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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL
Teoria geral da constituição
· Natureza jurídica do direito constitucional: direito público.
· Conceito do direito constitucional: é o ramo que expõe, interpreta e sistematiza os princípios e as normas fundamentais do Estado.
· A teoria geral da constituição é a investigação do valor da constituição, o estudo da eficácia de suas normas constitucionais e os seus critérios de interpretação.

· Conteúdo do direito constitucional: - princípios e normas fundamentais do Estado.
1) Normas relativas á estrutura (espacial).
2) Normas relativas a forma de governo.
3) Modo de aquisição e exercício do poder.
4) Organização dos órgãos/poderes.
5) Limites da atuação dos poderes.
6) Direitos e garantias fundamentais.
7) Regras básicas referentes á ordem econômica e social.
· O estudo do direito constitucional também compreende: a investigação do valor da CF, sua eficácia e critérios de interpretação.
Constitucionalismo
· Conceito de constitucionalismo para o direito: foi um movimento social, político e jurídico que procurou limitar o poder do Estado através do estabelecimento de constituições.
· Conceito de constitucionalismo de acordo com o movimento político e cultural: o constitucionalismo veio em oposição ao absolutismo, e esse movimento trazia como solução a adoção de constituições escritas de origem popular e hierarquicamente superior ao ordenamento jurídico.
· Conceito de constitucionalismo de acordo com a teoria normativa da política: o constitucionalismo sustenta o poder político e o fortalecimento dos fundamentos fundamentais.
· Antecedentes históricos do constitucionalismo:
a) Na antiguidade, as ações que visavam a fiscalização do poder.
b) Na Idade Média, a magna carta, previa a proteção aos direitos individuais, porém documento que não foi cumprido.
c) A importância da prática do constitucionalismo veio com a petition bof rights e a Bill of rights, e nessa linha veio os forais ou cartas de franquias (proteção dos direitos individuais- com a participação dos súditos).
d) Contratos de colonização.
OBS: Estes documentos iniciaram o processo de constitucionalismo na Europa.
· A primeira constituição brasileira foi elaborada em 1824 por D. Pedro I.
· Constitucionalismo na atualidade:
1) Constitucionalismo social= previsão constitucional de direitos sociais.
2) Transconstitucionalismo= aborda a relação entre o direito interno e o direito internacional, visando uma melhor tutela dos direitos fundamentais.
3) Constitucionalismo do futuro= prevê como serão as novas constituições, as quais terão como fundamento valores fraternais e solidários.
4) Constitucionalismo transnacional= elaboração de uma constituição aplicável a vários países. Não existem exemplos concretos.
5) Neoconstitucionalismo= procura não apenas limitar o poder do Estado por meio da constituição, mas também busca-se uma maior a eficácia da constituição, e o seu modelo normativo é axiológico.
Constituição
· Constituição conceito: é o conjunto de leis fundamentais que designa o corpo de regras e definem a organização fundamental do Estado, e demonstra o modo pelo qual o Estado se estabelece e se forma.
· Sentido genérico de constituição: organização de algo.
· Os conceitos de constituição podem ter o sentido: sociológico, político e jurídico.
A) Conceito sociológico: (Ferdinand lassand) a constituição escrita é apenas uma folha de papel, a constituição real e efetiva é a soma das forças sociais que regem o país.
B) Conceito político: (Carl Schmitt) refere-se a constituição como decisão política fundamental (estrutura e órgãos do Estado por ex). Faz distinção entre constituição e leis constitucionais
C) Conceito Jurídico: (Hans kelsen) faz uma análise pura e lógica normativa, a constituição deve ser analisada sem qualquer fundamentação sociológica, política ou filosófica.
Estrutura da constituição
· Forma: é um complexo de normas escritas ou costumeiras.
· Conteúdo: são condutas humanas motivadas pelas relações sociais.
· Finalidade: é a realização de valores que apontam para a existência da humanidade.
· Causa: é criadora e recriadora, o poder sempre emana do povo.
Poder Constituinte
· É o poder de organização das normas do Estado.
· Ou seja, é o poder de elaborar uma nova constituição, como também de reformar a vigente.
· Características do poder constituinte:
· Estabelece uma nova ordem jurídica fundamental para o Estado.
· Tem o poder como faculdade de impor determinada vontade.
· Os poderes instituídos: não podem criar uma nova constituição- poderes legislativo, executivo e judiciário.
· A ideia de poder constituinte surgiu no século xviii, vésperas da revolução francesa, começo do surgimento da ideia de que o poder emana do povo.
Natureza do poder constituinte- possui duas teses:
a) Poder Constituinte como um poder de direito: seria um poder de direito, que deriva de regra jurídica anterior ao Estado que se funda, regra baseada no direito da liberdade.
b) Poder Constituinte como um poder de fato: é um poder que não se baseia em regra jurídica prévia, uma força que se impõe como tal.
· Poder de fato: aquele que se realiza na prática, mesmo que em desacordo com as leis.
· Poder de direito: é aquele que está de acordo com as leis ou com os costumes, mas que não necessariamente é exercido de fato.
Características
· Titulariedade do poder constituinte: pertence ao povo.
· Agente do poder constituinte: representantes eleitos para compor a assembleia constituinte.
OBS: os parlamentares escolheram a assembleia constituinte, porém o povo que deveria ter escolhido.
· Atos que dão validade a aceitação do titular (povo):
a) Aceitação presumida: o agente deve ser designado pelo titular para estabelecer a constituição.
b) Aferida posteriormente: por referendum (a constituição é sujeita a manifestação do povo) ou tacitamente (quando a constituição é colocada em prática ganha eficácia).
· A constituição de 1988 foi aferida posteriormente de forma tácita.
Modalidades do poder constituinte originário (Poder de fato) Subdivisão
· Histórico: seria a primeira estrutura do Estado.
· Revolucionário: seriam todas as estruturas posteriores a primeira.
Características
· Inicial: instaura uma nova ordem jurídica.
· Autônomo: Essa nova ordem jurídica será determinada autonomamente.
· Ilimitado juridicamente: não tem que respeitar os limites postos pelo direito anterior.
· Incondicionado e soberano nas tomadas de decisão: não tem que submeter se a qualquer forma prefixada de manifestação.
· Poder de fato e poder político: força social, que possui natureza pré- jurídica, e inicia se com a sua manifestação.
· Permanente: é um poder que não se esgota com a edição de uma nova constituição.
Formas de expressão
· Outorga: declaração universal do agente revolucionário.
· Promulgada: Nasce da deliberação da manifestação popular.
Poder constituinte derivado (Poder de direito)
· Também conhecido como instituído, constituído, secundário ou se segundo grau.
· É um poder criado e instituído pelo originário. Dele decorre a produção de normas de caráter constitucional.
