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Aula 06 - Impedimento e Suspeição do Perito

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Perícia contábil
6º Aula
Impedimento e suspeição do perito
Olá! Nesta aula, iremos abordar o tema impedimento 
e suspeição na perícia, pois os futuros peritos precisam 
saber se estão preparados para executar os trabalhos com 
independência e transparência.
Fiquem atentos: Se ao final desta aula vocês 
tiverem dúvidas, tentem saná-las através das ferramentas 
“Fórum” ou “Quadro de Avisos” e “Chat”.
Comecemos, então, analisando os objetivos e 
verificando as seções que serão desenvolvidas ao longo 
desta aula.
Bom trabalho!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta unidade, vocês serão capazes de:
• identificar os tipos de impedimentos (legal e técnico);
• entender como acontece a escusa do perito;
• compreender a importância da responsabilidade do perito.
27
1 - Impedimento
2 - Escusa
3 - Responsabilidade
Seções de estudo
Haverá impedimento sempre quando o profi ssional for parte direta ou 
indiretamente interessada no processo.
Até aqui estamos tranquilos, não é mesmo??? Ok, então vamos iniciar 
nossos estudos sobre o tema: Escusa do perito!
Vejamos...
Conceito
Assim, o artigo 144 do Código de Processo Civil traz que:
“É defeso ao perito (impedimento) exercer as suas funções no processo 
contencioso ou voluntário nos seguintes casos”:
1 - Impedimento
O perito pode recusar sua indicação por vários motivos, 
dentre eles encontram-se os de:
1 – estado de saúde;
2 – impedimentos éticos;
3 – indisponibilidade de tempo etc.
As situações que impossibilitam o perito de exercer, 
regularmente, suas funções ou realizar atividade pericial em 
processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral são fáticas 
ou circunstanciais. Os itens previstos nesta “Norma” explicitam 
os conflitos de interesse motivadores dos impedimentos e das 
suspeições a que está sujeito o perito nos termos da legislação 
vigente e do Código de Ética Profissional do Contabilista.
 Conforme determina o artigo 144, do Código de 
Processo Civil, aplicam-se também os motivos de impedimento 
e de suspeição à atuação do perito.
I – em que interveio como mandatário da parte, oficiou 
como perito, funcionou como membro do Ministério Público 
ou prestou depoimento como testemunha;
II – de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo 
proferido decisão;
III – quando nele estiver postulando, como defensor 
público, advogado ou membro do Ministério Público, seu 
cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
IV – quando for parte no processo ele próprio, seu 
cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V – quando for sócio ou membro de direção ou de 
administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI – quando for herdeiro presuntivo, donatário ou 
empregador de qualquer das partes;
VII – em que figure como parte instituição de ensino com 
a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de 
prestação de serviços;
VIII – em que figure como parte cliente do escritório de 
advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, 
mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório;
IX – quando promover ação contra a parte ou seu 
advogado.
1.1 Impedimento e Suspeição 
Segundo a NBC TP 01 - Impedimento e suspeição são 
situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito 
de exercer, regularmente, suas funções ou realizar atividade 
pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. 
Os itens previstos nessa Norma explicitam os conflitos de 
interesse motivadores dos impedimentos e das suspeições a 
que está sujeito o perito nos termos da legislação vigente e do 
Código de Ética Profissional do Contador.
Para que o perito possa exercer suas atividades com 
isenção, é fator determinante que ele se declare impedido, 
após nomeado ou indicado, quando ocorrerem as situações 
previstas nesta Norma, nos itens abaixo.
Quando nomeado, o perito do juízo deve dirigir 
petição, no prazo legal, justificando a escusa ou o motivo do 
impedimento ou da suspeição.
Quando indicado pela parte e não aceitando o encargo, o 
perito-assistente deve comunicar a ela sua recusa, devidamente 
justificada por escrito, com cópia ao juízo.
1.2 Suspeição e impedimento legal
O perito do juízo deve se declarar impedido quando 
não puder exercer suas atividades, observados os termos do 
Código de Processo Civil.
