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Antropologia Cultural Trabalho

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Alberto João
Trabalho de Campo
Licenciatura em Ensino Básico 
Universidade Licungo
Caia
 2020
Alberto João
Trabalho de Campo
	
Trabalho de Campo do Módulo Antropologia Cultural de Moçambique como 2º Teste Escrito orientado pelo Docente: António Braço
Universidade Licungo
Caia
2020
Introdução:
Tema: práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo.
Objetivos:
Geral: Compreender as práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo.
Específicos:
Identificar as práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo;
Mencionar as práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo;
Descrever as práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo;
Analisar criticamente as práticas ritualistas da minha família e comunidade em que vivo.
Metodologia de coleta de dados.
Para a coleta de informações, usei duas fontes: fontes orais e fonte escrita, está que por sua vez está descrita nas referências bibliográficas. Nas fontes horais, fiz uma série de entrevista aos membros da minha família (avó, mãe, tias), aos vizinhos e o Sapanda (adjunto do Régulo) da comunidade em que vivo na actualidade. Depois fiz uma consulta bibliográfica para equilibrar as informações que os entrevistados deram as respeito do tema em estudo.
Em suma, dizer que durante a realização do presente trabalho, usei duas metodologias de recolha de dados a entrevista e a consulta bibliográfica.
Local de coleta de informações:
A coleta de informações para este trabalho, usei dois locais diferentes e muito distantes. O primeiro local é Província de Manica, Distrito de Manica, Posto Administrativo de Machipanda, Localidade de Muzongo na Comunidade de Jécua. Nesta comunidade, que é a minha de naturalidade, colhi informações sobre o rito de nascimento (Chiwanhu chekubarwa kwemwana) e o rito de morte (Nhamo). Outra comunidade que foi alvo da minha pesquisa foi a da Província de Sofala, Distrito de Cheringoma, Posto Administrativo de Inhamitanga, especificamente no regulado Guma, nessa que é onde moro actualmente, colhi informações sobre o ritual de Chuva (mbamba yaMadzi).
1. Ritos/Rituais praticados na minha família e comunidade em que vivo.
Os ritos ou rituais praticados na minha família ou comunidade em que vivo são: rito de nascimento (Chiwanhu chekubarwa kwemwana), ritual de morte (Nhamo) e ritual de chuva (mbamba yaMadzi).
2. Descrição dos ritos.
2.1. Rito de nascimento (Chiwanhu chekubarwa kwemwana).
Quando é realizado?
Após o nascimento de um bebê, faz se uma cerimónia está que por sua vez varia de cultura para cultura, de comunidade para comunidade. Na minha família, essa cerimónia é realizado quando o umbigo do bebê cai.
Como é realizado?
Depois do parto quando o bebê chega a casa, desde o momento em que este entra dentro de casa, o lixo variado nela não é jogado fora, mas sim guardado no interior da casa até o dia que o umbigo da criança cai. Depois deste cair, vare-se a casa, junta-se o lixo com o dos dias anteriores junto do umbigo do bebê deita-se na lixeira onde deitam a cinza.
No mesmo dia ao escurecer, leva-se o bebê junto da mãe, com uma bacia de água está bacia sendo nova nuca usada e uma série de medicamentos tradicionais onde a raiz de Capsicum fruteacens vulgo piri piri faz parte do medicamento. Depois a pessoa que orienta, coloca o medicamento na bacia com água e dá banho o bebê no meio da rua em corro dizendo: kudva nhasi kuenda mberi, mwana hachina Baba cana Mai, imwana wemugwanzi (doravante, essa criança já não tem Mai nem Pai é criança da rua), depois a mãe do bebê, pega no seu bebê e dá banho repetindo tudo que a pessoa que orienta falava no momento do banho. E por fim levam a água da bacia jogam no meio da rua para que as pessoas pisem na medida que passam.
Quem são os participantes?
Durante a cerimónia, participa uma pessoa que conhece o ritual, a mãe do bebê e o bebê. Geralmente costuma ser a avó ou tia do bebê. De referir que nesse ritual, o número de participantes é limitado 3 pessoas apenas.
