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Psicologia Jurídica
Esta disciplina tem como objetivo geral a descrição e caracterização da Psicologia Jurídica como área de atuação do psicólogo e sua interface com o Direito sob uma ótica da inclusão e da consideração da subjetividade dos diversos atores envolvidos no contexto jurídico, além da  contextualização histórica da Psicologia Jurídica no Brasil. Também tem como objetivos: distinguir o campo da relação entre a Psicologia e o Direito e as implicações técnico-científicas e éticas decorrentes desta relação; identificar e descrever as várias competências e funções do psicólogo inserido em diversas instituições jurídicas como Varas de Família; Varas da Infância e Juventude; Varas Especiais, Conselhos Tutelares, Abrigos e Prisões, reconhecer os elementos presentes nas medidas jurídicas sob o ponto de vista psicológico, discriminando suas causas e os efeitos possíveis na vida dos sujeitos envolvidos.
Neste material você encontrará orientações de estudo, com referências bibliográficas, textos e exercícios dirigidos com o objetivo de alcançar o pretendido pela ementa desta disciplina.
Este conteúdo está dividido em 8 módulos, a saber:
Módulo 0 - Apresentação da disciplina
Módulo 01 - Introdução ao campo da Psicologia Jurídica
Módulo 02 - Avaliação Psicológica em contexto forense - Vara de Família
Módulo 03 - Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA
Módulo 04 - Síndrome de Alienação Parental
Módulo 05 - Vitimização de crianças e adolescentes
Módulo 06 - Violência contra a mulher
Módulo 07 - Adoção
Módulo 08 - Adolescentes em conflito com a lei - Psicólogo no sistema prisional
Módulo 09 - Estudos Disciplinares
Para o estudo deste material as referências bibliográficas que nos servirão de orientação:
BRITO L. M. T. (org.) Temas de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.
SHINE, S. (Org.) Avaliação psicologia e lei: adoção, vitimização, separação conjugal, dano psíquico e outros temas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005.
BRANDÃO, E. P. e GONÇALVES, H. S. (org.) Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2004.
SIQUEIRA, A. C.; JAEGER, F. P. & KRUEL, C. S. Família e Violência – Conceitos, Práticas e Reflexões Críticas. Curitiba: Juruá Editora, 2013.
E para a complementação dos seus estudos - é inprescindível que você faça uma leitura cuidadosa destes textos:
AMAZARRAY, M. R.; KOLLER, S. H. Alguns aspectos observados no desenvolvimento de crianças vítimas de abuso sexual. Psicologia: reflexão e crítica. Porto Alegre. Vol. 11, no. 03, 1998.
 APASE – ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MÃES SEPARADOS (ORG.) Síndrome da alienação parental e a tirania do guardião: aspectos psicológicos, sociais e jurídicos. Porto Alegre: Editora Equilíbrio, 2007.
 CEZAR-FERREIRA, V. A. da M. Família, Separação e Mediação – Uma visão psicojurídica. 3ª ed. São Paulo: Editora Método, 2011.
 GALLO, A. E.; WILLIANS, L. C. A. Adolescentes em conflito com a lei: uma revisão para os fatores de risco para a conduta infracional. Psicologia: Teoria e Prática. Vol 7, no1, 81-95, 2005
 LAGO, V. M. et al. Um breve histórico da Psicologia Jurídica no Brasil. Estudos de Psicologia (Campinas). Vol. 26, no. 24, 483-491, 2009.
Psicologia Jurídica.
Leitura Básica – LAGO, Vivian de Medeiros et al. Um breve histórico da Psicologia Jurídica no Brasil. Estudos de Psicologia (Campinas). Vol26, no. 24, pp483-491.2009
O que é Psicologia Jurídica?
Definições
"A Psicologia Jurídica é fundamentada como uma especialidade que desenvolve um grande e específico campo de relações entre os mundos do Direito e da Psicologia nos aspectos teóricos, explicativos e de pesquisa, como também na aplicação, na avaliação e no tratamento" (Colégio Oficial de Psicólogos, 1997)
"Área da Psicologia que se relaciona com o Sistema de Justiça e o termo jurídica é adotado porque é abrangente e refere-se aos procedimentos ocorridos nos tribunais, bem como aqueles que são fruto da decisão judicial ou ainda aqueles que são de interesse do jurídico ou do Direito" (França, 2004)
"O objeto do estudo da Psicologia Jurídica são os comportamentos complexos que podem vir a ocorrer ou ocorrem nos tribunais ou que levam os sujeitos aos tribunais. É a interface com o Direito que delimita a ação do Psicólogo jurídico" (Popolo, 1996)
História da Psicologia Jurídica no Brasil
• Não há um único marco histórico que defina esse momento em nosso país.
• A história dos psicólogos jurídicos no Brasil inicia-se exatamente no momento em que nossa profissão foi reconhecida, pois uma das atribuições do psicólogo é de emitir pareceres e laudos após minuciosa avaliação.
• A inserção foi de forma gradual  e lenta e sempre a partir de trabalhos voluntários no Tribunal de Justiça, avaliando indivíduos que haviam cometido crimes e com adolescentes infratores.
• O psicólogo atuando no sistema penitenciário, faz seu trabalho há pelo menos 40 anos, mas foi somente a partir da promulgação da Lei de Execução Penal (Lei Federal 7210/84) que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária.
• A participação do psicólogo nas questões judiciais no Estado de São Paulo começou em 1980, no Tribunal de Justiça do Estado, quando um grupo de voluntários orientava pessoas que lhes eram encaminhadas pelo Serviço Social (apoio a questões familiares) - tendo como objetivo principal sua restruturação e posterior manutenção da criança no lar.
• Em 1985, o Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apresentou à Assembléia Legislativa um projeto de Lei criando o cargo de Psicólogo Judiciário - o que significou a consolidação do posto de psicólogo no Sistema Judiciário. (Cesca, 2004; Shine, 1998).
