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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
 DO TOCANTINSCAMPUS GURUPI
ESTÁGIO E DOCÊNCIA
FICHAMENTO DE TEXTO ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
CURSO SUPERIOR DE LICENCIATURA EM ARTES CÊNICAS
NATÁLIA R. PIMENTA
FEVEREIRO / 2013
GURUPI – TO
FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO:
Pimenta, Selma Garrido
Estágio e docência/Selma Garrido Pimenta, Maria Socorro Lucena Lima; revisão técnica José Cerchi 
Fusari,- São Paulo: Cortez, 2004.
Estágio: diferentes concepções
" O estágio é a prática dos cursos de formação de profissionais, prática que a profissão se aprende na
prática e que certos professores e disciplinas são por demais teóricos. Os currículos, ou seja, os
conjuntos de disciplinas da escola são constituídos sem qualquer explicitação de seus nexos na
realidade que lhes deram origem. Essas disciplinas do currículo têm autonomia em relação ao campo
de atuação dos profissionais e ao significado social, cultural, humano e atuação profissional. Portanto,
para desenvolver todas essas perspectivas, é necessário explicitar os conceitos de prática e de teoria,
onde o desenvolvimento do estágio aponta para uma atitude investigativa que envolve a reflexão e a
intervenção na vida da escola, dos professores, dos alunos e da sociedade. " (Pimenta, Selma
Garrido.2004 p. 33/34)
1. A prática como imitação de modelos
" A prática como imitação de modelos é denominada por alguns autores “artesanal”, que caracteriza o
modo tradicional da atuação docente. Essa concepção no ensino é imutável e os alunos também o
são, e cabe à escola ensiná-los, segundo a tradição. A formação do professor se dá pela observação
e tentativa de reprodução dessa prática modelar e o estágio nessa perspectiva reduz-se a observar
esses professores em aula e imitar esses modelos sem proceder a uma análise crítica fundamentada
na realidade social em que o ensino se processa." ( Pimenta , Selma Garrido 2004. p. 35)
2. A prática como instrumentalização técnica
"O exercício de qualquer profissão é técnico, sendo que a redução às técnicas não da conta do
conhecimento científico nem da complexidade das situações do exercício dos profissionais. A prática
pela prática e o emprego de técnica sem a devida reflexão podem reforçar a ilusão de que há uma
prática sem teoria ou de uma teoria desvinculada da prática. Nessa perspectiva, atividade de estágio
fica reduzida à hora da prática, ao como fazer, as técnicas a ser empregadas em sala de aula, ao
desenvolvimento de habilidades específicas do manejo de classe, ao preenchimento de fichas de
observação, digramas ou fluxogramas. Portanto, a habilidade que o professor deve desenvolver é
saber lançar mão adequadamente das técnicas conforme as diversas e diferentes situações em que o
ensino ocorre, o que necessariamente implica a criação de novas técnicas. No conceito da ação
docente, a profissão do educador é uma prática social, isso porque a atividade docente é ao mesmo
tempo prática e ação. Na prática, as formas de educar ocorrem em diferentes contextos
institucionalizados, configurando a cultura e a tradição das instituições. A estrutura da prática obedece
a múltiplos determinantes, tendo sua justificação em parâmetros institucionais, organizativos,
tradições metodológicas, possibilidades reais dos professores e das condições físicas existentes.
Na ação é sempre referida a objetivos, finalidades e meios, implicando a consciência dos sujeitos
para essas escolhas, supondo certo saber e conhecimento, tendo em vista seu modo de agir e
pensar, seus valores, seus compromissos, suas opções, seus desejos e vontade, seus esquemas
teóricos de leitura do mundo, seu modo de ensinar, de se relacionar com os alunos, de planejar e
desenvolver seus cursos. As atividades que os professores realizam no coletivo escolar
desenvolvidas de certas atividades materiais, orientadas e estruturadas são denominadas ações
pedagógicas." (Pimenta , Selma Garrido.2004 p .37/38/39)
3. O que entendemos por teoria e por prática
"O reducionismo dos estágios às perspectivas da prática instrumental e do criticismo, como
anteriormente apresentadas expõe os problemas na formação profissional docente. A dissociação
entre teoria e prática aí presente resulta em um empobrecimento das práticas nas escolas, o que
evidencia a necessidade de se explicitar por que o estágio é teoria e prática (e não teoria ou prática).
