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Ebook-O-Poder-da-Atencao-Plena-Felipe-Lapa-20200430

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O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
Boas Vindas
Eu sou Felipe Lapa e gostaria de dar muito boas vindas a você. 
Tenho dedicado os últimos 8 anos de minha vida a me conhecer 
melhor e neste momento, quero compartilhar com você um pouco 
do que já aprendi, consegui colocar em prática e vivi como professor 
de meditação, instrutor de mindfulness e facilitador de retiros.
É importante destacar que, assim como em qualquer outra área de 
da vida, quanto mais você praticar, maiores serão os resultados! 
O que você vai aprender neste ebook, é uma base para praticar 
durante toda sua vida, e com o tempo você poderá buscar um 
aprofundamento para te proporcionar mudanças mais profundas e 
verdadeiras. Tudo que construímos em cima de uma base sólida, 
será firme e duradouro. Por isso quero dar uma base para você 
começar a construir o Mindfulness em sua vida, mesmo sabendo 
que esta base será ressignificada com o passar do tempo. Mesmo 
hoje, depois de aproximadamente 8 anos que comecei neste 
caminho, tenho insights referente às minhas primeiras semanas de 
práticas lá em 2012. Às vezes me sinto lendo um livro pela 
centésima vez e compreendendo tudo de uma forma mais 
profunda e com outra perspectiva que antes eu não era capaz de 
ver ou compreender.
2
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
Sobre o Autor
Empresário, instrutor de Mindfulness formado pelo MTI 
(Mindfulness Training International), especialista em meditação e 
facilitador em processos de autoconhecimento e desenvolvimento 
humano, tendo como propósito inspirar lideranças conscientes e 
positivas. Graduado em Sistemas de Informação, trabalhou com 
Business Inteligence, computação cognitiva e serviu como Oficial do 
Exército Brasileiro.
3
2Boas Vindas
7Introdução
11Origem e História
16Oque é Mindfulness?
19Oque é Meditação?
26Porque você não consegue Meditar?
32Disciplina e Meditação
36Dispersão
39Programa Despertar
48Escute estas palavras
3Sobre o Autor
44Depoimentos de Alunos
5Observação Inicial
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
4
Sumário
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
Observação 
Inicial
Sabemos que cada caso é um caso, pois cada pessoa é uma pessoa 
diferente em suas crenças, saúde e comportamento. De forma 
geral, praticamente qualquer pessoa pode participar do programa 
de mindfulness, mesmo que nunca tenha meditado. É importante 
ressaltar que as práticas de mindfulness NÃO SÃO 
RECOMENDADAS para pacientes em fase aguda de qualquer 
condição clínica (orgânica ou psiquiátrica), ou para pacientes com 
risco de crise dissociativa, portadores de transtornos de 
personalidade, esquizofrenia ou epilepsia.
Mindfulness é um tratamento complementar a quaisquer 
tratamentos médicos e/ou psicológicos que por ventura você esteja 
realizando e, não deve ser entendido como uma alternativa em 
detrimento dos tratamentos convencionais. Se você tem 
acompanhamento de um profissional, consulte o mesmo sobre seu 
momento para ter certeza que o mindfulness somará ao seu 
tratamento. Se ele desejar, eu também estou disponível para 
conversar com ele.
Se você tiver alguma dúvida com relação a esses assuntos, escreva 
para mim, compartilhe sua situação atual, que o ajudarei a 
compreender se este é o melhor momento para você praticar 
mindfulness.
 
5
Introdução
Introdução
1
A mente é uma das maiores barreiras para o estado de consciência 
plena. E para lidarmos com ela, vamos aos poucos, muito 
lentamente, relembrar-nos da testemunha dentro de nós mesmos 
que ficou perdida no turbilhão de pensamentos compulsivos. 
Naturalmente, a medida que começamos a praticar mindfulness, 
abrimos espaços para alguns pequenos lampejos ou para alguns 
vislumbres de uma grande ideia que pode mudar nossas vidas para 
sempre.
As práticas nos ajudam a nos aproximarmos internamente de nós 
mesmos e consequentemente abrimos espaço para o nosso estado 
de ser ao invés de ficarmos perdidos apenas no estado do fazer.
Mindfulness é um estado mental que nos possibilita estar atentos e 
cientes no momento presente. É uma prática que nos ajuda a viver 
a vida profundamente a cada momento. Para praticar Mindfulness 
não é necessário nada especial, nem mesmo algum lugar especial; 
podemos praticar enquanto nos deslocamos a algum lugar ou em 
nosso próprio quarto. Podemos praticar praticamente em tudo que 
costumamos fazer: andando, comendo, trabalhando, conversando, 
deitados, sentados. A diferença é que aprendemos a fazer estas 
atividades mais conscientes do que estamos fazendo e isso nos 
trará benefícios que você jamais imaginou.
É normal a maioria das pessoas se moverem como uma espécie de 
sonâmbulo. Podemos perceber que, por exemplo, decidimos ir 
tomar banho, mas estamos tão focados em questões não 
relacionadas com o banho, que de repente o seu banho acabou, 
7
você está limpo, mas não necessariamente você estava consciente 
do que estava fazendo. Praticamente foi o seu corpo que o lavou e 
você não estava presente para pelo menos agradecer e aproveitar o 
milagre de ter água limpa encanada ou para cuidar de seu corpo 
com amor e carinho durante estes poucos minutos de seu dia. 
Simplesmente você não percebeu o que estava acontecendo 
enquanto você tomava banho, você estava distraído com outras 
coisas, com um monte de pensamentos do passado ou futuro e as 
vezes nem sabe se já passou o shampoo ou o creme.
Uma outra forma de compreender o que estou falando é refletindo 
sobre o modo de vida que estamos vivendo. Normalmente estamos 
cada vez mais ocupados de forma que esquecemos o que estamos 
fazendo ou quem realmente somos. Muitos pais estão fisicamente 
com seus filhos, mas seus pensamentos estão em outros lugares 
muito distantes. Estamos tão ocupados que esquecemos de olhar e 
compartilhar nossas vidas com quem amamos e temos ao nosso 
lado. Bem perto e tão longe ao mesmo tempo.
De acordo com muitas tradições, viver no momento presente de 
forma consciente é a verdadeira fonte de alegria e felicidade. A 
capacidade de viver no momento presente é nativa em cada um de 
nós, mas estamos cada vez mais dispersos e longe de cuidar de nós 
mesmos. Atualmente temos muitas demandas e não temos tempo 
para nós mesmos, ou para não fazer nada ou para simplesmente 
SER.
Chegamos a um tempo onde parar é fundamental. Estamos 
doentes, o planeta está doente. Se não mudarmos o nosso estilo de 
vida, provavelmente tudo ficará mais e mais difícil. Estaremos cada 
vez mais longe de nós mesmos e da verdadeira felicidade. É preciso 
estar presente e meditar para nos libertarmos do medo, da 
ansiedade, da raiva e nos permitirmos viver a verdadeira felicidade. 
Podemos aprender e praticar a consciência plena, permitindo que 
ela se torne a fonte de alegria. Desta forma, enquanto estamos 
comendo, bebendo, cozinhando, tomando um banho, andando, 
respirando, sentiremos o verdadeiro prazer de desfrutar da vida.
Todos os momentos podem ser uma fonte de plenitude. Podemos 
nos sentir assim em nossas atividades mais simples como escovar 
os dentes ou enquanto trabalhamos. Estando ciente do momento 
presente em sua totalidade, a cada passo ou a cada respiração, 
podemos desfrutar da alegria e da felicidade de estarmos vivos. 
Podemos agradecer o milagre da vida que habita em cada um de 
nós.
A vida está rodeada de sofrimento por isso precisamos ter 
consciência de como nossos pensamentos estão conectados com 
estes sentimentos e mudarmos para uma atitude relaxada e gentil, 
com uma mente aberta e um coração receptivo. Com a prática 
podemos fortalecer nossa alegria interior, criando uma base dentro 
de nós para lidarmos melhor com os desafios externos de nosso dia 
a dia.
 
A mente é uma das maiores barreiras para o estado de consciência 
plena. E para lidarmos com ela, vamos aos poucos, muito 
lentamente, relembrar-nos da testemunha dentro de nós mesmos 
que ficou perdida no turbilhão de pensamentos compulsivos. 
Naturalmente, a medida que começamos a praticar mindfulness, 
abrimosespaços para alguns pequenos lampejos ou para alguns 
vislumbres de uma grande ideia que pode mudar nossas vidas para 
sempre.
As práticas nos ajudam a nos aproximarmos internamente de nós 
mesmos e consequentemente abrimos espaço para o nosso estado 
de ser ao invés de ficarmos perdidos apenas no estado do fazer.
Mindfulness é um estado mental que nos possibilita estar atentos e 
cientes no momento presente. É uma prática que nos ajuda a viver 
a vida profundamente a cada momento. Para praticar Mindfulness 
não é necessário nada especial, nem mesmo algum lugar especial; 
podemos praticar enquanto nos deslocamos a algum lugar ou em 
nosso próprio quarto. Podemos praticar praticamente em tudo que 
costumamos fazer: andando, comendo, trabalhando, conversando, 
deitados, sentados. A diferença é que aprendemos a fazer estas 
atividades mais conscientes do que estamos fazendo e isso nos 
trará benefícios que você jamais imaginou.
É normal a maioria das pessoas se moverem como uma espécie de 
sonâmbulo. Podemos perceber que, por exemplo, decidimos ir 
tomar banho, mas estamos tão focados em questões não 
relacionadas com o banho, que de repente o seu banho acabou, 
você está limpo, mas não necessariamente você estava consciente 
do que estava fazendo. Praticamente foi o seu corpo que o lavou e 
você não estava presente para pelo menos agradecer e aproveitar o 
milagre de ter água limpa encanada ou para cuidar de seu corpo 
com amor e carinho durante estes poucos minutos de seu dia. 