Características
· É limitado e condicionado,	deve obedecer as regras impostas pelo poder originário.
Poder constituinte derivado reformador ( Poder jurídico)
· Possui a capacidade de modificar a constituição a CF por meio de procedimento especifico, estabelecido pelo poder originário.
· É um poder jurídico.
· A manifestação desse	poder é através de emendas constitucionais.
· Exigências para a aprovação da proposta: a proposta deverá ser discutida e votada em cada casa do congresso nacional, em dois turnos, considerando se aprovada de obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos membros, sessão bicameral.
· Limites explícitos: estão no enunciado da CF, as emendas constitucionais não podem ocorrer em situações de instabilidade política.
a) Limites materiais: os assuntos que não podem ser objeto de modificação, são as clausulas pétreas.
b) Limites formais/ temporais: pode ser	realizada após cinco anos da promulgaçãoda Constituição.
c) procedimentais: estabelece rito para a alteração, sob pena de inconstitucionalidade.
· Limites implícitos/ tácitos: decorrem da impossibilidade de alterar os princípios adotados pela CF/88, por ex:
a) O titular do poder constituinte.
b) O titular do poder reformador.
c) Os relativos ao processo de emenda.
Poder constituinte derivado revisor (Poder jurídico)
· É um poder condicionado, limitado e vinculado ao poder originário.
· O processo de revisão está limitado por uma força maior que é o poder constituinte originário, por isso pode ser denominado como “competência de revisão”.
· O art. 3* do ADCT determinou que a revisão constitucional seria realizada após 5 anos, contados da promulgação da constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do congresso nacional, em sessão unicameral. – procedimento simplificado.
· Essa revisão só pode acontecer 1 vez.
· Limites materiais desse	poder: são assuntos que não podem ser modificados, são as “clausulas pétreas”:
· A forma federativa de Estado.
· o voto direto, secreto, universal e periódico.
· a separação dos poderes.
· os direitos e garantias fundamentais.
· Tivemos 6 emendas de revisão.
· A revisão da CF/88 já foi efetuada em 1993. Atualmente, o único modo formal de alterar a Constituição de 1988 é através de Emendas Constitucionais (art. 60, CF/88).
Poder constituinte derivado decorrente (poder jurídico)
· Sua missão é estruturar a constituição dos estados federados, ou em momento seguinte, se necessário modificá-la. Tal competência desse poder decorre da capacidade de:
a) Auto-organização.
b) Autogoverno.
c) Autoadministração.
· O exercício desse poder foi concedido as assembleias legislativas.
· Limites para o poder constituído derivado decorrente:
a) Princípios constitucionais sensíveis: os Estados-membros, ao elaborar as suas constituições e leis, deverão observar os limites fixados no art.34, vIII, “a-e”, da CF/88.
b) Princípios constitucionais estabelecidos: proíbem a ação indiscriminada do poder constituinte decorrente, funcionam como balizas reguladoras da capacidade de auto-organização dos Estados.
c) Princípios constitucionais estendíveis: normas organizatórias destinadas a união, mas que se estendem aos Estados. EX: normas de eleição para governador.
Poder constituinte difuso (Poder de fato)
· Serve de fundamento para os mecanismos de atuação da mutação constitucional.
· Esse poder se instrumentaliza de modo informal e espontâneo, ou seja, é um processo informal de mudança da constituição, altera se o seu sentido interpretativo e não o seu texto, que permanece intacto.
· Leva em conta fatores sociais, políticos e econômicos para atribuir novo sentido a norma.
· Essa nova interpretação não pode macular os princípios estruturantes da constituição.
· Pode ocorrer a qualquer momento e dispensa formalidades.
Poder constituinte supranacional
· Esse poder busca sua fonte de validade na cidadania universal, no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na vontade de integração e num conceito remodelado de cidadania.
· Visa criar uma constituição supranacional legítima.
· Faz ás vezes um poder constituinte porque cria uma ordem jurídica- reorganiza a estrutura de cada um dos estados.
· É supranacional por distinguir se do ordenamento interno e do direito internacional
Classificações das constituições
· Quanto à origem, podem ser: outorgadas, promulgadas, cesaristas e pactuadas.
· Outorgada é a constituição imposta, de maneira unilateral, pelo agente revolucionário, que não recebeu do povo legitimidade para em nome dele atuar. Ex: 1824, 1937, 1967.
· Promulgada é aquela constituição fruto do trabalho de uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita diretamente pelo povo, para em nome dele atuar. Ex: 1891,1934, 1946 e 1988.
· Cesarista é a constituição que não é propriamente outorgada, mas tampouco é democrática. É formada por um plebiscito popular sobre um projeto elaborado por um imperador, a participação popular serve apenas para ratificar a vontade do detentor do poder. Ex: 1969.
· Pactuada são as que surgem através de um pacto, o poder constituinte originário se concentra nas mãos de mais de um titular. Ex: magna carta.
OBS: diferença entre constituição e carta.
Constituição promulgada, teve sua origem em uma assembleia nacional constituinte. Já carta é o nome reservado para aquela constituição outorgada.
· Quanto á forma, as constituições podem ser: escritas ou costumeiras.
· Escrita seria a constituição formada por um conjunto de regras sistematizadas e organizadas um único documento, estabelecendo as normas fundamentais de um Estado.
· Costumeira não traz regras em um único texto solene e codificado. É formada por “textos” esparsos, reconhecidos pela sociedade como fundamentais. Baseia se nos costumes, jurisprudência, convenções. Ex: Constituição da Inglaterra.
OBS: atualmente inexistem constituições totalmente costumeiras.
· Quanto á extensão, podem as constituições ser: sintéticas ou analíticas.
· Sintéticas seriam aquelas enxutas, contém essencialmente normas gerais sobre matérias constitucionais. Apresentam maior estabilidade.
· Analíticas são as que além de normas gerais, apresentam detalhamento de matérias que disciplinam, e normalmente tende a minúcias.
· Quanto ao conteúdo, o conceito de constituição pode ser tomado tanto em sentido material como formal.
· Material será aquele texto que contiver apenas matéria constitucional. Ex: organização dos órgãos do Estado e direitos e garantias fundamentais.
· Formal será aquela que não terá apenas matéria constitucional, independe do conteúdo da norma, mas por estar inserido dentro da constituição será tratado como matéria constitucional.
· Quanto ao modo de elaboração poderão ser dogmáticas ou históricas.
· Dogmáticas, sempre escritas, resumem dogmas estruturais, ideologias fundamentais do Estado para o momento da elaboração da constituição.
· Históricas, sempre costumeiras, constituem se através de um lento processo de formação, reunindo a história e as tradições de um povo.
· Quanto a alterabilidade, as constituições podem ser: rígidas, flexíveis, semirrígidas, imutáveis e super rígidas.
