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A SAGA DO CORDEL EM POESIA

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\ / A 'SAGA DO " '-o /
-, ' r=: '<,
.,, CORDEL EM. POESIA '
" -o' '" . '''" '"
ICC' ' .
u-
,M '.c -.. . •
~ .' ••• ·HoIIIIiiIIiI
~'O Nordestino Carioca
,- . .•
,
((A'vida e-feita. de pedaços,
demistérios e essência;
quemficar-no mesmo passo,
'atrof~a a existência" !'~ "
\ r - r
,_ Chico Sal/es
');
o ROMANCE DO
PAVÃO MISTERIOSO
• I '
O RQmance do Pavão' ' ,
Misterio,$o;de Jqsé Camelo-c
, ,
,-,
, i
I
1'"
~
_ORIGEN$ D'O CORDEL
"-
Cordel: corda fina; banbante; poesia narrativa,
"popular, impressa, de origem nordestina.
, ,J '~
t -' .?,
,A. ~1i~er~tUra,d~ cordel" pro?~ç~q t\ípi~~m~~t~'nror- ,
" "-:...'destina" r e uma) das rnareres cóhtrtbujcões po- '
, pulares à literatura 'e às artes plásticas b~sileira'$:
, ...• -. \, " '): <-; ":: "~
Suas oriqeris rernontarnà da -pr6pria; gravura, em
madeira, ou xilogravura; 'provávelmente na China,
a PWjiL do s.§culo V. Na' Europa começam a ser, :
conhecidas durante a Idade Média, em jluminuras. I
Mas-no Brasil, é Lasar SegallquEtinicia, em 1912, a ~
- I
produção culta de gravuras. -Esta teve ilustres'
sequidores, como, Carlos Sgiár,' Fayga Ostr:ower,
Ana t.eticla, ,Marcelo Grassrnann, Gilvan Sarnico e '
outros, =Sarnlco estudou e"" admirou bastante as
xilogràvüras populares nordestinas, seus sirnbolos
e.mit6s, ing~nuamenteexpressos em traços forte?
1"-", ~' , ~ 't'!1". .
·A 'gravuraré 9' técnlca: preferlda,
pelos criadores de Gordel;para, a ,
côDieéçãç 9as,capá~/~~Spequenas
revistas. -' _,)- . \ c,
'.-:.,. ," ri
')
/ \-'-' \
. ,
~ '.
r Mas 'nem' se~p~e foi assímro ~br'Q~1antiqo 'tinha'
nas; capas apenas arabesêos,' vlnhetas elas
pequenas tipoqraflasdb interior- Após os: an?s'30,
aparecem folhetos com imagens do Padre Cícero,
Lampião e Maria Bonita, Pedfo Malarzartes,,fot0s de
artistas de 'cinema, etc. São clichês j?rimitivos, a·
'maioria usando' á. xilogravura, com bases de
\. .),,'
madeiras macias como cedro, pinhq ou, umburana,
chamados/ de "tacos", Ainda hoje encontramos
capas de cordéis com xiloqravuras, mas estão
ficando çada vez mais raras.i.O artista Dila parece.
ter sido o primeiro a utilizar a'borracha vutcanízada
'o linólec, corno matrtz para as capas:" a linoqravura
tornou-se uma marca reqistrada desde .
então.
, J »<
_ Popular- / Cordel", reunidos xiloqravuras de ~
Minelvinp~Francisco para-folhetos de Rodolfo Coelho
~Cavalcante, com apresentação de F\osita~Salgado; o
.da coleção Théo Brandão,."XiI6gr~vuràs Populares
Alaqoanas" (Alaqoas, 1973), inserindq tacos de
Jo-se Martins dos Santos,. r-tanoe] . Apolinário,
Antônio Almeida 'e Antônio- Baixa-funda, .com
j~ , apresentações.de Pierre Chalita e Thé,o Brarí-,dão; 'e •
"Transportes na -Zona Canavieira", divulgando 21
xiloqravuras d~ Jos.§ Costa Leite' (Instituto do
Açucar e do Alcool, Serviço de Documentação"
Recife, 1972), com apresentação de -Mário Souto
Maior.
