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setor A setor 1206 físiCA Prof.: aula 1 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 60 aula 2 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 62 aula 3 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 64 aula 4 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 66 aula 5 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 66 aula 6 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 68 aula 7 ............... AD h...............tM h............... tC h .................. 68 aula 8 ............... AD h...............tM h............... tC h ...................71 texto teórico ....................................................................................73 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 59 11/19/15 9:05 AM AULAs 37 e 38 EstUdo dE o cortiço, dE ALUísio AZEVEdo 60 Física – Setor 1206 KAPA 1 AULA 1 CinemátiCA esCALAr: ConCeitos iniCiAis Referencial é o corpo em relação ao qual identificamos o estado de repouso ou de movimento de outro corpo. Assim, um corpo está em movimento em relação a um referencial quando sua posição se modifica em relação a ele. Caso contrário, o corpo está em repouso relativamente ao referencial adotado. Trajetória é a linha determinada pelas diversas posições que o móvel ocupa no decorrer do tempo. Espaço (S) é a grandeza física que determina a posição de um móvel numa determinada trajetória, a partir de uma origem arbitrária denominada origem dos espaços (S 5 0). No SI: [S] 5 m 0 S 5 22 m 1 m S 5 12 m S 5 0 Origem dos espaços Referência Trajetória orientadaEscala 1 Deslocamento escalar (ΔS) é a diferença entre o espaço final (S) e o espaço inicial (S 0 ) do móvel. ΔS 5 S 2 S 0 t 0 5 0 S 0 0 t SDS S exerCíCios 1 (Enem) Conta-se que um curioso incidente aconteceu durante a Primeira Guerra Mundial. Quando voava a uma alti- tude de dois mil metros, um piloto francês viu o que acreditava ser uma mosca parada perto de sua face. Apanhando-a rapidamente, ficou surpreso ao verificar que se tratava de um projétil alemão. PERELMAN, J. Aprenda física brincando. São Paulo: Hemus, 1970. O piloto consegue apanhar o projétil, pois: a) ele foi disparado em direção ao avião francês, freado pelo ar e parou justamente na frente do piloto. b) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade visivelmente superior. c) ele foi disparado para cima com velocidade constante, no instante em que o avião francês passou. d) o avião se movia no sentido oposto ao dele, com velocidade de mesmo valor. e) o avião se movia no mesmo sentido que o dele, com velocidade de mesmo valor. H-20 A velocidade do projétil em relação ao piloto era nula porque seus movimentos tinham o mesmo sentido, com velocidades de mesmo módulo. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 60 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 61 2 (CFT-CE) Observe o gráfico a seguir. Supondo que x seja a abscissa que determina a posição de uma bicicleta que percorre uma trajetória retilínea orientada para a direita, procure associar os pontos 1, 2 e 3 do gráfico com as figuras A, B e C. t (s) 800 400 400200 A B C 600 800 1000 1200 1600 1800 x (m) 1 3 21200 A correspondência verdadeira é: a) 1A – 2B – 3C. b) 1B – 2C – 3A. c) 1A – 2C – 3B. d) 1C – 2B – 3A. e) 1B – 2A – 3C. 1 – corresponde a um movimento a favor da orientação da trajetória, portanto figura C. 2 – corresponde a uma situação de repouso, portanto figura B. 3 – corresponde a um movimento contra a orientação da trajetória, portanto figura A. H-17 Caderno de Exerc’cios Ð sŽrie 1 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 4. Tarefa Mínima Tarefa Complementar Leia os itens 1.1 a 1.6 do Texto teórico. Faça o exercício 2 da seção Rumo ao Enem. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 61 10/11/16 9:47 AM 62 Física – Setor 1206 KAPA 1 AULA 2 VELOCIDADE ESCALAR MÉDIA Considere que, em certo intervalo de tempo Δt, o deslocamento escalar de um móvel seja ΔS. Define-se velo- cidade escalar média (V m ) a razão entre o deslocamento escalar ΔS e o correspondente intervalo de tempo Δt. t 0 5 0 S 0 0 t SDS S Algebricamente: 5 ∆ ∆ V S t m Em que: ΔS: deslocamento escalar Δt: intervalo de tempo ΔS 5 S 2 S 0 Δt 5 t 2 t 0 No Sistema Internacional de Unidades: 5[V] m s Relação entre as principais unidades da velocidade: 1 m s 3,6 km h = EXERCÍCIOS 1 (Enem) Uma empresa de transportes precisa efetuar a entrega de uma encomenda o mais breve possível. Para tanto, a equipe de logística analisa o trajeto desde a empresa até o local da entrega. Ela verifica que o trajeto apresenta dois trechos de distâncias diferentes e velocidades máximas permitidas diferentes. No primeiro trecho, a velocidade máxima permitida é de 80 km/h e a distância a ser percorrida é de 80 km. No segundo trecho, cujo comprimento vale 60 km, a velocidade máxima permitida é 120 km/h. Supondo que as condições de trânsito sejam favoráveis para que o veículo da empresa ande continuamente na velocidade máxima permitida, qual será o tempo necessário, em horas, para a realização da entrega? a) 0,7. b) 1,4. c) 1,5. d) 2,0. e) 3,0. H-20 Dados: ΔS 1 5 80 km; V 1 5 80 km/h; ΔS 2 5 60 km; V 2 5 120 km/h. O tempo total é a soma dos dois tempos parciais: 5 1 5 1 5 1 5 1 5 ∆ ∆ ∆ ⇒ ∆ ∆ ∆ ⇒ ∆ t t t t S V S V 80 80 60 120 1 0,5 t 1,5 h 1 2 1 1 2 2 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 62 10/5/16 10:15 KAPA 1 Física – Setor 1206 63 2 (G1-IFSP – Adaptada) Sete crianças saíram em uma van para visitar as obras de um dos estádios da Copa do Mundo de 2014, distante 20 km de suas casas. Durante a primeira metade do caminho, a van conseguiu desenvolver a velocidade máxima da pista e chegar a 80 km/h. Porém, para a infelicidade do grupo, na se- gunda parte do trajeto, havia muito congestionamento, no qual levaram 30 minutos. Portanto, podemos concluir que a velocidade média, em km/h, em todo percurso, foi de: a) 32. b) 38. c) 42. d) 48. e) 62. H-20 Dados: ∆ = =S 10 km; V 90 km h ; 1 1 ΔS 2 5 10 km; Δt 2 5 30 min 5 0,5 h O tempo do primeiro trecho e o tempo total são dados por: 5 5 5t S V 10 80 1 8 h 1 1 1 ∆ ∆ 5 1 5 1 5t t t 1 8 1 2 5 8 h 1 2 ∆ ∆ ∆ A velocidade média total é: 5 1 5 5 5 ∆ ∆ ∆ + V S S t 10 10 5 8 160 5 32 km h m 1 2 Caderno de Exerc’cios Ð sŽrie 3 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 2, 3 e 5 da série 3. Tarefa Mínima Tarefa Complementar Leia os itens 1.7 e 1.8 do Texto teórico. Faça os exercícios 9 e 11 da série 3. Faça os exercícios 1 e 3 da seção Rumo ao Enem. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO ANOTAÇÕES 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 63 10/11/16 9:55 AM 64 Física – Setor 1206 KAPA 1 AULA 3 ACeLerAção esCALAr médiA A aceleração escalar média (a m ) é definida como a razão entre a variação da velocidade escalar do móvel (ΔV) e o respectivo intervalo de tempo (Δt). t 0 t V S V 0 Algebricamente: a V tm = ∆ ∆ Em que: ΔV: variação de velocidade Δt: intervalo de tempo ΔV 5 V 2 V 0 Δt 5 t 2 t 0 No Sistema Internacional de Unidades: a m s2 [ ] = Classificação de movimentos: Acelerado: |V| aumenta Retardado: |V| diminui Uniforme: |V| 5 constante ≠ 0 exerCíCios 1 (Enem) Rua da Passagem Os automóveis atrapalham o trânsito. Gentileza é fundamental. Não adianta esquentar a cabeça. Menos peso do pé no pedal. O trecho da música, de Lenine e Arnaldo Antunes (1999), ilustra a preocupação com o trânsito nas cida- des, motivo de uma campanha publicitária de uma seguradora brasileira. Considere dois automóveis, A e B, respectivamente conduzidos por um motorista imprudente e por um motorista consciente e adepto da campanha citada. Ambos se encontram lado a lado no instante inicial t 5 0 s, quando avistam um semáforo amarelo (que indica atenção, parada obrigatóriaao se tornar vermelho). O movimento de A e B pode ser analisado por meio do gráfico, que representa a velocidade de cada automóvel em função do tempo. H-20 H-17 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 64 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 65 10 B A A B 10 20 30 V (m/s) 20 30 40 t (s) As velocidades dos veículos variam com o tempo em dois intervalos: (I) entre os instantes 10 s e 20 s; (II) entre os instantes 30 s e 40 s. De acordo com o gráfico, quais são os módulos das taxas de variação da velocidade do veículo conduzido pelo motorista imprudente, em m/s2, nos intervalos (I) e (II), respectivamente? a) 1,0 e 3,0. b) 2,0 e 1,0. c) 2,0 e 1,5. d) 2,0 e 3,0. e) 10,0 e 30,0. 2 (FGV) Um carro deslocou-se por uma trajetória retilínea e o gráfico qualitativo de sua velocidade (V), em função do tempo (t), está representado na figura. t I III II 0 V Analisando o gráfico, conclui-se corretamente que: a) o carro deslocou-se em movimento uniforme nos trechos I e III, permanecendo em repouso no trecho II. b) o carro deslocou-se em movimento acelerado nos trechos I e III, permanecendo em repouso no trecho II. c) o deslocamento do carro ocorreu com aceleração nula nos trechos I e III, permanecendo constante no trecho II. d) o carro deslocou-se em movimento acelerado no trecho I, em movimento uniforme no trecho II, e em movimento retardado no trecho III. e) o movimento do carro foi uniforme no trecho I e acelerado no trecho II, mas foi retardado no trecho III. Analisando cada um dos trechos: [I] o módulo da velocidade escalar cresce linearmente com o tempo: o movimento é acelerado. [II] o módulo da velocidade escalar é constante e não nulo: o movimento é uniforme. [III] o módulo da velocidade escalar decresce linearmente com o tempo: o movimento é retardado. Pelo gráfico, percebe-se que o motorista imprudente é o condutor do veículo A, que recebe acelerações e desacelerações mais bruscas. De 10 s a 20 s: 5 5 5 − − → ( ) ( ) a 30 10 20 10 20 10 a 2,0 m s I I 2 De 30 s a 40 s: 5 5 5a 0 30 40 30 30 10 a 3,0 m s II II 2− − − → ( ) ( ) H-20 H-17 Caderno de Exerc’cios Ð sŽrie 9 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1, 3 e 9. Tarefa Mínima Tarefa Complementar Leia os itens 1.9 e 1.10 do Texto teórico. Faça os exercícios 4 e 5 da seção Rumo ao Enem. OrienTaçãO de esTudO 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 65 11/30/15 3:16 PM 66 Física – Setor 1206 KAPA 1 AULAs 4 e 5 moVimento Uniforme (mU) 1 Resumo 1.1 Conceito Um movimento será uniforme quando o módulo da velocidade escalar instantânea for constante e diferente de zero com o passar do tempo. 1.2 Função horária do espaço S S V t 0 = + ⋅ Observa-se que na expressão: S 0 é o espaço em t 0 5 0, ou seja, o espaço inicial; V é a velocidade escalar; S é o espaço em um instante t qualquer. 1.3 Gráficos No movimento uniforme, como a velocidade escalar é constante e não nula, sua representação gráfica é um segmento de reta paralelo ao eixo do tempo. No entanto, o gráfico que representa os espaços em função dos instantes corresponde a uma reta inclinada em relação ao eixo do tempo. V V 0 t t S S 0 S 0 t t S 0 S 0 t t 2V V 0 t t 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 66 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 67 EXERCÍCIOS 1 (Enem) Em apresentações musicais realizadas em espaços onde o público fica longe do palco, é necessária a instalação de alto-falantes adicionais a grandes distâncias, além daqueles localizados no palco. Como a velocidade com que o som se propaga no ar (v som 5 3,4 ? 102 m/s) é muito menor do que a velocidade com que o sinal elétrico se propaga nos cabos (v sinal 5 2,6 ? 108 m/s), é necessário atrasar o sinal elétrico de modo que este chegue pelo cabo ao alto-falante no mesmo instante em que o som vindo do palco chega pelo ar. Para tentar contornar esse problema, um técnico de som pensou em simplesmente instalar um cabo elétrico com comprimento suficiente para o sinal elétrico chegar ao mesmo tempo que o som, em um alto-falante que está a uma distância de 680 metros do palco. A solução é inviável, pois seria necessário um cabo elétrico de comprimento mais próximo de: a) 1,1 ? 103 km. b) 8,9 ? 104 km. c) 1,3 ? 105 km. d) 5,2 ? 105 km. e) 6,0 ? 1013 km. O tempo deve ser o mesmo para o som e para o sinal elétrico. 2 (Fuvest-SP) Marta e Pedro combinaram encontrar-se em certo ponto de uma autoestrada plana, para seguirem viagem juntos. Marta, ao passar pelo marco zero da estrada, constatou que, mantendo uma velocidade média de 80 km/h, chegaria na hora certa ao ponto de encontro combinado. No entanto, quando ela já estava no marco do quilômetro 10, ficou sabendo que Pedro tinha se atrasado e, só então, estava passando pelo marco zero, pretendendo continuar sua viagem a uma velocidade média de 100 km/h. Mantendo essas velocidades, seria previsível que os dois amigos se encontrassem próximos a um marco da estrada com indicação de: a) km 20. b) km 30. c) km 40. d) km 50. e) km 60. Marta → S 5 10 1 80 ? t Pedro → S 5 0 1 100 ? t O encontro ocorrerá no instante t → 100 ? t 5 10 1 80 ? t → 100 ? t – 80 ? t 5 10 → 20 ? t 5 10 → t 5 10 20 5 0,5 h A posição será S 5 100 ? t 5 100 ? 