Simplesmente você não percebeu o que estava acontecendo 
enquanto você tomava banho, você estava distraído com outras 
coisas, com um monte de pensamentos do passado ou futuro e as 
vezes nem sabe se já passou o shampoo ou o creme.
Uma outra forma de compreender o que estou falando é refletindo 
sobre o modo de vida que estamos vivendo. Normalmente estamos 
cada vez mais ocupados de forma que esquecemos o que estamos 
fazendo ou quem realmente somos. Muitos pais estão fisicamente 
com seus filhos, mas seus pensamentos estão em outros lugares 
muito distantes. Estamos tão ocupados que esquecemos de olhar e 
compartilhar nossas vidas com quem amamos e temos ao nosso 
lado. Bem perto e tão longe ao mesmo tempo.
De acordo com muitas tradições, viver no momento presente de 
forma consciente é a verdadeira fonte de alegria e felicidade. A 
capacidade de viver no momento presente é nativa em cada um de 
nós, mas estamos cada vez mais dispersos e longe de cuidar de nós 
mesmos. Atualmente temos muitas demandas e não temos tempo 
para nós mesmos, ou para não fazer nada ou para simplesmente 
SER.
Chegamos a um tempo onde parar é fundamental. Estamos 
doentes, o planeta está doente. Se não mudarmos o nosso estilo de 
vida, provavelmente tudo ficará mais e mais difícil. Estaremos cada 
vez mais longe de nós mesmos e da verdadeira felicidade. É preciso 
estar presente e meditar para nos libertarmos do medo, da 
ansiedade, da raiva e nos permitirmos viver a verdadeira felicidade. 
Podemos aprender e praticar a consciência plena, permitindo que 
ela se torne a fonte de alegria. Desta forma, enquanto estamos 
comendo, bebendo, cozinhando, tomando um banho, andando, 
respirando, sentiremos o verdadeiro prazer de desfrutar da vida.
Todos os momentos podem ser uma fonte de plenitude. Podemos 
nos sentir assim em nossas atividades mais simples como escovar 
os dentes ou enquanto trabalhamos. Estando ciente do momento 
presente em sua totalidade, a cada passo ou a cada respiração, 
podemos desfrutar da alegria e da felicidade de estarmos vivos. 
Podemos agradecer o milagre da vida que habita em cada um de 
nós.
A vida está rodeada de sofrimento por isso precisamos ter 
consciência de como nossos pensamentos estão conectados com 
estes sentimentos e mudarmos para uma atitude relaxada e gentil, 
com uma mente aberta e um coração receptivo. Com a prática 
podemos fortalecer nossa alegria interior, criando uma base dentro 
de nós para lidarmos melhor com os desafios externos de nosso dia 
a dia.
 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
8
A mente é uma das maiores barreiras para o estado de consciência 
plena. E para lidarmos com ela, vamos aos poucos, muito 
lentamente, relembrar-nos da testemunha dentro de nós mesmos 
que ficou perdida no turbilhão de pensamentos compulsivos. 
Naturalmente, a medida que começamos a praticar mindfulness, 
abrimos espaços para alguns pequenos lampejos ou para alguns 
vislumbres de uma grande ideia que pode mudar nossas vidas para 
sempre.
As práticas nos ajudam a nos aproximarmos internamente de nós 
mesmos e consequentemente abrimos espaço para o nosso estado 
de ser ao invés de ficarmos perdidos apenas no estado do fazer.
Mindfulness é um estado mental que nos possibilita estar atentos e 
cientes no momento presente. É uma prática que nos ajuda a viver 
a vida profundamente a cada momento. Para praticar Mindfulness 
não é necessário nada especial, nem mesmo algum lugar especial; 
podemos praticar enquanto nos deslocamos a algum lugar ou em 
nosso próprio quarto. Podemos praticar praticamente em tudo que 
costumamos fazer: andando, comendo, trabalhando, conversando, 
deitados, sentados. A diferença é que aprendemos a fazer estas 
atividades mais conscientes do que estamos fazendo e isso nos 
trará benefícios que você jamais imaginou.
É normal a maioria das pessoas se moverem como uma espécie de 
sonâmbulo. Podemos perceber que, por exemplo, decidimos ir 
tomar banho, mas estamos tão focados em questões não 
relacionadas com o banho, que de repente o seu banho acabou, 
você está limpo, mas não necessariamente você estava consciente 
do que estava fazendo. Praticamente foi o seu corpo que o lavou e 
você não estava presente para pelo menos agradecer e aproveitar o 
milagre de ter água limpa encanada ou para cuidar de seu corpo 
com amor e carinho durante estes poucos minutos de seu dia. 
Simplesmente você não percebeu o que estava acontecendo 
enquanto você tomava banho, você estava distraído com outras 
coisas, com um monte de pensamentos do passado ou futuro e as 
vezes nem sabe se já passou o shampoo ou o creme.
Uma outra forma de compreender o que estou falando é refletindo 
sobre o modo de vida que estamos vivendo. Normalmente estamos 
cada vez mais ocupados de forma que esquecemos o que estamos 
fazendo ou quem realmente somos. Muitos pais estão fisicamente 
com seus filhos, mas seus pensamentos estão em outros lugares 
muito distantes. Estamos tão ocupados que esquecemos de olhar e 
compartilhar nossas vidas com quem amamos e temos ao nosso 
lado. Bem perto e tão longe ao mesmo tempo.
De acordo com muitas tradições, viver no momento presente de 
forma consciente é a verdadeira fonte de alegria e felicidade. A 
capacidade de viver no momento presente é nativa em cada um de 
nós, mas estamos cada vez mais dispersos e longe de cuidar de nós 
mesmos. Atualmente temos muitas demandas e não temos tempo 
para nós mesmos, ou para não fazer nada ou para simplesmente 
SER.
Chegamos a um tempo onde parar é fundamental. Estamos 
doentes, o planeta está doente. Se não mudarmos o nosso estilo de 
vida, provavelmente tudo ficará mais e mais difícil. Estaremos cada 
vez mais longe de nós mesmos e da verdadeira felicidade. É preciso 
estar presente e meditar para nos libertarmos do medo, da 
ansiedade, da raiva e nos permitirmos viver a verdadeira felicidade. 
Podemos aprender e praticar a consciência plena, permitindo que 
ela se torne a fonte de alegria. Desta forma, enquanto estamos 
comendo, bebendo, cozinhando, tomando um banho, andando, 
respirando, sentiremos o verdadeiro prazer de desfrutar da vida.
Todos os momentos podem ser uma fonte de plenitude. Podemos 
nos sentir assim em nossas atividades mais simples como escovar 
os dentes ou enquanto trabalhamos. Estando ciente do momento 
presente em sua totalidade, a cada passo ou a cada respiração, 
podemos desfrutar da alegria e da felicidade de estarmos vivos. 
Podemos agradecer o milagre da vida que habita em cada um de 
nós.
Avida está rodeada de sofrimento por isso precisamos ter 
consciência de como nossos pensamentos estão conectados com 
estes sentimentos e mudarmos para uma atitude relaxada e gentil, 
com uma mente aberta e um coração receptivo. Com a prática 
podemos fortalecer nossa alegria interior, criando uma base dentro 
de nós para lidarmos melhor com os desafios externos de nosso dia 
a dia.
 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
9
Origem e
História
Origem e 
História
2
Por volta de 1979, Jon Kabat-Zinn, americano, especializado em 
biologia molecular, trabalhava no centro médico da universidade de 
Massachussets. Em sua época de estudante havia, por acaso, 
entrado em contato com o budismo, e passou a se dedicar a uma 
prática de meditação diária e regular. Além de seu trabalho no 
hospital, também dava aulas de Yoga. Jon se dedicou a trabalhos 
científicos, mas duas questões não paravam de incomodá-lo; Uma 
delas ele expressava como: 
11
“O que vou fazer com minha vida? Que tipo de trabalho eu amo a 
ponto de pagar pra executá-lo?”. A outra pergunta que ele fazia 
tinha mais a ver com os pacientes que procuravam o hospital.
Ele percebia que as pessoas iam ao hospital porque, de uma 
maneira ou de outra, estavam sofrendo. No entanto, perguntava ele 
a seus botões, quantas delas deixavam o hospital com esse 
sofrimento resolvido? Ao conversar sobre isso com os médicos do 
hospital, chegou a conclusão de que a resposta era algo em torno 
de 20% dos pacientes. Ele passou então a se perguntar o que o 
sistema estava oferecendo aos 80% restantes.
Nesta mesma época, participando de um retiro de silêncio, essas 
duas correntes de questionamento se resolveram em uma “visão” 
que talvez tenha durado 10 segundos, a qual Jon descreve como 
uma visão de conexões vividas, quase inevitáveis, e suas 
implicações.
Ele reconheceu que a maneira como trabalhava naquele retiro, em 
sua própria mente e em seus estados mentais, poderia trazer 
enormes benefícios às pessoas que estavam sofrendo e 
procuravam o hospital.
Ele percebeu ser possível compartilhar a essência dos 
ensinamentos de yoga e meditação que vinha praticando nos 
últimos 13 anos com pessoas que talvez não conhecessem um 
centro budista e que nunca seriam capazes de descobrir essa 
essência por meio das palavras e formas usadas naqueles lugares. 
Ele decidiu tentar tornar as práticas e a linguagem utilizadas para 
descrevê-las tão claras que qualquer pessoa poderia extrair 
benefícios dela.
Jon persuadiu a administração do hospital a permitir que ele e seus 
colegas ocupassem um espaço no porão, onde então 
desenvolveram o que logo ficaria conhecido como programa de 8 
semanas de redução de estresse baseado em mindfulness ou 
MBSR.
Jon tinha formação de um cientista e sabia bem o valor das 
pesquisas, de modo que ele e seus colegas pesquisaram os efeitos 
de seus programas sobre os pacientes e, pouco a pouco, o que é 
hoje um acervo considerável de evidências de pesquisas sobre a 
eficácia do treinamento começou a emergir. Atualmente existem 
milhares de trabalhos revisados por especialistas que investigam os 
efeitos do mindfulness.