"
'.. ,
. .~ .,'
Segundo o pesquisador Joseph Luyten: autor de "A
Xilogravura Popular Brasileira-e suas-Evoluções", ?S
xilógrafos mais destacados da atualldadé rsão:
Abraão Batista (Juazeiro); Ciro Ferríândes (Rio de,
Janeiro)' José (Costa Leite (Condado): Martelo
, L
Alves Soarês (São Paulo)'; Mjnelvino Francisco Silva
(Itabuna); Severirro Gonçalves oe-Olivejra (Recife r,
Erivaldo E-R3) eJ. Sbrges (Bezerros.Pe)', "
.'
" .,.
.. -...
/C- _
NoS' anos setenta" surgiram. no' Nordeste vários
álbuns de xiloqravuras de cordel. Destac,arnos os .
-publicados pela Divisão deCultura da Prefeitura d.a
Cidade de Salvador, Bahia, inti1u IÇldo.;~Xilogravura
2
.Y \
ALGUN.S RENOMADOS AUTORES DA L1TERATU~ DE CORDEL.
ALGUMAS OBRAS éONSÀGRADAS DA LITERATURA DE CORDEL
1 -Y. ~. - ••• t <' I )-
_.ABC do Chifru.do, ..é ..,A - C:ançãoci: f6g~' ~ \
de Téo Azevedo ' de José Fral'cisco Borges
_ A Cara Feia da fome,' ..! Maria Bonita, a eleita do
de José Costa 'Leitê~ , ,~i r Rei, ,~ .t." ~
~A chegada de,Lamprao no de Gonçalo {erreira da Silva -
inferno ' , " ,'- Os amores deChrq\,Jinha
d~Jose)F.rêJnciSçoBOrges'." ,e as bravur~s de:"'~ '
, _ A mulher l1.0 lugar do' Apolinário,l'" &>
homem, 't' ,..)' de J,oaqL{imJlapsta.êfe Sena ;'
de,José Pacheco' T - Os milagres divinaisGle
_ A mulher que vendeu o', Padre Cícero p-omã'o,
cabelo e-foi pro_inferno~- õe José Costa Leite
de José, Francisco Borges - OS'sofrl!:r\entos de' Alzira,
_ A Peleja de-Antonio de João Martins de Athayde
Machado - O Romance do-ravão
, ."
.e Marjoel Gavião, ",. - Misterioso, ~ ,,'
de João Martins de Athaide rde José Camelo
, __A Peleja do CegóAderaldo - Romeu e,Julieta,
com Zé Pretinho' _ de João Martins Âthà'yde' >-
de Firmino 'Gomes de Barros'
" ,
Esta$~bra's, extr~!das tfg ~tensõ '
vnivérssi da produção cultural" ".
nordestinjJj~$ãd,ªpef)as e~emplos" é' ~
r: certafh~rrte estão incompletos. r; ,;
" ''7' " ~. _i'I ~, ' <' I c, ,
, \../(":., ' \ l' .' '- ::I »:
,', '~'~ ~ ~, 1,
\, "
4'
. .. ,~-~.
Antonio Mqrir-ího
'Carneiro Rortela
, Cego Aderaldo .
Chtco Cald'a r
CorQn~1 Neco r:,.,artins\
-r ' Cori-statino CartaxO '-
, Daniel Fiuza' -", )'r •• ,,.,,
Elias'A. de Carva'lho -
Firmino .Tetxetradc /
Amaral' -
Francisco E. Aíres - ~
Campos
"Gon,çalo Ferreira da Silva
Ignácio da -Calingu,eira '
Joaquim Batista de sena
-João Cesário Barbosá
João José da Silva ~
João M'ar'tins de Ataíde
José Bernardo da Silvã
José Camelo de Meio
'Resende . <'
José Costa leíte,
Jose /Fral'1_ci§c~ Borges
7: . \ -"
José João dosSantÇ>s
(Azulão)"
José Pachecà
Klevisson Viana
-LeandróGomes de
Barros .
ManuelvÇ'amilo dos
, Santos l'
tv1"arcus Lucena )
Negra Chicà Barr:osa
Orlándb Tejo ' r- '
Patativà .do ~ssaré
Pedra Bandeira
Pintó do, Monteiro
&omano da Mãe D'Água
Rubênio Marcelo '
SeverinoMilanês da. ' '
Silva
Silvino parauá de Lima'
Teo Azevedo
, Wi,lson Fr....eire
Zé Limeira
.Zep_~~xédi
, Zé:,da_LlJz ,
",) ,
\.
