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UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE E AGRÁRIAS ESTUDO DIRIGIDO DE IMUNOLOGIA CLÍNICA
Nome: Carine Taetti Bellini
1. Explique a diferença entre Antigenicidade e Imunogenicidade:
Imunogenicidade: Capacidade que uma substância tem de induzir uma resposta imunológica - imunógeno. 
Antigenicidade: Capacidade que uma substância tem de se ligar aos componentes do sistema imune – antígeno.
2. Cite todas as células envolvidas na resposta imune celular, discriminando as suas funções:
Linfócitos T: É um grupo de glóbulos brancos (leucócitos) responsáveis pela defesa do organismo contra agentes desconhecidos (antígenos). Possui papel principal de imunidade específica e imunidade celular, induzindo a Apoptose de células invadidas por vírus, bactérias intracelulares, danificadas ou cancerígenas. Amadurecem no timo, por isso se chamam linfócitos T.
Linfócito T citotóxico (CTL): É estimulado pela timosina (por isso chamado de timo-dependente) para desenvolver a capacidade de matar células que exibem antígenos específicos identificados como ameaças ao corpo por outras células do sistema imune. 
Linfócito T auxiliar: O linfócito T auxiliar, CD4+, tem a função de coordenar a função de defesa imunológica contra vírus, bactérias e fungos, principalmente através da produção e liberação de citocinas e interleucinas. São capazes de estimular a resposta imune humoral através de ligação direta com linfócitos B, ativados através da expressão de MHC de classe II carregado com antígeno, que interagem com o TCR.
Células T de memória: Células T de memória são derivadas de outros linfócitos T que aprenderam a responder a um invasor específico, por exemplo, uma espécie de bactéria, ou um tipo de fungo ou mesmo a um alérgeno e foram bem sucedidos em elimina-los. Passam a viver por muitos anos, e podem ser reativados para uma resposta mais rápida a um invasor similar ao que combateu no passado. Isso vale também para vacinas.
Células T reguladoras: atua ativando e estimulando outros leucócitos a se multiplicarem e atacarem antígenos. Assim, coordenam a resposta imune pela liberação de citocinas.
Linfócito T supressor: São linfócitos que tem a função de modular a resposta imune através da inibição da mesma.
Linfócitos B: Possui papel importante na imunidade humoral e é um essencial componente do Sistema imune adaptativo. Sua principal função é a produção de anticorpos contra antígenos.
Neutrófilos: São células importantes contra a invasão de microrganismos. Eles têm como principal função fagocitar bactérias e outros microrganismos que invadem nosso corpo.
Eosinófilos: São menos numerosos do que os neutrófilos, e são responsáveis por fagocitar e eliminar complexos de antígenos com anticorpos que aparecem em casos de alergia.
Basófilos: São células cujo núcleo é volumoso e irregular. Ainda não se sabe ao certo qual a sua real função.
Macrófagos: Têm grande poder fagocitário. Essas células fagocitam restos celulares, células mortas, proteínas estranhas, calo ósseo que se formou em uma fratura, tecido de cicatrização etc.
Mastócitos: Armazenam potentes mediadores químicos da inflamação, como a histamina, a heparina, a serotonina entre outros. Essa célula não tem muito significado no sangue, e ela participa de reações alérgicas, pois atrai os leucócitos e cria uma vasodilatação.
Monócitos: Permanecem apenas alguns dias no sangue, de onde atravessam as paredes de capilares e vênulas, penetrando nos órgãos e transformando-se em macrófagos.
Células dendríticas: Constituam parte do sistema imunitário inato, sendo capazes de fagocitar patógenos, a sua principal função é processar material antigénico, devolve-lo à sua superfície e apresentá-lo às células especializadas do sistema imunitário.
3. De que forma estão organizadas as respostas imunes inata e adquirida?
Imunidade inata: É a linha mais primitiva, de defesa inicial contra micro-organismos, e possui mecanismos de defesa celulares, físicos e bioquímicos existentes antes do estabelecimento da infecção, e que estão programados para reagir rapidamente à infecção. Seus mecanismos reagem contra micro-organismos e produtos de células lesadas essencialmente da mesma forma para toda infecção. Os principais componentes da imunidade inata são: 
a. Barreiras físicas e químicas (ex: barreira epitelial e substancias antibacterianas presentes nela); 
b. Células fagocitárias (ex: neutrófilos, macrófagos, etc.); 
c. Células NK (= natural killer); 
d. Proteínas do sangue, incluindo partes do sistema complemento e alguns mediadores de inflamação; 
e. Citocinas, que são proteínas reguladoras das células do sistema imune inato. 
A imunidade inata tem reações específicas para substancias, mas vários micróbios e moléculas são semelhantes ao ponto de ativar de forma igual o sistema imune inato. Desta forma, a imunidade inata é incapaz de detectar discretas diferenças entre micro-organismos. 