As funções do psicólogo jurídico, no exercício de suas atribuições, são assim sintetizadas:
1. Avaliação e diagnóstico: em relação às condutas psicológicas dos atores jurídicos.
2. Assessoramento: orientar e/ou assessorar como perito - órgãos judiciais em questões próprias
3. Intervenção: planejamento e realização de programas de prevenção, tratamento, reabilitação e integração de atores jurídicos na comunidade - no meio penitenciário, tanto individual quanto coletivamente.
4. Formação e Educação: treinamento e seleção de profissionais para o trabalho na área, além de informação de conteúdos técnicos úteis à sua atuação.
5. Campanhas de Prevenção Social contra a criminalidade em meios de comunicação.
6. Pesquisa de relevância Social e Científica
7. Vitimologia: orientação e acompanhamento psicológico à vítimas de violência.
8. Direito de Família: separação, disputa de guarda, regulamentação de visitas, destituição do poder familiar.
9. Direito Civil: interdição, indenização.
10.Direito Trabalhista: indenizações.
11.Direito Penal: insanidade mental, estudo sobre progressão de pena.
12.Direito da Criança e do Adolescente: Adolescentes infratores, medidas sócio-educativas.
13.Mediação de conflitos
14.Carcerária ou Penitenciária: estudos sobre reeducandos, intervenção junto ao preso e sua família além de trabalho com egressos. 
Outra questão extremamente importante e que abarca a atuação do Psicólogo Jurídico é o trabalho interprofissional. Normalmente, pelo fato do psicólogo jurídico atuar em instituições (Poder Judiciário e instituições de assistência social) , o papel da equipe interprofissional tem como fundamento predominante a interdisciplinariedade, cuja prática objetiva a interação entre os profissionais que buscam um trabalho comum. As equipes interprofissionais estão previstas no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - nos artigos 150 e 151 - que afirma que compete a equipe interprofissional, fornecer subsídios por escrito mediante laudos ou verbalmente (em audiência) - além de trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, prevenção e outros - tudo sob a imediata subordinação à autoridade judicária, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico. Dentro do Poder Judiciário - a equipe mínima de trabalho é composta de psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e outros que se façam necessário. 
O trabalho da equipe interprofissional é um dosprincipais dispositivos para implantação de uma postura de assistência e orientação humanizada. Essas equipes atuam em sintonia e colaboração, para formar uma compreensão integral e compartilhada dos sujeitos em conflito com a lei - além do perfil e dinâmica de suas famílias. Seu funcionamento facilita o compartilhamento de informações, respeito às diferenças, melhores oportunidades para planejamento dos serviços, maior eficiência na resolução dos problemas, aumento na motivação e no sentimento de confiança - além da adesão às sentenças do judiciário.
Diferentes especialidades complementam-se de forma articulada. O trabalho interprofissional - realizado por profissionais de diferentes saberes - mas que tem em comum  - interesses e áreas de atuação afim. Todo este trabalho deve ser conduzidodentro de uma ética possível - preservando sempre a ética profissional que compete a cada especialidade. Para que o trabalho profissional aconteça - há a necessidade de comunicação, troca de saberes, e de transferência de conceitos de uma especialidade para outra. existem alguns aspectos que podem ser facilitadores deste processo: compartilhamento de saberes entre os profissionais, possibilidade de construção de uma compreensão ampliada, autonomia, horizontalidade, diálogo entre os profissionais e integração.
Vamos Testar nossos conhecimentos?
Leia com atenção a questão abaixo...e responda:
Segundo Lago et al.(2009), ao analisar os campos de atuação do psicólogo jurídico, percebe-se um predomínio da atuação desses profissionais enquanto avaliadores. A elaboração de psicodiagnósticos, presente desde o surgimento da Psicologia Jurídica, permanece como forte campo de exercício profissional. Contudo, a demanda por acompanhamentos, orientações familiares, participações em políticas de cidadania, combate à violência, participação em audiências, entre outros, tem crescido enormemente.  Partindo desta concepção, podemos considerar como um dos grandes desafios da Psicologia Jurídica:
a)      Trocar conhecimentos com áreas afins e não se limitar ao conhecimento da ciência psicológica e redimensionar a compreensão do agir humano, considerando aspectos legais, afetivos e comportamentais
b)      Trocar conhecimentos com áreas afins no intuito de agregar informações, mas se limitar ao conhecimento da ciência psicológica.
c)      Redimensionar a compreensão do agir humano, considerando apenas os aspectos comportamentais.
d)      Redimensionar a compreensão do agir humano, considerando os aspectos legais e afetivos.
e)      Trocar informações com áreas afins no intuito, mas se limitar a ciência psicológica por ser esta a única capaz de abarcar a subjetividade humana.
 A resposta correta é: A
A grande importância e contribuição da Psicologia Jurídica é a de humanizar o acompanhamento dos indivíduos em confito com a Lei - bem como redimensionar as relações que estão sendo judicilizadas na sociedade contemporânea. Precisamos entender o agir humano a partir deste referencial e proporcionar ao magistrado e aos operadores do Direito uma nova compreensão do humano em contato com o Judiciário.
Exercício 1:Nos tempos recentes, verifica-se uma importante e fecunda comunicação entre os campos da Psicologia e do Direito. Quanto aos possíveis pontos de intersecção entre esses dois campos - assinale a alternativa incorreta:
A)A Psicologia pode contribuir para uma melhor compreensão sobre os fundamentos psíquicos da Lei, investigando aspectos conscientes e inconscientes na determinação das normas.
B)O estudo das variáveis psíquicas ao ato de julgar é um campo pouco explorado e que encontra fortes resistências por parte dos juristas
C)A Psicologia, ao ser convocada como ciência auxiliar, contribui fornecendo subsídios para fundamentar a tomada de decisão do juiz.
D)A Psicologia Jurídica dispõe de fundamentos epistemológicos próprios que dispensam contribuições oriundas de outros ramos da Psicologia
E)A Psicanálise considera que a inscrição inconsciente da Lei do Pai marca o ingresso do homem na cultura e sua relação com as normas sociais.
Exercício 2:Em relação ao campo da Psicologia Jurídica , observe as afirmativas abaixo e  assinale a alternativa incorreta:
A)Em uma visão ampla do campo da Psicologia Jurídica, situa-se o estudo das implicações das práticas jurídicas sobre a subjetividade dos indivíduos.
