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TCC - Adriane Thomas - ADM

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0 
UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO 
RIO GRANDE DO SUL 
 
DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, 
ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO 
 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DE ASSESSORIA 
IMOBILIÁRIA NO MUNICÍPIO DE IJUÍ – RS 
 
 
 
 
ADRIANE THOMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí – RS, junho de 2015 
 
1 
ADRIANE THOMAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DE ASSESSORIA 
IMOBILIÁRIA NO MUNICÍPIO DE IJUÍ – RS 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Curso de Administração 
da Universidade Regional do Noroeste do 
Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 
como requisito parcial à obtenção do grau 
de Bacharel em Administração. 
 
Orientador: Prof. Ms. Remi Antonio Dama 
 
 
 
 
Ijuí – RS, junho de 2015 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
Aos Meus queridos pais, Zeno e Loni Thomas, 
dedico para vocês esta conquista, pois vocês fazem 
parte dela. 
Obrigado por tudo, por serem a minha família, minha 
base, meu porto seguro, por estarem sempre ao 
meu lado! 
 
 
3 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Inicialmente, a ideia de fazer o curso de Administração parecia 
um sonho distante, olhando para aquela quantidade de teorias, 
fórmulas, livros, trabalhos e provas, sem ter a exata noção da 
dimensão do desafio que me aguardava. Encontrei na vida 
acadêmica, coisas que me maravilharam. A importância de 
aprender, o valor de discutir ideias, a habilidade de conviver 
com a divergência de opiniões ou de interesses, e ainda, uma 
coisa bastante valiosa, que levo comigo para o resto da vida, “o 
conhecimento”, e a troca dele. Hoje vejo cada vez mais 
próximo o momento que planejei há anos. Neste caminho, 
muitas pessoas tiveram fundamental importância e cabe agora, 
agradecer a todas elas do fundo do meu coração. 
Primeiramente agradeço a Deus por ter sido meu fiel 
companheiro em todos os momentos, pela vida que me deu, 
pela minha saúde, por seu amor imensurável, e por todas as 
conquistas que ele tem me ajudado a conseguir, sei que esta é 
apenas uma das inúmeras que virão. 
A minha mãe e meu pai, pelos esforços dedicados a mim, pelo 
empenho para proporcionar meus estudos e realizar meus 
sonhos, pela confiança, apoio e amor sempre na medida certa 
e no momento certo. Amo-os. 
Ao Sicredi, agradeço pelo auxílio moral e financeiro durante a 
realização do curso. Agradeço também aos colegas de 
trabalho, especialmente aqueles que colaboraram nesta 
pesquisa, e me incentivaram na realização deste estudo. 
Aos meus amigos, simplesmente por fazerem parte da minha 
vida! Por me proporcionarem o prazer de sermos amigos, e por 
mostrarem a importância da amizade. 
De forma especial, agradeço meu professor orientador, Ms. 
Remi Dama, por me aceitar como orientanda e acreditar na 
minha capacidade, pela dedicação e atenção dispensadas. 
Agradeço também os sócios proprietários das empresas 
Assescon, Lz Condomínios, Citta Imóveis, Oca Imóveis e Portal 
Imóveis, os quais foram muito prestativos e auxiliaram com 
informações necessárias para a realização deste estudo. 
Para finalizar, agradeço a todos os meus colegas e amigos, 
que de uma forma ou de outra se fizeram presentes nesta 
longa e compensadora jornada. 
 
Muito obrigada! 
 
 
4 
PLANO DE NEGÓCIO PARA UMA EMPRESA DE ASSESSORIA 
IMOBILIÁRIA NO MUNICÍPIO DE IJUÍ – RS1 
 
Adriane Thomas2 
Remi Dama3 
 
Introdução 
 
O empreendedorismo promove melhorias, surgimento de novos produtos, novos 
processos, novas ideias e oportunidades de negócio com a criação ou expansão de 
empresas. Dornelas (2012) explica que empreendedorismo é o envolvimento de 
pessoas e processos que, em conjunto, podem levar a transformação de ideias em 
oportunidades. Este agente de transformação, chamado de Empreendedor, é 
considerado por Dolabela (2008), o motor da economia, um indivíduo que cria uma 
empresa, seja ela do tipo que for. 
A criação de uma empresa pode surgir a partir de um plano de negócio, para Salim 
(2005) “Plano de Negócios é um documento que contém a caracterização do 
negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia 
de mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros”. O Plano 
de Negócios é uma ferramenta muito importante para qualquer empreendedor, é um 
norteador, a fim de proporcionar caminhos de crescimento e desenvolvimento para 
as empresas. 
O presente trabalho foi estruturado a partir de um estudo de viabilidade, a 
composição do estudo parte da estrutura de um plano de negócios, o objetivo 
principal foi elaborar um plano de negócio para verificar a viabilidade para a 
implantação de uma empresa de assessoria imobiliária na cidade de Ijuí/RS. A partir 
disso, expõe teorias sobre o ramo de serviços, mercado imobiliário, inovação no 
mercado imobiliário, empreendedorismo, planejamento, administração de 
condomínios e plano de negócio. Estas temáticas são de suma importância para 
empreendedores que desejam abrir o próprio negócio. 
Este resumo expandido está dividido em três seções, a primeira apresenta a 
metodologia, os resultados fazem parte do segundo item, por fim as conclusões são 
expostas seguidas pelas referências bibliográficas. 
 
Metodologia 
 
Para atingir os objetivos propostos, o estudo realizado se classificou como uma 
metodologia de natureza aplicada e exploratória, com procedimentos técnicos de 
campo, bibliográfico e documental. O enfoque proposto por Vergara (2009) sugere 
três principais maneiras de se buscar as respostas desejadas, são elas: o 
questionário, a observação e a entrevista. 
A coleta de dados se deu através da aplicação de um questionário para usuários dos 
serviços imobiliários e condôminos, potenciais clientes, e ainda realizadas 
entrevistas com sócios de empresas concorrentes diretas. As pesquisas e 
 
1
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da 
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Administração. 
2
Acadêmica do Curso de Graduação em Administração da Unijuí. adriane.thomas@hotmail.com.br. 
3
Orientador, professor mestre do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas 
e da Comunicação. remi.dama@unijui.edu.br. 
 
mailto:adriane.thomas@hotmail.com.br
mailto:remi.dama@unijui.edu.br
5 
entrevistas foram realizadas em março e junho de 2015. Após a tabulação dos 
dados, realizou-se uma análise e interpretação dos resultados onde foi constatada a 
importância da análise de mercado para a realização de todas as etapas de um 
plano de negócio. 
 
Resultados 
 
A economia do Brasil está passando por um momento conturbado, e com isso o 
setor da construção civil acaba sendo atingida com aumentos de taxas nos 
financiamentos habitacionais, diminuição de limites de financiamentos, entre outros, 
porem em longo prazo o cenário econômico tende a melhorar. O município de Ijuí se 
destaca por ser referência regional em serviços hospitalares e universidades, isso 
acaba atraindo investidores para a região. 
As pesquisas aplicadas chamaram atenção ao grande número de pessoas que 
ainda não possuem imóvel próprio, e desta forma necessitam pagar aluguel. Com 
este levantamento podemos verificar oportunidades de negócios, tanto no 
gerenciamento destes imóveis alugados, quanto na venda dos mesmos, pois muitos 
locatários sonham em ter seu próprio imóvel. Os concorrentes em vendas e locações 
imobiliárias em Ijuí passam de 50 concorrentes diretos, e ainda há os indiretos que 
são algumas construtoras, e os negócios que acontecem particularmente entre 
consumidores e fornecedores. Com as pesquisas verificamos que 78,26% dos 
entrevistados considera importante o atendimento em horário diferenciado, sendo 
esta uma estratégiada Assessoria imobiliária. 
Conforme censo do IBGE 2010, cerca de 90% da população ijuiense reside em zona 
urbana, com isso, cada vez mais prédios residenciais estão sendo construídos e 
com isso a conveniência de gerenciá-los. No município de Ijuí há apenas duas 
administradoras de condomínios, a pesquisa nos mostrou que 34,09% dos 
entrevistados avaliam o atendimento da administração de condomínios como 
regular, encontra-se ai a oportunidade de negócio. 
Os fornecedores serão os proprietários de imóveis com intenção de comercializá-los, 
e terceirizados, que prestarão serviços para a administração de condomínios, como: 
encanadores, eletricistas, chaveiros, entre outros. 
A empresa de assessoria imobiliária Thomas Imóveis terá estratégias a partir de 
deficiências encontradas nas empresas concorrentes, como o horário de 
atendimento e o pós-venda. Também buscará atender preocupando-se em 
qualidade e não quantidade de atendimentos. Com o plano de negócios verificou-se 
a necessidade de contratar uma recepcionista e um contador, a recepcionista fará a 
primeira intermediação, entre cliente e empresa. O contador fará a contabilidade da 
assessoria imobiliária e será responsável pela área de condomínios. Já as vendas, 
avaliações, loteamentos, e locações serão administrados pelos sócios proprietários. 
Verificou-se a necessidade de locar um imóvel com 60m² para ter um ótimo 
atendimento, o qual será dividido em uma recepção, uma sala para guarda de 
materiais, e 3 salas de negócios. 
A assessoria imobiliária atuará em Ijuí e municípios em redores, sendo que prestará 
serviços de vendas, avaliações, loteamentos, locações e administração de 
condomínios, estes serviços são cobrados através da regulamentação do CRECI 
que ao longo da realização do plano de negócios verificou-se que há uma tabela 
mínima de honorários e serviços de corretagem que deve ser seguida. 
Com o plano de negócios viu-se a necessidade de ter o investimento inicial total de 
R$ 77.764,20, para abrir a empresa, equipá-la e custear os gastos do seu 
 
