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CursoEmergencista_completo

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Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 
www.fabricadecursos.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 
www.fabricadecursos.com.br 
 
Bem-vindo(a) ao curso 
 
Emergencista Pré-hospitalar 
 
Créditos 
 
Conteudistas 
 
Luiz Cláudio Barbosa Castro - Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Militar do 
Distrito Federal. Especialista em Atendimento Pré-Hospitalar e Gerência de Saúde, e 
possui vasta experiência em emergência médica. 
 
Osiel Rosa Eduardo - Major Combatente do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito 
Federal. Especialista em Administração Pública e possui vasta experiência em 
atendimento pré-hospitalar e gestão de riscos e desastres. 
 
Francisco das Chagas Pontes - Capitão do Quadro Administrativo do Corpo de 
Bombeiros Militar do Distrito Federal. Comandante da companhia de treinamento e 
qualificação de recursos humanos do batalhão de emergência do CBMDF e 
Especialista em atendimento pré-hospitalar. 
 
- 
 
Apresentação 
 
O trauma e as emergências clínicas são 
responsáveis anualmente por várias mortes e 
seqüelas irreparáveis aos acidentados. O custo 
das internações é muito alto para o Estado ou 
para a família dos pacientes. 
 
Estes fatos não podem ser desconsiderados e, 
não só o Governo, mas todos os cidadãos 
devem contribuir para melhorar este quadro, 
tanto em relação à prevenção de acidentes e 
doenças quanto no socorro aos acidentados. 
 
O curso Emergencista Pré-hospitalar tem como 
finalidade a preparação de profissionais no 
primeiro atendimento a acidentados, fora do 
ambiente hospitalar. 
 
A nobre missão de salvar requer conhecimentos técnicos específicos de primeiros 
socorros, portanto, o Emergencista é a pessoa mais valiosa no primeiro atendimento 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 
www.fabricadecursos.com.br 
 
fora do hospital, diminuindo as complicações que poderiam prolongar a recuperação 
ou resultar na incapacidade definitiva do paciente. 
 
Bom curso! 
 
- 
 
Módulo 1 - Aspectos fundamentais 
 
Este módulo tem como objetivo apresentar os principais 
aspectos relacionados ao Emergencista pré-hospitalar. 
 
 Para isso, foram relacionadas 4 aulas: 
 
• Atribuições e responsabilidades do Emergencista 
• Noções básicas de anatomia e fisiologia humana 
• Avaliação geral do paciente 
• Suporte básico de vida 
 
- 
 
Aula 1 - Atribuições e responsabilidades do Emergencista 
 
Os objetivos desta aula são: 
 
• Descrever as principais atribuições do Emergencista no local de uma 
ocorrência; 
• Mostrar as prioridades para manter seguro o local de uma emergência 
(ocorrência); 
• Conceituar Negligência, Imperícia e Imprudência; 
• Definir omissão de socorro; e 
• Apresentar os principais materiais utilizados no Atendimento Pré-hospitalar. 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 
www.fabricadecursos.com.br 
 
Antes de apresentar as principais atribuições do Emergencista, 
alguns conceitos importantes devem ser observados: 
 
Atendimento pré-hospitalar 
É considerado como nível pré-hospitalar móvel na área de urgência, o atendimento 
que procura chegar precocemente à vítima, após ter ocorrido um agravo à sua saúde 
(de natureza clínica, cirúrgica, traumática, inclusive as psiquiátricas), que possa levar 
ao sofrimento, a seqüelas ou mesmo à morte, sendo necessário, portanto, prestar-lhe 
atendimento e/ou transporte adequado a um serviço de saúde devidamente 
hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde. Podemos chamá-lo de 
atendimento pré-hospitalar móvel primário quando o pedido de socorro for oriundo 
de um cidadão ou de atendimento pré-hospitalar móvel secundário quando a 
solicitação partir de um serviço de saúde, no qual o paciente já tenha recebido o 
primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado, 
mas necessite ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a 
continuidade do tratamento. 
 
Primeiros socorros 
São os procedimentos prestados, inicialmente, àqueles que sofreram acidente ou 
doença, com a finalidade de evitar o agravamento do estado da vítima, até a chegada 
de ajuda especializada. 
 
Emergencista 
É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar 
problemas que comprometam a vida. Cabe ao emergencista prestar o adequado 
socorro pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. 
 
Omissão de socorro 
Segundo o Artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em “Deixar de 
prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada 
ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e iminente 
perigo; não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública”. 
 
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses ou multa. 
 
Diz ainda aquele artigo, “A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão 
corporal de natureza grave, e é triplicada, se resulta de morte”. 
 
Vale ressaltar que, o fato de chamar o socorro especializado, nos casos em que a 
pessoa não possui treinamento específico ou não se sente confiante para atuar, já 
descaracteriza a ocorrência de omissão de socorro. 
 
Ocorrência 
Evento causado pelo homem, de forma intencional ou acidental, por fenômenos 
naturais, ou patologias, que podem colocar em risco a integridade de pessoas ou bens 
e requer ação imediata de suporte básico de vida, a fim de proporcionar melhor 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
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qualidade de vida ou sobrevida aos pacientes, bem como evitar maiores danos à 
propriedade ou ao meio ambiente. 
 
- 
 
Atribuições e responsabilidades do Emergencista 
 
Para ser um Emergencista é preciso aprender a lidar com o público. 
Pessoas que estão doentes ou feridas não se encontram em condições normais. Você 
deve ser capaz de superar comportamentos grosseiros ou pedidos descabidos, 
supondo que estes pacientes estão agindo assim devido à doença ou ao ferimento 
presente. Lidar com as pessoas é uma das mais exigentes tarefas do Emergencista e, 
dependendo da situação, atuar de modo profissional pode ser muito difícil. 
 
O Emergencista deve ser honesto e autêntico. 
Quando estiver ajudando uma pessoa, você não deve dizer que ela está bem, se na 
verdade ela estiver doente ou ferida. Nem mesmo dizer que tudo está bem quando 
você percebeu que existe algo errado. Dizer para a pessoa não se preocupar é uma 
bobagem. Quando uma emergência acontece, certamente, existe algo com que se 
preocupar. 
 
No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado. 
Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários 
sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o 
paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no 
local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um 
Emergencista. 
 
 
 
Saiba mais sobre a ação do emergencista 
A comunicação com o paciente pode ser benéfica e contribuir para o seu relaxamento, 
desde que você seja honesto. Dizer ao paciente que você está treinado em primeiros 
socorros e que irá ajudá-lo, pode diminuir o medo e estabelecer vínculos de confiança. 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
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Avisar ao paciente que o Serviço de Emergência Médica (Corpo de Bombeiros Militar 
ou o SAMU) está a caminho pode ajudar a tranqüilizá-lo. 
 
É essencial ao Emergencista ter discernimento quanto aos limites do que pode ser 
comunicado ao paciente. Avisar que a criança do paciente está morta ou um ente 
querido está seriamenteferido não ajudará em nada. Quando a assistência de 
emergência é prestada, o Emergencista deve ter maior sensibilidade sobre o que dizer 
ao paciente. Nessas situações, como uma tentativa de acalmar o paciente, o 
Emergencista pode avisar que outras pessoas estão cuidando de seus entes queridos. 
É importante lembrar que um paciente vivendo o stress da doença ou de um trauma 
pode não tolerar uma pressão adicional. 
 
Atuar como Emergencista exige que você controle os seus próprios sentimentos no 
local da emergência. Você aprenderá a envolver-se com a assistência aos pacientes 
enquanto, ao mesmo tempo, controla as suas próprias reações emocionais ao 
enfrentar uma situação de doença ou ferimentos graves. Os pacientes não necessitam 
unicamente de simpatia ou lágrimas, mas exigem um atendimento profissional. 
 
Prestar assistência como Emergencista requer que você admita que o local do 
acidente ou os tipos de emergência podem afetá-lo. Você deve conversar com outros 
trabalhadores do serviço de emergência ou especialistas do Serviço de Emergência 
Médica, para lidar com os seus problemas emocionais e o stress ocasionados pelas 
situações de emergência. 
 
- 
 
No local da emergência, você deve ser um profissional altamente disciplinado. 
Observe a sua linguagem diante dos pacientes e do público. Não faça comentários 
sobre os pacientes ou sobre a gravidade do acidente. Concentre-se em auxiliar o 
paciente e evite distrações desnecessárias. Coisas simples como fumar um cigarro no 
local da emergência, mostra que você não é disciplinado e não pode ser um 
Emergencista. 
 
Você não precisa mudar o seu estilo de vida para ser um Emergencista. Entretanto, no 
momento em que você é requisitado para prestar assistência a uma pessoa, alguns 
aspectos relacionados à mudança de seu comportamento devem ser considerados. 
Sua atuação e aparência podem facilitar a obtenção da confiança do paciente. Tomar 
uma dose a menos de bebida alcoólica em uma festa, pode parecer pouco importante, 
porém, o significado desta pequena ação é muito importante, para que o 
Emergencista preste uma assistência adequada nas situações de emergência. 
 
Para ser um Emergencista, você deve manter-se em boas condições de saúde. Se você 
tem limitações físicas, como dificuldade em agachar ou de respirar, o seu treinamento 
terá pouca utilidade. 
 
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Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
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Atributos do Emergencista 
 
Os principais atributos inerentes à função do Emergencista, são: 
 
• Ter conhecimento técnico e capacidade para oferecer o atendimento 
necessário; 
• Aprender a controlar suas emoções, ser paciente com as ações anormais ou 
exageradas daqueles que estão sob situação de stress; 
• Ter capacidade de liderança para dar segurança e conforto ao paciente. 
 
