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setor a setor 1206 Física Prof.: aula 35 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 40 aula 36 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 43 aula 37 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 45 aula 38 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 47 aula 39 ............... AD h...............TM h............... TC h .................. 48 aula 40............... AD h...............TM h............... TC h .................. 50 Texto teórico ....................................................................................52 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 39 26/04/16 11:27 40 Física – Setor 1206 KAPA 5 aula 35 Queda livre e lançamento vertical Queda livre É o movimento vertical, sob ação exclusiva da força peso, no qual a velocidade inicial é nula. V 0 5 0 H V 1 V 2 V 3 soloh 5 0 Corpo abandonado de uma altura H acima do solo. lançamento vertical É o movimento vertical, sob ação exclusiva da força peso, no qual a velocidade inicial é diferente de zero. V 5 0 V 5 0 V 0 H máx H 1 subida descida 2V 0 2V 1 2V 2 soloh 5 0 Corpo lançado verticalmente para cima de uma altura H acima do solo. Em ambos os casos a resultante das forças é a força peso. Logo: 5R P m ? a 5 m ? g a 5 g Para esses movimentos, a aceleração da gravidade (g) é considerada constante. Sendo assim, os movimen- tos são uniformemente variados (MUV). Relembrando: V 5 V0 1 a ? t S S V t a 2 t0 0 2 5 1 ? 1 ? V2 5 V20 1 2 ? a ? ΔS exercícios 1 (Unicamp-SP – Adaptada) Recentemente, uma equi- pe de astrônomos afirmou ter identificado uma estrela, com dimensões comparáveis às da Terra, composta predominantemente de diamante. Por ser muito frio, o astro, possivelmente uma estrela anã branca, teria o carbono de sua composição cristalizado em forma de diamante. Considerando que a massa e as dimensões dessa estrela são comparáveis às da Terra, espera-se que a aceleração da gravidade que atua em corpos pró- ximos à superfície de ambos os astros seja constante e de valor não muito diferente. Suponha que um cor- po abandonado, a partir do repouso, de uma altura h 5 54 m da superfície da estrela, apresente um tem- po de queda t 5 3,0 s. Desta forma, pode-se afirmar que a aceleração da gravidade na estrela é de: a) 8,0 m/s2. b) 10 m/s2. c) 12 m/s2. d) 18 m/s2. 5 ? 5 ? 5 ? 5h g 2 t g 2 h t 2 54 3 g 12 m/s2 2 2 2 ⇒ ⇒ H-20 U N IC A M P /2 0 1 5 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 40 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 41 2 Em um local onde g 5 10 m/s2, um corpo é lança- do verticalmente para cima com velocidade inicial igual a 20 m/s. Desprezando as forças trocadas com a atmosfera e sabendo que, no ponto de par- tida, ele está a 105 m acima do solo, determine: a) a que altura o corpo se encontra no instante t 5 1 s; Da equação dos espaços do MUV, tem-se: S S V t 1 2 a t0 0 2 5 1 ? 1 ? H 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 H 5 105 1 20 ? (1) 2 5 ? (1)2 H 5 120 m b) a velocidade no instante t 5 1 s; Da equação da velocidade do MUV, tem-se: V 5 V 0 1 a ? t V 5 20 2 10 ? t V 5 20 2 10 ? (1) V 5 10 m/s c) em que instante ele atinge a altura máxima; Da equação da velocidade do MUV e observando que na altura máxima o corpo possui velocidade instantânea igual a zero, tem-se: V 5 V 0 1 a ? t 0 5 20 2 10 ? t 10t 5 20 t 5 2 s H-17 d) o valor da altura máxima; Da equação dos espaços do MUV e observando o instante encontrado no item anterior, tem-se: S S V t 1 2 a t0 0 2 5 1 ? 1 ? ? H 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 H máx 5 105 1 20 ? (2) 2 5 ? (2)2 H máx 5 125 m e) quanto tempo, após o lançamento, ele demora para passar novamente pelo ponto de partida; Da equação dos espaços do MUV e observando que o pon- to de partida é 105 m, tem-se: S S V t 1 2 a t0 0 2 5 1 ? 1 ? ? H 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 105 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 t 1 5 0 (não convém) e t 2 5 4 s f) em que instante o corpo atinge o solo; Da equação dos espaços do MUV e observando que no solo H 5 0, tem-se: S S V t 1 2 a t0 0 2 5 1 ? 1 ? ? H 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 0 5 105 1 20 ? t 2 5 ? t2 t 1 5 23 s (não convém) e t 2 5 7 s g) a velocidade com que ele chega ao solo. Da equação da velocidade do MUV e observando o instante encontrado no item anterior, tem-se: V 5 V 0 1 a ? t V 5 20 2 10 ? (7) V 5 250 m/s 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 41 26/04/16 11:27 42 Física – Setor 1206 KAPA 5 3 (Enem) Para medir o tempo de reação de uma pessoa, pode-se realizar a seguinte experiência: I. Mantenha uma régua (com cerca de 30 cm) suspensa verticalmente, segurando-a pela extremidade supe- rior, de modo que o zero da régua esteja situado na extremidade inferior. II. A pessoa deve colocar os dedos de sua mão, em forma de pinça, próximos do zero da régua, sem tocá-la. III. Sem aviso prévio, a pessoa que estiver segurando a régua deve soltá-la. A outra pessoa deve procurar segurá-la o mais rapidamente possível e observar a posição onde conseguiu segurar a régua, isto é, a distância que ela percorre durante a queda. O quadro seguinte