0,5 5 50 km 3 (Vunesp) Os dois primeiros colocados de uma prova de 100 m rasos de um campeonato de atletismo fo- ram, respectivamente, os corredores A e B. O gráfico representa as velocidades escalares desses dois cor- redores em função do tempo, desde o instante da largada (t 5 0) até os instantes em que eles cruzaram a linha de chegada. Analisando as informações do gráfico, é correto afir- mar que, no instante em que o corredor A cruzou a linha de chegada, faltava ainda para o corredor B com- pletar a prova uma distância, em metros, igual a a) 5. b) 25. c) 15. d) 20. e) 10. Do gráfico, conclui-se que o corredor B chegou 2 s depois do corredor A e que, nesses últimos 2 s, sua velocidade foi de 10 m/s. Então, quando A cruzou a linha de chegada, a distância D que faltava para o corredor B chegar era: D 5 v ? t → D 5 10 ? 2 → D 5 20 m H-20 5 5 ? 5 5 ? 5 ? 5 ?( )∆ ∆ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒t t L v d v L 2,6 10 680 340 L 2 2,6 10 L 5,2 10 m 5,2 10 km sinal som cabo sinal som cabo 8 cabo 8 cabo 8 5 H-20 14 12 10 8 6 4 2 0 V (m/s) A B 2 4 6 8 10 12 14 t (s) H-20 H-17 Caderno de Exerc’cios Ð sŽries 3 e 4 AULA 4 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 6, 8 e 10 da série 3. AULA 5 Leia os itens 2.4 e 2.5 do Texto teórico. Faça os exercícios 1, 3 e 4 da série 4. Tarefa Mínima Tarefa Complementar AULA 4 Leia os itens 2.1 a 2.3 do Texto teórico. Faça os exercícios 12 e 13 da série 3. AULA 5 Faça o exercício 14 da série 3. Faça o exercício 7 da seção Rumo ao Enem. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 67 10/5/16 10:18 68 Física – Setor 1206 KAPA 1 AULAs 6 e 7 moVimento Uniformemente VAriAdo (mUV) 1 Resumo 1.1 Conceito Um movimento será uniformemente variado quando o módulo da aceleração escalar for constante e diferente de zero com o passar do tempo. 1.2 Função horária da velocidade V V a t 0 = + ⋅ Observa-se que na expressão: V 0 é a velocidade em t 0 5 0, ou seja, a velocidade inicial; a é a aceleração escalar; V é a velocidade em um instante t qualquer. 1.3 Gráfico V 3 t 0 V V v 0 v 0 t 0 t a . 0 a , 0 1.4 Função horária do espaço S S V t a 2 t 0 0 2= + ⋅ + ⋅ Observa-se que na expressão: S é o espaço em um instante t qualquer; S 0 é o espaço em t 0 5 0, ou seja, o espaço inicial; V 0 é a velocidade escalar em t 0 5 0, ou seja, a velocidade inicial; a é a aceleração escalar em qualquer instante t. 1.5 Gráfico s 3 t S S 0 t a . 0 S S 0 t a , 0 1.6 equação de Torricelli 5 1 ?V V 2a S2 0 2 ∆ 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 68 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 69 exerCíCios 1 (UErN) Seja o gráfico da velocidade em função do tempo de um corpo em movimento retilíneouniformemente variado representado abaixo. V (m/s) 10 0 5 t (s) Considerando a posição inicial desse movimento igual a 46 m, então a posição do corpo no instante t 5 8 s é a) 54 m. b) 62 m. c) 66 m. d) 74 m. = ⇒ = = ⇒ = ⇒ ⇒ = ∆ ∆ = − − ⇒ = − t 0 V 10 m/s t 5s V 0 a V t 0 10 5 0 a 2 m/s 0 2 Dado: S 0 5 46 m. Do gráfico: Aplicando a função horária do espaço para o instante t 5 8 s: H-20 H-17 ( ) ( ) = + + ⇒ ⇒ = + + − = + − ⇒ = S S V t a 2 t S 46 10 8 2 2 8 46 80 64 S 62 m 0 0 2 2 2 (Enem) Para melhorar a mobilidade urbana na rede metroviária é necessário minimizar o tempo entre estações. Para isso, a administração do metrô de uma grande cidade adotou o seguinte procedi- mento entre duas estações: a locomotiva parte do repouso em aceleração constante por um ter- ço do tempo de percurso, mantém a velocidade constante por outro terço e reduz sua velocidade com desaceleração constante no trecho final, até parar. Qual é o gráfico de posição (eixo vertical) em fun- ção do tempo (eixo horizontal) que representa o movimento desse trem? a) tempo p o s i• ‹ o b) tempo p o s i• ‹ o c) tempo p o s i• ‹ o d) tempo p o s i• ‹ o e) tempo p o s i• ‹ o H-20 H-17 1o trecho: movimento acelerado (a > 0) → o gráfico da posição em função do tempo é uma curva de concavidade para cima. 2o trecho: movimento uniforme (a 5 0) → o gráfico da posição em função do tempo é um segmento de reta crescente. 3o trecho: movimento desacelerado (a < 0) → o gráfico da posição em função do tempo é uma curva de concavidade para baixo. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 69 11/19/15 9:05 AM 70 Física – Setor 1206 KAPA 1 3 (Enem) O trem de passageiros da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), que circula diariamente entre a cidade de Cariacica, na Grande Vitória, e a capital mineira Belo Horizonte, está utilizando uma nova tecnologia de frenagem eletrônica. Com a tecnologia anterior, era preciso iniciar a frenagem cerca de 400 metros antes da estação. Atualmente, essa distância caiu para 250 metros, o que proporciona redu- ção no tempo de viagem. Considerando uma velocidade de 72 km/h, qual o módulo da diferença entre as acelerações de frenagem depois e antes da adoção dessa tecnologia? a) 0,08 m/s2 b) 0,30 m/s2 c) 1,10 m/s2 d) 1,60 m/s2 e) 3,90 m/s2 Supondo essas acelerações constantes, aplicando a equação de Torricelli para o movimento uniformemente retardado, vem: H-20 5 ? ? 5 2 ? ? 5 ? 5 5 5 5 − ∆ ⇒ ∆ ⇒ ∆ ⇒ ⋅ ⇒ ⋅ ⇒ ⇒ ⇒ − = − ⇒ ⇒ − = V V 2 a S 0 V 2 a S a V 2 S a 20 2 400 a 0,5 m/s a 20 2 250 a 0,8 m/s a a 0,5 0,8 a a 0,3 m/s 2 0 2 2 0 2 0 2 1 2 1 2 2 2 1 2 1 2 1 2 2 Caderno de Exercícios Ð sŽries 11, 12 e 13 AULA 6 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 2, 5 e 8 da série 11. AULA 7 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1, 2 e11 da série 13. Tarefa Mínima Tarefa Complementar AULA 6 Leia os itens 3.1 a 3.3 do Texto teórico. Faça os exercícios 1, 6 e 7 da série 12. AULA 7 Leia os itens 3.5 e 3.7 do Texto teórico. Faça os exercícios 12 e 14 da série 13. Faça o exercício 8 da seção Rumo ao Enem. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 70 10/11/16 12:03 PM KAPA 1 Física – Setor 1206 71 AULA 8 ProPriedAdes dos gráfiCos 1 DiaGRamas De espaço S ∆S ∆t S 0 0 t V 5 ∆S ∆t Movimento não uniforme Movimento uniforme S v i tangente ao gráfco no instante considerado coefciente angular da reta tangente 0 t a N 5 2 DiaGRamas De VeloCiDaDe V V ∆S 0 tt 2 t 1 ÁREA 5 ∆S N V ∆S 0 tt 2 t 1 V ∆S . 0 ∆S , 0 0 t Movimento não uniforme Movimento uniforme 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 71 11/19/15 9:05 AM 72 Física – Setor 1206 KAPA 1 ExErcícios 1 (Vunesp) Um motorista dirigia por uma estrada plana e retilínea quando, por causa de obras, foi obrigado a desacelerar seu veículo, reduzindo sua velocidade de 90 km/h (25 m/s) para 54 km/h (15 m/s). Depois de passado o trecho em obras, retornou à velocidade inicial de 90 km/h. O gráfico representa como variou a velocidade escalar do veículo em função do tempo, enquanto ele passou por esse trecho da rodovia. 