6 
funcionamento. Este valor será dividido entre os sócios os quais não estarão 
financiando e sim abrindo a empresa com capital próprio. Os custos fixos da Thomas 
imóveis serão de R$ 11.437,65 ao mês, sendo que R$ 1.500,00 foi definido para o 
pró-labore de cada sócio. As receitas foram calculadas de acordo com as entrevistas 
e pesquisas aplicadas, sendo que somam R$ 17.366,00 ao mês, tendo uma 
projeção de faturar R$ 208.392,00 em um ano, receitas com vendas, locações e 
administração de condomínios, além de prestar outros tipos de serviços como 
avaliações e loteamentos que poderão aumentar esta receita. A empresa se 
enquadra no Simples Nacional ficando com uma alíquota de 8,21% ao mês, as 
projeções trouxeram uma perspectiva de ter um resultado líquido mensal de R$ 
4.502,60, com uma lucratividade de 25,93% e uma rentabilidade de 5,79%. 
Trazendo o prazo de retorno do investimento para 17,27 meses, ou seja, em menos 
de um ano de meio o valor investido retorna aos sócios. 
 
Conclusão 
 
O plano de negócio proporcionou a integração da teoria com a prática, 
complementando os conhecimentos desenvolvidos em diversos componentes 
curriculares bem como, a observação, a reflexão e a sistematização de resultados 
de um trabalho de pesquisa. O plano também demostra que há oportunidade e 
espaço no mercado de Ijuí - RS para uma empresa com um ótimo atendimento, com 
horários diferenciados, e que busca atender o cliente com a máxima atenção, 
tentando que sempre tenham o retorno desejado. Os objetivos foram alcançados, 
verificando-se que com estas projeções, é viável a abertura da empresa em questão. 
 
Palavras-Chave: Prestação de Serviço; Empreendedorismo; Plano de Negócio; 
Assessoria Imobiliária. 
 
Referências Bibliográficas 
 
DOLABELA, F. O segredo de Luísa: uma ideia, uma paixão e um plano de 
negócios: como nasce o empreendedor e se cria uma empresa. Rio de Janeiro: 
Sextante, 2008. 
DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
SALIM, C. S. et al. Construindo planos de negócio. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2005. 
VERGARA, S. C. Métodos de coleta de dados no campo. São Paulo: Atlas, 2009. 
 
7 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Níveis de decisão e os tipos de planejamento ............................................ 31 
Figura 2: Slogan da empresa ..................................................................................... 56 
Figura 3: Representantes do setor imobiliário no RS ................................................. 59 
Figura 4: Casamentos, separações e divórcios.......................................................... 69 
Figura 5: Pirâmide etária – Ijuí/RS 2010 .................................................................... 71 
Figura 6: Produto interno bruto ................................................................................... 72 
Figura 7: Organograma da assessoria imobiliária ...................................................... 83 
Figura 8: Localização da empresa ............................................................................. 84 
Figura 9: Layout da empresa ...................................................................................... 85 
Figura 10: Mapa de atuação da Thomas Imóveis ...................................................... 90 
Figura 11: Modelo de uniforme da empresa ............................................................... 91 
 
 
8 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Matriz SWOT ............................................................................................. 37 
Quadro 2: Demonstrativo de resultados ..................................................................... 44 
Quadro 3: Imobiliárias coligadas de Ijuí ..................................................................... 77 
Quadro 4: Índice nacional de custo da construção (INCC) ........................................ 78 
Quadro 5: Administradoras de condomínios de Ijuí .................................................... 78 
Quadro 6: Perfil dos sócios ........................................................................................ 83 
Quadro 7: Tabela mínima de honorários e serviços de corretagem imobiliária .......... 89 
Quadro 8: Investimento pré-operacional .................................................................... 92 
Quadro 9: Investimento fixo........................................................................................ 92 
Quadro 10: Investimento em capital de giro ............................................................... 93 
Quadro 11: Investimento inicial total .......................................................................... 93 
Quadro 12: Depreciação e manutenção ..................................................................... 93 
Quadro 13: Fontes de capital ..................................................................................... 94 
Quadro 14: Projeção dos custos fixos mensais .......................................................... 95 
Quadro 15: Mão de obra direta .................................................................................. 95 
Quadro 16: Receitas com vendas .............................................................................. 95 
Quadro 17: Receitas com locações ............................................................................ 96 
Quadro 18: Receitas com administração de condomínios ......................................... 96 
Quadro 19: Impostos – regime tributário .................................................................... 96 
Quadro 20: Demonstrativo de resultados ................................................................... 97 
Quadro 21: Lucratividade ........................................................................................... 98 
Quadro 22: Rentabilidade ..........................................................................................98 
Quadro 23: Prazo de retorno do investimento – payback .......................................... 99 
Quadro 24: Valor presente líquido (VPL) ................................................................... 99 
Quadro 25: Taxa interna de retorno (TIR) ................................................................ 100 
 
 
9 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1: Gênero dos entrevistados .......................................................................... 61 
Gráfico 2: Estado civil ................................................................................................. 61 
Gráfico 3: Escolaridade .............................................................................................. 62 
Gráfico 4: Faixa etária ................................................................................................ 62 
Gráfico 5: Ocupação profissional ............................................................................... 63 
Gráfico 6: Renda familiar ............................................................................................ 63 
Gráfico 7: Seu imóvel é alugado? .............................................................................. 64 
Gráfico 8: Quanto você paga de aluguel mensal? ...................................................... 64 
Gráfico 9: Como realiza o pagamento do seu aluguel? .............................................. 65 
Gráfico 10: Você usaria outra forma de pagamento? ................................................. 65 
Gráfico 11: Quanto tempo habita seu imóvel atual? ................................................... 66 
Gráfico 12: Que fator levou você a escolher a imobiliária? ........................................ 66 
Gráfico 13: Em relação à satisfação aos serviços prestados? ................................... 67 
Gráfico 14: Quanto ao horário de atendimento? ........................................................ 67 
Gráfico 15: É importante ter um atendimento em horário diferenciado? .................... 68 
Gráfico 16: Gênero dos entrevistados ........................................................................ 68 
Gráfico 17: Estado civil ............................................................................................... 69 
Gráfico 18: Escolaridade ............................................................................................ 70 
Gráfico 19: Faixa etária .............................................................................................. 70 
Gráfico 20: Ocupação profissional ............................................................................. 71 
Gráfico 21: Renda familiar .......................................................................................... 72 
Gráfico 22: Seu condomínio é vertical ou horizontal? ................................................ 73 
Gráfico 23: Quanto você paga de condomínio mensalmente? ................................... 73 
Gráfico 24: Como realiza o pagamento do seu condomínio? ..................................... 74 
Gráfico 25: Que fator levou você a escolher a administradora? ................................. 75 
Gráfico 26: Em relação à satisfação do atendimento da administração de seu 
condomínio ................................................................................................................. 75 
 
10 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 12 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO ................................................................. 14 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................... 14 
1.2 QUESTÃO DE ESTUDO ...................................................................................... 15 
1.3 OBJETIVOS ......................................................................................................... 15 
1.3.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15 
1.3.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 15 
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................... 16 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 17 
2.1 MERCADO IMOBILIÁRIO .................................................................................... 17 
2.2 INOVAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO .......................................................... 19 
2.3 ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS ............................................................... 21 
2.4 EMPREENDEDORISMO...................................................................................... 26 
2.5 EMPREENDEDOR ............................................................................................... 28 
2.6 PLANEJAMENTO ................................................................................................ 29 
2.7 PLANO DE NEGÓCIOS ....................................................................................... 32 
2.7.1 Análise de Mercado ......................................................................................... 35 
2.7.2 Serviços ........................................................................................................... 36 
2.7.3 A Empresa ........................................................................................................ 36 
2.7.3.1 A Análise Externa e Interna da Empresa ........................................................ 37 
2.7.3.2 Análise SWOT ................................................................................................ 37 
2.7.3.3 Ambiente Interno ............................................................................................ 38 
2.7.3.4 Ambiente Externo ........................................................................................... 39 
2.7.4 O Plano de Marketing ...................................................................................... 41 
2.7.5 A Parte Financeira ........................................................................................... 41 
2.7.5.1 Investimentos ................................................................................................. 42 
2.7.5.2 Custos ............................................................................................................ 42 
2.7.5.3 Receita ........................................................................................................... 43 
2.7.5.4 Demonstrativo do Resultado em Exercício (DRE) .......................................... 43 
2.7.6 Avaliação Financeira ....................................................................................... 45 
2.7.6.1 Lucratividade .................................................................................................. 45 
2.7.6.2 Rentabilidade ................................................................................................. 46 
2.7.6.3 Ponto de Equilíbrio ......................................................................................... 46 
2.7.6.4 Payback .......................................................................................................... 47 
 