mostra a posição em que três pessoas conseguiram segurar a régua e os respectivos tempos de reação. Disponível em: <http://br.geocities.com>. Acesso em: 1 fev. 2009. Distância percorrida pela régua durante a queda (metro) Tempo de reação (segundo) 0,30 0,24 0,15 0,17 0,10 0,14 A distância percorrida pela régua aumenta mais rapidamente que o tempo de reação porque a a) energia mecânica da régua aumenta, o que a faz cair mais rápido. b) resistência do ar aumenta, o que faz a régua cair com menor velocidade. c) aceleração de queda da régua varia, o que provoca um movimento acelerado. d) força peso da régua tem valor constante, o que gera um movimento acelerado. e) velocidade da régua é constante, o que provoca uma passagem linear de tempo. O peso da régua é constante (P 5 m ? g). Desprezando a resistência do ar, trata-se de uma queda livre, que é um movimento uniformemente acelerado, com aceleração de módulo a 5 g. A distância percorrida na queda (h) varia com o tempo conforme a expressão: h 1 2 g t25 ? ? Dessa expressão, conclui-se que a distância percorrida é diretamente proporcional ao quadrado do tempo de queda, por isso ela aumenta mais rapidamente que o tempo de reação. orientação de estudo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 4 e 5 do Caderno de exercícios, série 27. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico. Faça os exercícios 11 e 15 do Caderno de exercícios, série 27. Faça os exercícios 1 e 2 da seção Rumo ao Enem. anotaçÕes H-17 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 42 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 43 É um movimento composto nas direções horizontal (x) e vertical (y), sob ação exclusiva da força peso, no qual a velocidade inicial tem direção horizontal. solo V 00 y (MUV) x (MU) V 0 V 0 V y V' y g Corpo lançado horizontalmente de uma altura H acima do solo. Adotando o referencial conforme mostrado na figura acima, as equações que descrevem esse tipo de movi- mento são: Equações Na direção x (MU) Na direção y (MUV) Posição em função do tempo ?x V t0= 5 ?y g 2 t2 Velocidade em função do tempo V0 ?V g ty = exercícios 1 (Fuvest-SP) Uma menina, segurando uma bola de tênis, corre com velocidade constante, de módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória retilínea, numa quadra plana e horizontal. Num certo instante, a menina, com o braço esticado horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o seu estado de movimento, solta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As distâncias s m e s b percorridas, res- pectivamente, pela menina e pela bola, na direção horizontal, entre o instante em que a menina soltou a bola (t 5 0 s) e o instante t 5 0,5 s, valem: Note e adote: Desconsiderar efeitos dissipativos.a) s m 5 1,25 m e s b 5 0 m. b) s m 5 1,25 m e s b 5 1,50 m. c) s m 5 1,50 m e s b 5 0 m. d) s m 5 1,50 m e s b 5 1,25 m. e) s m 5 1,50 m e s b 5 1,50 m. Dados: v x 5 10,8 km/h 5 3 m/s, t queda 5 0,5 s. Durante a queda, a velocidade horizontal da bola é igual à velocidade da menina. Portanto: s m 5 s b 5 v ? t queda 5 3 ? (0,5) 5 1,5 m H-20 aula 36 lançamento horizontal 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 43 26/04/16 11:27 44 Física – Setor 1206 KAPA 5 2 (PUC-SP) Em um experimento escolar, um aluno deseja saber o valor da velocidade com que uma esfera é lançada horizontalmente, a partir de uma mesa. Para isso, mediu a altura da mesa e o alcance horizontal atingido pela esfera, encontrando os valores mostrados na figura. 0,80 m 2,80 m A partir dessas informações e desprezando as influências do ar, o aluno concluiu corretamente que a velo- cidade de lançamento da esfera, em m/s, era de: a) 3,1 b) 3,5 c) 5,0 d) 7,0 e) 9,0 H-20 H-17 Cálculo do tempo de queda: 5 1 ? 1 ?S S V t a 2 t0 0 2 5 1 ? 1 ?0,8 0 0 t 10 2 t2 0,8 5 5 ? t2 0,16 5 t2 t 5 0,4 s Cálculo da velocidade de lançamento: ∆ ∆ v S t 2,80 0,4 7 m/s5 5 5 orientação de estudo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1, 2 e 4 do Caderno de exercícios, série 28. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico. Faça os exercícios 5 e 7 do Caderno de exercícios, série 28. Faça o exercício 4 da seção Rumo ao Enem. anotaçÕes 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 44 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 45 1a lei de Kepler: lei das órbitas Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que se encontra em um dos focos. planeta Sol F 1 F 2 2a lei de Kepler: lei das áreas O segmento imaginário que une o Sol a um plane- ta varre áreas iguais em tempos iguais. Sol afélioA 1 A2periélio Dt Dt Observação: O ponto mais próximo do Sol chama-se periélio e o mais afastado chama-se afélio. O planeta é mais veloz no periélio e mais lento no afélio. 