Para tanto, necessário se faz explicitar o conceito que temos de teoria e de prática. Para isso, vamos
introduzir o conceito de ação docente. A profissão docente é uma prática social, ou seja, como tantas
outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso, por meio da educação que ocorre, não
só, mas essencialmente nas instituições de ensino. Para melhor compreendê-la, necessário se faz
distinguir a atividade docente como prática e como ação. A prática educativa (institucional) é um traço
cultural compartilhado e que tem relações com o que acontece em outros âmbitos da sociedade e de
suas instituições. Portanto, no estágio dos cursos de formação de professores, compete possibilitar
que os futuros professores se apropriem da compreensão dessa complexidade das práticas
institucionais e das ações aí praticadas por seus profissionais, como possibilidade de se prepararem
para sua inserção profissional. É, pois, uma atividade de conhecimento das práticas institucionais e
das ações nelas praticadas." Pimenta , Selma Garrido. 2004 p. 41/42)
4. O Estágio superando a separação entre teoria e prática.
"No movimento teórico recente sobre a concepção de estágio, é possível situar duas perspectivas
que marcam a busca para se superar a pretensa dicotomia entre atividade teórica e atividade prática.
A produção dos anos 90 do século anterior é indicativa dessa possibilidade, quando o estágio foi
definido como atividade teórica que permite conhecer e se aproximar da realidade. Mais
recentemente, ao se colocar no horizonte as contribuições da epistemologia da prática e se
diferenciar o conceito de ação, que diz dos sujeitos, do conceito de prática, que diz das instituições, o
estágio como pesquisa começa a ganhar solidez." ( Pimenta , Selma Garrido.2004 p. 44)
O estágio: aproximação da realidade e atividade teórica
"Pimenta e Gonçalves (1990) consideram que a finalidade do estágio é a de propiciar ao aluno uma
aproximação à realidade na qual atuará. Assim, o estágio se afasta da compreensão até então
corrente, de que seria a parte prática do curso. Defendem uma nova postura, uma re-definição do
estágio que deve caminhar para a reflexão, a partir da realidade. Esse conceito provoca, entretanto,
algumas indagações: o que se entende por realidade? Que realidade é essa? Qual o sentido dessa
aproximação? O aproximar-se seria uma observação minuciosa ou à distância? A aproximação à
realidade só tem sentido quando tem conotação de envolvimento, de intencionalidade, pois a maioria
dos estágios burocratizados, carregados de fichas de observação, está numa visão míope de
aproximação da realidade. Isso aponta para a necessidade de um aprofundamento conceitual do
estágio e das atividades que nele se realizam. É preciso que os professores orientadores de estágios
procedam, no coletivo, junto a seus pares e alunos, essa apropriação da realidade, para analisá-la e
questioná-la criticamente, à luz de teorias." ( Pimenta , Selma Garrido.2004 p.45)
5. O estágio como pesquisa e a pesquisa no estágio
"A pesquisa no estágio é uma estratégia, um método, uma possibilidade de formação do estagiário
como futuro professor e o estágio como pesquisa explica toda e qualquer situação observada,
conduzindo os estagiários a buscar novos conhecimentos na relação entre as explicações existentes
e os dados que a realidadeimpõe e que são percebidos na postura investigativa. A pesquisa no
estágio tem suas origens no início dos anos 1990, após o questionamento no campo da didática e da
formação de professore, sobre a indissociabilidade entre teoria e prática. Professor reflexivo é aquele
que torna a reflexão na forma de adjetivo, de atributo do próprio ser humano, com um movimento
teórico de compreensão do trabalho docente, ou seja, aquele que valoriza os saberes da prática
docente em contextos institucionalizados e capazes de produzir conhecimento. Professor pesquisador
é aquele que abre perspectivas para a valorização da pesquisa na ação dos profissionais, ou seja,