11 
2.7.6.5 Valor Atual Líquido ......................................................................................... 48 
2.7.6.6 Taxa Interna de Retorno ................................................................................. 50 
3 METODOLOGIA DO TRABALHO .......................................................................... 53 
3.1 CLASSIFICAÇÃO DA PESQUISA ....................................................................... 53 
3.2 SUJEITOS DA PESQUISA E UNIVERSO AMOSTRAL ....................................... 53 
3.3 COLETA DE DADOS ...........................................................................................54 
3.4 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ..................................................... 55 
4 PLANO DE NEGÓCIO ............................................................................................ 56 
4.1 ANÁLISE DO MERCADO ..................................................................................... 56 
4.1.1 Estudo do Setor ............................................................................................... 57 
4.1.2 Estudo dos Clientes ........................................................................................ 60 
4.1.3 Estudo dos Concorrentes ............................................................................... 76 
4.1.4 Fornecedores ................................................................................................... 79 
4.2 A EMPRESA ........................................................................................................ 80 
4.2.1 Análise Estratégica ......................................................................................... 81 
4.2.2 Estrutura de Pessoal ....................................................................................... 82 
4.2.3 Necessidade de Pessoal ................................................................................. 84 
4.2.4 Localização ...................................................................................................... 84 
4.2.5 Tamanho .......................................................................................................... 84 
4.2.6 Serviços ........................................................................................................... 85 
4.2.6.1 Tecnologia ...................................................................................................... 87 
4.3 PLANO OPERACIONAL ...................................................................................... 87 
4.4 PLANO DE MARKETING ..................................................................................... 88 
4.4.1 Posicionamento ............................................................................................... 88 
4.4.2 Preço ................................................................................................................ 89 
4.4.3 Praça................................................................................................................. 90 
4.4.4 Propaganda ...................................................................................................... 91 
4.5 PLANO FINANCEIRO .......................................................................................... 91 
4.5.1 Investimentos .................................................................................................. 91 
4.5.2 Depreciação ..................................................................................................... 93 
4.5.3 Fontes de Capital............................................................................................. 94 
4.5.4 Custos e Receitas ........................................................................................... 94 
4.5.5 Impostos .......................................................................................................... 96 
4.5.6 Resultado ......................................................................................................... 97 
4.6 AVALIAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA ........................................................ 98 
4.6.1 Lucratividade ................................................................................................... 98 
4.6.2 Rentabilidade ................................................................................................... 98 
4.6.3 Prazo de Retorno do Investimento ................................................................ 98 
4.7 TAXA DE ATRATIVIDADE ................................................................................... 99 
4.7.1 Valor Presente Líquido ................................................................................... 99 
4.7.2 Taxa Interna de Retorno ................................................................................. 99 
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 101 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 103 
ANEXOS .................................................................................................................. 106 
 
12 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O planejamento de um negócio antes de colocá-lo em prática faz com que 
os empreendedores se sintam mais seguros, e pode facilitar a tomada de decisões, 
pois se analisa e estuda as diversas variáveis que podem influenciar o seu negócio. 
Um bom planejamento pode ser feito com um plano de negócios, fazendo com que a 
empresa saiba a direção que deseja tomar e se esta seguindo o caminho 
apropriado, auxiliando para que possa antecipar-se ás ameaças e fazer um 
diagnóstico de oportunidades e melhorias. 
O plano de negócio é um instrumento de incubação de um empreendimento 
que já existe ou de uma nova ideia, no qual as principais variáveis envolvidas são 
apresentadas de forma organizada, porém é necessário salientar que o processo de 
planejar um negócio sempre existiu, de forma empírica ou na mente do 
empreendedor. 
O presente trabalho tem como objetivo a elaboração de um plano de 
negócio, verificando se a instalação de um empreendimento na área imobiliária é 
viável no município de Ijuí, estudando principalmente os aspectos econômico-
financeiros. Devido ao mercado atual estar muito competitivo, torna-se cada vez 
mais visível á preocupação de empresários terem uma projeção de viabilidade da 
empresa que pretende implantar, por este motivo o plano de negócios se tornou uma 
ferramenta de grande utilidade, orientando empresários no processo de implantação 
da empresa e avaliando a viabilidade financeira do negócio. 
O trabalho esta estruturado da seguinte forma: a primeira parte demostra a 
contextualização do estudo, onde foi definido o tema, a questão do estudo, seguido 
pelos objetivos subdivididos em geral e específicos, e as justificativas. A segunda 
parte apresenta à fundamentação teórica de assuntos ligados a questão de estudo, 
 
13 
como: Mercado Imobiliário, inovação no mercado imobiliário, administração de 
condomínios, empreendedorismo, empreendedor, planejamento e plano de 
negócios; estudos baseados em literatura e pesquisas em sites e livros, que tratam 
sobre a área escolhida para a pesquisa, com o intuito de resgatar conceitos que 
forneçam embasamento teórico para o entendimento do estudo. 
Em um terceiro momento é apresentada a metodologia da pesquisa, 
demonstrando quais foram os procedimentos que levaram a um método de 
planejamento e desenvolvimento da pesquisa, de modo que foram definidos os 
aspectos da classificação da pesquisa, dos sujeitos de pesquisa e universo amostral, 
bem como a aplicação, a análise e interpretação dos dados. 
E, por fim, o quarto capítulo trata temas de estudo de viabilidade de uma 
empresa, como a análise do mercado, a empresa, plano operacional e plano de 
marketing. Ainda neste capítulo é apresentado o plano financeiro e a avaliação 
econômica e financeira. 
 
14 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO 
 
Neste capítulo são abordados a apresentação do tema, questão de estudo, 
objetivos e justificativas. 
 
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
Atualmente há mais profissionais buscando abrir o próprio negócio, em 
destaque estão os jovens, que estão estudando para criar o próprio emprego. Num 
passado não muito distante, ser empreendedor no Brasil era o destino de quem não 
tinha opção de carreira, hoje o país começou se firmar como um lugar onde se 
empreende por oportunidade, ou seja, onde a motivação para abrir uma empresa é 
ter a percepção de um bom negócio. Para Dornelas (2008, p. 22) 
“Empreendedorismo é oenvolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, 
levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação 
destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso”. 
Primeiramente quem busca abrir seu próprio negócio deve saber que é 
muito importante ter um plano de negócios, porem este não deve ser engessado, ele 
deve ser revisto várias vezes até se adequar a realidade encontrada, a falta deste 
planejamento pode “matar” sua empresa, pois não houve certo estudo sobre aquela 
ideia de negócio. O plano deve ser elaborado com calma, será preciso buscar 
informações com cuidado pra ter um plano consistente, uma dica seria conversar 
com empresários bem sucedidos e/ou do ramo que pretende atuar, estes poderão 
fornecer subsídios para que o seu negócio tenha sucesso. 
Ser empreendedor envolve correr riscos, ter coragem, persistência e sonho 
grande, mas também exige uma boa dose de razão, ferramentas, técnicas e 
aprendizados. Porém, assim como o empreendedor pode alcançar o sucesso 
rapidamente, também pode errar muito até alcança-lo. É necessário estar ciente que 
se leva um tempo até chegar a um nível confortável com a gestão do novo negócio. 
O importante nestas fases é ser persistente e superar estes obstáculos que são 
muitas vezes inevitáveis. 
Através de um plano de negócios se tem a possibilidade de ter mais controle 
e domínio sobre eventuais acontecimentos que venham ocorrer, como 
oportunidades, ameaças, as forças de um negócio e também as fraquezas, por este 
 
15 
motivo o tema deste estudo será a elaboração de um plano de negócios para 
viabilizar a abertura de uma empresa no ramo imobiliário na cidade de Ijuí/RS. 
 
1.2 QUESTÃO DE ESTUDO 
 
Existe viabilidade econômica e financeira para implantar uma empresa de 
assessoria imobiliária no município de Ijuí? 
 
1.3 OBJETIVOS 
 
Nesta etapa são constituídos os objetivos do estudo, estes que servirão de 
orientação a ser seguida com o intuído de estabelecer etapas a serem concluídas no 
estudo. Propiciando mais efetividade no alcance dos resultados finais da pesquisa. 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
Elaborar um plano de negócio para verificar a viabilidade para a implantação 
de uma empresa de assessoria imobiliária na cidade de Ijuí/RS. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
Os objetivos específicos apresentam, de forma detalhada, as ações que se 
pretende alcançar e estabelecem estreita relação com as particularidades relativas à 
temática trabalhada: 
- analisar as ameaças e as oportunidades do mercado no ramo imobiliário 
e de condomínios; 
- definir investimentos; 
- propor uma estrutura de empresa; 
- projetar custos, receitas; 
- verificar a viabilidade econômica e financeira do negócio. 
 