B)As avaliações psicológicas - as denominadas perícias psicológicas - são atividades pouco inovadoras no campo de atuação da Psicologia Jurídica. 
C)A Psicologia Jurídica no Brasil é uma das especialidades emergentes da Psicologia - na atualidade.
D)O termo Psicologia Jurídica mostra-se mais apropriado para definir  o campo de atuação do Psicólogo que atua nesta área, do que Psicologia Forense - pois o primeiro é mais abrangente e pode ser utilizado para descrever qualquer trabalho psicológico desenvolvido junto à ciência do Direito e aos sujeitos envolvidos nestas questões.
E)Os objetos de estudo da Psciologia Jurídica são os comportamentos complexos que ocorrem ou podem ocorrer com os indivíduos em conflito com a Lei e que, portanto, são de interesse jurídico e dos operadores do Direito.
Exercício 3:A partir de leituras realizadas sobre o panorama da Psicologia Jurídica no Brasil, observe as afirmativas abaixo e selecione a incorreta:
A)A Psicologia Jurídica tem recebido diversas denominações: Psicologia Forense, Psicologia do Testemunho, Psicologia Criminal, entre outras. A escolha pelo termo Psicologia Jurídica compreende uma maior amplitude para os estudos e conhecimentos desenvolvidos na intersecção entre a Psicologia e o Direito.
B)O objeto de estudo da Psicologia Jurídica é o comportamento anormal do indivíduo, que o leva a desconsiderar as leis vigentes e, conseqüentemente, a realizar uma conduta criminosa.
C)O Direito de Família e a Vitimologia são duas áreas possíveis de estudo e intervenção - a partir da perspectiva da Psicologia Jurídica.
D)O Conselho Federal de Psicologia reconheceu a Psicologia Jurídica, enquanto especialidade, recentemente. Isto ocorreu no ano de 2000.
E)Na Psicologia Jurídica há uma predominância de atividades de caráter avaliativo, que resultam na confecção de laudos, pareceres e relatórios. Todos estes tem a finalidade de dar subsídios às ações dos magistrados.
Exercício 4:“Psicologia Jurídica” é a denominação de uma área da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça, com o Direito. Esta área de atuação psi tem se desenvolvido e cada vez mais se estruturado em nosso território nacional, em consonância com o que acontece no exterior (América Latina e Europa, p. ex.).
  Considerando o exposto acima, analise as sentenças abaixo. 
 I. É difícil se delimitar precisamente o início da Psicologia Jurídica no Brasil, em razão de não existir um marco histórico único que sirva para tanto.
 
 II. A história da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento da profissão, na década de 1960. Tal inserção deu-se de forma gradual e lenta, muitas vezes de maneira informal, por meio de trabalhos voluntários.
 III. Os primeiros trabalhos em Psicologia Jurídica ocorreram na área criminal, enfocando estudos acerca de adultos criminosos e adolescentes infratores da lei.
 IV. O trabalho do psicólogo junto ao sistema penitenciário existe, ainda que não oficialmente, em alguns estados brasileiros há mais de 40 anos. Contudo, foi a partir da promulgação dos Direitos Humanos Universais, que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária e por outras instituições vinculadas à justiça.
 
Assinale a alternativa correta: A)As alternativas I, II e III estão corretas
Exercício 5:“Psicologia Jurídica” é a denominação de uma área da Psicologia que se relaciona com o sistema de justiça, com o Direito. Esta área de atuação psi tem se desenvolvido e cada vez mais se estruturado em nosso território nacional, em consonância com o que acontece no exterior (América Latina e Europa, p. ex.). No que se refere ao histórico da Psicologia Jurídica podemsoafirmar que:
A) É difícil se delimitar precisamente o início da Psicologia Jurídica no Brasil, em razão de não existir um marco histórico único que sirva para tanto.
B)A história da atuação de psicólogos brasileiros na área da Psicologia Jurídica tem seu início no reconhecimento da profissão, na década de 1960. Tal inserção deu-se de forma impactante, por conta de sua importância no cenário político da época, porém, ocorria muitas vezes de maneira informal, por meio de trabalhos voluntários.
C)Os primeiros trabalhos em Psicologia Jurídica ocorreram na área da avaliação de crianças e adolescentes, enfocando estudos acerca de adolescentes infratores da lei.
D)  O trabalho do psicólogo junto ao sistema judiciário existe, ainda que não oficialmente, em alguns estados brasileiros há mais de 40 anos. Contudo, foi a partir da promulgação dos Direitos Humanos Universais, que o psicólogo passou a ser reconhecido legalmente pela instituição penitenciária e por outras instituições vinculadas à justiça.
E)O psicólogo jurídico só consegue trabalhar na área por meio de consurso público e inserção em Varas de Família e Varas da Infância e Juventude.
Exercício 6:O trabalho multidisciplinar é cada vez mais uma realidade. As diversas profissões e seus profissionais têm percebido que a integração do conhecimento se torna cada vez mais fundamental quando se deseja atender o ser humano na sua totalidade. O direito e a psicologia se uniram e surgiu uma nova forma de estudar o homem que foi através da disciplina Psicologia Jurídica. Os objetivos desta nova área do conhecimento são:
A)Elaborar e resolver os conflitos das relações jurídicas das quais participa o indivíduo
B)Compreender o indivíduo que participa de um conflito de relações, para um maior entendimento do comportamento humano e da cidadania
C)Se dedicar ao estudo do comportamento criminal do ser humano, entendendo a observação do cumprimento da pena imposta ao infrator
D)Dirimir controvérsias no campo da psique no que se refere aos conflitos emocionais e comportamentais
E)Dar condições para que os operadores do direito tenham a compreensão do comportamento no intuito de ampliar os conflitos
Exercício 7:Segundo Lago et al (2009) - ao analisar os campos de atuação do psicólogo jurídico, percebe-se um predomínio da atuação desses profissionais enquanto avaliadores. A elaboração de psicodiagnósticos, presente desde o surgimento da Psicologia Jurídica, permanece como forte campo de atuação profissional. Contudo, a demanda por acompanhamentos, orientações familiares, participação na elaboração de políticas públicas, combate à violência, particpação em audiências, entre outros - tem crescido enormemente. Partindo desta concepção, podemos considerar como um dos grandes desafios da Psicologia Jurídica:
A)Trocar conhecimentos com áreas afins e não se limitar ao conhecimento da ciência psicológica e redimensionar a compreensão do agir humano - considerando aspectos legais, afetivos e comportamentais.
