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ANNA BEATRIZ VARGAS DA SILVA JOÃO AUGUSTO JULIA BRANDÃO MARTINS KARINE RAATS VITOR FRANCISCO WESTERN BLOTTING ANÁLISE DE PROTEÍNAS WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • Um experimento western blotting, também conhecido como protein immunoblotting, foi introduzido por Towbin, em 1979 e tornou-se uma técnica de rotina muito utilizada na biologia molecular para análise de proteínas. • Com esta técnica, é possível detectar, caracterizar e semi-quantificar múltiplas proteínas, principalmente aquelas que estão em baixas quantidades na amostra, obtendo informações sobre a massa molecular e a quantidade relativa existente. Introdução WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • Baseia-se na separação das proteínas por peso molecular através de uma eletroforese, seguindo-se da transferência para uma membrana e a detecção da proteína de interesse com um anticorpo específico. • Os passos para a elaboração dessa técnica pode ser resumida em cinco etapas: 1ª - Extração e quantificação das proteínas 2ª - Eletroforese em gel de poliacrilamida 3ª - Transferência das proteínas para uma membrana 4ª - Incubação e detecção da proteína específica 5ª - Revelação dessa membrana para análise dos dados Técnica WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • As amostras são homogenizadas por sonicação (quebra das células por ondas sonoras de alta frequência) ou por força mecânica (centrifugação) resultando em uma mistura homogênea dos componentes da célula. • O método espectroscópico utilizado para quantificação é o método de Bradford, pois é mais rápido, não exige aquecimento e apresenta alta sensibilidade para baixas concentrações de proteínas. • Baseia-se na mudança de cor através das interações hidrofóbicas e iônico que estabilizam o complexo proteína-corante (da solução ácida avermelhada para a cor azulada com presença de proteínas). • Para quantificar a concentração de proteínas na amostra deve-se fazer uma curva de padronização com concentrações conhecidas de uma proteína (soroalbumina bovina, BSA) x absorbância em 595 nm (comprimento de onda que o complexo proteína-corante absorve). • A partir dessa curva obtém-se a equação de ajuste linear na qual é possível substituir os valores médios de absorbâncias das amostras, obtendo-se assim os valores da concentração das proteína. 1ª - Extração e quantificação das proteínas WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • As proteínas da amostra são separadas de acordo com o peso molecular usando-se a eletroforese em gel, a técnica mais utilizada é a eletroforese desnaturante, em gel de SDS-poliacrilamida (SDS-PAGE), fazendo com que as proteínas sejam separadas por peso molecular. • Inicialmente prepara-se o gel, que será uma matriz inerte através da qual as proteínas poderão migrar. Para que as proteínas migrem apenas em uma direção ao longo do gel, as amostras são carregadas lado-a- lado em "valas" feitas no gel. Elas são então separadas por massa em "bandas" dentro de cada canaleta. Uma canaleta é reservada para um "marcador", ou ladder, uma mistura disponível comercialmente de proteínas de pesos moleculares conhecidos. • As proteínas podem possuir cargas positivas ou negativas, dependendo das cargas dos aminoácidos que as compõem. É utilizado, então, o SDS (sodium dodecyl sulfate), um poderoso detergente carregado negativamente, que se liga nas regiões hidrofóbicas das moléculas de proteínas mascarando a carga intrínseca, e permitindo que as proteínas migrem em direção ao polo positivo em um campo elétrico. 2ª - Eletroforese em gel de poliacrilamida WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS Visualização de proteínas após eletroforese • Essas proteínas podem ser visualizadas diretamente no SDS-PAGE por coloração direta do gel, por corantes como o Comassie-Blue ou por tratamentos com nitrato de prata. • O nitrato de prata é um dos métodos mais sensíveis de detecção, que permite a visualização de proteínas de até 10ng, enquanto que a coloração por Coomassie-Blue detecta proteínas de até 300ng. WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • Após a eletroforese, a proteína deve ser transferida do gel para uma membrana, atualmente usa-se a transferência eletroforética (electroblotting) que é muito mais rápida. • O processo envolve o uso de almofadas porosas e papel de filtro para facilitar a transferência. • Quando um campo elétrico é aplicado, as proteínas se movem para fora do gel de poliacrilamida e para a superfície da membrana, onde as proteínas se ligam firmemente. • O resultado é uma membrana com um padrão de proteína igual ao que estava originalmente no gel de poliacrilamida. • Depois de terminado o tempo de aplicação da corrente elétrica, usa-se um corante denominado Ponceau S para confirmar a transferência das proteínas para a membrana, e verificar se essa transferência ocorreu de maneira igual para todas as amostras. 3ª - Transferência das proteínas para uma membrana WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • Existem três tipos de membranas usadas para western blotting: de nitrocelulose, nylon ou PVDF (polyvinylidene fluoride). • Diferentes proteínas podem se ligar com eficiências diferentes nessas membranas: 3ª - Transferência das proteínas para uma membrana Mais utilizada Menor custo WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS • Para visualizar uma proteína de interesse é utilizado um anticorpo específico que vai reagir com um epítopo (área da molécula do antígeno que se liga aos receptores celulares e aos anticorpos) da proteína, formando um complexo anticorpo-antígeno. 1ª Etapa: Bloqueio • A membrana possui uma alta afinidade por proteínas, dessa forma, é necessário bloqueá-la para evitar que os anticorpos se liguem a toda a superfície da membrana • Para bloquear a membrana geralmente é utilizado leite em pó desnatado (LD), ou polímeros sintéticos como a poli-vinil-pilorridona (PVP). • O bloqueio é realizado com a solução de bloqueio (tampão TBS pH 7,5 + Tween 20 0,3% + Leite Desnatado 5%) por 1 hora incubado em temperatura ambiente em constante agitação. Após o bloqueio, a membrana é lavada com a solução de lavagem (TBS + Tween 20 0,3%) por 3x a cada 5 minutos. 4ª - Incubação e detecção da proteína específica WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS 2ª Etapa: Incubação • A incubação da membrana com o anticorpo primário geralmente ocorre a 4ºC e, depois disso, a membrana é lavada 3x com tampão de lavagem para retirar todo o anticorpo que não está especificamente ligado à proteína de interesse. • Depois da lavagem, a membrana é incubada com um anticorpo secundário. Esse anticorpo é um anti- IgG, ou seja, é um anticorpo que reconhece um anticorpo. • Esse anticorpo secundário possui alguma modificação que permitirá a visualização da proteína de interesse. As principais modificações utilizadas atualmente são: Conjugação do anticorpo com uma enzima (peroxidade ou fosfatase alcalina) Associação do anticorpo com um fluoróforo 4ª - Incubação e detecção da proteína específica WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS Conjugação do anticorpo com uma enzima (peroxidade ou fosfatase alcalina) 5ª - Revelação dessa membrana para análise dos dados WESTERN BLOTTING: ANÁLISE DE PROTEÍNAS Associação do anticorpo com um fluoróforo 5ª - Revelação dessa membrana para análise dos dados
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