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Ética e Responsabilidade Social

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Nome: Marcio Yoshio Masukawa
Curso: MBA em Gestão Pública
Disciplina: Ética e Responsabilidade Social e Profissional
Tema: Ética e Responsabilidade Social
Resumo
A ética e a responsabilidade social estão cada vez mais ganhando importância nas organizações e na sociedade, e determinando que todos os profissionais tenham comportamentos éticos em suas funções.
A ética é a disciplina ou área do conhecimento que trata da avaliação do comportamento de pessoas e organizações. A Ética lida com o que pode ser diferente, da aprovação ou reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento considerado ideal. E este comportamento é definido por meio de um código de conduta ou código de ética (Maximiano, 2004).
Para Nadas (2008), ética é o ato de pôr em prática os valores morais e usado para tomar decisões, sendo uma espécie de teoria sobre a prática moral. Um sistema calculado ou codificado para a tomada de decisões, traduzir a moral em ações.
Valls (1994) relata que todas as pessoas sabem o que é ética, mas dificilmente conseguem explicá-la ou defini-la, podendo ser entendida como o estudo das ações e costumes do indivíduo, ou a realização de um determinado comportamento. A ética está diretamente ligada aos costumes, sendo que estes mudam como o que ontem era considerado errado, hoje é certo. Assim a ética é um comportamento que se adequa aos costumes vigentes, aceitos e respeitados pela sociedade, ou seja, se os costumes mudarem, o comportamento ético muda.
Segundo Queiroz et al (2005), a ética é uma característica intrínseca a toda ação humana e, por isso, é um elemento essencial na produção da realidade social. Todo ser humano tem um senso ético, uma espécie de “consciência moral”, estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Com base na definição do dicionário de Aurélio, Ferreira (2005) conceitua moral como conjunto de regras de procedimentos consideradas como corretas, quer de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. Já para Nadas (2008) a moral é uma classificação de valores para os indivíduos, de coisas importantes, ideias, o sentido que se dá para a vida, distinção entre positivo e negativo, e bem e o mal que são importantes para a busca da felicidade dessas pessoas e fundamental para a vida em sociedade.
Existem dois tipos de ética: a ética empresarial que pode ser compreendida como um valor da empresa que garante sua sobrevivência, sua reputação e, consequentemente, bons resultados, é a relação das empresas públicas, privadas ou mistas , com todos os demais segmentos que estão no seu campo de atuação: colaboradores, clientes, público, concorrentes, comunidade, entre outros. E a ética social que é praticado internamente, angariando e formando profissionais e executivos que compartilham desta filosofia, privilegiando a diversidade e o pluralismo, relacionando de maneira democrática com os diversos públicos, adotando o consumo responsável, respeitando as diferenças, cultivando a liberdade de expressão e a lisura nas relações comerciais.
Para Machado Filho (2002), os conflitos existentes na organização podem ser divididos em dois tipos: os problemas éticos e os dilemas éticos. O problema ético é definido como sendo aquilo que o indivíduo não quer fazer, mesmo que julgue ser o correto, e o dilema ético ocorre quando qualquer decisão que o indivíduo tomar acabará violando princípios éticos importantes.
Segundo Rico (2004), responsabilidade social é a forma como a organização se relaciona com o público ao seu redor, sendo ética e transparente, colocando em prática ações sustentáveis em suas metas. Nas últimas duas décadas, o interesse das empresas de investir em projetos sociais e de responsabilidade social vem aumentando, fazendo com que todos os envolvidos que são diretamente afetados, ou não, como clientes, fornecedores, consumidores, funcionários e sociedade, façam parte desta mudança. Assim a empresa consegue contribuir e promover a igualdade social para a sociedade.
A responsabilidade social segundo Bom Júnior (2003) é uma obrigação de gestão da empresa para atuar de forma que contemple seus interesses e bem-estar também de seu público externo (sociedade/consumidor). Para Maximiano (2004), a responsabilidade social das organizações e o comportamento ético dos administradores são as disposições mais importantes que influenciam a teoria e a prática da administração.
A diferença sobre a ética e a responsabilidade social é muito antigo e aumentou devido a problemas como poluição, corrupção, desemprego e proteção dos consumidores, entre muitos outros que envolvem as organizações, públicas ou privadas. Esta discussão sobre a ética na administração tem sua origem na imagem das organizações em relação as responsabilidades sociais. 