- 
 
Responsabilidades do Emergencista 
 
As responsabilidades do Emergencista no local da ocorrência incluem o cumprimento 
das seguintes atividades: 
 
• Utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI´s); 
• Controlar o local do acidente de modo a proteger a si mesmo, sua equipe, o 
paciente, e prevenir outros acidentes; 
• Obter acesso seguro ao paciente e utilizar os equipamentos necessários para a 
situação; 
• Identificar os problemas utilizando-se das informações obtidas no local e pela 
avaliação do paciente; 
• Fazer o melhor possível para proporcionar uma assistência de acordo com seu 
treinamento; 
• Decidir quando a situação exige a mobilização ou mudança da posição ou local 
do paciente. O procedimento deve ser realizado com técnicas que evitem ou 
minimizem os riscos de lesões adicionais; 
• Solicitar, se necessário, auxílio de terceiros presentes no local da emergência e 
coordenar as atividades. 
 
- 
 
A responsabilidade profissional é uma obrigação atribuída a toda pessoa que exerce 
uma arte ou profissão, ou seja, a responder perante à justiça pelos atos prejudiciais 
resultantes de suas atividades inadequadas, portanto, o Emergencista poderá ser 
processado e responsabilizado se cometer os seguintes atos: 
 
IMPERÍCIA Ignorância, inabilidade, inexperiência 
 
Entende-se, no sentido jurídico, a falta de prática ou ausência de conhecimentos, que 
se mostram necessários para o exercício de uma profissão ou de uma arte qualquer. 
 
A imperícia, assim se revela na ignorância, como na inexperiência ou na inabilidade 
acerca de matéria, que deveria ser conhecida, para que se leve a bom termo ou se 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
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execute com eficiência o encargo ou serviço, que foi confiado a alguém. 
 
Evidencia-se, assim, no erro ou engano de execução de trabalho ou serviço, de cuja 
inabilidade se manifestou. Ou daquele que se diz apto para um serviço e não o faz 
com a habilidade necessária, porque lhe falecem os conhecimentos necessários. 
 
A imperícia conduz o agente à culpa, responsabilizando-o, civil e criminalmente, pelos 
danos que sejam calculados por seu erro ou falta. 
 
Exemplo: é imperito, o Emergencista que utilizar o reanimador manual, sem executar 
corretamente, por ausência de prática, as técnicas de abertura das vias aéreas, durante 
a reanimação. 
 
IMPRUDÊNCIA Falta de atenção, imprevidência, descuido 
 
Resulta da imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às conseqüências de seu 
ato ou ação, quando devia e podia prevê-las. 
 
Mostra-se falta involuntária, ocorrida na prática de ação, o que a distingue da 
negligência (omissão faltosa), que se evidencia, precisamente, na imprevisão ou 
imprevidência relativa à precaução que deverá ter na prática da mesma ação. 
 
Funda-se, pois, na desatenção culpável, em virtude da qual ocorreu um mal, que podia 
e deveria ser atendido ou previsto pelo imprudente. 
 
Em matéria penal, argüido também de culpado, é o imprudente responsabilizado pelo 
dano ocasionado à vítima, pesando sobre ele a imputação de um crime culposo. 
 
Exemplo: É imprudente o motorista que dirige um veículo de emergência excedendo 
o limite de velocidade permitido na via. 
 
NEGLIGÊNCIA Desprezar, desatender, não cuidar 
 
Exprime a desatenção, a falta de cuidado ou de precaução com que se executam 
certos atos, em virtude dos quais se manifestam resultados maus ou prejudicados, que 
não adviriam se mais atenciosamente ou com a devida precaução, aliás, ordenada pela 
prudência, fosse executada. A negligência, assim, evidencia-se pela falta decorrente de 
não se acompanhar o ato com a atenção que se deveria. 
 
Nesta razão, a negligência implica na omissão ou inobservância de dever que 
competia ao agente, objetivado nas precauções que lhe eram ordenadas ou 
aconselhadas pela prudência, e vistas como necessárias, para evitar males não 
queridos ou evitáveis. 
 
Exemplo: É negligente o Emergencista que deixa de utilizar Equipamento de Proteção 
Individual (EPI), em um atendimento no qual seu uso seja necessário. 
 
Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
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Em suas atividades, o Emergencista deve identificar: 
 
- 
 
Reconhecimento do local da ocorrência 
 
O reconhecimento da situação é realizado pelo Emergencista no momento em que 
chega ao local da emergência. O reconhecimento é necessário para que o mesmo 
possa avaliar a situação inicial, decidir o que fazer e como fazer. 
 
Para o correto reconhecimento do local da ocorrência, devem ser observados: 
 
Avaliação do local 
O Emergencista deverá avaliar o local da ocorrência, observando principalmente os 
seguintes aspectos: 
• A situação; 
• Potencial de risco; 
• As medidas a serem adotadas. 
 
Informes do Emergencista 
Após avaliar o local, o Emergencista deverá informar ao Corpo de Bombeiros Militar ou 
ao SAMU: 
• Local exato da ocorrência; 
• Tipo de ocorrência; 
• Riscos potenciais; 
• Número de vítimas e idade; 
• Gravidade das vítimas; 
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• Necessidades de recursos adicionais; 
• Nome e telefone do solicitante do socorro adicional. 
 
A ordem dos dados a serem informados é dinâmica, podendo ser alterada conforme a 
situação. 
 
O importante é reportá-los sempre e o mais breve possível, pois só assim o 
Emergencista terá o apoio necessário. 
 
Segurança do local 
Consiste na adoção dos cuidados por parte do Emergencista para a manutenção da 
segurança no local de uma ocorrência, priorizando: 
 
• Estacionamento adequado da viatura de emergência; 
• Sinalização e isolamento do local; 
• Gerenciamento dos riscos. 
 
Estacionamento 
 
 
 
Sinalização 
A colocação dos cones de sinalização deverá obedecer a seguinte proporção: 
 
1 metro para cada km/h da velocidade máxima permitida na via 
 
Exemplo: Se a velocidade máxima permitida na via for 40 Km/h, o primeiro cone de 
O Emergencista/motorista deverá 
estacionar a viatura de 
socorro/carro particular 15 
metros antes do local do 
acidente, utilizando-a como 
anteparo, a fim de proporcionar 
maior segurança à guarnição de 
serviço e às vítimas envolvidas, 
deixando assim, uma área 
denominada “zona de trabalho”. 
Nas situações em que já houver 
uma viatura fazendo tal proteção, 
a viatura de socorro deverá ser 
colocada 15 metros à frente do 
acidente, mantendo o espaço da 
zona de trabalho. 
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sinalização deverá ser posicionado 40 metros antes do local do acidente e os demais 
cones deverão ser distribuídos em direção ao local do acidente. 
 
 Após a sinalização, o Emergencista 
deverá se certificar que a sua visualização é ideal. Nos locais onde a visibilidade estiver 
dificultada em virtude de neblina ou em uma curva, esta distância poderá ser 
aumentada conforme a necessidade. 
 
- 
 
Equipamentos básicos utilizados no socorro pré-hospitalar 
 
No socorro pré-hospitalar, diversos 
equipamentos podem ser utilizados, de 
acordo com sua função: 
 
Equipamentos para avaliação do 
paciente 
 
• Lanterna pupilar; 
• Esfigmomanômetro; 
• Estetoscópio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipamentos de proteção individual 
 
• Luvas descartáveis; 
• Máscaras faciais; 
• Óculos de proteção; 
• Avental. 
 
 
 
 
 
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Equipamentos para reanimação cárdio-
pulmonar 
 
• Máscara de RCP de bolso; 
• Reanimadores manuais; 
• Cânulas orofaríngeas; 
• Aspiradores portáteis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Equipamentos para curativos 
 
• Ataduras de crepon; 
• Compressas de gaze; 
• Esparadrapo; 
• Bandagens triangular; 
• Solução fisiológica. 
 
 
 
 
 
 
 
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Equipamentos para imobilização 
 
• Colar cervical; 
• Talas de imobilização (rígidas, infláveis, de papelão etc); 
• Macas rígidas longas; 
• KED (Colete de imobilização dorsal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Equipamentos para extração veicular 
 
• Ferramenta para quebrar vidros; 
• Luvas de raspa de couro. 
 
Equipamentos diversos 
 
• Tesoura de ponta romba; 
• Kit obstétrico; 
• Carvão ativado; 
• Cobertor ou manta; 
• Bolsa de primeiros socorros. 
 
- 
 
Aula 2 - Noções básicas de anatomia e fisiologia humana 
 
Os objetivos desta aula são: 
 
• Identificar as partes do corpo de acordo com a terminologia topográfica; 
• Apresentar os aspectos importantes das camadas do tecido epitelial; 
• Descrever as características e funções do sistema esquelético; 
• Listar os principais órgãos que formam o sistema respiratório e suas funções; 
• Enumerar os componentes do sistema cardiovascular e suas funções; e 
• Listar os componentes do sistema nervoso e suas funções. 
 
- 
 
Anatomia e fisiologia humana 
 
Anatomia 
Ciência que estuda a estrutura e a forma dos seres organizados e a relação entre seus 
órgãos, bem como a disposição destes. 
 
Fisiologia 
Ciência que estuda as funções orgânicas e os processos vitais dos seres vivos. 
 
- 
 
 
 
 
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Posição Anatômica 
 
Posição Anatômica é a posição padronizada de 
descrição do organismo, empregando-se os termos 
de posição e direção. 
 
