Buscar

PLANO M S SESMA - 2014 a 2017-Completo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Secretaria Municipal de Saúde Plano Municipal de Saúde de Belém /2014-2017 
PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM
2014-2017
	
PREFEITO MUNICIPAL 
PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM
ZENALDO RODRIGUES COUTINHO JÚNIOR
VICE- PREFEITA MUNICIPAL
KARLA MARTINS DIAS BARBOSA
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE
MARIA SELMA ALVES DA SILVA
DIRETORA GERAL DA SESMA
WALLACI PANTOJA DE OLIVEIRA
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO 
TERESA LUISA MÁRTIRES COELHO CATIVO ROSA
PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE
BREMEN RAIMUNDO CARDOSO DA SILVA
NÚCLEO SETORIAL DE PLANEJAMENTO 
CARMEM CÉLIA PINHEIRO ANDRÉ
NÚCLEO ASSESSORIA JURIDICA – NAJ
CAMILA FREITAS CARNEIRO OLIVEIRA DA SILVA
NÚCLEO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE
MARTHA SEIXAS FALKOSKY
NÚCLEO DE ASSESSORIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - NATI
ARTUR GUSTAVO ALVES GOMES
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – ASCOM
CAROLINA ASSUMPÇÃO COSTA
FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE
MARIA DE FÁTIMA POMPEU
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO 
ANA CONCEIÇÃO CARDOSO BEZERRA
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
ORLIUDA DA COSTA BEZERRA
DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
LUIS SEBASTIÃO DO NASCIMENTO
DEPARTAMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
MARIA DO SOCORRO GONÇALVES SILVA SARQUIS
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO 
PAULO ROBERTO BELTRÃO
DEPTO DE GESTÃO E REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE 
SARAH PARANHOS SILVA GONÇALVES
EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO PMS 2014-2017- Portaria Nº 240/2013-GABS/SESMA 
COORDENAÇÃO: NÚCLEO SETORIAL DE PLANEJAMENTO
CARMEM CÉLIA PINHEIRO ANDRÉ
	1
	Eunice Costa
	Atenção Básica/DEAS
	2
	 Paulo Roberto Beltrão
	Atenção Especializada/DEAS
	3
	 Said Kalume Kalif
	NUPS
	4
	 Edmilson de Lima
	OUVIDORIA
	5
	 Ronaldo Alves 
	NSAJ
	6
	 Sarah Paranhos Gonçalves 
	DGRTS
	7
	Wanessa Pereira 
	DEAS
	8
	 Elaine Cristina 
	CEREST
	9
	 Rosane Gondin 
	AUDITORIA
	10
	 Orliuda Bezerra 
	 DEVS
	11
	 Leila Flores 
	 DEVS
	12
	 Randolfo Coelho Júnior 
	 DEVISA
	13
	 Patrícia Passos 
	 FMS
	14
	 Maria José Diniz Diniz 
	 NUSP
	15
	 Renata Hage 
	 NUSP
	16
	Gisele Azevedo
	DEUE
	17
	Ana Claudia C Almeida 
	Controle Interno
	18
	Artur Gustavo A Gomes 
	NATI
SUMARIO
APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................5
INTRODUÇÃO .......................................................................................................7
EIXO I
1.DIAGNÓSTICO SITUACIONAL........................................................................8
1.1 Características do Município.......................................................................8
1.1.1Panorama Demográfico ...............................................................................8
1.1.2 Panorama Sócio-Econômico ......................................................................14
1.1.3 Condições Sanitárias..................................................................................15
1.2 Mortalidade Geral.........................................................................................16
1.2.1 Mortalidade por Grandes Grupos de Causas.............................................18
1.2.2 Mortalidade Materna...................................................................................18
1.2.3 Mortalidade Infantil......................................................................................21
1.3 Pré-Natal .......................................................................................................23
1.3.1 Parto e Nascimento.....................................................................................23
1.3.2 Gravidez na Adolescência...........................................................................24
1.3.3 Nascidos Vivos Por Parto Normal e Cesáreos nos Hospitais Públicos e Privados.............................................................................................................. 25
1.4 Saúde do Homem......................................................................................... 27
1.5 Doenças Transmissíveis............................................................................ 29
1.6 Imunização / Cobertura Vacinal ................................................................... 38
1.7 Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’S)................................. 40
1.8 Acidentes e Violências – Causas Externas................................................... 47
1.9 Saúde Bucal.................................................................................................. 52
. 1.10 Saúde Mental.............................................................................................. 54 1.11 MATRIZ SWOT .......................................................................................... 55
1.12 Rede Física Municipal de Saúde SUS ....................................................... 56
EIXO II
DESENHO DE REGIONALIZAÇÃO INTRAMUNICIPAL............................................... 59
TEMAS PRIORITÁRIOS POR CICLO DE VIDA ........................................................... 62
MAPA ESTRATÉGICO DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE............................. 63
EIXO III
BALANCED SCORECARD DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE ......................64
 NA PERSPECTIVA DOS RESULTADOS
 MISSÃO ........................................................................................................................64
 VISÃO............................................................................................................................64
 VALORES E COMPORTAMENTOS.............................................................................64
 NA PERSPECTIVA DOS MEIOS
Diretrizes, Objetivos, e Metas.....................................................................................65
OBJETIVO 1: Fortalecer a Rede de Atenção Básica com Ênfase na Estratégia Saúde da Família...........................................................................................................65
OBJETICO 2 : Implementar a Rede de Atenção as Urgências e Emergências ........66
OBJETIVO3: Garantir o acesso a Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar...67
OBJETIVO 4: Organizar a Rede de Atenção Materno Infantil para garantir o acesso, acolhimento e resolutividade .........................................................................................69
OBJETIVO 5 : Fortalecer a Política Integral à Saúde do Homem................................71
OBJETIVO 6 : Fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial ..........................................72
OBJETIVO 7 : Garantir Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa e dos Portadores de Doenças Crônicas ....................................................................................................73
OBJETIVO 8: Implantar a Política de Atenção à Pessoa com Deficiência ..................74
OBJETIVO 9: Fortalecer a Política de Assistência Farmacêutica ..............................75
OBJETIVO 10: Fortalecer as Ações de Promoção e Vigilância em Saúde...................76
NA PERSPECTIVA DE BASE
OBJETIVO 11: Aperfeiçoar e Integrar o Sistema de Planejamento e Gestão do SUS por Resultados ....................................................................................................................78
OBJETIVO 12: Fortalecer a Política de Valorização dos Trabalhadores da Saúde......80
OBJETIVO 13: Garantir Logística, Abastecimento e Manutenção dos Serviços de Saúde.............................................................................................................................80
OBJETIVO 14: Fortalecer os Mecanismos de Controle Interno ....................................81
OBJETIVO 15: Garantir a Informatização da Saúde ....................................................82
INDICADORES DE SAÚDE – COAP............................................................................84ACOMPANHAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE.....................................93
CONCLUSÃO................................................................................................................94
REFERÊNCIAS..............................................................................................................95
ANEXOS........................................................................................................................96
APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Saúde do município de Belém elaborado para o quadriênio 2014-2017 terá sua base de execução pautada na metodologia do Balanced Scorecard, para monitoramento das iniciativas de Governo definidas no PPA 2014-2017, bem como indicadores de monitoramento adotados pela UNICEF definidos como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e indicadores de Saúde adotados pelo Ministério que servirão de base para a transição para o Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde (COAP) em cumprimento ao Decreto nº 7507 de 22 de junho de 2011.
O Plano Municipal de Saúde (PMS) 2014-2017 está pautado nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS, nas Leis Orgânicas nº 8142/90 e 8080/90, devendo servir de base para a elaboração da Programação Pactuada Integrada (PPI), Programação Anual de Saúde (PAS), Plano Plurianual de Governo (PPA) 2014-2017, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), de modo a garantir a integralidade da assistência à saúde, através da oferta de ações e serviços de saúde com qualidade, de forma articulada com as políticas setoriais do Governo Municipal com os níveis de Governo Estadual e Federal.
O PMS para melhor compreensão foi dividido em 3 (três) eixos sendo que o Eixo 1 descreve o Diagnóstico Situacional do Município de Belém, contendo as características do Município, os aspectos demográficos, aspectos sócio econômicos, bem como o Diagnóstico da Situação de Saúde da população do Município, apresentadas através de séries históricas do período de 2000 a 2012, descrevendo a evolução das mortalidades morbidades, bem como da cobertura vacinal, além de demonstrar a Rede Física Instalada nos 08 Distritos administrativos, Diagnóstico de Estrutura e Desenho de Regionalização Intramunicipal de Saúde. 
Esses dados possibilitaram a elaboração da Matriz Swot e a definição de Temas Prioritários por ciclo de vida e o Mapa Estratégico da Saúde do Município descrito no Eixo 2.
O referido Instrumento terá a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros  disponibilizados de forma tripartite e forma de controle e fiscalização da execução.
Muito mais do que cumprir uma necessidade legal, este plano foi elaborado com o propósito de delimitar uma visão de futuro compartilhada para a Secretaria de Saúde, a partir do diagnóstico situacional visando melhorar o desempenho dos serviços de saúde, resgatar a auto-estima dos trabalhadores de saúde, fortalecer os mecanismos de controle e resgatar a imagem da gestão pública de saúde no Município de Belém-PA.
MARIA SELMA ALVES DA SILVA
 SECRETÁRIO MUNCIPAL DE SAÚDE DE BÉLEM
 INTRODUÇÃO
O Plano de Saúde é um instrumento estratégico para a efetivação do Sistema de Planejamento do SUS (PLANEJASUS) em cada esfera de gestão: federal, estadual e municipal ouvido pela sociedade e aprovado no Conselho. Dentre o marco jurídico que lhe dão expressão, destacam-se a Lei Nº 8.080/90, que estabelece que “os Planos de Saúde serão à base das atividades e programações de cada nível de direção do SUS” (§ 1º do Art. 36), regulamentada através do Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, definindo como principais vertentes, (maior transparência na gestão do SUS, Mais segurança jurídica nas relações interfederativas e Maior Controle Social) e a Portaria Nº 3.332/2006, que firma, que o Plano de Saúde deve ser expresso em “diretrizes, indicadores e metas” que se configuram como base para sua execução, acompanhamento e avaliação do exercício da gestão do Sistema Municipal de Saúde no período de quatro anos. 
O Plano Municipal de Saúde (PMS) 2014 - 2017 foi elaborado com base no Decreto 7.508 conformando o desenho de regionalização intramuncipal, no diagnóstico da situação de saúde do Município de Belém de 2000 a 2012, no relatório da IX Conferência Municipal de Saúde de Belém, Plano Diretor do Município, nos parâmetros populacionais das portarias do Ministério da Saúde, e nas demandas apontadas pela sociedade na Audiência Pública realizada no Teatro Maria Silvia Nunes no dia 22 de abril de 2013, possibilitando assim, identificação dos vazios assistenciais, para ordenamento da oferta de serviços de saúde em todos os níveis de atenção promovendo a justiça social na área da saúde. 
O Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011, estabelece o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) que deverá ser firmado entre União, Estado e Municípios da Região Metropolitana I, com base no PMS 2014-2017, no Mapa da Saúde do Município e a Relação Municipal de Medicamentos- REMUME.
EIXO I
1. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
1.1 Características do Município
O município de Belém possui uma área territorial com 1.065 Km2, sendo 65% de área insular e 35% continental. Do ponto da vista da Gestão, o município de Belém, através da Lei 7.682/94, foi legalmente descentralizado administrativamente em oito (8) Distritos Administrativos, do seguinte modo: Belém (DABEL), Bengui (DABEN), Entroncamento (DAENT), Guamá (DAGUA), Icoaraci (DAICO), Mosqueiro (DAMOS), Outeiro (DAOUT) e Sacramenta (DASAC).
A área geográfico-espacial de Belém é desenhada por rios, igarapés e canais. Dois terços de seu território são formados por ilhas, 39 delas já identificadas e habitadas, conforme (figura 2) abaixo. O potencial hidrográfico de Belém é enorme pela posição privilegiada, entrecortada por baías, rios, igarapés e furos que se espalham na porção continental e na região insular, porém, estas condições geográficas dificultam o acesso da população aos serviços de saúde. É formada por terras planas, sendo que algumas áreas são denominadas de baixadas, e suscetíveis de enchentes em épocas das maiores chuvas.
 O potencial hidrográfico de Belém é enorme pela posição privilegiada, com os principais rios: Guamá, Amazonas e Maguari, entrecortada por baías, rios, igarapés e furos que se espalham na porção continental e na região insular, porém, estas condições geográficas dificultam muitas das vezes o acesso da população aos serviços de saúde.
1.1.1 Panorama Demográfico
O município de Belém possui uma população de 1.393.399 habitantes, segundo IBGE/censo/2010. Apresentando a estimativa de 1.410.430 de (1º de julho/ IBGE/2012), Belém abriga em torno de 1/3 da população do Estado do Pará, caracterizando o principal centro urbano do Estado com 99,20% (1.382.204) e na zona rural 0,86% (11.195) correspondendo à população de ribeirinhos formada pelas 39 ilhas da região insular de Belém – PA.
A população belenense é considerada adulta jovem, haja vista que 58,32% da mesma encontram-se localizada na faixa etária de 20 a 59 anos. Apresentando uma população de 667.063 de homens com 47,30% e a feminina de 743.367, com 52,70% representando 66,40% (498.056) de mulheres em idade fértil (MIF) no município de Belém, segundo (censos/2000 / 2010) e estimativa IBGE/2012.
Gráfico -1 
 Taxa de crescimento anual da população de Belém-PA / 2006-2012
 Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010/IBGE e Estimativas.
A população de Belém no período de 2006 a 2012, IBGE/2000 / 2010, conforme mostra a série histórica acima, se observa as variações das taxas anuais de crescimento, apresentando uma elevação na estimativa de 2007 e uma queda significativa a partir de 2008 e censo 2010, a média anual se manteve em 1,4% (gráfico 1).
Gráfico - 2 
 Fonte: CensosDemográficos – 2000 / 2010 e Estimativas / IBGE.
A população de Belém mostra uma evolução nos doze anos, segundo os dois censos 2000 e 2010 e estimativas / IBGE, conforme o gráfico acima, onde obteve um crescimento populacional de 9,20% em relação às 2 décadas de 1.280.614 (2000) para 1.410.430 em 2012 (gráfico 2).
Gráfico - 3
 Fonte: Censo Demográfico – 2010 / IBGE.
A população de Belém, segundo auto declaração de raça/cor no censo 2010/IBGE apresenta-se com 28,14% branca, 63,41% parda, 7,48% preta, 0,80 amarela, 0,16 indígena e 0,01 sem especificação, conforme mostra no (gráfico 3).
Gráfico – 4
 População residente em Belém por faixa etária e Ano – 2000 a 2012
 Fonte: Censos Demográficos – 2000 / 2010 e Estimativas /IBGE
O comportamento da população, segundo faixa etária observa-se no gráfico acima que, a faixa de idade que obteve maior crescimento foi de (60 anos e mais) com 32,79%, em relação aos menores de 1 ano ocorreu um crescimento negativo apresentando (-17,58%) em detrimento da redução apresentada nas taxas de fecundidade e natalidade no decorrer da década dos censos, outro ponto relevante foi à ocorrência de um crescimento negativo em adolescentes (10 a19) anos com (-17,35%) com maior percentual apontado na faixa de (15 a 19) anos com (-14,15%), isso mostra o elevado número de óbitos por causa externa, ou seja, acidentes e violência ocorrido ao longo do período, bem como a maior faixa etária de idade é de (20 a 29) anos correspondendo a 20% apresentando em média (279.629) da população geral do município (gráfico 4).
Gráfico - 5 
 População residente em Belém por Sexo e Ano - 2000 a 2012
 Fonte: Censos Demográficos – 2000 / 2010 e Estimativas / IBGE.
Em relação ao gráfico acima, se observa o comportamento da população de Belém, segundo sexo que a população feminina se manteve crescente com 9,60% entre os dois censos (2000 a 2010/IBGE), apresentando em média (726.942) mulheres/ano no decorrer do período, enquanto que a população masculina teve um acréscimo de 8,8% em média de 654.905 homens ao longo da década (gráfico 5).
	Tabela -1
 População do Município de Belém por Distrito - 2009 a 2012
	 DISTRITOS
	2009
	2010
	2011
	2012
	%
	DABEL
	157.807
	144.948
	145.849
	146.720
	10,4
	DABEN
	266.394
	284.670
	286.439
	288.149
	20,4
	DAENT
	130.850
	125.400
	126.179
	126.933
	9,0
	DAGUA
	392.384
	342.742
	344.871
	346.931
	24,6
	DAICO
	149.473
	167.035
	168.073
	169.077
	12,0
	DAMOS
	31.316
	33.232
	33.438
	33.638
	2,4
	DAOUT
	29.440
	38.731
	38235
	39.778
	2,8
	DASAC
	279.940
	256.641
	258.235
	259.778
	18,4
	TOTAL
	1.437.604
	1.393.399
	 1.402.056 
	 1.410.430 
	100
	Fonte: IBGE Censo / 2010
	