Imunidade adaptativa (= adquirida): A magnitude da sua reação, assim como a capacidade defensiva, aumenta com sucessivas infecções a um mesmo micro-organismo. Devido à variação da resposta deste tipo de imunidade, que se adapta á infecção, surgiu o nome imunidade adaptativa – uma imunidade menos primitiva. 
A imunidade adquirida tem grande capacidade de reconhecer e reagir a um vasto grupo de substancias, microbianas ou não. Também, possui incrível capacidade de distinguir diferentes micro-organismos e moléculas, ainda que apresentem grande semelhança. 
Portanto, se diz que a imunidade adaptativa tem excelentes capacidades de especificidade, distinguindo minuciosamente moléculas, e de “memória”, respondendo a infecções iguais subsequentes de forma cada vez mais eficaz. 
Os principais componentes da defesa imune adaptativa são linfócitos e seus produtos, como anticorpos; 
As substancias estranhas que induzem respostas imunológicas especificas ou são alvo destas respostas são chamados antígenos. 
4. Qual a importância de se fazer a pesquisa de anticorpos de doenças de etiologias variadas?
Anticorpos ao se ligarem aos antígenos criam complexos antígeno-anticorpo (complexos imunes), que servem de sinal para a destruição do antígeno pelo sistema imunológico, indicando alguma alteração, os quais são importantes servem como critério de cura, seleção de doadores de sangue, definição da etiologia da doença e
Inquéritos epidemiológicos. Os exames de anticorpos são individuais e específicos para a doença envolvida. São pedidos isoladamente ou em combinações, dependendo dos sintomas do paciente ou das informações que o médico quer obter. Se ele suspeitar de uma infecção presente, podem ser colhidas duas amostras (denominadas amostra aguda e amostra convalescente) para pesquisar alterações nos níveis de anticorpos. 
Alguns exames de anticorpos visam especificamente anticorpos IgM, IgG, IgA ou IgE. Os exames de anticorpos envolvem a mistura da amostra do paciente com um antígeno conhecido. Se um anticorpo estiver presente na amostra e se ligar ao antígeno conhecido, pode ser medida a formação do complexo antígeno-anticorpo. Pacientes com os sistemas imunológicos comprometidos podem não ser capazes de responder normalmente, produzindo menos anticorpos ou respondendo mais devagar à exposição antigênica. O significado detalhado de um resultado de exame de anticorpos depende dos sintomas do paciente e das circunstâncias específicas que levaram à realização do teste. Os resultados podem ser relatados de uma maneira qualitativa como “detectado” ou “não detectado” em caso de anticorpos contra agentes que causam infecções crônicas (como HIV), quando qualquer quantidade de anticorpos é considerada significativa. 
Importância da Pesquisa de Anticorpos no Diagnóstico Individual
1. Elucidar processos patológicos com sintomas e sinais clínicos confundíveis (Ex: patologias como toxoplasmose e mono nucleose infecciosa)
2. Diferenciar a fase da doença (Ex: IgM nos processos agudos e IgG nos processos crônicos)
3. Diagnosticar doença congênita (Ex: presença de anticorpos IgM anti-T pallidum no sangue do cordão umbilical)4. Selecionar doadores de sangue e órgãos (Ex: triagem sorológica para doença de Chagas, sífilis, hepatites B e C, HIV e HTLV)
5. Avaliar prognóstico da doença (Ex: presença de anticorpos anti-HBe na hepatite B)
6. Avaliar a eficácia da terapêutica (Ex: queda gradual dos níveis de anticorpos)
7. Avaliar a imunidade especifica naturalmente adquirida ou artificialmente induzido (Ex: anticorpos produzidos após vacinação)
9. Verificar o agravamento da patologia (Ex: presença de auto-anticorpos).
5. Qual o significado de sensibilidade e especificidade analíticas?
Sensibilidade Analítica é a capacidade de um procedimento analítico em gerar um sinal para uma definida mudança de quantidade e o ângulo da curva de calibração.
Especificidade analítica se refere à capacidade de um anti-soro distinguir entre dois antígenos relacionados.
6. Elabore um exemplo de situação empregando os significados de PRECISÃO, EXATIDÃO e REPRODUTIBILIDADE:
PRECISÃO: Determina a concordância dos resultados obtidos quando um mesmo teste é feito várias vezes. 
Ex: Aferir a pressão arterial 3 vezes e dar 12 por 8 em todas elas.
EXATIDÃO: Determina a capacidade do teste em fornecer resultados muito próximos ao valor verdadeiro. 
Ex: soro de referencia com valor de 250 ug/mL. Toda vez que se repete o ensaio o valor é próximo ao 250. 