3a lei de Kepler: lei dos períodos O quadrado do período de revolução de cada pla- neta em torno do Sol é proporcional ao cubo do raio médio da respectiva órbita. p a afélioperiélio Algebricamente: 5 T r K 2 3 , onde: 5 1 r p a 2 Observação: No caso de órbitas circulares, os quadrados dos períodos são proporcionais aos cubos dos raios das órbitas. aula 37 leis de kepler T 1 r 1 T 2 r 2 5 (T ) (r ) (T ) (r ) 1 2 1 3 2 2 2 3 5 K exercícios 1 (UFSM-RS) Os avanços nas técnicas observacio- nais têm permitido aos astrônomos rastrear um número crescente de objetos celestes que orbi- tam o Sol. A figura mostra, em escala arbitrária, as órbitas da Terra e de um cometa (os tamanhos dos corpos não estão em escala). Com base na figura, analise as afirmações: CometaSol Terra I. Dada a grande diferença entre as massas do Sol e do cometa, a atração gravitacional exercida pelo cometa sobre o Sol é muito menor que a atração exercida pelo Sol sobre os cometas. II. O módulo da velocidade do cometa é constan- te em todos os pontos da órbita. III. O período de translação do cometa é maior que um ano terrestre. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas III. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) I, II e III. H-20 [I] INCORRETA. Pelo Princípio da Ação-Reação, essas forças têm a mes- ma intensidade. [II] INCORRETA. De acordo com a 2a Lei de Kepler, se a trajetória do co- meta é elíptica, seu movimento é ace- lerado quando ele se aproxima do Sol e retardado quando se afasta. [III] CORRETA. A 3a Lei de Kepler garante que corpos mais afastados do Sol têm maior período de translação. 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 45 26/04/16 11:27 46 Física – Setor 1206 KAPA 5 2 (Vunesp) Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior, em tamanho, do sistema so- lar. Hoje, são conhecidos mais de sessenta satéli- tes naturais de Saturno, sendo que o maior deles, Titã, está a uma distância média de 1 200 000 km de Saturno e tem um período de translação de, aproxi- madamente, 16 dias terrestres ao redor do planeta. fora de escala Tétis é outro dos maiores satélites de Saturno e está a uma distância média de Saturno de 300 000 km. Considere: planeta 1ª- Lei de Kepler – Lei das órbitas Sol F 1 F 2 Sol 2ª- Lei de Kepler – Lei das áreas A 1 A2Dt Dt H-20 p 3ª- Lei de Kepler – Lei dos períodos a afélioperiélio r a p 2 e r T K 3 2 5 1 5 O período aproximado de translação de Tétis ao redor de Saturno, em dias terrestres, é: a) 4. b) 2. c) 6. d) 8. e) 10. Dados: r 1 5 1 200 000 km 5 12 ? 105 km; r 2 5 300 000 km 5 3 ? 105 km; T 1 5 16 dias. Aplicando a 3ª- Lei de Kepler: ⇒ 5 5 T T r r T 16 2 1 2 2 1 3 2 2 3 10 12 10 5 5 ? ? ⇒ 3 ⇒ ⇒ ⇒5 5 5 5 T 256 1 4 T 256 64 4 T2 2 3 2 2 T 2 dias2 5 orientação de estudo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 2 do Caderno de exercícios, série 29. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico. Faça os exercícios 6 e 7 do Caderno de exercícios, série 29. Faça o exercício 6 da seção Rumo ao Enem. anotaçÕes (H T T P :/ /C A R O N T E IF F .b L O g S P O T .C O M .b R . A D A P T A D O .) 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 46 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 47 lei da Gravitação universal Dois corpos de massas M e m se atraem mutua- mente com forças de natureza gravitacional que têm a direção da reta que une seus centros e intensidades que são diretamente proporcionais ao produto de suas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância que separa seus centros. M F F r m Algebricamente: 5 ? ?F G M m r2 G: constante da gravitação universal 5 ? ?2G 6,67 10 N m kg 11 2 2 exercícios 1 (UPE) Considere a massa do Sol M S 5 2 ? 1030 kg, a massa da Terra M T 5 6 ? 1024 kg, a distância Terra-Sol (centro a centro) aproximadamente d TS 5 1 ? 1011 m e a constante de gravitação univer- sal G 5 6,7 ? 10211 Nm2kg22. A ordem de grandeza da força de atração gravitacional entre o Sol e a Terra vale em N: a) 1023 b) 1032 c) 1054 d) 1018 e) 1021 Pela lei da gravitação universal: 5 ? ? F g m m d 1 2 2 F 6,7 10 2,0 10 6 10 (10 ) 11 30 24 11 2 2 5 ? ? ? ? ? 5 ? ⇒8,0 10 N 10 N22 235 ? H-17 2 (FGV-SP) A massa da Terra é de 6,0 ? 1024 kg, e a de Netuno é de 1,0 ? 1026 kg. A distância média da Terra ao Sol é de 1,5 ? 1011 m, e a de Netuno ao Sol é de 4,5 ? 1012 m. A razão entre as forças de interação Sol-Terra e Sol-Netuno, nessa ordem, é mais próxima de: a) 0,05. b) 0,5. c) 5. d) 50. e) 500. Dados: 5 ? 5 ?m 6 10 kg; m 1 10 kg;T 24 T 26 5 ? 5 ?d 1,5 10 m; d 4,5 10 mTS 11 NS 12 Pela lei da gravitação universal: 5 ? ? 5 ? ? F g M m d F g M m d ST T TS 2 SN N NS 2 ) ) ( ( 4 ⇒ 4 5 ? ? ? ? ? F F g M m d d g M m ST SN T TS 2 NS 2 N) ) ( ( ⇒ ⇒ ⇒ F F m m d d F F 6 10 1 10 4,5 10 1,5 10 ST SN T N NS TS 2 ST SN 24 26 12 11 2 5 ? 5 ? ? ? ? ? 5 ? ⇒−6 10 9 10 F F 542 2 ST SN 5 ? ? ? 5 orientação de estudo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 6 do Caderno de exercícios, série 30. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico da aula 38. Faça os exercícios 7 e 8 do Caderno de exercícios, série 30. Faça o exercício 5 da seção Rumo ao Enem. H-17 aula 38 lei da gravitação universal de newton 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 47 26/04/16 11:27 48 Física – Setor 1206 KAPA 5 campo Gravitacional ( )g Um corpo colocado nas proximidades da Terra fica sujeito a uma força de atração gravitacional. Entende-se, nesse caso, que a Terra origina, no espaço que a envolve, um campo gravitacional. M h R r g g 0 Intensidade: g 5 Direção: radial Sentido:para o centro G ? M r2 g: Campo gravitacional na superfície da Terra (g 0 ): 5 ?g G M R 0 2 Campo gravitacional a uma altura h em relação à superfície terrestre (g): g 5 g 0 ? 