 
 
 
16 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
A escolha por fazer um estudo de viabilidade para abertura de uma empresa 
de assessoria imobiliária em Ijuí aconteceu para que os empreendedores 
conhecessem mais o mercado imobiliário e se a instalação desta empresa traria 
retorno positivo. Este estudo é essencial para um futuro administrador que deseja ter 
o seu próprio negócio neste ramo. 
Para o mercado, a possibilidade de opção por uma empresa dinâmica no 
ramo imobiliário, com uma nova proposta de trabalho e atendimento diferenciado. A 
geração de mais empregos e receitas para o município. 
Para a comunidade acadêmica, a oportunidade de conhecer um pouco mais 
sobre o ramo de negócio imobiliário, sobre as estratégias para a realização de um 
plano de negócio e uma fonte realista de consulta e pesquisas sobre o assunto. O 
presente estudo terá originalidade por se tratar de um plano de negócios novo. Terá 
viabilidade de estudo por ter bibliografias para serem pesquisadas. 
Justifica-se também pelo interesse da autora sobre o tema, sendo que a 
mesma pretende implementar um negócio neste ramo. Esse documento 
sistematizador é essencial para a conclusão acadêmica e título de bacharel em 
Administração, sendo que posteriormente poderá servir como uma fonte de pesquisa 
para os demais acadêmicos. 
 
17 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Neste capítulo será apresentada a fundamentação teórica do trabalho, sobre 
a evolução histórica do surgimento deste mercado os principais temas voltados à 
realização de um plano de negócio, como base de sustentação para a questão de 
estudo e objetivos. 
 
2.1 MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
De acordo com o Sindimóveis/RS (Sindicato dos Corretores de Imóveis do 
Estado do Rio Grande do Sul), em 2014, a profissão de Corretor de Imóveis 
comemora 206 anos no Brasil. 
O Sindimóveis/RS trás a história da profissão de corretor de imóveis, o início 
da profissão no país tem origem com a chegada da corte portuguesa á Bahia e ao 
Rio de Janeiro, em 1808, fugindo das tropas portuguesas que invadiram Portugal. 
Os aristocratas portugueses, que acompanharam o rei Dom João VI, precisavam 
morar e, por em ordem do Rei, milhares de residências, as de melhor porte, 
estrutura, conforto e aparência foram, simplesmente, desocupadas de seus antigos 
moradores e marcadas com as letras PR - Propriedade do Rei. Estas casas foram 
distribuídas aos cortesãos. 
Para realizar este serviço e, principalmente, tratar com as pessoas 
desalojadas, foram designadas pessoas, cuja função, não só era escolher as 
melhores moradias, mas, também, procurar amenizar o impacto da decisão real 
junto aos que perdiam suas residências. Foram os primeiros Corretores de Imóveis 
no Brasil - que procuraram amenizar a afronta e o prejuízo, inclusive, procurando 
indenizações para os atingidos. 
O historiador brasileiro Boris Fausto, professor do Departamento de Ciências 
Políticas da USP, em seu livro, “História do Brasil”, comenta as mudanças 
provocadas pela vinda de Dom João VI, além da Abertura dos Portos do Brasil a 
todas as Nações Amigas, feita em 1808: A vinda família real portuguesa deslocou 
definitivamente o eixo da vida administrativa da colônia para o Rio de Janeiro, 
mudando também a fisionomia da cidade. Podemos dizer que, durante o período de 
estabilidade de Dom João VI no Brasil, o número de habitantes da capital duplicou. 
A presença da corte implicava uma alteração do acanhado cenário urbano da 
 
18 
Colônia. O Conselho Federal de Corretores de Imóveis informa que em seguida, 
vieram os agentes imobiliários, pessoas que, com um caderno de apontamentos na 
mão, muita disposição e o sonho de vencer na vida, passaram a intermediar 
negócios imobiliários utilizando os anúncios nos jornais para divulgar suas ofertas, e 
a sola dos sapatos para identificar os vendedores e deles adquirir a autorização para 
a venda. 
Os registros históricos também relatam que, em 1840, jornais do Recife, 
capital de Pernambuco, publicavam anúncios de pessoas fazendo intermediação 
imobiliária. 
O primeiro Sindicato de Corretores de Imóveis na história brasileira foi criado 
em 1937, no século XX, no Rio de Janeiro. O Estado do Rio Grande do Sul foi um 
dos pioneiros no movimento classista de grau sindical, criando a Associação 
Profissional dos Corretores de Imóveis de Porto Alegre, tendo requerido a 
investidura sindical em 1945. 
Em 1957, seis sindicatos, reunidos no Rio de Janeiro, no 1º Congresso 
Nacional dos Corretores de Imóveis, reivindicaram junto às autoridades federais - 
legislativo e executivo - a edição de uma legislação regulamentando as atividades 
profissionais. Esta reivindicação só começou a ser atendida, em agosto de 1962, 
com a promulgação da Lei nº 4116, de 27/08/62, que possibilitou o surgimento dos 
Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis. A data da lei, dia 27 de agosto, 
passou a ser o Dia Nacional do Corretor de Imóveis. 
Em 12 de maio de 1978, foi sancionado pelo Presidente da República a Lei 
nº 6530/78, que regulamenta a profissão de Corretor de Imóveis. Em 29 de julho 
daquele ano, foi aprovado o Decreto-Lei nº 81.871, que complementa a legislação. 
Em 1985, durante o 13º CongressoNacional dos Corretores de Imóveis foi proposto, 
pelo Sindimóveis - RS, a entidade máxima do Rio Grande do Sul, novo 
enquadramento sindical para a categoria, que passaram de Agentes Autônomos do 
Comércio para Profissionais Liberais, através da Portaria Ministerial nº 3245, de 08 
de julho de 1986. 
Em outubro de 1986, os Corretores de Imóveis criaram a entidade nacional 
de grau sindical superior, a Federação Nacional dos Corretores de Imóveis - Fenaci. 
Em maio de 2002, mais uma vez o Sindimóveis - RS prova sua força ao organizar o 
19º Congresso Nacional dos Corretores de Imóveis, em Porto Alegre, reunindo mais 
de 1.000 Corretores de Imóveis de todo o País, para um debate sobre todos os 
19 
problemas do setor, incluindo aspectos sindicais e do setor produtivo imobiliário 
brasileiro. Foi aprovada a Carta de Porto Alegre, que sugere, entre outras coisas, a 
criação do Ministério da Habitação e o cumprimento da Lei que cria o Sistema 
Financeiro da Habitação, com juros máximos de 10% nos financiamentos e o 
direcionamento dos recursos captados pela Caderneta de Poupança para o SFH. 
 
2.2 INOVAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO 
 
Hoje a tecnologia invade a rotina das empresas de forma desenfreada, um 
grande desafio para as mesmas está relacionado à inovação, e no cenário do 
mercado imobiliário não é diferente. Deve-se compreender que o acesso rápido a 
informação traz a tona clientes mais preparados para realizar uma negociação, com 
isso, deve-se surpreender os clientes, mostrar o bem em negociação das mais 
diferentes formas, fazendo com que as ferramentas utilizadas possam auxiliar na 
escolha do fornecedor. 
Há ferramentas que podem ser utilizadas para demonstração de imóveis4, 
“Com criatividade é possível criar novidades nos mais diversos segmentos de 
atuação”. No Google Glass foi desenvolvido um aplicativo exclusivo para a ocasião 
que se apoiava na realidade aumentada para demonstrar o empreendimento de 
forma inovadora. Ou o tour virtual é o nome dado a uma forma diferente de 
apresentar um imóvel. Esse tipo de divulgação consiste em uma imagem 360º que 
mais parece um vídeo. A sua produção é feita a partir de uma câmera acoplada no 
centro de um apartamento decorado, as imagens captadas são agrupadas em uma 
plataforma e proporciona a sensação de que o indivíduo está dentro do 
apartamento, pois é possível conhecer diversos cômodos e seus detalhes pela tela 
do computador ou do smartphone. 
E ainda podemos utilizar os drones, uma das grandes apostas para o 
mercado imobiliário é o uso deste equipamento, o mesmo apresenta inúmeras 
funcionalidades para a área. Na hora de construir um empreendimento o mini-
helicóptero com câmeras de alta definição acopladas permitirá mais facilidade na 
medição do terreno. Já na venda é possível fornecer ao cliente uma experiência 
diferente, é a chance de sair do mesmo, além de produzir imagens com ótima 
 