O corpo humano deverá estar em: 
 
• em posição ortostática; 
• com a face voltada para frente; 
• com o olhar dirigido para o horizonte; 
• com os membros superiores estendidos ao 
longo do tronco; 
• com as palmas voltadas para frente; 
• com os membros inferiores unidos. 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mecanismo da respiração – inspiração 
 
O corpo humano é dividido em: 
 
• Cabeça; 
• Pescoço; 
• Tronco; e 
• Membros. 
o Nos membros empregam-se termos 
especiais de posição: 
o Proximal: situado mais próximo à raiz do 
membro; 
o Médio: situado entre proximal e distal; e 
o Distal: situado mais distante da raiz do 
membro. 
 
Além desta divisão, para identificar as partes do 
corpo humano, são definidos: 
 
Planos Anatômicos 
 
Plano mediano 
direito e esquerdo 
 
Plano transversal 
superior e inferior 
 
Plano frontal 
anterior (ventral) e posterior (dorsal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quadrantes Abdominais (órgãos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QID 
Apêndice 
Parte do intestino 
delgado 
Parte do intestino grosso 
Parte do ovário (mulher) 
QSD 
Maior parte do fígado 
Vesícula biliar 
Parte do intestino 
delgado 
Parte do intestino grosso 
Parte do pâncreas 
Parte do estômago 
QSE 
Baço 
Maior parte do estômago 
Parte do intestino grosso 
Parte do intestino 
delgado 
Parte do pâncreas 
Parte do fígado 
QIE 
Parte do intestino grosso 
Parte do intestino 
delgado 
Parte do ovário (mulher)
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localização aproximada de lesões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesão A = Região posterior do tórax em nível de escápula esquerda. 
 
Lesão B = Membro inferior esquerdo, terço médio da coxa, região anterior. 
 
Lesão C = Membro superior esquerdo, terço distal do braço, região anterior. 
 
Lesão D = Membro superior esquerdo, terço médio do antebraço, região anterior. 
 
Lesão E = Membro superior esquerdo, terço médio da palma da mão. 
 
Lesão F = Membro superior esquerdo, terço médio do dedo indicador, região anterior. 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
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O corpo humano e seus sistemas 
 
O funcionamento do corpo humano pode ser melhor entendido quando são 
estudados os seguintes sistemas: 
 
Sistema Tegumentar 
 
Sistema Esquelético 
 
Sistema Respiratório 
 
Sistema Cardiovascular 
 
Sistema Nervoso 
 
- 
 
Sistema Tegumentar 
Sistema que inclui a pele e seus anexos, proporcionando ao corpo um revestimento 
protetor que contém terminações nervosas sensitivas e participa da temperatura 
corporal, além de cumprir outras funções. 
 
Pele 
Maior órgão do corpo humano. No adulto sua área total atinge aproximadamente 
2m2, apresentando espessura variável (1 a 4 mm) conforme a região. 
 
A distensibilidade é outra característica da pele que também varia deregião para 
região. 
 
- 
 
A pele 
A pele tem como funções: 
 
• Proteção; 
• Regulação da temperatura; 
• Excreção; e 
• Produção de vitamina D. 
 
A pele é dividida em camadas: 
 
• Epiderme: camada mais superficial da pele; 
• Derme: camada subjacente à epiderme, tendo sob ela a tela subcutânea. 
 
- 
 
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A pele 
 
Glândulas da pele 
A pele contém numerosas glândulas sudoríparas e sebáceas. As primeiras localizam-se 
na derme ou tela subcutânea, com importante função na regulação da temperatura 
corporal, porque sua excreção, o suor, absorve calor por evaporação da água. As 
glândulas sudoríparas são especialmente abundantes na palma das mãos e planta dos 
pés. Em certas regiões, como a axila e a dos órgãos genitais externos, existem 
glândulas muito semelhantes às sudoríparas, cuja secreção, entretanto, produz odor 
característico. 
 
Coloração da pele 
A cor da pele depende da quantidade de pigmentos, da vascularização e da espessura 
dos estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos, a melanina é o mais 
importante e sua quantidade na pele varia com a raça. 
 
- 
 
Sistema Esquelético 
 
É um conjunto de ossos e cartilagens que se unem através de articulações, para formar 
o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, sendo composto de 206 ossos. 
 
As funções do sistema esquelético são: 
 
• Proteção dos órgãos e tecidos; 
• Sustentação e conformação do corpo; 
• Armazenamento de minerais essenciais; 
• Inserção de músculos; 
• Permitir a realização de movimentos; 
• Conferir rigidez e resistência ao corpo; e 
• Produção de certas células sangüíneas. 
 
- 
 
 
Ossos Tecido conjuntivo mineralizado vivo, altamente vascularizado, e em constante 
transformação. 
 
Classificação quanto à forma 
 
Ossos Longos: o comprimento predomina sobre a largura e a espessura. 
fêmur, rádio, ulna, tíbia, falanges 
 
Ossos Curtos: as três dimensões equivalem-se. 
tarso e carpo 
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Ossos Laminares: o comprimento e largura equivalem-se, predominando sobre a 
espessura. 
escápula, ossos do crânio e ossos do quadril 
 
Ossos Irregulares: apresentam uma morfologia complexa, onde não há 
correspondência nas formas geométricas. 
temporal, vértebras 
 
Ossos pneumáticos: apresentam uma ou mais cavidades de volume variado, 
revestido de mucosa e contendo ar. 
frontal, temporal, maxilar 
 
- 
 
Divisão anatômica do esqueleto 
 
O esqueleto subdivide-se em duas partes: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A união dos esqueletos axial e apendicular ocorre através das cinturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Divisão anatômica do esqueleto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crânio 
 
O crânio possui duas divisões principais: 
 
Caixa encefálica (crânio propriamente dito): composto por 08 ossos largos e 
irregulares que se fundem formando a cobertura que protege o encéfalo. 
 
Face: composta por 14 ossos que se fundem para dar sua forma. 
 
 
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Coluna vertebral 
 
Estrutura óssea central, composta de 33 
vértebras, dividida em cinco regiões: 
 
Coluna cervical (pescoço): composta de 07 
vértebras; 
Coluna torácica (parte superior do dorso): 
composta de 12 vértebras; 
Coluna lombar (parte inferior do dorso): 
composta de 05 vértebras; 
Coluna sacral (parte da pelve): composta 
de 05 vértebras; 
Coluna coccígea (cóccix ou cauda): 
composta de 04 vértebras. 
 
Articulações 
Conexão entre dois ou mais ossos 
adjacentes, que de acordo com a 
conformação e o aspecto estrutural são 
agrupadas em três tipos principais: 
 
Articulações fibrosas: São aquelas em que 
o tecido que interpõe as peças ósseas é 
fibroso, impossibilitando o seu movimento; 
 
Articulações cartilaginosas: São aquelas em 
que o tecido que interpõe as peças ósseas 
é formado por fibrocartilagem ou cartilagem hialina, possibilitando movimentos 
limitados; 
 
Articulações sinoviais: São aquelas em que o elemento que interpõe as peças ósseas é 
o líquido sinovial, possibilitando movimentos amplos. 
 
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Sistema Respiratório 
 
É o conjunto de órgãos que permite a captação de oxigênio e a eliminação de dióxido 
de carbono produzido na respiração interna. 
 
O Sistema Respiratório tem como função conduzir o ar do meio ambiente para os 
pulmões, e vice-versa, promovendo a troca gasosa, como também filtrar, pré-aquecer 
e umedecer o ar inspirado. 
 
 
 
Respiração 
Conjunto dos fenômenos que permitem a absorção do oxigênio e a expulsão do gás 
carbônico pelos seres vivos. 
 
- 
 
Órgãos componentes do Sistema 
Respiratório 
 
O Sistema Respiratório é composto 
pelos seguintes órgãos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nariz 
No interior do nariz (narinas) existem pêlos, denominados vibrissas ou cílios, que 
recolhem a maior parte das partículas e pó existentes no ar, realizando assim, uma 
filtragem grosseira dessas impurezas. Eles e estão em constante movimento a fim de 
eliminar estes resíduos através das narinas. É guarnecido de uma camada de líquido 
(muco), que retém outras partículas de pó em sua porção superior. Ainda existem as 
conchas nasais, superior, média e inferior, que servem para aumentar a superfície 
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mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície mucosa que umedece e aquece o ar 
inspirado, “condicionando-o” para que seja melhor aproveitado na hematose que se 
dá ao nível dos pulmões. 
 
Faringe 
É um tubo muscular membranoso associado a dois sistemas: respiratório e digestório, 
situando-se posteriormente à cavidade nasal, bucal e à laringe. 
 
Laringe 
É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via 
aerífera é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Coloca-se anteriormente à 
faringe, comunicando-se com a mesma através da glote, junto à glote está a epiglote, 
que tem a função de fechar a glote durante a passagem do bolo alimentar. 
 
Esqueleto da Laringe 
A laringe é continuada diretamente pela traquéia e apresenta um esqueleto 
cartilaginoso. A maior cartilagem é a tireóide, constituída de duas lâminas que se 
unem anteriormente em V; a cartilagem cricóide é ímpar, situando-se inferiormente à 
cartilagem tireóide. Entre as duas cartilagens, situa-se a membrana ou ligamento 
cricotireóideo. 
 
Traquéia 
É um canal situado entre a laringe e a origem dos brônquios. Tem de 12 a 15 cm de 
comprimento e é constituída por 16 a 20 anéis cartilaginosos incompletos, em forma 
de C, sobrepostos e ligados entre si. 
 
Brônquios 
São os canais resultantes da bifurcação da traquéia. Os brônquios vão se ramificando 
em direção aos lobos pulmonares em diâmetros cada vez menores. 
 