	Nota: Taxa de Crescimento /2012 = 0,62 e 2012 = 0,59
	
	
A população de Belém se encontra distribuída nos 8 Distritos Administrativos, segundo censo e estimativas IBGE/2010, conforme gráfico acima, composta pelos 71 bairros da cidade, aponta como o Distrito mais populoso o DAGUA com 24,6%, seguido do DABEN com 20,4% e 3º o DASAC 18,4% e 4º o DAICO Icoaraci, onde se observa os Distritos compostos pela maioria das Ilhas DAMOS e DAOUT são menos populosos que compõem a população de ribeirinhos do município (tabela 1).
· Fecundidade e Natalidade em Belém 
A Região Metropolitana de Belém (RMB) reduziu a média de filhos em 19% entre os dois censos. O destaque foi Marituba (29,4%), caindo de 2,3 filhos por mulher para 1,7. A taxa de fecundidade da mulher paraense caiu 19% na última década, saindo de 2,5 para 2,1 filhos por mãe. 
Gráfico – 6
 Coef Geral de Fecundidade e Natalidade em Belém – 2006 a 2012*
 Fonte: IBGE, SINASC - Abril/2013
 Nota: (*) por 1.000 habitantes
 (**) Por 1000 Mulheres em Idade Fértil (MIF 10 a 49 anos)
No município de Belém a taxa de fecundidade, apresenta-se mais baixa: de 1,7 filho por mulher, segundo (censo IBGE/2010), comparando há dez anos (censo / 2000) a taxa foi de 1,9 filho por mulher em idade fértil (MIF 10 a 49) anos, apresentando uma redução de 13% é uma das médias mais baixas entre as capitais do Norte e Nordeste do País. 
Em relação à série histórica dos coeficientes gerais de fecundidade acima apresentou uma redução de 46,67 para 41,33 por cada mil mulheres (MIF 10-49). A natalidade em Belém, conforme série histórica de 2008 a 2012 mostra uma redução nas taxas de 16,91/1000 hab em 2008, de 15,87/1000 habitantes, segundo censo IBGE/2010, para 14,61/1000 habitantes em 2012. E comparando entre os 2 censos/IBGE (2000 / 2010), se observa uma redução de17, 4% com a média anual de 22.303 nascimentos no período (gráfico 6). 
	Tabela-2
 População Idosa Residentes de Belém - 2008 a 2012
	
	Masculino
	Feminino
	Total
	2008
	 44.598 
	 67.714 
	 112.312 
	2009
	 46.207 
	 70.202 
	 116.409 
	2010
	 52.225 
	 77.704 
	 129.929 
	2011
	 52.550 
	 78.187 
	 130.737 
	2012
	 52.863 
	 78.654 
	 131.517 
	Fonte: IBGE censos 2000, 2010
Destaca-se um aumento na expectativa de vida da população do município. A população idosa (60 anos e mais) da cidade apresentou um crescimento relevante de 32,43% em relação aos censos (2000 / 2010/ IBGE) passando de 88.860 para 129.929 pessoas. A população idosa de Belém representa 9,3% da população geral residente correspondendo a 8,5% (78.654) mulheres e 7,7% (52.863) homens perfazendo um total de (131.517) idosos em 2012 (tabela 2). 
· Pirâmide Etária da População de Belém por Sexo, 2000 / 2010
Como conseqüência mais clara desta modificação estrutural na composição populacional dos belenenses, a pirâmide etária da cidade tem uma forma, ainda triangular, comparando a pirâmide de 2010 com a de 2000. A taxa média de crescimento populacional do município foi de 1,4% ao ano, caracterizando Belém como a capital brasileira que cresce em ritmo menos lento, segundo o IBGE. Ressalta-se também que a população, ainda se encontra em desenvolvimento, necessitando de melhorias na qualidade de vida dos munícipes.
A população belenense é considerada adulta jovem, haja vista que 58,32% da mesma encontram-se localizada na faixa etária de 20 a 59 anos. Apresentando uma população de 667.063 de homens com 47,30% e a feminina de 743.367, com 52,70% representando 66,40% (498.056) de mulheres em idade fértil (MIF) no município de Belém, segundo (censos 2000/2010/IBGE). A população economicamente ativa (PEA) de 16 anos e mais cresceu 15% em relação aos dois censos correspondendo a 47% (654.787) da população geral residente, conforme pirâmides etárias. 
A população residente do município de Belém comparando as pirâmides etárias acima entre os dois (censos/IBGE/2000 e 2010) de 1.280.614 e 1.393.399 habitantes, onde se observa as taxas de crescimento anual em média de 1,4% correspondo a um percentual
em torno de 10%. Destaca-se o comportamento do crescimento da população e redução das taxas de fecundidade de 13% e de natalidade de 17,4% no período.
 Fonte: IBGE - Censos / 2000 /2010
 Figura 1 e 2 - Distribuição da População por Sexo, Segundo os Grupos de Idade de Belém-Pa
. Ressalta-se também, que ocorreu um acréscimo considerável da população de pessoas idosas (60 anos E +) de 32,43%, porém houve uma redução de 24,2% na faixa etária de crianças de (0 a 4 anos) e de 9,7% nos adolescentes (10 a 19 anos), assim como a redução de 0,12% da população indígena na capital na década. Destaca-se também no estado, o aumento da esperança de vida ao nascer para o sexo masculino em 2000 foi 67,2 para 69,9 em 2010 e o feminino de 72,8, para 75,8, segundo censo/IBGE/2010 (figuras 1 e 2).
1.1.2 Panorama Sócio-Econômico 
O município de Belém conta com um Produto Interno Bruto (PIB): R$ 16,5 bilhões (2009), uma renda per capta de 11. 496,00 (2009). Principais Atividades Econômicas: turismo,comércio e serviços e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,806 (IBGE 2010). 
	Tabela - 3 
Proporção de pessoas com 
baixa renda de Belém segundo Censos - 1991 , 2000 e 2010 
	População/Renda
	Ano/Censo
	