4
Como citado no site www.vivareal.com.br. 
http://www.vivareal.com.br/
20 
definição para divulgação, o que reflete diretamente na atratividade e na conversão 
de um anúncio em um site, por exemplo. 
Ainda sobre inovação no mercado imobiliário, a publicitária Ana Gisele Costa 
Coradelo5, mostra sete ferramentas inovadoras no mercado imobiliário, estas estão 
sendo incorporadas por corretores, imobiliárias, construtoras e outras empresas do 
setor para atrair novos clientes. Estas ferramentas são: 
Realidade Aumenta: A realidade aumentada é definida geralmente como a 
sobreposição de objetos virtuais em 3D, produzidos por computador, com um 
ambiente real através de algum dispositivo tecnológico – que pode ser uma webcam, 
por exemplo. A utilização deste recurso pela Rossi permitiu que o empreendimento 
fosse visto mesmo antes da construção do mesmo. Este case rendeu ao Brasil o 
título de maior projeto de realidade aumentada do mundo, sendo registrado no 
Guiness Book. 
QR Code em Placas Imobiliárias: O QR CODE nada mais é do que um 
código de barras bi-dimensional, que pode ser impresso nas placas imobiliárias e 
lido por câmeras digitais (como as de celulares e smartphones, por exemplo). Basta 
baixar o aplicativo6 e posicionar a câmera para que o celular acesse a versão mobile 
do site e tenha acesso a mais informações sobre o imóvel que está à venda, sem a 
necessidade de digitar o endereço do mesmo. 
Versão Mobile Site: De acordo com a pesquisa realizada pela Marco 
Consultoria, o Brasil é o país que lidera a venda de smartphones – celulares que 
disponibilizam sistema operacional – na América Latina. Entre as formas de 
utilização do celular e outros dispositivos móveis para atrair clientes, destaca-se a 
utilização da versão mobile do site. Trata-se de uma versão otimizada do site para 
navegação em celulares, smartphones e IPhones, onde as pessoas terão acesso na 
palma da mão às informações sobre os imóveis – como fotos, valores, localização, 
entre outros. Entre as empresas que apresentam esta solução está a villevox, que 
oferece o ville Imobiliárias, disponibilizando aos corretores e imobiliárias um sistema 
completo com site, web sistema e versão mobile do site. 
Atendente Virtual: A atendente virtual é outra forma de atrair futuros 
compradores aos stands de vendas. Trata-se de um sistema que utiliza a tecnologia 
Vikuiti que pode ser utilizada em telas de projeção especiais ou mesmo no filme (que 
 
5
Site www.villeimobiliarias.com.br. 
6
Disponível no site http://reader.kaywa.com. 
http://www.villeimobiliarias.com.br/
http://reader.kaywa.com/
21 
é auto-adesivo) em diversos formatos e tamanhos. No Brasil a atendente virtual foi 
utilizada no stand da Silco Engenharia e Cygnus Imóveis no Park Shopping em 
Brasília, o que chamou a atenção de todos os que passavam pelo local. 
Gerador de Anúncios Imobiliários: Sistema inovador de geração de 
anúncios Imobiliários, onde são oferecidos diversos layouts pré-prontos, bastando 
escolher o modelo desejado e inserir as informações necessárias de textos e 
imagens. O anúncio é criado e estará pronto para impressão no formato A4, para ser 
disponibilizado na vitrine da sua imobiliária ou escritório, sem a necessidade de 
perder tempo tentando criar anúncios no Word ou Corel. São disponibilizados 
diversos modelos de layout na versão gratuita do sistema. 
O Tour Virtual 360°: É uma ferramenta bastante atrativa principalmente 
para o segmento imobiliário. Ele permite que o usuário percorra por todo o local em 
um único ambiente interativo, de forma simples e eficaz. O visitante consegue 
navegar por toda a extensão do lugar, da esquerda para a direita, de cima para 
baixo, ou vice-versa, e não apenas visualizar algo pré-definido como um vídeo ou 
fotografia. É possível ainda visualizar durante o “passeio” a planta baixa ou o mapa 
com a localização do imóvel pela integração com Google Maps. 
Redes Sociais: A febre das redes sociais está atraindo a atenção de 
empresas que desejam aproximar-se de seus consumidores e clientes em potencial. 
O setor imobiliário também está utilizando estas ferramentas e os resultados já estão 
aparecendo. Como exemplo é possível citar o case da Tecnisa, que realizou uma 
campanha voltada para o público das redes sociais (Twitter, Facebook e LinkedIn) e 
concretizou a primeira venda de imóvel utilizando o Twitter como primeiro meio de 
contato do cliente com a empresa. 
Inovar hoje no mercado pode ser definitivo na conquista dos clientes, muito 
válido as ferramentas de inovação no mercado imobiliária, com criatividade as 
negociações ficam mais atrativas. As ideias para atrair o público, faz com que se 
sintam em seu imóvel, criando nele uma necessidade de ter aquele bem. 
 
2.3 ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIOS 
 
Junto com a crescente urbanização do Brasil vem à tendência de morar em 
condomínios, sejam horizontais ou verticais, tornando assim complexoa 
22 
administração dos mesmos, cada vez mais se contrata empresas terceirizadas para 
aperfeiçoar este serviço. Conforme portal de ideias do SEBRAE (2014): 
 
A terceirização desses serviços passou a ser uma realidade para minimizar 
a quantidade de problemas de ordem legal, contábil e fiscal, o que exige 
maior profissionalização e melhoria na qualidade dos serviços prestados à 
comunidade. Afinal, para uma parcela importante da população, o imóvel se 
constitui no patrimônio de maior valor. E tudo o que o condomínio fizer terá 
reflexo, direta ou indiretamente, na valorização ou não deste patrimônio. 
 
A principal atividade de uma administradora de condomínios é auxiliar o 
síndico no exercício das atividades cotidianas do edifício, orientando-o sobre os 
aspectos legais e dando-lhe suporte ás atividades administrativas, tais como: 
contabilização de receitas e despesas, elaboração de folha de pagamento e 
realização dos pagamentos, emissão de boletos de pagamento das cotas 
condominiais, prestação de contas mensal, organização e agendamento de 
assembleias, etc. 
O síndico pode ser pessoa, física ou jurídica, moradora ou não do 
condomínio, a quem cabe representar o condomínio no que respeita aos direitos e 
deveres deste último. Então compete ao síndico determinar ou não providências, 
assumindo eventuais riscos, a administradora não deve tomar decisões, somente 
alertar ao representante legal do condomínio para que o faça. As principais 
competências de um síndico são citadas por Norbim (2010, p. 4) são: 
- exercer a administração interna do prédio, referente à vigilância, 
moralidade e segurança; 
- representar o condomínio em juízo ou fora dele, defendendo os interesses 
comuns; 
- selecionar, admitir e demitir funcionários fixando-lhes os salários de 
acordo com a verba do orçamento do ano, respeitando o piso salarial da 
categoria; 
- prestar conta na assembleia; 
- cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor, e cobrar 
as multas devidas; 
- elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano; 
23 
- escolher empresas prestadoras de serviços ou terceiros para execução 
das obras que interessam ao edifício, desde que aprovadas por 
assembleia; 
- convocar assembleia geral ordinária e extraordinária; 
- realizar o seguro obrigatório da edificação; 
- praticar os atos que lhe atribui à legislação, convenção, e o regimento 
interno; 
- dar imediato conhecimento á assembleia da existência de procedimento 
judicial ou administrativo, de interesse do condomínio. 
Os condomínios são locais onde pessoas compartilham áreas em comum, 
conforme Daphnis Citti de Lauro7, especialista em direito imobiliário, que: 
 
O condomínio é uma comunhão de interesses dos proprietários, sem 
personalidade jurídica, que possuem unidades privativas e participação 
percentual nas áreas comuns, de acordo com o tamanho de suas unidades. 
Assim, não há que se falar em contrato social nem em estatutos, e sim em 
convenção condominial. 
 
Os imóveis novos que são muitas vezes já vendidos na planta, a escolha 
pela administradora de condomínios já é feita pela empresa construtora, Schwartz 
(2011, p. 38) alerta que “somente após a venda legal de no mínimo dois terços das 
unidades autônomas é que os novos coproprietários, também chamados de 
condôminos, poderão alterar a convenção inicial”. 
O conjunto de condôminos forma um grupo que possui necessidades e 
desejos, e estes devem ser considerados e analisados em conjunto nas 
assembleias. Conforme Schwartz (2011, p. 27) “é importante que todos os 
condôminos: Saibam os motivos que os levaram a fazer parte deste grupo e ainda 
que tenham consciência de que são como peças que integram um todo, com muitos 
direitos e obrigações”. 
Não é obrigatório em lei que um condomínio contrate uma administradora de 
condomínios. Porem, a administração de um condomínio requer conhecimento em 
várias áreas. Para que um condomínio mantenha suas contas em dia, pague seus 
funcionários, seus fornecedores e prestadores de serviço. 
 