Quem orienta?
Como dizia na questão anterior, quem orienta esse ritual e uma pessoa que conhece os medicamentos e os procedimentos do ritual, geralmente o avó ou tia do bebê.
Qual é o grau de parentesco entre os participantes?
O grau de parentesco entre os participantes é: mãe, filho e neto, em outro casos a avó pode ser substituído pela tua.
N.B: Nesse ritual apenas participam três pessoas, com exceção quando os bebés forem gêmeos ou trigémeos.
Qual é a finalidade e função do ritual (individual e social)?
O ritual tem uma enorme importância no seio familiar assim como social, isto é, depois do bebê passar por este rito, acredita se que este estará imuni a certas doenças assim como aos efeitos colaterais quando este ser pego por alguém que tenha mwiri hurikupisa (pessoa que manteve relações sexuais e antes do banho pegar no bebê), também acredita se que depois de três (3) meses da realização deste ritual, o casal pode voltar a sua vida normal, mantendo relações sexuais devendo apenas seguir algumas orientações como: depois das relações sexuais lavar as mãos antes de pegar o bebê.
Rito de Chuva
Quando é realizado?
Este rito é diferente de outro ritos pois tem suas características próprias. No local em estudo, este é realizado no tempo em que as machambas são queimadas, isto é, meados do mês de Setembro.
Como é realizado?
Quando se avizinha ao mês de Setembro, a comunidade começa a preparar tudo o que é necessário para a cerimónia (5litros de vinho, 5litros de Nipa (aguardente), 1 maço de cigarro, tabaco, 1 fósforo, 1 caixa de Cerveja, 1 caixa de refresco, 1 embalagem de refrigerante, 1 embalagem de bolacha zama zama, 6 louças, 6 copos de vidro, 1 esteira e 2 capulanas).
Estes produtos são levados a casa do Régulo porque é lá onde é realizado a cerimónia, chegado o dia marcado, levam todos os produtos ao local da realização que fica próximo da casa do Régulo. Estende a esteira e as capulanas por cima, colocam em cada louça um copo e um pouco dos produtos em cada louça e o resto dos produtos colocam por cima da esteira, depois de joelho o Sapanda diz ao Régulo o que dizer comunicando assim com os antepassados. Depois regressam a casa onde permanecem por 1h de tempo, passado esse tempo, o Sapanda junto do Régulo vão ao lugar da cerimónia para ver se a cerimónia foi bem sucedida, caso esta seja bem sucedido, encontram sinais como o cigarro fumando ou transformado em cinza, aguardente transformado em um líquido qualquer. Esse sinais são observados quando a cerimónia é bem sucedida e quando é o inverso, encontram tudo da maneira em que foi deixado.
Depois levam todos produtos para a casa do Régulo andem comemoram a realização da cerimónia onde são convidados pessoas para beber e tomar os refrescos.
Quem são os participantes?
Durante a realização desta cerimónia, são convidados alguns membros da comunidade para junto comemorarem a cerimónia, nas lá onde faz-se comunicação com os antepassados apenas vai o Régulo, o Sapanda e os Nfumos.
Quem orienta?
Aqui o Sapanda é quem fica em frente de tudo porque este tem mais experiência em relação ao régulo e estes encontram-se no momento de transmissão das experiências. Normalmente essa cerimónia é orientado pelo régulo que é o expoente máximo do regulado, como havia referido antes, aqui o régulo é quem orienta a comunicação com os antepassados mas sub o comando do Sapanda.
Qual é o grau de parentesco entre os participantes?
Todos os participantes deste rito tem um vínculo famílias de uma forma directa ou indirecta. No local de estudo, o Régulo é sobrinho materno do Sapanda, uma das Nfumos é cunhada do Sapanda, irmã da esposa e a outra é consogra do Sapanda.
N.B: A estruturação de um regulado, depende da proposta do Régulo sub a aprovação da população residente naquele regulado.
Qual é a finalidade e função do ritual (social e individual).