	1991
	2000
	2010
	% população com renda <1/2SM
	61,73
	49,33
	36,23
	%população com renda < 1/4 SM
	34,22
	23,22
	15,28
	População com renda < 1/2 SM
	751355
	624808
	501877
	População com renda < 1/4 SM
	416573
	294075
	211615
	Fonte: IBGE - Censos Demográficos
	
	
Gráfico-7
 Fonte: Censos Demográficos-1991/2000 / 2010/ IBGE 
 A população economicamente ativa (PEA) de 16 anos e mais de Belém, segundo os três últimos censos demográficos IBGE ocorreu um crescimento considerável de 31,61% em relação aos referidos censos, conforme (gráfico 7). 
	Tabela 4- 
Taxa de analfabetismo X
 População Alfabetizada de 15 anos ou mais por Sexo no Município Belém -2012
	Sexo
	Taxa de analfabetismo
	População alfabetizada
	População não alfabetizada
	População de 15 anos ou mais
	Masculino
	3,3
	476.779
	16.024
	492.803
	Feminino
	3,4
	555.079
	19.252
	574.331
	Total
	3,3
	1.031.858
	35.276
	1.067.134
	 Fonte: IBGE - Censos Demográficos - 2010
	
1.1.3 Condições Sanitárias
O Município é cortado por rios e igarapés, o que corresponde a uma extensa área sujeita a alagamentos, principalmente quando coincidem as chuvas com as marés altas, as “baixadas” são as mais atingidas, pois as marés podem se elevar em torno de 2 metros. 
Somente uma pequena parte do município está provida de saneamento básico o que propicia a disseminação de doenças e riscos diversos decorrentes da poluição ambiental.
Uma das áreas críticas, do ponto de vista ambiental, é a orla de Belém, que foram ocupados sem critérios por inúmeros estabelecimentos com atividades das mais diversas, poluindo as águas da Baía do Guajará pelo lançamento de resíduos sólidos, esgotos sanitários e afluentes industriais sem nenhum tratamento. Este problema já está sendo minimizado pela obra Portal da Amazônia cujo objetivo é a revitalização da orla no perímetro compreendido entre a Universidade Federal do Pará e Rua Cesário Alvim.
A situação sanitária de Belém, segundo os dois últimos censos/IBGE, se apresentava, conforme os dados das (tabelas 5, 6 e 7). 
Tabela 5 -
Proporção de Moradores por Tipo de Abastecimento de Água
	Abastecimento Água
	1991
	2000
	Rede geral
	76.0
	75.0
	Poço ou nascente (na propriedade)
	18.4
	21.7
	Outra forma
	5.6
	3.3
 Fonte: IBGE/Censos -1991/2000
Tabela 6-
 Proporção de Moradores por tipo de Instalação Sanitária
	Instalação Sanitária
	1991
	2000
	Rede geral de esgoto ou pluvial
	2.1
	24.6
	Fossa séptica
	59.2
	49.9
	Fossa rudimentar
	25.5
	10.7
	Vala
	5.9
	8.2
	Rio, lago ou mar
	-
	1.5
	Outro escoadouro
	1.2
	1.2
	Não sabe o tipo de escoadouro
	0.3
	-
	Não tem instalação sanitária
	5.8
	3.9
 Fonte: IBGE/Censos -1991/2000
Tabela -7
 Proporção de Moradores por Tipo de Destino de Lixo
	Coleta de Lixo
	1991
	2000
	Coletado
	76.3
	95.4
	por serviço de limpeza
	67.5
	92.6
	por caçamba de serviço de limpeza
	8.8
	2.8
	Queimado (na propriedade)
	10.2
	1.9
	Enterrado (na propriedade)
	1.7
	0.2
	Jogado
	11.0
	2.3
	em terreno baldio ou logradouro
	8.1
	1.9
	em rio, lago ou mar
	2.8
	0.4
	Outro destino
	0.8
	0.2
	Fonte: IBGE/Censos -1991/2000
1.2 Mortalidade Geral
O comportamento da mortalidade no município de Belém, mostrado na série histórica (2000 a 2012*) em relação aos dois últimos censos/IBGE, no ano de 2000 ocorreu 7.243 óbitos com a população 1.280.614 habitantes apresentou um coeficiente geral de mortalidade (CGM) de 5,66/1000 hab. Segundo censo IBGE/2010 apresentou um CGM de 5,85/1000 hab. E no ano de 2012*, que comparado ao coeficiente de mortalidade em 2000, observa-se que houve um acréscimo para 6,19/1000 habitantes (1.410.430 estimativa IBGE/2012) na ocorrência de óbitos. Com relação à idade, conforme o esperado, a maior proporção de óbitos ocorreu entre os residentes com idade a partir dos 60 anos a média foi de 25% na faixa de 65 a 79 anos, conforme faixa etária e sexo nas (tabelas 8) a seguir: 
	Tabela - 8
Nº e Proporção de Óbitos, por faixa Etária em Residentes de Belém -PA - 2006 a 2012
	Faixa Etária
	2006
	%
	2007
	%
	2008
	%
	2009
	%
	2010
	%
	2011
	%
	2012
	%
	Menor 1 ano
	789
	11,0
	710
	9,7
	727
	9,1
	659
	8,5
	634
	7,7
	645
	7,8
	644
	7,1
	1 a 9 anos
	101
	1,4
	89
	1,2
	104
	1,3
	91
	1,2
	81
	1,0
	81
	1,0
	101
	1,1
	10 a 14 anos
	52
	0,7
	50
	0,7
	57
	0,7
	49
	0,6
	58
	0,7
	52
	0,6
	65
	0,7
	15 a 19 anos
	179
	2,5
	167
	2,3
	225
	2,8
	217
	2,8
	251
	3,1
	258
	3,1
	262
	2,9
	20 a 34 anos
	685
	9,5
	705
	9,6
	852
	10,7
	793
	10,2
	985
	12,0
	792
	9,5
	952
	10,5
	35 a 49 anos
	848
	11,8
	814
	11,1
	945
	11,9
	858
	11,1
	923
	11,3
	889
	10,7
	966
	10,7
	50 a 64 anos
	1.248
	17,3
	1.345
	18,3
	1.409
	17,7
	1.366
	17,6
	1.512
	18,5
	1.539
	18,5
	1.601
	17,7
	65 a 79 anos
	1.830
	25,4
	1.908
	25,9
	1.959
	24,6
	2.022
	26,1
	1.999
	24,4
	2.118
	25,5
	2.342
	25,8
	>80 anos
	1.464
	20,3
	1.569
	21,3
	1.695
	21,3
	1.706
	22,0
	1.749
	21,4
	1.932
	23,3
	2.133
	23,5
	Total
	7.196 
	100
	7.357 
	100
	7.973
	100
	7.761
	100
	8.192
	100
	8.306
	100
	9.066
	100
	Fonte: SIM / DEVS / SESMA / IBGE
	
	
 Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013
Gráfico - 8
 Fonte: SIM, IBGE
 Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013
Em relação ao gráfico acima na série histórica, segundo sexo observa-se o comportamento dos óbitos, onde a maior ocorrência foi apontada no sexo masculino apresentando uma queda em 2005 com CGM de 5,0/1000 hab. e feminino um CGM 3,52/1000 habitantes, é relevante ressaltar que o acréscimo dos óbitos em homens foi de 19,50% na década, com isso mostrando uma tendência de acréscimo em ambos os sexos (gráfico 8).
1.2.1 Mortalidade por Grandes Grupos de Causas
 As principais causas de mortalidade no período de 2008 a 2012*, segundo os Grandes Grupos de Causas no município de Belém. Observa-se a distribuição do número e da proporção dos óbitos pelas principais causas, por grupo. 
	Tabela -9 
 Nº e (%) de Óbitos pelos Principais Grupos de Causa de Belém- 2008 a 2012
	Grupo de Causa
	2008
	%
	2009
	%
	2010
	%
	2011
	%
	2012
	%
	Aparelho Circulatório
	1.793
	22,5
	1.931
	24,0
	1.920
	23,4
	1.997
	24,0
	2.094
	23,1
	Neoplasias
	1.230
	15,4
	1.233
	15,3
	1194
	14,6
	1.327
	16,0
	1.436
	15,8
	Aparelho Respiratório
	929
	11,7
	941
	11,7
	987
	12,0
	959
	11,5
	1.122
	12,4
	Causas Externas
	1.108
	13,9
	1.036
	12,9
	1.275
	15,6
	1.131
	13,6
	1.252
	13,8
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Causas Perinatais
	538
	6,7
	533
	6,6
	417
	5,09
	444
	5,6
	469
	5,2
	Demais Causas
	2.375
	29,8
	2.386
	29,6
	2.399
	29,3
	2.448
	29,5
	2.693
	29,7
	Total
	7.973
	 100
	8.060
	 100
	8.192
	100
	8.306
	100
	9.066
	100
	Fonte: SIM / DEVS / SESMA 
Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013
Considerando os cinco grandes grupos de causas de morte que se destacaram em Belém, a série histórica acima se apresenta: em primeiro lugar as doenças do aparelho circulatório, onde apresenta uma proporção de 23,1%, segundo as neoplasias 15,8%, terceiro as causas externas de mortalidade (mortes por violências e acidentes) com 13,8%, quarto do aparelho respiratório com 12,4% e as afecções do período perinatal em quinto lugar, com 5,17% na (tabela 9). 
1.2.2 Mortalidade Materna
A mortalidade materna em Belém, ainda encontra-se acima do aceitável, segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) que seria de 20/100.000 nascidos vivos, quanto às causas dos óbitos maternos verifica-se que no período considerado as causas obstétricas diretas corresponderam à maior parte das ocorrências, com a proporção de 96,5%, enquanto que as causas obstétricas indiretas corresponderam apenas 3,4% dos óbitos, conforme série histórica na (tabela 10).
Tabela - 10
	Óbitos Maternos por Causa Obstétricas em residentes de Belém - 2006 a 2012
	CausaObstétricas
	ÓBITOS
	%
	
