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Secretaria Municipal de Saúde Plano Municipal de Saúde de Belém /2014-2017 PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELÉM 2014-2017 PREFEITO MUNICIPAL PREFEITO MUNICIPAL DE BELÉM ZENALDO RODRIGUES COUTINHO JÚNIOR VICE- PREFEITA MUNICIPAL KARLA MARTINS DIAS BARBOSA SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE MARIA SELMA ALVES DA SILVA DIRETORA GERAL DA SESMA WALLACI PANTOJA DE OLIVEIRA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO TERESA LUISA MÁRTIRES COELHO CATIVO ROSA PRESIDENTE DO CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE BREMEN RAIMUNDO CARDOSO DA SILVA NÚCLEO SETORIAL DE PLANEJAMENTO CARMEM CÉLIA PINHEIRO ANDRÉ NÚCLEO ASSESSORIA JURIDICA – NAJ CAMILA FREITAS CARNEIRO OLIVEIRA DA SILVA NÚCLEO DE PROMOÇÃO DA SAÚDE MARTHA SEIXAS FALKOSKY NÚCLEO DE ASSESSORIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - NATI ARTUR GUSTAVO ALVES GOMES ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO – ASCOM CAROLINA ASSUMPÇÃO COSTA FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE MARIA DE FÁTIMA POMPEU DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE REGULAÇÃO ANA CONCEIÇÃO CARDOSO BEZERRA DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE ORLIUDA DA COSTA BEZERRA DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA LUIS SEBASTIÃO DO NASCIMENTO DEPARTAMENTO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA MARIA DO SOCORRO GONÇALVES SILVA SARQUIS DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO PAULO ROBERTO BELTRÃO DEPTO DE GESTÃO E REGULAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE SARAH PARANHOS SILVA GONÇALVES EQUIPE TÉCNICA DE ELABORAÇÃO DO PMS 2014-2017- Portaria Nº 240/2013-GABS/SESMA COORDENAÇÃO: NÚCLEO SETORIAL DE PLANEJAMENTO CARMEM CÉLIA PINHEIRO ANDRÉ 1 Eunice Costa Atenção Básica/DEAS 2 Paulo Roberto Beltrão Atenção Especializada/DEAS 3 Said Kalume Kalif NUPS 4 Edmilson de Lima OUVIDORIA 5 Ronaldo Alves NSAJ 6 Sarah Paranhos Gonçalves DGRTS 7 Wanessa Pereira DEAS 8 Elaine Cristina CEREST 9 Rosane Gondin AUDITORIA 10 Orliuda Bezerra DEVS 11 Leila Flores DEVS 12 Randolfo Coelho Júnior DEVISA 13 Patrícia Passos FMS 14 Maria José Diniz Diniz NUSP 15 Renata Hage NUSP 16 Gisele Azevedo DEUE 17 Ana Claudia C Almeida Controle Interno 18 Artur Gustavo A Gomes NATI SUMARIO APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................5 INTRODUÇÃO .......................................................................................................7 EIXO I 1.DIAGNÓSTICO SITUACIONAL........................................................................8 1.1 Características do Município.......................................................................8 1.1.1Panorama Demográfico ...............................................................................8 1.1.2 Panorama Sócio-Econômico ......................................................................14 1.1.3 Condições Sanitárias..................................................................................15 1.2 Mortalidade Geral.........................................................................................16 1.2.1 Mortalidade por Grandes Grupos de Causas.............................................18 1.2.2 Mortalidade Materna...................................................................................18 1.2.3 Mortalidade Infantil......................................................................................21 1.3 Pré-Natal .......................................................................................................23 1.3.1 Parto e Nascimento.....................................................................................23 1.3.2 Gravidez na Adolescência...........................................................................24 1.3.3 Nascidos Vivos Por Parto Normal e Cesáreos nos Hospitais Públicos e Privados.............................................................................................................. 25 1.4 Saúde do Homem......................................................................................... 27 1.5 Doenças Transmissíveis............................................................................ 29 1.6 Imunização / Cobertura Vacinal ................................................................... 38 1.7 Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’S)................................. 40 1.8 Acidentes e Violências – Causas Externas................................................... 47 1.9 Saúde Bucal.................................................................................................. 52 . 1.10 Saúde Mental.............................................................................................. 54 1.11 MATRIZ SWOT .......................................................................................... 55 1.12 Rede Física Municipal de Saúde SUS ....................................................... 56 EIXO II DESENHO DE REGIONALIZAÇÃO INTRAMUNICIPAL............................................... 59 TEMAS PRIORITÁRIOS POR CICLO DE VIDA ........................................................... 62 MAPA ESTRATÉGICO DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE............................. 63 EIXO III BALANCED SCORECARD DA SECRETARIA MUNCIPAL DE SAÚDE ......................64 NA PERSPECTIVA DOS RESULTADOS MISSÃO ........................................................................................................................64 VISÃO............................................................................................................................64 VALORES E COMPORTAMENTOS.............................................................................64 NA PERSPECTIVA DOS MEIOS Diretrizes, Objetivos, e Metas.....................................................................................65 OBJETIVO 1: Fortalecer a Rede de Atenção Básica com Ênfase na Estratégia Saúde da Família...........................................................................................................65 OBJETICO 2 : Implementar a Rede de Atenção as Urgências e Emergências ........66 OBJETIVO3: Garantir o acesso a Atenção Ambulatorial Especializada e Hospitalar...67 OBJETIVO 4: Organizar a Rede de Atenção Materno Infantil para garantir o acesso, acolhimento e resolutividade .........................................................................................69 OBJETIVO 5 : Fortalecer a Política Integral à Saúde do Homem................................71 OBJETIVO 6 : Fortalecer a Rede de Atenção Psicossocial ..........................................72 OBJETIVO 7 : Garantir Atenção Integral à Saúde da Pessoa Idosa e dos Portadores de Doenças Crônicas ....................................................................................................73 OBJETIVO 8: Implantar a Política de Atenção à Pessoa com Deficiência ..................74 OBJETIVO 9: Fortalecer a Política de Assistência Farmacêutica ..............................75 OBJETIVO 10: Fortalecer as Ações de Promoção e Vigilância em Saúde...................76 NA PERSPECTIVA DE BASE OBJETIVO 11: Aperfeiçoar e Integrar o Sistema de Planejamento e Gestão do SUS por Resultados ....................................................................................................................78 OBJETIVO 12: Fortalecer a Política de Valorização dos Trabalhadores da Saúde......80 OBJETIVO 13: Garantir Logística, Abastecimento e Manutenção dos Serviços de Saúde.............................................................................................................................80 OBJETIVO 14: Fortalecer os Mecanismos de Controle Interno ....................................81 OBJETIVO 15: Garantir a Informatização da Saúde ....................................................82 INDICADORES DE SAÚDE – COAP............................................................................84ACOMPANHAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE.....................................93 CONCLUSÃO................................................................................................................94 REFERÊNCIAS..............................................................................................................95 ANEXOS........................................................................................................................96 APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Saúde do município de Belém elaborado para o quadriênio 2014-2017 terá sua base de execução pautada na metodologia do Balanced Scorecard, para monitoramento das iniciativas de Governo definidas no PPA 2014-2017, bem como indicadores de monitoramento adotados pela UNICEF definidos como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) e indicadores de Saúde adotados pelo Ministério que servirão de base para a transição para o Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde (COAP) em cumprimento ao Decreto nº 7507 de 22 de junho de 2011. O Plano Municipal de Saúde (PMS) 2014-2017 está pautado nas Diretrizes do Sistema Único de Saúde - SUS, nas Leis Orgânicas nº 8142/90 e 8080/90, devendo servir de base para a elaboração da Programação Pactuada