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1° Aula de Empresarial 08/08/2019 
 
Direito concursal conhecida como Direito Falimentar, ela tem, muitos 
doutrinadores da atualidade tem atribuído a nomenclatura de direito concursal em 
virtude da Lei 11.101 ela não tratar somente dos institutos da quebra de empresa. 
Ela também regulamenta o instituto da recuperação judicial, que surge no 
ordenamento jurídico brasileiro modificando a compreensão a despeito dos 
tratamentos dos empresários que se encontram em situação de crise. 
Em tempos históricos, a falência “ Fallere”, que por sua vez é uma expressão 
do latim associada a ideia de enganar. No Brasil, a gente remonta a existência do 
instituto da falência no Código Comercial de 1850 disciplinando as regras a despeito 
das regras de empresa nos artigos 797 a 911. Posteriormente, houve o Decreto 738 
que trouxe a regulamentação específica do instituto da quebra de empresa. 
Nesse período, o Código Comercial ele trazia esse tratamento legal da falência 
para aqueles que eram considerados comerciantes, sob a perspectiva da teoria dos 
atos de comércio – seria considerado comerciante aquele que exercia atividade de 
mercancia (de compra para revenda). Esse decreto ele vigeu até a edição do 
decreto 917/1890 sob a égide da república ocorre a edição do decreto 917, até 
chegarmos posteriormente no DECRETO-LEI 7661/45, que trazia não somente o 
instituto da falência mas também o instituto da concordatas, que vigeu ate o ano de 
2005. 
Sob a égide do decreto 7661 o empresário que se encontrava em situação de 
crise ele era considerado um indivíduo nocivo aquela sociedade mercantil, com 
vistas a evitar maiores danos. A falência se trata da quebra do encerramento da 
atividade do empresário que se encontra em situação de impossibilidade de 
continuação do exercício das atividades. A concordata por sua vez, ela existia 
sob a perspectiva legal para atribuir uma possibilidade do comerciante que estava 
em situação de crise de tentar se reestruturar com vistas de evitar a quebra, mas a 
lei não dava efetiva condição para o comerciante sair dessa situação. 
A concordata ela vem da expressão “concordância”, que em tese traz a ideia os 
credores do devedor eles deveriam concordar com uma nova negociação. 
A concordata é dividida em duas modalidades: a primeira concordata 
conhecida como suspensiva era uma modalidade de concordata ela tinha um 
condão de favor legal que se o devedor ele preenchesse os requisitos, o juiz ele 
concedia de imediato independente da vontade dos credores. Já existia um 
processo de falência em curso e o comerciante para evitar a falência ele 
atravessava uma petição requerendo a concordata suspensiva de modo a 
suspender o processo de falência, só que ele tinha que pagar 50% dos débitos à 
vista, e 60% por prazo em um ano. 
A concordata preventiva ele já estava devendo e atravessa antes da existência 
do processo de falência o pedido de concordata justamente para poder prever de 
alguém requerer o pedido de falência. O juiz para conceder a concordata preventiva 
ele tinha que pagar 35% dos créditos quirografários à vista, 50% em 6x, 60% em 12 
meses, 75% em 18 meses, 90% em 24 meses. 
Tinha que preencher os requisitos e não poderiam chamar seus credores para 
negociar fora do juízo, não poderiam fazer acordos extrajudiciais, sob a configuração 
de crime falimentar (concorda branca). 
A Lei 11.101/2005 ela se torna uma grande inovação, ela vem de um 
arcabouço principiológico, muda-se a compreensão do tratamento atribuído ao 
empresário que se encontra em situação de crise, sob a égide da lei tem-se a 
compreensão que o empresário como um importante agente de intervenção social 
que merece sim a tutela do Estado. O empresário passa a ser compreendido como 
aquele que produz fonte de riqueza, se o empresário esta em situação de crise ele 
precisa ter e tratamento legal para que possa evitar a quebra. Para aqueles que se 
encontra em situação de viabilidade econômica o estado poderá sim tutelar direitos 
a preservação. 
A crise da empresa pode existir por uma série de fatores, Fábio Ulhoa diz 
que a crise da empresa pode-se dar de três formas: 
- A primeira é chamada de crise econômica ela é compreendida naquelas 
hipóteses em que a própria exploração do objeto da atividade econômica da 
empresa ela não esta sendo suficiente para a manutenção das suas atividades, 
por exemplo, empresários quebraram no momento das obras da Barra. 
 - A crise pode-se tornar financeira, a crise econômica ela vai levar a crise 
financeira que se apresenta na dificuldade no fluxo de caixa da empresa, 
mesmo embora ela tenha patrimônio suficiente ela não consegue ter os 
recursos financeiros necessários para honrar os pagamentos. A CRISE 
FINANCEIRA ELA OCORRE NAS HIPÓTESES EM QUE O EMPRESÁRIO AO 
DEIXAR DE HONRAR SUAS OBRIGAÇÕES ELE SE TORNA EM SITUAÇÃO DE 
LIQUIDEZ. 
- E por último a crise patrimonial é aquela crise que se vislumbra quando 
o montante das dívidas ele não é o suficiente para a capacidade de pagamento 
da empresa. O volume da sua dívida é superior a sua capacidade de 
pagamento por meio dos seus ativos. O passivo é maior que seu ativo. 
Jorge Lobo ele traz uma concepção bem próxima de Fabio e que a crise da 
empresa se da de três formas: 
1) A primeira é a impontualidade que se da quando o empresário não 
consegue honrar suas obrigações; 
2) A chamada iliquidez que é quando mesmo ele possuindo um patrimônio ele 
não dispõe de recursos suficientes para quitar suas dívidas; 
3) A insolvência que é a configuração do volume do passivo ser superior ao do 
ativo. 
Este é um dos benefícios do empresário por exercer uma atividade econômica 
organizada, para poder gozar dos benefícios de renegociação das dívidas. 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente 
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de 
bens ou de serviços. 
Os princípios do direito concursal eles são compreendidos sob essa 
modificação da tutela da empresa aos moldes do que é previsto na matriz 
constitucionais. A Lei vem imbuída dessas ideias relativas da preservação da 
empresa, que observa no art 47 da Lei: 
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação 
da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de 
permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos 
trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a 
preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade 
econômica. 
A preservação da empresa já compreende sob a necessidade de se 
compreender que o empresário é um poderoso instrumento de intervenção na 
sociedade. Dentro do cumprimento de requisitos específicos, pois não é todo 
empresário em situação de crise econômica que vai fazer jus aos direitos inerentes a 
recuperação da empresa, pois ela deverá cumprir efetivamente com o requisito 
principalmente de viabilidade econômica. 
Fabio Ulhoa disciplina que o impacto da crise econômica ele é profundo, o 
empresário deve ser inserido dentro do contexto social que havendo sua crise uma 
série de interesses orbitam aquela empresa. 
A gente reconhece que a empresa ela exerce interesses regionais, locais, 
estaduais e nacionais, Ulhoa traz que o impacto da crise econômica na empresa ela 
ultrapassa o interesse do empresário, porque ao redor da empresa existe uma série 
de interessados que são chamados de (bystanders). 
A função social é a representação da empresa dentro daquele contexto social, 
a importância da empresa no mercado a ensejar a possibilidade da recuperação. O 
princípio do impacto da crise econômica ele traz a ideia de quantos são 
interessados. 
Pelo princípio do par conditio creditorium a gente atribui que ao longo do 
regime concursal todos os credores devem ser tratados em condição de paridade, 
observando a condição de iguais como iguais e desiguais como desiguais na 
proporção das desigualdades. Não poderáhaver nenhum privilégio de uma 
determinada classe de credores em detrimento da outra em virtude do seu poder 
econômico. 
Transparência e publicidade é importante deixar claro que o processo 
concursal ele deverá ser transparente, ser devido a ampla publicidade porque o 
interesse no processo concursal é amplo. Então os atos processuais praticados no 
âmbito do processual concursal ele deverá ocorrer com no mínimo duas 
publicações, o de falência deve ser posto em jornais, revistas. 
Pelo princípio da maximização de ativo deve ser compreendido que todos os 
atos praticados no processo concursal deverão sempre objetivar a máxima 
capacidade de obtenção de recursos. 
Principais inovações da Lei 
1) A extinção do instituto da concordatas e a criação do instituto 
da recuperação de empresas; 
• Recuperação judicial; 
• Recuperação extrajudicial; 
• Recuperação especial (ME, EPP) 
2) A criação de um procedimento comum entre a recuperação 
judicial e a falência; 
3) A extinção do inquérito judicial no bojo do processo da 
falência; 
4) A extinção da figura do síndico da massa falida e a adoção do 
administrador judicial participando tanto da falência quanto da 
recuperação judicial; 
5) A modificação das ordens dos créditos a serem habilitados no 
processo concursal. 
 