· Rígidas, são aquelas que exigem para a sua alteração, um processo legislativo árduo (especial), mais complexo que o da elaboração de leis ordinárias. Art. 60 CF/88
· Flexíveis, são aquelas em que a dificuldade de alterar a constituição é a mesma encontrada para alterar uma lei que não é constitucional.
· Semi rígidas, aquelas em que algumas matérias exigem um processo de alteração mais dificultoso do que o exigido em leis não constitucionais, enquanto outras não requerem tal formalidade.
· Imutáveis, são constituições inalteráveis, intocáveis.
· Super rígidas, além de processo legislativo diferenciado, possui clausulas pétreas.
· Quanto á sistemática, podem ser: reduzidas e variadas.
· Reduzidas ou codificadas, é um documento constitucional único.
· Variadas, seriam aquelas constituições que se distribuem em vários textos e documentos esparsos.
· Quanto á dogmática vale se do critério ideológico, podem ser: ortodoxa ou eclética.
· Ortodoxa, é aquela formada por uma só ideologia.
· Eclética, seria aquela formada por ideologias conciliatórias.
· Quanto á correspondência com a realidade (critério ontológico), refere se a correspondência entre a realidade política do Estado e o texto constitucional além do exercício do poder político. São: normativas, nominalistas e semânticas.
· Normativas, ajuste perfeito entre os mandamentos e o exercício de poderes públicos, a efetividade é em razão da prática do poder.
· Nominalistas, é uma constituição sem efetividade, por ser reinteramente descumprida, desprezada pelo poder público.
· Semânticas, é aquela que prevê mecanismos que permitem a perpetuação do governo poder, essa constituição serve para conferir legitimidade aos detentores de poder.
· Quanto ao sistema, pode ser classificada em principiológica e preceitual.
· Principiológica é a preponderância denormas com alto grau de abstração que consagra valores, precisa de mediação para sua concretização. A Brasileira é mista.
· Preceitual é a constituição que tem preponderância de regras, pouco grau de abstração e possibilita aplicação coercitiva.
· Características da constituição de 1988:
· Promulgada.
· Escrita.
· Analítica (ampla).
· Formal (tendência para um critério misto).
· Dogmática.
· Rígida.
· Reduzida (unitária).
· Eclética.
· Normativa (pretende ser).
· Principiológica.
· Definitiva.
Eficácia e aplicabilidade das normas constitucionais
RELEMBRANDO:
· Norma vigente produz efeito, possui amparo da CF.
· Vigência é o lapso temporal que a norma produz efeito.
· Eficácia é a qualidade de aplicabilidade das normas.
· As normas constitucionais, podem ser de eficácia: plena, contida e limitada.
· Todas as normas constitucionais possuem eficácia jurídica, o que é variável é o grau de aplicabilidade da eficácia.
Normas constitucionais de eficácia plena (aplicabilidade direta)
· Normas de eficácia plena e aplicabilidade direta/ integral, são aquelas que produzem efeitos no mesmo momento em que entra em vigor na constituição, independentemente de norma integrativa.
· São normas completas.
· Contém informações necessárias á sua compreensão, não depende de regulação normativa posterior para a produção de efeitos.
· Ex: Art. 5*, SS 1*,2* e 3*.
· 3* . “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”.
Normas constitucionais de eficácia limitada (aplicabilidade diferida)
· São normas que dependem de complementação.
· São	normas	incompletas	cuja	a	aplicabilidade	depende	da regulamentação posterior tornando a uma norma mediata.
· As normas de eficácia limitada, possui obrigatoriedade de observância, mesmo limitadas, tais normas produzem efeitos mínimos antes de sua regulamentação.
· Efeitos mínimos:
· Fenômeno da não recepção.
· O condicionamento do legislador que não pode contrariar o previsto texto constitucional.
· Dentro das normas de eficácia limitada, temos:
a) Normas de principio institutivo.
São aquelas que surgem da necessidade de criação, organização ou disciplina de competência de órgãos, instituições e entes políticos.
Tais normas devem ser observadas pelos entes públicos que estão condicionados a instituírem o que foi previsto. Ex: art. 18 referente a organização municipal e criação de entes federativos.
b) Normas de principio pragmático.
Normas que surgem da necessidade de execução estatal de programas sociais ou econômicos, estabelecidos no texto constitucional.
Essas normas tem caráter vinculante, e impõe ao pode público a execução de programas econômicos, estas, dependem de disponibilidade orçamentária do poder público. Essas normas estabelecem metas. Ex: art 3, III, erradicar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais.
Normas constitucionais de eficácia contida (aplicabilidade imediata)
· São normas completas e claras.
· Possuem aplicabilidade imediata, porém permite que os seus efeitos sejam restringidos por uma regulação infra- constitucional posterior, ou seja, prevê que a edição de uma lei ou prática de um ato pelo poder publico venha a restringir o seu alcance.
· A restrição não é da aplicabilidade da norma, mas sim dos seus efeitos nela previsto. Ex: art 5 XIII, “é livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as classificações profissionais que a lei estabelecer”.
Interpretação das normas constitucionais
· Conceito de interpretar: interpretar é atribuir um significado ou um sentido ao texto da norma.
· Ato interpretativo é uma atividade volitiva, que envolve a vontade do agente interpretativo de extrair o significado da norma.
· A doutrina entende que a operação de interpretar não é objetiva, na verdade é subjetiva.
· O método utilizado para interpretação das normas jurídicas: Lógico- sistemático.
Princípios interpretativos
· São implícitos, não se encontram no texto constitucional.
· Passagem do objetivo para o subjetivo: para a criação de uma lei, primeiro tem a situação concreta, para depois sua abstração ser realizada.
· Passagem do subjetivo para o objetivo: para a interpretação, primeiramente existe uma abstração, para depois surgir sua concretização.
· Princípios não possuem validade, possuem pesos (coexistência).
· Cada principio terá um efeito particular.
PRINCÍPIOS
1. Princípio da supremacia da CF
· Reconhece que a CF é a norma superior em qualquer situação.
· A lei é sempre interpretada a partir da CF.
2. Princípio da máxima efetividade (do texto constitucional)
· Ex: em uma norma de eficácia limitada, é preciso retirar o máximo de sua efetividade.
· O interprete sempre deve retirar do texto constitucional a melhor eficácia.
· Nenhum artigo nunca pode ser considerado sem qualquer efeito.
3. Princípio da unidade da CF
· É necessário o interprete reconhecer que a CF é um sistema de normas válidas de mesmo grau hierárquico.
· É importante interpretar a CF como um todo (conjunto de normas).
4. Principio do efeito integrador
· A interpretação constitucionalmente adequada será aquela que procura promover a integração social e política, favorecendo assim a unidade política do Estado.
· Toda ação política deve também ser pensada de forma social.