!
5
" . r r
\ CARIOCA /-,
~~
Dentro de-mim corre um Riõ
Ah! meu Rio de Janeiro
Sangrahdo assim impunemente :- \.
Faltando o Tom, esem <,parceiro í <,
(
'") . "-Mais., 'pelá Rio valé sonhar -v
I"~ ' ,
Pedir a São,Sebastiãô: ,~, )' . '-- l, 'r-
'IPra sequrar nossa alegria
<,Etert:liZeár, a boemia ' '
!
.,
'E,ampn~r nossa paixão
/
\
Penso 'numa graf'lde chuva
Para lavar todo seu leito
.Se o meu' país' fosse um corpo ,- '-O Rio es~aria no peito \.,
Seus)-abirintos e mares,
Suas mo'ntannas e g~etos
Belas mulheres e bares
Becos, quartéis ealtaras
"FutebGI; samba e soneto . ~-1
~~ •.. ,
"
-
i,
\ r', '
\
,
'. ,-\1 ~
,(~'-
, " "
,/7
PRINCIPAISfONiES DE'CORDEL
• Bibliotecas em geral.
•
• E os seguintes endereços eletrônicos:
..J .•. í ..•
{
. / \
.' . Casa de Ru'y Bârbosa Rio de JáiíeH'd~
f ' I I • ' .
.>
+
..•. '\1
• wWyv,cora~l.cjb:neV Ir \
~. ,. Www:i,JSiné'!deletr~s~Corrvbr !"
v; . <. • www.rT]áriabrasil.org/cordel.htm.
'. V'{ww.,cordéj'om~hpg.ig.com.,br - .
, • www.çraud-corder.com '
• www.chicosalles.com.br
·www.ablc.hpg.ig.com.br . c
~-,..-, ./
• F~ira Pop~ard~ Caruarú - Pernambuco
•• Feira de S. Cristóvão - Rio de Janeiro '
·"EspaçoOultural de João Pessoa - Paraíba
, ~ ... -
Dep'artamento ,de"Literatura das .sequintes
Universidades:
(. ,
• Unicarnp, SP
• UFPB,Pb "
·,Pue,RJ " "
• UFRJ '
~'lJNB' DF.,- ',((
'I;
NORDESTINO
r '
'<. c-
,
O bê a bá desta vida
Eu aprendí foi na lousa
Lá na cidade de Soúsa _
Alto sertãc.doNordeste
.-"h
Corno s~u 'c~brà da peste ~
. \Orgulho~9 da rai~"" J ~-'
( Vivo contentee fe;lizJ
,t~ntqnd0 P~r;9orneu povo
Feito a casca do·o~o
'Ná proteção da essência
No mundo a maior ciência
É viver de bem com a.vida'- ~ r r '
Vida dura o tempo. todo
Sem trapalhó o anã inteiro
Dejaneiro a janeiro _
Vivendo de esperança' .
Mais aprendí em criança
Pro homem o maior valor
E semprecarreqar o amor
Dentro' do seu coração.
r
1
<
8 '" - ,,~( '~ •
MASCUl-INA
Minhà'histor'ia de amor
Eu vou escrever agora
Falar da.minha paixão
' ... - ~
Do pre1;~rite !=! de outrora
A emoção verdadeira
Não'falo de brincadeira ,\,
• 'Se renova toda hora.
~'_,I \ • ::'
Elaé'bern'masculi'na.
Tem' cheifó de açucena '
Do s~í'oJõão do Cariri '
~;.;-. -:-....
Da Serra-da Borborerna
Olhos de Santa Luzia
Em Tambaba maresía, 'O açude' de Coremas.
/
Luíza do Uiraúna
Por do sol no Jacaré
O pandeiro é de Jackson
O Rocha de Catolé
Beleza de'Manaira
O riOYO ~ Gua~a'bira
- Bonitó de Santa Fé.
'J.
I '" ',' _
O menino é do enqenho
'Tambaú é 'estandarte
O a;ul do Seridó;
Sivucá mestre da arte
,'" O bode d6JChabocão . '
--:YO sorriso édo sertão .
E o Inqá dêi Bacarnarte.
9
\
"
. - .~
"FESTA DO BODEFORRÓ ,DO BQ.QUEI~O ".
.'