Este ritual por ser do bem comum, tem a enorme função a nível da sociedade pois sabe-se que a população do campo vive na base da agriculturaextensiva está que por sua vez depende da chuva e aqui no campo acredita se que é a partir dessa cerimónia que se garante a chuva. É neste sentido torna está cerimónia de muito importante porque tem como finalidade ou função de garantir a chuva.
Ritual fúnebre (Nhamo)
Quando é realizado?
O ritual de morte, é realizado quando há desaparecimento físico de um membro da família.
Como é realizado?
A morte é um momento marcante para qualquer comunidade e é concebida como a passagem da pessoa para outro estado de vida diferente da que tinha antes da morte. Para a comunidade de Muzongo, está passagem é vivida ritualmente através do nyamu (falecimento), caracterizado por um conjunto de normas e proibições que devem ser observadas pelos restantes membros da família e/ou comunidade.
A cosmovisão dos waManyika em relação à morte é dualista e espiritualista, na medida em que, divide o mundo em dois; o mundo dos vivos e o dos mortos. O mundo dos vivos é considerado inferior ao dos mortos e, esta inferioridade faz com que ele esteja submetido a rituais para restabelecer a ordem social quebrada, encontrar a purificação, reparar as culpas, manifestar sacrifício, orações, cânticos etc.
O ritual fúnebre é realizado na casa do finado. Refira-se que na crença local, não se deve sepultar um morto às 12 horas e nem depois das 15:00, com excepção da morte de um bebé sem dentes, cuja sepultura deve ocorrer no mesmo dia, salvo casos em que a morte se verifique no período da noite.
Quando morre é imediatamente comunicado o sucedido aos familiares, ao régulo e à comunidade, este é um momento de grande consternação caracterizado por choros e gritos que só podem acontecer em casa do falecido, visto que o defunto deve ser tratado na sua própria residência. Um proceder contrário é sinónimo de desrespeito e desvaloriza a família.
Para a preparação do corpo do defunto, são designados anciãos experientes, localmente chamados madoda, que procedem a sua lavagem numa bonde (esteira) e vestem-no com as suas melhores roupas. Os olhos e a boca são igualmente fechados. Enquanto o cadáver permanece em casa é amortalhado com um pano branco, localmente designado mberikunaishe, que representa vida no mundo dos antepassados. Por esta ocasião o cadáver é exposto para que familiares e amigos se possam despedir pela última vez.
Enquanto decorre o velório, os familiares reúnem-se para indicar-se a pessoa que deve fazer a Guwa (sepultura) do malogrado. Esta designação é feita mediante a eleição dentro da família ou então por livre vontade. Deve ser uma pessoa casada e idónea, para que possa cumprir na íntegra o ritual após o enterro do defunto, que geralmente é o primogénito ou genro da casa. Depois da indicação da pessoa que vai abrir a Guwa, combina-se com os familiares o dia e local em que o defunto será sepultado.
Ao se retirar o corpo de dentro de casa, os presentes batem as palmas, de um modo característico da comunidade de Muzongo para pedir permissão aos antepassados e informar ao defunto sobre a sua saída para que não complique o processo, pois acredita-se que o defunto possa comunicar-se e tomar acção, contra os familiares. O homem designado para começar com a Guwa lidera a fila e depois dele segue o corpo envolvido numa bonde (esteira) e depois outros membros da comunidade.
Chegados ao local onde será sepultado, repete-se o gesto das palmas e as pessoas acompanham o corpo fazendo orações e entoando canções de despedida.
De seguida, o primogénito ou o genro do finado inicia e termina a limpeza da sepultura com a ajuda dos membros da comunidade. Prepara-se, igualmente, uma massa de argila (barro), com a qual se unta a base da sepultura, de formato rectangular, cujo comprimento depende do tamanho do corpo, e com uma largura que facilite a movimentação dos que vão enterrar. A profundidade da Guwa pode variar de 1 metro a 1.20 metros.