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	2011
	2012
	
	Nascidos Vivos
	24.117
	24.079
	24.088
	23.228
	22.128
	21.561
	20.633
	0
	Causa Obstétrica Indireta 
	1
	1
	0
	0
	0
	0
	1
	3,40%
	Causa Obstétrica Direta
	9
	14
	7
	9
	6
	8
	8
	96,50%
	Coeficiente de M Materna
	41,46
	62,29
	29,06
	38,75
	27,11
	37,1
	43,62
	0
	Total
	10
	15
	7
	9
	6
	8
	9
	100
	Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM / SINASC
	Nota: Dados sujeito a alterações - Atualizados - Abril /2013
	 (*)CMM por 100.000 Nascidos Vivos
Gráfico - 9
	 Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM / SINASC
	 Nota: Dados sujeito a alterações - Atualizados - Abril /2013
	 (*)CMM por 100.000 Nascidos Vivos
O comportamento da Mortalidade Materna, ao longo da série histórica de 2000 a 2012* observa-se que o coeficiente de mortalidade materna tem sofrido variações com elevação nos anos de 2002 a 2007, e verifica-se que os anos de 2008 e 2010 apresentam uma queda no coeficiente de mortalidade materna de 62,76 óbitos por 100.000 nascidos vivos, para 27,1/100.000 nascidos vivos, que pode ser devido à redução dos óbitos decorrentes de causas indiretas à gravidez e parto, apontando um acréscimo em 2012*. As doenças clínicas que têm levado ao óbito mulheres no ciclo reprodutivo são preveníveis e controláveis, representando um potencial de óbitos evitáveis (gráfico 9).
Como as doenças cardiovasculares, respiratórias e infecções urinárias. Desta forma salienta-se a necessidade de intensificar as ações de planejamento familiar de forma eficaz, bem como um adequado tratamento e orientação pré-concepcional. A qualidade da assistência pré-natal, com detecção precoce do alto risco e tratamento adequado, são aspectos fundamentais para a prevenção desses óbitos. 
A doença hipertensiva, ainda tem uma grande prevalência no meio, representando à 3ª causa mais importante de óbito materno nesses últimos 12 anos. 
 
No Brasil é a 1ª causa de óbito materno. Embora esta seja uma doença com alta letalidade devido a sua gravidade, ela é considerada evitável. Para isto é fundamental diagnóstico e tratamento precoces na rede básica, com referências secundárias ágeis que dispensem um tratamento adequado, cumprindo assim as diretrizes da Rede Cegonha no Sistema Municipal SUS. 
Gráfico -10
 Óbitos Maternos por Faixa Etária em Belém – 2006 a 2012*
 Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM 
O comportamento das taxas de mortalidade materna nos anos de 2006 (71,6/100.000 NV, e 2007 com (62,3/100.000 NV) ocorreu às maiores elevações desses óbitos, mostrando uma redução considerável nos anos de 2008 e 2010, apontando um acréscimo em 2012* e a faixa etária de maior ocorrência dos óbitos/ano foi de (20 a 29 anos), conforme (gráfico10). 
Gráfico -11
 Nº de Óbitos em Mulheres na Idade 
Fértil por Faixa Etária em residentes de Belém – 2006 a 2012*
 Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM 
 Nota: Mulheres em Idade Fértil (MIF -10 a 49 anos)
Em relação aos óbitos nas mulheres em idade fértil (MIF 10 a 49), segundo faixa etária observada um acréscimo de 18,1% na série histórica de 2006 a 2012, representando 17,6% (692) dos óbitos feminino (3.931) em 2012*, observa-se que nos grupos (CID10), em 1º lugar ocorreram as Neoplasias (tumores) correspondendo a uma proporção de 25,14%, 2º lugar as Causas Externas (Acidentes e violência) 17,6%, 3º as Doenças do Aparelho Circulatório 14%, e o 4º as Doenças Infecciosas e Parasitárias 13,4% do total dos óbitos das MIFs. Ressalta-se também que, as faixas etárias mais acometidas foram de (40 a 49) seguido de (30 a 39) anos, mostrando que a maioria dos óbitos ocorreu na faixa etária do vigor produtivo laboral da mulher, bem como parte da população economicamente ativa (PEA) significante, conforme (gráfico11).
1.2.3 Mortalidade Infantil
Nos últimos anos observou-se uma redução progressiva do CMI em Belém, resultado da queda do número de óbitos infantis. Em 2000, o CMI foi de 28,4 para cada mil nascidos vivos, para 17,3/1000 NV em 2012, correspondendo a um percentual de 53% no decorrer da década. Mesmo apresentando uma redução considerável, ainda se encontra abaixo da média do Brasil que está em torno de 15 por mil nascidos vivos. Essa queda reflete a melhoria das condições de vida da população e do nível de escolaridade das mães. 
 
Observa-se uma tendência de queda na mortalidade infantil, segundo série histórica de 2000 a 2012*, (gráfico 12).
Gráfico -12 
 Coef. de Mortalidade Infantil em residentes de Belém - 2000 a 2012
	Fontes: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC/SIM
	Nota: (1) Coeficiente de Mortalidade Infantil p/ (1000 Nascido Vivo)
	 (*) Dados sujeitos a alterações - Atualizado em Março / 2013
Gráfico -13
Coeficiente de Mortalidade Infantil
 por Componentes Neonatal de residentes de Belém - 2000 a 2012
	Fontes: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC/SIM
		
	 Nota: (1) Coeficiente de Mortalidade Infantil p/ (1000 Nascidos Vivos)
	 (*) Dados sujeitos a alterações - Atualizado em Março / 2013
	
A mortalidade infantil por componentes no ano de 2012, mostrou que o grupo neonatal precoce concentrou o maior número dessas mortes, com um total de 252 óbitos, girando em torno de 80% dos óbitos infantis o que corresponde a uma taxa de 12,2/1.000 nascidos vivo, e a mortalidade infantil uma taxa de 16,5/1000 NV em 2011, apresentando uma ligeira queda em relação a 2010 que foi de 17,43/1000 nascidos vivos e 17,3/1000 em 2012. Tornando-se ainda preocupante mesmo apresentando uma queda considerável ao longo dos anos (gráfico 13 e tabela 11).
Tabela 11
	Nº e (%) dos Óbitos do Grupo das Causas Perinatais e Sexo em Belém - 2009 a 2012*
	Doenças do Período Perinatal
	2009
	2010
	2011
	2012
	
	
	
	
	
	
	M
	%
	F
	%
	M
	%
	F
	%
	M
	%
	F
	%
	M
	%
	F
	%
	Morte fetal de causa não especificada
	89
	17,2
	90
	17,4
	66
	16
	69
	17,1
	79
	18,2
	58
	13,4
	90
	19,6
	70
	15,2
	Septicemia do RN
	44
	8,5
	27
	5,2
	31
	7,7
	25
	6,2
	33
	7,6
	17
	3,9
	29
	6,3
	28
	6,1
	Complic. da plac. e do cordão umbilical afetando o feto e o RN
	25
	4,8
	23
	4,4
	14
	3,5
	11
	2,7
	34
	7,8
	12
	2,8
	14
	3
	17
	3,7
	Demais causas
	130
	25,1
	90
	17,4
	107
	27
	81
	20
	120
	27,6
	81
	18,7
	113
	24,6
	99
	21,5
	Total
	288
	518
	230
	27,0
	218
	404
	186
	28,9
	266
	434
	168
	25,4
	246
	460
	214
	31,3
	Fonte: Sistema de Informações em Mortalidade – SIM / DEVS / SESMA
	Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013
1.3 Atenção ao Pré-Natal na Rede SUS
Atenção ao Pré-Natal na Rede SUS Municipal há oferta de Risco Habitual (RHA) em 72 Unidades de Atenção Primária de Saúde, Alto Risco em 2 Unidades de Referência Especializadas (CASA da Mulher e Unidade de Referência Especializada (UREMIA) e Risco Secundário na (Santa Casa de Misericórdia do Pará) sendo referência para os 144 municípios do Estado do Pará. 
O município de Belém no período de 2000 a 2012 nos permite verificar que a proporção de mulheres que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal sofreu redução em torno de 50% na (proporção que era de 4,6 em 2000) para 1.77% em 2011 e tendo um acréscimo para 4,26 em 2012, enquanto que as gestantes que realizaram de 4 a 6 ficou em torno de 29,5% tendo um acréscimo no período naquelas de 7 e mais consultas de pré-natal apresentando uma proporção de 57,81% no ano de 2012 (tabela 12).
	Tabela - 12
N° e proporção de nascidos vivos
 Residentes, segundo Nº de Consultas de Pré-Natal. Belém, 2000 a 2012
	Ano
	Nº de Consultas de Pré-natal
	
	Nenhuma
	1 a 3 consultas
	4 a 6 consultas
	7 e mais Consultas
	Total
	
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	%
	N°
	2000
	1.230
	4,59
	1.457
	5,44
	9.468
	35,36
	14.619
	54,60
	26.774
	2001
	994
	3,66
	1.338
	4,92
	8.938
	32,89
	15.909
	58,53
	27.179
	2002
	819
	3,19
	1.555
	6,06
	8.809
	34,34
	14.469
	56,40
	25.652
	2003
	825
	3,29
	1.424
	5,68
	8.016
	31,98
	14.801
	59,05
	25.0662004
	855
	3,49
	1.419
	5,80
	8.669
	35,41
	13.539
	55,30
	24.482
	2005
	822
	3,43
	1.203
	5,03
	9.344
	39,03
	12.569
	52,51
	23.938
	2006
	786
	3,26
	1.419
	5,89
	8.774
	36,39
	13.132
	54,46
	24.111
	2007
	675
	2,81
	1.119
	4,65
	10.438
	43,40
	11.817
	49,14
	24.049
	2008
	533
	2,21
	1.525
	6,33
	11.126
	46,20
	10.899
	45,26
	24.083
	2009
	437
	1,89
	1.659
	7,16
	9.133
	39,40
	11.951
	51,56
	23.180
	2010
	392
	1,77
	1.413
	6,39
	5.637
	25,51
	14.657
	66,32
	22.099
	2011
	462
	2,14
	1.557
	7,23
	6.034
	28,01
	13.492
	62,62
	21.545
	2012
	878
	4,26
	1.741
	8,45
	6.074
	29,48
	11.913
	57,81
	20.606
	Fonte: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC / DEVS / SESMA
	*Dados atualizados até -10.04.2013
1.3.1 Parto e Nascimento – Situação Atual
No município de Belém, no período de 2000 a 2012 observou-se o decréscimo na proporção de partos normais em detrimento dos partos cesáreos. No caso dos partos normais a redução foi de 28,7% (59,2% em 2000, passando para 28% em 2012) e dos partos cesáreos o aumento foi igualmente de 28,7% no período considerado (40,8% em 2000 passando para 71% em 2012), que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma proporção aceitável de partos cesáreos em torno de 10 a 15%. Tornando um problema de saúde pública o elevado número de partos cesáreos com complicações deletérias para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde.
	Tabela - 13
N° e (%) de nascidos vivos por Faixa Etária materna em Belém, 2005 a 2012*.
	Ano
	Faixa Etária Materna / Ano
	Total
	