Pulmões 
Principais órgãos da respiração, sendo um direito e outro esquerdo, são órgãos moles, 
esponjosos e dilatáveis. Estão contidos na cavidade torácica e, entre eles, há uma 
região denominada mediastino. 
Os pulmões se subdividem em lobos, sendo três para o direito e dois para o esquerdo. 
As vias aéreas finalmente terminam nos alvéolos, cada um dos quais está em contato 
com os capilares sangüíneos onde se dá a função essencial dos pulmões, a hematose 
(oxigenação do sangue venoso). 
 
Pleura 
Cada uma das membranas serosas que cobrem as paredes internas da cavidade 
torácica (pleura parietal) e a superfície externa dos pulmões (pleura visceral). 
 
Músculos da respiração 
Os principais músculos da respiração são o diafragmaque separa a cavidade torácica 
da abdominal e os músculos intercostais, que estão situados entre as costelas. 
 
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Mecanismo da respiração – inspiração 
 
Durante a inspiração (inalação): 
 
• o diafragma e os músculos intercostais se contraem; 
 
• quando o diafragma se contrai, move-se para baixo, aumentando a cavidade 
torácica longitudinalmente; 
 
 
• quando os músculos intercostais se 
contraem, elevam as costelas; 
estas ações se combinam para 
aumentar a cavidade torácica (fole) 
em todas as dimensões, os pulmões 
são puxados com ela, que se expande 
pela sucção exercida através das 
superfícies pleurais unidas. 
 
 A pressão aérea interna, menor que a 
externa, permite a entrada de ar pela 
traquéia enchendo os pulmões. O ar se 
moverá de uma área de maior pressão para 
uma de menor pressão, até tornarem-se 
equivalentes. 
 
- 
 
Mecanismo da respiração – expiração 
 
Durante a expiração: 
 
o diafragma e os músculos intercostais se relaxam; 
 
a medida que estes músculos se relaxam, a cavidade torácica diminui de tamanho em 
todas as dimensões; 
 
a medida que a cavidade torácica diminui, o ar nos pulmões é pressionado em um 
espaço menor, a pressão interna aumenta e o ar é empurrado através da traquéia. 
 
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Sistema Cardiovascular 
 
É um sistema fechado, composto pelo coração e por uma rede de tubos denominado 
artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias. 
 
As principais funções do Sistema Cardiovascular são: 
 
• Fornecer Oxigênio, substâncias nutritivas e hormônios aos tecidos; 
• Transportar produtos finais do metabolismo, como CO2 e uréia até os órgãos 
responsáveis por sua eliminação; e 
• Termoregulação do organismo. 
 
- 
 
Sangue 
 
O sangue é um líquido vermelho, viscoso, composto por plasma (parte líquida), 
glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. 
 
Composição do sangue 
 
Plasma: Transporta os glóbulos e nutrientes para todos os tecidos. Também leva os 
produtos de degradação para os órgãos excretores. 
 
Glóbulos vermelhos: Fornecem a cor ao sangue e carreiam oxigênio. 
 
Glóbulos brancos: Atuam na defesa do organismo contra as infecções. 
 
Plaquetas: São essenciais para a formação de coágulos sangüíneos, necessários para 
estancar o sangramento. 
 
- 
 
Coração 
 
É um órgão muscular, oco, ímpar e mediano, que funciona como uma bomba contrátil 
e propulsora do sangue. 
 
Camadas musculares do coração 
 
As paredes do coração são formadas por três camadas: 
 
• Miocárdio: camada média determina a sístole e a diástole cardíaca; 
• Endocárdio: camada de revestimento interno; 
• Epicárdio: camada de revestimento externo. 
 
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Coração 
 
As cavidades cardíacas são quatro: 
 
2 átrios (cavidades superiores) e 2 ventrículos (cavidades inferiores). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
 
Átrio esquerdo 
Desembocam as veias 
pulmonares direita e 
esquerda. Comunica-se 
com o ventrículo esquerdo 
através da valva bicúspide 
ou mitral (possui dois 
cúspides).
Ventrículo esquerdo 
Nele chega sangue 
oxigenado proveniente do 
átrio esquerdo, que 
posteriormente é expulso 
para todo o corpo através 
da artéria aorta. 
Átrio direito 
Desembocam as veias 
cavas superior e inferior. 
Comunica-se com o 
ventrículo direito através 
da valva tricúspide (possui 
três cúspides). 
Ventrículo direito 
Nele chega sangue rico em 
CO2 proveniente do átrio 
direito, que posteriormente 
é expulso para a artéria 
pulmonar. 
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Coração 
 
Movimentos cardíacos 
 
Para o coração realizar sua função de bombeamento de 
sangue, efetua movimentos de contração e relaxamento da 
musculatura das suas cavidades: 
 
 Sístole: período de contração dos ventrículos, para expulsar o 
sangue proveniente dos átrios para as artérias pulmonares e 
aorta; 
 
 Diástole: período de relaxamento dos ventrículos, simultâneos ao de contração dos 
átrios, permitindo a passagem de sangue dos átrios, para os ventrículos. 
 
- 
 
Vasos sangüíneos 
 
São tubos que formam a complexa rede do sistema cardiovascular, constituída por 
artérias e veias que se ramificam em calibres cada vez menores, originando as 
arteríolas, vênulas e capilares. 
 
Artérias 
Vasos sangüíneos que saem do coração levando sangue para o corpo. 
 
Veias 
Vasos sangüíneos que chegam ao coração trazendo sangue do corpo. 
 
 
Circulação sangüínea 
 
A circulação sangüínea tanto no homem, como nos mamíferos em geral, é dupla: 
 
 Circulação Pulmonar = Pequena Circulação 
 
Percurso da circulação pulmonar: 
Coração (ventrículo direito) > pulmões > coração (átrio esquerdo) 
 
 Circulação Sistêmica = Grande Circulação 
 
Percurso da circulação sistêmica: 
Coração (ventrículo esquerdo) > tecidos do corpo > coração (átrio direito), passando 
pelos capilares dos diversos sistemas ou aparelhos do corpo 
 
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Circulação sangüínea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sangue arterial (rico em 
O2) deixa o ventrículo 
esquerdo através da artéria 
aorta (circulação sistêmica). 
As artérias tornam-se 
gradualmente mais 
finas (arteríolas), até 
que o sangue circule 
através de delgados 
capilares. 
Os capilares são vasos de calibre 
diminuto, como fios de cabelo, onde 
as hemácias podem entrar em íntimo-
contato com as células do organismo 
(ocorrendo o metabolismo celular: 
troca de nutrientes e O2 por produtos 
O sangue (rico em CO2) 
passa dos capilares para 
pequenas veias (vênulas) 
que se unem e tornam-se 
maiores, à medida que se 
aproximam do coração. 
Elas levam o sangue 
através da veia cava 
(inferior e superior) para o 
átrio direito, 
impulsionando-o para o 
ventrículo direito
De lá, o sangue é bombeado através da artéria 
pulmonar para os pulmões (circulação pulmonar), 
onde volta a passar através de um sistema capilar 
(ocorrendo a hematose: troca de CO2 por O2). 
Retorna então pela veia 
pulmonar 
desembocando no átrio 
esquerdo, que por sua 
vez é impulsionado para 
o ventrículo esquerdo 
(iniciando a circulação 
sistêmica), completando 
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Circulação sangüínea 
 
O sistema é completamente fechado, com dois 
conjuntos de capilares conectando arteríolas e 
vênulas nos pulmões e nos tecidos do restante 
do organismo. 
 
- 
 
Sistema Nervoso 
 
Sistema responsável pelo controle e 
coordenação das funções de todos os sistemas 
do organismo e, ainda, ao receber estímulos 
aplicados à superfície do corpo (frio, calor, dor 
etc) é capaz de interpretá-los e desencadear, 
eventualmente, respostas adequadas a estes 
estímulos. 
 
 
Muitas funções do sistema nervoso dependem da vontade 
 
 caminhar é um ato voluntário 
 
Muitas outras ocorrem involuntariamente, sem que tenhamos consciência 
 
 a secreção da saliva ocorre independente de nossa vontade 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sistema Nervoso 
 
As funções do Sistema Nervoso são: 
 
• Colher informações do meio externo e interno e transformá-las em estímulos; 
• Controlar e coordenar as funções de todos os sistemas do organismo. 
 
O Sistema Nervoso pode ser dividido em: 
 
Sistema Nervoso Central – SNC 
O sistema nervoso centralé uma porção de recepção de estímulos, de comando e 
desencadeadora de respostas. A porção periférica está constituída pelas vias que 
conduzem os estímulos ao sistema nervoso central ou que levam até aos órgãos, as 
ordens emanadas da porção central. Pode-se dizer que o SNC está constituído por 
estruturas que se localizam no esqueleto axial (coluna vertebral e crânio): a medula 
espinhal e o encéfalo. 
 
Sistema Nervoso Periférico – SNP 
O sistema nervoso periférico compreende os nervos cranianos e espinhais, os gânglios 
e as terminações nervosas. 
 
Sistema Nervoso Visceral – SNV 
O sistema nervoso visceral relaciona o indivíduo com o meio interno, compreendendo 
fibras sensitivas (aferente) interoceptores e motoras (eferente) – músculo liso e 
gânglios. A este último, está relacionado o sistema nervoso autônomo (SNA), ou 
involuntário, constituído apenas da parte motora do SNV. 
 
Sistema Nervoso Somático – SNS 
O sistema nervoso somático relaciona o indivíduo com o meio externo, 
compreendendo fibras sensitivas (aferente) exteroceptores e motoras (eferente) 
músculo estriado esquelético. 
 
