Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Carboidratos Introdução • São doces • Hidrofílicos • Possuem diversas funções: – Energética – Reconhecimento Celular – Estrutural – Etc... • Carboidratos ou sacarídeos (do grego, sakcharon, açúcar) são as moléculas biológicas mais abundantes. • São quimicamente mais simples que os nucleotídeos ou aminoácidos, contendo apenas 3 elementos: carbono, hidrogênio e oxigênio. • As unidades básicas de um carboidrato é denominados monossacarídeos Fórmula dos Carboidratos Carboidratos (CH2O)n n>3 “Carboidratos são compostos aldeídicos ou cetônicos com múltiplos grupos hidroxilas” Produção de Carboidratos A produção de carboidratos durante a fotossíntese e a oxidação de carboidratos para produção de energia constitui o principal ciclo de energia na biosfera. Principais funções a) Reserva energética, como o amido e o glicogênio. b) Informação gênica, através dos ácidos nucleicos. c) Estrutural, como a celulose, presente em parede celular de plantas e bactérias, e a quitina, presente no exoesqueleto de invertebrados. A celulose é o composto orgânico mais abundante na biosfera. O uso industrial de celulose foi estimado em 800 milhões de toneladas por ano (dados de 1975). d) Reconhecimento celular e informação biológica, como nos casos dos carboidratos constituintes das glicoproteínas e dos proteoglicanos. Nomenclatura dos Carboidratos • Terminação em “ose” – Ex: Celulose, glicose, maltose, sacarose... • Carboidratos são poli-hidroxialdeídos ou poli- hidroxicetonas, ou substâncias que geral esses compostos quando hidrolisadas. • Monossacarídeos • Dissacarídeos • Oligossacarídeos • Polissacarídeos Monossacarídeos • Açúcares simples contruidos por uma única unidade de poli-hidroxialdeídos ou poli-hidroxicetonas. • Não podem ser quebrados em açúcares menores • Monossacarídeo mais abundante na natureza é o açúcar de 6 carbonos D-glicose, algumas vezes chamado de dextrose. • Monossacarídeos de 4 ou mais carbonos tendem a fazer estruturas cíclicas. Aldoses e cetoses contém funções aldeído e cetona, respectivamente Dissacarídeos • Duas unidades de monossacarídeos. • Um dissacarídeo típico é a cana-de-açúcar, sacarose. Constituídos pelos açúcares de 6 carbonos D-glicose e D-frutose. • Todos os monossacarídeos e dissacarídeos comuns tem nomes terminados em sufixo “ose” Dissacarídeos • Ex: – Sacarose glicose + frutose Cana-de-açúcar, Beterraba – Lactose glicose + galactose Leite – Maltose glicose + glicose Malte Oligossacarídeos • Oligo = “poucos" - usualmente 2 a 10 • Constituem em cadeias curtas de unidades de monossacarídeos, ou resíduos, unidas por ligações características chamadas de ligações glicosídicas. Polissacarídeos • São polímeros de açúcar que contêm mais de 20 unidades de monossacarídeos. • Alguns possuem centenas de milhares de unidades. • Alguns possuem cadeias lineares (celulose) e outros ramificados (glicogênio). Ambos são D- glicose, mas com diferentes tipos de ligação glicosídica. Ligação glicosídica Os açúcares se unem através da ligação glicosídica Quando um açúcar reage com a hidroxila de outro açúcar forma-se um dissacarídeo. Exemplos: Sacarose (glucose-(1-2)- frutose) Lactose (galactose-(1-4)- glucose) Maltose (glucose- (1-4)- glucose) Ligação Glicosídica Estereoquímica - definições • Estereoisômeros que são imagens especulares uma da outra são enantiômeros • Pares de isômeros que tem configurações opostas em um ou mais centros quirais, mas NÃO SÃO imagens especulares são diastereômeros. • Dois açúcares que diferem na configuração em um único centro quiral são epímeros Epímeros D-açúcares predominam na natureza L - isômero D - isômero Gliceraldeído Dihidroxicetona A glicose é um monossacarídeo. A glicose tem seis carbonos e portanto é chamada de hexose A glicose tem centros quirais nos carbonos 2,3,4 e 5. O centro quiral do carbono 5 determina a forma enantiomérica desta hexose: D-glicose ou L-glicose Hexoses podem conter um grupo aldeído (que fazem delas aldoses) ou um grupo cetona (que fazem delas cetoses). Um exemplo de cetose é a frutose Monossacarídeos (Revisão) • Aldoses e cetoses contém funções aldeído e cetona, respectivamente • Triose, tetrose, etc. denota o número de carbonos • Aldoses com 3C ou mais e cetoses com 4C ou mais são quirais • D e L- açúcares indicam a posição da hidroxila no centro quiral mais distante do grupo carbonila Monossacarídeos cíclicos e formas anoméricas • Formas cíclicas possuem carbonos anoméricos • Para os