Integrada (PPI), Programação Anual de Saúde (PAS), Plano Plurianual de Governo (PPA) 2014-2017, Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA), de modo a garantir a integralidade da assistência à saúde, através da oferta de ações e serviços de saúde com qualidade, de forma articulada com as políticas setoriais do Governo Municipal com os níveis de Governo Estadual e Federal. O PMS para melhor compreensão foi dividido em 3 (três) eixos sendo que o Eixo 1 descreve o Diagnóstico Situacional do Município de Belém, contendo as características do Município, os aspectos demográficos, aspectos sócio econômicos, bem como o Diagnóstico da Situação de Saúde da população do Município, apresentadas através de séries históricas do período de 2000 a 2012, descrevendo a evolução das mortalidades morbidades, bem como da cobertura vacinal, além de demonstrar a Rede Física Instalada nos 08 Distritos administrativos, Diagnóstico de Estrutura e Desenho de Regionalização Intramunicipal de Saúde. Esses dados possibilitaram a elaboração da Matriz Swot e a definição de Temas Prioritários por ciclo de vida e o Mapa Estratégico da Saúde do Município descrito no Eixo 2. O referido Instrumento terá a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com definição de responsabilidades, indicadores e metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos financeiros disponibilizados de forma tripartite e forma de controle e fiscalização da execução. Muito mais do que cumprir uma necessidade legal, este plano foi elaborado com o propósito de delimitar uma visão de futuro compartilhada para a Secretaria de Saúde, a partir do diagnóstico situacional visando melhorar o desempenho dos serviços de saúde, resgatar a auto-estima dos trabalhadores de saúde, fortalecer os mecanismos de controle e resgatar a imagem da gestão pública de saúde no Município de Belém-PA. MARIA SELMA ALVES DA SILVA SECRETÁRIO MUNCIPAL DE SAÚDE DE BÉLEM INTRODUÇÃO O Plano de Saúde é um instrumento estratégico para a efetivação do Sistema de Planejamento do SUS (PLANEJASUS) em cada esfera de gestão: federal, estadual e municipal ouvido pela sociedade e aprovado no Conselho. Dentre o marco jurídico que lhe dão expressão, destacam-se a Lei Nº 8.080/90, que estabelece que “os Planos de Saúde serão à base das atividades e programações de cada nível de direção do SUS” (§ 1º do Art. 36), regulamentada através do Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, definindo como principais vertentes, (maior transparência na gestão do SUS, Mais segurança jurídica nas relações interfederativas e Maior Controle Social) e a Portaria Nº 3.332/2006, que firma, que o Plano de Saúde deve ser expresso em “diretrizes, indicadores e metas” que se configuram como base para sua execução, acompanhamento e avaliação do exercício da gestão do Sistema Municipal de Saúde no período de quatro anos. O Plano Municipal de Saúde (PMS) 2014 - 2017 foi elaborado com base no Decreto 7.508 conformando o desenho de regionalização intramuncipal, no diagnóstico da situação de saúde do Município de Belém de 2000 a 2012, no relatório da IX Conferência Municipal de Saúde de Belém, Plano Diretor do Município, nos parâmetros populacionais das portarias do Ministério da Saúde, e nas demandas apontadas pela sociedade na Audiência Pública realizada no Teatro Maria Silvia Nunes no dia 22 de abril de 2013, possibilitando assim, identificação dos vazios assistenciais, para ordenamento da oferta de serviços de saúde em todos os níveis de atenção promovendo a justiça social na área da saúde. O Decreto 7.508, de 28 de junho de 2011, estabelece o Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) que deverá ser firmado entre União, Estado e Municípios da Região Metropolitana I, com base no PMS 2014-2017, no Mapa da Saúde do Município e a Relação Municipal de Medicamentos- REMUME. EIXO I 1. DIAGNÓSTICO SITUACIONAL 1.1 Características do Município O município de Belém possui uma área territorial com 1.065 Km2, sendo 65% de área insular e 35% continental. Do ponto da vista da Gestão, o município de Belém, através da Lei 7.682/94, foi legalmente descentralizado administrativamente em oito (8) Distritos Administrativos, do seguinte modo: Belém (DABEL), Bengui (DABEN), Entroncamento (DAENT), Guamá (DAGUA), Icoaraci (DAICO), Mosqueiro (DAMOS), Outeiro (DAOUT) e Sacramenta (DASAC). A área geográfico-espacial de Belém é desenhada por rios, igarapés e canais. Dois terços de seu território são formados por ilhas, 39 delas já identificadas e habitadas, conforme (figura 2) abaixo. O potencial hidrográfico de Belém é enorme pela posição privilegiada, entrecortada por baías, rios, igarapés e furos que se espalham na porção continental e na região insular, porém, estas condições geográficas dificultam o acesso da população aos serviços de saúde. É formada por terras planas, sendo que algumas áreas são denominadas de baixadas, e suscetíveis de enchentes em épocas das maiores chuvas. O potencial hidrográfico de Belém é enorme pela posição privilegiada, com os principais rios: Guamá, Amazonas e Maguari, entrecortada por baías, rios, igarapés e furos que se espalham na porção continental e na região insular, porém, estas condições geográficas dificultam muitas das vezes o acesso da população aos serviços de saúde. 1.1.1 Panorama Demográfico O município de Belém possui uma população de 1.393.399 habitantes, segundo IBGE/censo/2010. Apresentando a estimativa de 1.410.430 de (1º de julho/ IBGE/2012), Belém abriga em torno de 1/3 da população do Estado do Pará, caracterizando o principal centro urbano do Estado com 99,20% (1.382.204) e na zona rural 0,86% (11.195) correspondendo à população de ribeirinhos formada pelas 39 ilhas da região insular de Belém – PA. A população belenense é considerada adulta jovem, haja vista que 58,32% da mesma encontram-se localizada na faixa etária de 20 a 59 anos. Apresentando uma população de 667.063 de homens com 47,30% e a feminina de 743.367, com 52,70% representando 66,40% (498.056) de mulheres em idade fértil (MIF) no município de Belém, segundo (censos/2000 / 2010) e estimativa IBGE/2012. Gráfico -1 Taxa de crescimento anual da população de Belém-PA / 2006-2012 Fonte: Censos demográficos de 2000 e 2010/IBGE e Estimativas. A população de Belém no período de 2006 a 2012, IBGE/2000 / 2010, conforme mostra a série histórica acima, se observa as variações das taxas anuais de crescimento, apresentando uma elevação na estimativa de 2007 e uma queda significativa a partir de 2008 e censo 2010, a média anual se manteve em 1,4% (gráfico 1). Gráfico - 2 Fonte: CensosDemográficos – 2000 / 2010 e Estimativas / IBGE. A população de Belém mostra uma evolução nos doze anos, segundo os dois censos 2000 e 2010 e estimativas / IBGE, conforme o gráfico acima, onde obteve um crescimento populacional de 9,20% em relação às 2 décadas de 1.280.614 (2000) para 1.410.430 em 2012 (gráfico 2). Gráfico - 3 Fonte: Censo Demográfico – 2010 / IBGE. A população de Belém, segundo auto declaração de raça/cor no censo 2010/IBGE apresenta-se com 28,14% branca, 63,41% parda, 7,48% preta, 0,80 amarela, 0,16 indígena e 0,01 sem especificação, conforme mostra no (gráfico 3). Gráfico – 4 População residente em Belém por faixa etária e Ano – 2000 a 2012 Fonte: Censos Demográficos – 2000 / 2010 e Estimativas /IBGE O comportamento da população, segundo faixa etária observa-se no gráfico acima que, a faixa de idade que obteve maior crescimento foi de (60 anos e mais) com 32,79%, em relação aos menores de 1 ano ocorreu um crescimento negativo apresentando (-17,58%) em detrimento da redução apresentada nas taxas de fecundidade e natalidade no decorrer da década dos censos, outro ponto relevante foi à ocorrência de um crescimento negativo em adolescentes (10 a19) anos com (-17,35%) com maior percentual apontado na faixa de (15 a 19) anos com (-14,15%), isso mostra o elevado número de óbitos por causa externa, ou seja, acidentes e violência ocorrido ao longo do período, bem como a maior faixa etária de idade é de (20 a 29) anos correspondendo a 20% apresentando em média (279.629) da população geral do município (gráfico 4). Gráfico - 5 População residente em Belém por Sexo e Ano - 2000 a 2012 Fonte: Censos Demográficos – 2000 / 2010 e Estimativas / IBGE. Em relação ao gráfico acima, se observa o comportamento da população de Belém, segundo sexo que a população feminina se manteve crescente com 9,60% entre os dois censos (2000 a 2010/IBGE), apresentando em média (726.942) mulheres/ano no decorrer do período, enquanto que a população masculina teve um acréscimo de 8,8% em média de 654.905 homens ao longo da década (gráfico 5). Tabela -1 População do Município de Belém por Distrito - 2009 a 2012 DISTRITOS 2009 2010 2011 2012 % DABEL 157.807 144.948 145.849 146.720 10,4 DABEN 266.394 284.670 286.439 288.149 20,4 DAENT 130.850 125.400 126.179 126.933 9,0 DAGUA 392.384 342.742 344.871 346.931 24,6 DAICO 149.473 167.035 168.073 169.077 12,0 DAMOS 31.316 33.232 33.438 33.638 2,4 DAOUT 29.440 38.731 38235 39.778 2,8 DASAC 279.940 256.641 258.235 259.778 18,4 TOTAL 1.437.604 1.393.399 1.402.056 1.410.430 100 Fonte: IBGE Censo / 2010 Nota: Taxa de Crescimento /2012 = 0,62 e 2012 = 0,59 A população de Belém se encontra distribuída nos 8 Distritos Administrativos, segundo censo e