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EQUILIBRIO ÁCIDO-BÁSICO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO

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UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO - UNIFAMA
Graduação em Farmácia
EQUILIBRIO ÁCIDO-BÁSICO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
GUARANTÃ DO NORTE
2020
Camila Ferreira Gama
EQUILIBRIO ÁCIDO-BÁSICO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO
Trabalho referente à disciplina de Bioquímica Clinica do 7° semestre do curso de Bacharel em Farmácia, da União das Faculdades de Mato Grosso - UNIFAMA, como requisito parcial para obtenção de nota, prof.° Priscila Dalmargro.
GUARANTÃ DO NORTE
2020
1. INTRODUÇÃO
O pH do líquido extracelular é uma das variáveis mais rigorosamente reguladas do organismo. Os limites vitais da variação do pH para mamíferos estão geralmente entre 7,0 e 7,8. A faixa normal de pH varia no sangue arterial entre 7,36 e 7,44, e o pH médio é de 7,4. Em condições normais, os ácidos ou bases são adicionados continuamente aos líquidos corporais, seja por ingestão ou como resultado de sua produção no metabolismo celular.
Na doença, condições tais como ventilação respiratória insuficiente, vômitos, diarréia ou insuficiência renal podem causar perda ou ganho incomuns de ácido ou base. Para combater esses distúrbios, o organismo utiliza três mecanismos principais: tamponamento químico, ajuste respiratório da concentração sangüínea de dióxido de carbono e excreção de íons hidrogênio e bicarbonato pelos rins.
3. EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO
Ácido: substância que, em solução, é capaz de doar um H+, base: substância que, em solução, é capaz de receber um H+.
Uma propriedade importante do sangue é o seu grau de acidez ou de alcalinidade. A acidez ou alcalinidade de qualquer solução, inclusive do sangue, é indicada pela escala de pH. A escala de pH varia entre 0 (fortemente ácido) e 14 (fortemente básico ou alcalino). O pH de 7,0, no centro desta escala, é o neutro. O sangue normalmente é levemente básico, com pH normal na faixa de 7,35 a 7,45. Normalmente, o corpo mantém o pH sanguíneo próximo de 7,40.
A acidez do sangue aumenta quando: o nível de compostos ácidos no corpo aumenta (por meio do aumento da ingestão ou produção, ou da diminuição da eliminação); o nível de compostos básicos (alcalinos) no corpo diminui (por meio da diminuição da ingestão ou produção, ou do aumento da eliminação).
A alcalinidade do sangue aumenta quando os níveis de ácido no corpo diminuem ou quando os níveis de base aumentam.
O pH do sangue é determinado pela relação entre o bicarbonato e o ácido carbônico. Existe um equilíbrio entre a pressão de CO2 gasoso no alvéolo, a pressão parcial de CO2 dissolvido no sangue (pCO2) e a concentração de ácido carbônico e o 
3.1 Controle do equilíbrio ácido-base
O equilíbrio do corpo entre acidez e alcalinidade é denominado equilíbrio ácido-base. O equilíbrio ácido-base do sangue é controlado com precisão, visto que até mesmo um pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos órgãos. O corpo utiliza mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio ácido-base do sangue. Esses mecanismos envolvem: pulmões; rins; sistemas de tampão;
Para manter o pH em limites compatíveis com os processos vitais, o organismo lança mão de uma série de mecanismos regulatórios que são: sistema tampão (instantâneo), componente respiratório (minutos) e componente renal (horas a dias).
Sistema tampão: o sistema tampão é constituído pelo bicarbonato (HCO), ossos, hemoglobina, proteínas plasmáticas e intracelulares. Estas substâncias são capazes de doar ou receber íons H minimizando alterações do pH e têm por objetivo deslocar a reação para maior produção de CO e água que podem ser eliminados pela respiração.
O sistema tampão ocorre instantaneamente à alteração ácido- básica constituindo, assim, a primeira linha de defesa para variações do pH.
Componente pulmonar: o controle pulmonar regula a concentração de CO sanguíneo através de sua eliminação ou retenção na acidose e alcalose, respectivamente. O controle respiratório é exercido por variações na concentração de íons H sobre o bulbo.
O componente pulmonar inicia-se minutos após a alteração ácido - básica, sendo o segundo componente na linha de defesa para variações do pH.
O sistema renal também atua na manutenção do equilíbrio ácido-base, sendo responsável pela reabsorção dos íons bicarbonato presentes na ultrafiltrado glomerular, associado à excreção de íons H+, além da excreção de ácido e de amônia (NH4+). Esses mecanismos estão inter-relacionados e envolvem três compartimentos: o sangue, a célula tubular renal e a luz tubular.
A reabsorção de bicarbonato envolve a formação de H+ e HCO3- a partir de CO2 e H2O nas células tubulares, pela ação da anidrase carbônica. O H+ é excretado na luz tubular, de forma passiva por gradiente eletroquímico e de forma ativa na troca pelo íon Na+ (sistema antiport), enquanto o bicarbonato segue para o espaço intersticial e para o sangue.