	10 a 14
	15 a 20
	21 a 30
	31 a 40
	41 a 50
	51 e +
	
	
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº- NV
	2005
	191
	0,80
	5.448
	22,75
	13.685
	57,16
	4.353
	18,18
	266
	1,11
	0
	0,00
	23.943
	2006
	242
	1,00
	6.940
	28,78
	12.918
	53,56
	3.832
	15,89
	185
	0,77
	0
	0,00
	24.117
	2007
	215
	0,89
	6.727
	27,94
	12.982
	53,91
	3.931
	16,33
	223
	0,93
	1
	0,00
	24.079
	2008
	233
	0,97
	6.404
	26,59
	13.032
	54,10
	4.192
	17,40
	220
	0,91
	7
	0,03
	24.088
	2009
	212
	0,91
	6.033
	25,97
	12.494
	53,79
	4.276
	18,41
	210
	0,90
	2
	0,01
	23.227
	2010
	220
	0,99
	5.389
	24,35
	11.948
	53,99
	4.306
	19,46
	264
	1,19
	1
	0,00
	22.128
	2011
	173
	0,80
	5.313
	24,64
	11.483
	53,26
	4.352
	20,18
	239
	1,11
	1
	0,00
	21.561
	2012
	194
	0,94
	5.063
	24,55
	10.577
	51,28
	4.539
	22,01
	254
	1,23
	0
	0,00
	20.627
	 Fonte: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC / DEVS / SESMA
	*Dados atualizados até 10.04.2013
Em relação aos nascidos vivos por, segundo faixa etária materna observa-se na série histórica acima, mostra que de 2012, o maior número de partos ocorreram em mulheres de (21 a 30) anos com 51,28%, seguido das mulheres de (15 a 20) anos com 24,55% e as adolescentes (10 a 19) anos com 20,7% dos partos realizados em Belém (tabela 13).
1.3.2 Gravidez na Adolescência
No que se refere à gravidez na adolescência em 2012 apresenta um percentual em torno de 20,7% de mães com idades (10 a 19 anos) dado preocupante, pois na maioria dos casos, as meninas passam a enfrentar problemas e a assumir responsabilidades para as quais não estão preparadas, com graves conseqüências para elas mesmas e para a sociedade. Gráfico -14 
Série Histórica de Gravidez na Adolescência em Belém - 2008 a 2012
 Fonte: SINASC 
Segundo a série acima, observa-se a evolução da gravidez na adolescência, que ocorreu uma queda em 2010 apontando um acréscimo em 2011 e 2012, necessitando de ações estratégicas integradas, para o fortalecimento da política dos adolescentes no município de Belém (gráfico 14).
1.3.3 Nascidos Vivos por Parto Normal e Cesáreos nos Hospitais Públicos e Privados 
Tabela-14
	Mães Adolescente <de 20 Anos por Local do Parto em Belém – 2008 a 2012 
	Ano do Nascimento
	Local de Ocorrência
	Total
	
	Hospital
	Outro Estab de Saúde
	Domicílio
	Outros
	Ignorado
	
	
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	
	2008
	5.060
	99,78
	6
	0,12
	4
	0,08
	0
	0
	1
	0,02
	5.071
	2009
	4.771
	99,73
	7
	0,15
	5
	0,1
	1
	0,02
	0
	0
	4.784
	2010
	4.315
	99,93
	1
	0,02
	1
	0,02
	1
	0,02
	0
	0
	4.318
	2011
	4.301
	99,72
	4
	0,09
	4
	0,09
	4
	0,09
	0
	0
	4.313
	2012
	4.058
	99,8
	4
	0,1
	2
	0,05
	2
	0,05
	0
	0
	4.066
	Total
	22.505
	99,79
	22
	0,1
	16
	0,07
	8
	0,04
	1
	0
	22.552
	Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA
	Atualizado em 29/04/2013
Em Belém no período de 2008 a 2012 o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC registrou um total de 22.552 nascidos vivos ocorrido em Belém. Dos quais 99,79% (22.505) nasceram em hospitais e filhos de mães adolescentes (< 20 anos) residentes em Belém (tabela 14). 
	Tabelas -15
Mães com 12 anos ou mais de Escolaridade em Belém – 2008 a 2012 
	Ano do Nascimento
	Local de Ocorrência / Parto
	Total
	
	Hospital
	Outro Estab de Saúde
	Domicílio
	Outros
	
	
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	
	2008
	5.500 
	99,96 
	2 
	0,04 
	0 
	0,00 
	0 
	0,00 
	5.502 
	2009
	5.255 
	99,92 
	4 
	0,08 
	0 
	0,00 
	0 
	0,00 
	5.259 
	2010
	5.459 
	99,93 
	2 
	0,04 
	1 
	0,02 
	1 
	0,02 
	5.463 
	2011
	4.999 
	99,88 
	2 
	0,04 
	4 
	0,08 
	0 
	0,00 
	5.005 
	2012
	3.724 
	99,95 
	2 
	0,05 
	0 
	0,00 
	0 
	0,00 
	3.726 
	Total
	24.937 
	99,93 
	12 
	0,05 
	5 
	0,02 
	1 
	0,00 
	24.955 
	Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA
	
	
	
	
	
	
	
	Nota: Atualizado em 29/04/2013
	Tabela - 16
	 Mães menores de 15 anos com 1º Grau Incompleto 2008 a 2012
	Ano do Nascimento
	Local de ocorrência
	
	Hospital
	Outro Estab de Saúde
	Outros
	Total
	
	Nº
	%
	Nº
	%
	Nº
	%
	
	2008
	320
	100
	0
	0
	0
	0
	320
	2009
	279
	99,6
	1
	0,4
	0
	0
	280
	2010
	284
	99,6
	0
	0
	1
	0,4
	285
	2011
	256
	99,6
	0
	0
	1
	0,4
	257
	2012
	288
	100
	0
	0
	0
	0
	288
	Total
	1.427
	 
	1
	 
	2
	 
	1.430
	Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA
	
	
	
	
	
	Nota: Atualizado em 29/04/2013
No município de Belém, no período de 2008 a 2012, observou-se o decréscimo na proporção de partos normais em detrimento dos partos cesáreos. No caso dos partos normais a redução foi de 41,9% em 2008, passando para 28,6% em 2012, já nos partos cesáreos o aumento foi de 58,1% em 2008, para 71,3% em 2012, aumentando 13,2 % a proporção de partos cesáreos. Tornando um problema de saúde pública, com complicações para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde. Em 2012 nasceram (20.627) nascidos vivos, onde 9,8% do total apresentaram baixo peso ao nasce. 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma proporção aceitável de partos cesáreos em torno de 10 a 15%, o aumento de partos cesáreos é um problema de saúde pública, com complicações deletérias para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde (gráfico 15).
Gráfico -15
 Fonte: SINASC/SIHSUS / MS
1.4 Saúde do Homem 
CENAS DO BRASIL - 21.02.13: A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. Um dos motivos é que eles se cuidam pouco. Além das causas externas -- como violência e acidentes -- as doenças cardiovasculares, pulmonares e câncer de próstata estão entre as causas mais frequentes de mortes do sexo masculino. Para tentar mudar esse quadro, foi criada, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, parte da definição de políticas e diretrizes em saúde voltadas para a população masculina na faixa etária dos 20 a 59 anos. Tem por objetivo a melhoria das condições do individuo, contribui de modo efetivo para a redução das doenças e da mortalidade, por meio do enfrentamento dos fatores de risco. 
· Mortalidade
O municipio de Belém apresenta um cenário que não difere do Brasil referente a Saúde do Homem, pois se observa o comportamento da mortalidade específica por Doenças do Aparelho Circulatório em homens por faixa etária no período de 2007 a 2010, onde apresenta taxas elevadas nas doenças isquêmicas do coração e cerebrovasculares na faixa de (40 a 59) anos na idade laboral produtiva do homem, onde ocorreu em 2010 um acréscimo na faixa de (40a 49) anos com 35,8 por 100.mil habitantes e uma redução de 83,5 em 2009 para 61,5 por 100 mil habitantes na faixa de (50 a 59) anos, (tabelas 17 e 18).
Tabela -17
	Taxa de Mortalidade Específica por Doenças do 
Cerebrovascules em Homens por Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010
	Faixa etária
	Doença Cerebrovascules
	
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	Coef.
	Coef.
	Coef.
	Coef.
	 0 a 29 anos
	0,8
	1,6
	0,5
	0,6
	30 a 39 anos
	9,0
	4,5
	10,5
	7,3
	40 a 49 anos
	40,2
	25,8
	27,6
	35,8
	50 a 59 anos
	89,9
	100,1
	83,5
	61,5
	60 a 69 anos
	265,6
	226,5
	253,6
	227,2
	70 a 79 anos
	711,1
	671,7
	729,3
	638
	80 anos e mais
	1972,2
	1877,4
	1718,1
	2024
	Total
	51,3
	48,3
	49,8
	54,9
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE
	Nota:TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
Tabela - 18
	 TME por Doenças Isquêmicas do Coração em Homens por Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010
	Faixa etária
	Doenças Isquêmicas do Coração
	
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	Coef.
	Coef.
	Coef.
	Coef.
	0 a 29 anos
	0,3
	1,3
	0,5
	0,8
	30 a 39 anos
	5,4
	2,7
	12,3
	10,0
	40 a 49 anos
	31,7
	42,9
	39,6
	32,2
	50 a 59 anos
	107,2
	96,3
	103,4
	145,9
	60 a 69 anos
	310,5
	274,7
	278,6
	307,2
	70 a 79 anos
	395
	545,3
	660,2
	551,6
	80 anos e mais
	1127
	958,7
	1235,5
	1062,6
	Total
	40,5
	42,3
	49,2
	55,5
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes
Tabela - 19
	Nº Óbitos e TME por Causas Externas por Sexo em Belém - 2005-2010
	Sexo
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	Total
	Masculino
	Nº Óbitos
	762
	742
	760
	991
	911
	1145
	5311
	
	TME
	114
	109,7
	110,8
	147,2
	134,2
	173,7
	131,4
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Feminino
	Nº Óbitos
	117
	123
	95
	118
	120
	126
	699
	
	TME
	15,9
	16,4
	12,4
	15,7
	15,8
	17,2
	15,5
	Total
	62,5
	60,6
	58,9
	77,9
	71,7
	91,2
	70,4
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
Tabela - 20
	Nº de Óbitos por Causas Externas Específica e Sexo em Belém - 2007 a 2010
	Óbitos
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	Acidentes Transporte
	120
	31
	143
	36
	114
	145
	159
	35
	Homicídios
	491
	14
	695
	39
	662
	120
	851
	44
	Suicídios
	26
	7
	30
	35
	3,2
	23
	33
	6
	Total
	637
	52
	868
	110
	779
	867
	1043
	85
	Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Em relação às Causas Externas (acidentes e violências) no ano de 2010 observa-se uma elevada Taxa de Mortalidade Específica (TME) com 173,7 óbitos por 100 mil homens, na proporção de 74,3% por homicídios (851), suicídios 0,3% (33) e acidentes de transportes com 13,9% desses óbitos apresentando-se como a primeira causa de mortalidade masculina, com a maior ocorrência dos casos na faixa etária de (15 a 29 e 30 a 39) anos (tabela 20). Na proporção de 21 a 35 anos de vida perdido dessa população em Belém.
Tabela - 21
	Nº de Óbitos e TME por Neopl. Malignas de Próstata em Homens por Faixa Etária em Belém -2005 a 2010*
	Faixa etária
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	Nº Ob
	Total
	