Com as pesquisas realizadas na época, logo ficou claro que o 
treinamento de mindfulness possibilitava as pessoas a lidarem 
muito melhor com a dor crônica. Elas também se tornaram mais 
capazes de administrar os diversos estressores que acompanham 
os problemas que as conduziam ao hospital, independente de quais 
fossem eles.
Atualmente milhares e milhares de pessoas já concluíram os 
programas de 8 semanas em muitos lugares do mundo. Existem 
milhares de centros médicos acadêmicos, hospitais, clínicas de 
redução de estresse que oferecem o programa de 8 semanas ao 
redor do mundo. Atualmente na Inglaterra por exemplo, o 
programa de 8 semanas é política pública e oferecido no programa 
de saúde, tendo em vista que se tornou cada vez mais claro que não 
apenas o estresse e a dor crônica são positivamente afetados 
quando aprendemos a trabalhar com a atenção plena de uma 
maneira diferente.
Mudanças biológicas também começaram a aparecer nas 
pesquisas. Uma ocorrência inicial desse fato foi a descoberta de 
que, entre os pacientes que procuravam o hospital para tratamento 
em psoríase, os sintomas dos que participavam do programa de 8 
semanas comitente ao tratamento, desapareciam cerca de 50% 
mais rápido do que os dos que não faziam o curso. Isso pareceu 
indicar que o que as pessoas estavam fazendo com a mente, o 
trabalho que estavam realizando com a atenção, estava mudando o 
corpo delas.
A compreensão da maneira pela qual o treinamento de mindfulness 
nos afetam biologicamente recebeu impulso adicional quando os 
neurocientistas começaram a investigar seus efeitos. Por enquanto 
é isso, falaremos mais sobre estas questões científicas ao decorrer 
do programa.
Por volta de 1979, Jon Kabat-Zinn, americano, especializado em 
biologia molecular, trabalhava no centro médico da universidade de 
Massachussets. Em sua época de estudante havia, por acaso, 
entrado em contato com o budismo, e passou a se dedicar a uma 
prática de meditação diária e regular. Além de seu trabalho no 
hospital, também dava aulas de Yoga. Jon se dedicou a trabalhos 
científicos, mas duas questões não paravam de incomodá-lo; Uma 
delas ele expressava como: 
“O que vou fazer com minha vida? Que tipo de trabalho eu amo a 
ponto de pagar pra executá-lo?”. A outra pergunta que ele fazia 
tinha mais a ver com os pacientes que procuravam o hospital.
Ele percebia que as pessoas iam ao hospital porque, de uma 
maneira ou de outra, estavam sofrendo. No entanto, perguntava ele 
a seus botões, quantas delas deixavam o hospital com esse 
sofrimento resolvido? Ao conversar sobre isso com os médicos do 
hospital, chegou a conclusão de que a resposta era algo em torno 
de 20% dos pacientes. Ele passou então a se perguntar o que o 
sistema estava oferecendo aos 80% restantes.
Nesta mesma época, participando de um retiro de silêncio, essas 
duas correntes de questionamento se resolveram em uma “visão” 
que talvez tenha durado 10 segundos, a qual Jon descreve como 
uma visão de conexões vividas, quase inevitáveis, e suas 
implicações.
Ele reconheceu que a maneira como trabalhava naquele retiro, em 
sua própria mente e em seus estados mentais, poderia trazer 
enormes benefícios às pessoas que estavam sofrendo e 
procuravam o hospital.
Ele percebeu ser possível compartilhar a essência dos 
ensinamentos de yoga e meditação que vinha praticando nos 
últimos 13 anos com pessoas que talvez não conhecessem um 
centro budista e que nunca seriam capazes de descobrir essa 
essência por meio das palavras e formas usadas naqueles lugares. 
Ele decidiu tentar tornar as práticas e a linguagem utilizadas para 
descrevê-las tão claras que qualquer pessoa poderia extrair 
benefícios dela.
Jon persuadiu a administração do hospital a permitir que ele e seus 
colegas ocupassem um espaço no porão, onde então 
desenvolveram o que logo ficaria conhecido como programa de 8 
semanas de redução de estresse baseado em mindfulness ou 
MBSR.
Jon tinha formação de um cientista e sabia bem o valor das 
pesquisas, de modo que ele e seus colegas pesquisaram os efeitos 
de seus programas sobre os pacientes e, pouco a pouco, o que é 
hoje um acervo considerável de evidências de pesquisas sobre a 
eficácia do treinamento começou a emergir. Atualmente existem 
milhares de trabalhos revisados por especialistas que investigam os 
efeitos do mindfulness.
Com as pesquisas realizadas na época, logo ficou claro que o 
treinamento de mindfulness possibilitava as pessoas a lidarem 
muito melhor com a dor crônica. Elas também se tornaram mais 
capazes de administrar os diversos estressores que acompanham 
os problemas que as conduziam ao hospital, independente de quais 
fossem eles.
Atualmente milhares e milhares de pessoas já concluíram os 
programas de 8 semanas em muitos lugares do mundo. Existem 
milhares de centros médicos acadêmicos, hospitais, clínicas deredução de estresse que oferecem o programa de 8 semanas ao 
redor do mundo. Atualmente na Inglaterra por exemplo, o 
programa de 8 semanas é política pública e oferecido no programa 
de saúde, tendo em vista que se tornou cada vez mais claro que não 
apenas o estresse e a dor crônica são positivamente afetados 
quando aprendemos a trabalhar com a atenção plena de uma 
maneira diferente.
Mudanças biológicas também começaram a aparecer nas 
pesquisas. Uma ocorrência inicial desse fato foi a descoberta de 
que, entre os pacientes que procuravam o hospital para tratamento 
em psoríase, os sintomas dos que participavam do programa de 8 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
12
semanas comitente ao tratamento, desapareciam cerca de 50% 
mais rápido do que os dos que não faziam o curso. Isso pareceu 
indicar que o que as pessoas estavam fazendo com a mente, o 
trabalho que estavam realizando com a atenção, estava mudando o 
corpo delas.
A compreensão da maneira pela qual o treinamento de mindfulness 
nos afetam biologicamente recebeu impulso adicional quando os 
neurocientistas começaram a investigar seus efeitos. Por enquanto 
é isso, falaremos mais sobre estas questões científicas ao decorrer 
do programa.
Por volta de 1979, Jon Kabat-Zinn, americano, especializado em 
biologia molecular, trabalhava no centro médico da universidade de 
Massachussets. Em sua época de estudante havia, por acaso, 
entrado em contato com o budismo, e passou a se dedicar a uma 
prática de meditação diária e regular. Além de seu trabalho no 
hospital, também dava aulas de Yoga. Jon se dedicou a trabalhos 
científicos, mas duas questões não paravam de incomodá-lo; Uma 
delas ele expressava como: 
“O que vou fazer com minha vida? Que tipo de trabalho eu amo a 
ponto de pagar pra executá-lo?”. A outra pergunta que ele fazia 
tinha mais a ver com os pacientes que procuravam o hospital.
Ele percebia que as pessoas iam ao hospital porque, de uma 
maneira ou de outra, estavam sofrendo. No entanto, perguntava ele 
a seus botões, quantas delas deixavam o hospital com esse 
sofrimento resolvido? Ao conversar sobre isso com os médicos do 
hospital, chegou a conclusão de que a resposta era algo em torno 
de 20% dos pacientes. Ele passou então a se perguntar o que o 
sistema estava oferecendo aos 80% restantes.
Nesta mesma época, participando de um retiro de silêncio, essas 
duas correntes de questionamento se resolveram em uma “visão” 
que talvez tenha durado 10 segundos, a qual Jon descreve como 
uma visão de conexões vividas, quase inevitáveis, e suas 
implicações.
Ele reconheceu que a maneira como trabalhava naquele retiro, em 
sua própria mente e em seus estados mentais, poderia trazer 
enormes benefícios às pessoas que estavam sofrendo e 
procuravam o hospital.
Ele percebeu ser possível compartilhar a essência dos 
ensinamentos de yoga e meditação que vinha praticando nos 
últimos 13 anos com pessoas que talvez não conhecessem um 
centro budista e que nunca seriam capazes de descobrir essa 
essência por meio das palavras e formas usadas naqueles lugares. 
Ele decidiu tentar tornar as práticas e a linguagem utilizadas para 
descrevê-las tão claras que qualquer pessoa poderia extrair 
benefícios dela.
Jon persuadiu a administração do hospital a permitir que ele e seus 
colegas ocupassem um espaço no porão, onde então 
desenvolveram o que logo ficaria conhecido como programa de 8 
semanas de redução de estresse baseado em mindfulness ou 
MBSR.
Jon tinha formação de um cientista e sabia bem o valor das 
pesquisas, de modo que ele e seus colegas pesquisaram os efeitos 
de seus programas sobre os pacientes e, pouco a pouco, o que é 
hoje um acervo considerável de evidências de pesquisas sobre a 
eficácia do treinamento começou a emergir. Atualmente existem 
milhares de trabalhos revisados por especialistas que investigam os 
efeitos do mindfulness.
Com as pesquisas realizadas na época, logo ficou claro que o 
treinamento de mindfulness possibilitava as pessoas a lidarem 
muito melhor com a dor crônica. Elas também se tornaram mais 
capazes de administrar os diversos estressores que acompanham 
os problemas que as conduziam ao hospital, independente de quais 
fossem eles.
Atualmente milhares e milhares de pessoas já concluíram os 
programas de 8 semanas em muitos lugares do mundo. Existem 
milhares de centros médicos acadêmicos, hospitais, clínicas de 
redução de estresse que oferecem o programa de 8 semanas ao 
redor do mundo. Atualmente na Inglaterra por exemplo, o 
programa de 8 semanas é política pública e oferecido no programa 
de saúde, tendo em vista que se tornou cada vez mais claro que não 
apenas o estresse e a dor crônica são positivamente afetados 
quando aprendemos a trabalhar com a atenção plena de uma 
maneira diferente.
