saberes e 
experiências, tendo como objetivo promover 
o sentimento de pertencimento, um dos 
elementos básicos para a valorização dos 
patrimônios locais, regionais ou nacionais.
Afinal, como pensar museus e patrimô-
nio, sem tratar das identidades que estão 
sendo encenadas e reencenadas nos acer-
vos, expostos ou salvaguardados nas reser-
vas técnicas? O que se pode afirmar é que, 
ao longo dos últimos trinta anos, buscou-se 
cada vez mais integrar o público externo nos 
processos museológicos, desde a coleta de 
novos acervos, montagem de exposições etc. 
Mesmo os museus tentando ressigni-
ficar suas práticas e seus discursos por 
meio de ações de inclusão, a matéria sobre 
a qual este trabalho é realizado – o acervo – 
foi “colecionado” muito anteriormente. Isso 
traz algumas complicações quando coloca-
mos em destaque a valorização da diversi-
dade cultural, como no caso das culturas 
Reserva Técnica
Área do museu 
destinada à guarda de 
objetos que estão fora 
do circuito expositivo. 
Nela, as peças 
são devidamente 
higienizadas e 
catalogadas, à 
espera de novas 
exposições, produção 
de pesquisas, 
catálogos e livros. Sua 
existência parte do 
princípio de “expor 
menos” (objetos) para 
“comunicar mais” 
informações.
5.
Reserva Técnica
Área do museu 
destinada à guarda de 
objetos que estão fora 
do circuito expositivo. 
Nela, as peças 
são devidamente 
higienizadas e 
catalogadas, à 
espera de novas 
exposições, produção 
de pesquisas, 
catálogos e livros. Sua 
existência parte do 
princípio de “expor 
menos” (objetos) para 
“comunicar mais” 
informações.
Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 109
afro-brasileiras e indígenas. Afinal, como 
representar em um museu práticas culturais 
sobre as quais ele não possui acervo? 
A primeira possibilidade é a elaboração 
de uma política de aquisição e descarte 
de acervos, que é um dos itens necessários 
do desenvolvimento do Plano Museológi-
co de cada instituição, conforme determina 
o Estatuto de Museus. Por meio dessa po-
lítica, o museu pode cada vez mais cumprir 
sua função social.
Uma outra possibilidade é quando o Es-
tado – por meio dos governos municipais, 
estaduais, federais – desenvolve ações prá-
ticas de reparação. É o caso do Memorial 
da Liberdade (SP), criado em 2002. Desde 
2009, ele é aberto ao público como Memo-
rial da Resistência e trata da resistência 
à repressão política do Brasil republicano, 
por meio da musealização de parte do edi-
fício que foi sede do Departamento Estadu-
al de Ordem Política e Social de São Paulo 
(DEOPS/SP), uma das polícias políticas 
mais truculentas do país, principalmente 
durante o regime militar (1964-1985).
Em Fortaleza, desde 2013, no prédio da 
SecultFOR, antiga sede da Polícia Federal, 
encontramos o Memorial da Resistência, 
espaço de memória do período da ditadura 
militar no Ceará. O Memorial abriga a ex-
posição permanente Arquivo das Sombras, 
destinada a provocar o debate sobre a liber-
dade democrática e os direitos humanos.
Plano 
Museológico
Documento que, além 
de registro da história 
do museu, torna-se 
um instrumento de 
planejamento a curto, 
médio e longo prazo. 
Pode ser pensado 
para uma década, 
ainda que venha 
a ser modificado, 
incrementado ou 
aperfeiçoado ao 
longo do período 
programado para a 
sua execução.
Além disso, o Ibram tem fomentado a 
criação de Pontos de Memória e museus 
comunitários, cujos focos são a promoção 
de processos museológicos em pequenas 
comunidades (como exposições, rodas de 
conversa, seminários), objetivando a pre-
servação da memória e do patrimônio cul-
tural local, por meio do protagonismo das 
comunidades tradicionalmente excluídas 
de uma narrativa oficial da história, disse-
minando assim uma política pública de di-
reito à memória e à diversidade cultural. 
É nesse sentido que a Prefeitura Munici-
pal de Fortaleza inseriu a criação, entre as 
metas do Eixo Cultura e Patrimônio do 
Plano Fortaleza 2040, em parceria com or-
ganizações da sociedade civil, de no mínimo 
dois museus comunitários e um Centro 
de Memória dos Bairros em cada Distrito 
Cultural, além de um Centro de Referência 
da Memória de Fortaleza, de modo a pos-
sibilitar aos munícipes conhecer, reconhecer 
e difundir as memórias dos diversos grupos 
sociais que compõe a cidade.
SE
LIGA!
Sobre o Plano Fortaleza 2040 e a 
formação dos Distritos Culturais, 
reveja o fascículo nº 2 do curso.
PARA OS
CURIOSOS
O que você achou dessa pequena 
história dos museus? Percebeu que 
não há um museu igual ao outro? 
Houve alguma vez que você foi a 
um museu e pensou: “Esse lugar 
não me representa!?” É possível 
fazer uma campanha, no seu bairro, 
para a musealização daquilo que 
identifica os moradores que estão 
nas imediações da sua casa, escola 
ou trabalho? Que tal uma visita, 
agora qualificada, a museus que 
nunca conheceu?
110 FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE
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to the History and Functions of Museums. 
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Museus – 2010/2020. Brasília, DF: MinC/
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por dependência administrativa, segundo 
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Processo museológico e educação: 
construindo um museu didático-
comunitário. In: Cadernos de 
Sociomuseologia, vol. 7, n. 7, 1996.
AUTOR
Yazid Jorge Guimarães Costa é 
historiador, membro do Grupo de 
Estudos e Pesquisa em Patrimônio 
e Memória do Departamento de 
História da Universidade Federal do 
Ceará (UFC). Pesquisador doutorando 
em História na UFC e em Museologia 
na Universidade Lusófona de 
Humanidades e Tecnologias de 
Lisboa, Portugal. Ingressou no 
mundo dos museus a partir do 
Museu do Ceará, onde estagiou, 
experiência que possibilitou a escrita 
de sua dissertação de mestrado 
em Memória Social (UniRio), na 
qual analisou os usos políticos da 
memória em um contexto museal.
ILUSTRADOR
Daniel Dias é ilustrador e artista 
gráfico, com extensa produção em 
projetos editoriais, sendo a maior 
parte destinada ao público infantil 
e infantojuvenil. Seu trabalho tem 
como base a pesquisa de materiais e 
estilos, envolvendo estudo de técnicas 
tradicionais de pintura, desenho, 
fotografia e colorização digital.
111Formação de Mediadores de Educação para Patrimônio 111
Este fascículo é parte integrante do projeto 
Formação de Mediadores de Educação 
Patrimonial, em decorrência do Termo de 
Fomento celebrado entre a Fundação Demócrito 
Rocha e a Secretaria Municipal de Cultura de 
Fortaleza, sob o nº 02/2019.
Todos os direitos desta edição reservados à:
Fundação Demócrito Rocha
Av. Aguanambi, 282/A - Joaquim Távora 
Cep 60.055-402 - Fortaleza-Ceará 
Tel.: (85) 3255.6037 - 3255.6148 - Fax (85) 3255.6271
fdr.org.br 
fundacao@fdr.org.br
EXPEDIENTE: 
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ISBN: 978-85-7529-959-3 (Fascículo 8)
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