 
2° Aula de Empresarial 15/08/2019 
 
Falência 
Ela é compreendida como a situação legal derivada de uma decisão judicial, 
pelo qual o empresário-devedor irá se submeter ao um complexo de normas 
destinadas a execução concursal do seu patrimônio, por meio do levantamento do 
ativo para o pagamento do seu passivo nos limites patrimoniais disponíveis. 
O empresário na condição de devedor para a configuração da falência ele tem 
que se encontrar dentro daqueles requisitos a despeito da crise da empresa. 
 - A crise econômica que se apresenta quando o produto da sua atividade não 
é apta a promover recursos suficientes para a manutenção do negócio. 
- Crise financeira que é a crise de fluxo de caixa. Em que pese ainda tenha 
patrimônio ela não tem a liquidez necessária para o adimplemento das suas 
obrigações. Até culminar na crise patrimonial. 
- Crise patrimonial que é a situação em que o patrimônio do empresário ela não 
é suficiente para fazer frente ao seu montante de dívidas, o seu passivo é 
excessivamente maior que seu ativo. Ela se encontra em uma situação de 
insolvência. 
O art. 75 da Lei ele traz: 
Art. 75. A falência, ao promover o afastamento do devedor de suas atividades, visa a 
preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recurpetiçsos produtivos, 
inclusive os intangíveis, da empresa. 
Parágrafo único. O processo de falência atenderá aos princípios da 
celeridade e da economia processual. 
Um dos princípios que rege a Lei 11.101 é a maximização de ativos, ou seja, é um 
processo que vai custar não somente a vida a empresa em situação de crise, como 
todos os credores que deverão que tem a certeza que não vai obter a totalidade dos 
seus créditos. É um processo de execução concursal que visa objetivar aquele 
patrimônio. 
A despeito dos pressupostos da falência destaca-se três: 
1) Condição de empresário: Empresário sob a perspectiva da teoria da 
empresa, art. 966. Art. 966. Considera-se empresário quem exerce 
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a 
circulação de bens ou de serviços. 
Empresário é a sociedade. Logo, somente será submetido ao regime jurídico 
concursal aquele que se encontrarem na qualidade de empresário. Ex: EI, MEI, 
COMANDITA POR AÇÕES, SOCIEDADE EM NOME COLETIVO. 
A sociedade simples não está incluída porque o objeto da sua atividade não 
configura elemento de empresa. 
OBS: É importante deixar claro que a Lei 12.441/2011 trouxe a figura da EIRELLI 
como uma modalidade empresária, como modalidade não constituída por meio de 
uma sociedade, na medida em que é um empresário individual de responsabilidade 
limitada, mas trazendo uma grande inovação. 
O artigo 2° da Lei ele traz aqueles que não serão sujeitos ao regime jurídico 
concursal, ao disciplinar que: 
Art. 2º Esta Lei não se aplica a: 
 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, 
consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade 
operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, 
sociedade de capitalização e outras entidades legalmente 
equiparadas às anteriores. 
Referente ao inciso I, elas integram a administração indireta elas são 
constituídas sobre modalidade societária, com destaque que a sociedade de 
economia mista necessariamente deverá ser uma sociedade anônima, com 
participação de 51% de capital público mais a presidência do Conselho Deliberativo. 
As empresas públicas por sua vez elas podem ser constituídas por Sociedade LTDA 
como Sociedade Anônima, sob a égide de direito privado, entende-se que essas não 
poderiam se submeter ao processo de execução concursal. Referente ao inciso II, 
instituição dos contratos mercantis. 
No tocante a falência, o próprio artigo de lei traz que as cooperativas em geral 
não se submete a falência, mas existe um hiato em relação a recuperação judicial. 
- O empresário rural arts . 971 e 984 do CC ele poderá fazer jus aos benefícios 
da Lei 11.101, desde que promova a sua regular inscrição. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal 
profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 
e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de 
inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário 
sujeito a registro. 
 
Art. 984. A sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de 
acordo com um dos tipos de sociedade empresária, pode, com as 
formalidades do art. 968, requerer inscrição no Registro Público de 
Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois de inscrita, 
ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária. 
 
Parágrafo único. Embora já constituída a sociedade segundo um 
daqueles tipos, o pedido de inscrição se subordinará, no que for 
aplicável, às normas que regem a transformação. 
 
O art. 199 da Lei 11.101 ele revogou a disposição do Código da Aeronáutica 
fazendo com que a companhias aéreas serem submetidas ao regime jurídico da lei. 
No tocante ao empresário de fato e o empresário irregular existe uma situação bem 
peculiar porque é óbvio que o exercício regular do empresário atribui a ele o gozo do 
benefício relativo dos empresários em geral. A despeito da falência doutrinariamente 
é pacífico que tanto o empresário irregular como o empresário de fato podem falir, 
todavia, se o empresário (irregular ou de fato) tiver em situação irregular ele não 
poderá requerer a falência de outrem, eles podem ter a falência decretada pelo 
simples fato de exercer a atividade empresarial, eles não tem legitimidade ativa para 
requerer a falência de outrem, exigência específica no art 97, § 1°. 
 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
 
§ 1º O credor empresário apresentará certidão do Registro Público 
de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. 
 
No tocante a recuperação judicial ele não poderá fazer jus aos benefícios. 
2) Insolvência: é aquele que não tem condições de adimplir com suas 
obrigações. A legislação traz requisitos específicos que configuram a hipótese 
de insolvência. Para o ordenamento jurídico brasileiro a insolvência se 
apresenta em três hipóteses, que são elencadas no art. 94. 
I) Impontualidade injustificada é a hipótese de insolvência em que o 
empresário que possui uma dívida líquida, certa e exigível, vencida, 
não paga e protestada, superior a 40 salários mínimos poderá ter 
seu pedido de falência requerido, ou seja, é possível presumira 
insolvência do empresário sobre a condição de impontualidade 
injustificada se este tiver uma dívida vencida, não paga e 
protestada, superior a 40 salários mínimos. 
II) Execução frustrada: tríplice omissão quando o executado não 
paga, não deposita e não nomeia bens o suficiente dentro de prazo 
legal. 
III) Atos de falência: são os comportamentos do empresário que dão a 
entender que ele está em situação de falência. 
 
3) Sentença Declaratória de falência 
O empresário irá se submeter a execução concursal. 
 
3° Aula de Empresarial 22/08/2019 
 
Completando última aula 
Conceito de falência: situação legal derivada de uma decisão judicial pelo qual 
um empresário devedor se submetera ao complexo de normas destinadas a 
execução concursal do seu patrimônio, por meio do levantamento do seu passivo 
para pagamento do ativo dentro dos limites patrimonias disponíveis. 
Pressupostos: 
1) Condição de empresário: que o procedimento falimentar ele só será 
aplicável para aqueles que tiverem na condição de empresário. Art. 
966 do CC. 
 O empresário de fato e o empresário irregular eles podem ter seu pedido de falência 
requerido, todavia, não possui legitimidade para tal. 
2) Insolvência: se apresenta diante a crise patrimonial quando o 
empresário esta em situação de quando o montante de sua dívida ele é 
excessivamente superior a capacidade do empresário de pagamento. 
Passivo superior ao ativo - Art. 94 da Lei. 
 
A falência 
Procedimento falimentar – Dividido em três fases 
 
Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 
 1° Fase 2° Fase 3° Fase 
 
 
Petição Cognitiva 
Inicial Satisfativa 
 S.D.F 
 Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência 
 
 
 
 
 Sentença de reabilitação 
 
 
A fase pré-falencial é a fase em que vai se discutir a plausibilidade do pedido 
de falência. 
A S.D.F. é par da declaração judicial. Quando se promove a declaração judicial 
decretando a falência ele se encontra falido. 
Se encerra a primeira fase e inicia a 2° fase falencial, que se subdivide na fase 
cognitiva e na fase satisfativa. Se encerra com uma outra sentença que é a 
chamada de encerramento de falência. 
A 3° fase que é a fase de reabilitação que é a sentença de reabilitação. 
O que é execução concursal ? É a situação que vários credores estão concorrendo 
ao mesmo patrimônio. 
O ordenamento jurídico brasileiro estabelece no art. 94 da Lei 11.101 as 
hipóteses legais da configuração da insolvência. A insolvência será requisito 
necessário a ser apresentado na petição inicial. 
A competência judicial para requisito da cobrança 
A competência para julgar a falência (art 3°). 
 
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação 
extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o 
juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de 
empresa que tenha sede fora do Brasil. 
 
 O Juízo competente é o principal estabelecimento do devedor. 
Doutrinariamente compreende o de maior vulto econômico, não é compreendido a 
sede da empresa. 
O juízo que receberá o pedido de falência é chamado de “JUÍZO UNIVERSAL” 
(vis attractiva), será considerada que o juízo será responsável por processar e julgar 
negócios do falido, conforme previsão no art. 76. Promover a economicidade. 
Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer 
todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, 
ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas 
nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo. 
 