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	
	
	0 a 29 anos
	0
	0,0
	0
	0,0
	0
	0,0
	1
	0,3
	0
	0
	0
	0
	1
	2,6
	30 a 39 anos
	0
	0,0
	0
	0,0
	0
	0,0
	0
	0,0
	0
	0
	0
	0
	0
	0,0
	40 a 49 anos
	2
	2,6
	0
	0,0
	0
	0,0
	0
	0,0
	1
	1,2
	0
	0
	3
	0,7
	50 a 59 anos
	6
	13,4
	3
	6
	0
	0,0
	5
	9,4
	6
	10,9
	5
	8,8
	25
	9,3
	60 a 69 anos
	13
	52,5
	11
	42,8
	10
	37,4
	12
	44,5
	12
	42,9
	16
	51
	74
	49,2
	70 a 79 anos
	22
	162,1
	24
	196,0
	20
	158,0
	23
	182,0
	34
	261,0
	25
	166
	148
	185,8
	80 anos E +
	19
	477,6
	19
	399.0
	22
	443,0
	26
	519,0
	18
	348,0
	37
	624
	141
	479,4
	Total
	62
	9,3
	57
	8,4
	52
	7,6
	67
	10
	71
	10,5
	83
	13
	392
	9,4
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
	
	
	
Em relação o câncer de próstata na série histórica de 2005 a 2010, por faixa etária, mostra que a ocorrência dos óbitos tem sido a partir dos 50 anos e a faixa mais atingida foi de 60 anos e mais. Nos anos de 2006 e 2007 ocorreu uma queda dos óbitos e apresentado um acréscimo a partir dos de 2008 a 2010, apresentando um coeficiente de 7,6 por 100 mil homens para 13 por 100 mil homens representando uma proporção de 1% do total dos óbitos gerais no período (tabela 21).
1.5 Doenças Transmissíveis
As Ações de Vigilância Epidemiológica em Belém vem sendo desenvolvidas, através do controle e da prevenção dos agravos relacionados aos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva. 
Observando o comportamento das doenças, sua detecção e até mesmo a possibilidade de prever alterações em seus fatores condicionantes. Com a finalidade de recomendar as medidas mais indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças no município tais como: dengue, malária, doenças diarréicas agudas- DDA, hepatites, meningites, leptospirose, tuberculose hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis - DST/AIDS, as não transmissíveis, as imunopreviníveis e outras, conforme os casos registrados e monitorados dos agravos do (SINAN) são investigados em nível municipal os agravos com maior relevância epidemiológica ou os sobre controle de eliminação ou erradicação. Destaca-se também, a manutenção zero de casos de tétano neonatal desde 2002 no município de Belém.
· Leptospirose
 A leptospirose, doença infecciosa que atinge homens e animais, cujo reservatório é os roedores, apresenta-se em no município uma incidência bastante elevada. Em Belém, apesar da melhoria das condições sanitárias na cidade, como por exemplo, a coleta de lixo freqüente e da realização de obras de infra-estrutura básica nas áreas de baixada, mas ainda existe área desprovida de saneamento básico adequado, o índice pluviométrico no município é muito alto, o que reflete nas elevadas taxas deste agravo. 
A série histórica mostra a redução dos óbitos 39% em 2011 a 2005 e 14,5% dos casos confirmados no mesmo período, assim como 100% dos casos de Leptospirose são investigados. Este controle é realizado por meio da busca ativa de casos de leptospirose, nos hospitais que fazem este tipo de atendimento e da investigação epidemiológica domiciliar dos casos, além da desratização da via pública e domicílio do paciente em questão (gráfico 16).
Gráfico-16
 Fonte: /SINAN/ Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)/DEVS
· Dengue
A Dengue é uma doença infecciosa aguda de etiologia viral que pode se apresentar de forma benigna ou grave, podendo ser classificada como: Dengue Clássica, Dengue com Complicações, Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e Síndrome do Choque da Dengue (SCD). O município de Belém apresenta coeficiente de morbidade 130 por 100.000 habitantes, o que significa que a população encontra-se em risco médio, segundo os parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde para os casos notificados de dengue (gráfico 17).
. Gráfico - 17
Observa-se que, a doença vem apresentando variações em relação ao número de casos confirmados, a sensibilidade dos profissionais de saúde em relação à suspeição da doença e a notificação da mesma, podem ser os fatores que influenciam para uma maior confirmação de casos na Rede de Saúde. Os Bairros/Distritos de maior ocorrência foram: (Icoaraci, Tapanã, Pedreira, Marco, Marambaia e Guamá), seguido dos demais casos confirmados.
.A partir de 2002 passou a circular o sorotipo DEN3 e em 2011 houve a introdução do DEN4, ambos estão relacionados tanto com casos considerados leves (Dengue Clássico) como aqueles mais graves que acometem a população.
Gráfico-18
Fonte: SINAN – até 19 semanas
Na série histórica acima, evidencia a letalidade da dengue no período de 2004 a 2012, onde se observa variações importantes,chegando a altas taxas de letalidade, o que indica a necessidade de intervenções severas a cerca da assistência prestada ao paciente, investimentos foram realizados na capacitação de profissionais de saúde para o manejo clínico adequado diante dos casos evitando com isso a elevação da letalidade pela doença. Ações integradas com outros segmentos são de fundamental importância para a mudança do cenário, percebe-se que a taxa de letalidade apresentou um declínio chegando a zero no ano de 2008, porém para que a mesma se mantenha dentro do parâmetro nacional(<2%) faz-se necessário que tais ações sejam contínuas junto a população e aos serviços de saúde ,o que contribuirá para redução de risco de morte pela doença que em 2012 chegou a 3 óbitos a cada 100 pessoas (gráfico 18).
· Doença de Chagas
A Doença de Chagas tem possibilidade de transmissão oral, especialmente pela ingestão do açaí que tem sido a mais provável fonte de infecção encontrada. Além disso, a vigilância sanitária é notificada para que se tomem as providências cabíveis no que se refere ao controle e qualidade de alimentos, uma vez que a transmissão oral parece ser a principal, se não a única forma de infecção na cidade de Belém. 
No período de 2005 a 2012* foram notificados 516 casos de DCA em Belém, sendo que 165 (32%) foram confirmados, os casos ocorreram em vários bairros de Belém caracterizando vários surtos, sua maioria se concentra nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro, coincidindo com a safra do açaí.
 Gráfico - 19
 Fonte: SINAN/DEVS
Observa-se no gráfico acima na série histórica uma variação, na ocorrência dos casos havendo uma redução considerável no ano de 2010 com ligeira queda para 2012 (gráfico 19).
· Meningite
No período de Janeiro de 2005 a junho de 2012, foram notificados em Belém, 3.326 casos suspeitos de meningite, dos quais 1.205 foram confirmados (36,2%). A vigilância também notifica e acompanha os casos notificados em Belém procedentes de outros municípios.
Tabela - 22
 Distribuição dos Casos de Meningites por Etiologia, Belém, 2005 a 2012 
	ETIOLOGIA
	Nº de Casos /Ano
	
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	2011
	2012
	Doença Meningocóccica
	19
	17
	14
	13
	12
	05
	5
	8
	Hemófilo
	0
	1
	0
	0
	0
	2
	0
	0
	Tuberculosa
	7
	5
	13
	13
	16
	12
	16
	13
	Viral
	70
	81
	87
	99
	40
	37
	41
	35
	Outras Etiologias (criptococos)
	11
	5
	7
	27
	39
	21
	12
	08
	Bacteriana
	40
	30
	48
	54
	53
	24
	35
	37
	Meningite Não Especificada
	5
	7
	14
	12
	12
	7
	11
	04
	Pneumocócica
	4
	9
	10
	1
	9
	6
	3
	7
	TOTAL
	156
	155
	193
	219
	181
	114
	123
	112
	Nº óbitos
	22
	13
	19
	30
	33
	20
	13
	12
 Fonte: SINAN/DVE/DEVS/SESMA
Nota-se que, ao longo do período estudado, especialmente a partir de 2011, houve uma redução no número de casos notificados e confirmados, o que atribuímos ao fato de atualmente o laboratório está funcionando no HUJBB com melhor estrutura física e profissional para avaliação mais criteriosa dos casos suspeitos. Observa-se também o comportamento das meningites, com maior ocorrência dos casos são de etiologia bacteriana e viral, conforme (tabela 22) 
· Tuberculose
Belém, ao longo de décadas, manteve altas taxas de Incidência de TB, abandono de tratamento dificulta a quebra das cadeias de transmissão da doença nas comunidades e sustenta o alto nível elevado na capital. 
	Tabela - 23
Distrib Casos e Incidência de Tuberculose por Forma Clinica em Belém - 2006 a 2012*
	Ano da Notificação
	Forma Clínica
	Total
	 
	
	Pulmonar
	Incidência
	Extra Pulmonar
	Incidência
	Pulmonar + Extra pulmonar
	Incidência
	
	Coefic de Incidência
(*)
	2006
	1169
	81,8
	147
	10,3
	44
	3,1
	1360
	95,2
	2007
	1140
	78,6
	148
	10,2
	53
	3,7
	1341
	92,4
	2008
	1254
	88,1
	169
	11,9
	65
	4,6
	1488
	104,5
	2009
	1279
	89,0
	209
	14,5
	69
	4,8
	1557
	108,3
	2010
	1224
	87,8
	210
	15,1
	51
	3,7
	1485
	106,6
	2011
	1386
	98,9
	236
	16,8
	57
	4,1
	1679
	119,8
	2012
	1320
	93,6
	213
	15,1
	54
	3,8
	1587
	112,5
 Fonte: SINAN/DEVS
 Nota: (*) Coeficiente de Incidência por 100.000 hab.
 A série histórica acima mostra proporção de abandono e incidência de casos no município e considerando a tuberculose uma doença grave com prognóstico sombrio, quando não tratada de forma incorreta faz com que a taxa de mortalidade se mantenha acima da média nacional. Contudo, com a lógica de busca e detecção de novos casos e cura dos pacientes que iniciam tratamento, estratégias trabalhadas na rede primária, através de capacitações aos profissionais de saúde e incentivos aos pacientes, a tendência desse indicador é reduzir (tabela 23).
Em relação ao tratamento da TB, observa-se a evolução da cura de 76% em 2004 para 83,4 em 2011, enquanto que o percentual de abandono de tratamento reduziu de 18% em 2008 para 10,7 em 2011 e os registros de contatos de 96,2% com 34% examinados nas Unidades de Saúde.
· Tuberculose x AIDS (Coinfecção) 
O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) solicita que seja ofertado a todo paciente em tratamento de tuberculose a testagem para identificação da Coinfecção pelo HIV, considerando que o índice apresentou um crescimento nos últimos anos. Assim, em 2008 foi implantado em 09 Unidades de Saúde Municipal os Testes Rápidos para detecção do HIV em pacientes com tuberculose, estratégia que facilitou a adesão ao exame e um aumento de mais 28% de testes realizados em comparação ao ano anterior. 
Gráfico - 20
 Fonte: Ref. Técnica Tuberculose/SESMA
 