1 R R h 2 exercícios 1 (Unicamp-SP) Em 1665, Isaac Newton enunciou a Lei da Gravitação Universal, e dela pode-se obter a aceleração gravitacional a uma distância d de um corpo de massa M, dada por g 5 G ? (M/d2), sendo G 5 6,7 ? 10−11 Nm2 /kg2 a constante de gravitação universal. Sabendo-se o valor de G, o raio da Terra e a aceleração da gravidade na superfície da Terra, foi possível encontrar a massa da Terra, Mt 5 6,0 ? 1024 kg. A aceleração gravitacional sobre um determinado satélite orbitando a Terra é igual a g 5 0,25 m/s2. A distância aproximada do satélite ao centro da Terra é de: a) 1,7 ? 103 km. b) 4,0 ? 104 km. c) 7,0 ? 103 km. d) 3,8 ? 105 km. Dados: M t 5 6,0 ? 1024 kg; g 5 6,7 ? 10−11 N ? m2 /kg2; g 5 0,25 m/s2. Da expressão dada: g g M d d g M g 6,7 10 6 10 25 16 10 4 10 m d 4 10 km 2 t 11 24 14 7 4⇒ ≅ ⇒ − 5 ? 5 ? 5 ? ? ? ? 5 ? 5 ? r: raio da órbita R: raio da Terra h: altura em relação à superfície terrestre H-20 aula 39 campo gravitacional 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 48 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 49 2 (UFRGS-RS) Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo. ( F ) Um objeto colocado em uma altitude de 3 raios terrestres acima da superfície da Terra sofrerá uma força gravitacional 9 vezes menor do que se estivesse sobre a superfície. ( V ) O módulo da força gravitacional exercida sobre um objeto pode sempre ser calculado por meio do produto da massa desse objeto e do módulo da aceleração da gravidade do local onde ele se encontra. ( F ) Objetos em órbitas terrestres não sofrem a ação da força gravitacional. ( V ) Se a massa e o raio terrestre forem duplicados, o módulo da aceleração da gravidade na superfície terrestre reduz-se à metade. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) V – V – F – F. b) F – V – F – V. c) F – F – V – F. d) V – F – F – V. e) V – V – V – F. ( F ) Um objeto colocado em uma altitude de 3 raios terrestres acima da superfície da Terra sofrerá uma força gravitacional 16 vezes menor do que se estivesse sobre a superfície. A expressão da força gravitacional é F g M m (R h)2 5 ? ? 1 , sendo h a altitude e R o raio da Terra. Assim: 5 ? ? 5 ? ? ? 5 ? ? ? 5 ? ? ?+ ⇒ Na superfície: F g M m R "Lá em cima": F' g M m (R 3 R) g M m (4 R) F' g M m 16 R 2 2 2 2 F' F 16 5⇒ ( V ) O módulo da força gravitacional exercida sobre um objeto pode sempre ser calculado por meio do produto da massa desse objeto e do módulo da aceleração da gravidade do local onde ele se encontra. P 5 m ? g, sendo g o módulo da aceleração da gravidade no local. ( F ) Objetos em órbitas terrestres não sofrem a ação da força gravitacional. É justamente a ação da força gravitacional que mantém os objetos, exercendo o papel da resultante centrípeta, impedindo que o objeto saia pela tangente. ( V ) Se a massa e o raio terrestre forem duplicados, o módulo da aceleração da gravidade na superfície terrestre será reduzido à metade. )( ⇒ g g M R g' g 2 M 2 R g 2 M 4 R g' g M 2 R 2 2 2 2 5 ? 5 ? ? ? 5 ? ? ? 5 ? ? g' g 2 5⇒ Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 1 e 4 do Caderno de exercícios, série 31. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico. Faça o exercício 5 do Caderno de exercícios, série 31. Faça o exercício 8 da seção Rumo ao Enem. orientação de estudo anotaçÕes H-17 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 49 26/04/16 11:27 50 Física – Setor 1206 KAPA 5 A figura a seguir representa um corpo de massa m em órbita circular em torno de um planeta de massa M e raio R. h m R V r M a c Como o corpo de massa m descreve um movimento circular e uniforme e a única força que atua é a força de interação gravitacional (peso), ela passa a ser a resultante centrípeta. Assim: 5R Pc ⋅ = ⋅m a m gc a gc 5 Observação: g é a aceleração da gravidade a uma altura h em relação à superfície terrestre. Logo, V r 2 ω 2 ? r ?G M r2 ? 1 g R R h 0 2 a c 5 g Lembrando que ω é a velocidade angular e: ω π2 T 5 , onde T é o período. aula 40 Órbita circular 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 50 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 51 exercícios 1 (Acafe-SC) Após o lançamento do primeiro satélite artificial Sputnik I pela antiga União Soviética (Rússia) em 1957, muita coisa mudou na exploração espacial. Hoje temos uma Estação Espacial Internacional (ISS) que orbita a Terra em uma órbita de raio aproximadamente 400 km. A ISS realiza sempre a mesma órbita ao redor da Terra, porém, não passa pelo mesmo ponto fixo na Terra todas as vezes que completa sua trajetória. Isso acontece porque a Terra possui seu movimento de rotação, ou seja, quando a ISS finaliza sua órbita, a Terra girou, posicionando-se em outro local sob a Estação Espacial. Considere os conhecimentos de gravitação e o exposto acima e assinale a alternativa correta que completa as lacunas das frases a seguir. A Estação Espacial Internacional como um satélite geoestacionário. Como está em órbita ao redor da Terra pode-se afirmar que a força gravitacional sobre ela. a) não se comporta – não age b) não se comporta – age c) se comporta – não age d) se comporta – age 2 (Fuvest-SP) A notícia “Satélite brasileiro cai na Terra após lançamento falhar”, veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo de 10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3, desenvolvido em parceria entre Brasil e China, foi lançado no espaço a uma altitude de 720 km (menor do que a planejada) e com uma velocidade abaixo da necessária para colocá-lo em órbita em torno da Terra. Para que o satélite pudesse ser colocado em órbita circular na altitude de 720 km, o módulo de sua velocidade (com direção tangente à órbita) deveria ser de, aproximadamente, Note e adote: – raio da Terra 5 6 ? 