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Sistema Nervoso Central 
 
Meninges: 
O encéfalo e a medula espinhal são envolvidos e protegidos por lâminas (ou 
membranas) de tecido conjuntivo chamadas, em conjunto, de meninges. 
 
Estas lâminas são, de fora para dentro: 
• dura-máter; 
• aracnóide; e 
• pia-máter. 
 
O Sistema Nervoso Central – SNC é dividido anatomicamente em: 
 
Encéfalo 
Porção do sistema nervoso central localizado na caixa craniana e que compreende o 
cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico. 
 
Medula espinhal 
É a continuação direta do encéfalo, localizada dentro do canal vertebral. A medula 
espinhal tem papel fundamental na recepção de estímulos sensitivos e retransmissão 
de impulsos motores. Todos os centros importantes do encéfalo são conectados 
através de longos feixes nervosos, diretamente aos órgãos ou músculos que 
controlam. Estes feixes se unem formando a medula espinhal, transmitindo 
mensagens entre o encéfalo e o sistema nervoso periférico. Estas mensagens são 
passadas ao longo do nervo sob a forma de impulsos elétricos. 
Da base do crânio, a medula se estende pelo tronco até o nível da primeira ou 
segunda vértebra lombar. Na porção final da medula localizam-se nervos espinhais 
que formam uma espécie de “cabeleira” nervosa, comparada à cauda eqüina. 
 
Cérebro 
Constitui a parte mais importante do encéfalo, localiza-se na caixa craniana, é centro 
da consciência. As funções do cérebro normal incluem a percepção de nós mesmos e 
do ambiente ao nosso redor, controla nossas reações em relação ao meio ambiente, 
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respostas emocionais, raciocínio, julgamento e todas as nuances que formam a 
consciência, as sensações e origem dos movimentos, compreendendo o telencéfalo e 
o diencéfalo. 
 
Cerebelo 
Possui a função de determinar o equilíbrio do corpo e sua orientação no espaço, bem 
como, a regulação do tônus muscular e a coordenação das atividades motoras do 
organismo. 
 
Tronco encefálico 
Parte do encéfalo que une a medula espinhal aos hemisférios cerebrais e por onde 
transitam todas as grandes vias sensitivas e motoras. 
 
Telencéfalo 
O telencéfalo é a porção mais anterior e mais desenvolvida do cérebro, ocupa a maior 
parte da cavidade craniana e é envolvido pelas meninges, sendo o segmento mais 
desenvolvido do encéfalo humano. Nele encontra-se o córtex cerebral que é uma 
lâmina cinzenta, de espessura variável e que constitui a superfície do hemisfério 
cerebral. 
 
Diencéfalo 
É um dos principais centros receptores de impulsos elétricos oriundos das vias 
periféricas, possui volumosos núcleos cinzentos. 
 
Mesencéfalo 
Protuberância que constitui o ponto de junção do cérebro, do cerebelo e da medula 
espinhal. Comunica-se com o cérebro através de fibras nervosas encarregadas de 
conduzir estímulos oculares, visuais, acústicos e outros. 
 
Ponte 
Localizada na parte mediana do tronco encefálico, é formada por agrupamentos de 
fibras e células nervosas. A Ponte possui três pares de nervos responsáveis pela 
inervação dos músculos que movimentam os olhos para os lados, dos músculos 
mímicos da face, das glândulas salivares e lacrimais, e conduz sensações de paladar 
captadas na língua. 
 
Bulbo 
Porção inferior do tronco encefálico no sentido crânio-caudal, sendo que o grande 
forame (forame magno), constitui o limite convencional com a medula espinhal. 
Possui feixes de fibras motoras que comandam os movimentos dos músculos 
voluntários. 
 
Essas fibras dirigem-se, paralelamente, até o forame occipital, onde trocam de lado. No 
resto do percurso, caminham do lado oposto àquele em que estavam originalmente. 
Este cruzamento de fibras faz com que as ordens emitidas, a partir do hemisfério 
cerebral direito, sejam transmitidas ao lado esquerdo do corpo e vice-versa. Por isso, 
acidentes que lesem o lado esquerdo da cabeça provocam, em geral, paralisia do lado 
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direito. 
 
Além disso, no bulbo, localizam-se dois centros vitais, encarregados de controlar a 
respiração e o funcionamento vasomotor. Um tiro que atinja o bulbo mata 
instantaneamente. A pressão sangüínea cai de forma tão acentuada que não permite 
mais a irrigação dos diversos órgãos. Com a lesão do bulbo, são cortados os impulsos 
que controlam o funcionamento dos vasos sangüíneos e dos pulmões. 
 
- 
 
Sistema Nervoso Periférico 
 
O Sistema Nervoso Periférico – SNP – é dividido anatomicamente em: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos 
São cordões esbranquiçados formados por fibras nervosas unidas por tecido 
conjuntivo, tendo como função conduzir impulsos ao SNC e também conduzi-los do 
SNC ao periférico. Distinguem-se dois grupos, os nervos cranianos e os espinhais. 
 
Nervos cranianos 
São 12 pares de nervos que fazem conexão com o encéfalo. A maioria deles (10) 
originam-se no tronco encefálico. Além do seu nome, os nervos cranianos são também 
denominados por números em seqüência crânio-caudal. A relação abaixo apresenta o 
nome e o número correspondente a cada um dos pares cranianos: 
Olfatório é puramente sensitivo e ligado à olfação como o nome indica, iniciando-se 
em terminações nervosas situadas na mucosa nasal. 
Óptico, também sensitivo, origina-se na retina e está relacionado com a percepção 
visual. 
Oculomotor, troclear e abducente enervam músculos que movimentam o olho, sendo 
que o III par é também responsável pela inervação de músculos chamados intrínsecos 
do olho, como o músculo esfíncter da íris (que fecha a pupila) e o músculo ciliar (que 
controla a forma da lente). 
Trigêmeo é predominantemente sensitivo, sendo responsável pela sensibilidade 
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somática de quase toda a cabeça. Um pequeno contingente de fibras é motor, 
inervando a musculatura mastigadora, isto é, músculos que movimentam a 
mandíbula. 
Facial, glossofaríngeo e vago são altamente complexos no que se refere aos 
componentes funcionais, estando relacionados às vísceras e à sensibilidade gustativa, 
além de inervar glândulas, musculatura lisa e esquelética. O nervo vago é um dos 
nervos cranianos mais importantes pois inerva todas as vísceras torácicas e a maioria 
das abdominais. 
Vestíbulo-coclear é puramente sensitivo, constituído de duas porções: A porção 
coclear está relacionada com os fenômenos da audição e a porção vestibular com o 
equilíbrio. 
Acessório inerva músculos esqueléticos, porém, parte de suas fibras unem-se ao vago 
e com ele é distribuída. 
Hipoglosso inerva os músculos que movimentam a língua, sendo por isso, 
consideradocomo o nervo motor da língua. 
 
Nervos espinhais 
Os 31 pares de nervos espinhais mantêm conexão com a medula e abandonam a 
coluna vertebral através de forames intervertebrais. A coluna pode ser dividida em 
porções cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Da mesma maneira, 
reconhecemos nervos espinhais que são cervicais, torácicos, lombares, sacrais e 
coccígeos. 
 
- 
 
Aula 3 - Avaliação geral de pacientes 
 
Os objetivos desta aula são: 
 
• Listar as 5 fases da avaliação geral de um paciente; 
• Listar 3 fontes rápidas de informação no local da cena; 
• Diferenciar a avaliação dirigida para trauma e a avaliação dirigida para 
emergência clínica; 
• Classificar corretamente o paciente de acordo com a escala CIPE; 
• Enumerar os principais sinais e sintomas observados numa vítima; e 
• Apresentar a seqüência correta dos passos da avaliação pré-hospitalar de 
pacientes. 
 
- 
 
 
 
 
 
 
 
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Avaliação pré-hospitalar de pacientes 
 
A avaliação pré-hospitalar de pacientes é um procedimento orientado, utilizado pelo 
Emergencista para identificar e corrigir possíveis doenças ou traumas que ameaçam a 
vida em curto prazo, devendo o Emergencista tomar decisões sobre os cuidados mais 
adequados e o mais rápido possível. 
 
O processo de avaliação geral do paciente divide-se em cinco fases distintas, a saber: 
 
- 
 
Avaliação da cena 
 
Ao chegar no local da ocorrência, o Emergencista deve: 
 
• Observar a cena procurando identificar riscos potenciais para si, para o 
paciente ou outros envolvidos (terceiros); 
• Observar os mecanismos do trauma ou a natureza da doença do paciente; 
• Checar o número de vítimas; e 
• Acionar, se necessário, recursos adicionais. 
 
Durante o deslocamento para a cena, o Emergencista deve revisar as informações 
contidas no despacho, bem como adotar medidas de proteção individual. 
 
- 
 
Avaliação da cena 
 
Fontes rápidas de informação no local da cena: 
 
• a cena por si só; 
• o paciente (se estiver consciente e em condições de responder), familiares, 
testemunhas ou curiosos; 
• os mecanismos do trauma; 
• a posição do paciente, qualquer deformidade maior ou lesão óbvia; e 
qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência clínica. 
 
A cena por si só 
Após avaliar a cena, o Emergencista deve iniciar o gerenciamento dos riscos e o 
controle da mesma, acionando se necessário, recursos adicionais para as medidas de 
sinalização do local, isolamento da cena, estabilização de veículos (calçar e amarrar se 
necessário), controle de tráfego, desligamento de motores automotivos, desativação 
de cabos elétricos energizados, remoção de pacientes em situação de risco iminente, 
dentre outros. 
 