Parágrafo único. Todas as ações, inclusive as excetuadas no caput 
deste artigo, terão prosseguimento com o administrador judicial, que 
deverá ser intimado para representar a massa falida, sob pena de 
nulidade do processo. 
Exceções: 
a) Ações em que o falido for parte autora ou litisconsorte ativo. No juízo 
universal o juiz vai administrar o volume de crédito e débito do falido; 
b) Reclamações trabalhistas (Art. 114, CF) – AS EXECUÇÕES NÃO SUPERAM 
O JUÍZO UNIVERSAL. As reclamações trabalhistas elas continuam na Justiça 
do Trabalho para resguardar a competência do juízo trabalhista para apurar o 
montante do crédito. O STJ já sedimentou que são as reclamações 
trabalhistas, mas as EXECUÇÕES não superam o juízo universal. Apurado o 
crédito trabalhista remete ao juízo universal. 
c) As execuções fiscais (art. 187 do CTN c/c com o artigo 29 da Lei 6.830/80) - 
as execuções fiscais serão processadas na Vara da Fazenda Pública, para 
apurando o crédito tributário e depois remetido ao juízo universal; 
d) As ações em que a União for parte ressalvada a competência da Justiça 
Federal (Art. 109, CF); 
e) As ações que demandam quantia ilíquida (Art.6°, § 1°). 
 
A petição inicial para requerimento da falência ela deve se fundar a respeito da 
insolvência: impontualidade injustificada, execução frustrada e atos de falência. 
Impontualidade injustificada: DÍVIDA LÍQUIDA, VENCIDA, NÃO PAGA E 
PROTESTADA, COM VALOR ACIMA DE 40 SALÁRIOS MÍNIMOS. 
 Caso ele não tenha o valor o que acontece? 
Ele poderá se associar com outros credores em litisconsórcio para requerer a 
falência. Ainda que o título executivo seja judicial este deve ser regularmente 
protestado para fins da falência. 
- Execução frustrada: tríplice omissão quando o devedor regularmente citado não 
paga, não deposita e não nomeia bens para penhora. Extrair a certidão da Vara da 
execução que comprove a existência da omissão e seja acostada na petição. 
O inciso I e II tratam-se de requisito objetivo da falência. 
- Atos de falência que são comportamentos que dão a entender que o empresário 
pode vim a falir, iminência de quebra. CRITÉRIO SUBJETIVO ônus do autor 
comprovar a existência. O pedido com base no ato de falência ele deverá ser 
instruído com as devidas provas, artigo 94, III. 
 
Legitimidade - Art 97 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
 
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta 
Lei; 
 
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o 
inventariante; 
 
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato 
constitutivo da sociedade; 
 
IV – qualquer credor. 
 
§ 1º O credor empresário apresentará certidão do Registro Público 
de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. 
 
§ 2º O credor que não tiver domicílio no Brasil deverá prestar caução 
relativa às custas e ao pagamento da indenização de que trata o art. 
101 desta Lei. 
 
Ela este presente no artigo 97 para aqueles que podem requerer a falência. 
I) Qualquer credor empresário, mas dentro do requisito do §1°, ele deverá 
fazer prova da sua regularidade para fins de requerimento de falência de 
um outro empresário; 
II) O credor internacional ele poderá requerer a falência de um empresário 
dentro do território brasileiro mas para que faça jus ele deverá prestar a 
caução das custas e pagamentos, §2°; 
III) Qualquer credor não sendo hipótese de credor, desde que faça a prova de 
regularidade da dívida, consoante a previsão das hipóteses do art. 94; 
IV) O cônjuge sobrevivente, herdeiro ou inventariante. Nessas hipóteses a 
doutrina considera que somente seria aplicado para o empresário 
individual; 
V) O próprio devedor nas hipóteses de autofalência, Art. 105 
 
Uma vez protocolizado na competência do principal estabelecimento, o devedor ele 
será citado para apresentar a resposta do réu, ela deve ser apresentada no prazo de 
DEZ DIAS. Uma vezregularmente citado caberá ao empresário devedor as 
seguintes opções: 
a) Contesta; 
b) Contesta + depósito elisivo (elidir) que será compreendido como o valor da 
dívida+ juros + correção monetária + honorários advocatícios; NESSA 
SITUAÇÃO PODERIA EVITAR A QUEBRA DA EMPRESA/DECRETAÇÃO 
DA FALÊNCIA; 
c) Deposita; 
d) Revelia; 
e) Apresentar o pedido de recuperação judicial (Art. 95) 
Art. 95. Dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial. 
 
Caso ele opte pela contestação a matéria relativa ao pedido ela será bastante 
limitada, o art 96 ele traz que: 
Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, 
desta Lei, não será decretada se o requerido provar: 
 
I – falsidade de título; 
 
II – prescrição; 
 
III – nulidade de obrigação ou de título; 
 
IV – pagamento da dívida; 
 
V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não 
legitime a cobrança de título; 
 
VI – vício em protesto ou em seu instrumento; 
 
VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da 
contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei; 
 
VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos 
antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do 
Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova 
de exercício posterior ao ato registrado. 
 
Uma vez os autos conclusos para decisão o juiz irá promover regularmente a 
sentença declaratória da falência. Se o pedido da falência ele tiver um condão 
doloso, o juiz poderá condenar na pena prevista no (Art. 101). 
Art. 101. Quem por dolo requerer a falência de outrem será 
condenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, a 
indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidação 
de sentença. 
 
Se a Sentença Declaratória de Falência for julgada PROCEDENTE ela poderá ser 
atacada por meio do recurso do AGRAVO DE INSTRUMENTO. Se ela for julgada 
IMPROCEDENTE ela será acatada por APELAÇÃO. (Art. 100). 
Art. 100. Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da 
sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação. 
 
É importante deixar claro que uma vez procedente o pedido da falência abre-se 
espaço para a segunda fase que é subdividida em duas subfases: COGNITIVA que 
vai ser levantado todo o volume do ativo e do passivo. 
1) Arrecadação de bens; 
2) Habilitação/Impugnação de créditos. 
A subfase SATISFATIVA que vai ocorrer a: 
1) Classificação de créditos; 
2) Pagamento em favor de credores. 
 
A sentença de falência (Sentença de encerramento de falência) 
Nessa sentença que irá encerrar a falência podendo absolver essa fase de 
reabilitação ou não, porque se na fase satisfativa todos os créditos forem pagos não 
haverá que se falar da fase de reabilitação. Todavia, se ficarem dívidas pendentes 
entra-se a terceira fase de reabilitação, conhecida como quarentena que poderá 
variar pela forma como qual o empresário foi a falência. 
Características do processo falimentar 
Sistema recursal fechado a lei falimentar: 
• A lei falimentar só admite os recursos previstos no bojo da sua própria 
lei; 
• Aplicação subsidiária da CPC, exceto para recursos; 
• Juízo universal; 
• Impulso oficial – processo pode ser movido por ofício; 
• Ampla publicidade todos os atos processuais deverão ser dado a ampla 
publicidade, deverão correr por no mínimo duas vezes, sendo que o 
prazo começa a contar da 1° publicação. 
 
4° Aula de Empresarial 29/08/2019 
 
Completando última aula 
 
A fase falimentar que começa com a petição inicial que deverá se fundamentar 
na condição de empresário, insolvência e a sentença declaratória da falência. 
A petição inicial deve-se fundamentar na impontualidade injustificada, 
execução frustrada e atos de falência. O requisito da impontualidade injustificada 
dívida líquida, vencida, não paga e protestada e acima de 40 salários mínimos, 
todos os títulos podem instruir o pedido de falência sendo executivo judicial ou 
extrajudicial, a execução frustrada deve se ter a tríplice omissão que o devedor não 
paga, não deposita e não nomeia bens à penhora, no processo de execução em que 
se extrai a certidão da Vara em que está correndo o processo, por fim os atos de 
falência são comportamentos que levam a crê a presunção de insolvência, sendo a 
competência o local do principal estabelecimento, este juízo para fins da 
competência ele se tornará juízo universal que todas as ações que versem sobre 
bens, direitos, negócio do falido. 
Exceções: Parte autora, reclamações trabalhistas, execuções fiscais, ações 
que a União for parte, quantia ilíquida. 
A resposta deve ser em dez dias, em que ele contesta, contesta + depósito elisivo, 
deposita, revelia, apresenta o pedido de recuperação judicial. 
 