aquele que amplia o desenvolvimento da própria pesquisa qualitativa na educação brasileira. No
entanto, professor reflexivo e professor pesquisador mostram a fertilidade da realização do estágio
como pesquisa e como utilização de pesquisas no estágio." ( Pimenta , Selma Garrido.2004 p.46/47)
Por que o estágio para quem não exerce o magistério: o aprender a profissão
"O estágio supervisionado para os alunos que ainda não exercem o magistério pode ser um espaço
de convergência das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso e ser uma
contingência de aprendizagem da profissão docente mediada pelas relações sociais historicamente
situadas. O estágio como reflexão da práxis possibilita aos alunos que ainda não exercem o
magistério aprender com aqueles que já possuem experiência na atividade docente.É obrigatório o
estágio e o cumprimento da sua carga horária nos cursos de formação de professores, de modo que
indique a necessidade de explicitar e valorizar o estágio como um campo de conhecimentos
necessários aos processos formativos.Para aprender a profissão é preciso que o futuro professor
tenha em mente se é isso mesmo que ele vai querer pra vida toda, e principalmente, o futuro
professor tem gostar de ser professor e de saber lidar em qualquer situação em sala de aula."
( Pimenta , Selma Garrido.2004 p.100/101)
1. Perspectivas e dificuldades do estágio para quem não é professor
"Os conhecimentos e as atividades têm por finalidade permitir que os futuros professores se
apropriem de instrumentos teóricos e metodológicos para a compreensão da escola, dos sistemas de
ensino e das políticas educacionais. Essa formação tem como objetivo preparar o estagiário para a
realização de atividades nas escolas, com os professores em salas de aula, como para o exercício de
análise, avaliação e crítica que possibilite a proposição de projetos de intervenção a partir dos
desafios e dificuldades que a rotina do estágio nos revela nas escolas.
Um dos primeiros impactos do estagiário é o susto diante da real condição das escolas e as
contradições entre o escrito e o vivido, o dito pelos discursos oficiais e o que realmente acontece. Em
algumas escolas ele vai se deparar com muitos professores insatisfeitos, desgastados pela vida que
levam, pelo trabalho que desenvolve e pela perda dos direitos conquistados, além dos problemas do
contexto econômico-social que os afeta." ( Pimenta , Selma Garrido.2004 p.102/103)
2. Universidade, estágio e escola: um trânsito entre diferentes culturas institucionais.
"No trânsito entre instituições de diferentes níveis de ensino, com características, objetivos, estrutura
e funcionamentos diversos, é preciso que se compreendam suas culturas específicas e o que as
aproxima, a fim de não incorrer em mútuas acusações. Entender o estágio como campo de
conhecimento aponta entre o indivíduo e a prática social em que o habitus (princípio operador que
leva a interação entre as estruturas objetivas e as práticas, que permitem engendrar todos os
pensamentos, as percepções e ações características de uma cultura) que funciona como
mediação.Ao transitar da universidade para a escola e desta para a universidade, os estagiários
podem tecer uma rede de relações, conhecimentos e aprendizagens, não com o objetivo de copiar, de
criticar apenas os modelos, mas no sentido de compreender a realidade para ultrapassá-la,
aprendendo com os professores profissionais como é o ensino, como é ensinar e o desfio de ser
aprendido/ensinado no decorrer dos cursos de formação e no estágio. Assim, o estágio, conforme o
professor se caracteriza como uma interação do que como uma simples intervenção que se abre a
possibilidade de uma ação entre a universidade e a escola, na qual professores-alunos e professor de
estágio atualizem seus conhecimentos acerca da profissão docente." ( Pimenta , Selma Garrido.2004
p.107-109)
3.Sobre ensinar e aprender a profissão docente
"Nas propostas metodológicas há valores e idéias em relação aos processos de ensinar e de
