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1° Aula de Empresarial 08/08/2019 Direito concursal conhecida como Direito Falimentar, ela tem, muitos doutrinadores da atualidade tem atribuído a nomenclatura de direito concursal em virtude da Lei 11.101 ela não tratar somente dos institutos da quebra de empresa. Ela também regulamenta o instituto da recuperação judicial, que surge no ordenamento jurídico brasileiro modificando a compreensão a despeito dos tratamentos dos empresários que se encontram em situação de crise. Em tempos históricos, a falência “ Fallere”, que por sua vez é uma expressão do latim associada a ideia de enganar. No Brasil, a gente remonta a existência do instituto da falência no Código Comercial de 1850 disciplinando as regras a despeito das regras de empresa nos artigos 797 a 911. Posteriormente, houve o Decreto 738 que trouxe a regulamentação específica do instituto da quebra de empresa. Nesse período, o Código Comercial ele trazia esse tratamento legal da falência para aqueles que eram considerados comerciantes, sob a perspectiva da teoria dos atos de comércio – seria considerado comerciante aquele que exercia atividade de mercancia (de compra para revenda). Esse decreto ele vigeu até a edição do decreto 917/1890 sob a égide da república ocorre a edição do decreto 917, até chegarmos posteriormente no DECRETO-LEI 7661/45, que trazia não somente o instituto da falência mas também o instituto da concordatas, que vigeu ate o ano de 2005. Sob a égide do decreto 7661 o empresário que se encontrava em situação de crise ele era considerado um indivíduo nocivo aquela sociedade mercantil, com vistas a evitar maiores danos. A falência se trata da quebra do encerramento da atividade do empresário que se encontra em situação de impossibilidade de continuação do exercício das atividades. A concordata por sua vez, ela existia sob a perspectiva legal para atribuir uma possibilidade do comerciante que estava em situação de crise de tentar se reestruturar com vistas de evitar a quebra, mas a lei não dava efetiva condição para o comerciante sair dessa situação. A concordata ela vem da expressão “concordância”, que em tese traz a ideia os credores do devedor eles deveriam concordar com uma nova negociação. A concordata é dividida em duas modalidades: a primeira concordata conhecida como suspensiva era uma modalidade de concordata ela tinha um condão de favor legal que se o devedor ele preenchesse os requisitos, o juiz ele concedia de imediato independente da vontade dos credores. Já existia um processo de falência em curso e o comerciante para evitar a falência ele atravessava uma petição requerendo a concordata suspensiva de modo a suspender o processo de falência, só que ele tinha que pagar 50% dos débitos à vista, e 60% por prazo em um ano. A concordata preventiva ele já estava devendo e atravessa antes da existência do processo de falência o pedido de concordata justamente para poder prever de alguém requerer o pedido de falência. O juiz para conceder a concordata preventiva ele tinha que pagar 35% dos créditos quirografários à vista, 50% em 6x, 60% em 12 meses, 75% em 18 meses, 90% em 24 meses. Tinha que preencher os requisitos e não poderiam chamar seus credores para negociar fora do juízo, não poderiam fazer acordos extrajudiciais, sob a configuração de crime falimentar (concorda branca). A Lei 11.101/2005 ela se torna uma grande inovação, ela vem de um arcabouço principiológico, muda-se a compreensão do tratamento atribuído ao empresário que se encontra em situação de crise, sob a égide da lei tem-se a compreensão que o empresário como um importante agente de intervenção social que merece sim a tutela do Estado. O empresário passa a ser compreendido como aquele que produz fonte de riqueza, se o empresário esta em situação de crise ele precisa ter e tratamento legal para que possa evitar a quebra. Para aqueles que se encontra em situação de viabilidade econômica o estado poderá sim tutelar direitos a preservação. A crise da empresa pode existir por uma série de fatores, Fábio Ulhoa diz que a crise da empresa pode-se dar de três formas: - A primeira é chamada de crise econômica ela é compreendida naquelas hipóteses em que a própria exploração do objeto da atividade econômica da empresa ela não esta sendo suficiente para a manutenção das suas atividades, por exemplo, empresários quebraram no momento das obras da Barra. - A crise pode-se tornar financeira, a crise econômica ela vai levar a crise financeira que se apresenta na dificuldade no fluxo de caixa da empresa, mesmo embora ela tenha patrimônio suficiente ela não consegue ter os recursos financeiros necessários para honrar os pagamentos. A CRISE FINANCEIRA ELA OCORRE NAS HIPÓTESES EM QUE O EMPRESÁRIO AO DEIXAR DE HONRAR SUAS OBRIGAÇÕES ELE SE TORNA EM SITUAÇÃO DE LIQUIDEZ. - E por último a crise patrimonial é aquela crise que se vislumbra quando o montante das dívidas ele não é o suficiente para a capacidade de pagamento da empresa. O volume da sua dívida é superior a sua capacidade de pagamento por meio dos seus ativos. O passivo é maior que seu ativo. Jorge Lobo ele traz uma concepção bem próxima de Fabio e que a crise da empresa se da de três formas: 1) A primeira é a impontualidade que se da quando o empresário não consegue honrar suas obrigações; 2) A chamada iliquidez que é quando mesmo ele possuindo um patrimônio ele não dispõe de recursos suficientes para quitar suas dívidas; 3) A insolvência que é a configuração do volume do passivo ser superior ao do ativo. Este é um dos benefícios do empresário por exercer uma atividade econômica organizada, para poder gozar dos benefícios de renegociação das dívidas. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Os princípios do direito concursal eles são compreendidos sob essa modificação da tutela da empresa aos moldes do que é previsto na matriz constitucionais. A Lei vem imbuída dessas ideias relativas da preservação da empresa, que observa no art 47 da Lei: Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. A preservação da empresa já compreende sob a necessidade de se compreender que o empresário é um poderoso instrumento de intervenção na sociedade. Dentro do cumprimento de requisitos específicos, pois não é todo empresário em situação de crise econômica que vai fazer jus aos direitos inerentes a recuperação da empresa, pois ela deverá cumprir efetivamente com o requisito principalmente de viabilidade econômica. Fabio Ulhoa disciplina que o impacto da crise econômica ele é profundo, o empresário deve ser inserido dentro do contexto social que havendo sua crise uma série de interesses orbitam aquela empresa. A gente reconhece que a empresa ela exerce interesses regionais, locais, estaduais e nacionais, Ulhoa traz que o impacto da crise econômica na empresa ela ultrapassa o interesse do empresário, porque ao redor da empresa existe uma série de interessados que são chamados de (bystanders). A função social é a representação da empresa dentro daquele contexto social, a importância da empresa no mercado a ensejar a possibilidade da recuperação. O princípio do impacto da crise econômica ele traz a ideia de quantos são interessados. Pelo princípio do par conditio creditorium a gente atribui que ao longo do regime concursal todos os credores devem ser tratados em condição de paridade, observando a condição de iguais como iguais e desiguais como desiguais na proporção das desigualdades. Não poderáhaver nenhum privilégio de uma determinada classe de credores em detrimento da outra em virtude do seu poder econômico. Transparência e publicidade é importante deixar claro que o processo concursal ele deverá ser transparente, ser devido a ampla publicidade porque o interesse no processo concursal é amplo. Então os atos processuais praticados no âmbito do processual concursal ele deverá ocorrer com no mínimo duas publicações, o de falência deve ser posto em jornais, revistas. Pelo princípio da maximização de ativo deve ser compreendido que todos os atos praticados no processo concursal deverão sempre objetivar a máxima capacidade de obtenção de recursos. Principais inovações da Lei 1) A extinção do instituto da concordatas e a criação do instituto da recuperação de empresas; • Recuperação judicial; • Recuperação extrajudicial; • Recuperação especial (ME, EPP) 2) A criação de um procedimento comum entre a recuperação judicial e a falência; 3) A extinção do inquérito judicial no bojo do processo da falência; 4) A extinção da figura do síndico da massa falida e a adoção do administrador judicial participando tanto da falência quanto da recuperação judicial; 5) A modificação das ordens dos créditos a serem habilitados no processo concursal. 