7
Site www.sindiconet.com.br. 
http://www.sindiconet.com.br/
24 
O site Jornal Razão cita as principais vantagens de se contratar uma 
administradora de condomínios, trazendo algumas questões que são gerenciadas 
pelas contratadas: 
- gerenciar questões administrativas; 
- elaborar regulamento interno relacionados a conduta e comportamento 
dos moradores; 
- representar o condomínio nos órgãos públicos; 
- emitir boletos bancários para cobrança da taxa condominial; 
- selecionar e treinar funcionários; 
- realizar cobrança dos inadimplentes; 
- apresentar as declarações de DIRF para Secretaria da Receita Federal; 
- apresentar as declarações de CAGED e RAIS para o Ministério Público; 
- fazer orçamento e dar assessoria na contratação de prestadores de 
serviço. 
O gerenciamento de condomínios não é tarefa fácil, são muitos itens de 
manutenção a serem observadas, atividades operacionais, gestão de funcionários, 
administração e ainda contabilidade, além da preocupação do bem estar e do bom 
relacionamento com os condôminos. 
De acordo com o SEBRAE (2014), uma empresa de administração de 
condomínios pode se dedicar à administração de condomínios residenciais, 
comerciais ou industriais. 
Serviços envolvidos: 
- administração; 
- contabilidade; 
- assessoria jurídica; 
- auditoria; 
- consultoria administrativa e financeira; 
- consultoria tributária, fiscal, trabalhista e contábil; 
- gestão de conflitos. 
Serviços específicos: 
- constituição do condomínio – assembleias, atas, registros, etc; 
- elaboração de previsão orçamentária; 
- cobrança de valores mensais dos condôminos – fixos e extras; 
- emissão de boletos de cobrança para pagamento na rede bancária; 
25 
- manutenção de cadastros dos condôminos; 
- demonstrativo de receitas e despesas de cada unidade do condomínio; 
- administração de pessoal - funcionários e prestadores de serviços; 
- assessoria para manutenção, reformas e serviços em geral; 
- controle de vencimento de seguros e renovações de apólices; 
- elaboração de relatórios de inadimplentes; 
- representação do condomínio perante órgãos da administração pública e 
outras instituições; 
- elaboração da contabilidade do condomínio; 
- pagamentos e recebimentos diversos; 
- organização de assembleias – editais e assessoria geral; 
- emissão de relatórios fiscais, contábeis e de pessoal; 
- assessoria legal para a manutenção da ordem; 
- guarda e atualização dos documentos do condomínio; 
- outros serviços, de acordo com a necessidade dos clientes. 
Mensalmente é necessário prever gastos de todas as unidades residenciais 
ou comerciais. É comum, o alto índice de inadimplência, o que requer um trabalho 
de acompanhamento, caso contrário, as dívidas e a inadimplência vão aumentando. 
As desavenças entre os condôminos ocorrem com mais frequência e em 
consequência, as obras e reparos necessários não serão executadas, assim a pode 
ocorrer a desvalorização do patrimônio. Conforme Paulo Henrique Pereira Bom 
comenta em seu artigo no site Jus Navigandi8: 
 
O síndico precisa conhecer e entender qual o percentual regular de 
inadimplência e qual é a mora do edifício, que também é fator variante da 
cota condominial. É considerada mora o mero atraso no pagamento da cota 
condominial e quando não se acumula com outro mês, pois devendo mais 
que um mês passa a ser inadimplência. Tanto a mora como a inadimplência 
traz dificuldades ao condomínio, pois embora a inadimplência seja mais 
nefasta às contas do condomínio, trazendo-lhe prejuízo, a mora também é 
fator que faz aumentar o valor da cota condominial, já que o condomínio 
deve arrecadar mais que o que seria necessário para poder ter dinheiro 
para arcar com suas contas até que o condômino em mora pague sua cota. 
 
Mensalmente o síndico deve apresentar um balanço das contas do 
condomíniodo mês anterior, todas as despesas devem ter documentos 
 
8
Site http://jus.com.br/artigos/18656/afinal-o-que-faz-uma-administradora-de-condominios. 
 
http://jus.com.br/artigos/18656/afinal-o-que-faz-uma-administradora-de-condominios
26 
comprobatórios e devem ser apresentadas aos condôminos para que assim fique 
claro para todos os valores da taxa cobrada naquele mês. A taxa cobrada é 
denominada “contribuição condominal” ou “quota condominal”, esta parcela pode ser 
arrecadada de formas distintas, conforme Norbim (2010, p. 59) as formas são: 
 
- por previsão: ocorre quando o pagamento da contribuição condominal é 
antecipado, sendo calculada em função de uma previsão de gastos, para 
um determinado período; 
- por rateio: ocorre quando o pagamento da contribuição condominal é 
apurado após o levantamento ou realização de todos os gastos de um 
determinado período e deve ser aprovado em assembleia; 
- por quota extra: É um pagamento complementar para cobrir uma receita 
insuficiente ou gasto imprevisto num determinado período. Deve ser 
informado no demonstrativo de despesas o motivo da quota extra, para que 
se possa determinar o devido pagamento pelo proprietário ou inquilino. 
 
As decisões sobre o condomínio são tomadas nas assembleias de 
condomínios. Estas assembleias são encontros de moradores que possuem 
decisões a serem tomadas em conjunto, e são de extrema importância para que 
possam estabelecer objetivos, e para que os moradores se sintam parte de um 
grupo, já que a opinião de todos deve ser considerada. Na visão de Schwartz (2011, 
p. 28) “há técnicas para atingir os objetivos traçados, uma das mais importantes 
técnicas são as assembleias”. 
A Administradora deve contar com parcerias contábil, financeira, jurídica e 
de engenharia, pois necessitará de serviços especializados nessas áreas para 
agregar em suas atividades. 
 
2.4 EMPREENDEDORISMO 
 
Antigamente um mito era acreditar que o empreendedorismo fosse 
hereditário, que o empreendedor nascia com um diferencial, e seu destino era ser 
uma pessoa de sucesso, pessoas sem estes benefícios eram desmotivadas a se 
tornarem empreendedoras. Hoje não se acredita mais neste mito, acredita-se que o 
empreendedorismo pode ser estudado e aprimorado por qualquer pessoa, e que o 
sucesso é consequência de um conjunto de fatores internos e externos, da 
capacidade e do perfil do empreendedor. 
Na visão de Dornelas (2008, p. 28): 
 
27 
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em 
conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita 
implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de 
sucesso. 
 
Dornelas (2008, p. 29) também destaca que: 
 
Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo de geração de 
algo novo, de valor. Em segundo, requer a devoção, o comprometimento de 
tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em terceiro, 
que riscos calculados sejam assumidos e decisões críticas tomadas; é 
preciso ousadia e ânimo apesar de falhas e erros. 
 
Segundo Hisrich e Peters (2004, p. 29): 
 
O empreendedorismo é considerado como um processo dinâmico de criar 
mais riquezas, estas riquezas são criadas por indivíduos no qual assumem 
riscos em termos de patrimônio, tempo ou que proveem valor para algum 
produto ou serviço, este produto ou serviço pode não ser o único, mas o 
valor dele deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber 
e localizar as habilidades, como também os recursos necessários. 
 
Para Dolabela (2008) pode-se relacionar diversas atividades do 
empreendedorismo, são elas: 
- a disseminação da cultura empreendedora no sistema de ensino formal 
em todos os níveis; 
- a disseminação da cultura empreendedora e o apoio à ação 
empreendedora entre grupos sociais, tais como desempregados, 
minorias, alijados do processo econômico; 
- o empreendedorismo comunitário, em que a sociedade desfavorecida se 
articula para enfrentar a adversidade; 
- geração do auto-emprego e a criação de empresas; 
- a identificação, criação e a busca de oportunidades para empresas 
existentes e novas; 
- o financiamento de organizações emergentes e daquelas ameaçadas de 
desaparecimento; 
- o intra-empreendedorismo ou estudo do papel do empreendedorismo 
dentro das organizações; 
- a promoção do desenvolvimento econômico e social; 
28 
- a concepção e adoção de políticas públicas de apoio e suporte à criação 
de empresas, abrangendo práticas econômicas, legais, tributárias, de 
financiamento, dentre outras; e 
- o estabelecimento de redes de relacionamento com universidades e com 
todas as forças sociais. 
 
2.5 EMPREENDEDOR 
 
Atualmente há mais profissionais buscando abrir seu próprio negócio, em 
destaque estão os jovens, que estão estudando para criar o próprio emprego. Num 
passado não muito distante, ser empreendedor era destino de quem não tinha opção 
de carreira, hoje também se empreende por oportunidade, onde uma pessoa criativa 
pode gerar uma necessidade que antes não era percebida. 
De acordo com Cunha (1997, p. 27): 
 
Nos negócios, o empreendedor usa a criatividade como uma de suas 
principais armas. Cria novos produtos, novos métodos de produção, 
desbrava novos mercados. O empreendedor é uma personalidade criativa 
que está sempre buscando novas formas de satisfazer os clientes e, muitas 
vezes, criando novas necessidades. 
 
Onde podemos encontrar uma pessoa empreendedora? No pensamento de 
Dolabela (2008, p. 23): 
 
Se trata de um fenômeno local, ou seja, existem cidades, regiões, países 
mais – ou menos – empreendedores do que outros. O perfil do 
empreendedor (fatores de comportamento e atitudes que contribuem para o 
sucesso) pode variar de um lugar para outro. 
 