Observa-se que em torno de 70% dos casos de TB vem sendo testados, em 2010 houve um acréscimo de 9 unidades para 29 UMS’s com disponibilização de testes, pois com isso ampliando o acesso dos serviços gerando um percentual em torno de 30% desses pacientes testados positivos para TB/HIV mostrando uma tendência de redução da coinfecção, conforme mostrado no (gráfico 20). 
· Mortalidade por Tuberculose
Gráfico -21
 Fonte: SINAN
 Nota: Por 100 mil hab - Set/2012
O comportamento da mortalidade proporcional da tuberculose, conforme a série histórica acima vem apresentando uma variação de 3,64 em 2008, para 5,3, dos casos avaliados. Em 2001 foi de 6,59 e, no ano de 2011, foi de 5,38 óbitos de tuberculose em 1000 óbitos. 
O histórico de proporção de abandono e incidência de casos no município e considerando a tuberculose uma doença grave com prognóstico sombrio quando não tratada ou tratada de forma incorreta faz com que os patamares das taxas de mortalidade se mantenham em Belém entre 4,5 e 5,5 óbitos por 100 mil habitantes, taxas consideradas altas e acima da média nacional. Contudo, com a lógica de busca e detecção de novos casos e cura dos pacientes que iniciam tratamento, estratégias trabalhadas na rede primária, através de capacitações aos profissionais de saúde e incentivos aos pacientes, a tendência desse indicador é reduzir, conforme (gráfico 21).
· AIDS
O comportamento da AIDS no município de Belém no período de 2007 a 2012 foram registrado até o final do ano de 2012, 1.534 casos, correspondendo a 44,85% na faixa etária de (20 a 34) anos, seguido de 37,61% na faixa de (35 a 49) anos 3,06% crianças de (0 a 9) anos e 2,28% adolescentes (10 a 19) anos.
 
Excluindo-se os óbitos há 1.380 pessoas vivendo com AIDS em Belém e a estimativa de pessoas com HIV é de 2.820 pessoas (2% da população) considerando a taxa de infecção do HIV em gestantes ser de 2% no município. A razão de sexo que em 2007 era de 16 casos em homens para cada mulher com AIDS em 2012 está em 5,46 casos. A Letalidade e coeficiente de mortalidade específica de AIDS, de 2007 a 2012 por faixa etária e sexo, mostrada na (tabela 24) nos casos e incidência total e por sexo.
	Tabela -24
TME por AIDS por Faixa Etária em Belém -PA - 2007 a 2010 
	Faixa etária
	2007
	2008
	2009
	2010
	Total
	Menor 13 anos
	0,3
	0,6
	0,7
	1,8
	0,8
	15 a 19 anos
	-
	0,8
	0,8
	0,8
	0,6
	20 a 29 anos
	11,3
	13,5
	16,1
	15
	13,930 a 39 anos
	20,3
	30,4
	22,6
	24,7
	24,5
	40 a 49 anos
	23,2
	21,6
	32,2
	27,2
	26,1
	50 a 59 anos
	12,1
	12,8
	13,1
	19,9
	14,6
	60 anos e mais
	3,6
	3,6
	8,6
	7,7
	6,0
	Total
	9,8
	12
	13,1
	13,6
	12,1
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
	
	
Gráfico - 22
 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM
 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes
No que se refere à Mortalidade Específica (TME) por AIDS por sexo observa-se que a mesma encontra-se em níveis elevado no sexo masculino é 2 vezes maior no homem do que na mulher correspondendo 20 por 100 mil homens e 8 por 100 mil mulheres respectivamente no ano de 2010, conforme (gráfico 22). 
Tabela - 25
	Letalidade e Mortalidade Proporcional do HIV, por faixa etária de 2008 a 2012
	Ano
	0 a 9
	%
	10 a 14
	%
	15-19
	%
	20-34
	%
	35-49
	%
	50-64
	%
	> 65
	%
	Total
	%
	2008
	0
	0,0
	1
	1,7
	4
	0,0
	149
	50,0
	136
	34,5
	35
	8,62
	7
	5,2
	332
	22
	2009
	18
	9,46,0
	3
	0
	5
	1,4
	167
	29,7
	114
	31,1
	33
	8,11
	3
	1,4
	343
	22
	2010
	12
	5,61,0
	0
	0
	6
	0,9
	172
	35,5
	168
	38,3
	41
	13,1
	4
	0,9
	403
	26
	2011
	4
	2,38,0
	1
	0
	6
	2,4
	128
	36,9
	100
	40,5
	35
	11,9
	3
	2,4
	277
	18
	2012
	13
	2,6
	2
	0
	7
	2,6
	72
	32,5
	59
	31,2
	20
	11,7
	6
	2,6
	179
	12
	Total
	47
	
	7
	
	28
	
	688
	
	577
	
	164
	
	23
	
	1534
	100
	Fonte: SIM/DEVS/SESMA
 Evidencia-se que a letalidade da AIDS no período de 2008 a 2012, onde se observa as variações importantes, chegando a altas taxas de letalidade na faixa etária de (20 a 49) anos, que indica o risco de morte pela doença apontada em 2012 de 32 óbitos a cada 100 pessoas. Com isso a necessidade de intervenções severas a cerca da prevenção da doença na população de Belém (tabela 25).
· Sífilis Congênita em menores de 1 ano em Belém
No município de Belém a incidência da Sífilis Congênita atingiu 2 casos por 1000 nascidos vivos no ano de 2012. O (gráfico 23) mostra a tendência de aumento da incidência da Sífilis Congênita em Belém no período de 2009 a 2012.
Gráfico - 23 
 Fonte: SINAN
· Sífilis em Gestantes
 No que se refere à taxa de incidência de sífilis em gestantes por faixa etária de 2010 a 2012 observa-se que elevada incidência nas adolescentes de (15 a 19) anos e na faixa de (20 a 34) anos. Necessitando de maiores intervenções na qualificação e no controle do pré-natal na Rede Básica de Saúde (gráfico 24).
Gráfico - 24
 Fonte: SINAN
1.6 Imunizações / Cobertura Vacinal
A importância da aplicação das vacinas do esquema básico em crianças menores de um ano é a de promover a proteção individual e coletiva, quando feita de forma homogênea, pois evita a formação de bolsões de susceptíveis, considerando-se a efetividade e a eficácia de largo espectro que cada Imunobiológicos proporciona ao indivíduo. É uma das ações importantes para a redução da mortalidade infantil é a prevenção, através de imunização contra doenças infecto-contagiosas (imunopreviníveis). Em 2012, 93,3% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia (tabela 24). 
Tabela - 26
	Cobertura Vacinal do esquema Básico < de 01 ano, Belém-PA- 2005 a 2012
	ANO
	Vacinas
	
	BCG
	Hepatite B
	VOP
	Tetra
	VORH
	FA
	Meningo C
	PNEUMO 10
	2005
	162%
	88%
	106%
	95%
	-
	98%
	-
	-
	2006
	151%
	92%
	99%
	96%
	-
	100%
	-
	-
	2007
	145%
	101%
	109%
	107%
	85%
	110%
	-
	-
	2008
	140%
	97%
	104%
	97%
	84%
	101%
	-
	-
	2009
	116%
	94%
	98%
	90%
	80%
	95%
	-
	-
	2010
	129,58%
	94.68%
	95.81%
	94.72%
	79.99%
	99.76%
	-
	-
	2011
	171.70%
	113.85%
	125.41%
	114.11%
	97.83%
	115.13%
	96.11%
	78.83%
	2012
	165.65%
	106.90%
	104.02%
	101.33%
	110.67%
	106.26%
	98.14%
	79.47%
	Fonte: SI-API / SESMA – Março /2013
	
	
	
	
Tabela - 27
Série histórica das Campanhas
Nacionais de Vacinação – Belém-PA 2005 a 2012.
	Ano
	Vacinas
	
	Influenza
	VOP
1ª Etapa
	VOP
2ª Etapa
	2005
	91%
	98%
	98%
	2006
	94%
	97%
	98%
	2007
	89%
	95%
	95%
	2008
	88%
	99%
	97%
	2009
	92.64%
	97.07%
	95.05%
	2010
	81.61%
	95.26%
	95.09%
	2011
	82.01%
	89.43%
	95.16%
	2012
	62.21%
	104.02%
	-
 Fonte: SI-API / SESMA
As Campanhas de multivacinação, conforme a série histórica acima se pode observar que no ano de 2012, apresentaram uma baixa cobertura (62,21%) sobre a influenza. Necessitando de melhores estratégias para operacionalização da mesma (tabela 31). 
1.7 Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’S)
O panorama das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) apresenta um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que as DCNT são responsáveis por 63% de todos 36 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2008 (WHO, 2011a). No Brasil, as DCNT são igualmente importantes, sendo responsáveis, em 2007, por 72% do total de mortes, com destaque para as doenças do aparelho circulatório (31,3% dos óbitos), neoplasias (16,3%) e diabetes (5,2%) (SCHMIDT et al, 2011), correspondendo a 75% dos gastos com atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Séries históricas de estatísticas de mortalidade disponíveis para as capitais dos estados brasileiros indicam que a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes entre 1930 e 2006 (MALTA et al, 2006). 
 Os indicadores de mortalidade pelas Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT) têm no Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) a principal fonte de dados. O documento, que alimenta o SIM é a Declaração de Óbito (DO) preenchida pelo médico ao constatar um óbito. 
 
 Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) constitui o principal sistema de informação de morbidade, através do qual é possível obter um conjunto de variáveis a cerca de 80% das internações hospitalares, como a causa da internação, os dias de permanência, a evolução da situação de saúde, o que levou a internação, custos, diretos, etc. Todas as informações obtidas podem ser desagregadas até o nível municipal. 
O município de Belém apresentou em 2010, um coeficiente geral de mortalidade de 5,85 óbitos por 1.000 habitantes, maior que os coeficientes apresentados por Belém e Brasil, respectivamente 5,85 e 5,94 óbitos por 1.000 habitantes, sendo que como causa dos óbitos destacam-se as Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs). Observando-se a série histórica entre 2006 e 2012*, a maior proporção de causas de óbitos, independentemente do sexo, ocorrem por doenças do aparelho circulatório 23,1%, assim como a segunda maior proporção se dá pelas neoplasias malignas 15,8% a partir do terceiro lugar, observa-se uma variação das proporções óbitos de acordo com sexo, onde para as mulheres, o terceiro lugar em proporção são óbitos por doenças do aparelho respiratório; e os homens com maior relevância nas causas externas. 
Tabela - 28
	Nº e (TME) de Óbitos pelos Principais
	 Grupos de Causa das (DANTs) em residentes de Belém- 2006 a 2012*
	Ano
	Total de Óbitos não fetais
	Grupo de Causa de óbito 
	 
	
	
	II. Neoplasias Malignas
	IX . Doenças do Apar Circulatório CID I00_99 
	 IV. Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas
	
	
	CID C00_97
	
	CID E00_90 
	
	
	 
	 
	
	 
	
	
	Nº
	Coef.
	Nº
	Coef.
	Nº
	Coef
	2006
	7.185
	1058
	74,1
	1639
	114,7
	335
	23,5
	2007
	7.325
	1073
	74,0
	1743
	120,1
	405 
	27,9
	2008
	7.957
	1160
	81,5
	1770
	124,3
	392
	27,5
	2009
	8.035
	1137
	79,1
	1849
	128,6
	423
	29,4
	2010
	8.148
	1111
	79,7
	1910
	137,1
	458
	32,9
	2011
	8.258
	1327
	94,6
	1997
	142,4
	517
	36,9
	2012*
	8.736
	1436
	101,8
	2094
	148,5
	561
	39,8
	Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	Nota: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 hab.
	