O perito-assistente deve declarar-se suspeito quando, 
após contratado, verificar a ocorrência de situações que 
venham suscitar suspeição em função da sua imparcialidade 
ou independência e, dessa maneira, comprometer o resultado 
do seu trabalho.
O perito do juízo ou assistente deve declarar-se suspeito 
quando, após nomeado ou contratado, verificar a ocorrência 
de situações que venham suscitar suspeição em função da 
sua imparcialidade ou independência e, dessa maneira, 
comprometer o resultado do seu trabalho em relação à 
decisão.
Os casos de suspeição a que está sujeito o perito do juízo 
são os seguintes:
(a) ser amigo íntimo de qualquer das partes;
(b) ser inimigo capital de qualquer das partes;
(c) ser devedor ou credor em mora de qualquer das 
partes, dos seus cônjuges, de parentes destes em linha reta ou 
em linha colateral até o terceiro grau ou entidades das quais 
esses façam parte de seu quadro societário ou de direção;
(d) ser herdeiro presuntivo ou donatário de alguma das 
partes ou dos seus cônjuges;
(e) ser parceiro, empregador ou empregado de alguma 
das partes;
(f) aconselhar, de alguma forma, parte envolvida no 
litígio acerca do objeto da discussão; e
(g) houver qualquer interesse no julgamento da causa 
em favor de alguma das partes.
O perito pode ainda declarar-se suspeito por motivo 
íntimo.
Perícia contábil 28
Conceito
Art. 473 § 3º - para o desempenho das suas 
funções, podem o perito e os assistentes técnicos 
utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo 
testemunhas, obtendo informações, solicitando 
documentos que estejam em poder da parte ou 
em repartições públicas, bem como instruir o 
laudo com plantas, desenhos, fotografi as e outras 
quaisquer peças.
Um perito pode escusar-se a aceitar a perícia para qual foi nomeado 
ou indicado, mas deve fazê-lo dentro de cinco dias a partir da data que 
foi notifi cado de sua designação.
2 - Escusa do perito
3 - Responsabilidades
O perito-contador, nomeado ou escolhido, deve 
declarar-se suspeito quando, depois de nomeado, contratado 
ou escolhido verificar a ocorrência de situações a que venha 
suscitar suspeição em função da sua imparcialidade ou 
independência e, dessa maneira, comprometer o resultado do 
seu trabalho em relação à decisão.
Segundo o CPC no art. 145, os casos de suspeição aos 
quais estão sujeitos o perito-contador são os seguintes:
I – amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou 
de seus advogados;
II – que receber presentes de pessoas que tiverem 
interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que 
aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou 
que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III – quando qualquer das partes for sua credora ou 
devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes 
destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive;
IV – interessado no julgamento do processo em favor de 
qualquer das partes.
§ 1º Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de 
foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
§ 2º Será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I – houver sido provocada por quem a alega;
II – a parte que a alega houver praticado ato que 
signifique manifesta aceitação do arguido.
De acordo com o dispositivo do artigo 146, parágrafo 
único do Código de Processo Civil, o perito pode escusar-se, 
dentro do prazo de quinze dias, contados a partir da intimação 
efetuada pelo juiz ou do impedimento superveniente do 
encargo, alegando motivolegítimo, sob pena de se reputar 
renunciando o direito a alegá-lo. 
Escusar é recusar, ou seja, o perito pode recusar o 
encargo que lhe foi atribuído pelo juiz, alegando motivo 
legítimo. Motivo legítimo para que o perito possa recusar o 
encargo que lhe foi atribuído pelo juiz é aquele que, dentro 
do razoável, justifica a recusa. Dentro dessa razoabilidade 
encontramos vários fatores a considerar, tais como fatores 
profissionais e pessoais.