0 10 15 25 V (m/s) 20 30 40 50 60 70 80 t (s) Caso não tivesse reduzido a velocidade devido às obras, mas mantido sua velocidade constante de 90 km/h duran- te os 80 s representados no gráfico, a distância adicional que teria percorrido nessa estrada seria, em metros, de a) 1 650. b) 800. c) 950. d) 1 250. e) 350. 2 (PUC-PR) Um motociclista dirige uma motocicleta ao lon- go de uma estrada reta como mostrado no diagrama velocidade 3 tempo. A respeito dessa situação, assinale a alternativa correta: a) Entre os instantes t 5 3 s e t 5 5 s, o movimento é ace- lerado. b) A aceleração no intervalo de tempo entre t 5 5 s e t 5 7 s vale – 4 m/s2. c) O deslocamento do motociclista entre os instantes t 5 3 s e t 5 5 s foi de 20 m. d) A aceleração no intervalo de tempo entre t 5 5 s e t 5 7 s vale 2 m/s2. e) A aceleração no intervalo de tempo entre t 5 0 e t 5 3 s é nula. Analisemos cada intervalo: De 0 s a 3 s: o movimento é uniformemente acelerado; a aceleração escalar é: a 1 5 5 ∆ ∆ ≅ V t 8 3 2,71 1 m/s2 O espaço percorrido é calculado pela “área” de 0 s a 3 s: 5 ? 5S 3 8 2 12 1 ∆ m De 3 s a 5 s: o movimento é uniforme, com velocidade escalar V 2 5 8 m/s. O espaço percorrido é: ΔS 2 5 V 2 Δt 2 ⇒ 8 ? 2 5 16 m De 5 s a 7 s: o movimento é uniformemente retardado; a aceleração escalar é: a 3 5 5 2 2 5 2 5 2 ∆ ∆ V t 0 8 7 5 8 2 43 3 m/s2 O espaço percorrido é: S 2 8 2 8 3 ? ∆ = = m H-20 H-17 0 10 15 25 V (m/s) 20 30 40 50 60 70 80 t (s) H-20 H-17 8 V (m/s) 3 5 7 t (s) Caderno de Exerc’cios Ð sŽries 2, 9 e 11 Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 a 3 da série 2. Tarefa Mínima Tarefa complementar Leia os itens 2.4, 2.6, 3.4 e 3.6 do Texto teórico. Faça o exercício 2 da série 9. Faça o exercício 7 da série 11. Faça o exercício 6 da seção Rumo ao Enem. oriEnTação dE EsTudo A distância (D) pedida é numericamente igual à área hachurada no gráfico. D 50 20 2 10 D 350 m= + ⋅ ⇒ = 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 72 11/30/15 3:17 PM KAPA 1 Física – Setor 1206 73 TEXTO TEóriCO AULAs 1 a 8 1. CinemáTiCa esCalaR: ConCeiTos iniCiais 1.1 introdução A cinemática escalar é o ramo da Física que estuda o movimento dos corpos sem considerar suas causas. A intenção é descrever, em cada instante, os movimentos através das grandezas físicas: posição, velocidade e aceleração. Em todas as situações abordadas, os corpos em estudo serão considerados pontos materiais, por apresentarem dimensões que não interferem no estudo de seu movimento. 1.2 Referencial Trata-se de um corpo em relação ao qual são definidas as posições de outros corpos. Por exemplo, na Astro- nomia é muito comum dizer que a Terra é o “terceiro planeta do Sistema Solar”. Essa afirmação significa que, escolhendo o Sol como referencial, a Terra, entre os planetas do Sistema Solar, é o terceiro mais próximo do Sol. Observe, na figura a seguir, as posições dos demais planetas do Sistema Solar. Mercúrio Terra Marte Júpiter Saturno Urano Netuno Vênus Planetas do Sistema Solar. A localização de um corpo depende do referencial escolhido. Vale ressaltar que a escolha do referencial é arbitrá- ria. Por exemplo, na situação anterior as posições dos planetas poderiam ser informadas em relação a qualquer um dos planetas do Sistema Solar. Note que as dimensões de um carro são muito pequenas quando comparadas com o comprimento da estrada. Nessa situação, as dimensões de um carro podem ser desprezadas e o carro é chamado de ponto material. A B C D I II Na figura, qualquer uma das pessoas A, B, C ou D ou qualquer um dos postes I ou II poderiam ser escolhidos como referencial. O L L Ir g /S h u T T E r S T O C k /g L O w I M A g E S f o n t e: D is p o n ív e l e m : < h tt p :/ /n a u ti lu s .f is .u c .p t/ a s tr o /h u / v ia g /i m a g e s /i m a g e m 2 4 .j p g > . A c e s s o e m : 1 3 j u l. 2 0 1 5 . 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 73 11/19/15 9:05 AM 74 Física – Setor 1206 KAPA 1 1.3 movimento e repouso Um móvel está em repouso em relação a um referencial quando sua posição permanecer constante no decorrer do tempo. Por consequência, quando sua posição se alterar no decorrer do tempo em relação a um referencial, o móvel estará em movimento em relação a esse referencial. Não há repouso nem movimento absoluto. Assim, um móvel pode estar, simultaneamente, em repouso e em movimento dependendo do referencial adotado. Note que o motorista do automóvel está em movimento em relação ao policial e, simultaneamente, em repouso em relação ao automóvel. 1.4 Trajetória A linha determinada pelas diversas posições que o corpo ocupa no decorrer do tempo é chamada de trajetória. O “rastro” deixado pela patinadora representa as sucessivas posições ocupadas no decorrer do tempo; unindo-as, obtemos uma linha denominada trajetória. A forma da trajetória de um móvel depende do referencial adotado. Observe a figura a seguir. (A) (B) Situação hipotética: um avião em trajetória retilínea abandona uma bomba. A forma da trajetória no referencial (A) é diferente da forma no referencial (B). No referencial (A) do piloto, a bomba descreve uma trajetória retilínea; porém, no referencial (B) do observador no solo, a bomba descreve uma trajetória curvilínea. 1.5 espaço (s) Para informar a posição de um corpo em uma tra- jetória previamente conhecida, utiliza-se a grandeza física denominada espaço. Em nosso cotidiano, já utilizamos o conceito de espaço, porém não com esse nome. Por exemplo, quando um carro encontra-se no marco quilométrico 537 de uma rodovia, podemos dizer que seu espaço é S 5 537 km. O marco quilométrico de uma estrada informa a distância, medida sobre a estrada, até um marco zero arbitrário (por exemplo, o ponto de fronteira entre dois estados). O L L Ir g /S h u T T E r S T O C k /g L O w I M A g E S 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 74 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 75 Para medir o espaço na rodovia, é necessário adotar um marco zero, conhecido como origem dos espaços (S 5 0). Escolhe-se também uma orientação positiva para a trajetória. Assim, o espaço é o compri- mento do trecho de trajetória que vai do marco zero até o móvel, com sinal positivo ou negativo, em função da orientação adotada. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de espaço é o metro (m). Observe a figura a seguir. 