2° Aula de Empresarial 15/08/2019 Falência Ela é compreendida como a situação legal derivada de uma decisão judicial, pelo qual o empresário-devedor irá se submeter ao um complexo de normas destinadas a execução concursal do seu patrimônio, por meio do levantamento do ativo para o pagamento do seu passivo nos limites patrimoniais disponíveis. O empresário na condição de devedor para a configuração da falência ele tem que se encontrar dentro daqueles requisitos a despeito da crise da empresa. - A crise econômica que se apresenta quando o produto da sua atividade não é apta a promover recursos suficientes para a manutenção do negócio. - Crise financeira que é a crise de fluxo de caixa. Em que pese ainda tenha patrimônio ela não tem a liquidez necessária para o adimplemento das suas obrigações. Até culminar na crise patrimonial. - Crise patrimonial que é a situação em que o patrimônio do empresário ela não é suficiente para fazer frente ao seu montante de dívidas, o seu passivo é excessivamente maior que seu ativo. Ela se encontra em uma situação de insolvência. O art. 75 da Lei ele traz: Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recurpetiçsos produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa. Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual. Um dos princípios que rege a Lei 11.101 é a maximização de ativos, ou seja, é um processo que vai custar não somente a vida a empresa em situação de crise, como todos os credores que deverão que tem a certeza que não vai obter a totalidade dos seus créditos. É um processo de execução concursal que visa objetivar aquele patrimônio. A despeito dos pressupostos da falência destaca-se três: 1) Condição de empresário: Empresário sob a perspectiva da teoria da empresa, art. 966. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Empresário é a sociedade. Logo, somente será submetido ao regime jurídico concursal aquele que se encontrarem na qualidade de empresário. Ex: EI, MEI, COMANDITA POR AÇÕES, SOCIEDADE EM NOME COLETIVO. A sociedade simples não está incluída porque o objeto da sua atividade não configura elemento de empresa. OBS: É importante deixar claro que a Lei 12.441/2011 trouxe a figura da EIRELLI como uma modalidade empresária, como modalidade não constituída por meio de uma sociedade, na medida em que é um empresário individual de responsabilidade limitada, mas trazendo uma grande inovação. O artigo 2° da Lei ele traz aqueles que não serão sujeitos ao regime jurídico concursal, ao disciplinar que: Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista; II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. Referente ao inciso I, elas integram a administração indireta elas são constituídas sobre modalidade societária, com destaque que a sociedade de economia mista necessariamente deverá ser uma sociedade anônima, com participação de 51% de capital público mais a presidência do Conselho Deliberativo. As empresas públicas por sua vez elas podem ser constituídas por Sociedade LTDA como Sociedade Anônima, sob a égide de direito privado, entende-se que essas não poderiam se submeter ao processo de execução concursal. Referente ao inciso II, instituição dos contratos mercantis. No tocante a falência, o próprio artigo de lei traz que as cooperativas em geral não se submete a falência, mas existe um hiato em relação a recuperação judicial. - O empresário rural arts . 971 e 984 do CC ele poderá fazer jus aos benefícios da Lei 11.101, desde que promova a sua regular inscrição. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for aplicável, às normas que regem a transformação. O art. 199 da Lei 11.101 ele revogou a disposição do Código da Aeronáutica fazendo com que a companhias aéreas serem submetidas ao regime jurídico da lei. No tocante ao empresário de fato e o empresário irregular existe uma situação bem peculiar porque é óbvio que o exercício regular do empresário atribui a ele o gozo do benefício relativo dos empresários em geral. A despeito da falência doutrinariamente é pacífico que tanto o empresário irregular como o empresário de fato podem falir, todavia, se o empresário (irregular ou de fato) tiver em situação irregular ele não poderá requerer a falência de outrem, eles podem ter a falência decretada pelo simples fato de exercer a atividade empresarial, eles não tem legitimidade ativa para requerer a falência de outrem, exigência específica no art 97, § 1°. Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: § 1º O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. No tocante a recuperação judicial ele não poderá fazer jus aos benefícios. 2) Insolvência: é aquele que não tem condições de adimplir com suas obrigações. A legislação traz requisitos específicos que configuram a hipótese de insolvência. Para o ordenamento jurídico brasileiro a insolvência se apresenta em três hipóteses, que são elencadas no art. 94. I) Impontualidade injustificada é a hipótese de insolvência em que o empresário que possui uma dívida líquida, certa e exigível, vencida, não paga e protestada, superior a 40 salários mínimos poderá ter seu pedido de falência requerido, ou seja, é possível presumira insolvência do empresário sobre a condição de impontualidade injustificada se este tiver uma dívida vencida, não paga e protestada, superior a 40 salários mínimos. II) Execução frustrada: tríplice omissão quando o executado não paga, não deposita e não nomeia bens o suficiente dentro de prazo legal. III) Atos de falência: são os comportamentos do empresário que dão a entender que ele está em situação de falência. 3) Sentença Declaratória de falência O empresário irá se submeter a execução concursal. 3° Aula de Empresarial 22/08/2019 Completando última aula Conceito de falência: situação legal derivada de uma decisão judicial pelo qual um empresário devedor se submetera ao complexo de normas destinadas a execução concursal do seu patrimônio, por meio do levantamento do seu passivo para pagamento do ativo dentro dos limites patrimonias disponíveis. Pressupostos: 1) Condição de empresário: que o procedimento falimentar ele só será aplicável para aqueles que tiverem na condição de empresário. Art. 966 do CC. O empresário de fato e o empresário irregular eles podem ter seu pedido de falência requerido, todavia, não possui legitimidade para tal. 2) Insolvência: se apresenta diante a crise patrimonial quando o empresário esta em situação de quando o montante de sua dívida ele é excessivamente superior a capacidade do empresário de pagamento. Passivo superior ao ativo - Art. 94 da Lei. A falência Procedimento falimentar – Dividido em três fases Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 1° Fase 2° Fase 3° Fase Petição Cognitiva Inicial Satisfativa S.D.F Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência Sentença de reabilitação A fase pré-falencial é a fase em que vai se discutir a plausibilidade do pedido de falência. A S.D.F. é par da declaração judicial. Quando se promove a declaração judicial decretando a falência ele se encontra falido. Se encerra a primeira fase e inicia a 2° fase falencial, que se subdivide na fase cognitiva e na fase satisfativa. Se encerra com uma outra sentença que é a chamada de encerramento de falência. A 3° fase que é a fase de reabilitação que é a sentença de reabilitação. O que é execução concursal ? É a situação que vários credores estão concorrendo ao mesmo patrimônio. O ordenamento jurídico brasileiro estabelece no art. 94 da Lei 11.101 as hipóteses legais da configuração da insolvência. A insolvência será requisito necessário a ser apresentado na petição inicial. A competência judicial para requisito da cobrança A competência para julgar a falência (art 3°). Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. O Juízo competente é o principal estabelecimento do devedor. Doutrinariamente compreende o de maior vulto econômico, não é compreendido a sede da empresa. O juízo que receberá o pedido de falência é chamado de “JUÍZO UNIVERSAL” (vis attractiva), será considerada que o juízo será responsável por processar e julgar negócios do falido, conforme previsão no art. 76. Promover a economicidade. Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. Parágrafo único. Todas as ações, inclusive as excetuadas no caput deste artigo, terão prosseguimento com o administrador judicial, que deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de nulidade do processo. Exceções: a) Ações em que o falido for parte autora ou litisconsorte ativo. No juízo universal o juiz vai administrar o volume de crédito e débito do falido; b) Reclamações trabalhistas (Art. 114, CF) – AS EXECUÇÕES NÃO SUPERAM O JUÍZO UNIVERSAL. As reclamações trabalhistas elas continuam na Justiça do Trabalho para resguardar a competência do juízo trabalhista para apurar o montante do crédito. O STJ já sedimentou que são as reclamações trabalhistas, mas as EXECUÇÕES não superam o juízo universal. Apurado o crédito trabalhista remete ao juízo universal. c) As execuções fiscais (art. 187 do CTN c/c com o artigo 29 da Lei 6.830/80) - as execuções fiscais serão processadas na Vara da Fazenda Pública, para apurando o crédito tributário e depois remetido ao juízo universal; d) As ações em que a União for parte ressalvada a competência da Justiça Federal (Art. 109, CF); e) As ações que demandam quantia ilíquida (Art.6°, § 1°). A petição inicial para requerimento da falência ela deve se fundar a respeito da insolvência: impontualidade injustificada, execução frustrada e atos de falência. Impontualidade injustificada: DÍVIDA LÍQUIDA, VENCIDA, NÃO PAGA E PROTESTADA, COM VALOR ACIMA DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. Caso ele não tenha o valor o que acontece? Ele poderá se associar com outros credores em litisconsórcio para requerer a falência. Ainda que o título executivo seja judicial este deve ser regularmente protestado para fins da falência. - Execução frustrada: tríplice omissão quando o devedor regularmente citado não paga, não deposita e não nomeia bens para penhora. Extrair a certidão da Vara da execução que comprove a existência da omissão e seja acostada na petição. O inciso I e II tratam-se de requisito objetivo da falência. - Atos de falência que são comportamentos que dão a entender que o empresário pode vim a falir, iminência de quebra. CRITÉRIO SUBJETIVO ônus do autor comprovar a existência. O pedido com base no ato de falência ele deverá ser instruído com as devidas provas, artigo 94, III. Legitimidade - Art 97 Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade; IV – qualquer credor. § 1º O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. § 2º O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 101 desta Lei. Ela este presente no artigo 97 para aqueles que podem requerer a falência. I) Qualquer credor empresário, mas dentro do requisito do §1°, ele deverá fazer prova da sua regularidade para fins de requerimento de falência de um outro empresário; II) O credor internacional ele poderá requerer a falência de um empresário dentro do território brasileiro mas para que faça jus ele deverá prestar a caução das custas e pagamentos, §2°; III) Qualquer credor não sendo hipótese de credor, desde que faça a prova de regularidade da dívida, consoante a previsão das hipóteses do art. 94; IV) O cônjuge sobrevivente, herdeiro ou inventariante. Nessas hipóteses a doutrina considera que somente seria aplicado para o empresário individual; V) O próprio devedor nas hipóteses de autofalência, Art. 105 Uma vez protocolizado na competência do principal estabelecimento, o devedor ele será citado para apresentar a resposta do réu, ela deve ser apresentada no prazo de DEZ DIAS. Uma vezregularmente citado caberá ao empresário devedor as seguintes opções: a) Contesta; b) Contesta + depósito elisivo (elidir) que será compreendido como o valor da dívida+ juros + correção monetária + honorários advocatícios; NESSA SITUAÇÃO PODERIA EVITAR A QUEBRA DA EMPRESA/DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA; c) Deposita; d) Revelia; e) Apresentar o pedido de recuperação judicial (Art. 95) Art. 95. Dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial. Caso ele opte pela contestação a matéria relativa ao pedido ela será bastante limitada, o art 96 ele traz que: Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar: I – falsidade de título; II – prescrição; III – nulidade de obrigação ou de título; IV – pagamento da dívida; V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título; VI – vício em protesto ou em seu instrumento; VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei; VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado. Uma vez os autos conclusos para decisão o juiz irá promover regularmente a sentença declaratória da falência. Se o pedido da falência ele tiver um condão doloso, o juiz poderá condenar na pena prevista no (Art. 101). Art. 101. Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidação de sentença. Se a Sentença Declaratória de Falência for julgada PROCEDENTE ela poderá ser atacada por meio do recurso do AGRAVO DE INSTRUMENTO. Se ela for julgada IMPROCEDENTE ela será acatada por APELAÇÃO. (Art. 100). Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação. É importante deixar claro que uma vez procedente o pedido da falência abre-se espaço para a segunda fase que é subdividida em duas subfases: COGNITIVA que vai ser levantado todo o volume do ativo e do passivo. 1) Arrecadação de bens; 2) Habilitação/Impugnação de créditos. A subfase SATISFATIVA que vai ocorrer a: 1) Classificação de créditos; 2) Pagamento em favor de credores. A sentença de falência (Sentença de encerramento de falência) Nessa sentença que irá encerrar a falência podendo absolver essa fase de reabilitação ou não, porque se na fase satisfativa todos os créditos forem pagos não haverá que se falar da fase de reabilitação. Todavia, se ficarem dívidas pendentes entra-se a terceira fase de reabilitação, conhecida como quarentena que poderá variar pela forma como qual o empresário foi a falência. Características do processo falimentar Sistema recursal fechado a lei falimentar: • A lei falimentar só admite os recursos previstos no bojo da sua própria lei; • Aplicação subsidiária da CPC, exceto para recursos; • Juízo universal; • Impulso oficial – processo pode ser movido por ofício; • Ampla publicidade todos os atos processuais deverão ser dado a ampla publicidade, deverão correr por no mínimo duas vezes, sendo que o prazo começa a contar da 1° publicação. 