Mudanças biológicas também começaram a aparecer nas 
pesquisas. Uma ocorrência inicial desse fato foi a descoberta de 
que, entre os pacientes que procuravam o hospital para tratamento 
em psoríase, os sintomas dos que participavam do programa de 8 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
13
semanas comitente ao tratamento, desapareciam cerca de 50% 
mais rápido do que os dos que não faziam o curso. Isso pareceu 
indicar que o que as pessoas estavam fazendo com a mente, o 
trabalho que estavam realizando com a atenção, estava mudando o 
corpo delas.
A compreensão da maneira pela qual o treinamento de mindfulness 
nos afetam biologicamente recebeu impulso adicional quando os 
neurocientistas começaram a investigar seus efeitos. Por enquanto 
é isso, falaremos mais sobre estas questões científicas ao decorrer 
do programa.
Por volta de 1979, Jon Kabat-Zinn, americano, especializado em 
biologia molecular, trabalhava no centro médico da universidade de 
Massachussets. Em sua época de estudante havia, por acaso, 
entrado em contato com o budismo, e passou a se dedicar a uma 
prática de meditação diária e regular. Além de seu trabalho no 
hospital, também dava aulas de Yoga. Jon se dedicou a trabalhos 
científicos, mas duas questões não paravam de incomodá-lo; Uma 
delas ele expressava como: 
“O que vou fazer com minha vida? Que tipo de trabalho eu amo a 
ponto de pagar pra executá-lo?”. A outra pergunta que ele fazia 
tinha mais a ver com os pacientes que procuravam o hospital.
Ele percebia que as pessoas iam ao hospital porque, de uma 
maneira ou de outra, estavam sofrendo. No entanto, perguntava ele 
a seus botões, quantas delas deixavam o hospital com esse 
sofrimento resolvido? Ao conversar sobre isso com os médicos do 
hospital, chegou a conclusão de que a resposta era algo em torno 
de 20% dos pacientes. Ele passou então a se perguntar o que o 
sistema estava oferecendo aos 80% restantes.
Nesta mesma época, participando de um retiro de silêncio, essas 
duas correntes de questionamento se resolveram em uma “visão” 
que talvez tenha durado 10 segundos, a qual Jon descreve como 
uma visão de conexões vividas, quase inevitáveis, e suas 
implicações.
Ele reconheceu que a maneira como trabalhava naquele retiro, em 
sua própria mente e em seus estados mentais, poderia trazer 
enormes benefícios às pessoas que estavam sofrendo e 
procuravam o hospital.
Ele percebeu ser possível compartilhar a essência dos 
ensinamentos de yoga e meditação que vinha praticando nos 
últimos 13 anos com pessoas que talvez não conhecessem um 
centro budista e que nunca seriam capazes de descobrir essa 
essência por meio das palavras e formas usadas naqueles lugares. 
Ele decidiu tentar tornar as práticas e a linguagem utilizadas para 
descrevê-las tão claras que qualquer pessoa poderia extrair 
benefícios dela.
Jon persuadiu a administração do hospital a permitir que ele e seus 
colegas ocupassem um espaço no porão, onde então 
desenvolveram o que logo ficaria conhecido como programa de 8 
semanas de redução de estresse baseado em mindfulness ou 
MBSR.
Jon tinha formação de um cientista e sabia bem o valor das 
pesquisas, de modo que ele e seus colegas pesquisaram os efeitosde seus programas sobre os pacientes e, pouco a pouco, o que é 
hoje um acervo considerável de evidências de pesquisas sobre a 
eficácia do treinamento começou a emergir. Atualmente existem 
milhares de trabalhos revisados por especialistas que investigam os 
efeitos do mindfulness.
Com as pesquisas realizadas na época, logo ficou claro que o 
treinamento de mindfulness possibilitava as pessoas a lidarem 
muito melhor com a dor crônica. Elas também se tornaram mais 
capazes de administrar os diversos estressores que acompanham 
os problemas que as conduziam ao hospital, independente de quais 
fossem eles.
Atualmente milhares e milhares de pessoas já concluíram os 
programas de 8 semanas em muitos lugares do mundo. Existem 
milhares de centros médicos acadêmicos, hospitais, clínicas de 
redução de estresse que oferecem o programa de 8 semanas ao 
redor do mundo. Atualmente na Inglaterra por exemplo, o 
programa de 8 semanas é política pública e oferecido no programa 
de saúde, tendo em vista que se tornou cada vez mais claro que não 
apenas o estresse e a dor crônica são positivamente afetados 
quando aprendemos a trabalhar com a atenção plena de uma 
maneira diferente.
Mudanças biológicas também começaram a aparecer nas 
pesquisas. Uma ocorrência inicial desse fato foi a descoberta de 
que, entre os pacientes que procuravam o hospital para tratamento 
em psoríase, os sintomas dos que participavam do programa de 8 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
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semanas comitente ao tratamento, desapareciam cerca de 50% 
mais rápido do que os dos que não faziam o curso. Isso pareceu 
indicar que o que as pessoas estavam fazendo com a mente, o 
trabalho que estavam realizando com a atenção, estava mudando o 
corpo delas.
A compreensão da maneira pela qual o treinamento de mindfulness 
nos afetam biologicamente recebeu impulso adicional quando os 
neurocientistas começaram a investigar seus efeitos. Por enquanto 
é isso, falaremos mais sobre estas questões científicas ao decorrer 
do programa.
O que é 
Mindfulness?
O que é 
Mindfulness?
3
Existem muitas definições e conceitos sobre atenção plena que 
iremos abordar durante o programa de 8 semanas que estamos 
propondo. Por enquanto podemos entender atenção plena como 
uma qualidade na forma de prestarmos atenção em nós mesmos, 
aos outros e ao mundo que nos cerca de uma certa maneira. 
É uma consciência que surge quando prestamos atenção 
deliberadamente, no momento presente e de forma imparcial.
Deliberadamente: Significa escolhermos para onde nossa 
atenção se dirige. Provavelmente neste pequeno momento em que 
você está lendo estas palavras, você já pensou em algo fora deste 
contexto. Sua mente já foi atraída por algum pensamento 
relacionado ao seu trabalho ou família ou talvez despertou uma 
lembrança ou mostrou lhe uma imagem associada a este conteúdo. 
Não tem nada de certo ou errado nisso, é apenas como nossa 
mente está acostumada a funcionar. Quando estamos atentos, 
levamos uma intencionalidade e uma conscientização muito mais 
clara ao processo de prestar atenção. Prestamos atenção 
deliberadamente, ou seja, escolhemos realmente prestar atenção 
em algo e focamos no que desejamos. Quando estamos distraídos, 
perdemos parte do que está acontecendo.
No momento presente: Quando está atento você está presente, 
está no aqui e agora. Provavelmente você pode perceber que sua 
mente divaga frequentemente para o passado ou para o futuro. Ou 
permanecemos ruminando lamentações do passado ou estamos 
aflitos com questões que podem surgir no futuro. Está tudo bem em 
16
se preparar para o futuro ou para planejar o futuro. Mas o que 
estou falando é que normalmente ficamos presos com situações do 
futuro que talvez nem aconteçam e nos desconectamos 
completamente de viver o momento presente, que é o único 
momento em que realmente podemos criar nosso futuro.
De forma imparcial: Significa entender que as coisas são apenas 
como são. Podemos desperdiçar o nosso tempo pensando: “aquilo 
deveria ser diferente”, “Ele não podia ter feito isso”, “Eu não deveria 
estar passando por isso”, entre outras coisas. Por mais que as coisas 
possam parecer erradas ou certas, justas ou injustas, desejáveis ou 
indesejáveis, elas são o que são. Somente quando percebemos este 
fato, podemos permitir que as coisas sejam como são, poderemos 
escolher como agir diante dela ao invés de reagir através de um 
julgamento.
Existem muitas definições e conceitos sobre atenção plena que 
iremos abordar durante o programa de 8 semanas que estamos 
propondo. Por enquanto podemos entender atenção plena como 
uma qualidade na forma de prestarmos atenção em nós mesmos, 
aos outros e ao mundo que nos cerca de uma certa maneira. 
É uma consciência que surge quando prestamos atenção 
deliberadamente, no momento presente e de forma imparcial.
Deliberadamente: Significa escolhermos para onde nossa 
atenção se dirige. Provavelmente neste pequeno momento em que 
você está lendo estas palavras, você já pensou em algo fora deste 
contexto. Sua mente já foi atraída por algum pensamento 
relacionado ao seu trabalho ou família ou talvez despertou uma 
lembrança ou mostrou lhe uma imagem associada a este conteúdo. 
Não tem nada de certo ou errado nisso, é apenas como nossa 
mente está acostumada a funcionar. Quando estamos atentos, 
levamos uma intencionalidade e uma conscientização muito mais 
clara ao processo de prestar atenção. Prestamos atenção 
deliberadamente, ou seja, escolhemos realmente prestar atenção 
em algo e focamos no que desejamos. Quando estamos distraídos, 
perdemos parte do que está acontecendo.
No momento presente: Quando está atento você está presente, 
está no aqui e agora. Provavelmente você pode perceber que sua 
mente divaga frequentemente para o passado ou para o futuro. Ou 
permanecemos ruminando lamentações do passado ou estamos 
aflitos com questões que podem surgir no futuro. Está tudo bem em 
se preparar para o futuro ou para planejar o futuro. Mas o que 
estou falando é que normalmente ficamos presos com situações do 
futuro que talvez nem aconteçam e nos desconectamos 
completamente de viver o momento presente, que é o único 
momento em que realmente podemos criar nosso futuro.