	
	 (*) Dados sujeito a alterações– Abril /2013
	
	
Como se pode observar o comportamento das DANT’s na população de Belém na série histórica acima se sobrepõe apresentando coeficientes elevados em todo período, em 2012* as doenças do aparelho circulatório com 148,5 óbitos por* 100 mil habitantes, seguido das neoplasias 101,8 óbitos por* 100 mil habitantes e as doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 39,8 óbitos por* 100 mil habitantes. Com isso necessita de ações estratégicas para melhoria no controle desses agravos a nível ambulatorial na busca de melhoria de acesso aos serviços de saúde e qualidade de vida da população (tabela 28).
	Tabela - 29
Nº e Proporção de Óbitos
 pelos Principais Grupos de Causa em residentes de Belém- 2008 a 2012
	Grupo de Causa
	2008
	%
	2009
	%
	2010
	%
	2011
	%
	2012*
	%
	Aparelho Circulatório
	1.793
	22,5
	1.931
	24,0
	1.920
	23,4
	1.997
	24,0
	2.094
	23,1
	Neoplasias
	1.230
	15,4
	1.233
	15,3
	1194
	14,6
	1.327
	16,0
	1.436
	15,8
	Aparelho Respiratório
	929
	11,7
	941
	11,7
	987
	12,0
	959
	11,5
	1.122
	12,4
	Causas Externas
	1.108
	13,9
	1.036
	12,9
	1.275
	15,6
	1.131
	13,6
	1.252
	13,8
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Causas Perinatais
	538
	6,7
	533
	6,6
	417
	5,09
	444
	5,6
	469
	5,2
	Demais Causas
	2.375
	29,8
	2.386
	29,6
	2.399
	29,3
	2.448
	29,5
	2.693
	29,7
	Total
	7.973
	 100
	8.060
	 100
	8.192
	100
	8.306
	100
	9.066
	100
	Fonte: SIM / DEVS / SESMA 
Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013
Considerando-se a média dos últimos cinco anos, observa-se que a mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório é responsável por cerca de 23,10% dos óbitos na população de Belém, seguida pelas neoplasias, responsável por 15,8% e as causas endócrinas, nutricionais e metabólicas, 6,4% dos óbitos da (tabela 29).
Ao se classificar os óbitos por neoplasias malignas por sexo e faixa etária observa-se que na idade entre 20 e 39 anos o coeficiente é rapidamente maior entre as mulheres. Entretanto entre as demais faixas etárias esta situação se inverte. Na faixa etária de 40 a 59 anos e de 60 e mais, os homens apresentam, respectivamente, um risco 1,3 e 1,7 maior de óbitos por neoplasia comparando-se as mulheres da faixa de idade. Verifica-se ainda um aumento da freqüência de óbitos por neoplasia maligna de (pulmão, traquéia e brônquios, estômago e etc), conforme o aumento de idade, independentemente do sexo (tabela 30 e 31).
.Tabela-30
	Nº de Óbitos e TME por Neopl. Pulmão Traquéia e Brônquios por Faixa Etária em Belém - 2005 a 2010
	Faixa etária
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	0 a 29 anos
	0
	0,0
	1
	0,1
	1
	0,1
	3
	0,4
	1
	0,1
	1
	0,1
	30 a 39 anos
	1
	0,5
	5
	2,2
	3
	1,3
	0
	0,0
	0
	0,0
	8
	3,4
	40 a 49 anos
	9
	5,4
	9
	5,2
	5
	2,8
	11
	6,3
	5
	2,8
	8
	4,4
	50 a 59 anos
	26
	26,1
	26
	23,6
	21
	18,2
	24
	20,5
	22
	18
	18
	14,3
	60 a 69 anos
	37
	62,4
	42
	68,9
	47
	74,1
	42
	65,6
	36
	54,1
	39
	53,3
	70 a 79 anos
	43
	131
	33
	102
	48
	143,9
	46
	137,9
	51
	148,5
	37
	96,1
	80 anos e mais
	17
	117
	20
	141
	18
	121,4
	27
	180,4
	19
	122,4
	14
	76,6
	Total
	133
	9,5
	136
	9,5
	143
	9,9
	153
	10,7
	134
	9,3
	125
	9
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas:TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
	
	
	
	
	
Tabela-31
	Nº de Óbitos e TME por Neoplasia
 Malignas do Estômago por Sexo em Belém - 2005 a 2010
	Ano
	Óbitos Neoplasia Estômago
	
	Masculino
	Feminino
	Total
	
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	
	2005
	96
	14,4
	66
	8,9
	162
	2006
	100
	14,8
	69
	9,2
	169
	2007
	110
	16,0
	77
	10,1
	187
	2008
	102
	15,2
	62
	8,3
	164
	2009
	96
	14,1
	57
	7,5
	153
	2010
	98
	14,9
	41
	5,6
	139
	TOTAL
	602
	14,9
	372
	8,3
	974
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes
	 
Tabela - 32
	Nº Óbito e Taxa de Mortalidade
 Específica por Neoplasia de Colo do Útero por Faixa Etária em Belém- 2005-2010
	Faixa etária
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	0 a 29 anos
	2
	0,5
	0
	0,0
	0
	0,0
	2
	0,5
	2
	0,5
	3
	0,8
	30 a 39 anos
	15
	12,8
	13
	10,7
	4
	3,2
	14
	11,1
	8
	6,2
	12
	9,7
	40 a 49 anos
	19
	21,3
	22
	24
	16
	16,9
	22
	23,3
	21
	21,7
	17
	17,7
	50 a 59 anos
	9
	16,5
	16
	26,5
	10
	15,8
	15
	23,4
	17
	25,4
	23
	33,5
	60 a 69 anos
	13
	37,7
	12
	34
	14
	38,1
	21
	56,7
	13
	33,7
	16
	38,2
	70 a 79 anos
	6
	31
	7
	35
	8
	38,6
	10
	48,3
	10
	46,9
	14
	59,7
	80 anos E +
	3
	28,6
	9
	95,2
	6
	60,8
	6
	60,2
	3
	29
	4
	32,4
	Total
	67
	9,1
	79
	10,5
	58
	7,6
	90
	12,1
	74
	9,8
	89
	12,1
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
De acordo com a série histórica acima os casos de câncer de colo de útero (CID 10 – Cap. II – C53), demonstra uma elevação da mortalidade com o aumento da idade das mulheres, a exceção dos anos de 2005 e 2007, onde mostra os coeficientes de mortalidade específica, que são maiores na faixa entre (40 a 59) anos, comparado a apresentada pelas mulheres com mais de 60 anos. Uma aproximação dos coeficientes nestas duas faixas etárias é observada novamente no ano de 2008 (tabela-32). 
Tabela- 33
	Nº Óbito Taxa de Mortalidade Específica por
 Neoplasia de Mama em Mulheres por Faixa Etária em Belém- 2005 a 2010
	Faixa etária
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	Nº Ob
	Coef
	0 a 29 anos
	0
	0
	0
	0
	1
	0,2
	1
	0,3
	2
	0,5
	2
	0,5
	30 a 39 anos
	6
	5,1
	7
	5,8
	4
	3,2
	8
	6,4
	6
	4,6
	9
	7,2
	40 a 49 anos
	19
	21,3
	22
	24
	11
	11,6
	20
	21,2
	15
	15,5
	20
	20,8
	50 a 59 anos
	26
	47,6
	21
	34,8
	30
	47,4
	24
	37,4
	21
	31,4
	19
	27,7
	60 a 69 anos
	14
	40,6
	16
	45,4
	21
	57,2
	22
	59,4
	19
	49,3
	15
	35,8
	70 a 79 anos
	6
	31
	11
	54,9
	10
	48,3
	10
	48,3
	22
	103,3
	13
	55,4
	80 anos E +
	9
	85,7
	11
	116,3
	13
	131,8
	12
	120,5
	14
	135,4
	10
	81,0
	Total
	80
	10,8
	88
	11,7
	90
	11,8
	97
	12,9
	99
	13
	88
	12,0
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
	 Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
A série histórica dos casos de câncer de mama (CID10 – Cap. II - C50), em mulheres residentes de Belém, mostra que os coeficientes de mortalidade aumentaram 
acentuadamente à medida que aumenta a faixa etária dessas mulheres. Chama à atenção a elevação dos coeficientes no ano de 2009 nas faixas etárias a partir dos 30 anos (tabela 33).
As Doenças do Aparelho Circulatório observa-se que na faixa de (40 a 59) anos os maiores coeficientes de mortalidade por doenças cerebrovasculares foram apresentados pela população masculina, com risco de óbito por esta causa de 1,6 maiores para os homens, segundo a média dos últimos cinco anos. Entretanto, os coeficientes de mortalidade por doenças cerebrovasculares apresentam sua maior magnitude na faixa etária a partir dos 60 anos de idade. 
	Tabela-34
TME por Doença Cerebrovascules por Sexo e Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010
	Faixa etária
	Doença Cerebrovascules
	
	2007
	2008
	2009
	2010
	
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	M
	F
	0 a 29 anos
	0,8
	1,5
	1,6
	1
	0,5
	1,3
	0,6
	1,1
	30 a 39 anos
	9
	2,4
	4,5
	8,7
	10,5
	7
	7,3
	4,8
	40 a 49 anos
	40,2
	31,7
	25,8
	24,4
	27,6
	19,7
	35,8
	17,7
	50 a 59 anos
	89,9
	55,3
	100,1
	60,8
	83,5
	65,9
	61,5
	75,7
	60 a 69 anos
	265,6
	174,3
	226,5
	175,4
	253,6
	140,1
	227,2
	128,9
	70 a 79 anos
	711,1
	507,3
	671,7
	478,4
	729,3
	497,5
	638
	375,2
	80 anos e mais
	1972,2
	1683,1
	1877,4
	1847,4
	1718,1
	1672,8
	2024
	1401,5
	Total
	51,3
	53,5
	48,3
	56,6
	49,8
	54
	54,9
	53,6
	 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE
	TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes.
	Tabela-35

Continue navegando