5. Principio da concordância prática ou harmonização
· Esse princípio busca harmonizar as diversas normas e valores em conflito com o texto constitucional, de modo que se evite a exclusão ou sacrifício de algum deles.
· O princípio sempre deve preferir as normas constitucionais.
6. Principio da força normativa
· O texto constitucional não é meramente reprodutor da realidade.
· Sua função real é orientar a conduta dos agentes públicos de influenciar a sociedade.
7. Princípio da proporcionalidade/ razoabilidade
· A proporcionalidade tem por objetivo encontrar a exata medida do necessário, de modo que através uma ponderação, verificaremos qual das previsões normativas da constituição mostra se mais adequada, menos excessiva.
· Em caso de princípios em conflito utiliza se:
a) Adequação
Deve se verificar, se o ato ou fato em questão é apto a ser resguardado pelo Estado.
b) Necessidade
Procura se analisar por esse requisito, o meio menos gravoso.
c) Proporcionalidade em sentido estrito
Tal requisito pressupõe uma ponderação entre os pesos acarretados e benefícios aferidos para verificar se o fato é justificável.
Dos princípios fundamentais
ART. 1°- Dos princípios fundamentais/ ou fundamentos
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
ART. 2°- Princípio de organização política (separação dos poderes)
São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
ART. 3°- Objetivos/ metas fundamentais
Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
ART. 4°- Princípios de relações internacionais
A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz;
VII - solução pacífica dos conflitos;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
Dos Direitos fundamentais- Art. 5° ao 17° da CF Conceito de direitos fundamentais
· São inerentes a pessoa humana, reconhecidos internacionalmente.
· São aqueles indispensáveis a pessoa humana, necessários para assegurar a todas as pessoas uma existência digna e pautada pelos princípios de igualdade e liberdade.
· Não basta tais direitos serem reconhecidos pelo Estado no texto constitucional, faz se necessário à incorporação dessas previsões no dia a dia dos cidadãos e dos agentes públicos.
· A função dos direitos fundamentais: é limitar o poder estatal.
· Os	direitos	fundamentais	evoluem	com	o	caminhar	do constitucionalismo.
· Em cada época novos direitos inerentes a pessoa humana, foram reconhecidos.
· Dimensões (gerações) dos direitos fundamentais:
a) 1° dimensão: diz respeito aos direitos de liberdade.
A 1° dimensão dos direitos fundamentais corresponde aos direitos da liberdade individual e os direitos políticos. Tais direitos funcionam como limites impostos ao Estado. Essa geração, impõe aos estados uma obrigação de não fazer em prol do cidadão.
b) 2° dimensão: refere se aos direitos de igualdade.
Os direitos da 2° dimensão que correspondem aos direitos de igualdade, abrange direitos econômicos e sociais. Houve uma obrigação de fazer do Estado em prol das pessoas menos favorecidas. Tais direitos surgem no segundo momento do capitalismo.
c) 3° dimensão: diz respeito aos direitos de fraternidade.
Os direitos da 3° dimensão correspondem aos direitos de solidariedade e fraternidade e tem por destinatário o gênero humano (e não o individuo). Esses direitos surgem como resposta aos conflitos
sociais existentes, devido a processos de urbanização e industrialização. EX desses direitos: direitos ao meio ambiente e ao desenvolvimento.
DIREITOS FUNDAMENTAIS
1) Conceito
2) Função
3) Dimensões/ gerações
4) Características
5) Destinatários
6) Rol dos direitos fundamentais
7) Distinção entre direitos e garantias
8) Efeitos dos direitos fundamentais
9) Tratados internacionais de direitos humanos/ supralegalidade
1) Conceito
· Direitos fundamentais são inerentes e indispensáveis à pessoa humana, reconhecidos internacionalmente.
· São	necessários para assegurar uma existência digna para todos, pautada pelos princípios da liberdade e igualdade.
· Esses direitos devem ser reconhecidos tanto constitucionalmente (pelo Estado) quanto na incorporação de tais previsões no dia a dia dos cidadãos e agentes públicos.
2) Função
· A função dos Direitos fundamentais é limitar o poder estatal.
3) Dimensões/ gerações
· Os direitos fundamentais evoluem com o caminhar do constitucionalismo, por isso, em cada época novos direitos inerentes a pessoa humana são reconhecidos ( sempre existiram).
1° geração:
· Diz respeito aos direitos de liberdade.
· Marcam a passagem de um Estado autônomo para um Estado de direito.
· Século XVIII- século das luzes - revolução francesa.
· Essa dimensão corresponde aos direitos de liberdade individual e direitos políticos. Tais direitos funcionam como limites impostos ao Estado, resguardando a cada pessoa humana, direitos indispensáveis a sua existência (igualdade meramente formal)
· Essa geração resulta em uma proteção negativa, por impor ao Estado uma obrigação de não fazer em prol (beneficio) do cidadão.
· Documentos históricos como: magna carta de 1215, e as declarações francesa e americana, são marcantes para a configuração dos direitos humanos da 1° geração.
· Exemplos de direitos que surgiram nessa época: direito a imagem e liberdade de expressão.
2° geração:
· Diz respeito aos direitos de igualdade.
· Fato histórico que	inspira e impulsiona esses direitos, é a revolução industrial europeia.
· Período da Primeira Guerra Mundial.
· Abrangem direitos sociais, culturais e econômicos, visam melhorar as condições de vida e trabalho da população (igualdade material, real).
· Essa dimensão impôs ao Estado uma proteção positiva, por impor uma obrigação de fazer do Estado em prol das pessoas menos favorecidas pela ordem econômica e social.
· Esses direitos surgem no segundo momento do capitalismo. Derivam do aprofundamento da relação entre capital e trabalho.
· Documentos históricos como: a constituição do México e a constituição de Weimar, mostram se marcantes para essa geração.
3° geração:
· Diz respeito aos direitos de fraternidade/ solidariedade.
· Período do fim da Segunda Guerra Mundial.
· Esses	direitos	são	marcados	pelo	crescente	desenvolvimento tecnológico e cientifico e sociedade em massa.
· São decorrentes do surgimento de conflitos sociais que não poderiam ser resolvidos pela tutela dos direitos individuais.
· Os direitos de terceira geração tem por destinatário o gênero humano.
· Altíssimo teor de humanismo e universalidade.
· Exemplos dos direitos da 3° geração: direito ao desenvolvimento, á paz, meio ambiente e comunicação.
OBS: IGUALDADE FORMAL X IGUALDADE MATERIAL
A igualdade formal é aquela que não estabelece distinção alguma entre as pessoas, em iguais condições, todos devem ser tratados igualmente. No entanto, em alguns casos, a falta de distinção pode gerar desigualdades ao invés de igualdade.
Na desigualdade material é aquele em que devemos tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente, na medida de suas desigualdades.