De forma imparcial: Significa entender que as coisas são apenas 
como são. Podemos desperdiçar o nosso tempo pensando: “aquilo 
deveria ser diferente”, “Ele não podia ter feito isso”, “Eu não deveria 
estar passando por isso”, entre outras coisas. Por mais que as coisas 
possam parecer erradas ou certas, justas ou injustas, desejáveis ou 
indesejáveis, elas são o que são. Somente quando percebemos este 
fato, podemos permitir que as coisas sejam como são, poderemos 
escolher como agir diante dela ao invés de reagir através de um 
julgamento.
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
17
O que é
Meditação?
Oque é 
Meditação?
4
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
19
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas têm mais sabedoria 
e conhecimento por terem maior experiência de vida. O Material de 
nosso corpo nasceu a mais de 15 bilhões de anos. Talvez haja 
alguma sabedoria aí! Pense na formação desses átomos, criados em 
um sistema solar completo que levou milhões de anos de 
modelagem inteligente para construir este corpo. É uma história 
maravilhosa e no mínimo curiosa. Entenda que o feto não segue 
uma técnica para crescer, é algo natural.
Muitas pessoas passam a vida buscandopor respostas, e muitas 
delas querem respostas em palavras, mas nem tudo pode ou 
precisa ser compreendido com palavras. Estamos muitos ocupados 
com o que precisamos fazer para ter sucesso ao invés de nos 
concentrarmos em saber quem somos ou simplesmente 
experienciarmos o que somos.
A meditação redesperta o questionamento sobre a totalidade do 
ser. Não serve apenas para resolver problemas, aliviar o estresse ou 
nos dar mais controle sobre nossa vida. Meditamos para 
despertarmos para a história universal e multidimensional daquilo 
que somos. Esse é o verdadeiro caminho para saúde. A meditação 
pede uma percepção similar a de um cientista, de alguém que 
procura a verdade, explorando o laboratório da experiência de 
estar vivo e acordado.
Muitas vezes as pessoas meditam como se estivessem cumprindo 
uma penitência. O exercício todo é uma luta enorme que esperam 
que seja boa para ela. Imaginam que se continuarem fazendo esse 
esforço em suas práticas e conseguirem ao menos se livrar de suas 
várias distrações, finalmente a luz surgirá e pronto: Será o fim de 
seus problemas. Ter esta atitude ao meditar não nos deixa entrar 
em contato com as qualidades essenciais que nos alimentam, o 
sentido de amplitude e o envolvimento constante com o 
crescimento e com as descobertas.
A meditação não deve ser vista como uma coisa fragmentada ou 
pontual, ela deve ser contínua. Você senta para meditar e logo em 
seguida larga a meditação, faz uma oração e em seguida larga esta 
mesma oração, ou pratica Yoga e logo depois também abandona 
esta prática. Assim que sua prática acaba, você entra de volta neste 
mundo não meditativo, inconsciente, como se caminhasse em um 
sono hipnótico. Um esforço de uma, não vai ter grandes efeitos nas 
outras 23 horas do dia adormecidas.
A consciência é como um rio e flui constantemente . Estar 
consciente por uma hora e ficar 23 horas desconectado de sua 
consciência não parece ser o caminho para um florescimento de 
consciência.
Muitas pessoas almejam alcançar um estado de completude. A 
verdadeira satisfação está registrada nas células e líquidos do 
corpo. Você se sente satisfeito e realizado quando você se sente 
completamente vivo, quando o momento presente está fluindo 
harmoniosamente e em abundância. Estamos tão ocupados com 
lugares para ir, gente para ver, coisas para fazer, com tantos medos, 
tantas expectativas, e tantas obrigações que não conseguimos estar 
plenos.
Quando a morte se aproxima normalmente surge um alerta: “O que 
eu estive fazendo? O que fiz com minha vida? E às vezes você 
percebe que perdeu muitas oportunidades. Que na verdade você 
não parou para refletir sobre o que estava fazendo. Entrar no modo 
fazer, e tentar apenas fazer ou conquistar tudo, pode nos distrair e 
não percebemos que estamos perdendo energia, que podemos 
estar desperdiçando esta vida, que ela escorreu pelo ralo. Você só 
tem uma vida e se você não tiver consciência sobre o que está 
fazendo, você vai chamar qualquer coisa de destino. Meditar é abrir 
espaço para o florescimento da consciência. Não sabemos quando 
a consciência vai brotar em sua plenitude, mas podemos 
diariamente cultivar e nos dedicar a estas práticas de mindfulness 
que nos ajudam a despertar de algumas grandes ilusões que 
estamos presos e não percebemos.
A vida não existe apenas para ser transcorrida, ela nos dá a 
possibilidade de alcançarmos algo mais profundo. Da mesma forma 
que quando sonhamos um sonho muito real, só percebemos que 
era uma ilusão quando acordamos pela manhã, assim também é a 
nossa vida. Só conseguimos perceber as ilusões da vida, no 
momento em que despertamos a consciência, e a meditação é um 
caminho para este despertar.
Meditação é presença. Meditação é quando a mente tagarela se 
aquieta e o ser que é a vida que nos habita se manifesta. Meditação 
é o momento em que o ser que te habita se manifesta. A mente 
compulsiva é a fonte do estresse e consequentemente de muitas 
doenças e de muitas dificuldades que a gente enfrenta na vida.
A meditação é um poder que podemos comparar com um veículo. 
Que tanto pode estar sendo conduzido por impulsos inconscientes 
e destrutivos como vinganças, medo, inveja, ciúmes, etc, como pode 
estar sendo conduzido por uma parte construtiva, amorosa, que 
confia e assim por diante. Podemos ter um veículo descontrolado e 
desgovernado, ou podemos ter um veículo controlado, indo em 
uma certa direção ou parado.
O primeiro passo é ocupar o veículo. É você estar ali presente. Isso 
se assemelha a entrar numa autoescola, você precisa sentar no 
carro e pegar o volante com suas mãos. Esta é a fase zero do 
processo. É iniciar o cultivo do silêncio. É o princípio. Apenas um 
instante em silêncio com apenas um minuto e, já estamos prontos 
para começar a se desligar do mundo lá de fora e nos conectarmos 
com o mundo de dentro de nós mesmos. Desligar o celular, desligar 
o computador, esquecer tudo, alinhar o corpo e fechar os olhos. 
Porque os olhos são as janelas da mente e eles te conectam com o 
mundo lá fora. Com os olhos fechados, você vai colocar a atenção 
no fluxo da respiração com a coluna alinhada. A postura é 
importante. É uma postura ereta, mas sem rigidez. É uma postura 
confortável porem estável, que você possa permanecer pelo tempo 
sugerido, sem se mexer ou mexendo o mínimo possível. A coluna 
deve permanecer ereta, pois existe um fluxo de energia muito 
grande passando pela coluna. Em nossa coluna temos o sistema 
nervoso central, que está conectado com o sistema endócrino e 
com todos os órgãos do corpo. É um fluxo de energia muito grande 
que precisa estar livre. Desta forma, você apenas respira de forma 
profunda e suave pelas narinas.
A grande maioria da humanidade, mais de 90%, vive sobre a tirania 
do fluxo temporal da mente. Neste tempo psicológico onde você é 
jogado no passado ou no futuro, do passado para o futuro, do 
futuro para o passado e o presente fica completamente perdido. É 
no presente que está a possibilidade de você transcender o 
sofrimento, transcender o medo, o ódio, é onde você pode 
transcender todas as emoções negativas que te faz refém. A mente 
serena é a fonte da tranquilidade. Tudo aquilo que é belo e 
verdadeiro nasce do silêncio.
Tem uma definição de Sri Prem Baba, que eu particularmente gosto 
muito: “A meditação envolve diversos estágios ou estados de 
consciência. Às vezes, você tem acesso a lugares de dor onde entra 
em contato com sentimentos difíceis, como medo, raiva e 
insegurança. São infernos internos que precisam ser atravessados, 
pois ali tem algum aprendizado para você. Às vezes, você entra em 
uma zona neutra, na qual não sente raiva nem medo, mas também 
não sente amor – você não sente nada. E, às vezes, você vai para o 
céu e experimenta um amor infinito; uma alegria sem causa; paz e 
unidade. Você expande e contrai até que, em algum momento, 
aprende a sustentar o coração aberto e a comunhão com o Divino.”
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas têm mais sabedoria 
e conhecimento por terem maior experiência de vida. O Material de 
nosso corpo nasceu a mais de 15 bilhões de anos. Talvez haja 
alguma sabedoria aí! Pense na formação desses átomos, criados em 
um sistema solar completo que levou milhões de anos de 
modelagem inteligente para construir este corpo. É uma história 
maravilhosa e no mínimo curiosa. Entenda que o feto não segue 
uma técnica para crescer, é algonatural.
Muitas pessoas passam a vida buscando por respostas, e muitas 
delas querem respostas em palavras, mas nem tudo pode ou 
precisa ser compreendido com palavras. Estamos muitos ocupados 
com o que precisamos fazer para ter sucesso ao invés de nos 
concentrarmos em saber quem somos ou simplesmente 
experienciarmos o que somos.
A meditação redesperta o questionamento sobre a totalidade do 
ser. Não serve apenas para resolver problemas, aliviar o estresse ou 
nos dar mais controle sobre nossa vida. Meditamos para 
despertarmos para a história universal e multidimensional daquilo 
que somos. Esse é o verdadeiro caminho para saúde. A meditação 
pede uma percepção similar a de um cientista, de alguém que 
procura a verdade, explorando o laboratório da experiência de 
estar vivo e acordado.
Muitas vezes as pessoas meditam como se estivessem cumprindo 
uma penitência. O exercício todo é uma luta enorme que esperam 
que seja boa para ela. Imaginam que se continuarem fazendo esse 
esforço em suas práticas e conseguirem ao menos se livrar de suas 
várias distrações, finalmente a luz surgirá e pronto: Será o fim de 
seus problemas. Ter esta atitude ao meditar não nos deixa entrar 
em contato com as qualidades essenciais que nos alimentam, o 
sentido de amplitude e o envolvimento constante com o 
crescimento e com as descobertas.