Sentença Declaratória de Falência 
 O terceiro pressuposto para configuração da falência, a Sentença Declaratória 
de Falência trata-se de uma sentença pelo qual o juízo poderá decretar ou não a 
procedência da falência. Se a sentença declaratória for improcedente ela irá cessar 
as demais etapas relativas ao procedimento falimentar, na hipótese de procedência 
ela encerra a fase pré-falencial e inicial a segunda fase que é a fase falencial. 
Mesmo ela embora tenha esse nome ela possui a natureza jurídica de uma 
sentença constitutiva. Isto porque a S.D.F. ela irá promover a constituição de uma 
nova situação legal para o devedor empresário. 
O empresário ele deixará de ser empresário para se tornar falido e todos os 
credores do empresário irão se direcionar a execução concursal do patrimônio do 
falido. 
A S.D.F. mesmo embora ela tenha que cumprir com todos os requisitos 
inerentes as sentenças presente no art. 489, que tem relatório, fundamentação e 
dispositivos. Ela tem outros requisitos a serem cumpridos, que estão presentes no 
art. 99: 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras 
determinações: 
 
I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes 
dos que forem a esse tempo seus administradores; 
 
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por 
mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do 
pedido de recuperação judicial ou do 1º (primeiro) protesto por 
falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os 
protestos que tenham sido cancelados; 
 
(TERMO LEGAL DA FALÊNCIA). É CONSIDERADO O PERÍODO 
SUSPEITO QUE SERÁ OBSERVADO AS CONDUTAS ADOTADA 
PELO FALIDO AS VÉSPERAS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA. 
SE O PEDIDO DA FALÊNCIA ELE FOI FEITO COM BASE NA 
IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA E NA EXECUÇÃO 
FRUSTRADA O TERMO LEGAL DA FALÊNCIA ELE SERÁ 
CONTADO A PARTIR DOS 90 DIAS ANTERIORES AO 1º 
PROTESTO DA DÍVIDA. SE SE TRATAR DE PEDIDO DA 
FALÊNCIA COM BASE NOS ATOS DE FALÊNCIA O PERÍODO 
SUSPEITO PARA FINS DE CONFIGURAÇÃO DO TERMO LEGAL 
DA FALÊNCIA SERÁ DE 90 DIAS DA DATA DO PROTOCOLO DA 
PETIÇÃO INICIAL. 
 
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) 
dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, 
natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se 
encontrar nos autos, sob pena de desobediência; 
 
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o 
disposto no § 1º do art. 7º desta Lei; 
 
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o 
falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º 
desta Lei; 
 
VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de 
bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial 
e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte 
das atividades normais do devedor se autorizada a continuação 
provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; 
 
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os 
interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão 
preventiva do falido ou de seus administradoresquando requerida 
com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei; 
 
VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à 
anotação da falência no registro do devedor, para que conste a 
expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação 
de que trata o art. 102 desta Lei; 
 
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas 
funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem 
prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta 
Lei; 
 
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições 
públicas e outras entidades para que informem a existência de bens 
e direitos do falido; 
 
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das 
atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos 
estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei; 
 
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da 
assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de 
Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê 
eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da 
decretação da falência; 
 
XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação 
por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e 
Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem 
conhecimento da falência. 
 
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a 
íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores. 
 
É importante deixar claro que a S.D.F. ela possui efeitos profundos sobre a vida do 
falido. 
 
Efeitos da Sentença Declaratória de Falência 
1) Pessoa do falido 
1.1) Declaração de inabilitação do empresário ao exercício da atividade 
empresarial iniciará a partir da decretação da falência e ela poderá 
perdurar até que haja a sentença que promova a reabilitação do falido, 
essa condição de inabilitação ela poderá vim a durar até cinco anos 
após extinta a punibilidade da hipótese do cometimento do crime 
falimentar, essa inabilitação ela perdurará até que haja a declaração da 
extinção de sua responsabilidade que é a chamada de reabilitação. 
1.2) Perda da disponibilidade de todos os seus bens que serão sujeitos a 
arrecadação mesmo embora o falido perca a disponibilidade de seus 
bens ele poderá adotar todas as medidas necessárias a conservação 
desses bens, porque ele também tem interesse nesse processo da 
falência. 
1.3) Suspensão do sigilo de correspondências quando se tratar de natureza 
empresarial. 
1.4) O devedor ele não poderá se ausentar da comarca sem autorização 
judicial. 
1.5) O falido só poderá praticar sem autorização judicial atos da vida civil, ou 
seja, registrar um filho. 
1.6) Demais restrições art 104,§ 7º. 
 
2. Quanto as obrigações do falido 
2.1) A sujeição de todos os credores ao processo concursal para requerer 
direitos; 
2.2) A suspensão do direito de retenção sobre bens (mandado mercantil, 
depósito mercantil, comissão mercantil) porque esses bens serão 
submetidos ao processo da arrecadação para fins da constituição da 
massa falida; suspensão do direito de retirada de sócios/acionistas; 
2.3) O administrador judicial poderá mediante autorização do comitê de 
credores, poderá continuar contratos bilaterais e unilaterais se implicar 
aumento do ativo ou diminuição do passivo; exemplo o falido que tem 
determinado bem que rende frutos de aluguéis. 
2.4) Os mandatos conferidos pelo falido serão revogados e os mandatários 
deverão prestar contas. 
2.5) O encerramento das contas bancárias ou apuração dos respectivos 
saldos 
3. Quanto aos credores 
3.1) Suspensão da fluência de juros; 
3.2) Vencimento antecipado das obrigações; 
3.3) Suspensão de todas as ações e execuções dos credores em face dos 
falidos, ou seja, uma vez extinta a falência o prazo volta a contar; 
3.4) O exercício de quaisquer direito, somente em face da massa falida; 
3.5) Constituição da massa falida subjetiva. 
 
A sentença declaratória da falência ela irá promover a constituição da Massa falida 
objetiva composta pelos bens do falido. 
 + 
A constituição da massa falida subjetiva por meio dos credores (reunião de 
credores). 
 
5° Aula de Empresarial 05/09/2019 
 
A Administração da falência 
Ela é exercida coletivamente, ela não é exclusividade de agente, pelo fato da 
falência ela decorrer de uma execução concursal vários são os interessados no bojo 
do processo falimentar, a administração da falência ela é presidida pelo juiz na 
condição do juiz universal da falência, pelo MP que ira acompanhar e fiscalizar a 
execução da lei adotando algumas medidas, o administrador judicial como o 
profissional de confiança do juízo que será designado para representar os interesses 
do juízo promovendo a administração direta da falência, o Comitê de credores 
previsto no art 26 e por fim a assembleia geral de credores na condição de órgão 
deliberativo representativos pelos credores habilitados na falência. 
O juiz tem diversas funções: 
Processar e julgar todas as ações relativas ao negocio de direito e bens do 
falido, responsável por presidir a administração da falência, adotando medidas 
especiais como rubrica de cheques para pagamento, remunerar o administrador 
judicial e seus auxiliares, autorizar medidas antecipatórias (alienação 
antecipada de bens) entre outras. 
Importante deixar claro que em relação ao MP a gente destaca que o próprio 
veto realizado pelo art. 4 da lei, ele trouxe impactos em relação às atividades do MP 
se comparado com o processo falimentar sob a égide do decreto. 
Não se vislumbra mais no processo falimentar tantas atribuições do MP, as 
principais funções: 
1) Legitimidade 
• Para propor impugnação a relação de credores (Art. 8°); 
• Impugnar a hasta pública para vendas de bens do falido (Art. 
143°); 
• Requerer a substituição/destituição do administrador judicial ou 
membros do comitê de credores (Art. 30°); 
• Propor ação rescisória de crédito (Art. 19°); 
• Propor ação revocatória (Art. 132°). 
2) Intimado 
• Da S.D.F. (Art. 59, III); 
• Do relatório do administrador judicial (Art. 22, §4º); 
• Da realização da hasta pública (Art. 142°); 
• Para se manifestar de eventual cometimento de crime falimentar 
(Art. 187). 
3) Poderá ainda: 
• Requerer explicação do falido (Art. 104, VIº); 
• Manifestar do relatório do administrador judicial (Art. 154); 
• Oferecer denúncia nos termos do (Art. 187, §1º). 
O art. 22 ele traz a figura do administrador judicial ele tem sua previsão a partir do 
artigo 21 da lei falimentar. 
Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, 
preferencialmente advogado, economista, administrador de 
empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. 
 
Parágrafo único. Se o administrador judicial nomeado for pessoa 
jurídica, declarar-se-á, no termo de que trata o art. 33 desta Lei, o 
nome de profissional responsável pela condução do processo de 
falência ou de recuperação judicial, que não poderá ser substituído 
sem autorização do juiz. 
 