I(I .
Vem~vem, vem1 Minha menina '
'( '0~~í~~e~~evr~m
. \/,em, vem na festa do bo~e
Eu quero dançar com voce
- \,
, ,. ,< I"~
, ) -Pela manhã tern.a missa
, ,,1\ A tarde a procissão
~ A~ pessoas bartícíparn rezando sua 9raç~0
;~JI Mas'quando chega a noite
Aí vem a diversão todo povo vai pra festa
Esquecendo do sermão
." i
Num forró que-fui lá-no Boqueirão
Estrelas no céucoracão na mão
Tava túdo certo meio do sertão
Sanfoneiro mel m(jlher.d~ montão -
,
Num forró quefui já no.boq~eirã~ . -,
Cachaça.da boa caju e limão " .
Ppnela,no fogo queijo e rubação
) O terreiro batido' e muita animação' '" ,
.J '( r- ~
Encontrei você .quanta aleqria
Hoje esta saúdaríe 'dó.i demais o peito _ -r:
Ah! se eu pudesse tudo eu repetia
Mas infelizmente Isso não tem jeito
, " '
i' -'
, \
Tem batuque; tem seresta
Tem forró a noite inteira r
Todo ano nesta festa eu finco a minha bandeira
No salão a claridade é dada por larnparina "
Quando o querosene acaba
A f..Qlianão termina
r
Em todo mês de janeiro existe este pagode
Mesmo estando sem dinheiro . '.' .'" .
Todo mundo come bode'. .
Que é assado na brasa lá no meio-do terreiro
Nestá noite âté o padre . f I
. Se transforma· em forrozeiro
-
Isso não tem jeito não -
Isso não temjeito não.
Você estando aí e eu
Vivendo aqui nesta Jlusão
.r
, i.
Na obra de Ralmurido ,s,i- ',.
Helena; o traço vigoroso de Clro, f' ,
.'
10 11
.fi
,
PEQUENO UN,IYERSO
r-.-~
o RICO SEM ,DINHEIRO-
·~t '--
c Outra vez assim
').
r. ..-
Cheio de saudades -- .>:
Você longe de mim r Sou um r-icosem dinheiro,
em outra -cídade "- Sou um brasileiro! sou paraibano ';'~ 'v /
Beijandq Qutra'-t;!'oca Conheço bem a terra de {r:acema
Abrindo' outra porta' . r., ~ ,' As Garotas de Ip~nem,a , ,/
Não mais se importa " / .O pessoal báianó .~.
)
'\ ./
r-
,Com.o lado de 63' Estou:'no Rio -de Janeiro r ..,
..,
\ -'~ ,j No bá~~que_}ló'pan,d;i~oV, \"
VOIj\v:~endo aqui
. ,
(~
Grandeesplendór '--.>
Torto, meio sem jeito
\
Tenho uma mina morena • -J
Com a flecha no peito Botafo'gQ"eSaes Pena J
.,..
~
E o coráção na mão Lapa e Red~entor ~
,I
Relernbrando múslcas
Repetindo versos Vim do meu lugar distante
-;
'nesse pé de serra , Só por um instante
Cantando baião Mas aqui fiquei - ,
Sei não sóu '0 único ~ Agora sei que nesse nosso mundo -
Rebuscando. a memória Um segundo é tempo
Inventando liistór:ia 'De não sé perder,
Ensaiárído perdão Hoje eu sinto saudade "
,é só você voltar"'-" "
Da felicidade grande ilusão
Só não estou mais f-eliz
, _é só você querer' r" 'Porque está faltando, giz, '
é só você me dar
/'
Professor e lição
~
I
eu dou .tudo pra você
-y . , -(
'.
\
"", J.
- : .:l . I~ C" \
;/' I '" -'\'"/
)'0-
1
"\ "
,~..... ~.
" " ' ~-~, ,/ ;w - ~I ;-'.< ( '-
I t:,\ '" Y' J'ê'. ~ "', -
12 \, -*'" ; - (
. ..::. -r. \.
~ I " '.
y,
''Í .. ,~-~ ~:~
:r..' '"'- - , "\:
'\ '" )
•..