4° Aula de Empresarial 29/08/2019 Completando última aula A fase falimentar que começa com a petição inicial que deverá se fundamentar na condição de empresário, insolvência e a sentença declaratória da falência. A petição inicial deve-se fundamentar na impontualidade injustificada, execução frustrada e atos de falência. O requisito da impontualidade injustificada dívida líquida, vencida, não paga e protestada e acima de 40 salários mínimos, todos os títulos podem instruir o pedido de falência sendo executivo judicial ou extrajudicial, a execução frustrada deve se ter a tríplice omissão que o devedor não paga, não deposita e não nomeia bens à penhora, no processo de execução em que se extrai a certidão da Vara em que está correndo o processo, por fim os atos de falência são comportamentos que levam a crê a presunção de insolvência, sendo a competência o local do principal estabelecimento, este juízo para fins da competência ele se tornará juízo universal que todas as ações que versem sobre bens, direitos, negócio do falido. Exceções: Parte autora, reclamações trabalhistas, execuções fiscais, ações que a União for parte, quantia ilíquida. A resposta deve ser em dez dias, em que ele contesta, contesta + depósito elisivo, deposita, revelia, apresenta o pedido de recuperação judicial. Sentença Declaratória de Falência O terceiro pressuposto para configuração da falência, a Sentença Declaratória de Falência trata-se de uma sentença pelo qual o juízo poderá decretar ou não a procedência da falência. Se a sentença declaratória for improcedente ela irá cessar as demais etapas relativas ao procedimento falimentar, na hipótese de procedência ela encerra a fase pré-falencial e inicial a segunda fase que é a fase falencial. Mesmo ela embora tenha esse nome ela possui a natureza jurídica de uma sentença constitutiva. Isto porque a S.D.F. ela irá promover a constituição de uma nova situação legal para o devedor empresário. O empresário ele deixará de ser empresário para se tornar falido e todos os credores do empresário irão se direcionar a execução concursal do patrimônio do falido. A S.D.F. mesmo embora ela tenha que cumprir com todos os requisitos inerentes as sentenças presente no art. 489, que tem relatório, fundamentação e dispositivos. Ela tem outros requisitos a serem cumpridos, que estão presentes no art. 99: Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores; II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados; (TERMO LEGAL DA FALÊNCIA). É CONSIDERADO O PERÍODO SUSPEITO QUE SERÁ OBSERVADO AS CONDUTAS ADOTADA PELO FALIDO AS VÉSPERAS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. SE O PEDIDO DA FALÊNCIA ELE FOI FEITO COM BASE NA IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA E NA EXECUÇÃO FRUSTRADA O TERMO LEGAL DA FALÊNCIA ELE SERÁ CONTADO A PARTIR DOS 90 DIAS ANTERIORES AO 1º PROTESTO DA DÍVIDA. SE SE TRATAR DE PEDIDO DA FALÊNCIA COM BASE NOS ATOS DE FALÊNCIA O PERÍODO SUSPEITO PARA FINS DE CONFIGURAÇÃO DO TERMO LEGAL DA FALÊNCIA SERÁ DE 90 DIAS DA DATA DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO INICIAL. III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1º do art. 7º desta Lei; V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei; VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradoresquando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei; VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei; IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei; X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei; XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência; XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores. É importante deixar claro que a S.D.F. ela possui efeitos profundos sobre a vida do falido. Efeitos da Sentença Declaratória de Falência 1) Pessoa do falido 1.1) Declaração de inabilitação do empresário ao exercício da atividade empresarial iniciará a partir da decretação da falência e ela poderá perdurar até que haja a sentença que promova a reabilitação do falido, essa condição de inabilitação ela poderá vim a durar até cinco anos após extinta a punibilidade da hipótese do cometimento do crime falimentar, essa inabilitação ela perdurará até que haja a declaração da extinção de sua responsabilidade que é a chamada de reabilitação. 1.2) Perda da disponibilidade de todos os seus bens que serão sujeitos a arrecadação mesmo embora o falido perca a disponibilidade de seus bens ele poderá adotar todas as medidas necessárias a conservação desses bens, porque ele também tem interesse nesse processo da falência. 1.3) Suspensão do sigilo de correspondências quando se tratar de natureza empresarial. 1.4) O devedor ele não poderá se ausentar da comarca sem autorização judicial. 1.5) O falido só poderá praticar sem autorização judicial atos da vida civil, ou seja, registrar um filho. 1.6) Demais restrições art 104,§ 7º. 2. Quanto as obrigações do falido 2.1) A sujeição de todos os credores ao processo concursal para requerer direitos; 2.2) A suspensão do direito de retenção sobre bens (mandado mercantil, depósito mercantil, comissão mercantil) porque esses bens serão submetidos ao processo da arrecadação para fins da constituição da massa falida; suspensão do direito de retirada de sócios/acionistas; 2.3) O administrador judicial poderá mediante autorização do comitê de credores, poderá continuar contratos bilaterais e unilaterais se implicar aumento do ativo ou diminuição do passivo; exemplo o falido que tem determinado bem que rende frutos de aluguéis. 2.4) Os mandatos conferidos pelo falido serão revogados e os mandatários deverão prestar contas. 2.5) O encerramento das contas bancárias ou apuração dos respectivos saldos 3. Quanto aos credores 3.1) Suspensão da fluência de juros; 3.2) Vencimento antecipado das obrigações; 3.3) Suspensão de todas as ações e execuções dos credores em face dos falidos, ou seja, uma vez extinta a falência o prazo volta a contar; 3.4) O exercício de quaisquer direito, somente em face da massa falida; 3.5) Constituição da massa falida subjetiva. A sentença declaratória da falência ela irá promover a constituição da Massa falida objetiva composta pelos bens do falido. + A constituição da massa falida subjetiva por meio dos credores (reunião de credores). 5° Aula de Empresarial 05/09/2019 A Administração da falência Ela é exercida coletivamente, ela não é exclusividade de agente, pelo fato da falência ela decorrer de uma execução concursal vários são os interessados no bojo do processo falimentar, a administração da falência ela é presidida pelo juiz na condição do juiz universal da falência, pelo MP que ira acompanhar e fiscalizar a execução da lei adotando algumas medidas, o administrador judicial como o profissional de confiança do juízo que será designado para representar os interesses do juízo promovendo a administração direta da falência, o Comitê de credores previsto no art 26 e por fim a assembleia geral de credores na condição de órgão deliberativo representativos pelos credores habilitados na falência. O juiz tem diversas funções: Processar e julgar todas as ações relativas ao negocio de direito e bens do falido, responsável por presidir a administração da falência, adotando medidas especiais como rubrica de cheques para pagamento, remunerar o administrador judicial e seus auxiliares, autorizar medidas antecipatórias (alienação antecipada de bens) entre outras. Importante deixar claro que em relação ao MP a gente destaca que o próprio veto realizado pelo art. 4 da lei, ele trouxe impactos em relação às atividades do MP se comparado com o processo falimentar sob a égide do decreto. Não se vislumbra mais no processo falimentar tantas atribuições do MP, as principais funções: 1) Legitimidade • Para propor impugnação a relação de credores (Art. 8°); • Impugnar a hasta pública para vendas de bens do falido (Art. 143°); • Requerer a substituição/destituição do administrador judicial ou membros do comitê de credores (Art. 30°); • Propor ação rescisória de crédito (Art. 19°); • Propor ação revocatória (Art. 132°). 2) Intimado • Da S.D.F. (Art. 59, III); • Do relatório do administrador judicial (Art. 22, §4º); • Da realização da hasta pública (Art. 142°); • Para se manifestar de eventual cometimento de crime falimentar (Art. 187). 3) Poderá ainda: • Requerer explicação do falido (Art. 104, VIº); • Manifestar do relatório do administrador judicial (Art. 154); • Oferecer denúncia nos termos do (Art. 187, §1º). O art. 22 ele traz a figura do administrador judicial ele tem sua previsão a partir do artigo 21 da lei falimentar. Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. Parágrafo único. Se o administrador judicial nomeado for pessoa jurídica, declarar-se-á, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o nome de profissional responsável pela condução do processo de falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído sem autorização do juiz. O administrador judicial ele não irá presidir a falência ele é apenas um profissional de confiança do juízo universal que irá ser seu auxiliar nesse processo de condução da execução concursal. A lei traz a possibilidade do administrador judicial ser uma pessoa jurídica especializada, para fins de registro o representante legal dessa pessoa jurídica constará na Junta Comercial como o representante legal equiparado ao administrador judicial. A competência prevista no artigo 22 do administrador judicial que a um procedimento comum entre o instituto da recuperação judicial e a falência, cabe: Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: I – na recuperação judicial e na falência: a) enviar correspondência aos credores constantes na relaçãode que trata o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a data do pedido de recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a classificação dada ao crédito; b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores interessados; c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer informações; e) elaborar a relação de credores de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei; f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei; g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores nos casos previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a tomada de decisões; h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas funções; i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; III – na falência: a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores terão à sua disposição os livros e documentos do falido; b) examinar a escrituração do devedor; c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa falida; d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o que não for assunto de interesse da massa; e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do termo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório sobre as causas e circunstâncias que conduziram à situação de falência, no qual apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o disposto no art. 186 desta Lei; f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei; g) avaliar os bens arrecadados; h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não ter condições técnicas para a tarefa; i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos credores; j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis ou sujeitos a considerável desvalorização ou de conservação arriscada ou dispendiosa, nos termos do art. 113 desta Lei; l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação; m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens apenhados, penhorados ou legalmente retidos; n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, advogado, cujos honorários serão previamente ajustados e aprovados pelo Comitê de Credores; o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a eficiência da administração; p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10º (décimo) dia do mês seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique com clareza a receita e a despesa; q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu poder, sob pena de responsabilidade; r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou renunciar ao cargo. § 1º As remunerações dos auxiliares do administrador judicial serão fixadas pelo juiz, que considerará a complexidade dos trabalhos a serem executados e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. § 2º Na hipótese da alínea d do inciso I do caput deste artigo, se houver recusa, o juiz, a requerimento do administrador judicial, intimará aquelas pessoas para que compareçam à sede do juízo, sob pena de desobediência, oportunidade em que as interrogará na presença do administrador judicial, tomando seus depoimentos por escrito. § 3º Na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização judicial, após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) dias, transigir sobre obrigações e direitos da massa falida e conceder abatimento de dívidas, ainda que sejam consideradas de difícil recebimento. § 4º Se o relatório de que trata a alínea e do inciso III do caput deste artigo apontar responsabilidade penal de qualquer dos envolvidos, o Ministério Público será intimado para tomar conhecimento de seu teor. Art. 23. O administrador judicial que não apresentar, no prazo estabelecido, suas contas ou qualquer dos relatórios previstos nesta Lei será intimado pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de desobediência. Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituirá o administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor. O administrador judicial ele poderá sofrer tanto a sua substituição quanto a sua destituição, sendo que a destituição que configura uma espécie de penalidade. Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. § 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na falência. § 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. § 3º O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses em que não terá direito à remuneração. § 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas desaprovadas. § 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois por cento), no caso de microempresas e empresas de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) Como a destituição é uma espécie de penalidade, se o administrador judicial ele sofrer a destituição ele não será remunerado, inclusive podendo ser condenado a perdas e danos da massa falida. Art. 25. Caberá ao devedor ou à massa falida arcar com as despesas relativas à remuneração do administrador judicial e das pessoas eventualmente contratadas para auxiliá-lo. Comitê de Credores (Art. 26) Trata-se de um órgão colegiado, deliberativo, facultativo no processo falimentar. Sua existência dependerá da complexidade e/ou do vulto econômico do processo falimentar. Ele vai surgir em virtude da grande quantidade de credores habilitados no processo falimentar. Os credores serão organizados na assembleia em razão da sua classe que promoverá a eleição dos seus representantes na composição do comitê de credores. Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição: I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes; II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes; III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes. IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 1º A falta de indicação de representante por quaisquerdas classes não prejudicará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número inferior ao previsto no caput deste artigo. § 2º O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que representem a maioria dos créditos de uma classe, independentemente da realização de assembléia: I – a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê; ou II – a substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe. § 3º Caberá aos próprios membros do Comitê indicar, entre eles, quem irá presidi-lo. Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras previstas nesta Lei: I – na recuperação judicial e na falência: a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial; b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos interesses dos credores; d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados; e) requerer ao juiz a convocação da assembléia-geral de credores; f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei; Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições. Art. 29. Os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a realização de ato previsto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às disponibilidades de caixa. O comitê de credores ele não é remunerado por essa função porque ele é credor e tem interesse na administração da falência, ele só poderá fiscalizar. Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada. § 1º Ficará também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de administrador judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3º (terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente. § 2º O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá requerer ao juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê nomeados em desobediência aos preceitos desta Lei. § 3º O juiz decidirá, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o requerimento do § 2º deste artigo. Art. 31. O juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer interessado, poderá determinar a destituição do administrador judicial ou de quaisquer dos membros do Comitê de Credores quando verificar desobediência aos preceitos desta Lei, descumprimento de deveres, omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a terceiros. § 1º No ato de destituição, o juiz nomeará novo administrador judicial ou convocará os suplentes para recompor o Comitê. § 2º Na falência, o administrador judicial substituído prestará contas no prazo de 10 (dez) dias, nos termos dos §§ 1º a 6º do art. 154 desta Lei. Art. 32. O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua discordância em ata para eximir-se da responsabilidade. Art. 33. O administrador judicial e os membros do Comitê de Credores, logo que nomeados, serão intimados pessoalmente para, em 48 (quarenta e oito) horas, assinar, na sede do juízo, o termo de compromisso de bem e fielmente desempenhar o cargo e assumir todas as responsabilidades a ele inerentes. Art. 34. Não assinado o termo de compromisso no prazo previsto no art. 33 desta Lei, o juiz nomeará outro administrador judicial. O encerramento relativo a esse membro. 6° Aula de Empresarial 12/09/2019 Assembleia Geral de Credores Para fins de encerramento da falência, como visto na aula passada várias pessoas irão promover a administração da falência, por óbvio que o juiz na condição de juiz universal como responsável em processar e julgar toda transação quer verse sobre bens, negócio e interesses do falido. Todavia, a assembleia geral de credores ela é uma decorrência da massa falida subjetiva. A Assembleia Geral de Credores trata-se de um órgão responsável pela administração da falência, ela decorre da constituição da chamada massa falida subjetiva e consiste em um órgão colegiado deliberativo composto por todos os credores habilitados na falência. Ela será presidida pela pessoa do administrador judicial, exceto nas hipóteses em que a assembleia geral de credores ela for composta para deliberar despeito da substituição ou destituição do administrador judicial. A Assembleia Geral de Credores ela poderá deliberar sobre diversos assuntos, sendo que o artigo 35 ele estabelece: Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar sobre: I – na recuperação judicial: a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor; b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; c) (VETADO) d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4º do art. 52 desta Lei; e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor; f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores; II – na falência: a) (VETADO) b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus membros e sua substituição; c) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma do art. 145 desta Lei; d) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos credores. O artigo 35 ele estabelece os diversos assuntos que podem deliberar a assembleia geral de credores, ela será convocada nos termos do artigo 36. Art. 36. A assembléia-geral de credores será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, o qual conterá: I – local, data e hora da assembléia em 1ª (primeira) e em 2ª (segunda) convocação, não podendo esta ser realizada menos de 5 (cinco) dias depois da 1ª (primeira); II – a ordem do dia; III – local onde os credores poderão, se for o caso, obter cópia do plano de recuperação judicial a ser submetido à deliberação da assembléia. § 1º Cópia do aviso de convocação da assembléia deverá ser afixada de forma ostensiva na sede e filiais do devedor. § 2º Além dos casos expressamente previstos nesta Lei, credores que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao juiz a convocação de assembléia-geral. § 3º As despesas com a convocação e a realização da assembléia- geral correm por conta do devedor ou da massa falida, salvo se convocada em virtude de requerimento do Comitê de Credores ou na hipótese do § 2º deste artigo. Art. 37. A assembléia será presidida pelo administrador judicial, que designará 1 (um) secretário dentre os credores presentes. § 1º Nas deliberações sobre o afastamento do administrador judicial ou em outras em que haja incompatibilidade deste, a assembléia será presidida pelo credor presente que seja titular do maior crédito. § 2º A assembléia instalar-se-á, em 1ª (primeira) convocação, com a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, e, em 2ª (segunda) convocação, com qualquer número. § 3º Para participar da assembléia, cada credor deverá assinar a lista de presença, que será encerrada no momento da instalação.§ 4º O credor poderá ser representado na assembléia-geral por mandatário ou representante legal, desde que entregue ao administrador judicial, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data prevista no aviso de convocação, documento hábil que comprove seus poderes ou a indicação das folhas dos autos do processo em que se encontre o documento. § 5º Os sindicatos de trabalhadores poderão representar seus associados titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho que não comparecerem, pessoalmente ou por procurador, à assembléia. § 6º Para exercer a prerrogativa prevista no § 5º deste artigo, o sindicato deverá: I – apresentar ao administrador judicial, até 10 (dez) dias antes da assembléia, a relação dos associados que pretende representar, e o trabalhador que conste da relação de mais de um sindicato deverá esclarecer, até 24 (vinte e quatro) horas antes da assembléia, qual sindicato o representa, sob pena de não ser representado em assembléia por nenhum deles; e II – (VETADO) § 7º Do ocorrido na assembléia, lavrar-se-á ata que conterá o nome dos presentes e as assinaturas do presidente, do devedor e de 2 (dois) membros de cada uma das classes votantes, e que será entregue ao juiz, juntamente com a lista de presença, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. Composição pelas classes de credores compostas no artigo 41: Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores: I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho; II – titulares de créditos com garantia real; III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados. IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 1º Os titulares de créditos derivados da legislação do trabalho votam com a classe prevista no inciso I do caput deste artigo com o total de seu crédito, independentemente do valor. § 2º Os titulares de créditos com garantia real votam com a classe prevista no inciso II do caput deste artigo até o limite do valor do bem gravado e com a classe prevista no inciso III do caput deste artigo pelo restante do valor de seu crédito. OBS: Os créditos tributários não compõe a assembleia geral de credores. Art. 38. O voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito, ressalvado, nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, o disposto no § 2º do art. 45 desta Lei. Parágrafo único. Na recuperação judicial, para fins exclusivos de votação em assembléia-geral, o crédito em moeda estrangeira será convertido para moeda nacional pelo câmbio da véspera da data de realização da assembléia. Art. 39. Terão direito a voto na assembléia-geral as pessoas arroladas no quadro-geral de credores ou, na sua falta, na relação de credores