A meditação não deve ser vista como uma coisa fragmentada ou 
pontual, ela deve ser contínua. Você senta para meditar e logo em 
seguida larga a meditação, faz uma oração e em seguida larga esta 
mesma oração, ou pratica Yoga e logo depois também abandona 
esta prática. Assim que sua prática acaba, você entra de volta neste 
mundo não meditativo, inconsciente, como se caminhasse em um 
sono hipnótico. Um esforço de uma, não vai ter grandes efeitos nas 
outras 23 horas do dia adormecidas.
A consciência é como um rio e flui constantemente . Estar 
consciente por uma hora e ficar 23 horas desconectado de sua 
consciência não parece ser o caminho para um florescimento de 
consciência.
Muitas pessoas almejam alcançar um estado de completude. A 
verdadeira satisfação está registrada nas células e líquidos do 
corpo. Você se sente satisfeito e realizado quando você se sente 
completamente vivo, quando o momento presente está fluindo 
harmoniosamente e em abundância. Estamos tão ocupados com 
lugares para ir, gente para ver, coisas para fazer, com tantos medos, 
tantas expectativas, e tantas obrigações que não conseguimos estar 
plenos.
Quando a morte se aproxima normalmente surge um alerta: “O que 
eu estive fazendo? O que fiz com minha vida? E às vezes você 
percebe que perdeu muitas oportunidades. Que na verdade você 
não parou para refletir sobre o que estava fazendo. Entrar no modo 
fazer, e tentar apenas fazer ou conquistar tudo, pode nos distrair e 
não percebemos que estamos perdendo energia, que podemos 
estar desperdiçando esta vida, que ela escorreu pelo ralo. Você só 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
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tem uma vida e se você não tiver consciência sobre o que está 
fazendo, você vai chamar qualquer coisa de destino. Meditar é abrir 
espaço para o florescimento da consciência. Não sabemos quando 
a consciência vai brotar em sua plenitude, mas podemos 
diariamente cultivar e nos dedicar a estas práticas de mindfulness 
que nos ajudam a despertar de algumas grandes ilusões que 
estamos presos e não percebemos.
A vida não existe apenas para ser transcorrida, ela nos dá a 
possibilidade de alcançarmos algo mais profundo. Da mesma forma 
que quando sonhamos um sonho muito real, só percebemos que 
era uma ilusão quando acordamos pela manhã, assim também é a 
nossa vida. Só conseguimos perceber as ilusões da vida, no 
momento em que despertamos a consciência, e a meditação é um 
caminho para este despertar.
Meditação é presença. Meditação é quando a mente tagarela se 
aquieta e o ser que é a vida que nos habita se manifesta. Meditação 
é o momento em que o ser que te habita se manifesta. A mente 
compulsiva é a fonte do estresse e consequentemente de muitas 
doenças e de muitas dificuldades que a gente enfrenta na vida.
A meditação é um poder que podemos comparar com um veículo. 
Que tanto pode estar sendo conduzido por impulsos inconscientes 
e destrutivos como vinganças, medo, inveja, ciúmes, etc, como pode 
estar sendo conduzido por uma parte construtiva, amorosa, que 
confia e assim por diante. Podemos ter um veículo descontrolado e 
desgovernado, ou podemos ter um veículo controlado, indo em 
uma certa direção ou parado.
O primeiro passo é ocupar o veículo. É você estar ali presente. Isso 
se assemelha a entrar numa autoescola, você precisa sentar no 
carro e pegar o volante com suas mãos. Esta é a fase zero do 
processo. É iniciar o cultivo do silêncio. É o princípio. Apenas um 
instante em silêncio com apenas um minuto e, já estamos prontos 
para começar a se desligar do mundo lá de fora e nos conectarmos 
com o mundo de dentro de nós mesmos. Desligar o celular, desligar 
o computador, esquecer tudo, alinhar o corpo e fechar os olhos. 
Porque os olhos são as janelas da mente e eles te conectam com o 
mundo lá fora. Com os olhos fechados, você vai colocar a atenção 
no fluxo da respiração com a coluna alinhada. A postura é 
importante. É uma postura ereta, mas sem rigidez. É uma postura 
confortável porem estável, que você possa permanecer pelo tempo 
sugerido, sem se mexer ou mexendo o mínimo possível. A coluna 
deve permanecer ereta, pois existe um fluxo de energia muito 
grande passando pela coluna. Em nossa coluna temos o sistema 
nervoso central, que está conectado com o sistema endócrino e 
com todos os órgãos do corpo. É um fluxo de energia muito grande 
que precisa estar livre. Desta forma, você apenas respira de forma 
profunda e suave pelas narinas.
A grande maioria da humanidade, mais de 90%, vive sobre a tirania 
do fluxo temporal da mente. Neste tempo psicológico onde você é 
jogado no passado ou no futuro, do passado para o futuro, do 
futuro para o passado e o presente fica completamente perdido. É 
no presente que está a possibilidade de você transcender o 
sofrimento, transcender o medo, o ódio, é onde você pode 
transcender todas as emoções negativas que te faz refém. A mente 
serena é a fonte da tranquilidade. Tudo aquilo que é belo e 
verdadeiro nasce do silêncio.
Tem uma definição de Sri Prem Baba, que eu particularmente gosto 
muito: “A meditação envolve diversos estágios ou estados de 
consciência. Às vezes, você tem acesso a lugares de dor onde entra 
em contato com sentimentos difíceis, como medo, raiva e 
insegurança. São infernos internos que precisam ser atravessados, 
pois ali tem algum aprendizado para você. Às vezes, você entra em 
uma zona neutra, na qual não sente raiva nem medo, mas também 
não sente amor – você não sente nada. E, às vezes, você vai para o 
céu e experimenta um amor infinito; uma alegria sem causa; paz e 
unidade. Você expande e contrai até que, em algum momento, 
aprende a sustentar o coração aberto e a comunhão com o Divino.”
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas têm mais sabedoria 
e conhecimento por terem maior experiência de vida. O Material de 
nosso corpo nasceu a mais de 15 bilhões de anos. Talvez haja 
alguma sabedoria aí! Pense na formação desses átomos, criados em 
um sistema solar completo que levou milhões de anos de 
modelagem inteligente para construir este corpo. Éuma história 
maravilhosa e no mínimo curiosa. Entenda que o feto não segue 
uma técnica para crescer, é algo natural.
Muitas pessoas passam a vida buscando por respostas, e muitas 
delas querem respostas em palavras, mas nem tudo pode ou 
precisa ser compreendido com palavras. Estamos muitos ocupados 
com o que precisamos fazer para ter sucesso ao invés de nos 
concentrarmos em saber quem somos ou simplesmente 
experienciarmos o que somos.
A meditação redesperta o questionamento sobre a totalidade do 
ser. Não serve apenas para resolver problemas, aliviar o estresse ou 
nos dar mais controle sobre nossa vida. Meditamos para 
despertarmos para a história universal e multidimensional daquilo 
que somos. Esse é o verdadeiro caminho para saúde. A meditação 
pede uma percepção similar a de um cientista, de alguém que 
procura a verdade, explorando o laboratório da experiência de 
estar vivo e acordado.
Muitas vezes as pessoas meditam como se estivessem cumprindo 
uma penitência. O exercício todo é uma luta enorme que esperam 
que seja boa para ela. Imaginam que se continuarem fazendo esse 
esforço em suas práticas e conseguirem ao menos se livrar de suas 
várias distrações, finalmente a luz surgirá e pronto: Será o fim de 
seus problemas. Ter esta atitude ao meditar não nos deixa entrar 
em contato com as qualidades essenciais que nos alimentam, o 
sentido de amplitude e o envolvimento constante com o 
crescimento e com as descobertas.
A meditação não deve ser vista como uma coisa fragmentada ou 
pontual, ela deve ser contínua. Você senta para meditar e logo em 
seguida larga a meditação, faz uma oração e em seguida larga esta 
mesma oração, ou pratica Yoga e logo depois também abandona 
esta prática. Assim que sua prática acaba, você entra de volta neste 
mundo não meditativo, inconsciente, como se caminhasse em um 
sono hipnótico. Um esforço de uma, não vai ter grandes efeitos nas 
outras 23 horas do dia adormecidas.
A consciência é como um rio e flui constantemente . Estar 
consciente por uma hora e ficar 23 horas desconectado de sua 
consciência não parece ser o caminho para um florescimento de 
consciência.
Muitas pessoas almejam alcançar um estado de completude. A 
verdadeira satisfação está registrada nas células e líquidos do 
corpo. Você se sente satisfeito e realizado quando você se sente 
completamente vivo, quando o momento presente está fluindo 
harmoniosamente e em abundância. Estamos tão ocupados com 
lugares para ir, gente para ver, coisas para fazer, com tantos medos, 
tantas expectativas, e tantas obrigações que não conseguimos estar 
plenos.
Quando a morte se aproxima normalmente surge um alerta: “O que 
eu estive fazendo? O que fiz com minha vida? E às vezes você 
percebe que perdeu muitas oportunidades. Que na verdade você 
não parou para refletir sobre o que estava fazendo. Entrar no modo 
fazer, e tentar apenas fazer ou conquistar tudo, pode nos distrair e 
não percebemos que estamos perdendo energia, que podemos 
estar desperdiçando esta vida, que ela escorreu pelo ralo. Você só 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
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tem uma vida e se você não tiver consciência sobre o que está 
fazendo, você vai chamar qualquer coisa de destino. Meditar é abrir 
espaço para o florescimento da consciência. Não sabemos quando 
a consciência vai brotar em sua plenitude, mas podemos 
diariamente cultivar e nos dedicar a estas práticas de mindfulness 
que nos ajudam a despertar de algumas grandes ilusões que 
estamos presos e não percebemos.