103 km – massa da Terra 5 6 ? 1024 kg – constante da gravitação universal G 5 6,7 ? 10211 m3/(s2kg) a) 61 km/s b) 25 km/s c) 11 km/s d) 7,7 km/s e) 3,3 km/s Dados: 5 ? 5 ? 5 5 ? 5 ? 5 ? ? R 6 10 km 6 10 m; h 720 km 0,72 10 m; M 6 10 kg; g 6,7 10 m /kg s . 3 6 6 24 11 3 2− Como a órbita é circular, a gravidade tem a função de aceleração centrípeta. ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ ⇒ − − a g V R h g M (R h) V g M R h 6,7 10 6 10 6 10 0,72 10 V 6,7 10 6 10 6,72 10 60 10 7,7 10 m/s v 7,7 km/s c 2 2 11 24 6 6 11 24 6 6 3 > > 5 1 5 ? 1 5 ? 1 5 ? ? ? ? 1 ? 5 ? ? ? ? ? ? 5 orientação de estudo Leia o resumo da aula. Faça os exercícios 7 e 8 do Caderno de exercícios, série 31. tarefa mínima tarefa complementar Leia o Texto teórico. Faça os exercícios 11 e 13 do Caderno de exercícios, série 31. Faça o exercício 7 da seção Rumo ao Enem. H-20 1. d) Se a Estação Espacial Internacional não está fixa sobre um mesmo ponto da Terra, ela não se comporta como geoestacio- nária. Se ela está em órbita, a força gravitacional age sobre ela. H-20 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 51 26/04/16 11:27 52 Física – Setor 1206 KAPA 5 TEXTO TEóriCO aula 35 1. Queda livre e lançamento vertical 1.1 introdução O movimento vertical de um corpo próximo ao solo é chamado de queda livre quando o corpo é aban- donado no vácuo ou quando se considera desprezível a ação da força de resistência do ar. O lançamen- to vertical diferencia-se da queda livre somente por apresentar velocidade inicial vertical diferente de zero. Queda livre V 0 5 0 H V 1 V 2 V 3 soloh 5 0 Corpo abandonado de uma altura H acima do solo. lançamento vertical Corpo lançado verticalmente para cima de uma altura H acima do solo. V 5 0 V 5 0 V 0 H máx H 1 subida descida 2V 0 2V 1 2V 2 soloh 5 0 Em ambos os casos a resultante das forças é a força peso. Logo: 5RP m a m g ? 5 ? a g 5 A aceleração do movimento vertical de um corpo no vácuo ou num local em que é despre- zível a resistência do ar é chamada de aceleração da gravidade, indicada por g. Sendo o movimento realizado nas proximidades da superfície terrestre, considera-se a aceleração da gravidade constante. Portanto, esses movimentos verticais são descritos pelas equações do movimento uniformemente va- riado. Relembrando: 5 1 ? 1 ?S S V t a 2 t0 0 2 5 1 ?V V a t0 ∆5 1 ? ?V V 2 a S2 0 2 O valor da aceleração da gravidade na Terra, ao nível do mar e à latitude de 45°, é de aproxima- damente 9,80665 m/s². Porém, no estudo do movi- mento dos lançamentos, quando não informado o valor da aceleração gravitacional, utiliza-se o valor 10 m/s2. 1.2 sinais da velocidade (v) e da aceleração da gravidade (g) Os sinais envolvidos na descrição dos movimen- tos verticais vão depender da orientação da trajetória adotada e do sentido do movimento do corpo. No caso da aceleração da gravidade o sinal depende, exclusiva- mente, da orientação da trajetória, não importando o sentido do movimento do corpo. Porém, para o sinal da velocidade serão necessárias as análises da orienta- ção da trajetória e do sentido do movimento do corpo. Observe os exemplos que seguem: Queda livre Considere um corpo abandonado (velocidade ini- cial nula) de uma altura H em relação ao solo. a) Adotando-se a orientação da trajetória para cima, durante todo o movimento de queda do corpo 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 52 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 53 os sinais da aceleração e da velocidade serão negativos. Observe a figura a seguir. a 5 2g g V 0 5 0 V , 0 H soloh 5 0 b) Adotando-se a orientação da trajetória para bai- xo, durante todo o movimento de queda do corpo os sinais da aceleração e da velocidade serão positivos. Observe a figura a seguir. V 0 5 0 V . 0 H soloh 5 0 a 5 1g g lançamento vertical Considere um corpo lançado verticalmente para cima. a) Adotando-se a orientação da trajetória para cima, a aceleração da gravidade (do movimento) será sempre negativa, independentemente se o corpo sobe ou desce. Entretanto, o sinal da velocidade dependerá da orientação da trajetória e do sentido do movimento do corpo. Observe a figura a seguir. a 5 2g g V . 0 V , 0 solo subida descida b) Adotando-se a orientação da trajetória para baixo, a aceleração da gravidade (do movimento) será sempre positiva, independentemente se o corpo sobe ou desce. Entretanto, o sinal da velocidade dependerá da orientação da trajetória e do sentido do movimento do corpo. Observe a figura a seguir. V , 0 V . 