aprender, com concepções de conhecimento e de ciência que norteiam a prática pedagógica do
professor de estágio, sendo assim, revela que as práticas dos professores universitários são
fortemente marcadas pela concepção positivista de ciência, em que o conhecimento é valorizado na
disciplina intelectual que faz muitas vezes do professor a única fonte de informações.No entanto, a
pesquisa é componente essencial das práticas de estágio, apontando novas possibilidades de ensinar
e aprender a profissão docente, inclusive para os professores formadores, que são convocados a
rever suas certezas, suas concepções do ensinar e do aprender e seus modos de compreender, de
analisar e de interpretar os fenômenos percebidos nas atividades de estágio. ( Pimenta , Selma
Garrido.2004 p.113)
4. Para finalizar: sugestões, caminhos, possibilidades
"O estágio para os alunos que estão em fase de formação inicial e que ainda não exercem o
magistério é um estágio de boas-vindas de novos companheiros de profissão. Estágio, prática de
ensino, observação, problematização, investigação, análise e intervenção, se resultarão em reflexão,
pois tudo isso será o caminho que iremos percorrer.A seguir algumas aprendizagens de extrema
importância para integrar o projeto de estágio:
 Aprendizagens do contexto: local em que a escola está situada, cidade, bairro (localização no
mapa da cidade, levantamento socioeconômico-cultural);
 Aprendizagens de chegada: a porta ou o portão da escola;
 Aprendizagens de aprofundamento: o diagnóstico da escola;
 Aprendizagens sobre o projeto político-pedagógico da escola: objetivo de tornar concreto o
planejamento elaborado pela comunidade escolar;
 Aprendizagens decorrentes da dinâmica interativa de saberes: o estudo das relações
estabelecidas no encontro/confronto de professores da universidade, docentes da escola de
ensino fundamental e médio, estagiários, cada um com seus valores, visões de mundo e
experiências;
 Aprendizagens sobre a vida e o trabalho dos professores nas escolas: as condições de
trabalho, salário, relações com associações e sindicatos, grupos de estudo ou lazer e o
significado em sua vida de ser professor;
 Aprendizagens sobre os saberes da investigação: elaborar pequenos projetos de investigação,
envolvendo a problematização, os instrumentos de coleta de dados, formas de registro,
análise e interpretação;
 Aprendizagens sobre a escola em movimento: são as entradas, saídas, atividades no pátio de
recreio, quadra de esportes, corredores, banheiros, portas das salas de aula e cantina;
 Aprendizagens sobre a gestão escolar: direção, quem é, como se constitui dirigente,
formação, modos de gestão, conselhos de pais e escolar; articulação da escola com projetos
externos: saúde, esporte e meio ambiente;
 Aprendizagens sobre a origem e gestão das verbas e dos recursos;
 Aprendizagens sobrea sala de aula: o movimento da sala, seus conflitos, contradições e
possibilidades:
 Aprendizagens sobre os níveis, turnos, salas de especiais deensino: educação de adultos,
alunos com necessidades especiais, programas de educação inclusiva:
 Aprendizagens sobre a história da escola: contextualizar suas origens e transformações, sua
relação institucional e funcional com demais escolas da comunidade e do sistema a que
pertence: estadual, municipal, particular e religioso;
 Aprendizagens sobre as formas de organização do processo de ensino- aprendizagem:
currículo, seriação, ciclos, gestão pedagógica, planejamento, avaliação; eventos culturais,
sociais e esportivos e suas vinculações com o projeto pedagógico;
 Aprendizagens sobre quais teorias estudadas na universidade circulam nas práticas da escola.
A atenta observação e investigação podem dar rumos a outras questões sobre o cotidiano escolar em
que o estagiário, ao fazer sua intervenção, pode aprender a profissão docente e encontrar elementos
de formação de sua identidade." ( Pimenta , Selma Garrido.2004 p.117-121)

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