B)Trocar conhecimentos com áreas afins no intuito de agregar informações, mas se limitar ao conhecimento da ciência psicológica.
C)Redimensionar a compreensão do agir humano - considerando apenas os aspectos comportamentais.
D)Reconsiderar a compreensão do agir humano - considerando os aspectos legais e afetivos.
E)Trocar informações com áreas afins no intuito de compartilhar conhecimentos - mas se limitar a ciência psicológica por ser esta a única capaz de abarcar a subjetividade humana.
Exercício 8:A Psicologia Jurídica é uma das especialidades da Psicologia, cujos psicólogos podem atuar em diversos campos relacionados com o Sistema de Justiça. Observe as alternativas abaixo e depois a assinale a alternativa correta no que se refere ao trabalho do psicólogo jurídico:
A) É o estudo dos autores do crime, das doenças mentais, da imputabilidade ou inimputabilidade, da violência e das questões judiciais, além de penais e policiais.
B) O trabalho do psicólogo jurídico na Vara da Infância e Juventude compreende o atendimento da população com problemas inerentes aos aspectos jurídicos como situação de abandono, guarda, vitimização, distúrbios do comportamento, problemas de relacionamento familiar que compometam o bem estar da criança e/ou do adolescente.
C) Em casos de envolvimento com a Lei, podendo se colocar na posição de juiz, portanto, podendo julgar e conduzir casos de acordo com o que julgar necessário.
D) Em casos de adoção, de crianças e adolescentes em conflito com a lei e intervenção junto à crianças abrigadas
E) O psicólogo jurídico poderá atuar somente na área criminal.
C) As Afirmativas A, B e D estão corretas.
2 MODULO Avaliação Psicológica em contexto forense
Neste módulo vamos estudar o trabalho do Psicólogo que atua nas Varas de Família - como perito e/ou assistente técnico - avaliando as famílias e/ou casais que estão em litígio e cuja situação precisa da observação cuidadosa do psicólogo para que o juiz possa dar sua sentença e solucionar a demanda solicitada ao judicário. 
Estas são nossas referências básicas de estudo
BRANDÃO, E. P. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Ed. Nau, 2005, pg. 51- 80
SHINE, S. A Espada de Salomão: A Psicologia e a Disputa de Guarda de filhos.  São Paulo. Casa do Psicólogo. 2007. pg 117-177
 
Esta é uma modalidade específica de avaliação com caracteristícas intrínsecas ao seu objeto e objetivo. Chama-se forense se estiver restrita ao ambiente do Fórum. A Psicologia Jurídica é assim chamada porque está relacionada à uma condição mais ampla e diz respeito a tudo que faz interface com o Direito.
O Objeto da avaliação em questão é um problema a ser resolvido e sempre há uma questão a responder, enquanto que o objetivo da avaliação é a demanda que é feita ao psicólogo em sua avaliação.
Em casos de disputa de guarda, na Vara de Família, recorre-se ao perito psicólogo com o intuito de buscar uma resposta a questões problema de origem e natureza psicológicas, mas cujo objetivo final é definir o guardião legal de uma criança. Uma vez que a abordagem da Psicologia se caracteriza, então, pela dimensão subjetiva - em última instância o objeto da observação e da avaliação psicológica - é sempre pertinente ao sujeito.
 A perícia psicológica consiste em um exame que se caracteriza pela investigação e análise dos fatos e pessoas, enfocando os aspectos emocionais e subjetivos das relações entre as pessoas, estabelecendo uma correlação de causa e efeito das circunstâncias, e buscando a motivação consciente e inconsciente para a dinâmica da personalidade dos envolvidos (ex.: casal e filhos). É preciso sempre estar atento a toda dinâmica do casal - seus relacionamentos dentro e fora do casamento e a forma como lidam com a própria situação que demandou o litígio. Como muitas vezes a avaliação psicológica vem para responder que pode ser o melhor guardião de uma criança - na disputa entre os pais - a observação acurada e cuidadosa de relação de ambos com a criança é fundamental para que uma resposta fidedigna seja dada ao juiz e incorporada ao processo.
O  trabalho técnico do perito envolve o contato tanto com o cliente quanto com as pessoas que serão avaliadas - a considerar que o cliente neste caso é o juiz (aquele que quer subsídios para sua decisão e faz questionamentos ao perito). A leitura dos autos do processo é um passo importante para o bom desenvolvimento do seu trabalho - seja como perito oficial do juiz, seja como assistente técnico. Esta leitura, assim como conhecer todos os meandros e detalhes de um processo judicial (tais como prazos, procedimentos, petições e termos) é decisivo para o entendimento da questão legal em jogo - bem como para apreciar toda a dinâmica processual. 
A entrevista psicológica é a técnica por excelência à qual se associa o trabalho do pscólogo. Alguns autores sugerem que a avaliação da família em litígio seja feita por uma equipe interdisicplinar  - dado o caráter desgastante da própria atividade pericial. 
Vamos entender que são as pessoas que fazem parte deste processo?
1. Perito: nomeado pelo juizsegundo critérios de confiança e capacitação.
2. Assistente Técnico: Profissional indicado, opcionalmente, pelas partes, na função de consultor para reforçar a argumentação apresentada nos autos.
Vale ressaltar que ambos são importantes e podem/devem fazer parte do processo avaliativo dentro do contexto forense/jurídico.
O PERITO PARCIAL OU ASSISTENTE TÉCNICO
Neste caso o psicólogo pode e deve agir com isenção, conduzindo seu trabalho segundo os referenciais técnicos e éticos de sua área.