A vida não existe apenas para ser transcorrida, ela nos dá a 
possibilidade de alcançarmos algo mais profundo. Da mesma forma 
que quando sonhamos um sonho muito real, só percebemos que 
era uma ilusão quando acordamos pela manhã, assim também é a 
nossa vida. Só conseguimos perceber as ilusões da vida, no 
momento em que despertamos a consciência, e a meditação é um 
caminho para este despertar.
Meditação é presença. Meditação é quando a mente tagarela se 
aquieta e o ser que é a vida que nos habita se manifesta. Meditação 
é o momento em que o ser que te habita se manifesta. A mente 
compulsiva é a fonte do estresse e consequentemente de muitas 
doenças e de muitas dificuldades que a gente enfrenta na vida.
A meditação é um poder que podemos comparar com um veículo. 
Que tanto pode estar sendo conduzido por impulsos inconscientes 
e destrutivos como vinganças, medo, inveja, ciúmes, etc, como pode 
estar sendo conduzido por uma parte construtiva, amorosa, que 
confia e assim por diante. Podemos ter um veículo descontrolado e 
desgovernado, ou podemos ter um veículo controlado, indo em 
uma certa direção ou parado.
O primeiro passo é ocupar o veículo. É você estar ali presente. Isso 
se assemelha a entrar numa autoescola, você precisa sentar no 
carro e pegar o volante com suas mãos. Esta é a fase zero do 
processo. É iniciar o cultivo do silêncio. É o princípio. Apenas um 
instante em silêncio com apenas um minuto e, já estamos prontos 
para começar a se desligar do mundo lá de fora e nos conectarmos 
com o mundo de dentro de nós mesmos. Desligar o celular, desligar 
o computador, esquecer tudo, alinhar o corpo e fechar os olhos. 
Porque os olhos são as janelas da mente e eles te conectam com o 
mundo lá fora. Com os olhos fechados, você vai colocar a atenção 
no fluxo da respiração com a coluna alinhada. A postura é 
importante. É uma postura ereta, mas sem rigidez. É uma postura 
confortável porem estável, que você possa permanecer pelo tempo 
sugerido, sem se mexer ou mexendo o mínimo possível. A coluna 
deve permanecer ereta, pois existe um fluxo de energia muito 
grande passando pela coluna. Em nossa coluna temos o sistema 
nervoso central, que está conectado com o sistema endócrino e 
com todos os órgãos do corpo. É um fluxo de energia muito grande 
que precisa estar livre. Desta forma, você apenas respira de forma 
profunda e suave pelas narinas.
A grande maioria da humanidade, mais de 90%, vive sobre a tirania 
do fluxo temporal da mente. Neste tempo psicológico onde você é 
jogado no passado ou no futuro, do passado para o futuro, do 
futuro para o passado e o presente fica completamente perdido. É 
no presente que está a possibilidade de você transcender o 
sofrimento, transcender o medo, o ódio, é onde você pode 
transcender todas as emoções negativas que te faz refém. A mente 
serena é a fonte da tranquilidade. Tudo aquilo que é belo e 
verdadeiro nasce do silêncio.
Tem uma definição de Sri Prem Baba, que eu particularmente gosto 
muito: “A meditação envolve diversos estágios ou estados de 
consciência. Às vezes, você tem acesso a lugares de dor onde entra 
em contato com sentimentos difíceis, como medo, raiva e 
insegurança. São infernos internos que precisam ser atravessados, 
pois ali tem algum aprendizado para você. Às vezes, você entra em 
uma zona neutra, na qual não sente raiva nem medo, mas também 
não sente amor – você não sente nada. E, às vezes, você vai para o 
céu e experimenta um amor infinito; uma alegria sem causa; paz e 
unidade. Você expande e contrai até que, em algum momento, 
aprende a sustentar o coração aberto e a comunhão com o Divino.”
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas têm mais sabedoria 
e conhecimento por terem maior experiência de vida. O Material de 
nosso corpo nasceu a mais de 15 bilhões de anos. Talvez haja 
alguma sabedoria aí! Pense na formação desses átomos, criados emum sistema solar completo que levou milhões de anos de 
modelagem inteligente para construir este corpo. É uma história 
maravilhosa e no mínimo curiosa. Entenda que o feto não segue 
uma técnica para crescer, é algo natural.
Muitas pessoas passam a vida buscando por respostas, e muitas 
delas querem respostas em palavras, mas nem tudo pode ou 
precisa ser compreendido com palavras. Estamos muitos ocupados 
com o que precisamos fazer para ter sucesso ao invés de nos 
concentrarmos em saber quem somos ou simplesmente 
experienciarmos o que somos.
A meditação redesperta o questionamento sobre a totalidade do 
ser. Não serve apenas para resolver problemas, aliviar o estresse ou 
nos dar mais controle sobre nossa vida. Meditamos para 
despertarmos para a história universal e multidimensional daquilo 
que somos. Esse é o verdadeiro caminho para saúde. A meditação 
pede uma percepção similar a de um cientista, de alguém que 
procura a verdade, explorando o laboratório da experiência de 
estar vivo e acordado.
Muitas vezes as pessoas meditam como se estivessem cumprindo 
uma penitência. O exercício todo é uma luta enorme que esperam 
que seja boa para ela. Imaginam que se continuarem fazendo esse 
esforço em suas práticas e conseguirem ao menos se livrar de suas 
várias distrações, finalmente a luz surgirá e pronto: Será o fim de 
seus problemas. Ter esta atitude ao meditar não nos deixa entrar 
em contato com as qualidades essenciais que nos alimentam, o 
sentido de amplitude e o envolvimento constante com o 
crescimento e com as descobertas.
A meditação não deve ser vista como uma coisa fragmentada ou 
pontual, ela deve ser contínua. Você senta para meditar e logo em 
seguida larga a meditação, faz uma oração e em seguida larga esta 
mesma oração, ou pratica Yoga e logo depois também abandona 
esta prática. Assim que sua prática acaba, você entra de volta neste 
mundo não meditativo, inconsciente, como se caminhasse em um 
sono hipnótico. Um esforço de uma, não vai ter grandes efeitos nas 
outras 23 horas do dia adormecidas.
A consciência é como um rio e flui constantemente . Estar 
consciente por uma hora e ficar 23 horas desconectado de sua 
consciência não parece ser o caminho para um florescimento de 
consciência.
Muitas pessoas almejam alcançar um estado de completude. A 
verdadeira satisfação está registrada nas células e líquidos do 
corpo. Você se sente satisfeito e realizado quando você se sente 
completamente vivo, quando o momento presente está fluindo 
harmoniosamente e em abundância. Estamos tão ocupados com 
lugares para ir, gente para ver, coisas para fazer, com tantos medos, 
tantas expectativas, e tantas obrigações que não conseguimos estar 
plenos.
Quando a morte se aproxima normalmente surge um alerta: “O que 
eu estive fazendo? O que fiz com minha vida? E às vezes você 
percebe que perdeu muitas oportunidades. Que na verdade você 
não parou para refletir sobre o que estava fazendo. Entrar no modo 
fazer, e tentar apenas fazer ou conquistar tudo, pode nos distrair e 
não percebemos que estamos perdendo energia, que podemos 
estar desperdiçando esta vida, que ela escorreu pelo ralo. Você só 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
22
tem uma vida e se você não tiver consciência sobre o que está 
fazendo, você vai chamar qualquer coisa de destino. Meditar é abrir 
espaço para o florescimento da consciência. Não sabemos quando 
a consciência vai brotar em sua plenitude, mas podemos 
diariamente cultivar e nos dedicar a estas práticas de mindfulness 
que nos ajudam a despertar de algumas grandes ilusões que 
estamos presos e não percebemos.
A vida não existe apenas para ser transcorrida, ela nos dá a 
possibilidade de alcançarmos algo mais profundo. Da mesma forma 
que quando sonhamos um sonho muito real, só percebemos que 
era uma ilusão quando acordamos pela manhã, assim também é a 
nossa vida. Só conseguimos perceber as ilusões da vida, no 
momento em que despertamos a consciência, e a meditação é um 
caminho para este despertar.
Meditação é presença. Meditação é quando a mente tagarela se 
aquieta e o ser que é a vida que nos habita se manifesta. Meditação 
é o momento em que o ser que te habita se manifesta. A mente 
compulsiva é a fonte do estresse e consequentemente de muitas 
doenças e de muitas dificuldades que a gente enfrenta na vida.
A meditação é um poder que podemos comparar com um veículo. 
Que tanto pode estar sendo conduzido por impulsos inconscientes 
e destrutivos como vinganças, medo, inveja, ciúmes, etc, como pode 
estar sendo conduzido por uma parte construtiva, amorosa, que 
confia e assim por diante. Podemos ter um veículo descontrolado e 
desgovernado, ou podemos ter um veículo controlado, indo em 
uma certa direção ou parado.
O primeiro passo é ocupar o veículo. É você estar ali presente. Isso 
se assemelha a entrar numa autoescola, você precisa sentar no 
carro e pegar o volante com suas mãos. Esta é a fase zero do 
processo. É iniciar o cultivo do silêncio. É o princípio. Apenas um 
instante em silêncio com apenas um minuto e, já estamos prontos 
para começar a se desligar do mundo lá de fora e nos conectarmos 
com o mundo de dentro de nós mesmos. Desligar o celular, desligar 
o computador, esquecer tudo, alinhar o corpo e fechar os olhos. 
Porque os olhos são as janelas da mente e eles te conectam com o 
mundo lá fora. Com os olhos fechados, você vai colocar a atenção 
no fluxo da respiração com a coluna alinhada. A postura é 
importante. É uma postura ereta, mas sem rigidez. É uma postura 
confortável porem estável, que você possa permanecer pelo tempo 
sugerido, sem se mexer ou mexendo o mínimo possível. A coluna 
deve permanecer ereta, pois existe um fluxo de energia muito 
grande passando pela coluna. Em nossa coluna temos o sistema 
nervoso central, que está conectado com o sistema endócrino e 
com todos os órgãos do corpo. É um fluxo de energia muito grande 
que precisa estar livre. Desta forma, você apenas respira de forma 
profunda e suave pelas narinas.