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Avaliação inicial 
 
Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, 
de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo. 
 
Durante a avaliação inicial, os problemas que ameaçam a vida, por ordem de 
importância, são: 
 
• Vias aéreas 
Permeabilidade e se há comprometimento da coluna cervical. 
 
• Respiração 
Se respira e como se processa esta respiração. 
 
• Circulação 
Se tiver pulso, se há hemorragia e risco de estado de choque. 
 
- 
 
Avaliação inicial 
 
Como Realizar a Avaliação Inicial 
 
Observe visualmente a cena e forme uma impressão geral do paciente. 
 
Avalie o nível de consciência do paciente (AVDI). Identifique-se como Emergencista e 
solicite autorização para ajudar. 
 
Avalie a permeabilidade das vias aéreas e estabilize manualmente a coluna cervical. 
 
Avalie a respiração do paciente (use a técnica do ver, ouvir e sentir – VOS). 
 
Verifique a circulação do paciente (avalie o pulso carotídeo em adultos e crianças, e o 
braquial em lactentes) e verifique a presença de hemorragias e perfusão. 
 
Decida a prioridade para o transporte, através da escala CIPE. 
 
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Avaliação inicial 
 
Escala CIPE 
Ao término da avaliação inicial, o Emergencista deve classificar o paciente de acordo 
com a gravidade de suas lesões ou doença. Essa classificação é baseada na escala CIPE. 
 
Crítico 
Parada respiratória ou cárdio-respiratória. 
 
Instável 
Paciente inconsciente, com choque descompensado, dificuldade respiratória severa, 
com lesão grave de cabeça e/ou tórax. 
 
Potencialmente Instável 
Paciente com choque compensado portador de lesões isoladas importantes. 
 
Estável 
Paciente portador de lesões menores e sinais vitais normais. 
 
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Avaliação inicial 
 
Os pacientes críticos e instáveis devem ser tratados no máximo em 5 minutos, no local 
da emergência e transportados de imediato. Nesses casos, a avaliação dirigida e a 
avaliação física detalhada devem ser realizadas durante o transporte para o hospital, 
simultaneamente com as medidas de suporte básico de vida. 
 
Já no caso dos pacientes potencialmente instáveis e estáveis, o Emergencista deve 
continuar a avaliação no local da emergência, no máximo em 12 minutos, e 
transportá-lo após sua estabilização. 
 
Colar Cervical e Oxigênio 
Após decidir sobre a prioridade de transporte, a equipe de Emergencistas deve realizar 
um rápido exame físico na região posterior, anterior e lateral do pescoço e, em 
seguida, mensurar e aplicar o colar cervical de tamanho apropriado. Depois, os 
Emergencistas devem avaliar a necessidade de ofertar oxigênio para o paciente. Para 
isto, devem examinar o nariz, a boca e a mandíbula, através do emprego de uma 
máscara facial com reservatório de oxigênio. 
 
 Para tratar os pacientes de emergência clínica, os Emergencistas podem utilizar os 
mesmos parâmetros recomendados nos casos de trauma, no entanto, não necessitam 
imobilizar a região cervical. 
 
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Avaliação dirigida 
 
Podemos conceituá-la como sendo um processo ordenado para obter informações, 
descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados, poderão ameaçar a vida 
do paciente. 
 
É dividida em três etapas, são elas: 
 
• Entrevista: Etapa da avaliação onde o Emergencista conversa com o paciente 
buscando obter informações dele próprio, de familiares ou de testemunhas, 
sobre o tipo de lesão ou enfermidade existente e outros dados relevantes; 
 
• Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o Emergencista realiza a aferição da 
respiração, pulso, pressão arterial e temperatura relativa da pele do paciente; e 
 
• Exame rápido: O exame rápido é realizado conforme a queixa principal do 
paciente ou em todo segmento corporal. 
 
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da 
emergência pode não estar claramente definida. 
 
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Avaliação dirigida 
 
Guia para realizar uma Entrevista 
 
Se o paciente estiver consciente e em condições de respondê-lo, questione-o 
utilizando as seguintes perguntas chaves: 
 
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar com seus pais ou um adulto 
conhecido) 
 
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza da lesão ou doença) 
 
3) Há quanto tempo isso aconteceu? 
 
4) Isso já ocorreu antes? (emergência clínica) 
 
5) Você tem algum problema de saúde? 
 
6) Você tem tomado algum remédio? 
 
7) Você é alérgico a alguma coisa? 
 
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Avaliação dirigida 
 
Sinais Diagnósticos 
 
Sinal é tudo aquilo que o Emergencista pode observar ou sentir no paciente enquanto 
o examina. 
 
 Pulso, palidez, sudorese etc. 
 
Sintoma é tudo aquilo que o Emergencista não consegue identificar sozinho. O 
paciente necessita contarsobre si mesmo. 
 
 Dor abdominal, tontura etc. 
 
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Avaliação dirigida 
 
Aferição de Sinais Vitais 
 
Os sinais vitais a serem aferidos são: 
 
Pulso 
É o reflexo do batimento cardíaco palpável nos locais onde as artérias calibrosas 
estão posicionadas próximas da pele e sobre um plano duro. 
 
Valores normais: 
 
• Adulto 60-100 batimentos por minuto (bpm). 
• Criança 80-140 bpm. 
• Lactentes 85-190 bpm. 
 
Respiração 
Absorção do oxigênio e exalação do gás carbônico. 
 
Valores normais: 
 
• Adulto 12-20 ventilações por minuto (vpm). 
• Criança 20-40 vpm. 
• Lactentes 40-60 vpm. 
 
Temperatura 
É a diferença entre o calor produzido e o calor perdido pelo corpo humano. 
 
Valores normais: 
36,5 a 37,0 ºC – Independente da faixa etária. 
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Temperatura Relativa da Pele 
Em atendimento pré-hospitalar, o Emergencista verifica a temperatura relativa da pele 
colocando o dorso da sua mão sobre a pele do paciente (na testa, no tórax ou no 
abdome). O Emergencista estima a temperatura relativa da pele pelo tato. 
 
Convém recordar que a pele é a grande responsável pela regulação da temperatura e 
pode apresentar-se normal, quente ou fria, úmida ou seca. 
 
Durante a avaliação continuada, o Emergencista deve utilizar o termômetro clínico, 
para real certificação da temperatura corporal. 
 
Com relação à coloração, a pele pode estar: 
• Pálida, 
• Ruborizada ou 
• Cianótica. 
 
Nas pessoas negras, a cianose pode ser notada nos lábios, ao redor da fossas nasais e 
nas unhas. 
 
Pupilas 
As pupilas quando normais são do mesmo diâmetro e possuem contornos regulares. 
Pupilas contraídas podem ser encontradas nas vítimas que fizeram uso de drogas 
(miose). As pupilas indicam estado de relaxamento ou inconsciência, geralmente tal 
dilatação ocorre rapidamente após uma parada cardíaca (midríase), Nos casos de TCE 
ou AVC, a irregularidade da reatividade pupilar, será observada no lado oposto em que 
ocorreu a lesão (anisocoria). 
 
Coloração da pele 
A coloração da pele depende primariamente da presença de sangue circulante nos 
vasos sangüíneos subcutâneos. Uma pele pálida, branca, indica circulação insuficiente 
e é vista nas vítimas em choque ou com infarto do miocárdio. Uma cor azulada 
(cianose) é observada na insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e 
também em alguns casos de envenenamento. Poderá haver uma cor vermelha em 
certos estágios do envenenamento por monóxido de carbono (CO) e na insolação. 
Perfusão capilar é o termo usado para verificar a circulação da pele nas extremidades. 
 
Pressão Arterial 
É definida como a pressão exercida pelo sangue circulante contra as paredes internas 
das artérias. A PA é verificada em dois níveis, a PA sistólica e a diastólica. 
 
A sistólica é a pressão máxima à qual a artéria está sujeita durante a contração do 
coração (sístole). A diastólica é a pressão remanescente no interior do sistema arterial 
quando o coração fica relaxado (diástole). A pressão arterial é diretamente 
influenciada pela força do batimento cardíaco, quanto mais força, mais elevada a PA e 
o volume de sangue circulante. 
 
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Dentro desses valores, consideramos a PA normal. Se exceder à máxima, 
denominamos alta (hipertensão) e, ao contrário, se não atinge o nível mínimo, 
denominamos baixa (hipotensão). 
 
Em geral não se afere PA em crianças com menos de 3 anos de idade. Nos casos de 
hemorragias ou choque, a PA mantêm-se constante dentro de valores normais para no 
final desenvolver uma queda abrupta. 
 
Valores normais: 
 
Adulto: 
• Sistólica máxima 150 mmHg e mínima 100 mmHg 
• Diastólica máxima 90 mmHg e mínima 60 mmHg 
 
 
IDADE 
 
Nascimento (12h, <1000g) 
Nascimento (12h, 3kg) 
Recém-nascido (96h) 
Lactente (6 meses) 
Criança (2 anos) 
Idade escolar (7 anos) 
Adolescente (15 anos) 
PRESSÃO SISTÓLICA 
(Mm Hg) 
39-59 
50-70 
60-90 
87-105 
95-105 
97-112 
112-128 
PRESSÃO DIASTÓLICA 
(Mm Hg) 
16-36 
25-45 
20-60 
53-66 
53-66 
57-71 
66-80 
 
 
Capacidade de movimentação 
A incapacidade de uma pessoa consciente em se mover é conhecida como paralisia e 
pode ser resultante de uma doença ou traumatismo. 
 