O administrador judicial ele não irá presidir a falência ele é apenas um profissional 
de confiança do juízo universal que irá ser seu auxiliar nesse processo de condução 
da execução concursal. A lei traz a possibilidade do administrador judicial ser uma 
pessoa jurídica especializada, para fins de registro o representante legal dessa 
pessoa jurídica constará na Junta Comercial como o representante legal equiparado 
ao administrador judicial. 
A competência prevista no artigo 22 do administrador judicial que a um 
procedimento comum entre o instituto da recuperação judicial e a falência, cabe: 
Art. 22. Ao administrador judicial compete, sob a fiscalização do juiz e do 
Comitê, além de outros deveres que esta Lei lhe impõe: 
 
I – na recuperação judicial e na falência: 
 
a) enviar correspondência aos credores constantes na relaçãode que trata 
o inciso III do caput do art. 51, o inciso III do caput do art. 99 ou o inciso II 
do caput do art. 105 desta Lei, comunicando a data do pedido de 
recuperação judicial ou da decretação da falência, a natureza, o valor e a 
classificação dada ao crédito; 
 
b) fornecer, com presteza, todas as informações pedidas pelos credores 
interessados; 
 
c) dar extratos dos livros do devedor, que merecerão fé de ofício, a fim de 
servirem de fundamento nas habilitações e impugnações de créditos; 
 
d) exigir dos credores, do devedor ou seus administradores quaisquer 
informações; 
 
e) elaborar a relação de credores de que trata o § 2º do art. 7º desta Lei; 
 
f) consolidar o quadro-geral de credores nos termos do art. 18 desta Lei; 
 
g) requerer ao juiz convocação da assembléia-geral de credores nos casos 
previstos nesta Lei ou quando entender necessária sua ouvida para a 
tomada de decisões; 
 
h) contratar, mediante autorização judicial, profissionais ou empresas 
especializadas para, quando necessário, auxiliá-lo no exercício de suas 
funções; 
 
i) manifestar-se nos casos previstos nesta Lei; 
 
III – na falência: 
 
a) avisar, pelo órgão oficial, o lugar e hora em que, diariamente, os credores 
terão à sua disposição os livros e documentos do falido; 
 
b) examinar a escrituração do devedor; 
 
c) relacionar os processos e assumir a representação judicial da massa 
falida; 
 
d) receber e abrir a correspondência dirigida ao devedor, entregando a ele o 
que não for assunto de interesse da massa; 
 
e) apresentar, no prazo de 40 (quarenta) dias, contado da assinatura do 
termo de compromisso, prorrogável por igual período, relatório sobre as 
causas e circunstâncias que conduziram à situação de falência, no qual 
apontará a responsabilidade civil e penal dos envolvidos, observado o 
disposto no art. 186 desta Lei; 
 
f) arrecadar os bens e documentos do devedor e elaborar o auto de 
arrecadação, nos termos dos arts. 108 e 110 desta Lei; 
 
g) avaliar os bens arrecadados; 
 
h) contratar avaliadores, de preferência oficiais, mediante autorização 
judicial, para a avaliação dos bens caso entenda não ter condições técnicas 
para a tarefa; 
 
i) praticar os atos necessários à realização do ativo e ao pagamento dos 
credores; 
 
j) requerer ao juiz a venda antecipada de bens perecíveis, deterioráveis ou 
sujeitos a considerável desvalorização ou de conservação arriscada ou 
dispendiosa, nos termos do art. 113 desta Lei; 
 
l) praticar todos os atos conservatórios de direitos e ações, diligenciar a 
cobrança de dívidas e dar a respectiva quitação; 
 
m) remir, em benefício da massa e mediante autorização judicial, bens 
apenhados, penhorados ou legalmente retidos; 
 
n) representar a massa falida em juízo, contratando, se necessário, 
advogado, cujos honorários serão previamente ajustados e aprovados pelo 
Comitê de Credores; 
 
o) requerer todas as medidas e diligências que forem necessárias para o 
cumprimento desta Lei, a proteção da massa ou a eficiência da 
administração; 
 
p) apresentar ao juiz para juntada aos autos, até o 10º (décimo) dia do mês 
seguinte ao vencido, conta demonstrativa da administração, que especifique 
com clareza a receita e a despesa; 
 
q) entregar ao seu substituto todos os bens e documentos da massa em seu 
poder, sob pena de responsabilidade; 
 
r) prestar contas ao final do processo, quando for substituído, destituído ou 
renunciar ao cargo. 
 
§ 1º As remunerações dos auxiliares do administrador judicial serão fixadas 
pelo juiz, que considerará a complexidade dos trabalhos a serem 
executados e os valores praticados no mercado para o desempenho de 
atividades semelhantes. 
 
§ 2º Na hipótese da alínea d do inciso I do caput deste artigo, se houver 
recusa, o juiz, a requerimento do administrador judicial, intimará aquelas 
pessoas para que compareçam à sede do juízo, sob pena de 
desobediência, oportunidade em que as interrogará na presença do 
administrador judicial, tomando seus depoimentos por escrito. 
 
§ 3º Na falência, o administrador judicial não poderá, sem autorização 
judicial, após ouvidos o Comitê e o devedor no prazo comum de 2 (dois) 
dias, transigir sobre obrigações e direitos da massa falida e conceder 
abatimento de dívidas, ainda que sejam consideradas de difícil recebimento. 
 
§ 4º Se o relatório de que trata a alínea e do inciso III do caput deste artigo 
apontar responsabilidade penal de qualquer dos envolvidos, o Ministério 
Público será intimado para tomar conhecimento de seu teor. 
 
Art. 23. O administrador judicial que não apresentar, no prazo estabelecido, 
suas contas ou qualquer dos relatórios previstos nesta Lei será intimado 
pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de 
desobediência. 
 
Parágrafo único. Decorrido o prazo do caput deste artigo, o juiz destituirá o 
administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou 
organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor. 
 
O administrador judicial ele poderá sofrer tanto a sua substituição quanto a sua 
destituição, sendo que a destituição que configura uma espécie de penalidade. 
Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração 
do administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do 
devedor, o grau de complexidade do trabalho e os valores praticados 
no mercado para o desempenho de atividades semelhantes. 
 
§ 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não 
excederá 5% (cinco por cento) do valor devido aos credores 
submetidos à recuperação judicial ou do valor de venda dos bens na 
falência. 
 
§ 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido 
ao administrador judicial para pagamento após atendimento do 
previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. 
 
§ 3º O administrador judicial substituído será remunerado 
proporcionalmente ao trabalho realizado, salvo se renunciar sem 
relevante razão ou for destituído de suas funções por desídia, culpa, 
dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, hipóteses 
em que não terá direito à remuneração. 
 
§ 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que 
tiver suas contas desaprovadas. 
 
§ 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite 
de 2% (dois por cento), no caso de microempresas e empresas de 
pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
 
Como a destituição é uma espécie de penalidade, se o administrador judicial ele 
sofrer a destituição ele não será remunerado, inclusive podendo ser condenado a 
perdas e danos da massa falida. 
Art. 25. Caberá ao devedor ou à massa falida arcar com as despesas 
relativas à remuneração do administrador judicial e das pessoas 
eventualmente contratadas para auxiliá-lo. 
 
Comitê de Credores (Art. 26) 
Trata-se de um órgão colegiado, deliberativo, facultativo no processo 
falimentar. Sua existência dependerá da complexidade e/ou do vulto econômico do 
processo falimentar. Ele vai surgir em virtude da grande quantidade de credores 
habilitados no processo falimentar. 
Os credores serão organizados na assembleia em razão da sua classe que 
promoverá a eleição dos seus representantes na composição do comitê de credores. 
Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer 
das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição: 
 
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 
2 (dois) suplentes; 
 
II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais 
de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes; 
 
III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e 
com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes. 
 
IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes 
de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) 
 
§ 1º A falta de indicação de representante por quaisquerdas classes não 
prejudicará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número 
inferior ao previsto no caput deste artigo. 
 
§ 2º O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que 
representem a maioria dos créditos de uma classe, independentemente da 
realização de assembléia: 
 
I – a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe 
ainda não representada no Comitê; ou 
 
II – a substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe. 
 
§ 3º Caberá aos próprios membros do Comitê indicar, entre eles, quem irá 
presidi-lo. 
Art. 27. O Comitê de Credores terá as seguintes atribuições, além de outras 
previstas nesta Lei: 
 
I – na recuperação judicial e na falência: 
 
a) fiscalizar as atividades e examinar as contas do administrador judicial; 
 
b) zelar pelo bom andamento do processo e pelo cumprimento da lei; 
 
c) comunicar ao juiz, caso detecte violação dos direitos ou prejuízo aos 
interesses dos credores; 
 
d) apurar e emitir parecer sobre quaisquer reclamações dos interessados; 
 
e) requerer ao juiz a convocação da assembléia-geral de credores; 
 
f) manifestar-se nas hipóteses previstas nesta Lei; 
 
Art. 28. Não havendo Comitê de Credores, caberá ao administrador judicial 
ou, na incompatibilidade deste, ao juiz exercer suas atribuições. 
 
Art. 29. Os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada pelo 
devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a 
realização de ato previsto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a 
autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às disponibilidades de 
caixa. 
 
O comitê de credores ele não é remunerado por essa função porque ele é credor e 
tem interesse na administração da falência, ele só poderá fiscalizar. 
Art. 30. Não poderá integrar o Comitê ou exercer as funções de 
administrador judicial quem, nos últimos 5 (cinco) anos, no exercício do 
cargo de administrador judicial ou de membro do Comitê em falência ou 
recuperação judicial anterior, foi destituído, deixou de prestar contas dentro 
dos prazos legais ou teve a prestação de contas desaprovada. 
 
§ 1º Ficará também impedido de integrar o Comitê ou exercer a função de 
administrador judicial quem tiver relação de parentesco ou afinidade até o 3º 
(terceiro) grau com o devedor, seus administradores, controladores ou 
representantes legais ou deles for amigo, inimigo ou dependente. 
 
§ 2º O devedor, qualquer credor ou o Ministério Público poderá requerer ao 
juiz a substituição do administrador judicial ou dos membros do Comitê 
nomeados em desobediência aos preceitos desta Lei. 
 
§ 3º O juiz decidirá, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, sobre o 
requerimento do § 2º deste artigo. 
 