estimativas IBGE/2010, conforme gráfico acima, composta pelos 71 bairros da cidade, aponta como o Distrito mais populoso o DAGUA com 24,6%, seguido do DABEN com 20,4% e 3º o DASAC 18,4% e 4º o DAICO Icoaraci, onde se observa os Distritos compostos pela maioria das Ilhas DAMOS e DAOUT são menos populosos que compõem a população de ribeirinhos do município (tabela 1). · Fecundidade e Natalidade em Belém A Região Metropolitana de Belém (RMB) reduziu a média de filhos em 19% entre os dois censos. O destaque foi Marituba (29,4%), caindo de 2,3 filhos por mulher para 1,7. A taxa de fecundidade da mulher paraense caiu 19% na última década, saindo de 2,5 para 2,1 filhos por mãe. Gráfico – 6 Coef Geral de Fecundidade e Natalidade em Belém – 2006 a 2012* Fonte: IBGE, SINASC - Abril/2013 Nota: (*) por 1.000 habitantes (**) Por 1000 Mulheres em Idade Fértil (MIF 10 a 49 anos) No município de Belém a taxa de fecundidade, apresenta-se mais baixa: de 1,7 filho por mulher, segundo (censo IBGE/2010), comparando há dez anos (censo / 2000) a taxa foi de 1,9 filho por mulher em idade fértil (MIF 10 a 49) anos, apresentando uma redução de 13% é uma das médias mais baixas entre as capitais do Norte e Nordeste do País. Em relação à série histórica dos coeficientes gerais de fecundidade acima apresentou uma redução de 46,67 para 41,33 por cada mil mulheres (MIF 10-49). A natalidade em Belém, conforme série histórica de 2008 a 2012 mostra uma redução nas taxas de 16,91/1000 hab em 2008, de 15,87/1000 habitantes, segundo censo IBGE/2010, para 14,61/1000 habitantes em 2012. E comparando entre os 2 censos/IBGE (2000 / 2010), se observa uma redução de17, 4% com a média anual de 22.303 nascimentos no período (gráfico 6). Tabela-2 População Idosa Residentes de Belém - 2008 a 2012 Masculino Feminino Total 2008 44.598 67.714 112.312 2009 46.207 70.202 116.409 2010 52.225 77.704 129.929 2011 52.550 78.187 130.737 2012 52.863 78.654 131.517 Fonte: IBGE censos 2000, 2010 Destaca-se um aumento na expectativa de vida da população do município. A população idosa (60 anos e mais) da cidade apresentou um crescimento relevante de 32,43% em relação aos censos (2000 / 2010/ IBGE) passando de 88.860 para 129.929 pessoas. A população idosa de Belém representa 9,3% da população geral residente correspondendo a 8,5% (78.654) mulheres e 7,7% (52.863) homens perfazendo um total de (131.517) idosos em 2012 (tabela 2). · Pirâmide Etária da População de Belém por Sexo, 2000 / 2010 Como conseqüência mais clara desta modificação estrutural na composição populacional dos belenenses, a pirâmide etária da cidade tem uma forma, ainda triangular, comparando a pirâmide de 2010 com a de 2000. A taxa média de crescimento populacional do município foi de 1,4% ao ano, caracterizando Belém como a capital brasileira que cresce em ritmo menos lento, segundo o IBGE. Ressalta-se também que a população, ainda se encontra em desenvolvimento, necessitando de melhorias na qualidade de vida dos munícipes. A população belenense é considerada adulta jovem, haja vista que 58,32% da mesma encontram-se localizada na faixa etária de 20 a 59 anos. Apresentando uma população de 667.063 de homens com 47,30% e a feminina de 743.367, com 52,70% representando 66,40% (498.056) de mulheres em idade fértil (MIF) no município de Belém, segundo (censos 2000/2010/IBGE). A população economicamente ativa (PEA) de 16 anos e mais cresceu 15% em relação aos dois censos correspondendo a 47% (654.787) da população geral residente, conforme pirâmides etárias. A população residente do município de Belém comparando as pirâmides etárias acima entre os dois (censos/IBGE/2000 e 2010) de 1.280.614 e 1.393.399 habitantes, onde se observa as taxas de crescimento anual em média de 1,4% correspondo a um percentual em torno de 10%. Destaca-se o comportamento do crescimento da população e redução das taxas de fecundidade de 13% e de natalidade de 17,4% no período. Fonte: IBGE - Censos / 2000 /2010 Figura 1 e 2 - Distribuição da População por Sexo, Segundo os Grupos de Idade de Belém-Pa . Ressalta-se também, que ocorreu um acréscimo considerável da população de pessoas idosas (60 anos E +) de 32,43%, porém houve uma redução de 24,2% na faixa etária de crianças de (0 a 4 anos) e de 9,7% nos adolescentes (10 a 19 anos), assim como a redução de 0,12% da população indígena na capital na década. Destaca-se também no estado, o aumento da esperança de vida ao nascer para o sexo masculino em 2000 foi 67,2 para 69,9 em 2010 e o feminino de 72,8, para 75,8, segundo censo/IBGE/2010 (figuras 1 e 2). 1.1.2 Panorama Sócio-Econômico O município de Belém conta com um Produto Interno Bruto (PIB): R$ 16,5 bilhões (2009), uma renda per capta de 11. 496,00 (2009). Principais Atividades Econômicas: turismo,comércio e serviços e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH): 0,806 (IBGE 2010). Tabela - 3 Proporção de pessoas com baixa renda de Belém segundo Censos - 1991 , 2000 e 2010 População/Renda Ano/Censo 1991 2000 2010 % população com renda <1/2SM 61,73 49,33 36,23 %população com renda < 1/4 SM 34,22 23,22 15,28 População com renda < 1/2 SM 751355 624808 501877 População com renda < 1/4 SM 416573 294075 211615 Fonte: IBGE - Censos Demográficos Gráfico-7 Fonte: Censos Demográficos-1991/2000 / 2010/ IBGE A população economicamente ativa (PEA) de 16 anos e mais de Belém, segundo os três últimos censos demográficos IBGE ocorreu um crescimento considerável de 31,61% em relação aos referidos censos, conforme (gráfico 7). Tabela 4- Taxa de analfabetismo X População Alfabetizada de 15 anos ou mais por Sexo no Município Belém -2012 Sexo Taxa de analfabetismo População alfabetizada População não alfabetizada População de 15 anos ou mais Masculino 3,3 476.779 16.024 492.803 Feminino 3,4 555.079 19.252 574.331 Total 3,3 1.031.858 35.276 1.067.134 Fonte: IBGE - Censos Demográficos - 2010 1.1.3 Condições Sanitárias O Município é cortado por rios e igarapés, o que corresponde a uma extensa área sujeita a alagamentos, principalmente quando coincidem as chuvas com as marés altas, as “baixadas” são as mais atingidas, pois as marés podem se elevar em torno de 2 metros. Somente uma pequena parte do município está provida de saneamento básico o que propicia a disseminação de doenças e riscos diversos decorrentes da poluição ambiental. Uma das áreas críticas, do ponto de vista ambiental, é a orla de Belém, que foram ocupados sem critérios por inúmeros estabelecimentos com atividades das mais diversas, poluindo as águas da Baía do Guajará pelo lançamento de resíduos sólidos, esgotos sanitários e afluentes industriais sem nenhum tratamento. Este problema já está sendo minimizado pela obra Portal da Amazônia cujo objetivo é a revitalização da orla no perímetro compreendido entre a Universidade Federal do Pará e Rua Cesário Alvim. A situação sanitária de Belém, segundo os dois últimos censos/IBGE, se apresentava, conforme os dados das (tabelas 5, 6 e 7). Tabela 5 - Proporção de Moradores por Tipo de Abastecimento de Água Abastecimento Água 1991 2000 Rede geral 76.0 75.0 Poço ou nascente (na propriedade) 18.4 21.7 Outra forma 5.6 3.3 Fonte: IBGE/Censos -1991/2000 Tabela 6- Proporção de Moradores por tipo de Instalação Sanitária Instalação Sanitária 1991 2000 Rede geral de esgoto ou pluvial 2.1 24.6 Fossa séptica 59.2 49.9 Fossa rudimentar 25.5 10.7 Vala 5.9 8.2 Rio, lago ou mar - 1.5 Outro escoadouro 1.2 1.2 Não sabe o tipo de escoadouro 0.3 - Não tem instalação sanitária 5.8 3.9 Fonte: IBGE/Censos -1991/2000 Tabela -7 Proporção de Moradores por Tipo de Destino de Lixo Coleta de Lixo 1991 2000 Coletado 76.3 95.4 por serviço de limpeza 67.5 92.6 por caçamba de serviço de limpeza 8.8 2.8 Queimado (na propriedade) 10.2 1.9 Enterrado (na propriedade) 1.7 0.2 Jogado 11.0 2.3 em terreno baldio ou logradouro 8.1 1.9 em rio, lago ou mar 2.8 0.4 Outro destino 0.8 0.2 Fonte: IBGE/Censos -1991/2000 1.2 Mortalidade Geral O comportamento da mortalidade no município de Belém, mostrado na série histórica (2000 a 2012*) em relação aos dois últimos censos/IBGE, no ano de 2000 ocorreu 7.243 óbitos com a população 1.280.614 habitantes apresentou um coeficiente geral de mortalidade (CGM) de 5,66/1000 hab. Segundo censo IBGE/2010 apresentou um CGM de 5,85/1000 hab. E no ano de 2012*, que comparado ao coeficiente de mortalidade em 2000, observa-se que houve um acréscimo para 6,19/1000 habitantes (1.410.430 estimativa IBGE/2012) na ocorrência de óbitos. Com relação à idade, conforme o esperado, a maior proporção de óbitos ocorreu entre os residentes com idade a partir dos 60 anos a média foi de 25% na faixa de 65 a 79 anos, conforme faixa etária e sexo nas (tabelas 8) a seguir: Tabela - 8 Nº e Proporção de Óbitos, por faixa Etária em Residentes de Belém -PA - 2006 a 2012 Faixa Etária 2006 % 2007 % 2008 % 2009 % 2010 % 2011 % 2012 % Menor 1 ano 789 11,0 710 9,7 727 9,1 659 8,5 634 7,7 645 7,8 644 7,1 1 a 9 anos 101 1,4 89 1,2 104 1,3 91 1,2 81 1,0 81 1,0 101 1,1 10 a 14 anos 52 0,7 50 0,7 57 0,7 49 0,6 58 0,7 52 0,6 65 0,7 15 a 19 anos 179 2,5 167 2,3 225 2,8 217 2,8 251 3,1 258 3,1 262 2,9 20 a 34 anos 685 9,5 705 9,6 852 10,7 793 10,2 985 12,0 792 9,5 952 10,5 35 a 49 anos 848 11,8 814 11,1 945 11,9 858 11,1 923 11,3 889 10,7 966 10,7 50 a 64 anos 1.248 17,3 1.345 18,3 1.409 17,7 1.366 17,6 1.512 18,5 1.539 18,5 1.601 17,7 65 a 79 anos 1.830 25,4 1.908 25,9 1.959 24,6 2.022 26,1 1.999 24,4 2.118 25,5 2.342 25,8 >80 anos 1.464 20,3 1.569 21,3 1.695 21,3 1.706 22,0 1.749 21,4 1.932 23,3 2.133 23,5 Total 7.196 100 7.357 100 7.973 100 7.761 100 8.192 100 8.306 100 9.066 100 Fonte: SIM / DEVS / SESMA / IBGE Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013 Gráfico - 8 Fonte: SIM, IBGE Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013 Em relação ao gráfico acima na série histórica, segundo sexo observa-se o comportamento dos óbitos, onde a maior ocorrência foi apontada no sexo masculino apresentando uma queda em 2005 com CGM de 5,0/1000 hab. e feminino um CGM 3,52/1000 habitantes, é relevante ressaltar que o acréscimo dos óbitos em homens foi de 19,50% na década, com isso mostrando uma tendência de acréscimo em ambos os sexos (gráfico 8). 