Ao atuar para uma das partes tornar-se-á parcial e isto, não quer dizer que o psicólogo irá descuidar-se de fazer tudo conscienciosamente. Dentro da prática pericial, existem alguns assistentes técnicos que imbuídos pela lógica adversarial, pretendem que o seu laudo fique a favor de quem o contratou, não existindo nenhum compromisso com a imparcialidade ou isenção. Estes assistentes, também chamados de “pistoleiros”  - são antiéticos ao defender  uma das partes ou um determinado resultado, por meio de omissão de dados desfavoráveis. Esta é uma prática incompatível com a obrigação do perito de dizer a verdade.
Perito adversarial: é aquele que procede uma avaliação imparcial, mas com término do processo, ele se coloca ativamente e abertamente do lado do genitor escolhido como mais adequado. Esta é uma posição perigosa, pois a função de julgamento cabe exclusivamente ao juiz.
O profissional perito deve, portanto, simplesmente apresentar as descobertas, opiniões e previsões de forma imparcial e neutra.
Em uma disputa de guarda, explicitar a dinâmica familiar tanto para o juiz quanto para os próprios membros seria a tarefa precípua de uma avaliação psicológica forense.
A avaliação psicológica realizada deve ser traduzida em um relatório que chamamos laudo pericial e juntada nos autos para que o juiz possa se valer de mais esse cabedal teórico e técnico, antes de dar sua sentença sobre o caso. Em outras palavras, o laudo tem como objetivo fornecer subsídios para auxiliar o juiz na decisão judicial.
A Lei 4119 de 27 de agosto de 1962 que dispõe sobre a regulamentação da profissão de psicólogo, afirma que dentre outras coisas, “cabe ao psicólogo realizar perícias e emitir pareceres sobre a matéria de Psicologia”.
A avaliação psicológica será realizada mediante as preferências e escolhas técnicas do profissional que a realiza – não havendo protocolo específico para tal. Na maioria dos casos são feitas entrevistas semi-dirigidas com as pessoas envolvidas além da aplicação de testes – quando necessário. Entrevistas com terceiros envolvidos e instituições também são comuns.
 Quais são nossas maiores dificuldades?
Em uma disputa de guarda, quando vamos avaliar os genitores - temos algum instrumento que seja especializado para determinar qual é o melhor para tornar-se detentor da guarda? Temos definições esteriotipadas que podem nos confundir e até nos trair quanto à esta realidade.
Quando escolhemos um genitor – automaticamente excluímos o outro genitor da vida da criança – que passará a visitá-lo periodicamente. Este pode se sentir incapaz de exercer tal função, se sentir humilhado e até descartado – o  que ajuda no seu afastamento e até desligamento da função de pai ou mãe.
O laudo psicológico acaba servido de combustível para o fogo da desavença familiar, reacendido a cada decisão judicial. Se o psicólogo auxilia o magistrado a decidir o melhor guardião – por um lado, por outro, ele fornece um poderoso instrumento – com argumentos técnicos sobre defeitos e virtudes de um e de outro – para s famílias darem prosseguimento aos processos judiciais.
Percebe-se também que o embate judicial entre pai e mãe – servem para que estes deem continuidade ao casal conjugal e às suas dificuldades de elaboração do luto desta conjugalidade. Aqui, “ o litígio está a serviço de uma busca de reencontro ou aproximação daquele ou daqueles que não se conformam em estar separados”.
 Muitas vezes os filhos são usados como instrumentos de vingança e constrangimento, não havendo bom senso que faça apelo ao fim do conflito. É certamente impróprio indagar à criança com quem ela deseja ficar, cuja decisão pode acarretar, num outro momento, grave sentimento de culpa por rejeitar um dos genitores.
É comum a fantasia infantil de que os pais voltarão a conviver harmoniosamente no mesmo espaço doméstico. Embora vivendo num lar cujos pais estão infelizes com o casamento, as crianças não experimentam o divórcio como solução ou alívio para tal situação.
Muitas preferem o casamento infeliz a separação. Assim, pedir para que a criança se posicione em relação ao divórcio soa inábil e de certa forma, contrário aos seus interesses.
Dolto (1989) – afirma que a criança deve ser ouvida pelo juiz, o que não pressupõe lhe impor a escolha dos genitores e seguir o que ela sugere. Escutar a criança tem como significado o fato de ela ser membro da família e ter vontade de falar sobre o que se passa com ela, assim como tirar dúvidas sobre tal situação. Ao final, é importante a criança saber que o divórcio dos pais foi reconhecido como válido pela justiça e que, dali por diante, os pais terão outros direitos – mas que não estão liberados de exercerem seus deveres de parentalidade.
É comum a criança se sentir culpada pela separação e daí se sentir um peso para os pais. Por isso, é preciso ficar atento às preferências da criança quanto à guarda e súbitas intenções de mudança. Também é muito comum que a criança faça aliança com que dispõe de sua guarda – isto ocorre por conta do tempo de convivência prolongada e de afinidades – mas esta condição também precisa ser observada.
Exercício 1:Marcos, psicólogo clínico, foi procurado por um antigo paciente - José, para que atuasse como consultor e conselheiro em um processo no qual era disputada a guarda de seu filho de sete anos de idade. José contou que havia se separado recentemente, após descobrir que a esposa o traía. Alegou que não pretende deixar o filho aos cuidados de uma mulher sem moral e que nunca poderia servir de exemplo para o menino. Questionado sobre de que forma José acreditava que Marcos poderia ajudá-lo, o antigo cliente disse que, inicialmente,ele poderia poderia redigir um laudo, para ser apresentado ao juiz, no qual fosse demonstrado que ele - o genitor - tinha total capacidade de cuidar do filho. O psicólogo perguntou se poderia entrevistar a ex-esposa e José disse que não se incomodaria, mas enfatizou que certamente ela se recusaria a comparecer. Marcos aceitou a proposta de trabalho.
A respeito da situação acima relatada, assinale a alternativa incorreta
A)a função que Marcos foi chamado a assumir é conhecida como assistente técnico e se trata de forma legítima de atuação profissional junto a lides judiciais, inclusive com fundamentação legal no Código de Processo Civil.