4) Características
· Historicidade: O reconhecimento desses direitos são resultado de uma afirmação histórica, desencadeado por contradições existentes em uma sociedade - os direitos nem sempre foram reconhecidos pela população.
· Inalienabilidade: esses direitos são intransferíveis, inegociáveis, ou seja, a pessoa humana não pode dispor de tais direitos.
· Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não deixam de existir pela sua falta de utilização
· Irrenunciabilidade: nenhuma pessoa poderá abrir mão dos direitos fundamentais. Mesmo com a má utilização de tais, por isso, nunca podemos renunciar a possibilidade de exercê- los.
· Limitabilidade ou relatividade: esses direitos não são absolutos.
· Universalidade: todas as pessoas humanas possuem direitos fundamentais que devem ser respeitados, não é possível excluir parcela da população.
5) Destinatários
· Qualquer pessoa brasileira ou estrangeira que esteja em solo brasileiro, é destinatário dos direitos fundamentais prescritos e reconhecidos pela constituição de 1988.
6) Rol dos direitos fundamentais
· O nosso rol de direitos fundamentais é exemplificativo (aberto).
· Esse rol na constituição, não exclui o reconhecimento de outros direitos fundamentais, decorrentes do regime e dos princípios adotados pelo texto constitucional.
· Em nossa constituição temos: direitos implícitos (não estão expressamente grafados no texto constitucional/ decorrem desse texto) e explícitos (direitos escritos/ explicitados no texto constitucional).
7) Distinção entre direitos e garantias
· Os direitos são bens e vantagens prescritos na norma constitucional. De acordo com Rui Barbosa, os direitos são disposições declaratórias, de natureza declaratória.
· As garantias são disposições assecuratórias, são elementos que servem com um sistema de proteção (preventivamente) ou de garantia de reparação dos direitos violados.
· EX 1: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos (direito), garantindo-se na forma de lei a proteção aos locais de culto e suas liturgias (garantia).
· EX 2: direito ao juízo natural (direito), o art.5, veda a instituição de juízo ou tribunal de exceção (garantia).
· A forma de identificação dos direitos e das garantias, é a seguinte:
a) Sistema de proteção automática: é quando o mesmo inciso é separado por partes, uma parte é a declaração do direito e a outra, enuncia uma garantia.
EX: Art. 5, IX- é livre a expressão da atividadeintelectual, artística, cientifica e de comunicação (direito), independentemente de censura ou licença (garantia).
b) Há também a possibilidade de um direito estar declarado em um inciso e a garantia em outro.
EX: Art. 5, LXI- ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, defendidos em lei (direito). Art. 5, LVII- ninguém será considerado culpado até o transito em julgado de sentença penal condenatória (garantia).
8) Efeitos dos direitos fundamentais
· A eficácia vertical trata da relação dos direitos fundamentais sobre o poder publico. O Estado, além de obrigado a não agredir os direitos fundamentais tem ainda a missão de fazê-los respeitar pelos particulares (ESTADO-PESSOA).
· A eficácia horizontal trata da regulamentação e limitação das relações entre particulares, cobra cumprimento dos direitos fundamentais nas relações entre particulares (PARTICULAR-PARTICULAR).
· A característica da aplicabilidade imediata dos Direitos Fundamentais é de suma importância, porque faz com que a lei ordinária se adapte às prescrições de direitos fundamentais.
9) Tratados internacionais de direitos humanos- Supralegalidade
· Existem duas subespécies do gênero tratados e convenções internacionais de direitos humanos:
a) Tratados sobre direitos humanos aprovados em cada casa do congresso nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, tendo a equivalência de emendas
constitucionais. EX: Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
· Apenas será norma constitucional se o tratado for aprovado pelos sistemas das EC.
b) Tratados de convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados pela regra anterior á reforma e desde que não confirmados pelo quorum qualificado, segundo o STF, terão natureza supralegal.
OBS: DIREITOS FUNDAMENTAIS X DIREITOS HUMANOS
Direitos humanos são aqueles ligados a liberdade e a igualdade que estão positivados no plano internacional. Já os direitos fundamentais são os direitos humanos positivados na Constituição Federal . Assim, o conteúdo dos dois é o mesmo, o que difere é o plano em que estão consagrados.
DIREITOS SOCIAIS
1) Conceito.
2) Histórico.
3) Localização na CF.
4) Espécies.
5) Direitos individuais e coletivos.
6) Proibição de retrocesso social.
1) Conceito
· Os direitos sociais possuem um conteúdo socioeconômico, tem por finalidade melhorar as condições de vida trabalho das pessoas humanas.
· Tais direitos, constituem em prestações positivas do Estado (dar e fazer) em prol dos menos favorecidos na sociedade.
· No	Brasil,	os	Direitos	Sociais	são	uma	garantia	constante	na Constituição Federal de 1988.
2) Histórico
· Surgem na segunda geração dos direitos fundamentais (época da constituição alemã e mexicana).
3) Localização na CF 88
· O artigo 6º da Constituição define uma série de direitos sociais que precisam ser regulamentados por outras leis, mas definem a essência daquilo que a nação compromete-se a garantir para a sociedade.
· Art. 6°, Capítulo II “dos direitos sociais”.
4) Espécies
a) Educação- arts. 205 ao 214.
b) Saúde- arts. 196 ao 200.
c) Alimentação- EC 64/ 2010.
d) Trabalho- arts. 7 ao 11.
e) Moradia- EC 26/2001.
f) Transporte- EC 90/2015.
g) Lazer- arts. 215 ao 217.
h) Segurança- art. 144.
i) Previdência- arts. 201 ao 202.
j) Proteção á maternidade e a infância- arts.226 ao 230.
k) Assistência aos desamparados- arts. 203 ao 204.
· 3 direitos acrescidos por EC: transporte, moradia e alimentação.
5) Direitos individuais e coletivos
· A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º disciplina os direitos e deveres individuais e coletivos que cada cidadão dispõe.
· Os Direitos individuais e coletivos, são os direitos ligados ao conceito de pessoa humana e à sua personalidade, tais como à vida, à igualdade, à dignidade, à segurança, à honra, à liberdade e à propriedade.
6) Proibição de retrocesso
· É um princípio implícito, norteador dos direitos sociais.
· Tanto a legislação como as decisões judiciais não podem abandonar os avanços que se deram ao longo desses anos de aplicação do direito constitucional com a finalidade de concretizar os direitos fundamentais.
· Ou seja, não pode haver um retrocesso nesses direitos.
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
1) Conceito
2) Garantias administrativas
3) Garantias judiciais
1) Conceito
· Os remédios constitucionais são espécies de garantias fundamentais que estão previstas na CF/88, no art. 5°.
· Tem a finalidade de proteger um direito declarado na constituição.
