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(ITA-SP) Leia o texto abaixo e responda às perguntas seguintes. O sol ainda nascendo, dou a volta pela Lagoa Rodrigo de Freitas (7.450 metros e 22 centímetros). Deslumbrante. Paro diante de uma placa da prefeitura, feita com os maiores cuidados técnicos, em bela tipografia, em português e inglês, naturalmente escrita por altos professores e, no longo período com que trabalham as burocracias, vista e revista por engenheiros, psicólogos, enfim, por toda espécie e gênero de PhDs. Certo disso, leio, cheio do desejo de aprender, a história da lagoa e seus d’intorni, environs, neighbourhood. Lá está escrito: “beleza cênica integrada aos contornos dos morros que a cerca (!)”. Berro, no português mais castiço do manual do [jornal] Globo: HELP! E, como isso não tem a menor importância, o sol continua nascendo no horizonte. Um luxo! FERNANDES, Millôr. O Estado de S.Paulo, Caderno 2, 4 jul. 1999. a) Explique por que Millôr Fernandes se assusta com a placa da Prefeitura. b) Localize no texto um trecho que indica a ironia do autor. Explique como é produzido o efeito de ironia nesse trecho. RESPOSTA: A placa apresenta um erro de concordância verbal: “morros que a cerca”. RESPOSTA: Podemos identificar ironia em dois pontos: “Berro, no português mais castiço do manual do [jornal] Globo: HELP!” e ”como isso não tem a menor importância, o sol continua nascendo no horizonte”. Em ambos os casos, o autor quis expressar o oposto do que diz literalmente: que o português do jornal não é nada castiço e que o fato de haver um erro de concordância numa placa pública é importante (mas que, contraditoriamente, ninguém se importa). (UFPR) Assinale a alternativa que reescreve o texto a seguir de acordo com a norma culta, mantendo-lhe o sentido. Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar totalmente. a) Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteje lá preso. Um marginal que já fez de tudo na vida não é porque vai preso que ele vai mudar totalmente. b) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vão preso que vão mudar totalmente. c) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de quem esteja lá preso. Não é porque foi preso que um marginal que já fez de tudo na vida vai mudar totalmente. d) Presídio não é uma forma de mudar o ponto de vista das pessoas presas, um marginal não vai mudar totalmente por tudo que já fez na vida e então vai preso. e) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa presa. Um marginal que já fez de tudo na vida vai preso e vai mudar totalmente. (UFPR) Assinale a alternativa que reescreve o texto a seguir de acordo com a norma culta, mantendo-lhe o sentido. Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vai preso que ele vai mudar totalmente. a) Os presídios não é uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteje lá preso. Um marginal que já fez de tudo na vida não é porque vai preso que ele vai mudar totalmente. b) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa que esteja lá presa, um marginal que já fez de tudo na vida não é que vão preso que vão mudar totalmente. c) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de quem esteja lá preso. Não é porque foi preso que um marginal que já fez de tudo na vida vai mudar totalmente. d) Presídio não é uma forma de mudar o ponto de vista das pessoas presas, um marginal não vai mudar totalmente por tudo que já fez na vida e então vai preso. e) Os presídios não são uma forma de mudar o ponto de vista de qualquer pessoa presa. Um marginal que já fez de tudo na vida vai preso e vai mudar totalmente. 1 EXERCÍCIOS ESSENCIAIS (PUC-Campinas-SP) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é: a) As ferramentas que julgo necessárias para você consertar o motor, ei-las nesta caixa; deixo anexa, para seu próprio controle, uma relação delas. b) É realmente louvável os esforços que vocês empreenderam para nos ajudar, portanto, qualquer que sejam os resultados, agradecemos muito. c) Questões político-econômicas envolvem amplo debate, logo não considere inaceitáveis algumas indefinições referentes a esses pontos. d) Muitas pesquisas recentes tornaram superadas algumas afirmações sobre a língua e a literatura portuguesas. e) Passadas cerca de duas semanas, foram conhecidos os resultados do concurso que premiou o artista mais destacado do carnaval e de outras folias cariocas. 6 1 EXERCÍCIOS ESSENCIAIS (PUC-Campinas-SP) A frase em que a concordância nominal está INCORRETA é: a) As ferramentas que julgo necessárias para você consertar o motor, ei-las nesta caixa; deixo anexa, para seu próprio controle, uma relação delas. b) É realmente louvável os esforços que vocês empreenderam para nos ajudar, portanto, qualquer que sejam os resultados, agradecemos muito. c) Questões político-econômicas envolvem amplo debate, logo não considere inaceitáveis algumas indefinições referentes a esses pontos. d) Muitas pesquisas recentes tornaram superadas algumas afirmações sobre a língua e a literatura portuguesas. e) Passadas cerca de duas semanas, foram conhecidos os resultados do concurso que premiou o artista mais destacado do carnaval e de outras folias cariocas. 7 A seguinte frase está plenamente de acordo com as normas de concordância verbal: No poema de Drummond parece repetir-se alguns termos do artigo do autor. b) O autor e uma colega sua incumbiu-se de enviar uma carta aos amigos do Rio. c) Na passeata dos estudantes manifestavam-se protestos contra a ditadura. d) Eram de se esperar que houvessem deturpações dos fatos no noticiário oficial. e) Depois de ser feito várias cópias, enviei-as aos amigos do Rio. A seguinte frase está plenamente de acordo com as normas de concordância verbal: No poema de Drummond parece repetir-se alguns termos do artigo do autor. b) O autor e uma colega sua incumbiu-se de enviar uma carta aos amigos do Rio. c) Na passeata dos estudantes manifestavam-se protestos contra a ditadura. d) Eram de se esperar que houvessem deturpações dos fatos no noticiário oficial. e) Depois de ser feito várias cópias, enviei-as aos amigos do Rio. Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntos no mundo que não compreendia e esmoreceu. Mas uma mosca fez um ângulo reto no ar, depois outro, além disso, os seis anos são uma idade de muitas coisas pela primeira vez, mais do que uma por dia e, por isso, logo depois, arribou. Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte. Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra. O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra. Se estava ocupado a contar uma história a um guarda-chuva, não queria ser interrompido. Às vezes, a mãe escolhia os piores momentos para chamá-lo, ele podia estar a contemplar um segredo, por isso, assustava-se e, depois, irritava-se. Às vezes, fazia birras no meio da rua. A mãe envergonhava-se e, mais tarde, em casa, dizia que as pessoas da vila nunca tinham visto um menino tão velhaco. O Ilídio ficava enxofrado, mas lembrava-se dos homens que lhe chamavam reguila, diziam ah, reguila de má raça. Com essa memória, recuperava o orgulho. Era reguila, não era velhaco. Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse. PEIXOTO, J. L. Livro. São Paulo: Cia. das Letras, 2012. No texto, observa-se o uso característico do português de Portugal, marcadamente diferente do uso do português do Brasil. O trecho que confirma essa afirmação é: a “Pela primeira vez na vida teve pena de haver tantos assuntosno mundo que não compreendia e esmoreceu.” b “Os assuntos que não compreendia eram uma espécie de tontura, mas o Ilídio era forte.” c “Essa certeza dava-lhe forças para protestar mais, para gritar até, se lhe apetecesse.” d “Se calhar estava a falar de tratar da cabra: nunca esqueças de tratar da cabra.” e “O Ilídio não gostava que a mãe o mandasse tratar da cabra.” Variante regional – Enem 2014 Óia eu aqui de novo Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo para xaxar Vou mostrar pr’esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo Que eu não posso levar Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar Vem cá morena linda Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raquel Diz que eu tou aqui com alegria BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www. luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento). A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá morena linda, vestida de chita” Variante regional – Enem 2014 Óia eu aqui de novo Óia eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo para xaxar Vou mostrar pr’esses cabras Que eu ainda dou no couro Isso é um desaforo Que eu não posso levar Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando Óia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar Vem cá morena linda Vestida de chita Você é a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zabé, chama Raquel Diz que eu tou aqui com alegria BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em: www. luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento). A letra da canção de Antônio de Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma característica do falar popular regional é a) “Isso é um desaforo” b) “Diz que eu tou aqui com alegria” c) “Vou mostrar pr’esses cabras” d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” e) “Vem cá morena linda, vestida de chita” Variante histórica – Enem 2014 Em bom português No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim: – Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. SABINO, Fernando. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que: a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações. c) o emprego de palavras com sentidos diferentes. d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões. Variante histórica – Enem 2014 Em bom português No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim: – Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. SABINO, Fernando. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que: a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. b) a utilização de inovações no léxico é percebida na comparação de gerações. c) o emprego de palavras com sentidos diferentes. d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que pertence o falante. e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente em todas as regiões. Assum preto (Baião de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) Tudo em vorta é só beleza Sol de abril e a mata em frô Mas assum preto, cego dos óio Num vendo a luz, ai, canta de dor Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do assum preto Pra ele assim, ai, cantá mió Assum preto veve sorto Mas num pode avuá Mil veiz a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá. As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra, a: a) pronúncia das palavras “vorta” e “veve”. b) pronúncia das palavras “tarvez” e “sorto”. c) flexão verbal encontrada em “furaro” e “cantá”. d) redundância nas expressões “cego dos óio” e “mata em frô”. e) pronúncia das palavras “ignorança” e “avuá”. o dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica: “O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.” (Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.) Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post. a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.) b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.) c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no portuguêsbrasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.) d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.) o dia 21 de setembro de 2015, Sérgio Rodrigues, crítico literário, comentou que apontar um erro de português no título do filme Que horas ela volta? “revela visão curta sobre como a língua funciona”. E justifica: “O título do filme, tirado da fala de um personagem, está em registro coloquial. Que ano você nasceu? Que série você estuda? e frases do gênero são familiares a todos os brasileiros, mesmo com alto grau de escolaridade. Será preciso reafirmar a esta altura do século 21 que obras de arte têm liberdade para transgressões muito maiores? Pretender que uma obra de ficção tenha o mesmo grau de formalidade de um editorial de jornal ou relatório de firma revela um jeito autoritário de compreender o funcionamento não só da língua, mas da arte também.” (Adaptado do blog Melhor Dizendo. Post completo disponível em http:// www melhordizendo.com/a-que-horas-ela-volta-em-que-ano-estamos-mesmo/. Acessado em 08/06/2016.) Entre os excertos de estudiosos da linguagem reproduzidos a seguir, assinale aquele que corrobora os comentários do post. a) Numa sociedade estruturada de maneira complexa a linguagem de um dado grupo social reflete-o tão bem como suas outras formas de comportamento. (Mattoso Câmara Jr., 1975, p. 10.) b) A linguagem exigida, especialmente nas aulas de língua portuguesa, corresponde a um modelo próprio das classes dominantes e das categorias sociais a elas vinculadas. (Camacho, 1985, p. 4.) c) Não existe nenhuma justificativa ética, política, pedagógica ou científica para continuar condenando como erros os usos linguísticos que estão firmados no português brasileiro. (Bagno, 2007, p. 161.) d) Aquele que aprendeu a refletir sobre a linguagem é capaz de compreender uma gramática – que nada mais é do que o resultado de uma (longa) reflexão sobre a língua. (Geraldi, 1996, p. 64.) Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem. Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer! GABRIEL, O Pensador. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento). As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. e) originalidade, pela concisão da linguagem. “A correção da língua é um artificialismo, continuei episcopalmente. O natural é a incorreção. Note que a gramática só se atreve a meter o bico quando escrevemos. Quando falamos, afasta-se para longe, de orelhas murchas.” LOBATO, Monteiro, Prefácios e entrevistas. a) Tendo em vista a opinião do autor do texto, pode-se concluir corretamente que a língua falada é desprovida de regras? Explique sucintamente. b) Entre a palavra “episcopalmente” e as expressões “meter o bico” e “de orelhas murchas”, dá-se um contraste de variedades linguísticas. Substitua as expressões coloquiais, que aí aparecem, por outras equivalentes, que pertençam à variedade padrão. a) A língua falada objetiva a comunicação e, por isso, se permite não utilizar a norma padrão ou culta, o que não deve ser considerado erro. A fala utiliza a gramática descritiva, que é o uso da língua pelos seus falantes. b) O termo “episcopalmente” segue a norma padrão. Podemos substituir “meter o bico” por “intrometer-se” e “de orelhas murchas” por “envergonhada”. Antigamente Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante apresentada no fragmento é a: a) geografia. b) histórica. c) estilística. d) social. e) geográfica e a social. Antigamente Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante apresentada no fragmento é a: a) geografia. b) histórica. c) estilística. d) social. e) geográfica e a social. Só há uma saída para a escola se ela quiser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não! Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um português correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas. (POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Portuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado). Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domínio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber (A) descartar as marcas de informalidade do texto. (B) reservar o emprego da norma padrão aos textos de circulação ampla. (C) moldar a norma padrão do português pela linguagem do discurso jornalístico. (D) adequar as formas da língua a diferentes tipos de texto e contexto. (E) desprezar as formas da língua previstas pelas gramáticas e manuais divulgados pela escola Vício da fala Para dizerem milho dizem mio Para melhor dizem mió Para pior pió Para telha dizem teia Para telhado dizem teiado E vão fazendo telhados. (Oswald de Andrade) Sobre o poema de Oswald de Andrade, estão corretas: I. O escritor faz uma crítica dirigida àqueles que cometem desvios linguísticos na oralidade, comportamento que contraria a gramática normativa da língua portuguesa. II. O poema de Oswald de Andrade apresenta uma temática tipicamente modernista. Os modernistas da fase heroica defendiam a língua falada pelo povo brasileiro, considerando suas variações e registros. III. O poema realiza na prática o que o trecho do manifesto modernista propõe na teoria, ou seja, a incorporação de coloquialismos brasileiros na escrita poética nacional. IV. Oswald, assim como os demais modernistas, defendiam o uso de um vocabulário formal e livre de intervenções da oralidade. a) I e IV estão corretas. b) II e III estão corretas. c) I, III e IV estão corretas. d) Todas estão corretas. Sobre o poema de Oswald de Andrade, estão corretas: I. O escritor faz uma críticadirigida àqueles que cometem desvios linguísticos na oralidade, comportamento que contraria a gramática normativa da língua portuguesa. II. O poema de Oswald de Andrade apresenta uma temática tipicamente modernista. Os modernistas da fase heroica defendiam a língua falada pelo povo brasileiro, considerando suas variações e registros. III. O poema realiza na prática o que o trecho do manifesto modernista propõe na teoria, ou seja, a incorporação de coloquialismos brasileiros na escrita poética nacional. IV. Oswald, assim como os demais modernistas, defendiam o uso de um vocabulário formal e livre de intervenções da oralidade. a) I e IV estão corretas. b) II e III estão corretas. c) I, III e IV estão corretas. d) Todas estão corretas. Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma-padrão da língua portuguesa é rigorosamente obedecida por meio a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”. b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro para parar de escrevê-lo!”. c) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor. d) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho.
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