0 O 1 Origem (km) B A 10210220 230 240 20 30 Note que: As localizações dos móveis A e B são: S A 5 30 km e S B 5 240 km. A orientação “positivo para a direita” indicada na figura é arbitrária, pois, dependendo da si- tuação, pode ser conveniente orientar “positivo para a esquerda”. O espaço apenas indica a posição do móvel em um determinado instante e não permite afirmar se o corpo está em movimento ou repouso. O espaço não é indicação de distância percorri- da. Caso o espaço de um móvel seja S 5 30 km, isso não significa, obrigatoriamente, que o móvel percorreu 30 km. O marco zero das rodovias paulistas Em uma trajetória previamente conhecida, escolhe- mos arbitrariamente um marco zero, a partir do qual medimos comprimentos que indicam a posição do corpo. O marco zero (origem dos espaços) das rodo- vias radiais que cortam o estado de São Paulo está localizado na Praça da Sé, zona central da cidade de São Paulo. Marco zero das estradas paulistas. 1.6 Deslocamento escalar (Δs) Vamos considerar um móvel movendo-se sobre uma trajetória conforme mostrado na figura a seguir. t 0 5 0 S 0 0 t SDS S Num instante t 0 5 0, anotado num cronômetro, o móvel ocupa uma posição representada pelo espaço S 0 . No instante posterior t, ele ocupa a posição repre- sentada por S. Define-se deslocamento escalar como a diferença entre o espaço final (S) e o espaço inicial (S 0 ). Algebricamente: ΔS 5 S 2 S 0 O deslocamento escalar pode ser positivo, negati- vo ou zero e nem sempre ele corresponde à distância percorrida pelo móvel. Exemplos: 1. 0 1 2 3 (t 1 ) (t 2 ) 4 A A S (m) 5 6 7 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 ΔS 5 S 2 – S 1 ΔS 5 5 – 2 ΔS 5 13 m (o sinal positivo indica que A se des- locou a favor da orientação da trajetória) 2. 0 1 2 3 (t 1 )(t 2 ) 4 B B S (m) 5 6 7 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 ΔS 5 S 2 – S 1 ΔS 5 1 – 6 ΔS 5 –5 m (o sinal negativo indica que B se des- locou contra a orientação da trajetória) h T T P S :/ /C O M M O n S .w Ik IM E D IA .O r g /w Ik I/ F IL E :M A r C O _ z E r O _ D E _ S % C 3 % A 3 O _ P A u L O _ 2 .J P g 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 75 11/19/15 9:05 AM 76 Física – Setor 1206 KAPA 1 3. 0 10 20 30 40 (t 1 ) (t 2 ) S (km) C 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 55 5 35 25 50 10 40 20 45 15 60 30 ΔS 5 S2 – S1 ΔS 5 10 – 10 ΔS 5 0 (observe que um deslocamento escalar nulo não significa, necessariamente, que o móvel per- maneceu em repouso durante o intervalo de tempo considerado) 1.7 Velocidade escalar média (V m ) Nos esportes como o automobilismo e o ciclismo, é frequente escutarmos a expressão “velocidade média” de um móvel em um dado percurso. Contudo, isso não significa que o móvel apresente esse mesmo valor de velocidade durante todo o percurso. Num Grande Prêmio de Fórmula 1, o vencedor apresentou, em uma das voltas, a velocidade média de 195 km/h. Certamente, durante a corrida, o velocímetro registrou velocidades superiores a 195 km/h nas retas e velocidades inferiores a 195 km/h nas curvas. Considere que, em certo intervalo de tempo Δt 5 t 2 t0, o deslocamento escalar de um móvel seja ΔS, como indicado na figura a seguir. Define- -se velocidade escalar média (V m ) a razão entre o deslocamento escalar ΔS e o correspondente intervalo de tempo Δt. t 0 5 0 S 0 0 t S DS S Algebricamente: = ∆ ∆ V S t m Em que: ΔS: deslocamento escalar Δt: intervalo de tempo ΔS 5 S 2 S 0 Δt 5 t 2 t 0 No Sistema Internacional de Unidades: V m s [ ] = Relação entre as principais unidades da velocidade: 1m s 3,6 km h = Note: A definição de velocidade média pode ser apli- cada para qualquer tipo de movimento. Transformação de unidade A unidade de velocidade escalar é expressa em uni- dades de comprimento por unidade de tempo: km/h (quilômetros por hora), m/s (metros por segundo), mi/h (milhas por hora), cm/s (centímetros por segundo), etc. É muito comum, na resolução de problemas, a neces- sidade de converter velocidades expressas em km/h em m/s e vice-versa. Sabemos que: 1 km 5 1 000 m 1 h 5 60 min e 1 min 5 60 s 1 h 5 60 ? 60 5 3 600 s Então: 5 5 51km h 1000 m 3600 s 1 m 3,6 s 3,6 km h 1 m s ⇒ Assim, para converter km/h em m/s, divide-se o valor da velocidade por 3,6; para converter m/s em km/h, multiplica-se o valor da velocidade por 3,6. 3 3,6 km/hm/s 4 3,6 K IK O J IM E N E Z /S H U T T E R S T O C K /G L O W I M A G E S 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 76 10/5/16 10:21 KAPA 1 Física – Setor 1206 77 1.8 Velocidade escalar instantânea (V) Para obtermos informações detalhadas sobre o movimento de um móvel, é necessário conhecermos o valor da velocidade em todos os instantes. No caso de um automóvel ou uma motocicleta, por exemplo, basta observarmos o velocímetro que saberemos o valor de sua velocidade instantânea. O sinal da velocidade dependerá se o móvel se movimenta a favor ou contra a orientação adotada para a trajetória. A figura ilustra um carro durante uma viagem e os respectivos registros da intensidade da velocidade a cada instante. t 05 0 t 1 5 1 min 70 km/h 50 km/h 90 km/h 120 km/h t 2 5 2 min t 3 5 3 min A indicação do velocímetro corresponde ao módulo da velocidade escalar instantânea. Outra maneira de determinar a velocidade escalar instantânea (V) é por meio da equação da velocidade, que permite determinar a velocidade de um corpo em um instante t qualquer. Observe que a equação da velocidade é uma função de t, pois, a cada instante, o corpo pode ter uma única velocidade. Exemplo: Considere que a velocidade de um corpo que se move ao longo de uma estrada seja dada pela função: V(t) 5 6t 1 12t2, em unidades do SI. Para o instante 1s, pode-se concluir que esse corpo possui uma velocidade de 18 m/s, pois: V(1) 5 6 ? (1) 1 12 ? (1)2 V(1) 5 18 m/s Observações: Em casos que a velocidade escalar instantânea é a mesma em todos os instantes, ela vai coincidir com a velocidade escalar média. O sinal da velocidade depende do sinal do deslocamento escalar. Assim, quando o móvel se desloca a favor da orientação da trajetória, o sinal da velocidade é positivo, e quando o móvel se desloca no sentido contrário da orientação da trajetória, o sinal da velocidade é negativo. 