A incapacidade de mover os membros superiores e inferiores, após um acidente, pode 
ser o indicativo de uma lesão da medula espinhal, na altura do pescoço (coluna 
cervical). A incapacidade de movimentar somente os membros inferiores pode indicar 
uma lesão medular abaixo do pescoço. A paralisia de um lado do corpo, incluindo a 
face, pode ocorrer como resultado de um rompimento de um vaso intracraniano 
(Acidente Vascular Cerebral – AVC – DERRAME). 
 
Reação a DOR 
A perda do movimento voluntário das extremidades, após uma lesão, geralmente é 
acompanhada também de perda da sensibilidade. Entretanto, ocasionalmente o 
movimento é mantido e a vítima se queixa apenas de perda da sensibilidade ou 
dormência nas extremidades. É extremamente importante que este fato seja 
reconhecido como um sinal de provável lesão da medula espinhal, de forma que a 
manipulação do acidentado não agrave o trauma inicial. 
 
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Avaliação física detalhada 
 
A avaliação física detalhada da cabeça aos pés deve ser realizada pelo Emergencista 
em cerca de 2 a 3 minutos. O exame completo não precisa ser realizado em todos os 
pacientes. Ele pode ser realizado de forma limitada em pacientes que sofreram 
pequenos acidentes ou que possuem emergências médicas evidentes. 
 
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos pés, o Emergencista deve: 
 
1) Verificar a cabeça (couro cabeludo) e a testa; 
 
2) Verificar a face do paciente. Inspecionar os olhos e as pálpebras, o nariz, a boca, a 
mandíbula e os ouvidos; 
 
3) Verificar a região posterior, anterior e lateral do pescoço (antes da aplicação do colar 
cervical); 
 
4) Inspecionar o ombro bilateralmente distal / proximal; 
 
5) Inspecionar as regiões anterior e lateral do tórax; 
 
6) Inspecionar o abdome em quatro quadrantes separadamente; 
 
7) Inspecionar as regiões anterior e lateral da pelve e a região genital; 
 
8) Inspecionar as extremidades inferiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de 
pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a 
sensibilidade; 
 
9) Inspecionar as extremidades superiores (uma de cada vez). Pesquisar a presença de 
pulso distal, a capacidade de movimentação (motricidade), a perfusão e a 
sensibilidade; 
 
10) Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar a região dorsal. 
 
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Avaliação física detalhada 
 
Como Avaliar o Paciente de Trauma e de Emergência Clínica 
 
Os procedimentos da avaliação dirigida são diferentes para pacientes de trauma e 
pacientes de emergência clínica. 
 
Os pacientes podem ser classificados nos seguintes tipos: 
 
 
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Pacientes de trauma – consciente 
 
• Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma; 
• Inicie a entrevista com o paciente, enquanto verifica a respiração e a presença 
de hemorragias; 
• Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre 
oxigênio; 
• Realize o exame físico dirigido segundo a queixa principal do paciente; 
• Realize a aferição dos sinais vitais; 
• Complete a entrevista para obter o histórico do paciente; 
• Providencie os cuidados necessários; e 
• Faça o exame físico detalhado, caso seja necessário. 
 
Pacientes de trauma – inconsciente 
 
• Observe o cenário e tente identificar os mecanismos do trauma; 
• Entreviste testemunhas sobre o que aconteceu, enquantoverifica as vias 
aéreas, a respiração e a presença de hemorragias; 
• Estabilize a cabeça e o pescoço do paciente com um colar cervical e administre 
oxigênio; 
• Realize um rápido exame físico buscando identificar ferimentos mais graves; 
• Realize a aferição dos sinais vitais; 
• Realize o exame físico completo da cabeça aos pés; e 
• Reavalie os sinais vitais. 
 
Pacientes de emergência clínica – consciente 
 
• Inicie a entrevista com o paciente; 
• Administre oxigênio; 
• Realize o exame físico dirigido em função da queixa principal informada pelo 
paciente; 
• Realize a aferição dos sinais vitais; e 
• Providencie os cuidados necessários. 
 
 Pacientes de emergência clínica – inconsciente 
 
• Inicie a entrevista com as testemunhas perguntando o que aconteceu e tente 
determinar a natureza do problema; 
• Assegure a permeabilidade das vias aéreas, a respiração e a circulação; 
• Verifique a presença de hemorragias; 
• Providencie o tratamento para qualquer alteração encontrada e administre 
oxigênio; 
• Realize um rápido exame físico tentando identificar a natureza da emergência. 
• Realize a aferição dos sinais vitais; e 
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• Providencie os cuidados necessários. 
 
Fique atento durante todo o processo de avaliação, pois algumas vezes a natureza da 
emergência pode não estar claramente definida. 
 
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Avaliação física detalhada 
 
Objetivo do exame rápido 
 
O exame rápido permite que o Emergencista realize visualmente o exame físico 
limitado à região que o paciente se refere como a de maior queixa, ou de todo o 
segmento corporal, com o objetivo de encontrar alterações decorrentes de doenças 
ou traumas. 
 
Este exame é também chamado de coleta de dados objetivos. 
 
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Avaliação continuada 
 
A avaliação continuada é realizada durante o transporte do paciente, devendo o 
Emergencista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do paciente. 
 
A reavaliação deve ser realizada conforme a escala CIPE: 
 
 CRÍTICO e INSTÁVEL Reavalie a cada 3 minutos. 
 
 POTENCIALMENTE INSTÁVEL e ESTÁVEL Reavalie a cada 15 minutos. 
 
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Avaliação continuada 
 
Fluxograma da avaliação pré-hospitalar de pacientes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Aula 4 – Suporte básico de vida 
 
Os objetivos desta aula são: 
 
• Descrever os passos da reanimação cardiopulmonar em adultos, crianças e 
lactentes; 
• Citar as principais causas de obstrução das vias aéreas; e 
• Descrever os passos da desobstrução das vias aéreas em adultos, crianças e 
lactentes. 
 
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A American Heart Association (Associação Americana do Coração) em conferência 
realizada em novembro de 2005, anunciou as novas diretrizes para a Reanimação 
Cardiopulmonar em Suporte Básico de Vida, após dois anos de debates e rigorosa 
avaliação científica, conforme consenso mundial para reanimação. 
 
O Suporte Básico de Vida - SBV é representado por uma seqüência de ações. Essas 
ações, realizadas durante os primeiros minutos de uma emergência, são cruciais para a 
sobrevivência. 
 
A seqüência de ações de SBV é a seguinte: 
 
• Reconhecimento rápido do infarto de miocárdio e do AVC e medidas para 
evitar a parada respiratória e circulatória. 
 
• Ação rápida diante de qualquer vítima que perde a consciência subitamente. 
Respiração de resgate para vítimas de parada respiratória. 
 
• Compressões torácicas e respiração de resgate para vítimas de parada 
cardiorespitatória. 
 
• Reconhecimento e tratamento de OVACE. 
 
- 
 
Parada respiratória 
 
Parada respiratória é a supressão súbita dos movimentos respiratórios, que pode ou 
não ser acompanhada de parada cardíaca. 
 
O centro respiratório encefálico deve funcionar para haver respiração e para que a 
freqüência e a profundidade respiratórias sejam adequadas, a fim de controlar os 
níveis sangüíneos de dióxido de carbono. 
 
O fluxo sangüíneo cerebral inadequado provocado por AVC (resultante da interrupção 
da irrigação de uma região do cérebro), choque ou parada cardíaca pode afetar 
gravemente o centro respiratório. Uma parada respiratória pode ser provocada 
quando a oxigenação do sangue for muito reduzida, mesmo que a quantidade do 
sangue que circula pelo encéfalo seja normal. Nestes casos, a vítima pode apresentar 
uma parada respiratória completa ou realizar esforços respiratórios ineficazes - 
respirações “agônicas”, geralmente associados com contração dos músculos dos 
braços e das pernas. 
 
Mesmo após a parada do coração, a respiração continua existindo por poucos 
segundos. 
 
Não confunda respirações agônicas com respirações efetivas ao determinar se é 
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necessário efetuar respiração de resgate ou compressões torácicas. 
 
Nas próximas páginas serão apresentadas técnicas para a reanimação cardiopulmonar. 
 
- 
 
Técnicas de abertura das vias aéreas 
 
Quando o tônus muscular é insuficiente, a língua e a epiglote podem obstruir a 
faringe. 
 
A língua é a causa mais freqüente de obstrução das vias aéreas na vítima inconsciente. 
 
Se não houver evidência de trauma craniano nem cervical, o Emergencista deve 
utilizar a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo para abrir as vias 
aéreas. 
 
As técnicas para abertura das vias aéreas são: 
 
Manobra de inclinação da cabeça – elevação do queixo – casos clínicos 
 
Esta manobra deve ser utilizada 
apenas em casos clínicos. 
 
1) Coloque o paciente em 
decúbito dorsal e posicione-se 
ao seu lado, na altura dos 
ombros; 
 
2) Coloque uma das mãos na 
testa do paciente e estenda sua 
cabeça para trás; e 
 
3) Coloque a ponta dos dedos, 
indicador e médio, da outra 
mão, apoiados na mandíbula 
para elevá-la até perceber uma 
resistência ao movimento. 
 
Use sempre EPI 
 
 
 
 
 
 
 
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Manobra de empurre mandibular – casos de trauma 
 
Esta manobra deve ser utilizada apenas em casos de trauma. 
 