· De acordo com José Afonso da Silva os remédios tem natureza procedimental, e constituem-se em ações (administrativas ou judiciais) que impõem respeito e exigibilidade nos direitos, além de limitar a atuação de órgãos públicos, ou ainda, de entidades particulares que exerçam uma finalidade pública.
· De acordo com Manoel Ferreira Gonçalves Filho, os remédios constitucionais funcionam com fármacos destinados a sanar os males causados pelo abuso de uma autoridade.
· Remédios individuais servem para resolver uma situação especifica que afeta uma pessoa.
· Remédios coletivos resolvem situações que atinjam mais de uma pessoa.
2) Garantias administrativas
· Existem duas garantias administrativas: direito de petição e direito de certidão.
Direito de petição
· Refere se ao direito de formular um pedido para a administração pública, visando: a defesa de um direito (próprio ou alheio) e também de formular reclamações contra atos ilegais e abusivos, cometidos por um agente estatal.
· Ao pedido feito deve o órgão público apresentar uma resposta.
· É um direito gratuito, geral, escrito e sem ordem judicial.
· A primeira aparição desse direito foi no século XVII no direito inglês.
· Qualquer cidadão pode peticionar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sem a necessidade de advogado, desde que atenda aos requisitos previstos no Regimento Interno do conselho.
Direito de certidão
· Certidão é um documento expedido pela administração pública, que comprova a existência de um fato, vale ressaltar, que as certidões tem fé pública (credibilidade).
· O direito a certidão trata-se de obter do Estado um documento que seja utilizado para a defesa de direitos, ou esclarecimento de situações de interesse pessoal.
· A certidão serve para instruir algo, e precede o instituto do “habeas data”.
· Será um direito gratuito somente quando a certidão destinar se a defesa de um direito ou interesse pessoal.
· São requisitos para elaboração de uma certidão:
a) Ter legítimo interesse.
b) Ausência de sigilo.
c) Indicar a finalidade.
d) Ser res habilis (coisa hábil).
e) Prazo de expedição é de 15 dias, segundo a lei 9051/95.
3) Garantias judiciais
· Existem seis garantias judiciais: “habeas corpus”, “habeas data”, mandado de segurança, mandado de injunção, ação pública e ação civil pública.
Habeas corpus
· Trata se de um remédio constitucional de natureza penal, destinada a sanar uma restrição ilegal ou abusiva do direito de ir, vir ou permanecer.
· Para a sua impetração (ingresso) não há formalidade de ordem técnica, e não é necessário o pagamento de custos processuais.
· Pode ser ingressado por qualquer pessoa (física ou jurídica).
· A legitimidade passiva só pode ser de pessoa física.
· São modalidades do habeas corpus: preventivo e repressivo.
· Será preventivo quando alguém se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder (a restrição á locomoção ainda não se consumou).
· Quando a constrição ao direito de locomoção já se consumou, estaremos diante do habeas corpus repressivo, para cessar a violência ou coação.
· Esta ação deve ser movida contra a autoridade coatora (autoridade que tenha expedido o ato que restringe ilegalmente a liberdade).
· Justiça gratuita.
Habeas data
· É um remédio constitucional que destina se a disciplinar o direito de acessoa informações de registros ou bancos de dados de caráter
publico, para conhecimento ou ratificação, todas referentes a dados pessoais do mesmo.
· Possui natureza civil.
· Justiça gratuita.
· É destinado a garantir em favor do individuo interessado o exercício das seguintes pretensões jurídicas:
a) Ter acesso ao conteúdo de um registro público, relativo a pessoa do impetrante.
b) Ter o direito de ratificar os registros.
c) Ter o direito de complementar tais registros.
· Para ingressar um habeas data, é necessário uma negativa anterior (por escrito ou o documento foi ignorado) para a obtenção dos dados.
· Ou seja, primeiramente o pedido de obtenção de dados deve ser feito por via administrativa, e posteriormente, diante a negação, realizado por via penal.
· É necessário de um advogado, ou contrário, do habeas corpus.
· Pessoas físicas e jurídicas podem impetrar um habeas data.
Mandado de segurança
· Destinada a assegurar um direito liquido e certo que foi violado por uma autoridade pública governamental	ou, um agente do direito público privado que esteja no exercício de atribuição do poder público.
· Autoridade pública governamental- secretario de Estado, ministro, chefe do executivo, juiz, membro do ministério público.
· Agente do direito privado que esteja no exercício de atribuição do poder público- reitores de universidades privadas, diretores de colégios particulares, de hospitais particulares.
· Direito liquido e certo- aquele direito que pode ser provado de plano, não depende de produção de prova.
· É uma ação judicial de natureza residual, subsidiaria, pois só é cabível quando o direito liquido e certo não foi amparado por outros remédios judiciais.
· Ou seja, o mandado de segurança serve para amparar um direito constitucionalmente consagrado que foi desrespeitado por abuso de poder.
· Os fatos amparados pelo direito devem ser líquidos quanto a sua existência e certos quanto à extensão do dano.
· Todas as provas necessárias para o processo devem consistir em documentos.
· O MS serve para a proteção de direito líquido e certo não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data.
· Poderá o Mandado de Segurança ser repressivo, no caso de ilegalidade já cometida, ou preventivo, quando ficar demonstrado o justo receio de sofrer violação de direito líquido e certo por parte do impetrante.
· O prazo de impetração é de 120 dias a contar da data em que o interessado tiver conhecimento oficial do ato a ser impugnado, este prazo é decadencial.
· Natureza civil.
O Mandado de Segurança é coletivo
· Direcionado a defesa de direitos coletivos e individuais homogêneos contra ato, omissão ou abuso de poder por parte de autoridade.
· Pode ser impetrado por:
a) Partido político com representação no Congresso Nacional.
c) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.Os entes legitimados para a impetração de Mandado de Segurança coletivo não necessitam do consentimento de seus membros.
· Apenas pessoas com capacidade postulatória podem emitir o mandado de segurança.
Mandado de injunção
· O Mandado de Injunção pressupõe a existência de nexo causal entre a omissão normativa do poder público e a inviabilidade do exercício de direito, liberdade ou prerrogativa.
· A preocupação é conferir aplicabilidade e eficácia plena a uma norma limitada, para que este não se torne “letra morta”.
· Quando o legislador não produz lei necessária para a aplicabilidade de uma norma limitada, podemos nos valer do mandado de injunção.
· “LXXI – Conceder-se a mandado de injunção sempre que a falta da norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”
· SOCINA= sociedade, cidadania e nacionalidade.
· Possuem legitimidade ativa para ajuizar o Mandado de Injunção qualquer pessoa cujo exercício de direito, liberdade ou prerrogativa constitucional esteja sendo inviabilizado em virtude da falta de norma regulamentadora da Constituição.