1.2.1 Mortalidade por Grandes Grupos de Causas As principais causas de mortalidade no período de 2008 a 2012*, segundo os Grandes Grupos de Causas no município de Belém. Observa-se a distribuição do número e da proporção dos óbitos pelas principais causas, por grupo. Tabela -9 Nº e (%) de Óbitos pelos Principais Grupos de Causa de Belém- 2008 a 2012 Grupo de Causa 2008 % 2009 % 2010 % 2011 % 2012 % Aparelho Circulatório 1.793 22,5 1.931 24,0 1.920 23,4 1.997 24,0 2.094 23,1 Neoplasias 1.230 15,4 1.233 15,3 1194 14,6 1.327 16,0 1.436 15,8 Aparelho Respiratório 929 11,7 941 11,7 987 12,0 959 11,5 1.122 12,4 Causas Externas 1.108 13,9 1.036 12,9 1.275 15,6 1.131 13,6 1.252 13,8 Causas Perinatais 538 6,7 533 6,6 417 5,09 444 5,6 469 5,2 Demais Causas 2.375 29,8 2.386 29,6 2.399 29,3 2.448 29,5 2.693 29,7 Total 7.973 100 8.060 100 8.192 100 8.306 100 9.066 100 Fonte: SIM / DEVS / SESMA Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013 Considerando os cinco grandes grupos de causas de morte que se destacaram em Belém, a série histórica acima se apresenta: em primeiro lugar as doenças do aparelho circulatório, onde apresenta uma proporção de 23,1%, segundo as neoplasias 15,8%, terceiro as causas externas de mortalidade (mortes por violências e acidentes) com 13,8%, quarto do aparelho respiratório com 12,4% e as afecções do período perinatal em quinto lugar, com 5,17% na (tabela 9). 1.2.2 Mortalidade Materna A mortalidade materna em Belém, ainda encontra-se acima do aceitável, segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) que seria de 20/100.000 nascidos vivos, quanto às causas dos óbitos maternos verifica-se que no período considerado as causas obstétricas diretas corresponderam à maior parte das ocorrências, com a proporção de 96,5%, enquanto que as causas obstétricas indiretas corresponderam apenas 3,4% dos óbitos, conforme série histórica na (tabela 10). Tabela - 10 Óbitos Maternos por Causa Obstétricas em residentes de Belém - 2006 a 2012 CausaObstétricas ÓBITOS % 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Nascidos Vivos 24.117 24.079 24.088 23.228 22.128 21.561 20.633 0 Causa Obstétrica Indireta 1 1 0 0 0 0 1 3,40% Causa Obstétrica Direta 9 14 7 9 6 8 8 96,50% Coeficiente de M Materna 41,46 62,29 29,06 38,75 27,11 37,1 43,62 0 Total 10 15 7 9 6 8 9 100 Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM / SINASC Nota: Dados sujeito a alterações - Atualizados - Abril /2013 (*)CMM por 100.000 Nascidos Vivos Gráfico - 9 Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM / SINASC Nota: Dados sujeito a alterações - Atualizados - Abril /2013 (*)CMM por 100.000 Nascidos Vivos O comportamento da Mortalidade Materna, ao longo da série histórica de 2000 a 2012* observa-se que o coeficiente de mortalidade materna tem sofrido variações com elevação nos anos de 2002 a 2007, e verifica-se que os anos de 2008 e 2010 apresentam uma queda no coeficiente de mortalidade materna de 62,76 óbitos por 100.000 nascidos vivos, para 27,1/100.000 nascidos vivos, que pode ser devido à redução dos óbitos decorrentes de causas indiretas à gravidez e parto, apontando um acréscimo em 2012*. As doenças clínicas que têm levado ao óbito mulheres no ciclo reprodutivo são preveníveis e controláveis, representando um potencial de óbitos evitáveis (gráfico 9). Como as doenças cardiovasculares, respiratórias e infecções urinárias. Desta forma salienta-se a necessidade de intensificar as ações de planejamento familiar de forma eficaz, bem como um adequado tratamento e orientação pré-concepcional. A qualidade da assistência pré-natal, com detecção precoce do alto risco e tratamento adequado, são aspectos fundamentais para a prevenção desses óbitos. A doença hipertensiva, ainda tem uma grande prevalência no meio, representando à 3ª causa mais importante de óbito materno nesses últimos 12 anos. No Brasil é a 1ª causa de óbito materno. Embora esta seja uma doença com alta letalidade devido a sua gravidade, ela é considerada evitável. Para isto é fundamental diagnóstico e tratamento precoces na rede básica, com referências secundárias ágeis que dispensem um tratamento adequado, cumprindo assim as diretrizes da Rede Cegonha no Sistema Municipal SUS. Gráfico -10 Óbitos Maternos por Faixa Etária em Belém – 2006 a 2012* Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM O comportamento das taxas de mortalidade materna nos anos de 2006 (71,6/100.000 NV, e 2007 com (62,3/100.000 NV) ocorreu às maiores elevações desses óbitos, mostrando uma redução considerável nos anos de 2008 e 2010, apontando um acréscimo em 2012* e a faixa etária de maior ocorrência dos óbitos/ano foi de (20 a 29 anos), conforme (gráfico10). Gráfico -11 Nº de Óbitos em Mulheres na Idade Fértil por Faixa Etária em residentes de Belém – 2006 a 2012* Fonte: Sistema de Mortalidade – SIM Nota: Mulheres em Idade Fértil (MIF -10 a 49 anos) Em relação aos óbitos nas mulheres em idade fértil (MIF 10 a 49), segundo faixa etária observada um acréscimo de 18,1% na série histórica de 2006 a 2012, representando 17,6% (692) dos óbitos feminino (3.931) em 2012*, observa-se que nos grupos (CID10), em 1º lugar ocorreram as Neoplasias (tumores) correspondendo a uma proporção de 25,14%, 2º lugar as Causas Externas (Acidentes e violência) 17,6%, 3º as Doenças do Aparelho Circulatório 14%, e o 4º as Doenças Infecciosas e Parasitárias 13,4% do total dos óbitos das MIFs. Ressalta-se também que, as faixas etárias mais acometidas foram de (40 a 49) seguido de (30 a 39) anos, mostrando que a maioria dos óbitos ocorreu na faixa etária do vigor produtivo laboral da mulher, bem como parte da população economicamente ativa (PEA) significante, conforme (gráfico11). 1.2.3 Mortalidade Infantil Nos últimos anos observou-se uma redução progressiva do CMI em Belém, resultado da queda do número de óbitos infantis. Em 2000, o CMI foi de 28,4 para cada mil nascidos vivos, para 17,3/1000 NV em 2012, correspondendo a um percentual de 53% no decorrer da década. Mesmo apresentando uma redução considerável, ainda se encontra abaixo da média do Brasil que está em torno de 15 por mil nascidos vivos. Essa queda reflete a melhoria das condições de vida da população e do nível de escolaridade das mães. Observa-se uma tendência de queda na mortalidade infantil, segundo série histórica de 2000 a 2012*, (gráfico 12). Gráfico -12 Coef. de Mortalidade Infantil em residentes de Belém - 2000 a 2012 Fontes: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC/SIM Nota: (1) Coeficiente de Mortalidade Infantil p/ (1000 Nascido Vivo) (*) Dados sujeitos a alterações - Atualizado em Março / 2013 Gráfico -13 Coeficiente de Mortalidade Infantil por Componentes Neonatal de residentes de Belém - 2000 a 2012 Fontes: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC/SIM Nota: (1) Coeficiente de Mortalidade Infantil p/ (1000 Nascidos Vivos) (*) Dados sujeitos a alterações - Atualizado em Março / 2013 A mortalidade infantil por componentes no ano de 2012, mostrou que o grupo neonatal precoce concentrou o maior número dessas mortes, com um total de 252 óbitos, girando em torno de 80% dos óbitos infantis o que corresponde a uma taxa de 12,2/1.000 nascidos vivo, e a mortalidade infantil uma taxa de 16,5/1000 NV em 2011, apresentando uma ligeira queda em relação a 2010 que foi de 17,43/1000 nascidos vivos e 17,3/1000 em 2012. Tornando-se ainda preocupante mesmo apresentando uma queda considerável ao longo dos anos (gráfico 13 e tabela 11). Tabela 11 Nº e (%) dos Óbitos do Grupo das Causas Perinatais e Sexo em Belém - 2009 a 2012* Doenças do Período Perinatal 2009 2010 2011 2012 M % F % M % F % M % F % M % F % Morte fetal de causa não especificada 89 17,2 90 17,4 66 16 69 17,1 79 18,2 58 13,4 90 19,6 70 15,2 Septicemia do RN 44 8,5 27 5,2 31 7,7 25 6,2 33 7,6 17 3,9 29 6,3 28 6,1 Complic. da plac. e do cordão umbilical afetando o feto e o RN 25 4,8 23 4,4 14 3,5 11 2,7 34 7,8 12 2,8 14 3 17 3,7 Demais causas 130 25,1 90 17,4 107 27 81 20 120 27,6 81 18,7 113 24,6 99 21,5 Total 288 518 230 27,0 218 404 186 28,9 266 434 168 25,4 246 460 214 31,3 Fonte: Sistema de Informações em Mortalidade – SIM / DEVS / SESMA Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013 1.3 Atenção ao Pré-Natal na Rede SUS Atenção ao Pré-Natal na Rede SUS Municipal há oferta de Risco Habitual (RHA) em 72 Unidades de Atenção Primária de Saúde, Alto Risco em 2 Unidades de Referência Especializadas (CASA da Mulher e Unidade de