D-açúcares, alpha tem OH pra baixo, e beta pra cima • Para os L-açúcares, o inverso é verdadeiro Os açúcares ciclizam Dois tipos de isômeros são formados: e Os anômeros a e b de um açúcar são livres para se interconverter. Para isso, eles precisam primeiro se linearizar na forma aberta. Quase todas as hexoses estão na forma de anel, mas se a ou b predominam depende do açúcar. A mistura das formas a e b irá flutuar até que um balanço entre as duas formas seja atingido. Este processo é chamado de mutarotação Polissacarídeos Funções: estoque, estrutura, reconhecimento • Nomenclatura: homopolissacarídeo vs. heteropolissacarídeo • Amido e glicogênio são moléculas de estoque • Quitina e celulose são moléculas estruturais • Polissacarídeos ou oligossacarídeos da superfície celular são moléculas de reconhecimento Os polissacarídeos mais abundantes na natureza Celulose (-D-glucopiranose 14)n OH O CH2OH OH O n OH O CH2OH OH O n Amido e Glicogênio (-D-glucopiranose 14)n n NH CO CH3 O CH2OH OH O Quitina ( -D-N-acetil-glucosamina 14)n Polissacarídios • Estrutura Polissacarídeos de Estoque Grânulos de amido Grânulos de glicogênio Amido Um polissacarídeo de estoque de plantas Encontrado em cloroplastos, dentro de células vegetais Mesma localização onde plantas produzem açúcares por fotossíntese Grãos compactos estocam grande quantidade de energia em um pequeno espaço Duas formas: amilose e amilopectina Amidos são formados por 10-30% de amilose e 70-90% de amilopectina Ramificações na amilopectina a cada 12-30 resíduos Amilose tem ligações alfa (1,4) e uma extremidade redutora Glicogênio O dispositivo de estoque de glicose em animais • Glicogênio constitui mais de 10% da massa do fígado e 1-2% da massa muscular • Glicogênio é energia estocada para o organismo • Única diferença do amido: número de subunidades entre os pontos de ramificação • Ramificações alfa (1,6) a cada 8-12 resíduos Polissacarídeos Estruturais Polissacarideos Estruturais Composição similar aos polissacarídeos de estoque, mas pequenas diferenças influenciam enormemente suas propriedades Celulose é o polímero natural mais abundante na Terra. • Celulose é a principal força e suporte de árvores e plantas • Celulose pode também ser macia no algodão • Ocorre na parede celular de vegetais • Cadeias de celulose formam fitas estendidas, muitos polímeros lado a lado formam uma microfibrila • Ligações Beta (1,4) fazem toda a diferença! Fibras de Celulose • Como o amido e o glicogênio, a celulose é também um homopolímero de glicose. Só que no lugar de ligações do tipo a (1—4), a celulose é formada por ligações b (1 – 4 ). • Esta mudança aparentemente simples da ligação glicosídica tem enormes consequências estruturais. A ligação b (1 – 4) faz com que a estrutura seja planar, o que permite a formação de uma extensiva rede de pontes de hidrogênio entre polímeros adjacentes. Diversascadeias podem interagir para formar as fibras de celulose, que tem grande força tensil. Outros polissacarídeos estruturais • Quitina - exoesqueletos de crustáceos, insetos e aranhas, e a parede celular de fungos – similar a celulose, mas C-2s têm N-acetyl – Cadeias de celulose são paralelas, quitina pode ser paralela ou antiparalela Reconhecimento Celular Degradação da Celulose • O glicogênio e o amido ingerido na dieta são hidrolisados por α-amilase e glicosidases, enzimas presentes na saliva e no intestino que rompem as ligações glicosídicas (α1->4) entre unidades de glicose. • A maioria dos animais vertebrados não conseguem utilizar celulose como fonte de combustível, pois carecem da enzima que hidrolisa as ligações (β1->4). • Cupins digerem celulose, pois carregam no seu trato intestinal um microrganismo simbiótico, Trichonympha, que secreta celulase. • Animais ruminantes, tais como o gado, ovelhas e cabras, carregam no rúmen( O primeiro dos quatro compartimentos de seus estômagos) microrganismos simbióticos que conseguem hidrolisar a celulose. Intolerância a Lactose • Lactose – açúcar do leite, é hidrolisada pela enzima intestinal β-D-galactosidase ( ou lactase). • Galactose é enzimaticamente convertida em glicose, que é o principal combustível metabólico. • A maioria dos adultos possuem baixos níveis de β-D- galactosidase. • Consequentemente boa parte da lactose é fermentada por bactérias no cólon, produzindo grandes quantidade de CO2, H2 e agentes orgânicos irritantes. • Esses produtos causam dificuldade e as dores digestivas conhecidas como intolerância a lactose.
Compartilhar