Existem 6 diretrizes da responsabilidade social: 1ª) Adoção de valores éticos e informa-los ao seus clientes via documentação formal, e transparência no trabalho; 2ª) Valorização de seus empregados e colaboradores, cumprindo as leis trabalhistas; 3ª) Preocupação com o meio ambiente e uma empresa sustentável; 4ª) Proteção dos clientes e consumidores, garantindo a qualidade do seu serviço/produto; 5ª) Cuidar da comunidade da região onde o órgão ou empresa está instalada; 6ª) Comprometimento ao bem comum da empresa e desenvolvimento da região.
Muitas empresas já adotaram esse novo modelo, adicionando valores éticos ao marketing, obtendo resultados positivos com marcas mais valorizadas. Consumidores preferem pagar um pouco mais pelo produto, e em troca receberem o valor agregado. E desta forma tendo maior possiblidade de durabilidade no mercado e contratar e manter profissionais com maior facilidade.
No contexto da responsabilidade social, a ética trata das relações entre pessoas, cada um deve tratar os outros como gostaria de ser tratado, e ele vale também para as organizações. Ética, portanto, é uma questão de qualidade das relações humanas e indicador do estágio de desenvolvimento social. Maximiano (2004), comenta que não existe discussão que as organizações e os indivíduos, pois ambos têm responsabilidades sociais, à medida que seu comportamento afeta outras pessoas e, querendo elas ou não, há pessoas e grupos dispostos a cobrar essas responsabilidades por meio do ativismo político, da imprensa, da legislação e da atuação nos parlamentos.
Ferreira et al. (2004) argumenta que hoje em dia no Brasil tem se discutido muito a sobre responsabilidade social, que é um tema ainda desconhecido para muitos empresários, e muito mais que pagar impostos em dia e fazer algum tipo de doação. O autor afirma que a responsabilidade social também é uma ferramenta estratégica e um meio de passar à frente dos concorrentes, além de atrair novos investidores, e ao mesmo tempo, o mercado tem sofrido constantes transformações e os clientes têm se tornado cada vez mais exigentes, não bastando apenas oferecer um produto de qualidade. Embora isso seja necessário, os consumidores esperam que as empresas devolvam para a sociedade uma parcela do que lucraram, contribuindo para o seu desenvolvimento.
Até pouco tempo, os empresários se preocupavam apenas com assuntos e atividades que lhes rendessem lucros e com seu próprio bem-estar, hoje pode-se verificar certa mudança nesse perfil. Assumindo um modelo ético, social e ambiental, em virtude das questões sociais e ecológicas encaradas pela população e pelo planeta. A preocupação com os problemas que o mundo enfrenta, como a fome, a deficiência na educação, a falta de moradia, a violência e o desemprego, aumentou de forma relevante, levando as empresas a assumirem uma postura de empresa solidária, em conjunto com seus colaboradores, todos unidos em busca de um único objetivo: melhorar a qualidade de vida no planeta.
Ainda existe muito a ser feito para o desenvolvimento desses valores nas instituições, tanto públicas quanto privadas, no mínimo podemos prever que apenas as que tenham níveis de excelência na relação externa (consumidor-cidadãoe ecossistema) e interna (empregador X empregado e administração pública X funcionários públicos), poderão contar com espaço para crescer e desenvolver-se no mundo globalizado em que vivemos. Ou seja, serão indispensáveis apenas as instituições socialmente responsáveis interna e externamente para manter uma boa imagem diante do público.
Ao praticar políticas éticas e consolidar esta política a seus funcionários, o órgão ou a empresa, além de passar confiança aos seus funcionários, que também são responsáveis pelo sucesso da empresa, melhora a sua imagem diante do mercado, fornecedores e consumidores, ou seja, os pilares para que uma empresa alcance o verdadeiro sucesso. Estas políticas éticas levam ao gestor/empreendedor melhorar o marketing da organização aumentando a visibilidade, principalmente em relação a sua fonte de renda e sucesso, os consumidores, através do exercício da ética com práticas sociais em benefício da comunidade, dos membros da corporação, do governo e do meio-ambiente seguindo principalmente nas seis diretrizes da Responsabilidade Social.

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