1.9 aceleração escalar média (a m ) Com frequência, as revistas especializadas publicam resultados de testes realizados com diferentes modelos de automóveis. Entre outras informações técnicas, podemos observar que os chamados “carros populares” fazem de 0 a 100 km/h em aproximadamente 16 s. Essa informação significa que, partindo do repouso (V 5 0), esse carro demora 16 s para atingir a velocidade de 100 km/h. De outra maneira, podemos dizer que, em média, a velocidade do carro aumenta 6,25 km/h a cada segundo. Esse valor, 6,25 km/h a cada segundo, resultado de 100 km/h 16 s , representa a taxa da variação de velocidade escalar por unidade de tempo e é denominado aceleração escalar média. A aceleração escalar média é definida como a razão entre a variação da velocidade escalar do móvel (ΔV) e o respectivo intervalo de tempo (Δt). t 0 t V S V 0 Algebricamente: a V tm = ∆ ∆ 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 77 11/19/15 9:05 AM 78 Física – Setor 1206 KAPA 1 Em que: ΔS: deslocamento escalar Δt: intervalo de tempo ΔV 5 V 2 V 0 Δt 5 t 2 t 0 No Sistema Internacional de Unidades: m s s m s2 [ ]a[ ] = == = Sendo assim, o “carro popular” do exemplo anterior possui uma aceleração dada por: ΔV 5 100 – 0 5 100 km/h 5 27,8 m/s Δt 5 16 s a 27,8 16 1,7 m sm 2 = = Observações: A aceleração não indica o sentido do movimento, apenas mostra com que rapidez a velocidade varia. A aceleração escalar pode ser positiva, negativa ou nula. Aceleração positiva não significa, obrigatoriamente, que a velocidade esteja aumentando. Do mesmo modo, aceleração negativa não significa, obrigatoriamente, que a velocidade esteja diminuindo. 1.10 Tipos de movimento O movimento de um corpo é dito variado quando sua velocidade escalar instantânea varia no decorrer do tempo; e é dito uniforme quando sua velocidade escalar instantânea é constante no decorrer do tempo. Exemplos: a) Um movimento será acelerado quando o módulo da velocidade escalar instantânea for sempre crescente com o passar do tempo. 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 t 1 5 0 t 2 5 2 s t 3 5 4 s t 4 5 6 s b) Um movimento será retardado quando o módulo da velocidade escalar instantânea for sempre decrescente com o passar do tempo. 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 t 1 5 0 t 2 5 2 s t 3 5 4 s t 4 5 6 s 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 78 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 79 c) Um movimento será uniforme quando o módulo da velocidade escalar instantânea for constante e diferente de zero com o passar do tempo. 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 40 120 160 km/h 0 80 t 1 5 0 t 1 5 2 s t 1 5 4 s t 1 5 6 s Analisando as características dos movimentos, pode-se concluir que: Num movimento acelerado, a velocidade escalar e a aceleração escalar têm o mesmo sinal. 16 m/s t 5 2 s t 0 5 0 (Movimento acelerado) S V . 0 a . 0 14 m/s 12 m/s I. 22 m/s t 0 5 0 t 5 2 s (Movimento acelerado) S V , 0 a , 0 24 m/s 26 m/s II. 5 5 5 1a V t 6 2 2 0 2 m sI 2 ∆ ∆ − − 5 5 2 2 2 2 52a V t 6 2 2 0 2 m sII 2 ( )∆ ∆ Num movimento retardado, a velocidade escalar e a aceleração escalar têm sinais contrários. 12 m/s t 5 2 s t 0 5 0 (Movimento retardado) S V . 0 a , 0 14 m/s 16 m/s III. 26 m/s t 5 2 s t 0 5 0 (Movimento retardado) S V , 0 a . 0 24 m/s 22 m/s IV. 5 5 2 2 2 2 52a V t 6 2 2 0 2 m sIII 2 ( )∆ ∆ 5 5 2 2 51a V t 6 2 2 0 2 m sIV 2 ∆ ∆ 2. moVimenTo uniFoRme (mu) 2.1 Definição Imagine-se dirigindo um carro numa rodovia de maneira a manter o ponteiro do velocímetro sempre na mesma posição, indicando, por exemplo, 80 km/h. Isso significa dizer que, se você prosseguir com esse movimento, vai percorrer a cada hora uma distância de 80 km. O movimento do carro na situação descrita é um movimento uniforme. Portanto, um movimento será uni- forme quando a velocidade escalar instantânea for constante e diferente de zero com o passar do tempo. Pode-se dizer ainda que, em movimento uniforme, o móvel percorre deslocamentos escalares iguais em intervalos de tempo iguais. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 79 11/19/15 9:05 AM 80 Física – Setor 1206 KAPA 1 80 km 80 km/h 80 km/h 80 km/h 80 km t 5 1 h t 5 2 h t 5 3 h Movimento uniforme de um carro em que sua velocidade permanece constante com o passar do tempo. Observação: Se a velocidade instantânea for a mesma em todos os instantes, ela vai coincidir com a velocidade escalar média. Em símbolos: 5 5V V constantem Travessia de túnel Considere um trem atravessando um túnel. Entre o instante em que o trem entra no túnel e o instante em que a extremidade do último vagão abandona o túnel, cada ponto do trem sofre uma variação de espaço ΔS, dada por: ΔS 5 L trem 1 L túnel Início da travessiaA A L trem L túnel Término da travessia Túnel Conhecendo-se a velocidade escalar média do trem, pode-se determinar o intervalo de tempo de travessia: V S t V L L tm mtm m trem túnel = ∆ ∆ m m ∆ m m ⇒ =V⇒ = L L+L L ∆ 2.2 Função horária do espaço (mu) Seja S 0 a posição inicial do móvel no instante em que o cronômetro é acionado (t 0 5 0); após um intervalo de tempo (Δt), o móvel em movimento uniforme ocupa a posição (S) num intervalo de tempo t. Observe a figura. t 0 5 0 S 0 0 t SDS S 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 80 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 81 Como a velocidade escalar instantânea é igual à velocidade escalar média, tem-se: V V V S t S S t t V S S t 0 m 0 0 0 = = ∆ ∆ = − − = − − Assim, pode-se escrever: S 5 S 0 1 V ? t A expressão obtida é a função horária dos espaços para qualquer movimento uniforme. Observa-se que na expressão: S 0 é o espaço em t 0 5 0, ou seja, o espaço inicial; V é a velocidade escalar; S é o espaço em um instante t qualquer. Prevendo encontros Vamos analisar uma situação na qual se deseja prever o instante e o local de encontro de dois móveis que se mo- vimentam na mesma trajetória. Para tal, considere o seguinte exemplo: Sejam A e B dois móveis que, em certo instante, adotado como t 0 5 0, estejam distanciados em 400 km. Suponha ainda que seus movimentos sejam uniformes e que tenham suas velocidades registradas de acordo com a figura a seguir. VA 5 60 km/h 400 km A B VB 5 40 km/h Em qual instante esse encontro ocorrerá? Qual o local onde se dará o encontro? Resolução: Vamos escolher a origem dos espaços no local onde o móvel A passa em t 5 0. A seguir, vamos orientar a trajetória de A para B. (Escolha arbitrária. Poderíamos ter escolhido a origem no ponto de partidade B e orientado a trajetória de B para A. O resultado seria o mesmo.) VA 5 60 km/h 400 kmkm 0 km 400 A B VB 5 40 km/h 1 A partir da figura, o espaço inicial de A é igual a zero. SA 0 5 0 o espaço inicial de B é igual a 400 km. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 81 11/19/15 9:05 AM 82 Física – Setor 1206 KAPA 1 2.3 Gráfico da velocidade escalar em função do tempo para um movimento uniforme No movimento uniforme, como a velocidade escalar é constante e não nula, sua representação gráfica é um segmento de reta paralelo ao eixo do tempo. Exemplos: a) Suponha que um móvel, em movimento uniforme, se movimente a favor da orientação da trajetória (mo- vimento progressivo). Nessa circunstância, sua velocidade escalar é positiva. Dessa forma, a representação gráfica do comportamento da velocidade escalar em função do tempo, para esse móvel, será um segmento de reta paralelo ao eixo dos instantes, conforme indicado na figura a seguir. Velocidade positiva V orie ntaç ão d a traje tória V V t0 b) Suponha que um móvel, em movimento uniforme, se movimente contra a orientação da trajetória (movi- mento retrógrado). Nessa circunstância, sua velocidade escalar é negativa. Dessa forma, a representação gráfica do comportamento da velocidade escalar em função do tempo, para esse móvel, será um segmento de reta paralelo ao eixo dos instantes, conforme indicado na figura a seguir. Velocidade negativa V 2V t0 2V orie ntaç ão d a traje tória SB 0 5 400 km A velocidade escalar de A é positiva. V A 5 60 km/h A velocidade escalar de B é negativa. V B 5 240 km/h Com esses dados, escreve-se as funções horárias dos móveis A e B: S A 5 SA 0 1 V A ? t S A 5 0 1 60 ? t S B 5 SB 0 1 V B ? t S B 5 400 – 40 ? t No instante do encontro, os móveis terão espaços iguais, assim: S A 5 S B 60 ? t 5 400 – 40 ? t 100 ? t 5 400 t 5 4 h Logo, os móveis encontram-se 4 h após a partida. Local do encontro Substituindo-se t 5 4 h na função horária do móvel A, tem-se: S A 5 60 ? 4 S A 5 240 km Se substituíssemos t 5 4 h na função horária do móvel B, evidentemente o resultado seria o mesmo. S B 5 400 – 40 ? 4 S B 5 240 km Assim, o encontro se dá a 240 km do ponto onde o móvel A estava em t 5 0. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 82 11/19/15 9:05 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 83 2.4 propriedades das áreas nos gráficos V 3 t Considere um carro que, num determinado tempo t de viagem, se movimenta com velocidade escalar constante V. A seguir, para esse intervalo de tempo t, constrói-se o gráfico da velocidade escalar em função do tempo. V V 0 t t Como se trata de um movimento com velocidade escalar constante, utiliza-se a função horária do movi- mento uniforme para calcular o deslocamento escalar para o tempo t. 5 ? 5 ? 5 ? SS SS VV tt SS SS VV tt VV ttS 0 0 + − ∆ O mesmo resultado pode ser encontrado calcu- lando-se a área sob o gráfico. Observe a seguir. V V Área 0 t t Área 5 V ? t Assim, comparando os dois resultados, obtém-se a seguinte propriedade: A área da região compreendida entre o segmento de reta e o eixo dos tempos mede, numericamente, o módulo do deslocamento escalar (ΔS) do móvel no intervalo de tempo considerado. Em símbolos: 5 ∆Área S N Observação: A propriedade das áreas no gráfico V 3 t vale para qualquer tipo de movimento. V 0 t çrea N 5 |DS| 2.5 Gráfico do espaço (s) em função do instante t para um movimento uniforme No movimento uniforme, como a função horária do espaço é uma função do primeiro grau, o gráfico que representa os espaços em função dos instantes corresponde a uma reta inclinada em relação ao eixo do tempo. A função pode ser crescente ou decrescente, conforme a velocidade escalar seja positiva ou negativa. Exemplos: a) O móvel se movimenta a favor da orientação da trajetória, partindo do espaço inicial S 0. S S 0 0 t v . 0 A fun•‹o Ž crescente, pois a velocidade escalar Ž positiva. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 83 11/19/15 9:05 AM 84 Física – Setor 1206 KAPA 1 b) O móvel se movimenta contra a orientação da trajetória, partindo do espaço inicial S 0 . S S 0 0 t v , 0 A função é decrescente, pois a velocidade escalar é negativa. 2.6 propriedade do gráfico do espaço s em função do instante t Suponha um móvel que se movimenta com veloci- dade escalar constante e que suas posições em função do tempo sejam registradas na tabela a seguir. t(s) 0 1 2 3 4 5 S(m) 10 15 20 25 30 35 Observando a tabela, conclui-se que a posição ini- cial do móvel é S 0 5 10 m; por se tratar de um movi- mento uniforme, pode-se calcular a velocidade escalar do movimento através da função horária: ? ? = + = + = S S V t 35 10 V 5 V 5 m/s 0 Assim, conclui-se que a velocidade do móvel no decorrer do tempo é de 5 m/s. S (m) 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 2 u 3 4 5 t (s) Esse resultado também pode ser obtido calculan- do-se o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico dos espaços em função do tempo. Para verificar tal propriedade, constrói-se o gráfico acima a partir dos dados da tabela anterior. Calculando o coeficiente angular da reta (tg θ): tg 35 15 5 1 tg 5 θ = − − θ = Portanto, comparando-se os resultados, obtém-se a seguinte propriedade: O coeficiente angular da reta (tg θ) indica o valor da velocidade escalar do móvel. Observação: A propriedade do gráfico S 3 t vale para qual- quer tipo de movimento. Movimento n‹o uniforme S v i tangente ao gráfco no instante considerado coefciente angular da reta tangente 0 t u N 5 3. moVimenTo uniFoRmemenTe VaRiaDo (muV) 3.1 Definição Nos movimentos que observamos diariamente, as velocidades escalares, em geral, não permanecem constantes no decorrer do tempo. São os chamados movimentos variados. Porém, se em dado movimen- to, a velocidade variar uniformemente no decorrer do tempo, isto será, se ocorrerem variações de velocidade escalar sempre iguais em intervalos de tempos iguais, o movimento será denominado movimento unifor- memente variado (MUV). Para que isso ocorra, a aceleração escalar (a) deve ser igual em todos os instantes, coincidindo assim com a aceleração escalar média (a m 5 a). Exemplo: A tabela registra as velocidades de um móvel no decorrer do tempo. t(s) 0 1 2 3 4 5 6 V(m/s) 8 12 16 20 24 28 32 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 84 11/19/15 9:06 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 85 Pode-se notar que, a cada 1 s, o móvel varia 4 m/s na sua velocidade. Logo, trata-se de um movimento uniformemente variado, com aceleração que pode ser calculada como: a V t 32 8 6 0 4 m/s2= ∆ ∆ = − − = 3.2 Função da velocidade do movimento uniformemente variado (muV) Seja V 0 a velocidade inicial do móvel no instante em que o cronômetro é acionado (t 0 5 0). Após um in- tervalo de tempo (Δt), o móvel, em movimento unifor- memente variado, possui a velocidade V no instante t. Observe a figura: V 0 (t 0 5 0) V (t) Orienta•‹o da trajet—ria Como a aceleração escalar é a mesma em qualquer instante, tem-se: 5 5 5 5 a a constante V t a V V t 0 a m 0 ∆ ∆ − − V 5 V 0 1 a ? t A expressão obtida é a função da velocidade do movimento uniformemente variado. Observa-se que na expressão: V 0 é a velocidade em t 0 5 0, ou seja, a velocidade inicial; a é a velocidade escalar; V é a velocidade em um instante t qualquer. 