\, "
VOCÊ NÃO VIU
Yocz.ênão viu quando eu falei
Quando eu falei ocê não viu
Você não viu quando chorei
Quando eu-chorei você não viu
I " . \
Você Só viu
minha mala, pronta
.a minha vida tonta ~,
( o rneú-desariimar
'minhã noite fi-ia,,'
meucarnlnho incerto
eu vivo num deserto
a me procurar ..-/,
Sei que você sabe
que eu estou assim
só 'não me conformo
com .seu. proceder
Quero me queiras ~
, quanto éu te' quero
e nesse arqurnento
eu vou permanecer
Você não viu quando e~ falei
Ql,Ia.nd~falei você não ~iu ~:
Você não viu quando chorei '
Quando éu chorei você não viu
-\ ""'... I 'Y'
/ "
'"
I \ /
'~.
\,)..., v '> '\ .(:
<. '
l .
/ "
(
R EV'ELA.ÇÃO
.' -I .s-
Trago uma noticia boa pro seu coração
Dessas que faz satisfeito qualquer coração '
Quero que você se ligue na rninhamensaqem _
Consistente; forte mais do que, a imagem
Como chuva grande lâ nó meu sertão'
, ' , "1,
',;
, (,. ".
A informação que tenho é um qrande segredo : ,
" "I Desses.para se guard\ar. lá bem dentro qo"peit(i), '
I, .Urna Jóia :preciosa' de muitos quilates r I
Saborosa como, o melhor cho'colate' , r"
Xeque-rrrate: dado em 'todo preconceito~ , ,
A
A revelação só faço no final do te~a'
Pra deixar-você pensar mais nesse.meu poema
Diz respeito as coisas dessa nossa vida
Quanto mais se mostra mais fica escondida
Mexe muito mesmo é com a emoção
Tem também a ver com o mundo que vivemos
As d1ficulpades que eS'tamos""sofrenélo '
Mas é mêl':avilhoso a constatação -
Meu amor, eu: te amo,
UMAS E OITo'
\
Pelos bares dessa vida,
.Tornando umas e olte, ('
Com o pensamento afoito,>,
Comessei a escrever,
• '" \ 1'::
,
Um guarda,napo' foi curto. \
" Prá teg.istraro momento,
Era .graríqe'o sentimento, )
Que passo a lei prá-vocês. (
. "-' .-j::.,/' ,,'"-"
, S~i por ai, por tantos lugares, -
Diversas esquinas e vária's estradas,
, -Ó:
"'-,.
, ,
~i .
-. No deserto abracei
Nas pedras guardei
'Nos espinhos cantei
A esperança bebi
, Os amores rezei
Nos altares-bani
Nas bodegas refis
Os arniqos passei
As estrelas pisei . •
As palavras sangrei
As espadas ouvi '-'
Com saudades segui r
No outro diaem casa,
Fui reler o escritó,
, Confesso fiquei aflito,
, Com a confusão no.oapel,
-I .],
, c,
" \
16
A~, eu pensei cornlço, ,
Meu D'eus-! mais que coisa louca,
Não dá prá 2,air da boca,
Os versos que eu esceví.
Não tinha pé nem cabeça, ,
Não rima nada com nada,
Pensei', mills que-enrascada?
- Eoi e~sã que eu '~e meti
1,
<:
,,'
I'
Ai tive a-ldé'ia ' , l / -. ,
De rear{u.mar as If,rases,
f'1ari~nao as: mesmas bases,. 'J
Mudando somente os.verbos,, . ',r--c-- '
Depois fiquei animado,
Com as modificações do texto,
Pois vejam agora o contexto,
Que f~cou o meu poema.
Sai' por ai, por: tantos íug~res '
Diversas esquinas e várias estradas»-. '-'
No~d~serto passei
Nas pedras pisei
Nos espinhos sangrei
A esperança abracei.
. f~ Os amores refis
Nos altares resei
Nas bodegas bebi
Os arniqos guardei
" As estrelas segui
.As' palavras ouvi
As espadas bani
r'Córnsaúríades cantei,
-rÓ, . r .I ,
'j
( /
\.. /\ --, ) ~-
'\,
-;'. Ç.
í' t·
3 ,I,
I-f.
\
!
) . /17
, .
, "
Tenho motivos para te ver assim
Com muita aleqría e prazer; ,
Sem pudor .' ~i
Tenho razões para te olhar assim
Serrinada no corpo ou nas mãos,
Com amor '
" Boca molhada '~
Busto intocado
Pernas rnodeládas
, . ,"'.' '\
Parecendo _0 c~u"; ,
Mais que aliada ,',
'lqade-a metade
,Segredo' guardado
Um favo de mef·
.) "I
/
-
./
'.