apresentada pelo administrador judicial na forma do art. 7º , § 2º , desta Lei, ou, ainda, na falta desta, na relação apresentada pelo próprio devedor nos termos dos arts. 51, incisos III e IV do caput, 99, inciso III do caput, ou 105, inciso II do caput, desta Lei, acrescidas, em qualquer caso, das que estejam habilitadas na data da realização da assembléia ou que tenham créditos admitidos ou alterados por decisão judicial, inclusive as que tenham obtido reserva de importâncias, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 10 desta Lei. § 1º Não terão direito a voto e não serão considerados para fins de verificação do quorum de instalação e de deliberação os titulares de créditos excetuados na forma dos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei. § 2º As deliberações da assembléia-geral não serão invalidadas em razão de posterior decisão judicial acerca da existência, quantificação ou classificação de créditos. § 3º No caso de posterior invalidação de deliberação da assembléia, ficam resguardados os direitos de terceiros de boa-fé, respondendo os credores que aprovarem a deliberação pelos prejuízos comprovados causados por dolo ou culpa. Regra Geral: as deliberações da assembleia geral de credores será feita da seguinte forma: No tocante à aprovação considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos habilitados presente a assembleia cumulados com a maioria simples de todos os presentes. Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia-geral, exceto nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos termos do art. 145 desta Lei. Exceções: • 2/3 de todos os créditos para deliberação a despeito da realização do ativo. Art. 46. A aprovação de forma alternativa de realização do ativo na falência, prevista no art. 145 desta Lei, dependerá do voto favorável de credores que representem 2/3 (dois terços) dos créditos presentes à assembléia. • Se for para deliberar sobre o plano de recuperação judicial tem que aprovação em todas as classes prevista no artigo 41. Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a proposta. § 1º Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes à assembléia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes. § 2º Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. § 2º Nas classes previstas nos incisos I e IV do art. 41 desta Lei, a proposta deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu crédito. (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014) § 3º O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de verificação de quorum de deliberação se o plano de recuperação judicial não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito. Art 7° - Quadro geral dos credores Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 1° Fase 2° Fase 3° Fase Petição Cognitiva Inicial Satisfativa S.D.F Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência Sentença de reabilitação (Revisão da aula) 1°SUBFASE DA FALÊNCIA QUE É A CHAMADA DE COGNITIVA. Inicia-se a constituição da nova fase jurídica do falido inicia-se a fase cognitiva. A sentença declaratória da falência ela vai promover a constituição da massa falida objetiva e da massa falida subjetiva, que se dar por meio da reunião de todos os credores habilitados no processo falimentar. Na fase cognitiva será a fase que será apurado o levantamento não somente do volume patrimonial do falido por meio do processo inicial de habilitação de credores e de arrecadação de bens. Na fase de habilitação de crédito ele deverá comparecer ao juízo para firmar o termo de compromisso, o administrador judicial ele vai adentrar as instalações da empresa, e ter acesso de todos os livros e documentos do falido e deverá promover a publicação da relação de credores. O empresário ele poderá ter seupedido requerido, agora se ele estiver irregular ou de fato ele não poderá requerer de outrem, nem requerer a autofalência. A relação de credores quem vai apresentar essa relação de credores é o próprio falido. O administrador judicial será responsável por publicar esta relação de credores, a partir daí ocorrerá o prazo de 15 dias para que todos os credores possam apresentar o chamado pedido de divergência, caso os créditos presentes na relação eles estejam em desacordo com o valor real dos seus créditos. Após essa relação de credores publicada terá o prazo de 15 dias para promover o pedido de divergência ou a sua habilitação na hipótese de não constar dentro dessa relação. O administrador judicial será responsável por publicar esta relação de credores, a partir da publicação, abre-se o prazo de 15 dias para ou OS CREDORES PROMOVEREM A SUA HABILITAÇÃO DE CRÉDITO, ou seja, aqueles credores que não esteja na relação publicada eles deverão requerer a sua habilitação OU A APRESENTAÇÃO DE PEDIDOS DE DIVERGÊNCIA que são os casos em que créditos publicados na relação são dissonantes com aquilo que o credor acredite que ele vale. Importante deixar claro, que tanto a habilitação de credores tanto como o pedido de divergência, dentro desse prazo de 15 dias ele se dará por meio de um ato perante o administrador judicial, sob uma forma de petição simples. Ultrapassado esses 15 dias e recebido todas as habilitações e os pedidos de divergência o administrador judicial ele irá receber todos esses pedidos, e no prazo de 45 dias irá republicar a nova relação com o quadro geral de credores. Após essa republicação os credores e homologado o quadro, que vierem a faltar este prazo, eles poderão requerer a sua habilitação, porém, essa reabilitação se dará de forma judicial sendo que estes credores estarão na forma retardatária. As consequências da habilitação retardatária ela tem que se dar por via judicial perante o juízo universal, e ainda acarretará as seguintes consequências: • Na recuperação judicial a perda do direito ao voto, exceto os credores trabalhistas; • Na falência a perda da participação de eventuais rateios realizados antecipadamente. Uma vez julgado o pedido de divergência, republicado da forma que se entendiam, os credores que se sentiam inconformados poderão fazer valer da AÇÃO DE IMPGNAÇÃO DE CRÉDITO, ela pode se dar não somente por ato do credor inconformado, mas também qualquer membro do comitê de credores, o MP, outros credores poderão propor a ação de impugnação de crédito. O prazo para entrar com a ação é de dez dias após a republicação do prazo. Esses 45 dias de republicação se somará aos 15 dias da primeira publicação, logo entre a 1º e a 2º será 60 dias, desses 60 dias ele vai publicar a relação de credores, e no prazo de 10 dias poderão ser apresentado as chamadas impugnação de crédito. A impugnação de crédito trata-se de ação judicial postulatória por meio de advogado a ser apresentado perante o juízo da falência. • 15 dias publicado para apresentação de novas habilitações e de pedidos de divergência; • 45 dias nova publicação; • Republicado - 10 dias para apresentação de impugnação de crédito; • 05 dias o credor impugnado deverá apresentar contestação; • 05 dias para o falido, o comitê de credores (se houver) deverá se manifestar sobre o pedido de impugnação; • 05 dias o administrador judicial deverá apresentar seu parecer; • Autos conclusos, a impugnação será julgado por sentença da qual caberá o recurso de agravo de instrumento, no prazo do CPC de 15 dias. Art. 17. Da decisão judicial sobre a impugnação caberá agravo. Parágrafo único. Recebido o agravo, o relator poderá conceder efeito suspensivo à decisão que reconhece o crédito ou determinar a inscrição ou modificação do seu valor ou classificação no quadro-geral de credores, para fins de exercício de direito de voto em assembléia-geral. Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou empresas especializadas. § 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º , ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados. § 2º O administrador judicial, com base nas informações e documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos que fundamentaram a elaboração dessa relação. Art. 8º No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação referida no art. 7º , § 2º , desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o devedor ou seus sócios ou o Ministério Público podem apresentar ao juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, importância ou classificação de crédito relacionado. Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei. Art. 9º A habilitação de crédito realizada pelo credor nos termos do art. 7º , § 1º , desta Lei deverá conter: I – o nome, o endereço do credor e o endereço em que receberá comunicação de qualquer ato do processo; II – o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de recuperação judicial, sua origem e classificação; III – os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das demais provas a serem produzidas; IV – a indicação da garantia prestada pelo devedor, se houver, e o respectivo instrumento; V – a especificação do objeto da garantia que estiver na posse do credor. Parágrafo único. Os títulos e documentos que legitimam os créditos deverão ser exibidos no original ou por cópias autenticadas se estiverem juntados em outro processo. Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7º , § 1º , desta Lei, as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias. § 1º Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, não terão direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de credores. § 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo ao processo de falência, salvo se, na data da realização da assembléia-geral, já houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o crédito retardatário. § 3º Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, não se computando os acessórios compreendidos entre o término do prazo e a data do pedido de habilitação. § 4º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o credor poderá requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito. § 5º As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei. § 6º Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito. Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que reputem necessárias. Art. 12. Transcorridoo prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias. Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da relação de credores, objeto da impugnação. Art. 13. A impugnação será dirigida ao juiz por meio de petição, instruída com os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará as provas consideradas necessárias. Parágrafo único. Cada impugnação será autuada em separado, com os documentos a ela relativos, mas terão uma só autuação as diversas impugnações versando sobre o mesmo crédito. Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como quadro-geral de credores, a relação dos credores constante do edital de que trata o art. 7º , § 2º , desta Lei, dispensada a publicação de que trata o art. 18 desta Lei. Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei, os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que: I – determinará a inclusão no quadro-geral de credores das habilitações de créditos não impugnadas, no valor constante da relação referida no § 2º do art. 7º desta Lei; II – julgará as impugnações que entender suficientemente esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas pelas partes, mencionando, de cada crédito, o valor e a classificação; III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos controvertidos e decidirá as questões processuais pendentes; IV – determinará as provas a serem produzidas, designando audiência de instrução e julgamento, se necessário. Art. 19. O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o representante do Ministério Público poderá, até o encerramento da recuperação judicial ou da falência, observado, no que couber, o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, pedir a exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos casos de descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados na época do julgamento do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores. § 1º A ação prevista neste artigo será proposta exclusivamente perante o juízo da recuperação judicial ou da falência ou, nas hipóteses previstas no art. 6º , §§ 1º e 2º , desta Lei, perante o juízo que tenha originariamente reconhecido o crédito. § 2º Proposta a ação de que trata este artigo, o pagamento ao titular do crédito por ela atingido somente poderá ser realizado mediante a prestação de caução no mesmo valor do crédito questionado. Essa previsão no artigo 19 é chamada de ação rescisória de crédito, que é a legitimidade do Ministério Público. Art. 20. As habilitações dos credores particulares do sócio ilimitadamente responsável processar-se-ão de acordo com as disposições desta Seção. Autofalência é uma das formas de pedido da falência pelo próprio falido, presente no artigo 105. Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos: I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais; V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. Art. 106. Não estando o pedido regularmente instruído, o juiz determinará que seja emendado. Art. 107. A sentença que decretar a falência do devedor observará a forma do art. 99 desta Lei. Parágrafo único. Decretada a falência, aplicam-se integralmente os dispositivos relativos à falência requerida pelas pessoas referidas nos incisos II a IV do caput do art. 97 desta Lei. 7° Aula de Empresarial 19/09/2019 Revisando últimas aulas Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 1° Fase 2° Fase 3° Fase Petição Cognitiva Inicial Resposta do réu Satisfativa S.D.F Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência Sentença de reabilitação • A primeira fase é a pré falencial, que começa com a petição inicial, fundamentada na impontualidade injustificada, execução frustrada e atos de falência. Os pressupostos da falência é a condição do empresário, insolvência e sentença declaratória da falência. • A competência é a do principal estabelecimento que é o juízo universal. • Resposta do réu o prazo é de 10 dias. • Ele poderá contestar, contestar e depositar, depósito, revelia, pedido de recuperação judicial. • Autos conclusos sentença declaratória da falência, se ela for improcedente é cabível apelação, se ela for procedente é cabível o agravo. • A natureza jurídica da S.D.F. é constitutiva porque cria uma nova situação jurídica. • Os efeitos da sentença declaratória da falência: Declaração de inabilitação do empresário ao exercício da atividade empresarial; Perda da disponibilidade de todos os seus bens que serão sujeitos a arrecadação; Suspensão do sigilo de correspondências; ele não poderá se ausentar da comarca sem autorização judicial; o falido só poderá praticar sem autorização judicial atos da vida civil, ou seja, registrar um filho; demais restrições art 104,§ 7º. Quanto às obrigações do falido 3.6) A sujeição de todos os credores ao processo concursal para requerer direitos; 3.7) A suspensão do direito de retenção sobre bens (mandado mercantil, depósito mercantil, comissão mercantil); 3.8) O administrador judicial poderá mediante autorização do comitê de credores, poderá continuar contratos bilaterais e unilaterais se implicar aumento do ativo ou diminuição do passivo; 3.9) Os mandatos conferidos pelo falido serão revogados e os mandatários deverão prestar contas; 3.10) O encerramento das contas bancárias ou apuração dos respectivos saldos A fase falencial ela se inicia com o procedimento dentro dos efeitos é a constituição da massa falida subjetiva que consiste na reunião de credores, ela se constitui a partir da habilitação de credores. Temos na subfase COGNITIVA a habilitação de credores, o procedimento de habilitação ele vai decorrer a partir do momento que o administrador judicial publica a relação de credores, no prazo de 15 dias para pedidos de habilitação ou pedidos de divergência.
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