Constituem motivos legítimos para a escusa, entre outros: 
• a ocorrência de força maior; 
• tratar-se de perícia relativa a matéria sobre a qual se 
considere inabilitado para apreciá-la, seja por falta de um 
melhor domínio sobre o assunto controverso, ou ainda, se o 
assunto não tiver pertinência com sua especialidade; 
• versar a perícia sobre questão a que não possa responder 
sem grave dano a si próprio, bem como ao seu cônjuge e aos 
parentes consanguíneos ou afins, em linha reta, ou na colateral 
em segundo grau; 
• versar a perícia sobre assunto em que interveio como 
interessado; 
• estar ocupado com outra perícia, no mesmo lapso de 
tempo, e em condições de não poder aceitar aquela para a qual 
venha a ser nomeado ou indicado.
Ressalta-se, portanto, que o perito tem o dever de 
cumprir o ofício para o qual fora nomeado, todavia, conforme 
explicitado acima, poderá escusar-se alegando motivo legítimo, 
no prazo de cinco dias, que será apreciado pelo magistrado e 
caso o acate nomeará outro profissional em substituição.
3.1 Responsabilidade do Perito
O artigo 158 do Código de Processo Civil diz o 
seguinte: “perito que, por dolo ou culpa, prestar informações 
inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e 
ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 
2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais 
sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato 
ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que 
entender cabíveis”.
Já o artigo 468 inciso II do mesmo diploma legal em seu 
parágrafo único, diz: “No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará 
a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, 
impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o 
possível prejuízo decorrente do atraso no processo”.
Portanto, é de se notar que a responsabilidade do perito 
se dá nas esferas civis, penais, administrativas e processuais. 
Na esfera civil, o perito responderá pelos prejuízos que causar 
à parte. Na esfera penal, incorrerá na sanção que a lei penal 
estabelecer. Na esfera administrativa, será comunicada a 
ocorrência à corporação profissional, ficará inabilitado, por 
dois anos, a funcionar em outras perícias e ainda pagará multa 
imposta pelo juiz.
3.2 Responsabilidade do Perito na 
Esfera Civil e Penal
A legislação civil determina responsabilidades e 
penalidades para o profissional que exerce a função de perito, 
as quais consistem em multa, indenização e inabilitação.
A legislação penal estabelece penas de multa e reclusão 
para os profissionais que exercem a atividade pericial que 
vierem a descumprir as normas legais.
3.3 Poderes do perito
Após aceitar o encargo, o perito deve dar início aos 
trabalhos, devendo, para isso, inteirar-se dos autos do processo 
e, caso haja necessidade, poderá solicitar documentos e 
informações que estejam em poder das partes ou repartição 
pública, conforme dispõe o art. 473 do Código de Processo 
Civil, Verbis: 
29
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esta 
aula, vamos recordar os assuntos aqui contemplados!
1 - Impedimento
Segundo a NBC TP 01 - Impedimento e suspeição são 
situações fáticas ou circunstanciais que impossibilitam o perito 
de exercer, regularmente, suas funções ou realizar atividade 
pericial em processo judicial ou extrajudicial, inclusive arbitral. 
Os itens previstos nessa Norma explicitam os conflitos de 
interesse motivadores dos impedimentos e das suspeições a 
que está sujeito o perito nos termos da legislação vigente e do 
Código de Ética Profissional do Contador.
2 - Escusa 
O perito-contador, nomeado ou escolhido, deve declarar-
se suspeito quando, depois de nomeado, contratado ou 
escolhido verificar a ocorrência de situações a que venha suscitar 
suspeição em função da sua imparcialidade ou independência 
e, dessa maneira, comprometer o resultado do seu trabalho em 
relação à decisão.
3 - Responsabilidade
O artigo 158 do Código de Processo Civil diz o seguinte: 
“perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas 
responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado 
para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) 
anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, 
devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe 
para adoção das medidas que entender cabíveis”.
SÁ, Antônio Lopes de. Perícia Contábil. 7ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2007.
Norma brasileira de contabilidade – NBC PP 01, de 27 de 
fevereiro de 2015.
Norma brasileira de contabilidade – NBC TP 01, de 27 de 
fevereiro de 2015.
Vale a pena
Vale a pena ler
http://www.cfc.org.br
http://www.peritoscontabeis.com.br/
Vale a pena assistir
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