,,f .• r
"'.
I
)
, "
, \ ." I' I'
, '
"
MEU GHABOCÃO
. . r: I
I
) ,
19
Se você ouvisse a zuada da abelha
Zunindo nasua-orelha,
Depois de fazer o mel
S-e,você~sentisse o chei~o da chuva no'chão
, Molhanqo.á plantação <,
E a rnejancia no pé .J
~ I ", i .
, .1\' 'l ~) x : -,'
,Se' voce provasse do licor de tamarindo
Que amtriha-vó fazia \~ - k .~'.~
Na fazenda ~oqueirão "( • ~ .
. ',' - ? " '\
Se você beb•.esse da' ágú'a lá da cacimba
Saborosa e bem no clima
Retirada com ~ mão "
)
-c-
Se você visse feito um animal vadio
O peixe su bindo o rio "-;
Prá desovar no -açu de
Se vocêdormisse numa rede' bem armada.
Na varanda ou" na latada, mudava de atitude- .. '
,
N-ãofalava de' tristeza
Nem miséria no sertão
Pois lá no meu Chabocão
Era assim que eu vivia
Não falava éÍe tristeza' -
Nem rntséria no sertão .>
Pol~Jà do meu Chabocão
Só meolen;bro de ,alégria".,
\ ';:y
r í
~)
•.•..._-- ... )
./ -
. l
'MInha, vida .é sempreassim
',I?€f,dé ris.t~mppsde ''ciia1)ç; ~
1) de ti . l / .1[,OlJ on: e passo carrego. " :.
• \ " , 'I . .
.O 'meu bsiaio de eSl?eran'ia.~~.
(,
Chlco 'Salles
)
r:Ó> ,
J
.",,'I
. !
Projeto gráfico: jG.].1ello: Idéia Digital
. ,
. - CONTATO'S,PARA SHOWS~"
~ ~
-', www.chlcosalles.com.br _ <,..
e-rnall: cobtato@chicosalle,s.com.br
'...., ",I, ~~, '\v- ('
'~Jel/F,?x: «)21) 3239 0026~/,CeJ.-: (q21) 99SS-6208 ' ~
-s, ,,- l,"i- / .•.• ,'.ti'
ir '1,'.1 \ r »: "
~ \,r.
1 .20 '5 ,o(,
' ...
r
PERFIL
Cbico Sa/les
Há quase 30 anos no Rio de Janeiro, Chic'o Salles, esse
ncrdestíno, nascido no rnuruciplo de sousa.isertão paraibano
se decla-ra apaixonado pela cidade escolheu para .:'iver. 'ChitO'l
mostrou ísso no' seu primeiro CD, "CONl=ISSOES", onde
apresentou ó"'predomínio do seu'l:adocarioca, e começou a
despontar no cenário musical com samba ~ forró de belas
letras-e melodias, Depois Chiço mostrou o seu lado nordestino:
xotes, baiões e 'xaxado?, todos de .sua autoria, nÓ CD
"NORDESTINO CARIOCA", lançado com êno.rm~suce~so 'nas
bancas' do' Rio,~'São Paulo e Brasíli'a, juntamente com
um livreto de literatura de cordel.
Atualmente, Chico está divulgando o seu terceiro CD
"Forroz ando", produzido por José Milton, com repertório
genuinamente pé de, serra, cantando outros autores
consagrados, ( Patativa do Assaré e Téo Azevedo, Fagner'e
Abel Silva, Petrício Amorim eBráulio de Castro;Lúc.i.Q Barbosa,
e outros ) ~ está lançando também, o cordel "Bala Perdida",
que é uma reflexão sobrea arma de fogo e o desarmamento ..
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tel.: 21 - 32390026 e 99856208
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.OUTRAS OBRAS DO AUTOR
I
• O BARATO DA BARATA
'. MATUTO APAIXoNADO >
• BALA PERDIDA
>. O DNA DO INDIANO ,
• O TIGRE QUE \,UROU DOUTORt ,~ _
• A PEDEJA DO BÉLIO BOSTA.
COM VILBERTO VIL
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'Châbocã~'
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