1) Coloque o paciente em decúbito dorsal e posicione-se de joelhos acima da parte 
superior de sua cabeça; 
 
2) Com os cotovelos na mesma 
superfície que o paciente ou 
apoiados nas coxas, segure os 
ângulos da mandíbula do 
paciente com os dedos, 
indicador e médio; e 
 
3) Com os dedos posicionados, 
empurre a mandíbula para 
cima, mantendo a cabeça 
estabilizada com a palma das 
mãos. Não eleve ou realize 
rotação da cabeça do paciente, 
pois a proposta desta manobra 
é manter a via aérea aberta sem 
mover a cabeça ou o pescoço. 
 
Use sempre EPI 
 
 
 
Utilize a manobra correta ao realizar uma abertura de vias aéreas - VA: 
 
Em caso clínico manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo 
Em caso de trauma manobra de empurre mandibular 
 
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Técnicas para ventilação artificial 
 
Ao avaliar a respiração do paciente, deve ser utilizado o método VOS - Ver, Ouvir e 
Sentir. 
 
Para se avaliar a presença ou ausência de respiração espontânea: 
• Coloque o ouvido próximo à boca e ao nariz do paciente, enquanto mantém as 
vias aéreas pérvias; e 
• Enquanto observa o tórax do paciente, verifique se a respiração é normal ou 
anormal. 
 
Respiração normal 
Veja os movimentos respiratórios. Observe a 
simetria da expansão e contração do tórax e a 
ausência de esforço para executar essesmovimentos; 
 
 
Ouça o ar entrando e saindo do nariz e da boca. 
Os sons devem ser como os que normalmente 
ouvimos na respiração (sem roncos, não estar 
ofegante ou apresentar outros sinais incomuns); 
 
Sinta o ar entrando e saindo do nariz e da boca. 
 
Ver, ouvir e sentir a respiração 
 
Respiração anormal 
A respiração anormal pode ser identificada quando: 
• Há ausência de movimento torácico ou existem movimentos assimétricos. 
• Não é possível sentir ou ouvir o ar movimentando-se através do nariz ou da 
boca; 
• A respiração é ruidosa ou ofegante; 
• O ritmo da respiração é irregular, taquipnéica ou bradipnéica. 
• A respiração é muito superficial, muito profunda e difícil ou, ainda, a respiração 
é feita com grande esforço, especialmente em crianças e bebês; 
• A pele do paciente fica cianótica, acinzentada ou pálida; 
• O paciente está obviamente se esforçando para respirar, usando os músculos 
da parte superior do tórax, ao redor dos ombros, e os músculos do pescoço; 
• Há batimentos de asas do nariz, especialmente em crianças. 
 
 
 
 
 
 
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Estes procedimentos de avaliação devem levar apenas de 3 a 5 segundos. 
 
Em RCP considerar: 
 
Lactente de 0 a 1 ano 
Criança de 1 a 8 anos 
Adulto acima de 8 anos 
 
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Técnicas para ventilação artificial 
 
Caso seja identificada respiração anormal do paciente, deve ser realizada a reanimação 
pulmonar. 
 
Reanimação pulmonar 
 
A reanimação pulmonar é todo esforço para reanimar ou para restabelecer 
artificialmente a função normal dos pulmões. 
O ar atmosférico possui 21% de oxigênio. Dos 21% inalados, uns 5% são utilizados 
pelo organismo e os 16% restantes são exalados, quantidade suficiente para suprir as 
necessidades da pessoa na vida diária. 
Quando uma pessoa encontra-se com deficiência respiratória, se faz necessário a 
oferta de uma concentração maior de oxigênio para suprir esta ineficiência. 
 
Respirações de resgate 
 
Para fornecer respirações de resgate, administre respirações lentas e permita a 
expiração completa entre as respirações, a fim de diminuir a probabilidade de exceder 
a pressão de abertura esofágica. Essa técnica diminui a distensão gástrica, a 
regurgitação e a aspiração. 
 
Nas páginas seguintes serão mostradas técnicas para ventilação artificial. 
 
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Curso Emergencista Pré-hospitalar – Módulo1 
SENASP/MJ - Última atualização em 18/10/2007 
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Técnicas para ventilação artificial 
 
As técnicas utilizadas para ventilação artificial são: 
 
Técnica de respiração boca-a-boca 
 
1) Abra as vias aéreas; 
 
2) Feche as narinas do paciente com seus 
dedos (indicador e polegar); 
 
3) Inspire o ar e coloque sua boca com firmeza 
sobre a boca do paciente, criando um selo 
hermético, e ventile lentamente (1,5 a 2 
segundos) seu ar para dentro dos pulmões do 
paciente; e 
 
4) Retire sua boca e deixe o ar sair livremente; 
 
5) Repita a ventilação artificial a cada 5 - 6 
segundos (10 - 12 por minuto) no socorro de 
adultos e, a cada 3 - 5 segundos (12 - 20 por 
minuto), no socorro de crianças. 
 
 
 
Técnica de respiração boca-a-boca/nariz 
 
Utilizada em lactentes (bebês). A técnica 
segue os mesmos passos da ventilação de 
boca-a-boca, incluindo no item 3, a 
colocação da boca do Emergencista sobre a 
boca e o nariz do paciente e, em seguida, 
uma ventilação bem lenta (1 a 1,5 segundos 
por ventilação), repetindo a ventilação 
artificial a cada 3 segundos (20 por minuto). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Técnica de respiração boca-máscara 
 
1) Abra a VA empurrando a mandíbula do 
paciente; 
 
2) Posicione a máscara sobre a face do 
paciente, com o ápice sobre a ponta do 
nariz e a base entre os lábios e o queixo; 
 
3) Use a mão mais próxima do alto da 
cabeça do paciente para selar a máscara, 
pressionando ao longo da borda superior 
com o indicador e o polegar. Aperte a 
borda inferior com o polegar da outra mão; 
 
4) Ponha os dedos restantes da outra mão que está mais abaixo ao longo da borda 
óssea da mandíbula e levante-a. Se não houver suspeita de lesão da coluna cervical, 
faça inclinação da cabeça-elevação do queixo; 
 
5) Comprima toda a borda externa da máscara firmemente, para criar um selo 
hemético; 
 
6) Forneça respirações de resgate lentas, observando se há expansão torácica. 
 
7) Retire a boca e deixe o ar sair livremente. O tempo de cada ventilação é o mesmo 
descrito na técnica de boca-a-boca (adulto e criança) e boca-aboca/nariz 
(lactente). 
 
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Técnicas para ventilação artificial 
 
Alguns acessórios são utilizados na reanimação pulmonar. A escolha de tais acessórios 
deve ser adequada a cada caso e sua utilização deve ser correta. 
 
Os acessórios que podem ser utilizados são: 
 
Cânula orofaríngea 
Dispositivo usualmente feito de plástico, que pode ser inserido na 
boca e na faringe do paciente, a fim de sustentar a língua, evitando 
o bloqueio das vias aéreas. 
 
O tipo mais comum em APH é o que possui uma abertura no centro 
“Guedel”, a fim de permitir a respiração ou acesso fácil para 
aspiração bilateral, devendo ser usada em conjunto com o 
reanimador manual e colocada apenas em pacientes inconscientes. 
 
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Técnica para seu uso 
1) Escolha o tamanho correto: 
 
• Adulto: Lóbulo da orelha ao canto da boca; 
• Criança e lactente: Ângulo da mandíbula ao 
canto da boca; 
 
2) Cruze os dedos, polegar e indicador, abrindo a boca 
do paciente; 
 
3) Introduza a cânula na posição correta: 
 
• Adulto: Com a extremidade contra o palato, girando-a em 180º; 
• Criança e lactente: Com a extremidade contra a língua, sem giro; e 
 
4) Deslize a cânula até que a extremidade com rebordo se localize sobre os lábios ou 
queixo, de forma que sua curvatura siga o contorno da língua. 
 
Use sempre EPI 
 
 
Reanimador manual 
Equipamento utilizado para ventilar, artificialmente, 
o paciente que não apresenta respiração 
espontânea, podendo liberar altas concentrações 
de oxigênio (90 a 100%) quando instalado a uma 
fonte (cilindro de oxigênio). 
 
Técnica de ventilação com bolsa-máscara 
(reanimador manual) 
 
1) Posicione o paciente corretamente (decúbito 
dorsal); 
 
2) Posicione-se próximo à cabeça do paciente 
(técnica cefálica); 
 
3) Abra a boca do paciente e coloque a 
cânula orofaríngea, conforme técnica 
descrita anteriormente; 
 
4) Coloque a máscara do reanimador sobre 
a face do paciente, com a base entre a 
protuberância do queixo e o lábio inferior 
e a ápice voltada para o nariz; 
 
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5) Faça a vedação com o polegar mantido na porção superior da máscara e o indicador 
na porção inferior, comprimindo-a de maneira firme para se obter boa vedação em 
toda sua borda; 
 
6) Coloque os demais dedos ao longo da borda óssea da mandíbula e levante-a ao 
mesmo tempo em que a cabeça é inclinada para trás (adulto), a fim de manter as vias 
aéreas pérvias. Em lactente e criança muito pequena, deve-se utilizar apenas o dedo 
médio sobre a mandíbula, mantendo a cabeça em posição neutra, sem hiperextensão; 
 
7) Comprima, com a outra mão, a bolsa principal do reanimador de forma ritmada, 
uma vez a cada 5 segundos em adultos e, uma vez, a cada 3 segundos, em crianças e 
lactentes; 
 
8) Observe durante cada ventilação a expansão torácica, caso esteja ausente ou 
insuficiente, reavalie todos os procedimentos adotados; e 
 
9) Após 12 ventilações (adulto) ou 20 ventilações (criança e lactente), cerca de 1 
minuto, reavalie o pulso. Caso o pulso esteja ausente, inicie a RCP. 
 
Use sempre EPI 
 
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Parada cardíaca 
 
Parada cardíaca

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