0 solo subida descida a 5 1g g Observação: É fato que a velocidade no lançamento vertical troca de sinal durante a inversão de sentido do movi- mento, porém a função horária da velocidade é única tanto para a subida como para a descida. Regra de Galileu Considere o seguinte exemplo: Um corpo é abando- nado no vácuo de uma altura h, em relação ao solo, num local onde a aceleração da gravidade é 10 m/s2. Construa o gráfico da velocidade pelo tempo e, a partir do gráfico, calcule quanto o corpo percorre a cada 1 s do movimento. Como o movimento do corpo é uniformemente va- riado, tem-se: 5 1 ?V V a t0 5 1 ?V 0 10 t 5 ?V 10 t A partir da função da velocidade constrói-se o gráfico V 3 t. V (m/s) t (s) 30 20 10 0 1 2 3 5 5 5 5 5 5 5 5 5 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 53 26/04/16 11:27 54 Física – Setor 1206 KAPA 5 Da propriedade da área para o gráfico V 3 t e dos triângulos semelhantes de área 5 m cada, pode-se calcular o deslocamento do corpo para cada 1 s de movimento como segue: d 1 5 (1) ? 5 5 5 m d 2 5 (3) ? 5 5 15 m d 3 5 (5) ? 5 5 45 m Generalizando, pode-se verificar a conhecida regra de Galileu: um corpo em queda livre percorre, em intervalos de tempos iguais, distâncias proporcionais aos números ímpares, isto é, 1d, 3d, 5d e assim por diante. Observe a figura a seguir. t = 0 t = 1 s t = 2 s t = 3 s 5d (2 s a 3 s) 3d (1 s a 2 s) d (0 a 1 s) aula 36 1. lançamento HoriZontal Lançamento horizontal é um movimento com- posto nas direções horizontal (x) e vertical (y), sob ação exclusiva da força peso, no qual a velocidade inicial tem direção horizontal. Um corpo lançado horizontal- mente, nas proximidades da superfície terrestre, des- creve, em relação à Terra, uma trajetória parabólica. trajetória parabólica (B) 1.1 trajetória parabólica Situação hipotética: um avião em trajetória retilí- nea abandona uma bomba. A forma da trajetória para um referencial (B) na Terra é um arco de parábola. Esse movimento pode ser considerado o resulta- do da composição de dois movimentos simultâneos e independentes: queda livre e movimento horizontal. A queda livre, como estudado anteriormente, trata- -se de um movimento vertical uniformemente variado. O movimento horizontal é uniforme, pois não exis- te nenhuma aceleração na direção horizontal. Nesse caso, o corpo mantém sua velocidade horizontal de movimento por inércia. Observe o exemplo a seguir, no qual o corpo é lançado horizontalmente. solo trajetória parabólica V 00 y (MUV) x (MU) V 0 V 0 V y V' y g V 0 5 0 y Corpo lançado horizontalmente de uma altura H acima do solo. Adotando o referencial conforme mostrado na fi- gura acima, as equações que descrevem esse tipo de movimento são: equações na direção x (mu) na direção y (muv) Posição em função do tempo x 5 V 0 ? t y g 2 t25 Velocidade em função do tempo V 0 V y 5 g ? t Note que no lançamento horizontal, à medida que o corpo se movimenta, o módulo da sua velocidade ur V cresce em virtude do aumento do módulo da veloci- dade vertical ur V y. O módulo da velocidade ur V em cada ponto da tra- jetória é calculada como segue: 5 1V V V2 0 2 y 2 aula 37 1. leis de Kepler 1.1 introdução Johannes Kepler (1571-1630) foi o astrônomo ale- mão que ratificou e ampliou as teorias de Copérnico, conseguindo descrever de modo preciso os movimentos dos planetas em torno do Sol. Para elaborar seus traba- lhos, Kepler fundamentou-se em suas observações do planeta Marte, em correspondência com Galileu Gali- lei, e, sobretudo, em dados e medidas astronômicos ob- tidos pelo seu mestre dinamarquês, Tycho Brahe (1546- -1601), com quem trabalhou durante alguns anos. As leis de Kepler descrevem os movimentos dos planetas de nosso sistema solar, adotando o Sol como referencial. Elas são divididas em três leis: lei das ór- bitas, lei das áreas e lei dos períodos. 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 54 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 55 1.2 as três leis de Kepler são: 1a lei de Kepler: lei das órbitas Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que se encontra em um dos focos. planeta Sol afélio F 1 F 2 periélio O Sol ocupa um dos focos e não o centro da elipse, assim a distância do planeta ao Sol varia ao longo de sua órbita. O ponto no qual o planeta mais se aproxima do Sol é denominado periélio, e o ponto mais afastado é chamado de afélio. Nota: No caso de um satélite em órbita elíptica em torno da Terra, o ponto mais próximo é o perigeu e o mais afastado, o apogeu. 2a lei de Kepler: lei das áreas O segmento imaginário que une o Sol a um plane- ta varre áreas iguais em tempos iguais. Sol afélioA 1 A 2 periélio Dt Dt Admitindo que, na figura, as áreas A 1 e A 2 sejam varridas em intervalos de tempos iguais, o planeta per- corre, na região do periélio, um espaço maior que o percorrido na região do afélio. Portanto, pode-se con- cluir que os planetas se movem ao redor do Sol com velocidade de módulo variável. Os planetas são mais rápidos quando estão mais próximos do Sol (periélio) e mais lentos quando estão mais afastados (afélio). Isso nos mostra que o movimento do planeta do afélio para o periélio é acelerado e do periéliopara o afélio é re- tardado. Observe a figura a seguir. afélio planeta Sol periélio Movimento acelerado Movimento retardado O movimento dos planetas ao redor do Sol é variado. 