3.2 Tipos de alterações do equilíbrio ácido-base
A acidose e a alcalose são categorizadas de acordo com sua causa primária como: metabólicas; respiratório. A acidose metabólica e a alcalose metabólica são causadas por um desequilíbrio na produção de ácidos ou bases e na excreção renal.
A acidose respiratória e a alcalose respiratória são provocadas por alterações na exalação de dióxido de carbono devido a distúrbios pulmonares ou respiratórios. A pessoa pode apresentar mais de uma alteração do equilíbrio ácido-base.
Componente renal: Os rins controlam o equilíbrio ácido – básico ao excretarem urina ácida ou básica. Tal controle se dá através dos seguintes mecanismos: reabsorção de bicarbonato filtrado e regeneração do bicarbonato através da excreção de H ligada a tampões e na forma de amônio (NH).
Apesar de ser o terceiro componente na linha de defesa contra alterações do equilíbrio ácido - básico, levando horas a dias para agir, é o mais duradouro de todos os mecanismos regulatórios
3.3 Regulação do Equilíbrio Ácido - básico
Quando se adiciona ácido à água, mesmo em pequenas quantidades, o pH se altera rapidamente. O mesmo ocorre com a adição de bases. Pequenas quantidades de ácido ou de base podem produzir grandes alterações do pH da água.
Se adicionarmos ácido ou base ao plasma sanguíneo, veremos que há necessidade de uma quantidade apreciável de um ou de outro, até que se produzam alterações do pH. O balanço entre ácidos e bases no organismo é uma busca constante do equilíbrio; o plasma resiste às variações bruscas do pH. O plasma, portanto, dispõe de mecanismos de defesa contra as alterações do pH.
Os mecanismos de defesa do organismo contra as variações bruscas do pH, são químicos e fisiológicos, e agem em íntima relação. O plasma, portanto, dispõe de mecanismos de defesa contra as alterações do pH. Os mecanismos de defesa do organismo contra as variações bruscas do pH, são químicos e fisiológicos, e agem em íntima relação. O mecanismo de defesa de natureza respiratória é o mais imediato, para corrigir alterações agudas, como as que ocorrem durante a circulação extracorpórea. 
O principal produto do metabolismo é o dióxido de carbono (CO2), que é a fonte de ácido carbônico (H2CO3), por reação química com a água (H2O). Os pulmões eliminam o dióxido de carbono, reduzindo o teor de ácidos no sangue e demais compartimentos líquidos do organismo. Os mecanismos renais são mais lentos e tardios; seus efeitos não são apreciáveis naquelas alterações. A principal função dos rins no balanço ácido-base é promover a poupança ou a eliminação de bicarbonato, conforme as necessidades do organismo.
3.4 Fisiologia ácido-base
A forma como o organismo regula a concentração dos íons hidrogênio (H+), é de fundamental importância, para a avaliação das alterações do equilíbrio entre os ácidos e as bases no interior das células (líquido intracelular), no meio líquido que as cerca (líquido intersticial) e no sangue (líquido intravascular).
A maioria dos ácidos vem de metabolismo de carboidratos e gorduras: o metabolismo de carboidratos e gorduras gera 15.000 a 20.000 mmol de dióxido de carbono (CO2) diariamente. O CO2 por não é ácido em si, mas diantede algum membro da família das enzimas anidrase carbônica, o CO2 liga-se à água (H2O) no sangue criando o ácido carbônico (H2CO3), que se dissocia em íons de hidrogênio (H+) e bicarbonato (HCO3−). O H+ liga-se à hemoglobina nos eritrócitos e é liberado na oxigenação nos alvéolos, momento em que reação anterior é revertida por outra forma de anidrase carbônica, criando água (H2O), que é secretada pelos rins, e CO2, que é exalado em cada respiração.
Quantidades menores de ácidos orgânicos derivam de: metabolismo incompleto de glicose e ácidos graxos em ácido lático e cetoácidos; metabolismo de aminoácidos contendo enxofre (cisteína e metionina) em ácido sulfúrico; metabolismo de aminoácidos catiônicos (arginina, lisina); hidrólise dos fosfatos alimentares. Essa carga de ácidos “fixa” ou “metabólica” não pode ser exalada e, portanto, precisa ser neutralizada ou excretada pelos rins.
A maioria das bases provém do metabolismo de aminoácidos aniônicos (glutamato e aspartato) e da oxidação e do consumo de ânions orgânicos como lactato e citrato, que produzem HCO3−.
REFERÊNCIA
Amaral, R.V.G. - Alterações do Equilíbrio ÁcidoBase em Circulação Extracorpórea. In Circulação Extracorpórea. Temas Básicos. São Paulo, 1985.
AIRES, Margarida M. Fisiologia. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2012.
ÉVORA, P.R. B; GARCIA L. V. Equilíbrio ácido-base. 2008. Disponível em: < http://revista.fmrp.usp.br/2008/VOL41N3/SIMP_6Equilibrio_acido_base.pdf> Acesso em: 27 de abril, 2020.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica.10ª ed. Rio de Janeiro (BR): Guanabara Koogan, 2002, cap. 30, p. 328-343.

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