B)o assistente técnico é um profissional de confiança, indicado por uma ou ambas as partes, com o objetivo de exercer funções semelhantes à do perito, além de também atuar como consultor, esclarecendo ou interpretanto os fatos da causa.
C)atuando como assistente técnico de José, Marcos poderá constestar o laudo produzido pelo perito oficial, como também auxiliar o colega no esclarecimento da situação apresentada
D)quando trabalha como assistente técnico é comum que o profissional seja levado a atuar de forma parcial, uma vez que geralmente não há contato com a outra parte
E)Marcos está correto em ter aceito tal atribuição uma vez que, sendo assistente técnico e já ter sido terapeuta -  poderá atuar com isenção e consequentemente irá comproeender melhor a situação como um todo.
Exercício 2:Tereza é psicóloga clínica e trabalha em seu consultório particular. A mãe de André constituiu Tereza como sua assistente técnica  - no processo judicial de Regulamentação de visitas - para trabalhar conjuntamente à psicóloga perita do juízo. Assinale a alternativa correta:
A)Tereza está impedida de atuar como assistente técnica do caso porque não está ligada ao Tribunal de Justiça. Só poderia atuar como psicóloga jurídica se atuasse em uma das Varas
B)Terezadeve realizar seu trabalho no sentido de defender todos os interesses de quem a contratou . Deve defender a genitora em questão e buscar oferecer questões à perícia, através de quesitos, que mostrem o quanto a outra parte é inadequada
C)Tereza só poderá atuar como assistente técnico contratada pela genitora no caso de avaliar devidamente a ela a ao genitor. Só assim, poderá desenvolver uma visão não-adversarial sobre o caso.
D)Tereza  poderá desenvolver um trabalho imparcial buscando neutralidade ainda que se atenha a avaliar a parte que a contratou, ou seja, a genitora.
E)Tereza não pode atuar como assistente técnica porque atua como psicóloga clínica e este é um impedimento ao cumprimento desta função.
Exercício 3:Em uma pesquisa de grande repercussão nacional que avaliava a atividade pericial no Brasil, Shine (2005) concluiu que:
A)A aplicação do modelo clínico às avaliações psicológicas periciais é a melhor opção para corresponder às demandas dos operadores do Direito ao perito.
B)De modo geral, os psicólogos não tem clareza sobre como as questões psicológicas fazem a interface com as questões legais que devem ser apreciadas.
C)O Código de ética do psicólogo e as resoluções e documentos do Sistema Conselhos de Psicologia definem com clareza o escopo e os limites da atuação do psicólogo na área jurídica.
D)É impossível identificar um modelo preferencial na atividade pericial, de modo geral esta é deixada a critério de cada profissional.
E)Embora a demanda de laudos periciais seja crescente, as autoridades judiciárias tendem a considerar pouco relevantes as informações apresentadas nos laudos.
Exercício 4:Neiva, psicóloga autônoma, foi contratada por uma mãe que requer a guarda unilateral da filha judicialmente. Trata-se de uma menina de 04 anos de idade, que, independente da regulamentação de sua guarda sempre viveu com a genitora, desde o nascimento. O pai, ora requerido, nunca residiu com elas. Além da guarda exclusiva, a requerente - mãe da menina - insiste que o pai não a retire de casa na visitas, alegando que ele é emocionalmente instável e que é impulsivo e por isso, pode colocar a menina em risco. Em relação ao trabalhos desta profissional - assinale a alternativa correta:
A)Neiva assumirá a função de perita adversarial  na avaliação
B)Neiva deve assessorar o  advogado da genitora mas não terá outro papel na perícia.
C)Neiva atuará como perita parcial (assistente técino) da mãe e do pai - requerente e requerido.
D)Neiva atuará como perita imparcial (assistente técnico) da mãe e deverá, ainda assim, avaliar o requerido a fim de manter sua imparcilidade.
E)Neiva atuará como perita imparcial (assistente técnica) da mãe. O pai poderá contratar o seu assistente técnico se assim o  desejar.
Exercício 5:Analise as seguintes afirmativas concernentes à relação entre a família, as crianças e adolescentes e o discurso jurídico:
I. Na literatura especializada sobre o tema das disputas familiares, pode-se encontrar, frequentemente, a ênfase na importância dos casais conseguirem diferenciar conjugalidade e parentalidade no processo de separação conjugal para diminuir o risco de que crianças e adolescentes envolvidos sofram demasiadamente.
II. Mesmo nos casos de violência doméstica contra a criança e o adolescente, é importante adotar medidas de proteção que visem o fortalecimento dos vínculos familiares, como preconiza o Estatuto da criança e do adolescente (ECA) e como recomenda a literatura especializada, pois a família não deixa de ser o melhor ambiente para o desenvolvimento infanto-juvenil.
III. Os pais em disputa de guarda tem uma forte tendência de levar a esta "briga judicial" - questões relativas ao casal e que só prejudicam a solução dada à própria disputa e consequente determinação de quem será o guardião da criança.
A partir dessa análise, pode-se concluir que estão corretas:D)Todas afirmativas estão corretas
Exercício 6:Em relação à atuação do psicólogo nos processos judicais em Direito de Família, a literatura sobre o tema se divide entre os autores e pesquisadores que defendem o exercício da função pericial por meio dos métodos e técnicas de avaliação psicológicas e aqueles que que se posicionam contrários à atuação do pscólogo como perito estricto sensu nesses processos. Sobre esse tema, relevante para atuação dopsicólogo no Tribunal de Justiça, analise as seguintea afirmativas.
I. Para os defensores da atuação pericial, a questão é conseguir focalizar o objetivo do trabalho na demanda jurídica que é endereçada ao psicólogo e avaliar as competências inividuais e a qualidade do relacionamento entre os membros do grupo familiar, para emitir um laudo que possa contribuir efetivamente para o deslinde da questão processual.