REPRODUTIBILIDADE: Refere-se à obtenção de resultados iguais em testes realizados com a mesma amostra do material biológico, quando feitos por diferentes pessoas em diferentes locais.
Ex: Por exemplo, dois radiologistas que lêem de forma independente as mesmas radiografias e chegam ao mesmo diagnóstico alcançam o nível máximo de reprodutibilidade. Mas, os dois especialistas podem estar igualmente corretos ou igualmente errados em seus diagnósticos.
7. O que significa efeito prózona? Dê um exemplo:
Geralmente ocorre quando a quantidade de anticorpos presente na amostra de soro puro é desproporcional em relação à quantidade de antígeno do teste, gerando resultados falso-negativos no exame. Ocorre nos testes não treponêmicos, como o VRDL e o RPR, por exemplo. No secundarismo da sífilis a produção de anticorpos é intensa, e esse fenômeno é observado em cerca de 1 a 2% das amostras destes pacientes. O problema é facilmente solucionado testando-se a amostra em diluições acima de 1/4.
8. Qual o princípio das metodologias de hemaglutinação?
Reação de Hemaglutinação: É um exame de laboratório que utiliza hemácias e anticorpos (imunoglobulinas M e G) para verificar a presença de um antígeno no sangue. É um método fácil, rápido e muito utilizado para diagnosticar vírus, por exemplo. São de execução simples. Podem ser feitos em amostras de soro ou plasma. Não necessitam equipamentos para sua realização ou para a leitura dos resultados.
Hemaglutinação passiva: Proteínas podem ser adsorvidas a hemácias tratadas com ácido tânico e podem ser aglutinadas por Ac específicos. Geralmente é utilizado hemácias de carneiro ou humanas do grupo O. O teste considerado positivo: verifica formação de tapete cobrindo o fundo da cavidade da placa em “V” (título será a máxima diluição em que se observa a formação de tapete). Enquanto que o teste será considerado negativo quando hemácias sedimentam formando “botão” compacto. Ex.: Pesquisa de Ac para Trypanosoma cruzi, Treponema pallidum (sífilis), Toxoplasma gondii.
Hemaglutinação direta: Os testes que utilizam hemácias como células antigênicas, como são a tipagem sanguínea de antígenos eritrocitários e a pesquisa de anticorpos heterofilos na mononucleose infecciosa.
Inibição da hemaglutinação direta: Ac + Vírus = Ausência de Aglutinação (positivo para presença de Ac na amostra) Antígenos virais aglutinam hemácias. Anticorpos presentes na amostra inibem a aglutinação indicando presença de anticorpos. Ex.: Rubéola, Sarampo, Influenza.
9. Por que o Western blotting é considerado um teste de referência para a confirmação de doenças?
É uma técnica usada para detectar proteínas de uma determinada amostra e serve como teste confirmatório dos resultados obtidos em testes imunoenzimaticos. Favorece a seleção de anticorpos específicos contra vários antígenos de uma partícula antigênica em uma mistura complexa de proteínas. Com esta técnica é possível obter informações sobre a massa molecular e a quantidade relativa existente dessa proteína específica numa determinada amostra. A técnica baseia-se na separação das proteínas por peso molecular através de uma eletroforese, seguindo-se da transferência para uma membrana e a detecção da proteína de interesse com um anticorpo específico.
10. Qual a utilização do método de ELISA sanduíche? Explique o princípio:
É um dos formatos mais eficazes, sendo chamado assim pois o antígeno fica entre dois anticorpos, o de captura e o de detecção, e é usado por ser robusto e sensível ao mesmo tempo. Dessa forma, são ligados ao fundo do placa de teste os anticorpos de captura, impedindo que haja outros pontos de ligação fortes para o antígeno. A seguir, é adicionada a amostra de interesse, e caso exista antígeno específico procurado, este se liga aos anticorpos de captura. Em seguida é feita uma lavagem para a retirada de antígenos que não se ligaram aos anticorpos de captura. Posteriormente, é adicionada a amostra os anticorpos conjugados a enzima, que farão o reconhecimento da presença do antígeno. A seguir é feita uma segunda lavagem para a retirada dos anticorpos conjugados que não se ligaram a amostra e, por fim, é adicionado o substrato que reagem com a enzima, que promove a mudança de cor ou fluorescência.
Como essa técnica utiliza anticorpos de captura, há um aumento da especificidade da ligação destes com a amostra. Dessa forma, não há necessidade de purificá-la, evitando a competição com outros antígenos e melhorando o processo de análise. Além disso, é comum que os anticorpos conjugados a enzimas reconheçam e possam se ligar a regiões do anticorpo ligado ao antígeno. Em suma, esse processo é bastante específico, podendo ser utilizado para exames contra falsos-positivos.

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