Art. 31. O juiz, de ofício ou a requerimento fundamentado de qualquer 
interessado, poderá determinar a destituição do administrador judicial ou de 
quaisquer dos membros do Comitê de Credores quando verificar 
desobediência aos preceitos desta Lei, descumprimento de deveres, 
omissão, negligência ou prática de ato lesivo às atividades do devedor ou a 
terceiros. 
 
§ 1º No ato de destituição, o juiz nomeará novo administrador judicial ou 
convocará os suplentes para recompor o Comitê. 
 
§ 2º Na falência, o administrador judicial substituído prestará contas no 
prazo de 10 (dez) dias, nos termos dos §§ 1º a 6º do art. 154 desta Lei. 
 
Art. 32. O administrador judicial e os membros do Comitê responderão pelos 
prejuízos causados à massa falida, ao devedor ou aos credores por dolo ou 
culpa, devendo o dissidente em deliberação do Comitê consignar sua 
discordância em ata para eximir-se da responsabilidade. 
 
Art. 33. O administrador judicial e os membros do Comitê de Credores, logo 
que nomeados, serão intimados pessoalmente para, em 48 (quarenta e oito) 
horas, assinar, na sede do juízo, o termo de compromisso de bem e 
fielmente desempenhar o cargo e assumir todas as responsabilidades a ele 
inerentes. 
 
Art. 34. Não assinado o termo de compromisso no prazo previsto no art. 33 
desta Lei, o juiz nomeará outro administrador judicial. 
 
O encerramento relativo a esse membro. 
6° Aula de Empresarial 12/09/2019 
 
Assembleia Geral de Credores 
Para fins de encerramento da falência, como visto na aula passada várias 
pessoas irão promover a administração da falência, por óbvio que o juiz na condição 
de juiz universal como responsável em processar e julgar toda transação quer verse 
sobre bens, negócio e interesses do falido. Todavia, a assembleia geral de credores 
ela é uma decorrência da massa falida subjetiva. 
A Assembleia Geral de Credores trata-se de um órgão responsável pela 
administração da falência, ela decorre da constituição da chamada massa falida 
subjetiva e consiste em um órgão colegiado deliberativo composto por todos os 
credores habilitados na falência. 
Ela será presidida pela pessoa do administrador judicial, exceto nas hipóteses 
em que a assembleia geral de credores ela for composta para deliberar despeito da 
substituição ou destituição do administrador judicial. 
A Assembleia Geral de Credores ela poderá deliberar sobre diversos assuntos, 
sendo que o artigo 35 ele estabelece: 
Art. 35. A assembléia-geral de credores terá por atribuições deliberar 
sobre: 
I – na recuperação judicial: 
a) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação 
judicial apresentado pelo devedor; 
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus 
membros e sua substituição; 
c) (VETADO) 
d) o pedido de desistência do devedor, nos termos do § 4º do art. 52 
desta Lei; 
e) o nome do gestor judicial, quando do afastamento do devedor; 
f) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos 
credores; 
II – na falência: 
a) (VETADO) 
b) a constituição do Comitê de Credores, a escolha de seus 
membros e sua substituição; 
c) a adoção de outras modalidades de realização do ativo, na forma 
do art. 145 desta Lei; 
d) qualquer outra matéria que possa afetar os interesses dos 
credores. 
 
O artigo 35 ele estabelece os diversos assuntos que podem deliberar a assembleia 
geral de credores, ela será convocada nos termos do artigo 36. 
Art. 36. A assembléia-geral de credores será convocada pelo juiz por 
edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação 
nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 
(quinze) dias, o qual conterá: 
I – local, data e hora da assembléia em 1ª (primeira) e em 2ª 
(segunda) convocação, não podendo esta ser realizada menos de 5 
(cinco) dias depois da 1ª (primeira); 
II – a ordem do dia; 
III – local onde os credores poderão, se for o caso, obter cópia do 
plano de recuperação judicial a ser submetido à deliberação da 
assembléia. 
§ 1º Cópia do aviso de convocação da assembléia deverá ser 
afixada de forma ostensiva na sede e filiais do devedor. 
§ 2º Além dos casos expressamente previstos nesta Lei, credores 
que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor 
total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao 
juiz a convocação de assembléia-geral. 
§ 3º As despesas com a convocação e a realização da assembléia-
geral correm por conta do devedor ou da massa falida, salvo se 
convocada em virtude de requerimento do Comitê de Credores ou na 
hipótese do § 2º deste artigo. 
Art. 37. A assembléia será presidida pelo administrador judicial, que 
designará 1 (um) secretário dentre os credores presentes. 
§ 1º Nas deliberações sobre o afastamento do administrador judicial 
ou em outras em que haja incompatibilidade deste, a assembléia 
será presidida pelo credor presente que seja titular do maior crédito. 
§ 2º A assembléia instalar-se-á, em 1ª (primeira) convocação, com a 
presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de 
cada classe, computados pelo valor, e, em 2ª (segunda) convocação, 
com qualquer número. 
§ 3º Para participar da assembléia, cada credor deverá assinar a lista 
de presença, que será encerrada no momento da instalação.§ 4º O credor poderá ser representado na assembléia-geral por 
mandatário ou representante legal, desde que entregue ao 
administrador judicial, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data 
prevista no aviso de convocação, documento hábil que comprove 
seus poderes ou a indicação das folhas dos autos do processo em 
que se encontre o documento. 
§ 5º Os sindicatos de trabalhadores poderão representar seus 
associados titulares de créditos derivados da legislação do trabalho 
ou decorrentes de acidente de trabalho que não comparecerem, 
pessoalmente ou por procurador, à assembléia. 
§ 6º Para exercer a prerrogativa prevista no § 5º deste artigo, o 
sindicato deverá: 
I – apresentar ao administrador judicial, até 10 (dez) dias antes da 
assembléia, a relação dos associados que pretende representar, e o 
trabalhador que conste da relação de mais de um sindicato deverá 
esclarecer, até 24 (vinte e quatro) horas antes da assembléia, qual 
sindicato o representa, sob pena de não ser representado em 
assembléia por nenhum deles; e 
II – (VETADO) 
§ 7º Do ocorrido na assembléia, lavrar-se-á ata que conterá o nome 
dos presentes e as assinaturas do presidente, do devedor e de 2 
(dois) membros de cada uma das classes votantes, e que será 
entregue ao juiz, juntamente com a lista de presença, no prazo de 48 
(quarenta e oito) horas. 
Composição pelas classes de credores compostas no artigo 41: 
Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes 
de credores: 
I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou 
decorrentes de acidentes de trabalho; 
II – titulares de créditos com garantia real; 
III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com 
privilégio geral ou subordinados. 
IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou 
empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, 
de 2014) 
§ 1º Os titulares de créditos derivados da legislação do trabalho 
votam com a classe prevista no inciso I do caput deste artigo com o 
total de seu crédito, independentemente do valor. 
§ 2º Os titulares de créditos com garantia real votam com a classe 
prevista no inciso II do caput deste artigo até o limite do valor do bem 
gravado e com a classe prevista no inciso III do caput deste artigo 
pelo restante do valor de seu crédito. 
OBS: Os créditos tributários não compõe a assembleia geral de credores. 
Art. 38. O voto do credor será proporcional ao valor de seu crédito, 
ressalvado, nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, o 
disposto no § 2º do art. 45 desta Lei. 
Parágrafo único. Na recuperação judicial, para fins exclusivos de votação 
em assembléia-geral, o crédito em moeda estrangeira será convertido para 
moeda nacional pelo câmbio da véspera da data de realização da 
assembléia. 
Art. 39. Terão direito a voto na assembléia-geral as pessoas arroladas no 
quadro-geral de credores ou, na sua falta, na relação de credores 
apresentada pelo administrador judicial na forma do art. 7º , § 2º , desta Lei, 
ou, ainda, na falta desta, na relação apresentada pelo próprio devedor nos 
termos dos arts. 51, incisos III e IV do caput, 99, inciso III do caput, ou 105, 
inciso II do caput, desta Lei, acrescidas, em qualquer caso, das que estejam 
habilitadas na data da realização da assembléia ou que tenham créditos 
admitidos ou alterados por decisão judicial, inclusive as que tenham obtido 
reserva de importâncias, observado o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 10 
desta Lei. 
§ 1º Não terão direito a voto e não serão considerados para fins de 
verificação do quorum de instalação e de deliberação os titulares de créditos 
excetuados na forma dos §§ 3º e 4º do art. 49 desta Lei. 
§ 2º As deliberações da assembléia-geral não serão invalidadas em razão 
de posterior decisão judicial acerca da existência, quantificação ou 
classificação de créditos. 
§ 3º No caso de posterior invalidação de deliberação da assembléia, ficam 
resguardados os direitos de terceiros de boa-fé, respondendo os credores 
que aprovarem a deliberação pelos prejuízos comprovados causados por 
dolo ou culpa. 
Regra Geral: as deliberações da assembleia geral de credores será feita da 
seguinte forma: No tocante à aprovação considerar-se-á aprovada a proposta 
que obtiver votos favoráveis de credores que representem mais da metade do 
valor total dos créditos habilitados presente a assembleia cumulados com a 
maioria simples de todos os presentes. 
Art. 42. Considerar-se-á aprovada a proposta que obtiver votos 
favoráveis de credores que representem mais da metade do valor 
total dos créditos presentes à assembléia-geral, exceto nas 
deliberações sobre o plano de recuperação judicial nos termos da 
alínea a do inciso I do caput do art. 35 desta Lei, a composição do 
Comitê de Credores ou forma alternativa de realização do ativo nos 
termos do art. 145 desta Lei. 
 