O defunto é enterrado deitado, com a cabeça em direcção ao Este, por se tratar do lugar onde fica deus, segundo crenças locais. Coloca-se o corpo e cobre-se com pedras, areia, barro mole e finalmente a chirindi é adornada pelos participantes com pedras grandes ao redor e pequenas por cima. Do lado da cabeça, implanta-se uma pedra maior onde se escreve o nome, a data do nascimento e morte. Em alguns casos, depositam-se flores.
No dia seguinte depois do funeral, toda a família volta ao local do enterro para saudar o defunto e ver se a sepultura foi violada ou não. Caso sejam vistas pegadas humanas ou de animais, acredita-se que seja sinal de que o defunto já não se encontra no local onde foi deixado por ser espíritos.
Quem são os participantes?
Participam desse ritual todos membros da família assim como a toda comunidade no geral está por ser um ritual fúnebre onde os membros da família precisa enorme ajuda, financeira assim como moral.
Quem orienta?
O nyamu é presidido pelo indivíduo que abre a Guwa (sepultura), que pode ser o pai, tio, ou filho e ou irmão mais velho e noutros casos, pela mãe e ou matronas. O ritual é da responsabilidade da família directa, que indica os preceitos a serem seguidos na cerimónia.
Qual é o grau de parentesco entre os participantes?
Por serem vários participantes, viu apenas citar o grau de parentesco de que pode fazer o Guwa (sepultura) que pode ser o pai, primogénito ou genro.
Qual é a finalidade ou função do ritual (social e individual).
Cada rito/ritual tem uma finalidade social, individual assim como social e individual. O rito em causa, tem enorme função a nível individual/família pós a partir deste rito, a partir deste rito, acredita se que garante uma comunicação com os antepassados, da a conhecer a família se o ente querido está no lugar em que o sepultaram. Esta também garante um bom acompanhamento e despedida ao malogrado para com seus familiares e amigos.
Análise critica dos ritos sob o ponto de vista antropológico, a pertinência social e cultural dos ritos.
 Os rito apresentam uma enorme função para as comunidades visto que cada comunidade tem seus hábitos, costumes e cultura.
Partindo do pressuposto rito/ritual é o conjunto de práticas consagradas por tradições, costumes ou normas, que devem ser observadas de forma invariável em determinada cerimónia. Se baseando na ideia de Rivièere (1996, pág. 15) citado por SILVA, Mariangela que diz com o passar do tempo algumas informações que dizem respeito aos procedimentos dos ritos são perdidas na passagem de uma geração para outra e apenas os primitivos são quem os ritos eram puros. Isso acontece até na sociedade actual em qualquer rito/ritual principalmente os rituais onde o número de participantes é limitado, este factor contribui duma forma elevada.
Outro aspecto que compromete a réplica do ritual/rito as novas gerações é a falta de fontes escritas que descrevem duma forma detalhada todo o processo do ritual, visto que a réplica tem cido duma geração para outra o que não fornece uma elevada segurança.
Conclusão
Do presente trabalho, muita aprendizagem foi adquirida no que diz respeito aos ritos de nascimento, morte assim como a de chuva visto que o trabalho realizou-se na base de três comunidades com cultura, hábitos e costumes muito diferente, isto é, o rito de nascimento baseou-se numa cultura dos maNdau de Nhamatanda que agora habitam em Manica, o rito de morte na base de waManyika de Muzongo e o de chuva na base de maSena de Inhamitanga. A partir dessas três comunidades diferentes, aprendi muita coisa em relação aos ritos não só os habordados neste mas também de outro ritos que faz parte dos ritos das comunidades.
Referências bibliográficas
Fontes orais:
· Anguista Manuel Chicocota – avó.
· Maria Isabel Francisco – mãe.
· Sandra Fernando Mataruka – vizinha (Muzongo).
· Lourenço Joaquim – Sapanda (Inhamitanga).
· Inês Luís Branco – Nfumo (Inhamitanga).
Fontes escritas:
· UNESCO, Inventário Comunitário em Chinhambudzi Província de Manica – Moçambique, Março de 2014.
· SILVA, Mariangela B. Ramos, Ritos, rituais e suas implicações nas organizações contemporâneas.

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