Há dois tipos de empreendedores: por oportunidade e outro por 
necessidade. Por oportunidade entende-se que seja o empreendedor que analisa o 
mercado e encontra nele uma chance de abrir um negócio que satisfaça as 
necessidades da população, ou até mesmo cria uma necessidade que antes não era 
percebida. Já o empreendedor por necessidade, é o que precisa suprir uma 
necessidade pessoal, sem planejar abre um negócio e acaba arriscando-se em ter 
sucesso ou não. 
29 
Uma pessoa decidir ser empreendedora não exatamente quer dizer que ela 
sempre sonhou com isso, mas dependendo da sua personalidade em conjunto com 
alguns fatores fazem com que o negócio aconteça. 
 
Na verdade, essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambientais e 
sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses fatores, que 
são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa. O 
processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores 
possibilita o início de um novo negócio (DORNELAS, 2008, p. 28). 
 
Em virtude das contribuições de estudiosos de diferentes áreas do 
conhecimento, há muitas definições do termo empreendedor, alguns conceitos são: 
“Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões” 
(FILION, 1991 apud DOLABELA, 2008). 
“O empreendedor é uma pessoa capaz de transformar um sonho, um 
problema ou uma oportunidade em negócio em uma empresa viável” (FORTIN, 1992 
apud DOLABELA, 2008). 
“O empreendedor é alguém capaz de identificar, agarrar e aproveitar uma 
oportunidade, buscando e gerenciando recursos para transformar a oportunidade em 
negócio de sucesso” (TIMMONS, 1994 apud DOLABELA, 2008). 
 
A visão do empreendedor é a forma como ele percebe que será o futuro no 
que diz respeito à área de negócios em que esta atuando; envolve sua 
expectativa de como as pessoas vão se comportar e aceitar ou rejeitar 
determinadas ofertas de produtos e serviços (SALIM et al., 2005, p. 43). 
 
Com base nos conceitos dos autores, pode-se dizer que um empreendedor 
dever ser excelente identificador de oportunidades, também é necessário ser ousado 
para assumir riscoscalculados, tomar decisões críticas e ter persistência para não 
desistir diante das dificuldades, buscando alternativas, criativas e inovadoras. 
 
2.6 PLANEJAMENTO 
 
Parte dos empreendedores que estão surgindo são formados por pessoas 
que trocam o conforto e a segurança da carteira assinada pelo sonho de ter seu 
próprio negócio. Já outros, resolvem sair direto da faculdade para concretizar um 
30 
projeto de realização profissional próprio. Mas como abrir um negócio próprio que 
seja rentável e que não vá à falência em pouco espaço de tempo? 
 
Inicialmente, deve-se fazer a seguinte pergunta: Em qual ponto você se 
situa? Quais são as suas características pessoais? Que tipo de 
empreendedor você é? Qual é a sua necessidade de realização? Qual é a 
sua disposição para assumir riscos? Qual é o seu grau de autoconfiança? O 
autoconhecimento é fundamental para você ter um referencial próprio. Deve 
ser o seu ponto de partida antes da escolha de seu novo empreendimento. 
Um bom negócio é aquele que tem o seu feitio pessoal, a sua cara, o seu 
jeito. O negócio deve ajustar-se a você como se fosse feito sob medida. 
Mas você tem de conhecer suas medidas para saber se o negócio lhe cabe. 
Caso contrário, você se colocará em um papel totalmente inadequado, que 
em nada combina com suas características pessoais. O novo negócio tem 
de ter o seu DNA (CHIAVENATO, 2007, p. 27). 
 
O planejamento é importante para tudo o que se deseja fazer, tanto coisas 
pessoais como profissionais, quando se anseia adquirir algo, muito válido é um 
planejamento escrito, pois há um foco, algo que fica gravado na memória da pessoa. 
Para abrir uma empresa é necessário um planejamento formal, onde são analisados 
diversos pontos que podem influenciar depois que a empresa estiver atuando. 
“Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações 
concretas, reais, mensuráveis. Para isso, existe uma simples, mas para muitos 
tediosa, técnica de transformar sonhos em realidade: o planejamento” (DORNELAS, 
2012, p. 96). 
“O planejamento pode ser compreendido como uma ação administrativa 
visando prever o futuro ambiente e os desafios que uma organização deverá 
enfrentar, definindo as decisões cruciais para direcionamento dos negócios” 
(COBRA, 1991, p. 23). 
Oliveira (1996, p. 43) considera que “são três os tipos de planejamento, 
estratégico, tático e operacional; que podem ser relacionados conforme os níveis de 
decisão numa pirâmide organizacional”. 
 
 
 
 
 
 
 
31 
Figura 1: Níveis de decisão e os tipos de planejamento 
 
Fonte: Oliveira (1996, p. 43). 
 
Os três tipos de planejamento, conforme Oliveira (1996, p. 46) conceitua: 
Planejamento estratégico: é processo gerencial que possibilita ao 
executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um 
nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente. 
Planejamento tático: tem por objetivo otimizar determinada área de 
resultado e não a da empresa como um todo, portanto trabalha com decomposições 
dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no planejamento estratégico. 
Planejamento operacional: pode ser considerado como a formalização, 
principalmente através de documentos escritos, das metodologias de 
desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto, nesta situação têm-se, 
basicamente, os planos de ação ou planos operacionais. Planejamentos 
operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento 
tático. E cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes: 
- os recursos necessários para o seu desenvolvimento e implantação; 
- os procedimentos básicos a serem adotados; 
- os produtos ou resultados finais esperados; 
- os prazos estabelecidos; e 
- os responsáveis pela sua execução e implantação. 
 
 
32 
2.7 PLANO DE NEGÓCIOS 
 
O plano de negócios está, cada vez mais, se tornando uma ferramenta de 
grande utilidade, visando o sucesso do empreendimento. O plano de negócios é o 
instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes 
do empreendedor, o que transmite segurança, para quem quer iniciar uma empresa 
com maiores condições de êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu 
negócio. Conforme Jian (apud DORNELAS, 2005, p. 107), o plano de negócios pode 
ser: 
 
Plano de Negócios Completo: é utilizado quando se pleiteia uma grande 
quantidade de dinheiro, ou se necessita apresentar uma visão completa 
empreendedorismo. Pode variar de 15 a 40 páginas mais materiais anexos. 
Plano de Negócios Resumido: é utilizado quando se necessita apresentar 
algumas informações resumidas a um investidor, por exemplo, com o 
objetivo de chamar sua atenção para que ele lhe requisite um Plano de 
Negócios Completo. Devem mostrar os objetivos macros do 
empreendimento, investimentos, mercado, e retorno sobre o investimento e 
deverá focar as informações específicas requisitadas. Geralmente varia de 
10 a 15 páginas. 
Plano de Negócios Operacional: é muito importante para ser utilizado 
internamente na empresa pelos diretores, gerentes e funcionários. É 
excelente para alinhar os esforços internos em direção aos objetivos 
estratégicos da organização. Seu tamanho pode ser variável e depende das 
necessidades específicas de cada empreendimento em termos de 
divulgação junto aos associados e colaboradores. 
 
No entendimento Dornelas (2005, p. 98): 
 
O plano de negócios é um documento usado para descrever um 
empreendimento e o modelo de negócio que sustenta a empresa. Sua 
elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e 
ainda, permite ao empreendedor situar-se no seu ambiente. 
 
Já no entendimento de Filion (1991 apud DOLABELA, 2008) “o Plano de 
Negócio é, antes de tudo, o processo de validação de uma ideia, que o 
empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa”. 
Salim et al. (2005, p. 32) comentam que: 
 
O que o empreendedor faz é transformar uma oportunidade em um negócio. 
O meio que é usado para explicitar essa transformação é o Plano de 
negócios e a forma como se materializa o aproveitamento da oportunidade é 
a empresa que será criada ou usada para operar, produzir ou desenvolver o 
novo produto. 
33 
O plano de negócios envolve um processo de aprendizagem e 
autoconhecimento, e ainda, permite ao empreendedor ou administrador situar-se em 
seu ambiente de negócio. 
 
O plano de negócios tem como objetivo prever, programar, e coordenar uma 
sequência lógica de eventos que, se bem conduzidos, deverão simular as 
condições desejadas e estabelecer previamente os cursos de ação 
necessários á constituição do novo negócio e os meios adequados para 
atingi-los. Além disso, permite analisar a viabilidade e os riscos do novo 
negócio, através do cálculo de alguns indicadores financeiros que são 
identificados a partir dos dados concebidos no próprio plano (CUNHA, 1997, 
p. 27). 
 