· É possível o Mandado de Injunção coletivo, reconhecida a legitimidade para as associações de classe devidamente constituídas.
· Legitimação ativa do mandado de injunção individual- qualquer pessoa
física.
· Legitimação ativa do mandando de injunção coletivo:
a) Partido político com representação no Congresso Nacional.
b) Organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há, pelo menos, um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados.Os entes legitimados para a impetração de Mandado de Segurança coletivo não necessitam do consentimento de seus membros
· Sujeito passivo = sempre a pessoa estatal.
· Pressupostos:
A) Deve haver falta de norma reguladora de um preceito constitucional de natureza mandatória.
B) Inviabilização do exercício de um direito ou liberdade constitucional.
C) Transcurso razoável prazo para a elaboração de norma regulatória.
Posição concretista X Posição não concretista (efeitos da decisão)
· Teoria não concretista: cabe ao poder judiciário apenas declarar formalmente a mora legislativa, cientificando o órgão competente que este elabore a norma regulamentadora.
· Os adeptos dessa corrente ostentam a extrema observação ao princípio da separação dos poderes, pois para eles não caberia ao poder judiciário suprir a lacuna legislativa, nem assegurar ao impetrante o exercício do direto guerreado, tampouco obrigar o legislador a legislar.
· Teoria concretista: Para essa teoria, presentes os pressupostos necessários para o mandado de injunção, o órgão jurisdicional profere uma decisão de natureza constitutiva, declara a existência da omissão legislativa ou administrativa, e concretiza o gozo do direito, da liberdade, da prerrogativa constitucional.
Ação popular
· É uma forma de exercício de soberania popular permitida ao povo diretamente exercer a função fiscalizatória. Pode ser:
· Preventiva: Se ajuizada antes da consumação do ato lesivo ao patrimônio publico.
· Repressiva: Se ajuizada com intuito de buscar o ressarcimento do dano causado ao patrimônio publico.
· Somente tem legitimidade ativa para propor Ação Popular o nacional que esteja no gozo de direitos políticos, não cabe aos estrangeiros e aos partidos políticos, ou seja, deverá ser cidadão brasileiro (nato ou naturalizado), podendo ser também o português equiparado e no gozo dos direitos políticos.
· Qualquer cidadão pode impetrar uma ação popular.
Ação civil pública
· A	ação	civil	pública	é	um	instrumento	processual,	de	ordem constitucional, destinado à defesa de interesses difusos e coletivos.
· Instrumento processual conferido ao Ministério Público para o exercício do controle popular sobre atos do poderes públicos:
1) Atos de improbidade.
2) Reprimir ou impedir danos ambientais.
3) Ao consumidor.
4) A bens e direitos de valor artístico, histórico, turístico e paisagístico.
5) Por infração a ordem pública.
· Ou seja, o ministério publico que ira impetrar essa ação civil pública.
Nacionalidade
· É o vinculo jurídico-político que liga um individuo a determinado Estado; integrando assim o povo daquele Estado.
· Consequências da nacionalidade: gozo d direitos e submissão a obrigações.
· A nacionalidade possui duas espécies:
a) Originária: que representa o exercício de soberania do Estado ao impor, no momento do nascimento, o vincula jurídico-político a todos
aqueles que nascem no território Brasileiro ou tenham nascido no estrangeiro, mas sejam filhos de pai ou mãe brasileiro (art. 12,I)
b) Adquirida: depende da exposição da vontade da pessoa natural em tornar-se um brasileiro, tal ato é posterior ao nascimento e requer um processo administrativo de naturalização que correria perante o ministro da justiça.
· Critérios de aquisição da nacionalidade: jus sanguinis (critério da naturalidade é o sangue) e jus solis (critério da territoriedade).
· Na	constituição	federal	existe	uma	mescla	de	critérios	(“justemperado/mesclado”) .
· Porém o critério predominante é o jus solis.
· Os critérios para aquisição de nacionalidade originária estão previstas no art.12,I,CF. A regra é o jus solis, de modo que todo aquele que nasce em território brasileiro, possui nacionalidade brasileira, trata-se de um critério territorial para a aquisição da nacionalidade.
· Ou seja, o critério territorial é temperado pelo critério sanguíneo (a nacionalidade é adquirida pelo sangue, pela filiação, não levando em conta o local do nascimento)
Brasileiros naturalizados
· Depende de manifestação da vontade do interessado.
· Exige o requerimento ao ministro da justiça- lei de migração.
· Depende da aquiescência do Estado (É um ato de soberania), uma faculdade exclusiva do chefe do poder do executivo.
Espécies de naturalização diferença Art. 64. A naturalização pode ser:
I - ordinária;
II - extraordinária; III - especial; ou IV - provisória.
· Art. 65. Será concedida a naturalização ordinária àquele que preencher as seguintes condições:
I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 (quatro) anos;
III - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e
IV - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.
· Art. 66. O prazo de residência fixado no inciso II do caput do art. 65 será reduzido para, no mínimo, 1 (um) ano se o naturalizando preencher quaisquer das seguintes condições:
II - ter filho brasileiro;
III - ter cônjuge ou companheiro brasileiro e não estar dele separado legalmente ou de fato no momento de concessão da naturalização;
IV - (VETADO);
V - haver prestado ou poder prestar serviço relevante ao Brasil; ou
VI - recomendar-se por sua capacidade profissional, científica ou artística.
Parágrafo único. O preenchimento das condições previstas nos incisos V e VI do caput será avaliado na forma disposta em regulamento.
· Art. 67. A naturalização extraordinária será concedida a pessoa de qualquer nacionalidade fixada no Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeira a nacionalidade brasileira.
· Art. 68. A naturalização especial poderá ser concedida ao estrangeiro que se encontre em uma das seguintes situações:
I - seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 (cinco) anos, de integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou
II - seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 10 (dez) anos ininterruptos.
· Art. 69. São requisitos para a concessão da naturalização especial: I - ter capacidade civil, segundo a lei brasileira;
II - comunicar-se em língua portuguesa, consideradas as condições do naturalizando; e
III - não possuir condenação penal ou estiver reabilitado, nos termos da lei.
· Art. 70. A naturalização provisória poderá ser concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional antes de completar 10 (dez) anos de idade e deverá ser requerida por intermédio de seu representante legal.
· Parágrafo único. A naturalização prevista no caput será convertida em definitiva se o naturalizando expressamente assim o requerer no prazo de 2 (dois) anos após atingir a maioridade.
· Art. 71. O pedido de naturalização será apresentado e processado na forma prevista pelo órgão competente do Poder Executivo, sendo cabível recurso em caso de denegação.
§ 1o No curso do processo de naturalização, o naturalizando poderá requerer a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa.
§ 2o Será mantido cadastro com o nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior.