Exceções: 
• 2/3 de todos os créditos para deliberação a despeito da realização do ativo. 
Art. 46. A aprovação de forma alternativa de realização do ativo na 
falência, prevista no art. 145 desta Lei, dependerá do voto favorável 
de credores que representem 2/3 (dois terços) dos créditos presentes 
à assembléia. 
 
• Se for para deliberar sobre o plano de recuperação judicial tem que 
aprovação em todas as classes prevista no artigo 41. 
Art. 45. Nas deliberações sobre o plano de recuperação judicial, todas as 
classes de credores referidas no art. 41 desta Lei deverão aprovar a 
proposta. 
 
§ 1º Em cada uma das classes referidas nos incisos II e III do art. 41 desta 
Lei, a proposta deverá ser aprovada por credores que representem mais da 
metade do valor total dos créditos presentes à assembléia e, 
cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes. 
 
§ 2º Na classe prevista no inciso I do art. 41 desta Lei, a proposta deverá 
ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, 
independentemente do valor de seu crédito. 
 
§ 2º Nas classes previstas nos incisos I e IV do art. 41 desta Lei, a proposta 
deverá ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, 
independentemente do valor de seu crédito. (Redação dada pela Lei 
Complementar nº 147, de 2014) 
 
§ 3º O credor não terá direito a voto e não será considerado para fins de 
verificação de quorum de deliberação se o plano de recuperação judicial 
não alterar o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito. 
 
Art 7° - Quadro geral dos credores 
 
Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 
 1° Fase 2° Fase 3° Fase 
 
 
Petição Cognitiva 
Inicial Satisfativa 
 S.D.F 
 Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência 
 
 
 
 
 Sentença de reabilitação 
 
(Revisão da aula) 
 
1°SUBFASE DA FALÊNCIA QUE É A CHAMADA DE COGNITIVA. 
 
Inicia-se a constituição da nova fase jurídica do falido inicia-se a fase cognitiva. 
A sentença declaratória da falência ela vai promover a constituição da massa falida 
objetiva e da massa falida subjetiva, que se dar por meio da reunião de todos os 
credores habilitados no processo falimentar. 
Na fase cognitiva será a fase que será apurado o levantamento não somente 
do volume patrimonial do falido por meio do processo inicial de habilitação de 
credores e de arrecadação de bens. 
Na fase de habilitação de crédito ele deverá comparecer ao juízo para firmar o 
termo de compromisso, o administrador judicial ele vai adentrar as instalações da 
empresa, e ter acesso de todos os livros e documentos do falido e deverá promover 
a publicação da relação de credores. 
O empresário ele poderá ter seupedido requerido, agora se ele estiver irregular 
ou de fato ele não poderá requerer de outrem, nem requerer a autofalência. A 
relação de credores quem vai apresentar essa relação de credores é o próprio falido. 
O administrador judicial será responsável por publicar esta relação de 
credores, a partir daí ocorrerá o prazo de 15 dias para que todos os credores 
possam apresentar o chamado pedido de divergência, caso os créditos 
presentes na relação eles estejam em desacordo com o valor real dos seus 
créditos. 
Após essa relação de credores publicada terá o prazo de 15 dias para 
promover o pedido de divergência ou a sua habilitação na hipótese de não constar 
dentro dessa relação. 
O administrador judicial será responsável por publicar esta relação de credores, 
a partir da publicação, abre-se o prazo de 15 dias para ou OS CREDORES 
PROMOVEREM A SUA HABILITAÇÃO DE CRÉDITO, ou seja, aqueles credores 
que não esteja na relação publicada eles deverão requerer a sua habilitação OU A 
APRESENTAÇÃO DE PEDIDOS DE DIVERGÊNCIA que são os casos em que 
créditos publicados na relação são dissonantes com aquilo que o credor acredite 
que ele vale. 
Importante deixar claro, que tanto a habilitação de credores tanto como o 
pedido de divergência, dentro desse prazo de 15 dias ele se dará por meio de um 
ato perante o administrador judicial, sob uma forma de petição simples. 
Ultrapassado esses 15 dias e recebido todas as habilitações e os pedidos de 
divergência o administrador judicial ele irá receber todos esses pedidos, e no prazo 
de 45 dias irá republicar a nova relação com o quadro geral de credores. Após essa 
republicação os credores e homologado o quadro, que vierem a faltar este prazo, 
eles poderão requerer a sua habilitação, porém, essa reabilitação se dará de forma 
judicial sendo que estes credores estarão na forma retardatária. 
As consequências da habilitação retardatária ela tem que se dar por via judicial 
perante o juízo universal, e ainda acarretará as seguintes consequências: 
• Na recuperação judicial a perda do direito ao voto, exceto os credores 
trabalhistas; 
• Na falência a perda da participação de eventuais rateios realizados 
antecipadamente. 
Uma vez julgado o pedido de divergência, republicado da forma que se 
entendiam, os credores que se sentiam inconformados poderão fazer valer da AÇÃO 
DE IMPGNAÇÃO DE CRÉDITO, ela pode se dar não somente por ato do credor 
inconformado, mas também qualquer membro do comitê de credores, o MP, outros 
credores poderão propor a ação de impugnação de crédito. O prazo para entrar com 
a ação é de dez dias após a republicação do prazo. Esses 45 dias de republicação 
se somará aos 15 dias da primeira publicação, logo entre a 1º e a 2º será 60 dias, 
desses 60 dias ele vai publicar a relação de credores, e no prazo de 10 dias poderão 
ser apresentado as chamadas impugnação de crédito. 
A impugnação de crédito trata-se de ação judicial postulatória por meio de 
advogado a ser apresentado perante o juízo da falência. 
 
 
• 15 dias publicado para apresentação de novas habilitações e de pedidos de 
divergência; 
• 45 dias nova publicação; 
• Republicado - 10 dias para apresentação de impugnação de crédito; 
• 05 dias o credor impugnado deverá apresentar contestação; 
• 05 dias para o falido, o comitê de credores (se houver) deverá se manifestar 
sobre o pedido de impugnação; 
• 05 dias o administrador judicial deverá apresentar seu parecer; 
• Autos conclusos, a impugnação será julgado por sentença da qual caberá o 
recurso de agravo de instrumento, no prazo do CPC de 15 dias. Art. 17. Da 
decisão judicial sobre a impugnação caberá agravo. Parágrafo único. 
Recebido o agravo, o relator poderá conceder efeito suspensivo à decisão 
que reconhece o crédito ou determinar a inscrição ou modificação do seu 
valor ou classificação no quadro-geral de credores, para fins de exercício de 
direito de voto em assembléia-geral. 
 
 
Art. 7º A verificação dos créditos será realizada pelo administrador 
judicial, com base nos livros contábeis e documentos comerciais e 
fiscais do devedor e nos documentos que lhe forem apresentados 
pelos credores, podendo contar com o auxílio de profissionais ou 
empresas especializadas. 
 
§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º , ou no parágrafo 
único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) 
dias para apresentar ao administrador judicial suas habilitações ou 
suas divergências quanto aos créditos relacionados. 
§ 2º O administrador judicial, com base nas informações e 
documentos colhidos na forma do caput e do § 1º deste artigo, fará 
publicar edital contendo a relação de credores no prazo de 45 
(quarenta e cinco) dias, contado do fim do prazo do § 1º deste artigo, 
devendo indicar o local, o horário e o prazo comum em que as 
pessoas indicadas no art. 8º desta Lei terão acesso aos documentos 
que fundamentaram a elaboração dessa relação. 
 
Art. 8º No prazo de 10 (dez) dias, contado da publicação da relação 
referida no art. 7º , § 2º , desta Lei, o Comitê, qualquer credor, o 
devedor ou seus sócios ou o Ministério Público podem apresentar ao 
juiz impugnação contra a relação de credores, apontando a ausência 
de qualquer crédito ou manifestando-se contra a legitimidade, 
importância ou classificação de crédito relacionado. 
 
Parágrafo único. Autuada em separado, a impugnação será 
processada nos termos dos arts. 13 a 15 desta Lei. 
 Art. 9º A habilitação de crédito realizada pelo credor nos termos do 
art. 7º , § 1º , desta Lei deverá conter: 
 
I – o nome, o endereço do credor e o endereço em que receberá 
comunicação de qualquer ato do processo; 
 
II – o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência 
ou do pedido de recuperação judicial, sua origem e classificação; 
 
III – os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das 
demais provas a serem produzidas; 
 
IV – a indicação da garantia prestada pelo devedor, se houver, e o 
respectivo instrumento; 
 
V – a especificação do objeto da garantia que estiver na posse do 
credor. 
 