3a lei de Kepler: lei dos períodos O quadrado do período de revolução de cada pla- neta em torno do Sol é proporcional ao cubo do raio médio da respectiva órbita. p a afélioperiélio Algebricamente: 5 T r K 2 3 , onde: 5 1 r p a 2 De acordo com a 3ª- lei, o período de revolução cresce com o raio médio da órbita descrita pelo planeta em torno do Sol. Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e, por isso, é o que tem o menor ano (aproxima- damente 88 dias terrestres). Netuno é o mais afastado do Sol e, por isso, é o que tem maior ano (aproximada- mente 165 anos terrestres). Na tabela a seguir, têm-se os raios médios das órbitas e os períodos de translação dos planetas do sistema solar. planeta raio médio da órbita (km) período de translação (em anos terrestres) Mercúrio 58 000 000 0,24 (88 dias terrestres) Vênus 108 000 000 0,62 (226 dias terrestres) Terra 150 000 000 1,00 Marte 228 000 000 1,88 Júpiter 778 000 000 11,86 Saturno 1 427 000 000 29,46 Urano 2 870 000 000 84,01 Netuno 4 500 000 000 164,80 Plutão (*) 5 913 000 000 248,53 (*) Plutão não é mais considerado planeta. Observação: No caso de órbitas circulares, os quadrados dos pe- ríodos são proporcionais aos cubos dos raios das órbitas. T 1 r 1 T 2 r 2 5 (T ) (r ) (T ) (r ) 1 2 1 3 2 2 2 3 5 K 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 55 26/04/16 11:27 56 Física – Setor 1206 KAPA 5 aula 38 1. lei da Gravitação universal 1.1 introdução Observando as leis de Kepler, Isaac Newton notou que os planetas variavam sua velocidade ao longo da órbita e, como a variação de velocidade é devida à ação de forças, Newton concluiu que os planetas e o Sol interagiam a distância, com forças denominadas gra- vitacionais. Essa observação levou Newton a enunciar a lei da gravitação universal, como segue: M FF r m Dois corpos de massas M e m se atraem mutua- mente com forças de natureza gravitacional que têm a direção da reta que une seus centros e intensidades que são diretamente proporcionais ao produto de suas massas e inversamente proporcionais ao quadrado da distância que separa seus centros. Algebricamente: 5 ? ?F G M m r2 Em que G é a constante de proporcionalidade, de- nominada constante da gravitação universal. Seu valor não depende dos corpos materiais nem da distância entre eles, nem do meio que os envolve, mas somente do sistema de unidades utilizado. Foi o físico e químico inglês Henry Cavendish que obteve a primeira medida precisa para a constante da gravitação. No sistema internacional o valor de G é: 5 ? ?2G 6,67 10 N m kg 11 2 2 1.2 Gráfico da intensidade da força gravita- cional (F) em função da distância (r) que separa os centros dos corpos Considere dois corpos de massas m1 e m2 separa- dos por uma distância r, como mostra a figura a seguir. F r F m 2m 1 Variando-se a distância entre os corpos e levando em consideração que F é inversamente proporcional ao quadrado de r, tem-se: distância r 2r 3r 4r intensidade da força F F/4 F/9 F/16 Utilizando a tabela, pode-se construir o gráfico F 3 r. r F F/4 F/9 F/16 0 4r3r2rr Observação: Dois corpos quaisquer sempre interagem gra- vitacionalmente, atraindo-se. Porém, pelo fato de a constante da gravitação (G) ser muito pequena ( ? ?26,67 10 N mkg11 2 2 ), a intensidade da força só se torna perceptível se pelo menos uma das massas for consideravelmente grande. É por isso que duas pes- soas, por exemplo, atraem-se gravitacionalmente, mas com forças de intensidade tão pequena que seus efeitos passam despercebidos. A experiência de Cavendish Medir a constante G pode parecer simples: bastaria escolher duas esferas de massas conhecidas, colocá- -las separadas por uma distância conhecida, medir a força de atração entre elas e, com essas informações, determinar a constante G. No entanto, há um proble- ma: a força tem intensidade tão pequena que se torna quase impossível medi-la dessa maneira. Para medir essa constante, Henry Cavendish (1731- -1810) idealizou a seguinte montagem da figura: • pendurou uma haste por um fio a um ponto fixo; • nas extremidades da haste, colocou corpos de massa m; 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 56 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 57 • aproximou corpos de massa M, como indicado na figura, causando uma torção no fio; r F F fio metálico m m L 2 M M • medindo o ângulo de torção, determinou a força F; • conhecendo a força, a distância (r) e as massas, determinou G. Cavendish demorou três anos para realizar essa ex- periência, que é considerada uma das dez mais belas da história da Física. aula 39 1. campo Gravitacional 1.1 introdução Campo gravitacional é uma grandeza vetorial associada à influência que um corpo de massa M gera na região ao seu redor. A existência de um campo gravitacional em uma região pode ser verificada da seguinte forma: leva-se um corpo de massa m em um ponto O dessa região. Se sobre ele atuar uma força de atração gravitacional (conhecida também como força peso), diz-se que em O há um campo gravitacional não nulo. 1.2 definição de vetor campo gravitacional ( )g O vetor que descreve o campo gravitacional (g) em um ponto O, local onde atua uma força gravita- cional ( ) FG em um corpo de massa m, é definido da seguinte forma: 5g F m G Como consequência: 5 ?F m gG características do vetor campo gravitacional Considere um corpo de massa m colocado a uma distância r do centro de um corpo esférico e homogê- neo de massa M e raio R. Nessa situação, o corpo de massa m fica sujeito à ação da força de atração gravi- tacional (peso), como mostra a figura a seguir. m r R M P Como consequência de sua definição, o vetor cam- po gravitacional apresenta as seguintes características: intensidade 5 5 ? ? 