· Art. 72. No prazo de até 1 (um) ano após a concessão da naturalização, deverá o naturalizado comparecer perante a Justiça Eleitoral para o devido cadastramento.
E os portugueses que moram no Brasil?
· “quase nacionalidade”.
· Não precisam optar pela naturalização- existe a clausula de reciprocidade.
· Essa clausula trata-se da reciprocidade destinada aos portugueses que vivem no Brasil, e que não queiram optar pela naturalização.
· Assim, como a aquisição de naturalização, deverá ser requerida pelo português interessado, ao Estado brasileiro para que este lhe conceda a possibilidade de exercício de direitos civis e políticos.
Interpretação do artigo 12 da Constituição Federal Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas; VII - de Ministro de Estado da Defesa.
§ 4º Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
c) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Possibilidades em que a Constituição pode distinguir brasileiros natos e naturalizados:
· Art. 5°, LX- “a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem”.
· Art.12- acima.
· Art. 89, VII- “seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução”.
· Art.222- “A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País”.
PS: a perda da naturalidade sempre se dá por sentença judicial.
Direitos políticos
· São instrumentos por meio dos quais a constituição garante o exercício da soberania popular. Atribui ao cidadão, poderes para interferir na gestão da coisa pública de forma direta ou indireta.
· A constituição adotou a democracia participativa/semidireta.
· A participação popular se dá por meio de :
a) Plebiscito (prévia consulta).
b) Referendo- (consulta posterior).
c) Iniciativa popular.
d) Ação popular.
Soberania popular
· É a qualidade suprema do poder extraída da soma dos atributos de cada membro da sociedade estatal, encarregado de escolher os seus representantesno governo por meio do sufrágio universal e do voto direto, secreto e igualitário.
Conceitos:
· Nacionalidade: vínculo jurídico político do indivíduo com o Estado.
· Cidadania: pressupõe a nacionalidade e caracteriza-se como titularidade de direitos políticos – de votar e ser votado.
· Sufrágio: compreende o direito de votar e ser votado.
· Voto: ato de exercício do sufrágio.
· Escrutínio: modo pelo qual se exercita o voto (público ou secreto).
Capacidade eleitoral ativa
· O exercício se dá pelo voto.
· O Voto pressupõe:
a) Alistabilidade – alistamento eleitoral (titulo de eleitor)- Obrigatório e Facultativo
b) Nacionalidade brasileira
c) Capacidade de ser eleitor (idade mínima)
d) Não ser conscrito (recrutado) para o serviço militar obrigatório
e) O voto é secreto (sigilo da escolha do eleitor) e direto (vota diretamente no candidato sem intermediário).
Capacidade eleitoral passiva
· Possibilidade de eleger-se / concorrer a um mandato eletivo.
· Condições de elegibilidade do art. 14, §3º:
a) Nacionalidade Brasileira
b) Pleno exercício dos direitos políticos
c) Alistamento eleitoral
d) Domicílio eleitoral na circunscrição
e) Filiação partidária
f) Idade mínima conforme o cargo ao qual se candidata.
Direitos políticos negativos
· Hipóteses constitucionais restritivas ou impeditivas de atividade político partidária, priva o cidadão do exercício dos direitos políticos, capacidade eleitoral passiva e ativa.
· Inelegibilidade – circunstancias que impedem o cidadão do exercício total ou parcial da capacidade eleitoral passiva (eleger se).
· Art. 14, §§ 4º a 8º - independe de lei infraconstitucional.
· Inelegibilidade absoluta – impedimento para qualquer cargo §4º - os inalistáveis (estrangeiros e os conscritos); os analfabetos.
· Inelegibilidade relativa – impedimento para algum cargo eletivo, em decorrência da função exercida (§§5º e 6º - 3º mandato ou renúncia para concorrer a outros cargos), parentesco (§7º) e ser o candidato militar (§8º).
Privação dos direitos políticos- de votar e ser votado
	PERDA
	SUSPENSÃO
	Privação definitiva.
	Privação temporária.
	Cancelamento da naturalização por
sentença transitada em julgado
	Incapacidade civil absoluta (casos
de interdição)
	Recusa		de	cumprir	obrigação	a todos	imposta	ou		prestação
alternativa (art. 5º VIII).
	Condenação criminal transitada em julgado	–	enquanto	durarem	os
efeitos da condenação.
	Perda da nacionalidade brasileira em
virtude de da aquisição de outra.
	Improbidade administrativa (art. 37,
§4º).
 (
Art. 15, I e IV, art.12,§4º, II
)
· Em nenhuma hipótese é permitida a cassação do direitos políticos! Cassação retirada dos direitos políticos por ato unilateral do Poder público sem contraditório e ampla defesa.
Sistemas eleitorais
· art. 82 a 86 Código Eleitoral.
· Sistema majoritário:
a) Considera o número de votos validos obtidos ao candidato.
b) Dá relevância ao candidato e não ao partido ao qual está filiado e registrado.
c) o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos é eleito.
d) Quem é eleito por este sistema? Art..83 do Código Eleitoral.
· Presidente da República
· Governador
· Prefeito
· Senadores
· Sistema proporcional:
a) Considera o número de votos válidos por partido. – art. 108 do Código Eleitoral L. 4737/65
b) Cada partido obtém um número de vagas proporcionais à soma dos votos em todos os seus candidatos, e estas vagas são distribuídas, pela ordem, aos candidatos mais votados daquele partido.
c) Arts 105 a 113 do Código Eleitoral
d) Quem é eleito por este sistema?
· Deputados Federais
· Deputados Estaduais
· Vereadores
Partidos políticos
· Conceito: “... organização de pessoas reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de assumir o poder e mantê-lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através de críticas e oposições.
· Lei nº 9.096/1995 – lei dos partidos políticos.
· Art. 1º O partido político, pessoa jurídica de direito privado, destina-se a assegurar, no interesse do regime democrático, a autenticidade do sistema representativo e a defender os direitos fundamentais definidos na Constituição Federal.
Regras constitucionais acerca dos partidos políticos
· A LIBERDADE DE ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA (NÃO É ABSOLUTA)
– DEVE RESGUARDAR A SOBERANIA NACIONAL, O REGIME
	DEMOCRÁTICO,O
	PLURIPARTIDARISMO,
	OS
	DIREITOS
	FUNDAMENTAIS,
ORIENTAÇÕES:
	ALÉM	DE	OBSERVAR
	AS
	SEGUINTES
· TER CARÁTER NACIONAL
· PROIBIÇÃO DE RECEBIMENTO DE RECURSOS FINANCEIROS DE ENTIDADE OU GOVERNO ESTRANGEIROS OU DE SUBORDINAÇÃO A ESTES;
· PRESTAÇÃO DE CONTAS À JUSTIÇA ELEITORAL;
· FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR DE ACORDO COM A LEI

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