Referência Especializada (UREMIA) e Risco Secundário na (Santa Casa de Misericórdia do Pará) sendo referência para os 144 municípios do Estado do Pará. O município de Belém no período de 2000 a 2012 nos permite verificar que a proporção de mulheres que não realizaram nenhuma consulta de pré-natal sofreu redução em torno de 50% na (proporção que era de 4,6 em 2000) para 1.77% em 2011 e tendo um acréscimo para 4,26 em 2012, enquanto que as gestantes que realizaram de 4 a 6 ficou em torno de 29,5% tendo um acréscimo no período naquelas de 7 e mais consultas de pré-natal apresentando uma proporção de 57,81% no ano de 2012 (tabela 12). Tabela - 12 N° e proporção de nascidos vivos Residentes, segundo Nº de Consultas de Pré-Natal. Belém, 2000 a 2012 Ano Nº de Consultas de Pré-natal Nenhuma 1 a 3 consultas 4 a 6 consultas 7 e mais Consultas Total N° % N° % N° % N° % N° 2000 1.230 4,59 1.457 5,44 9.468 35,36 14.619 54,60 26.774 2001 994 3,66 1.338 4,92 8.938 32,89 15.909 58,53 27.179 2002 819 3,19 1.555 6,06 8.809 34,34 14.469 56,40 25.652 2003 825 3,29 1.424 5,68 8.016 31,98 14.801 59,05 25.0662004 855 3,49 1.419 5,80 8.669 35,41 13.539 55,30 24.482 2005 822 3,43 1.203 5,03 9.344 39,03 12.569 52,51 23.938 2006 786 3,26 1.419 5,89 8.774 36,39 13.132 54,46 24.111 2007 675 2,81 1.119 4,65 10.438 43,40 11.817 49,14 24.049 2008 533 2,21 1.525 6,33 11.126 46,20 10.899 45,26 24.083 2009 437 1,89 1.659 7,16 9.133 39,40 11.951 51,56 23.180 2010 392 1,77 1.413 6,39 5.637 25,51 14.657 66,32 22.099 2011 462 2,14 1.557 7,23 6.034 28,01 13.492 62,62 21.545 2012 878 4,26 1.741 8,45 6.074 29,48 11.913 57,81 20.606 Fonte: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC / DEVS / SESMA *Dados atualizados até -10.04.2013 1.3.1 Parto e Nascimento – Situação Atual No município de Belém, no período de 2000 a 2012 observou-se o decréscimo na proporção de partos normais em detrimento dos partos cesáreos. No caso dos partos normais a redução foi de 28,7% (59,2% em 2000, passando para 28% em 2012) e dos partos cesáreos o aumento foi igualmente de 28,7% no período considerado (40,8% em 2000 passando para 71% em 2012), que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma proporção aceitável de partos cesáreos em torno de 10 a 15%. Tornando um problema de saúde pública o elevado número de partos cesáreos com complicações deletérias para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde. Tabela - 13 N° e (%) de nascidos vivos por Faixa Etária materna em Belém, 2005 a 2012*. Ano Faixa Etária Materna / Ano Total 10 a 14 15 a 20 21 a 30 31 a 40 41 a 50 51 e + Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº- NV 2005 191 0,80 5.448 22,75 13.685 57,16 4.353 18,18 266 1,11 0 0,00 23.943 2006 242 1,00 6.940 28,78 12.918 53,56 3.832 15,89 185 0,77 0 0,00 24.117 2007 215 0,89 6.727 27,94 12.982 53,91 3.931 16,33 223 0,93 1 0,00 24.079 2008 233 0,97 6.404 26,59 13.032 54,10 4.192 17,40 220 0,91 7 0,03 24.088 2009 212 0,91 6.033 25,97 12.494 53,79 4.276 18,41 210 0,90 2 0,01 23.227 2010 220 0,99 5.389 24,35 11.948 53,99 4.306 19,46 264 1,19 1 0,00 22.128 2011 173 0,80 5.313 24,64 11.483 53,26 4.352 20,18 239 1,11 1 0,00 21.561 2012 194 0,94 5.063 24,55 10.577 51,28 4.539 22,01 254 1,23 0 0,00 20.627 Fonte: Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC / DEVS / SESMA *Dados atualizados até 10.04.2013 Em relação aos nascidos vivos por, segundo faixa etária materna observa-se na série histórica acima, mostra que de 2012, o maior número de partos ocorreram em mulheres de (21 a 30) anos com 51,28%, seguido das mulheres de (15 a 20) anos com 24,55% e as adolescentes (10 a 19) anos com 20,7% dos partos realizados em Belém (tabela 13). 1.3.2 Gravidez na Adolescência No que se refere à gravidez na adolescência em 2012 apresenta um percentual em torno de 20,7% de mães com idades (10 a 19 anos) dado preocupante, pois na maioria dos casos, as meninas passam a enfrentar problemas e a assumir responsabilidades para as quais não estão preparadas, com graves conseqüências para elas mesmas e para a sociedade. Gráfico -14 Série Histórica de Gravidez na Adolescência em Belém - 2008 a 2012 Fonte: SINASC Segundo a série acima, observa-se a evolução da gravidez na adolescência, que ocorreu uma queda em 2010 apontando um acréscimo em 2011 e 2012, necessitando de ações estratégicas integradas, para o fortalecimento da política dos adolescentes no município de Belém (gráfico 14). 1.3.3 Nascidos Vivos por Parto Normal e Cesáreos nos Hospitais Públicos e Privados Tabela-14 Mães Adolescente <de 20 Anos por Local do Parto em Belém – 2008 a 2012 Ano do Nascimento Local de Ocorrência Total Hospital Outro Estab de Saúde Domicílio Outros Ignorado Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % 2008 5.060 99,78 6 0,12 4 0,08 0 0 1 0,02 5.071 2009 4.771 99,73 7 0,15 5 0,1 1 0,02 0 0 4.784 2010 4.315 99,93 1 0,02 1 0,02 1 0,02 0 0 4.318 2011 4.301 99,72 4 0,09 4 0,09 4 0,09 0 0 4.313 2012 4.058 99,8 4 0,1 2 0,05 2 0,05 0 0 4.066 Total 22.505 99,79 22 0,1 16 0,07 8 0,04 1 0 22.552 Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA Atualizado em 29/04/2013 Em Belém no período de 2008 a 2012 o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC registrou um total de 22.552 nascidos vivos ocorrido em Belém. Dos quais 99,79% (22.505) nasceram em hospitais e filhos de mães adolescentes (< 20 anos) residentes em Belém (tabela 14). Tabelas -15 Mães com 12 anos ou mais de Escolaridade em Belém – 2008 a 2012 Ano do Nascimento Local de Ocorrência / Parto Total Hospital Outro Estab de Saúde Domicílio Outros Nº % Nº % Nº % Nº % 2008 5.500 99,96 2 0,04 0 0,00 0 0,00 5.502 2009 5.255 99,92 4 0,08 0 0,00 0 0,00 5.259 2010 5.459 99,93 2 0,04 1 0,02 1 0,02 5.463 2011 4.999 99,88 2 0,04 4 0,08 0 0,00 5.005 2012 3.724 99,95 2 0,05 0 0,00 0 0,00 3.726 Total 24.937 99,93 12 0,05 5 0,02 1 0,00 24.955 Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA Nota: Atualizado em 29/04/2013 Tabela - 16 Mães menores de 15 anos com 1º Grau Incompleto 2008 a 2012 Ano do Nascimento Local de ocorrência Hospital Outro Estab de Saúde Outros Total Nº % Nº % Nº % 2008 320 100 0 0 0 0 320 2009 279 99,6 1 0,4 0 0 280 2010 284 99,6 0 0 1 0,4 285 2011 256 99,6 0 0 1 0,4 257 2012 288 100 0 0 0 0 288 Total 1.427 1 2 1.430 Fonte: SIM/SI/DEVS/SESMA Nota: Atualizado em 29/04/2013 No município de Belém, no período de 2008 a 2012, observou-se o decréscimo na proporção de partos normais em detrimento dos partos cesáreos. No caso dos partos normais a redução foi de 41,9% em 2008, passando para 28,6% em 2012, já nos partos cesáreos o aumento foi de 58,1% em 2008, para 71,3% em 2012, aumentando 13,2 % a proporção de partos cesáreos. Tornando um problema de saúde pública, com complicações para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde. Em 2012 nasceram (20.627) nascidos vivos, onde 9,8% do total apresentaram baixo peso ao nasce. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza uma proporção aceitável de partos cesáreos em torno de 10 a 15%, o aumento de partos cesáreos é um problema de saúde pública, com complicações deletérias para a saúde materna e fetal, além de custo elevado para o sistema de saúde (gráfico 15). Gráfico -15 Fonte: SINASC/SIHSUS / MS 1.4 Saúde do Homem CENAS DO BRASIL - 21.02.13: A cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens. Eles vivem, em média, sete anos a menos que as mulheres. Um dos motivos é que eles se cuidam pouco. Além das causas externas -- como violência e acidentes -- as doenças cardiovasculares, pulmonares e câncer de próstata estão entre as causas mais frequentes de mortes do sexo masculino. Para tentar mudar esse quadro, foi criada, em 2009, a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, parte da definição de políticas e diretrizes em saúde voltadas para a população masculina na faixa etária dos 20 a 59 anos. Tem por objetivo a melhoria das condições do individuo, contribui de modo efetivo para a redução das doenças e da mortalidade, por meio do enfrentamento dos fatores de risco. · Mortalidade O municipio de Belém apresenta um cenário que não difere do Brasil referente a Saúde do Homem, pois se observa o comportamento da mortalidade específica por Doenças do Aparelho Circulatório em homens por faixa etária no período de 2007 a 2010, onde apresenta taxas elevadas nas doenças isquêmicas do coração e cerebrovasculares na faixa de (40 a 59) anos na idade laboral produtiva do homem, onde ocorreu em 2010 um acréscimo na faixa de (40a 49) anos com 35,8 por 100.mil habitantes e uma redução de 83,5 em 2009 para 61,5 por 100 mil habitantes na faixa de (50 a 59) anos, (tabelas 17 e 18). Tabela -17 Taxa de Mortalidade Específica por Doenças do Cerebrovascules em Homens por Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010 Faixa etária Doença Cerebrovascules 2007 2008 2009 2010 Coef. Coef. Coef. Coef. 0 a 29 anos 0,8 1,6 0,5 0,6 30 a 39 anos 9,0 4,5 10,5 7,3 40 a 49 anos 40,2 25,8 27,6 35,8 50 a 59 anos 89,9 100,1 83,5 61,5 60 a 69 anos 265,6 226,5 253,6 227,2 70 a 79 anos 711,1 671,7 729,3 638 80 anos e mais 1972,2 1877,4 1718,1 2024 Total 51,3 48,3 49,8 54,9 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE Nota:TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Tabela - 18 TME por Doenças Isquêmicas do Coração em Homens por Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010 Faixa etária Doenças Isquêmicas do Coração 2007 2008 2009 2010 Coef. Coef. Coef. Coef. 0 a 29 anos 0,3 1,3 0,5 0,8 30 a 39 anos 5,4 2,7 12,3 10,0 40 a 49 anos 31,7 42,9 39,6 32,2 50 a 59 anos 107,2 96,3 103,4 145,9 60 a 69 anos 310,5 274,7 278,6 307,2 70 a 79 anos 395 545,3 660,2 551,6 80 anos e mais 1127 958,7 1235,5 1062,6 Total 40,5 42,3 49,2 55,5 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes Tabela - 19 Nº Óbitos e TME por Causas Externas por Sexo em Belém - 2005-2010 Sexo 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Masculino Nº Óbitos 762 742 760 991 911 1145 5311 TME 114 109,7 110,8 147,2 134,2 173,7 131,4 Feminino Nº Óbitos 117 123 95 118 120 126 699 TME 15,9 16,4 12,4 15,7 15,8 17,2 15,5 Total 62,5 60,6 58,9 77,9 71,7 91,2 70,4 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Tabela - 20 Nº de Óbitos por Causas Externas Específica e Sexo em Belém - 2007 a 2010 Óbitos 2007 2008 2009 2010 M F M F M F M F Acidentes Transporte 120 31 143 36 114 145 159 35 Homicídios 491 14 695 39 662 120 851 44 Suicídios 26 7 30 35 3,2 23 33 6 Total 637 52 868 110 779 867 1043 85 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Em relação às Causas Externas (acidentes e violências) no ano de 2010 observa-se uma elevada Taxa de Mortalidade Específica (TME) com 173,7 óbitos por 100 mil homens, na proporção de 74,3% por homicídios (851), suicídios 0,3% (33) e acidentes de transportes com 13,9% desses óbitos apresentando-se como a primeira causa de mortalidade masculina, com a maior ocorrência dos casos na faixa etária de (15 a 29 e 30 a 39) anos (tabela 20). Na proporção de 21 a 35 anos de vida perdido dessa população em Belém. Tabela - 21 Nº de Óbitos e TME por Neopl. Malignas de Próstata em Homens por Faixa Etária em Belém -2005 a 2010* Faixa etária 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Nº Ob Total Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef 0 a 29 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,3 0 0 0 0 1 2,6 30 a 39 anos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0 0 0 0 0,0 40 a 49 anos 2 2,6 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 1,2 0 0 3 0,7 50 a 59 anos 6 13,4 3 6 0 0,0 5 9,4 6 10,9 5 8,8 25 9,3 60 a 69 anos 13 52,5 11 42,8 10 37,4 12 44,5 12 42,9 16 51 74 49,2 70 a 79 anos 22 162,1 24 196,0 20 158,0 23 182,0 34 261,0 25 166 148 185,8 80 anos E + 19 477,6 19 399.0 22 443,0 26 519,0 18 348,0 37 624 141 479,4 Total 62 9,3 57 8,4 52 7,6 67 10 71 10,5 83 13 392 9,4 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Em relação o câncer de próstata na série histórica de 2005 a 2010, por faixa etária, mostra que a ocorrência dos óbitos tem sido a partir dos 50 anos e a faixa mais atingida foi de 60 anos e mais. Nos anos de 2006 e 2007 ocorreu uma queda dos óbitos e apresentado um acréscimo a partir dos de 2008 a 2010, apresentando um coeficiente de 7,6 por 100 mil homens para 13 por 100 mil homens representando uma proporção de 1% do total dos óbitos gerais no período (tabela 21). 1.5 Doenças Transmissíveis As Ações de Vigilância Epidemiológica em Belém vem sendo desenvolvidas, através do controle e da prevenção dos agravos relacionados aos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva. Observando o comportamento das doenças, sua detecção e até mesmo a possibilidade de prever alterações em seus fatores condicionantes. Com a finalidade de recomendar as medidas mais indicadas e eficientes que levem à prevenção e ao controle de determinadas doenças no município tais como: dengue, malária, doenças diarréicas agudas- DDA, hepatites, meningites, leptospirose, tuberculose hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis - DST/AIDS, as não transmissíveis, as imunopreviníveis e outras, conforme os casos registrados e monitorados dos agravos do (SINAN) são investigados em nível municipal os agravos com maior relevância epidemiológica ou os sobre controle de eliminação ou erradicação. Destaca-se também, a manutenção zero de casos de tétano neonatal desde 2002 no município de Belém. · Leptospirose A leptospirose, doença infecciosa que atinge homens e animais, cujo reservatório é os roedores, apresenta-se em no município uma incidência bastante elevada. Em Belém, apesar da melhoria das condições sanitárias na cidade, como por exemplo, a coleta de lixo freqüente e da realização de obras de infra-estrutura básica nas áreas de baixada, mas ainda existe área desprovida de saneamento básico adequado, o índice pluviométrico no município é muito alto, o que reflete nas elevadas taxas deste agravo. A série histórica mostra a redução dos óbitos 39% em 2011 a 2005 e 14,5% dos casos confirmados no mesmo período, assim como 100% dos casos de Leptospirose são investigados. Este controle é realizado por meio da busca ativa de casos de leptospirose, nos hospitais que fazem este tipo de atendimento e da investigação epidemiológica domiciliar dos casos, além da desratização da via pública e domicílio do paciente em questão (gráfico 16). Gráfico-16 Fonte: /SINAN/ Centro de Controle de Zoonoses (CCZ)/DEVS · Dengue A Dengue é uma doença infecciosa aguda de etiologia viral que pode se apresentar de forma benigna ou grave, podendo ser classificada como: Dengue Clássica, Dengue com Complicações, Febre Hemorrágica da Dengue (FHD) e Síndrome do Choque da Dengue (SCD). O município de Belém apresenta coeficiente de morbidade 130 por 100.000 habitantes, o que significa que a população encontra-se em risco médio, segundo os parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde para os casos notificados de dengue (gráfico 17). . Gráfico - 17 Observa-se que, a doença vem apresentando variações em relação ao número de casos confirmados, a sensibilidade dos profissionais de saúde em relação à suspeição da doença e a notificação da mesma, podem ser os fatores que influenciam para uma maior confirmação de casos na Rede de Saúde. Os Bairros/Distritos de maior ocorrência foram: (Icoaraci, Tapanã, Pedreira, Marco, Marambaia e Guamá), seguido dos demais casos confirmados. .A partir de 2002 passou a circular o sorotipo DEN3 e em 2011 houve a introdução do DEN4, ambos estão relacionados tanto com casos considerados leves (Dengue Clássico) como aqueles mais graves que acometem a população. Gráfico-18 Fonte: SINAN – até 19 semanas Na série histórica acima, evidencia a letalidade da dengue no período de 2004 a 2012, onde se observa variações importantes,chegando a altas taxas de letalidade, o que indica a necessidade de intervenções severas a cerca da assistência prestada ao paciente, investimentos foram realizados na capacitação de profissionais de saúde para o manejo clínico adequado diante dos casos evitando com isso a elevação da letalidade pela doença. Ações integradas com outros segmentos são de fundamental importância para a mudança do cenário, percebe-se que a taxa de letalidade apresentou um declínio chegando a zero no ano de 2008, porém para que a mesma se mantenha dentro do parâmetro nacional(<2%) faz-se necessário que tais ações sejam contínuas junto a população e aos serviços de saúde ,o que contribuirá para redução de risco de morte pela doença que em 2012 chegou a 3 óbitos a cada 100 pessoas (gráfico 18). · Doença de Chagas A Doença de Chagas tem possibilidade de transmissão oral, especialmente pela ingestão do açaí que tem sido a mais provável fonte de infecção encontrada. Além disso, a vigilância sanitária é notificada para que se tomem as providências cabíveis no que se refere ao controle e qualidade de alimentos, uma vez que a transmissão oral parece ser a principal, se não a única forma de infecção na cidade de Belém. No período de 2005 a 2012* foram notificados 516 casos de DCA em Belém, sendo que 165 (32%) foram confirmados, os casos ocorreram em vários bairros de Belém caracterizando vários surtos, sua maioria se concentra nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro, coincidindo com a safra do açaí. Gráfico - 19 Fonte: SINAN/DEVS Observa-se no gráfico acima na série histórica uma variação, na ocorrência dos casos havendo uma redução considerável no ano de 2010 com ligeira queda para 2012 (gráfico 19). · Meningite No período de Janeiro de 2005 a junho de 2012, foram notificados em Belém, 3.326 casos suspeitos de meningite, dos quais 1.205 foram confirmados (36,2%). A vigilância também notifica e acompanha os casos notificados em Belém procedentes de outros municípios. Tabela - 22 Distribuição dos Casos de Meningites por Etiologia, Belém, 2005 a 2012 ETIOLOGIA Nº de Casos /Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 Doença Meningocóccica 19 17 14 13 12 05 5 8 Hemófilo 0 1 0 0 0 2 0 0 Tuberculosa 7 5 13 13 16 12 16 13 Viral 70 81 87 99 40 37 41 35 Outras Etiologias (criptococos) 11 5 7 27 39 21 12 08 Bacteriana 40 30 48 54 53 24 35 37 Meningite Não Especificada 5 7 14 12 12 7 11 04 Pneumocócica 4 9 10 1 9 6 3 7 TOTAL 156 155 193 219 181 114 123 112 Nº óbitos 22 13 19 30 33 20 13 12 Fonte: SINAN/DVE/DEVS/SESMA Nota-se que, ao longo do período estudado, especialmente a partir de 2011, houve uma redução no número de casos notificados e confirmados, o que atribuímos ao fato de atualmente o laboratório está funcionando no HUJBB com melhor estrutura física e profissional para avaliação mais criteriosa dos casos suspeitos. Observa-se