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004 O Profissional Psicanalista I, II e III

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ITG – INSTITUTO TEOLÓGICO GAMALIEL
DEPARTAMENTO ACADÊMICO
CURSO DE PSICANÁLISE
O Profissional Psicanalista I, II e III
Muitas são as dúvidas e de certa forma preconceitos sobre o que se faz um psicanalista, mas temos que entender que há uma estrutura do ato analítico e ao contrário disso a psicanálise é algo que se faz cada vez mais necessária por conta da exclusão do sujeito
A psicanálise não é apenas um posicionamento assegurado por um outro, porém uma função, não se sabe o que é a psicanálise e o que ela pode oferecer ao sujeito até quando ele se coloca diante de um profissional psicanalista e aí sim entendendo a abrangência da psicanálise e os benefícios que ela pode e vai causar na vida do sujeito
Algo muito importante que devemos abordar, seria a transferência na clínica lacaniana podemos abordar circunstâncias relativas, a direção da cura a partir das percepções e perspectivas propostas aos analistas por Lacan.
Podemos entender que há fragmentos clínicos para examinar questões cruciais que imbuí os psicanalistas no cenário contemporâneo como por exemplo o manejo do tempo na análise, o dinheiro, a indecência da transferência e propriamente dito o ato analítico.
Podemos observar de forma muito clara em uma questão que Freud aborda o tema da transferência e os seus aspectos apresentados e problematizados, como por exemplo as articulações que se constroem entre o paciente e o analista e a outra que seria a produção cujo essa é produzida como e feito por meio dessa articulação estabelecida na transferência.
Uma pergunta que nos faz refletir de forma profunda é o que seria a transferência e Freud frieza constantemente a sua múltipla em suas faces e a condição sine qua non do tratamento psicanalítico, de uma forma mais simples para que possamos entender a transferência mostra-se ou apresenta-se como a mola propulsora da psicanálise, ou seja, não há psicanálise sem transferência, claro que deve se ter o cuidado e a interpretação de que a transferência não é algo imutável e sim se manifesta de modos bem diversos bem como em tempos distintos.
Algo muito comum que podemos observar no trabalho do psicanalista é que ele se sente desafiado, amedrontado e alarmado principalmente no início de suas atividades, mas ao longo passa a entender e aprender a encarar essas dificuldades e ao invés de ficar inseguro ele entende que a sua verdadeira dificuldade e o seu maior obstáculo é enfrentar a resistência do indivíduo na transferência.
Isso é algo que deve trazer a nós ao analistas um cuidado especial pois, não estamos prontos, ou ainda, temos a sensação de achar que é fácil manter o controle sobre o tratamento e isso nos causa uma falsa ilusão se o tratamento realmente chegou ao fim ou não.
Pois para o analista a transferência é algo muito profundo importante pois o que devemos entender é que não devemos ou desejamos ouvir apenas o que o paciente sabe dele ou de terceiros mas devemos entender que a nossa função também é fazê-lo dizer aquilo que ele não sabe.
E para isso temos que estar atentos aos movimentos e estratégias que promovem um manejo de transferência podemos entender que compete a nós de forma bem clara quando necessário ausentar-se, ou seja, o intervalo entre as sessões, o tempo de duração das sessões e também a função do corte interpretativo do analista.
Por isso os manejos na experiência analítica quanto a o tempo e o dinheiro são também fundamentais.
Devemos estar preparados aquela pergunta inoportuna, mais que quase inevitável que todo paciente tem como curiosidade que é a respeito da duração do seu tratamento, mas nós como analistas não podemos de forma exata e sincera responder este questionamento sem antes conhecer ou passar por um tratamento experimental de algumas semanas, pois ao final destas semanas desse tratamento experimental poderemos então avaliar com um pouco mais de clareza e entender a que passo caminha o tratamento, pois entendemos que é algo particular e muito individual que cada ser humano, cujo o cada um responde de uma forma o tratamento, então a duração do tratamento é quase uma pergunta irrespondível 
Se conseguimos interpretar e entender desta forma isso nos levará a verificar que todo final de sessão remete de uma forma a um final de análise, ou seja se compara ao corte que a sessão causa levando ao encontro do saber na contramão do pensamento e interromper a fala diferente de dar sentido faz sim interpretações tradutoras explicativas onde podemos despertar e abrir um caminho ao sujeito para fazê-lo deslizar em direção ao conhecimento, podendo fazer com que o sujeito volte mais de uma vez ao mesmo ponto, não de uma forma circular não saindo do lugar porém de uma forma espiral, de progresso continuo.
 Entendendo assim e respeitando todos os tempos, o instante de olhar, o tempo para compreender que não devemos de forma alguma levar de forma precipitada como nos mostra Lacan até mesmo o momento de concluir, um detalhe fundamental que o levará a pensar é um momento de concluir como um corte que levará a procura o fim de uma seção o passo em direção à conclusão que há de ser provocado e não precipitado, ou seja, o desdobramento de uma seção é uma questão de tempo e aqui não queremos falar de tempo cronológico literalmente, mas sim de um tempo em distintas épocas e percursos ou seja fatias de análises.
Entendendo que o desafio do profissional psicanalista é enorme e não deve ser de forma algum desmerecido ou por nossa parte ser levado de forma leviana pois esse período é fundamental na vida do nosso paciente.

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