Parágrafo único. Os títulos e documentos que legitimam os créditos 
deverão ser exibidos no original ou por cópias autenticadas se 
estiverem juntados em outro processo. 
 
Art. 10. Não observado o prazo estipulado no art. 7º , § 1º , desta Lei, 
as habilitações de crédito serão recebidas como retardatárias. 
 
§ 1º Na recuperação judicial, os titulares de créditos retardatários, 
excetuados os titulares de créditos derivados da relação de trabalho, 
não terão direito a voto nas deliberações da assembléia-geral de 
credores. 
 
§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo ao processo de 
falência, salvo se, na data da realização da assembléia-geral, já 
houver sido homologado o quadro-geral de credores contendo o 
crédito retardatário. 
 
§ 3º Na falência, os créditos retardatários perderão o direito a rateios 
eventualmente realizados e ficarão sujeitos ao pagamento de custas, 
não se computando os acessórios compreendidos entre o término do 
prazo e a data do pedido de habilitação. 
 
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o credor poderá 
requerer a reserva de valor para satisfação de seu crédito. 
 
§ 5º As habilitações de crédito retardatárias, se apresentadas antes 
da homologação do quadro-geral de credores, serão recebidas como 
impugnação e processadas na forma dos arts. 13 a 15 desta Lei. 
 
§ 6º Após a homologação do quadro-geral de credores, aqueles que 
não habilitaram seu crédito poderão, observado, no que couber, o 
procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, 
requerer ao juízo da falência ou da recuperação judicial a retificação 
do quadro-geral para inclusão do respectivo crédito. 
 
Art. 11. Os credores cujos créditos forem impugnados serão 
intimados para contestar a impugnação, no prazo de 5 (cinco) dias, 
juntando os documentos que tiverem e indicando outras provas que 
reputem necessárias. 
 
Art. 12. Transcorridoo prazo do art. 11 desta Lei, o devedor e o 
Comitê, se houver, serão intimados pelo juiz para se manifestar 
sobre ela no prazo comum de 5 (cinco) dias. 
 
Parágrafo único. Findo o prazo a que se refere o caput deste artigo, o 
administrador judicial será intimado pelo juiz para emitir parecer no 
prazo de 5 (cinco) dias, devendo juntar à sua manifestação o laudo 
elaborado pelo profissional ou empresa especializada, se for o caso, 
e todas as informações existentes nos livros fiscais e demais 
documentos do devedor acerca do crédito, constante ou não da 
relação de credores, objeto da impugnação. 
 
Art. 13. A impugnação será dirigida ao juiz por meio de petição, 
instruída com os documentos que tiver o impugnante, o qual indicará 
as provas consideradas necessárias. 
 
Parágrafo único. Cada impugnação será autuada em separado, com 
os documentos a ela relativos, mas terão uma só autuação as 
diversas impugnações versando sobre o mesmo crédito. 
 
Art. 14. Caso não haja impugnações, o juiz homologará, como 
quadro-geral de credores, a relação dos credores constante do edital 
de que trata o art. 7º , § 2º , desta Lei, dispensada a publicação de 
que trata o art. 18 desta Lei. 
 
Art. 15. Transcorridos os prazos previstos nos arts. 11 e 12 desta Lei, 
os autos de impugnação serão conclusos ao juiz, que: 
 
I – determinará a inclusão no quadro-geral de credores das 
habilitações de créditos não impugnadas, no valor constante da 
relação referida no § 2º do art. 7º desta Lei; 
 
II – julgará as impugnações que entender suficientemente 
esclarecidas pelas alegações e provas apresentadas pelas partes, 
mencionando, de cada crédito, o valor e a classificação; 
 
III – fixará, em cada uma das restantes impugnações, os aspectos 
controvertidos e decidirá as questões processuais pendentes; 
 
IV – determinará as provas a serem produzidas, designando 
audiência de instrução e julgamento, se necessário. 
 
Art. 19. O administrador judicial, o Comitê, qualquer credor ou o 
representante do Ministério Público poderá, até o encerramento da 
recuperação judicial ou da falência, observado, no que couber, o 
procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil, pedir a 
exclusão, outra classificação ou a retificação de qualquer crédito, nos 
casos de descoberta de falsidade, dolo, simulação, fraude, erro 
essencial ou, ainda, documentos ignorados na época do julgamento 
do crédito ou da inclusão no quadro-geral de credores. 
 
§ 1º A ação prevista neste artigo será proposta exclusivamente 
perante o juízo da recuperação judicial ou da falência ou, nas 
hipóteses previstas no art. 6º , §§ 1º e 2º , desta Lei, perante o juízo 
que tenha originariamente reconhecido o crédito. 
 
§ 2º Proposta a ação de que trata este artigo, o pagamento ao titular 
do crédito por ela atingido somente poderá ser realizado mediante a 
prestação de caução no mesmo valor do crédito questionado. 
Essa previsão no artigo 19 é chamada de ação rescisória de crédito, que é a 
legitimidade do Ministério Público. 
Art. 20. As habilitações dos credores particulares do sócio ilimitadamente 
responsável processar-se-ão de acordo com as disposições desta Seção. 
Autofalência é uma das formas de pedido da falência pelo próprio falido, 
presente no artigo 105. 
Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender 
aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao 
juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de 
prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes 
documentos: 
 
I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios 
sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, 
confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável 
e compostas obrigatoriamente de: 
 
a) balanço patrimonial; 
 
b) demonstração de resultados acumulados; 
 
c) demonstração do resultado desde o último exercício social; 
 
d) relatório do fluxo de caixa; 
 
II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, 
natureza e classificação dos respectivos créditos; 
 
III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva 
estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; 
 
IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor 
ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a 
relação de seus bens pessoais; 
 
V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos 
por lei; 
 
VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os 
respectivos endereços, suas funções e participação societária. 
Art. 106. Não estando o pedido regularmente instruído, o juiz determinará 
que seja emendado. 
 
Art. 107. A sentença que decretar a falência do devedor observará a forma 
do art. 99 desta Lei. 
 
Parágrafo único. Decretada a falência, aplicam-se integralmente os 
dispositivos relativos à falência requerida pelas pessoas referidas nos 
incisos II a IV do caput do art. 97 desta Lei. 
 
7° Aula de Empresarial 19/09/2019 
 
Revisando últimas aulas 
 
Fase Pré-Falencial Fase Falencial Fase de reabilitação 
 1° Fase 2° Fase 3° Fase 
 
 
Petição Cognitiva 
Inicial Resposta do réu Satisfativa 
 S.D.F 
 Sentença Declaratória de Falência Sentença de encerramento da falência 
 
 
 
 
 Sentença de reabilitação 
 
• A primeira fase é a pré falencial, que começa com a petição inicial, 
fundamentada na impontualidade injustificada, execução frustrada e atos de 
falência. Os pressupostos da falência é a condição do empresário, insolvência e 
sentença declaratória da falência. 
• A competência é a do principal estabelecimento que é o juízo universal. 
• Resposta do réu o prazo é de 10 dias. 
• Ele poderá contestar, contestar e depositar, depósito, revelia, pedido de 
recuperação judicial. 
• Autos conclusos sentença declaratória da falência, se ela for improcedente é 
cabível apelação, se ela for procedente é cabível o agravo. 
• A natureza jurídica da S.D.F. é constitutiva porque cria uma nova situação 
jurídica. 
• Os efeitos da sentença declaratória da falência: Declaração de inabilitação do 
empresário ao exercício da atividade empresarial; Perda da disponibilidade de todos 
os seus bens que serão sujeitos a arrecadação; Suspensão do sigilo de 
correspondências; ele não poderá se ausentar da comarca sem autorização judicial; 
o falido só poderá praticar sem autorização judicial atos da vida civil, ou seja, 
registrar um filho; demais restrições art 104,§ 7º. 
Quanto às obrigações do falido 
3.6) A sujeição de todos os credores ao processo concursal para requerer 
direitos; 
3.7) A suspensão do direito de retenção sobre bens (mandado mercantil, 
depósito mercantil, comissão mercantil); 
3.8) O administrador judicial poderá mediante autorização do comitê de 
credores, poderá continuar contratos bilaterais e unilaterais se implicar 
aumento do ativo ou diminuição do passivo; 
3.9) Os mandatos conferidos pelo falido serão revogados e os mandatários 
deverão prestar contas; 
3.10) O encerramento das contas bancárias ou apuração dos respectivos 
saldos 
A fase falencial ela se inicia com o procedimento dentro dos efeitos é a 
constituição da massa falida subjetiva que consiste na reunião de credores, ela se 
constitui a partir da habilitação de credores. 
Temos na subfase COGNITIVA a habilitação de credores, o procedimento de 
habilitação ele vai decorrer a partir do momento que o administrador judicial publica 
a relação de credores, no prazo de 15 dias para pedidos de habilitação ou pedidos 
de divergência.

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