também o comportamento das meningites, com maior ocorrência dos casos são de etiologia bacteriana e viral, conforme (tabela 22) · Tuberculose Belém, ao longo de décadas, manteve altas taxas de Incidência de TB, abandono de tratamento dificulta a quebra das cadeias de transmissão da doença nas comunidades e sustenta o alto nível elevado na capital. Tabela - 23 Distrib Casos e Incidência de Tuberculose por Forma Clinica em Belém - 2006 a 2012* Ano da Notificação Forma Clínica Total Pulmonar Incidência Extra Pulmonar Incidência Pulmonar + Extra pulmonar Incidência Coefic de Incidência (*) 2006 1169 81,8 147 10,3 44 3,1 1360 95,2 2007 1140 78,6 148 10,2 53 3,7 1341 92,4 2008 1254 88,1 169 11,9 65 4,6 1488 104,5 2009 1279 89,0 209 14,5 69 4,8 1557 108,3 2010 1224 87,8 210 15,1 51 3,7 1485 106,6 2011 1386 98,9 236 16,8 57 4,1 1679 119,8 2012 1320 93,6 213 15,1 54 3,8 1587 112,5 Fonte: SINAN/DEVS Nota: (*) Coeficiente de Incidência por 100.000 hab. A série histórica acima mostra proporção de abandono e incidência de casos no município e considerando a tuberculose uma doença grave com prognóstico sombrio, quando não tratada de forma incorreta faz com que a taxa de mortalidade se mantenha acima da média nacional. Contudo, com a lógica de busca e detecção de novos casos e cura dos pacientes que iniciam tratamento, estratégias trabalhadas na rede primária, através de capacitações aos profissionais de saúde e incentivos aos pacientes, a tendência desse indicador é reduzir (tabela 23). Em relação ao tratamento da TB, observa-se a evolução da cura de 76% em 2004 para 83,4 em 2011, enquanto que o percentual de abandono de tratamento reduziu de 18% em 2008 para 10,7 em 2011 e os registros de contatos de 96,2% com 34% examinados nas Unidades de Saúde. · Tuberculose x AIDS (Coinfecção) O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) solicita que seja ofertado a todo paciente em tratamento de tuberculose a testagem para identificação da Coinfecção pelo HIV, considerando que o índice apresentou um crescimento nos últimos anos. Assim, em 2008 foi implantado em 09 Unidades de Saúde Municipal os Testes Rápidos para detecção do HIV em pacientes com tuberculose, estratégia que facilitou a adesão ao exame e um aumento de mais 28% de testes realizados em comparação ao ano anterior. Gráfico - 20 Fonte: Ref. Técnica Tuberculose/SESMA Observa-se que em torno de 70% dos casos de TB vem sendo testados, em 2010 houve um acréscimo de 9 unidades para 29 UMS’s com disponibilização de testes, pois com isso ampliando o acesso dos serviços gerando um percentual em torno de 30% desses pacientes testados positivos para TB/HIV mostrando uma tendência de redução da coinfecção, conforme mostrado no (gráfico 20). · Mortalidade por Tuberculose Gráfico -21 Fonte: SINAN Nota: Por 100 mil hab - Set/2012 O comportamento da mortalidade proporcional da tuberculose, conforme a série histórica acima vem apresentando uma variação de 3,64 em 2008, para 5,3, dos casos avaliados. Em 2001 foi de 6,59 e, no ano de 2011, foi de 5,38 óbitos de tuberculose em 1000 óbitos. O histórico de proporção de abandono e incidência de casos no município e considerando a tuberculose uma doença grave com prognóstico sombrio quando não tratada ou tratada de forma incorreta faz com que os patamares das taxas de mortalidade se mantenham em Belém entre 4,5 e 5,5 óbitos por 100 mil habitantes, taxas consideradas altas e acima da média nacional. Contudo, com a lógica de busca e detecção de novos casos e cura dos pacientes que iniciam tratamento, estratégias trabalhadas na rede primária, através de capacitações aos profissionais de saúde e incentivos aos pacientes, a tendência desse indicador é reduzir, conforme (gráfico 21). · AIDS O comportamento da AIDS no município de Belém no período de 2007 a 2012 foram registrado até o final do ano de 2012, 1.534 casos, correspondendo a 44,85% na faixa etária de (20 a 34) anos, seguido de 37,61% na faixa de (35 a 49) anos 3,06% crianças de (0 a 9) anos e 2,28% adolescentes (10 a 19) anos. Excluindo-se os óbitos há 1.380 pessoas vivendo com AIDS em Belém e a estimativa de pessoas com HIV é de 2.820 pessoas (2% da população) considerando a taxa de infecção do HIV em gestantes ser de 2% no município. A razão de sexo que em 2007 era de 16 casos em homens para cada mulher com AIDS em 2012 está em 5,46 casos. A Letalidade e coeficiente de mortalidade específica de AIDS, de 2007 a 2012 por faixa etária e sexo, mostrada na (tabela 24) nos casos e incidência total e por sexo. Tabela -24 TME por AIDS por Faixa Etária em Belém -PA - 2007 a 2010 Faixa etária 2007 2008 2009 2010 Total Menor 13 anos 0,3 0,6 0,7 1,8 0,8 15 a 19 anos - 0,8 0,8 0,8 0,6 20 a 29 anos 11,3 13,5 16,1 15 13,930 a 39 anos 20,3 30,4 22,6 24,7 24,5 40 a 49 anos 23,2 21,6 32,2 27,2 26,1 50 a 59 anos 12,1 12,8 13,1 19,9 14,6 60 anos e mais 3,6 3,6 8,6 7,7 6,0 Total 9,8 12 13,1 13,6 12,1 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Gráfico - 22 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes No que se refere à Mortalidade Específica (TME) por AIDS por sexo observa-se que a mesma encontra-se em níveis elevado no sexo masculino é 2 vezes maior no homem do que na mulher correspondendo 20 por 100 mil homens e 8 por 100 mil mulheres respectivamente no ano de 2010, conforme (gráfico 22). Tabela - 25 Letalidade e Mortalidade Proporcional do HIV, por faixa etária de 2008 a 2012 Ano 0 a 9 % 10 a 14 % 15-19 % 20-34 % 35-49 % 50-64 % > 65 % Total % 2008 0 0,0 1 1,7 4 0,0 149 50,0 136 34,5 35 8,62 7 5,2 332 22 2009 18 9,46,0 3 0 5 1,4 167 29,7 114 31,1 33 8,11 3 1,4 343 22 2010 12 5,61,0 0 0 6 0,9 172 35,5 168 38,3 41 13,1 4 0,9 403 26 2011 4 2,38,0 1 0 6 2,4 128 36,9 100 40,5 35 11,9 3 2,4 277 18 2012 13 2,6 2 0 7 2,6 72 32,5 59 31,2 20 11,7 6 2,6 179 12 Total 47 7 28 688 577 164 23 1534 100 Fonte: SIM/DEVS/SESMA Evidencia-se que a letalidade da AIDS no período de 2008 a 2012, onde se observa as variações importantes, chegando a altas taxas de letalidade na faixa etária de (20 a 49) anos, que indica o risco de morte pela doença apontada em 2012 de 32 óbitos a cada 100 pessoas. Com isso a necessidade de intervenções severas a cerca da prevenção da doença na população de Belém (tabela 25). · Sífilis Congênita em menores de 1 ano em Belém No município de Belém a incidência da Sífilis Congênita atingiu 2 casos por 1000 nascidos vivos no ano de 2012. O (gráfico 23) mostra a tendência de aumento da incidência da Sífilis Congênita em Belém no período de 2009 a 2012. Gráfico - 23 Fonte: SINAN · Sífilis em Gestantes No que se refere à taxa de incidência de sífilis em gestantes por faixa etária de 2010 a 2012 observa-se que elevada incidência nas adolescentes de (15 a 19) anos e na faixa de (20 a 34) anos. Necessitando de maiores intervenções na qualificação e no controle do pré-natal na Rede Básica de Saúde (gráfico 24). Gráfico - 24 Fonte: SINAN 1.6 Imunizações / Cobertura Vacinal A importância da aplicação das vacinas do esquema básico em crianças menores de um ano é a de promover a proteção individual e coletiva, quando feita de forma homogênea, pois evita a formação de bolsões de susceptíveis, considerando-se a efetividade e a eficácia de largo espectro que cada Imunobiológicos proporciona ao indivíduo. É uma das ações importantes para a redução da mortalidade infantil é a prevenção, através de imunização contra doenças infecto-contagiosas (imunopreviníveis). Em 2012, 93,3% das crianças menores de 1 ano estavam com a carteira de vacinação em dia (tabela 24). Tabela - 26 Cobertura Vacinal do esquema Básico < de 01 ano, Belém-PA- 2005 a 2012 ANO Vacinas BCG Hepatite B VOP Tetra VORH FA Meningo C PNEUMO 10 2005 162% 88% 106% 95% - 98% - - 2006 151% 92% 99% 96% - 100% - - 2007 145% 101% 109% 107% 85% 110% - - 2008 140% 97% 104% 97% 84% 101% - - 2009 116% 94% 98% 90% 80% 95% - - 2010 129,58% 94.68% 95.81% 94.72% 79.99% 99.76% - - 2011 171.70% 113.85% 125.41% 114.11% 97.83% 115.13% 96.11% 78.83% 2012 165.65% 106.90% 104.02% 101.33% 110.67% 106.26% 98.14% 79.47% Fonte: SI-API / SESMA – Março /2013 Tabela - 27 Série histórica das Campanhas Nacionais de Vacinação – Belém-PA 2005 a 2012. Ano Vacinas Influenza VOP 1ª Etapa VOP 2ª Etapa 2005 91% 98% 98% 2006 94% 97% 98% 2007 89% 95% 95% 2008 88% 99% 97% 2009 92.64% 97.07% 95.05% 2010 81.61% 95.26% 95.09% 2011 82.01% 89.43% 95.16% 2012 62.21% 104.02% - Fonte: SI-API / SESMA As Campanhas de multivacinação, conforme a série histórica acima se pode observar que no ano de 2012, apresentaram uma baixa cobertura (62,21%) sobre a influenza. Necessitando de melhores estratégias para operacionalização da mesma (tabela 31). 1.7 Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT’S) O panorama das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) apresenta um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que as DCNT são responsáveis por 63% de todos 36 milhões de mortes ocorridas no mundo em 2008 (WHO, 2011a). No Brasil, as DCNT são igualmente importantes, sendo responsáveis, em 2007, por 72% do total de mortes, com destaque para as doenças do aparelho circulatório (31,3% dos óbitos), neoplasias (16,3%) e diabetes (5,2%) (SCHMIDT et al, 2011), correspondendo a 75% dos gastos com atenção à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Séries históricas de estatísticas de mortalidade disponíveis para as capitais dos estados brasileiros indicam que a proporção de mortes por DCNT aumentou em mais de três vezes entre 1930 e 2006 (MALTA et al, 2006). Os indicadores de mortalidade pelas Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANT) têm no Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) a principal fonte de dados. O documento, que alimenta o SIM é a Declaração de Óbito (DO) preenchida pelo médico ao constatar um óbito. Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) constitui o principal sistema de informação de morbidade, através do qual é possível obter um conjunto de variáveis a cerca de 80% das internações hospitalares, como a causa da internação, os dias de permanência, a evolução da situação de saúde, o que levou a internação, custos, diretos, etc. Todas as informações obtidas podem ser desagregadas até o nível municipal. O município de Belém apresentou em 2010, um coeficiente geral de mortalidade de 5,85 óbitos por 1.000 habitantes, maior que os coeficientes apresentados por Belém e Brasil, respectivamente 5,85 e 5,94 óbitos por 1.000 habitantes, sendo que como causa dos óbitos destacam-se as Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs). Observando-se a série histórica entre 2006 e 2012*, a maior proporção de causas de óbitos, independentemente do sexo, ocorrem por doenças do aparelho circulatório 23,1%, assim como a segunda maior proporção se dá pelas neoplasias malignas 15,8% a partir do terceiro lugar, observa-se uma variação das proporções óbitos de acordo com sexo, onde para as mulheres, o terceiro lugar em proporção são óbitos por doenças do aparelho respiratório; e os homens com maior relevância nas causas externas. Tabela - 28 Nº e (TME) de Óbitos pelos Principais Grupos de Causa das (DANTs) em residentes de Belém- 2006 a 2012* Ano Total de Óbitos não fetais Grupo de Causa de óbito II. Neoplasias Malignas IX . Doenças do Apar Circulatório CID I00_99 IV. Endócrinas, Nutricionais e Metabólicas CID C00_97 CID E00_90 Nº Coef. Nº Coef. Nº Coef 2006 7.185 1058 74,1 1639 114,7 335 23,5 2007 7.325 1073 74,0 1743 120,1 405 27,9 2008 7.957 1160 81,5 1770 124,3 392 27,5 2009 8.035 1137 79,1 1849 128,6 423 29,4 2010 8.148 1111 79,7 1910 137,1 458 32,9 2011 8.258 1327 94,6 1997 142,4 517 36,9 2012* 8.736 1436 101,8 2094 148,5 561 39,8 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Nota: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 hab. (*) Dados sujeito a alterações– Abril /2013 Como se pode observar o comportamento das DANT’s na população de Belém na série histórica acima se sobrepõe apresentando coeficientes elevados em todo período, em 2012* as doenças do aparelho circulatório com 148,5 óbitos por* 100 mil habitantes, seguido das neoplasias 101,8 óbitos por* 100 mil habitantes e as doenças endócrinas nutricionais e metabólicas 39,8 óbitos por* 100 mil habitantes. Com isso necessita de ações estratégicas para melhoria no controle desses agravos a nível ambulatorial na busca de melhoria de acesso aos serviços de saúde e qualidade de vida da população (tabela 28). Tabela - 29 Nº e Proporção de Óbitos pelos Principais Grupos de Causa em residentes de Belém- 2008 a 2012 Grupo de Causa 2008 % 2009 % 2010 % 2011 % 2012* % Aparelho Circulatório 1.793 22,5 1.931 24,0 1.920 23,4 1.997 24,0 2.094 23,1 Neoplasias 1.230 15,4 1.233 15,3 1194 14,6 1.327 16,0 1.436 15,8 Aparelho Respiratório 929 11,7 941 11,7 987 12,0 959 11,5 1.122 12,4 Causas Externas 1.108 13,9 1.036 12,9 1.275 15,6 1.131 13,6 1.252 13,8 Causas Perinatais 538 6,7 533 6,6 417 5,09 444 5,6 469 5,2 Demais Causas 2.375 29,8 2.386 29,6 2.399 29,3 2.448 29,5 2.693 29,7 Total 7.973 100 8.060 100 8.192 100 8.306 100 9.066 100 Fonte: SIM / DEVS / SESMA Nota: (*) Dados sujeito a alterações – Abril /2013 Considerando-se a média dos últimos cinco anos, observa-se que a mortalidade proporcional por doenças do aparelho circulatório é responsável por cerca de 23,10% dos óbitos na população de Belém, seguida pelas neoplasias, responsável por 15,8% e as causas endócrinas, nutricionais e metabólicas, 6,4% dos óbitos da (tabela 29). Ao se classificar os óbitos por neoplasias malignas por sexo e faixa etária observa-se que na idade entre 20 e 39 anos o coeficiente é rapidamente maior entre as mulheres. Entretanto entre as demais faixas etárias esta situação se inverte. Na faixa etária de 40 a 59 anos e de 60 e mais, os homens apresentam, respectivamente, um risco 1,3 e 1,7 maior de óbitos por neoplasia comparando-se as mulheres da faixa de idade. Verifica-se ainda um aumento da freqüência de óbitos por neoplasia maligna de (pulmão, traquéia e brônquios, estômago e etc), conforme o aumento de idade, independentemente do sexo (tabela 30 e 31). .Tabela-30 Nº de Óbitos e TME por Neopl. Pulmão Traquéia e Brônquios por Faixa Etária em Belém - 2005 a 2010 Faixa etária 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef 0 a 29 anos 0 0,0 1 0,1 1 0,1 3 0,4 1 0,1 1 0,1 30 a 39 anos 1 0,5 5 2,2 3 1,3 0 0,0 0 0,0 8 3,4 40 a 49 anos 9 5,4 9 5,2 5 2,8 11 6,3 5 2,8 8 4,4 50 a 59 anos 26 26,1 26 23,6 21 18,2 24 20,5 22 18 18 14,3 60 a 69 anos 37 62,4 42 68,9 47 74,1 42 65,6 36 54,1 39 53,3 70 a 79 anos 43 131 33 102 48 143,9 46 137,9 51 148,5 37 96,1 80 anos e mais 17 117 20 141 18 121,4 27 180,4 19 122,4 14 76,6 Total 133 9,5 136 9,5 143 9,9 153 10,7 134 9,3 125 9 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas:TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Tabela-31 Nº de Óbitos e TME por Neoplasia Malignas do Estômago por Sexo em Belém - 2005 a 2010 Ano Óbitos Neoplasia Estômago Masculino Feminino Total Nº Ob Coef Nº Ob Coef 2005 96 14,4 66 8,9 162 2006 100 14,8 69 9,2 169 2007 110 16,0 77 10,1 187 2008 102 15,2 62 8,3 164 2009 96 14,1 57 7,5 153 2010 98 14,9 41 5,6 139 TOTAL 602 14,9 372 8,3 974 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes Tabela - 32 Nº Óbito e Taxa de Mortalidade Específica por Neoplasia de Colo do Útero por Faixa Etária em Belém- 2005-2010 Faixa etária 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef 0 a 29 anos 2 0,5 0 0,0 0 0,0 2 0,5 2 0,5 3 0,8 30 a 39 anos 15 12,8 13 10,7 4 3,2 14 11,1 8 6,2 12 9,7 40 a 49 anos 19 21,3 22 24 16 16,9 22 23,3 21 21,7 17 17,7 50 a 59 anos 9 16,5 16 26,5 10 15,8 15 23,4 17 25,4 23 33,5 60 a 69 anos 13 37,7 12 34 14 38,1 21 56,7 13 33,7 16 38,2 70 a 79 anos 6 31 7 35 8 38,6 10 48,3 10 46,9 14 59,7 80 anos E + 3 28,6 9 95,2 6 60,8 6 60,2 3 29 4 32,4 Total 67 9,1 79 10,5 58 7,6 90 12,1 74 9,8 89 12,1 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. De acordo com a série histórica acima os casos de câncer de colo de útero (CID 10 – Cap. II – C53), demonstra uma elevação da mortalidade com o aumento da idade das mulheres, a exceção dos anos de 2005 e 2007, onde mostra os coeficientes de mortalidade específica, que são maiores na faixa entre (40 a 59) anos, comparado a apresentada pelas mulheres com mais de 60 anos. Uma aproximação dos coeficientes nestas duas faixas etárias é observada novamente no ano de 2008 (tabela-32). Tabela- 33 Nº Óbito Taxa de Mortalidade Específica por Neoplasia de Mama em Mulheres por Faixa Etária em Belém- 2005 a 2010 Faixa etária 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef Nº Ob Coef 0 a 29 anos 0 0 0 0 1 0,2 1 0,3 2 0,5 2 0,5 30 a 39 anos 6 5,1 7 5,8 4 3,2 8 6,4 6 4,6 9 7,2 40 a 49 anos 19 21,3 22 24 11 11,6 20 21,2 15 15,5 20 20,8 50 a 59 anos 26 47,6 21 34,8 30 47,4 24 37,4 21 31,4 19 27,7 60 a 69 anos 14 40,6 16 45,4 21 57,2 22 59,4 19 49,3 15 35,8 70 a 79 anos 6 31 11 54,9 10 48,3 10 48,3 22 103,3 13 55,4 80 anos E + 9 85,7 11 116,3 13 131,8 12 120,5 14 135,4 10 81,0 Total 80 10,8 88 11,7 90 11,8 97 12,9 99 13 88 12,0 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Notas: TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. A série histórica dos casos de câncer de mama (CID10 – Cap. II - C50), em mulheres residentes de Belém, mostra que os coeficientes de mortalidade aumentaram acentuadamente à medida que aumenta a faixa etária dessas mulheres. Chama à atenção a elevação dos coeficientes no ano de 2009 nas faixas etárias a partir dos 30 anos (tabela 33). As Doenças do Aparelho Circulatório observa-se que na faixa de (40 a 59) anos os maiores coeficientes de mortalidade por doenças cerebrovasculares foram apresentados pela população masculina, com risco de óbito por esta causa de 1,6 maiores para os homens, segundo a média dos últimos cinco anos. Entretanto, os coeficientes de mortalidade por doenças cerebrovasculares apresentam sua maior magnitude na faixa etária a partir dos 60 anos de idade. Tabela-34 TME por Doença Cerebrovascules por Sexo e Faixa Etária em Belém - 2007 a 2010 Faixa etária Doença Cerebrovascules 2007 2008 2009 2010 M F M F M F M F 0 a 29 anos 0,8 1,5 1,6 1 0,5 1,3 0,6 1,1 30 a 39 anos 9 2,4 4,5 8,7 10,5 7 7,3 4,8 40 a 49 anos 40,2 31,7 25,8 24,4 27,6 19,7 35,8 17,7 50 a 59 anos 89,9 55,3 100,1 60,8 83,5 65,9 61,5 75,7 60 a 69 anos 265,6 174,3 226,5 175,4 253,6 140,1 227,2 128,9 70 a 79 anos 711,1 507,3 671,7 478,4 729,3 497,5 638 375,2 80 anos e mais 1972,2 1683,1 1877,4 1847,4 1718,1 1672,8 2024 1401,5 Total 51,3 53,5 48,3 56,6 49,8 54 54,9 53,6 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Tabela-35
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