3.3 Gráfico da velocidade escalar de um móvel em muV em função do instante t A função horária da velocidade escalar no movi- mento uniformemente variado é do primeiro grau em t: V 5 V 0 1 a ? t Consequentemente, sua representação gráfica é um segmento de reta inclinado em relação aos eixos. A função pode ser crescente ou decrescente, conforme a aceleração escalar seja positiva ou negativa. Exemplos: a) O móvel se movimenta com aceleração escalar positiva, com velocidade inicial V 0 . V V 0 0 t a . 0 A função é crescente,pois a aceleração escalar é positiva. b) O móvel se movimenta com aceleração escalar negativa, com velocidade inicial V 0 . V V 0 0 t a , 0 A função é decrescente, pois a aceleração escalar é negativa. 3.4 propriedade da inclinação do gráfico da velocidade escalar em função do tempo para um movimento uniformemente variado Suponha um móvel que se movimenta com acele- ração escalar constante e que suas velocidades esca- lares em função do tempo sejam registradas na tabela a seguir. t(s) 0 1 2 3 4 5 6 V(m/s) 5 10 15 20 25 30 35 Observando a tabela, conclui-se que a velocidade escalar inicial do móvel é V 0 5 5 m/s; por se tratar de um movimento uniformemente variado, pode-se cal- cular a aceleração escalar do movimento através da função: ? ? V V a t 35 5 a 6 a 5 m/s 0 2 = + = + = 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 85 11/19/15 9:06 AM 86 Física – Setor 1206 KAPA 1 Assim, conclui-se que a aceleração escalar do mó- vel no decorrer do tempo é de 5 m/s2. Esse resultado também pode ser obtido calculan- do-se o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da velocidade escalar em função do tempo. Para veri- ficar tal propriedade, constrói-se o gráfico a seguir a partir dos dados da tabela anterior. V (m/s) 35 30 25 20 15 10 5 0 0 1 2 u 3 4 5 6 t (s) Calculando o coeficiente angular da reta (tg θ), tem-se: tg 35 10 6 1 tg 5 θ = − − θ = Comparando os resultados obtidos, obtemos a se- guinte propriedade: O coeficiente angular da reta (tg θ) indica o valor da aceleração escalar do móvel. 3.5 Função horária do movimento uniformemente variado (muV) Seja S 0 a posição inicial do móvel no instante em que o cronômetro é acionado (t 0 5 0). Após um in- tervalo de tempo (Δt), o móvel, em movimento uni- formemente variado, está em uma posição dada pelo espaço S, no instante t. Observe a figura: V 0 ΔS V Orientação da trajetória t 0 5 0 (t)0 S 0 S Observando a figura e sabendo-se que se trata de um movimento uniformemente variado, pode-se construir o gráfico da velocidade escalar em função do tempo, como mostrado a seguir: V 0 DS V Velocidade escalar 0 t Tempo Já sabemos que a área assinalada mede numeri- camente o deslocamento escalar no intervalo de 0 a t. Como a área se trata de um trapézio, pode ser calcu- lada como: S V V t 2 0( ) ∆ = + Lembrando que V 5 V 0 1 a ? t: ? ? S S V a t V t 2 S S 2 V t a t 2 0 0 0 0 0 2 ( ) − = + + = + + S S V t a t 20 0 2 = + + ? A expressão obtida é a função horária dos espa- ços para qualquer movimento uniformemente variado. Observa-se que na expressão: S é o espaço em um instante t qualquer; S 0 é o espaço em t 0 5 0, ou seja, o espaço inicial; V 0 é a velocidade escalar em t 0 5 0, ou seja, a velocidade inicial; a é a aceleração escalar em qualquer instante t. 3.6 Gráfico s 3 t em um muV A função horária do espaço de um móvel que se desloca em MUV é do tipo S S V t a t 20 0 2 = + + ? . Por ser uma função do 2o grau em t, o gráfico que descreve as posições desse móvel é um arco de parábola, que pode ter sua concavidade voltada para cima ou para baixo conforme o sinal da aceleração escalar seja po- sitivo ou negativo. 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 86 11/19/15 9:06 AM KAPA 1 Física – Setor 1206 87 Exemplo: Um móvel descreve um movimento uni- formemente variado, e suas posições, em função do tempo, são registradas na tabela a seguir. t(s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 s(m) 12 5 0 23 24 23 0 5 12 A partir da tabela é construído o gráfico S 3 t. S (m) 0 22 24 2 4 6 8 10 12 t (s)2 4 6 8 Note: Nos instantes 2 s e 6 s, o móvel passa pela ori- gem dos espaços (S 5 0). Entre os instantes 0 e 4 s, a velocidade esca- lar é negativa, pois o móvel desloca-se contra a orientação da trajetória e está diminuindo em módulo. No instante 4 s, o móvel para e inverte o sentido do movimento; portanto, na inversão, V 5 0. Do instante 4 s em diante, a velocidade escalar é positiva, pois o móvel desloca-se a favor da orientação da trajetória e está aumentando em módulo. 3.7 equação de Torricelli Imagine uma situação na qual um motorista conduz seu automóvel por uma autoestrada a uma velocidade de 108 km/h quando avista uma barreira, sendo obrigado a frear, provocando uma desaceleração de 5 m/s², até parar o veículo após certo deslocamento (ΔS). V 0 V 5 0 O enunciado nos fornece a velocidade final (V 5 0), a velocidade inicial (V 0 5 108 km/h 5 20 m/s) e o módulo da aceleração (a 5 5 m/s2). Considerando que, durante a frenagem, a acelera- ção seja constante, pode-se calcular o deslocamento escalar a partir das funções do MUV. Como o enunciado não fornece o tempo da fre- nagem, é necessário calculá-lo a partir da função de velocidade. V V at 0 20 5 t 0 ( ) = + = + − t 4 s= De posse do tempo, pode-se calcular o desloca- mento durante a frenagem. 5 1 ? 1 2 5 ? 1 2 ? 5 S S V t at 2 S S 20 (4) ( 5) 4 2 S 40 m 0 0 2 0 2 ∆ O mesmo resultado pode ser encontrado de ma- neira mais rápida, desde que se conheça a equação de Torricelli. Tal equação é demonstrada a partir das funções horárias do MUV. Observe a seguir: 5 1 ? 1 5 ? 1 S S V t at 2 S V t at 2 0 0 2 0 2 ∆ Multiplicando-se os dois lados por 2a: 2a S 2aV t a t (1) 0 2 2∆ = +? 5 1V V at 0 Elevando-se ao quadrado os dois lados: V (V at )2 0 2= + V2 5 V 0 2 1 2 ? V 0 ? a ? t 1 a2 ? t2 Substituindo-se 1 em 2: 5 1 ? ?V V 2 a S (equação de Torricelli)2 0 2 ∆ Essa equação é útil na resolução de problemas de MUV nos quais o intervalo de tempo não é fornecido. Vamos resolver o exemplo anterior com a utilização da equação de Torricelli. 5 1 ? ? 5 1 ? 2 ? 5 V V 2 a S 0 20 2 ( 5) S S 40 m 2 0 2 2 2 ∆ ∆ ∆ 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 87 11/19/15 9:06 AM 88 Física – Setor 1206 KAPA 1 AnotAçÕes 850420116_KAPA1_059a088_Fisica_A_CA.indd 88 11/19/15 9:06 AM
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