5 ?g F m G M m r m G M r G 2 2 Lembrando que G é a constante de proporcionali- dade, denominada constante da gravitação universal. No sistema internacional o valor de G é: 5 ? ?2G 6,67 10 N m kg 11 2 2 Note que a intensidade do campo gravitacional gerado por um astro é: diretamente proporcional à massa M do astro, inversamente proporcional ao quadrado da distân- cia (r) do ponto considerado ao centro do astro. Essa expressão permite calcular a intensidade do campo gravitacional de qualquer corpo esférico e homogêneo (como, por exemplo, o Sol ou qualquer outro astro). A unidade do campo gravitacional no SI é [g] 5 N/kg. 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 57 26/04/16 11:27 58 Física – Setor 1206 KAPA 5 direção A direção de (g) é a direção da força de atração gravitacional, ou seja, da reta que une o ponto O con- siderado ao centro do astro gerador do campo. sentido Uma vez que a massa do corpo de prova (m) é sempre positiva, o sentido do campo (g) é o mesmo da força gravitacional, ou seja, apontando para o centro do astro. Observe os exemplos da figura a seguir. O O' g g' 1.3 campo gravitacional terrestre Os corpos materiais originam campos gravitacio- nais nos espaços que os cercam. A Terra, como qual- quer corpo material, origina no espaço que a envolve um campo gravitacional, denominado campo gravita- cional terrestre. Conhecendo-se a definição de campo gravitacional e observando a figura a seguir, podemos determinar o campo gravitacional terrestre na superfície da Terra e a uma altura h da superfície terrestre como segue: M h R r g g 0 Campo gravitacional na superfície da Terra (g 0 ), considerando R o raio terrestre e M a massa da Terra. 5 ?g G M r2 5 ?g G M R 0 2 Campo gravitacional a uma altura h em relação à superfície terrestre (g), considerando R o raio terrestre e M a massa da Terra. ( ) ( )⇒5 ? 5 ? 1 ? 5 ?1g G M r G M R h G M g R h 2 2 2 ⇒5 ? ? 5 ?g G M R G M g R0 2 0 2 Igualando-se às expressões acima: g = g 0 ? 1 R R h 2 aula 40 1. órbita circular 1.1 introdução No estudo das órbitas circulares é importante res- saltar que o tipo de movimento descrito pelos corpos que vai nos interessar é circular e uniforme (MCU). Considere a figura a seguir, na qual se representa um corpo de massa m em órbita circular em torno de um planeta de massa M e raio R. h m R V r M a c 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 58 26/04/16 11:27 KAPA 5 Física – Setor 1206 59 Como o corpo de massa m descreve um movi- mento circular e uniforme e a única força que atua é a força de interação gravitacional (peso), ela passa a ser a resultante centrípeta. Assim: 5R Pc m a m gc ? 5 ? a gc 5 Observação: g é a aceleração da gravidade a uma altura h em relação à superfície terrestre. Logo: V r 2 ω 2 ? r ?G M r2 ? 1 g R R h 0 2 a c 5 g Lembrando que ω é a velocidade angular e: ω π2 T 5 , onde T é o período. 1.2 satélites geoestacionários Os satélites são denominados geoestacionários quando são colocados em uma órbita circular em tor- no da Terra tal que a sua velocidade de rotação seja a mesma da Terra, ou seja, para um observador na Terra, o satélite comporta-se como se estivesse estacionário em determinado local no céu. Pode-se demonstrar que as condições para que um satélite seja geoestacionário são: a) suas órbitas circulares devem estar contidas no plano equatorial (plano que contém o equador terrestre); b) o raio de sua órbita deve ser cerca de 6,7 raios terrestres. A aplicação mais importante para esses satélites está nas telecomunicações. Um sinal de TV, por exem- plo, é emitido da Terra para o satélite. Este, por sua vez, capta o sinal, amplifica-o e o remete para o ponto que deve receber a transmissão. Satélite geoestacionário em órbita circular. Em resumo, satélites geoestacionários possuem: órbitas circulares no plano equatorial; período de rotação igual ao período de rotação terrestre, ou seja, 24 h; seu raio de órbita é cerca de 6,7 raios terrestres. Tipos de órbitas Quando lançamos um corpo em um campo gravi- tacional gerado por um corpo esférico de simetria radial (que pode ser considerado um ponto material localizado em seu centro), ele pode seguir vários ti- pos de trajetória, dependendo da velocidade inicial. Newton demonstrou que, nessas condições, todas as curvas possíveis devem pertencer à família das cônicas, resultantes da intersecção entre um cone circular reto e um plano. circunferência V circunferência elipse elipse hipérbole hipérbole parábola parábola anotaçÕes 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 59 26/04/16 11:27 60 Física – Setor 1206 KAPA 5 anotaçÕes 850420516_KAPA5_CA_039a060_1206_Fisica_A.indd 60 26/04/16 11:27
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