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11 - Pagamento com Sub-Rogação

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Pagamento com Sub-Rogação (CC, 346 a 351)
Quando um terceiro paga ou empresta o necessário para que o devedor solva a sua obrigação, operar-se-á, por convenção ou em virtude da própria lei, a transferência dos direitos e, eventualmente, das garantias do credor originário para o terceiro (sub-rogado). Diz-se, no caso, ter havido pagamento com sub-rogação pessoal, ou seja, pagamento com substituição de sujeitos no polo ativo da relação obrigacional. A dívida será considerada extinta em face do antigo credor, remanescendo, todavia, o direito transferido ao novo titular do crédito. (GAGLIANO, Pablo Stolze e Pamplona Filho, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. vol. 2. São Paulo: Saraiva).
Desse modo, “na sub-rogação pessoal ativa, efetivado o pagamento por terceiro, o credor ficará satisfeito, não podendo mais requerer o cumprimento da obrigação. No entanto, como o devedor originário não pagou a obrigação, continuará obrigado perante o terceiro que efetivou o pagamento. Em resumo, o que se percebe na sub - rogação é que não se tem a extinção propriamente dita da obrigação, mas a mera substituição do sujeito ativo, passando a terceira pessoa a ser o novo credor da relação obrigacional” (TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil – v. 2. Rio de Janeiro: Forense). 
Assim, o pagamento com sub-rogação “consiste na substituição do credor por terceiro que entrega a res debita ou empresta o necessário ao adimplemento, assumindo os direitos de titular da relação obrigacional” (Paulo Nader).
Art. 346. “A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
I - do credor que paga a dívida do devedor comum”. 
Sub-rogação legal.
Assim, o inciso I do art. 346 “cogita na hipótese de o devedor ter mais de um credor. Se um deles promover a execução judicial de seu crédito, preferencial ou não, poderá o devedor ficar sem meios para atender aos compromissos com os demais credores. Qualquer destes pode, então, pagar ao credor exequente, sub-rogando-se em seus direitos, e aguardar a melhor oportunidade para a cobrança de seu crédito (Carlos Roberto Gonçalves).
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel; 
A hipoteca é um	direito real de garantia incidente sobre imóveis. 
Desse modo, anota Carlos Roberto Gonçalves: “ é comum o fato de o adquirente de imóvel hipotecado pretender pagar ao credor o saldo devedor, para liberar o imóvel do gravame que o onera. Neste caso, a sub-rogação opera-se, de pleno direito, em seu favor” (CC, art. 346, II).
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
“Esta é a hipótese mais comum de sub-rogação legal. Opera-se quando um terceiro, juridicamente interessado no cumprimento da obrigação,	paga a dívida, sub-rogando-se nos direitos do credor. É o que o corre no caso do fiador, que paga a dívida do devedor principal, passando, a partir daí, a poder exigir o valor desembolsado, utilizando, se necessário, as garantias conferidas ao credor originário. É o que ocorre, também, quando um dos devedores solidários paga a dívida ao credor comum” (GAGLIANO, Pablo Stolze e Pamplona Filho, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. vol. 2. São Paulo: Saraiva.
Art. 346. A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
O art. 346, item III, prevê ainda a modalidade de terceiro interessado e dívida pela qual era ou podia ser obrigado. Terceiro interessado é, por exemplo, o fiador ou o avalista. Terceiro que podia ser obrigado é a possibilidade de ter o seu nome vinculado a uma obrigação condicional (Paulo Nader). 
Sub-rogação convencional: é a vontade das partes. CC. art. 347.
Art. 347. A sub-rogação é convencional: I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
“A hipótese é de terceiro não interessado que acorda com o credor o pagamento de uma dívida de outrem, sob a condição de lhe serem transferidos todos os direitos correspondentes ao crédito. O contrato poderá ser firmado também por mandatário com poderes específicos, não sendo vedado ao terceiro fazer-se representar pelo devedor” (Paulo Nader). 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito. Nesse contexto, “há iniciativa do devedor, que consegue alguém que lhe empreste o numerário para pagar a dívida e passa a dever, com todos os direitos originários, ao mutuante” (VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Vol. II. São Paulo: Atlas).
Art. 348. Na hipótese do inciso I do artigo antecedente, vigorará o disposto quanto à cessão do crédito.
Orlando Gomes observa que, “quando a sub--rogação se verifica mediante acordo entre o accipiens e o solvens é rigorosamente convencional, tendo mecanismo semelhante ao da cessão de crédito, com a diferença apenas de que a transferência dos direitos do credor se opera por efeito do pagamento”.
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
CC, art. 349. Efeitos da sub-rogação: 
O principal efeito da sub-rogação é, exatamente, transferir ao novo credor “todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e seus fiadores”. Dessa forma, se o credor principal dispunha de garantia real (uma hipoteca ou um penhor, por exemplo) ou pessoal (fiança), ou ambas, o terceiro sub-rogado passará a detê-las, podendo, pois, tomar as necessárias medidas judiciais para a proteção do seu crédito, como se fosse o credor primitivo” (GAGLIANO, Pablo Stolze e Pamplona Filho, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. vol. 2. São Paulo: Saraiva). 
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
Bibliografia: 
CHAVES, Cristiano e ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: obrigações. V. 2. São Paulo: Atlas.
Código Civil Brasileiro atualizado 
Código Civil para Concursos/coordenador Ricardo Didier. Salvador: Juspodivm, 2017.
Constituição Federal 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. v. 2. São Paulo: Saraiva.
GAGLIANO, Pablo Stolze e Pamplona Filho, Rodolfo. Novo Curso de Direito Civil. vol. 2. São Paulo: Saraiva.
GOMES, Orlando. Obrigações. Rio de Janeiro: Forense. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Teoria Geral das Obrigações. Vol. 2. São Paulo: Saraiva.
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Teoria Geral das Obrigações. São Paulo: Saraiva. 
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de Direito Civil. v. 4. São Paulo: Saraiva. 
MONTEIRO, Washington de Barros; MALUF, Carlos Alberto Dabus. Curso de Direito Civil. V. 4. São Paulo: Saraiva.
NADER, Paulo. Curso de Direito Civil - Direito das Obrigações. v. 2. Rio de Janeiro: Forense. 
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de Direito Civil. v.2. Rio de Janeiro: Forense.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das obrigações. Rio de Janeiro: Forense.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil: Parte Geral das Obrigações. Vol. 2. São Paulo: Saraiva.
ROSENVALD, Nelson; FARIAS, Cristiano Chaves de. Curso de Direito Civil. V. 2. Salvador: Juspodivm.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil: Direito das Obrigações e Responsabilidade Civil – v. 2. Rio de Janeiro: Forense. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Teoria Geral das Obrigações e Teoria Geral dos Contratos. São Paulo: Atlas.
VENOSA, Silvio de Salvo. Direito Civil. Vol. II. São Paulo: Atlas.
WALD, Arnoldo. Curso de Direito Civil Brasileiro: Obrigações e Contratos. São Paulo: Revista dos Tribunais.

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