Na visão de Dolabela (2008, p. 77) “Plano de negócio é uma linhagem para 
descrever de forma completa o que é ou o que pretende ser uma empresa.” Em 
síntese, um plano de negócio é: 
- uma forma de pensar sobre o futuro do negócio: para onde ir, como ir 
mais rapidamente, o que fazer durante o caminho de forma a diminuir 
incertezas e riscos; 
- descrever um negócio: o motivo da existência da oportunidade de 
negócio, como o empreendedor pretende agarrá-la, como irá buscar e 
gerenciar os recursos para aproveitá-la; 
- é mais um processo do que um produto. É dinâmico, vivo e deve ser 
sempre atualizado. 
A estrutura de Plano de Negócios que Salim et al. (2005, p. 40) apresentam 
é a seguinte: 
- sumário executivo; 
- resumo da empresa; 
- produtos e serviços; 
- análise de mercado; 
- estratégia do negócio; 
- organização e gerência do negócio; 
- planejamento financeiro. 
Já a estrutura de Dolabela (2008, p. 166) é montada sobre quatro itens: 
- parte I: sumário executivo; 
- parte II: a empresa; 
- parteIII: plano de marketing; 
34 
- parte IV: plano financeiro. 
Por outro lado Kuhn e Dama (2009, p. 64) trás a seguinte estrutura de Plano 
de Negócios: 
1 ANÁLISE DE MERCADO 
1.1 Análise do Setor 
1.2 Segmento de Mercado 
1.3 Mercado Consumidor 
1.4 Mercado Concorrente 
2 SERVIÇOS 
2.1 Serviços 
2.2 Plano Operacional 
3 A EMPRESA 
3.1 Estrutura legal e Planejamento estratégico 
3.2 Equipe Gerencial e Estrutura de Pessoal 
3.2.1 Necessidade de Pessoal 
3.4 Tamanho e Layout 
3.5 Localização 
4 PLANO DE MARKETING 
4.1 Posicionamento 
4.2 Preços 
4.3 Praça 
4.4 Propaganda e Promoção 
5 PLANO FINANCEIRO 
5.1 Investimento 
5.2 Financiamento 
5.3 Custos 
5.4 Receitas 
5.5 Resultado 
5.5.1 DRE 
5.5.2 Fluxo de caixa 
6 AVALIAÇÃO FINANCEIRA 
6.1 Lucratividade 
6.2 Rentabilidade 
6.3 Payback 
35 
6.4 Ponto de equilíbrio 
6.5 Valor Atual Liquido 
6.6 Taxa Interna de Retorno 
 
2.7.1 Análise de Mercado 
 
O objetivo de uma análise de mercado é possibilitar ao empreendedor a 
avaliação de seus potenciais fornecedores e concorrentes, além de dimensionar o 
mercado, identificando novas tendências, avaliando o desempenho de seus 
produtos e serviços. 
Kuhn e Dama (2009, p. 42) comentam: 
 
O estudo do mercado compreende a estimativa do mercado atual e futuro 
do produto a ser produzido e/ou comercializado, bem como o 
dimensionamento da oferta e demanda. Deve contemplar também a 
estrutura de comercialização, as condições de competição e a análise dos 
fatores que justificam a existência do mercado para o projeto. Mercado é o 
conjunto de compradores desejosos de adquirir o produto. 
 
Já Dornelas (2005, p. 142) afirma que a análise de mercado é considerada 
por muitos como: 
 
Uma das mais importantes seções do plano de negócios, e também a mais 
difícil de fazer, pois toda a estratégia de negócio depende de como a 
empresa abordará seu mercado consumidor, sempre procurando se 
diferenciar da concorrência, agregando maior valor aos seus 
produtos/serviços, com o intuito de conquistar seus clientes continuamente. 
É importante que a empresa conheça muito bem o mercado onde atua ou 
pretende atuar, pois só assim conseguirá uma estratégia de marketing 
vencedora. 
 
A análise de mercado também permite identificar a quantidade ou volume 
que o mercado é capaz de absorver e a que preços seus produtos ou serviços 
poderão ser comercializados. Com isso, ainda conseguimos definir qual é a melhor 
estratégia de marketing para a empresa. 
 
 
 
 
36 
2.7.2 Serviços 
 
Um dos objetivos dos serviços é satisfazer a necessidade de uma pessoa, 
ou ainda trazer benefícios para a mesma. Também pode ser algo que seja 
satisfatório ao ponto que a pessoa prefira que seja feito por terceiros ou que não 
consiga realizar por si própria, necessitando então de terceiros. 
A empresa que presta serviços de acordo com Salim et al. (2005, p. 7) “é 
uma empresa cujo objetivo de comercialização é um serviço prestado ao cliente, tal 
como contabilidade, aconselhamento jurídico, conserto de algum equipamento, 
desenvolvimento de um software, consultoria técnica, etc.”. 
Na visão de Kotler (1992, p. 539) “um serviço é qualquer ato ou desempenho 
essencialmente intangível que uma parte pode oferecer a outra e que não tem como 
resultado a propriedade de algo. A execução de um serviço pode estar ou não ligada 
a um produto físico”. 
Os serviços são intangíveis, sendo que é produzido ao mesmo tempo em 
que é consumido, não podendo ser armazenado. Este tipo de ato é avaliado de 
acordo com a satisfação ou não de quem o recebe. 
 
2.7.3 A Empresa 
 
Segundo Kuhn e Dama (2009), nesta seção será realizada uma breve 
descrição do empreendimento, incluindo a sua equipe gerencial, juntamente com a 
necessidade de pessoal, estrutura legal, tamanho, localização, infraestrutura e 
parcerias ou sociedades. Cabe também descrever a estratégia empresarial, 
sumarizada pela descrição da missão, da visão, dos objetivos estratégicos e 
estratégias empresariais como um todo. 
Segundo Dornelas (2005) esta é uma seção na qual se apresenta um breve 
resumo da organização da empresa, sua historia, e seu status atual. Devem ser 
enfatizadas as características únicas do negocio e dizer como prover um beneficio 
ao cliente. Deve se dar uma ideia do que se espera conseguir em três a cinco anos. 
É uma parte descritiva do plano de negócios, o qual deve ser feito com muito 
cuidado para evitar excessos ou faltas. 
 
 
37 
2.7.3.1 A Análise Externa e Interna da Empresa 
 
No processo de análise interna e externa, apresentam-se os seguintes 
pontos fortes, fracos, as ameaças e as oportunidades. Onde os pontos fortes e 
fracos compõem a análise interna da empresa, enquanto as oportunidades e 
ameaças compõem sua análise externa. Os pontos fortes e fracos representam as 
variáveis controláveis, enquanto as oportunidades e as ameaças representam as 
variáveis não controláveis. Sendo que o problema maior são as variáveis sobre as 
quais não se tem controle. 
 
2.7.3.2 Análise SWOT 
 
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada por empresas 
privadas como parte do planejamento estratégico dos negócios. O termo SWOT vem 
do inglês e representa as iniciais das palavras Streghts (forças), Weaknesses 
(fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). 
Para Wright, Kroll e Parnell (2000 p. 103), “a Análise SWOT tem por 
finalidade coletar os pontos fracos e fortes de uma empresa com as ameaças e 
oportunidade oferecidas pelo ambiente”. 
Como o próprio nome já diz a ideia central da análise SWOT é avaliar os 
pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças da organização e do 
mercado onde ela está atuando. 
 
Quadro 1: Matriz SWOT 
 
Fonte: Oliveira (2001). 
 
VANTAGENS: as vantagens da técnica de SWOT estão em definir 
estratégias para manter pontos fortes, reduzir a intensidade de pontos fracos 
aproveitando as oportunidades e protegendo-se de ameaças. Tendo desta forma 
possibilidade de adotar estratégias eficazes, traçando objetivos adequados á 
sobrevivência da empresa. 
38 
DESVANTAGENS: SWOT faz avaliação momentânea ou estática, não 
adaptando a dinâmica sequencial dos fatos. A desvantagem está na habilidade de 
desenvolver competências distintas mal definidas desfavorecendo a organização na 
criação e o estabelecimento de vantagens competitivas. 
 
2.7.3.3 Ambiente Interno 
 
A análise do ambiente interno tem como objetivo evidenciar as deficiências e 
qualidades da empresa que esta sendo analisada, sendo elencados os pontos fortes 
e fracos da mesma. Com isso conseguimos verificar o que a empresa precisa 
melhorar e o que a diferencia de seus concorrentes, como ponto forte. 
Segundo Oliveira (1996, p. 69): 
 
A análise dos pontos fortes, fracos e neutros deve envolver, também, a 
preparação de um estudo dos principais concorrentes na relação produto 
mercado, para facilitar o estabelecimento de ações da empresa no mercado, 
onde que podemos definir como ponto neutro uma variável identificada pela 
empresa, mas que, momento, não existe critérios e parâmetros de avaliação 
para sua classificação como ponto forte ou fraco. 
 
Uma coisa é perceber que o ambiente externo está mudando, outra, é ter 
competência para adaptar-se a estas mudanças (aproveitando as oportunidades e 
enfrentando as ameaças). Da mesma maneira que ocorre em relação ao ambiente 
externo, o ambiente interno deve ser monitorado permanentemente. 
De acordo com Oliveira (1996, p. 69), alguns dos fatores a serem 
considerados na análise interna são: 
 
Produtos de linha; novos produtos; promoção; comercialização; sistema de 
informações; estrutura organizacional; tecnologia; suprimentos; parque 
industrial; recursos humanos; estilo de administração; resultados 
empresariais; recursos financeiros/finanças; controle; e imagem 
institucional. 
 
Os pontos elencados devem ser comparados com os de outras empresas

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