A grande maioria da humanidade, mais de 90%, vive sobre a tirania 
do fluxo temporal da mente. Neste tempo psicológico onde você é 
jogado no passado ou no futuro, do passado para o futuro, do 
futuro para o passado e o presente fica completamente perdido. É 
no presente que está a possibilidade de você transcender o 
sofrimento, transcender o medo, o ódio, é onde você pode 
transcender todas as emoções negativas que te faz refém. A mente 
serena é a fonte da tranquilidade. Tudo aquilo que é belo e 
verdadeiro nasce do silêncio.
Tem uma definição de Sri Prem Baba, que eu particularmente gosto 
muito: “A meditação envolve diversos estágios ou estados de 
consciência. Às vezes, você tem acesso a lugares de dor onde entra 
em contato com sentimentos difíceis, como medo, raiva e 
insegurança. São infernos internos que precisam ser atravessados, 
pois ali tem algum aprendizado para você. Às vezes, você entra em 
uma zona neutra, na qual não sente raiva nem medo, mas também 
não sente amor – você não sente nada. E, às vezes, você vai para o 
céu e experimenta um amor infinito; uma alegria sem causa; paz e 
unidade. Você expande e contrai até que, em algum momento, 
aprende a sustentar o coração aberto e a comunhão com o Divino.”
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas têm mais sabedoria 
e conhecimento por terem maior experiência de vida. O Material de 
nosso corpo nasceua mais de 15 bilhões de anos. Talvez haja 
alguma sabedoria aí! Pense na formação desses átomos, criados em 
um sistema solar completo que levou milhões de anos de 
modelagem inteligente para construir este corpo. É uma história 
maravilhosa e no mínimo curiosa. Entenda que o feto não segue 
uma técnica para crescer, é algo natural.
Muitas pessoas passam a vida buscando por respostas, e muitas 
delas querem respostas em palavras, mas nem tudo pode ou 
precisa ser compreendido com palavras. Estamos muitos ocupados 
com o que precisamos fazer para ter sucesso ao invés de nos 
concentrarmos em saber quem somos ou simplesmente 
experienciarmos o que somos.
A meditação redesperta o questionamento sobre a totalidade do 
ser. Não serve apenas para resolver problemas, aliviar o estresse ou 
nos dar mais controle sobre nossa vida. Meditamos para 
despertarmos para a história universal e multidimensional daquilo 
que somos. Esse é o verdadeiro caminho para saúde. A meditação 
pede uma percepção similar a de um cientista, de alguém que 
procura a verdade, explorando o laboratório da experiência de 
estar vivo e acordado.
Muitas vezes as pessoas meditam como se estivessem cumprindo 
uma penitência. O exercício todo é uma luta enorme que esperam 
que seja boa para ela. Imaginam que se continuarem fazendo esse 
esforço em suas práticas e conseguirem ao menos se livrar de suas 
várias distrações, finalmente a luz surgirá e pronto: Será o fim de 
seus problemas. Ter esta atitude ao meditar não nos deixa entrar 
em contato com as qualidades essenciais que nos alimentam, o 
sentido de amplitude e o envolvimento constante com o 
crescimento e com as descobertas.
A meditação não deve ser vista como uma coisa fragmentada ou 
pontual, ela deve ser contínua. Você senta para meditar e logo em 
seguida larga a meditação, faz uma oração e em seguida larga esta 
mesma oração, ou pratica Yoga e logo depois também abandona 
esta prática. Assim que sua prática acaba, você entra de volta neste 
mundo não meditativo, inconsciente, como se caminhasse em um 
sono hipnótico. Um esforço de uma, não vai ter grandes efeitos nas 
outras 23 horas do dia adormecidas.
A consciência é como um rio e flui constantemente . Estar 
consciente por uma hora e ficar 23 horas desconectado de sua 
consciência não parece ser o caminho para um florescimento de 
consciência.
Muitas pessoas almejam alcançar um estado de completude. A 
verdadeira satisfação está registrada nas células e líquidos do 
corpo. Você se sente satisfeito e realizado quando você se sente 
completamente vivo, quando o momento presente está fluindo 
harmoniosamente e em abundância. Estamos tão ocupados com 
lugares para ir, gente para ver, coisas para fazer, com tantos medos, 
tantas expectativas, e tantas obrigações que não conseguimos estar 
plenos.
Quando a morte se aproxima normalmente surge um alerta: “O que 
eu estive fazendo? O que fiz com minha vida? E às vezes você 
percebe que perdeu muitas oportunidades. Que na verdade você 
não parou para refletir sobre o que estava fazendo. Entrar no modo 
fazer, e tentar apenas fazer ou conquistar tudo, pode nos distrair e 
não percebemos que estamos perdendo energia, que podemos 
estar desperdiçando esta vida, que ela escorreu pelo ralo. Você só 
O PODER DA ATENÇÃO PLENA - INTRODUÇÃO AO MINDFULNESS
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tem uma vida e se você não tiver consciência sobre o que está 
fazendo, você vai chamar qualquer coisa de destino. Meditar é abrir 
espaço para o florescimento da consciência. Não sabemos quando 
a consciência vai brotar em sua plenitude, mas podemos 
diariamente cultivar e nos dedicar a estas práticas de mindfulness 
que nos ajudam a despertar de algumas grandes ilusões que 
estamos presos e não percebemos.
A vida não existe apenas para ser transcorrida, ela nos dá a 
possibilidade de alcançarmos algo mais profundo. Da mesma forma 
que quando sonhamos um sonho muito real, só percebemos que 
era uma ilusão quando acordamos pela manhã, assim também é a 
nossa vida. Só conseguimos perceber as ilusões da vida, no 
momento em que despertamos a consciência, e a meditação é um 
caminho para este despertar.
Meditação é presença. Meditação é quando a mente tagarela se 
aquieta e o ser que é a vida que nos habita se manifesta. Meditação 
é o momento em que o ser que te habita se manifesta. A mente 
compulsiva é a fonte do estresse e consequentemente de muitas 
doenças e de muitas dificuldades que a gente enfrenta na vida.
A meditação é um poder que podemos comparar com um veículo. 
Que tanto pode estar sendo conduzido por impulsos inconscientes 
e destrutivos como vinganças, medo, inveja, ciúmes, etc, como pode 
estar sendo conduzido por uma parte construtiva, amorosa, que 
confia e assim por diante. Podemos ter um veículo descontrolado e 
desgovernado, ou podemos ter um veículo controlado, indo em 
uma certa direção ou parado.
O primeiro passo é ocupar o veículo. É você estar ali presente. Isso 
se assemelha a entrar numa autoescola, você precisa sentar no 
carro e pegar o volante com suas mãos. Esta é a fase zero do 
processo. É iniciar o cultivo do silêncio. É o princípio. Apenas um 
instante em silêncio com apenas um minuto e, já estamos prontos 
para começar a se desligar do mundo lá de fora e nos conectarmos 
com o mundo de dentro de nós mesmos. Desligar o celular, desligar 
o computador, esquecer tudo, alinhar o corpo e fechar os olhos. 
Porque os olhos são as janelas da mente e eles te conectam com o 
mundo lá fora. Com os olhos fechados, você vai colocar a atenção 
no fluxo da respiração com a coluna alinhada. A postura é 
importante. É uma postura ereta, mas sem rigidez. É uma postura 
confortável porem estável, que você possa permanecer pelo tempo 
sugerido, sem se mexer ou mexendo o mínimo possível. A coluna 
deve permanecer ereta, pois existe um fluxo de energia muito 
grande passando pela coluna. Em nossa coluna temos o sistema 
nervoso central, que está conectado com o sistema endócrino e 
com todos os órgãos do corpo. É um fluxo de energia muito grande 
que precisa estar livre. Desta forma, você apenas respira de forma 
profunda e suave pelas narinas.
A grande maioria da humanidade, mais de 90%, vive sobre a tirania 
do fluxo temporal da mente. Neste tempo psicológico onde você é 
jogado no passado ou no futuro, do passado para o futuro, do 
futuro para o passado e o presente fica completamente perdido. É 
no presente que está a possibilidade de você transcender o 
sofrimento, transcender o medo, o ódio, é onde você pode 
transcender todas as emoções negativas que te faz refém. A mente 
serena é a fonte da tranquilidade. Tudo aquilo que é belo e 
verdadeiro nasce do silêncio.
Tem uma definição de Sri Prem Baba, que eu particularmente gosto 
muito: “A meditação envolve diversos estágios ou estados de 
consciência. Às vezes, você tem acesso a lugares de dor onde entra 
em contato com sentimentos difíceis, como medo, raiva e 
insegurança. São infernos internos que precisam ser atravessados, 
pois ali tem algum aprendizado para você. Às vezes, você entra em 
uma zona neutra, na qual não sente raiva nem medo, mas também 
não sente amor – você não sente nada. E, às vezes, você vai para o 
céu e experimenta um amor infinito; uma alegria sem causa; paz e 
unidade. Você expande e contrai até que, em algum momento, 
aprende a sustentar o coração aberto e a comunhão com o Divino.”
É necessário compreender que entender sobre meditação em 
conceitos é bem diferente do dia em que você experenciar uma 
meditação. Para cada pessoa, cada meditação, trará momentos 
diferentes. Espero que as próximas palavras sejam um incentivo 
para você encontrar suas próprias definições sobre meditação. É 
mais importante você experimentar do que simplesmente 
entender. Entender não trará nenhum benefício para você.
O modo natural de meditar tem pouco a ver com técnicas. Começa 
simplesmente com o seu interesse pela vida. Normalmente 
medimos nossa idade a partir do momento em que nascemos. As 
vezes, percebemos que as pessoas mais velhas

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