II. Os críticos da atuação estritamente pericial do psicólogo afirmar que a perícia, segundo o Código Civil e o Código deProcesso Civil e seus mais importantes intérpretes na literatura brasileira, é procedimento de produção da verdade que, em relação aos conflitos familiares transformados em processos judicais, tende a definir e reproduzi padrões de comportamentoidealizados, normatizando-os. Por isso, esses autores entendem que no trabalho com as questões que emergem dos conflitos familiares, o objetivo deve ser intervir no conflito apresentado e não simplesmente avaliar e relatar, pois dessaforma estaria considerado o sofrimento das pessoas envolvidas e nao somente a demanda jurídica.
III. As definições de funções do psicólogo que atua junto à Justiça como servidor, por exemplo, a definição de funções da equipe multidisciplinar nos artigos 150 e 151 do ECA ou mesmo as atribuições do cargo de psicólogp judicial definidas pelo Tribunal de Justiça, não restringem esta atuação ao procedimento de perícia tal como estabelecido pelo Código Civil  Código de Processo Civil.
A partir desta análise, pode se concluir que estão corretas:C)Todas as afirmativas estão corretas
Exercício 7: As mudanças sociais e as transformações das normas legais tem trazido diferentes demandas ao psicólogo que trabalha na área jurídica. Outro fator que contribui para o aumento da demanda de avaliações psicológicas na esfera jurídica pode ser atribuído a:
A)grande pressão exercida pelos sindicatos da profissão
B) número crescente de ações envolvendo questões trabalhistas
C) desorganização da área de cuidados sociais dentro das instituições
D) judicialização dos conflitos interpessoais
E)insuficiência de assistentes sociais atuando na esfera pública
Exercício 8: O juiz determinará estudo pericial de um caso e para tanto solicitará o trabalho do Setor Técnico do Fórum, quando:
A) não possuir o tempo ncessário para se debruçar sobre a matéria
B)a prova de fato depender de conhecimentos técnicos ou científicos
C)conhecer as partes e necessitar não se envolver pessoalmente com a avaliação da prova
D) necessitar melhorar o fluxo de processos em seu cartório
E)necessitar ouvir crianças com dificuldades de expressão de sentimentos
Exercício 9: (Colaboração - Campus Cidade Universitária - 2012) O conceito de juízo está diretamente relacionado aos seguintes pontos: concerne à faculdade psicológica do profissional, embasada no universo sócio-cultural do indivívuo, em discernir, imparcialmente, entre duas situações conflitantes - em geral de defesa e de acusação. A partir de tal dinâmica psíquica, o merítissimo elabora um enunciado sobre a questão - o verdicto e o ratifica como julgamento ou sentença declaratória. É nesses termos que o juízo pressupõe uma apreciação legal, comparação cultural e avaliação psicológica dos fatos do litígio - posteriormente, postulados não pessoais sobre ela. Assim, considere as seguintes afirmativas:
I. o trabalho do pscólogo jurídico em muito irá contribuir para essa tomada de decisão, pois possibilitará ao juiz visualizar um pouco da dinâmica psíquica de quem está sendo avaliadoe terá assim maiores elementos para sua tomada de decisão.
II. não tendo o juiz conhecimento específico de todas as áreas da ciência, este se utiliza da figura do perito para formar o seu convencimento.III. embora o trabalho de um perito tenha como objetivo ajudar um juiz, ele deve sempre desconfiar do laudo trazido por uma das partes, pois este profissional necessariamente estará sendo parcial, uma vez que está trazendo elementos apenas de uma das partes envolvidas no processo.
Está correto o que se afirma na alternativa:C) apenas as afirmativas I e II estão corretas
Exercício 10: (ENADE 2006 - Adaptada) Situação: Um casal recém-divorciado não consegue entrar em acordo com relação à guarda dos filhos, um menino de 05 anos e uma menina de 03 anos.  A mãe quer permanecer  com os dois filhos com visitas e fins de semana alternados com o pai, mas este quer a guarda das crianças, com o mesmo sistema de visitas e fins de semana alternados, pois julga a mãe negligente com relação às crianças. Esta acredita que isto se deva ao ressentimento dele por ela ter solicitado a separação. Várias conversas foram tentadas e não foi possível chegar a um acordo. O juiz solicita a intervenção de uma psicólogo. O psicodiagnóstico que incluísse entrevistas e métodos projetivos poderia ser mais útil neste caso para:
A) traças um perfil de personalidade da mãe das crianças que permitisse confirmar ou descartar sua negligência
B) avaliar a capacidade dos pais de lidar com fatores de sobrecarga emocional
C) traçar um perfil de personalidade do pai mostrando a possibilidade ou o impedimento para cuidar das crianças
D) definir presença de transtornos depressivos associados aos comportamentos descritos
E) relacionar a influência de distúrbios de pensamento sobre a percepção da realidade
3 MODULO
Neste momento vamos aprender mais sobre o Estatuto da Criança e do Adoelscente - Lei  8069/1990 - criada especialmente para proteger crianças e adolescentes de situações/atos promovidos ou omissos - tanto pelo Estado como pela família e que provocam a violação dos direitos destas.
Nossa leitura será : Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990).
O artigo 227 da Constituição Federal Brasileira - afirma em sua integra que - "É dever da família, da sociedade e do Estado com absoluta prioridade o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Quando da elaboração da Constituição Federal - este artigo foi pensado a partir da atuação do Movimento Nacional dos meninos e meninas de rua e Pastoral do Menor - que mobilizou centenas de brasileiros no sentido de buscar e garantir a primazia do cuidado às crianças e adolescentes do Brasil. Esta proposta tinha como objetivo primordial - extinguir em definitivo o "Código de Menores" - que era um compêndio de determinações antiquado e que figurava a idéia central de controle e discriminação desta população - determinado pelo então regime ditatorial vigente da época.
O Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei de 13 de julho de 1990 - permanece até os dias de hoje como uma mudança pontual na legislação brasileira. Através dele foi dado um novo enfoque à proteção integral, uma concepção sustentadora da Convenção Internacional dos Direitos da Criança e do Adolescente aprovada pela Assembléia Geral da ONU - em 20 de novembro de 1989. A partir da Constituição de 1988 e do Estatuto da Criança e do Adolescente - nossas crianças e adolescentes - sem distinção de raça, classe social, ou qualquer outra forma de discriminação, passaram de "objetos" do Estado a sujeitos de direitos - e passaram a ser compreendidas como pessoa em desenvolvimento. Por conta disto, deve ser assegurado a todas elas a prioridade absoluta na formulação de políticas públicas e destinação de recursos nas dotações orçamentárias das diversas instâncias administrativas do país - ou seja, nos governos municipal, estadual e federal.
Vamos agora conhecer os preceitos básicos que regem o Estatuto da Criança e do Adoelscente.
O Estatuto da Criança e do Adolescente 
Art 1º. Esta lei dispõe sobra a proteção integral à criança e ao adolescente
Art 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos incompletos, e adolescentes entre doze e dezoito anos de idade.
Explicação: é importante considerar esta distinção - principalmente quando estamos nos referindo à compreensão de ato infracional e posterior aplicação das medidas socioeducativas, Isto quer dizer que - criança não comete ato infracional e a ela será aplicada medidas de proteção e aos pais medidas que o responsabilizem. Já para o adolescente poderá ser compreendido o ato e consequente aplicação de medida socioeducativa.
Parágrafo único Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Explicação: o que se considera aqui é o momento em que o fato observado ocorreu - assim - mesmo que o adolescente já tenha completado a maioridade - ele terá sua responsabilidade aplicada dependendo da idade em que oato infracional ocorreu - por exemplo.
 Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.
Explicação: aqui as crianças sairam do papel de sujeitos em situação de irregularidade - como era compreendido no Código de Menores e passa e ser compreendido como um sujeito de direitos e pertinente à proteção integral - que passa a ser garantida por lei.
Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. 
Explicação: Neste artigo fica explícito qual a responsabilidade da sociedade e dos órgãos públicos em relação aos cuidados que devem ser colocados à disposição das crianças e adolescentes. Fica declarado também quais são as prioridades em relação ao que deve ser oferecido às crianças e aos adolescentes em sua totalidade.
 Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. 
Explicação: A sociedade como um todo deve responsabilizar-se por qualquer criança e/ou adolescente que conheça e que esteja sendo alvo de exploração, negligência, violência ou discriminação. Todo e qualquer caso deve ser denunciado junto aos órgãos competentes de proteção a violação de direitos.
Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais. 
Explicação: O Conselho Tutelar é o principal órgão de proteção à criança e ao adolescente e surgiu - exatamente a partir da implantação do Estatuto da Criança e do Adolescente. A escola, a creche, o hospital ou qualquer instituição ou cidadão podem realizar a denúncia de maus-tratos e esta não precisa ter seu denunciante identificado.
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidosna Constituição e nas leis.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 
 Explicação: estes artigos colocam a criança e o adolescente em condição de igualdade em relação à qualquer outro indivíduo e não permite que seja feita nenhuma qualidade de discriminação. As atitudes, idéias e liberdade de expressão devem ser respeitadas e toda e qualquer instituição deve valorizar a criança e o adolescente em sua plenitude.
 Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.
§ 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou colocação em família substituta
§ 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de acolhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade judiciária.
§ 3o A manutenção ou reintegração de criança ou adolescente à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providência, caso em que será esta incluída em programas de orientação e auxílio, nos termos do parágrafo único do art. 23, dos incisos I e IV do caput do art. 101 e dos incisos I a IV do caput do art. 129 desta Lei. 
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente considerada. 
 Explicação: A família é sem dúvida a principal referência que toda criança e todo adolescente tem em sua história de vida e portanto, todos tem o direito de ser criado em ambiente familiar - seja em sua família de origem , seja em uma família substituta. Há que se considerar que a família substituta (seja uma mãe social ou a família extensa) - deve ser o acolhimento escolhido em caráter provisório - sempre dando a oportunidade para que a família natural se reorganize e possa - no menos tempo possível - trazer seus filhos para sua convivência.
Exercício1: Escolha a alternativa correta a respeito do Estatuto da Criança e do Adolescente (Brasil, 1990):
A) O Estatuto da Criança e do Adolescente é uma legislação que os psicólogos jurídicos das Varas da Infância e Juventude podem utilizar, mas não é indispensável.   
B) A promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente ocorreu num momento em que o Brasil se constituía num Estado de Direito, por esta razão, no que se refere à infância e juventude, é garantido ao Estado o direito de tornar crianças e adolescentes objetos de sua intervenção.  
C)O Código de Menores fundamenta-se numa concepção de infância e juventude divergente daquela adotada no ECA.   
D)O Poder Público, a comunidade e sociedade em geral são responsáveis por garantir, prioritariamente, os direitos da criança desde necessidades básicas como alimentação, saúde e educação até o direito de viver em família e comunidade. À família apenas cabe ser o objeto de intervenção estatal a fim de garantir estes direitos.  
E)O profissional de psicologia atuante em outras áreas, deparando-se com situações nas quais os direitos da criança e do adolescente são violados, lhe é facultativa a denúncia, pois o mesmo deve considerar as questões que envolvem o sigilo, bem como a sua integridade física. 
Exercício 2: A possibilidade de atuação do psicólogo junto à Justiça está descrito no art. 150 do ECA “manutenção de equipe interprofissional, destinada a assessorar a Justiça da Infância a Juventude”. O art. 151 descreve as atribuições da equipe. Assinale a alternativa que se relaciona ao artigo citado
A)Fornecer subsídios por escrito mediante atestados ou verbalmente na audiência, desenvolver atendimentos psicoterápicos apenas nos casos em que for detectada necessidade.
B)Elaborar laudos psicossociais em que priorize aspectos de dependência afetiva detectados.
C)Fornecer subsídios por escrito, mediante laudos, ou verbalmente na audiência, e desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento.
D)Fornecer subsídios verbalmente na audiência, e desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento.
E)Fornecer subsídios por escrito mediante prévia apresentação verbal aos advogados constituídos, desenvolver atendimentos psicoterápicos apenas nos casos em que for detectada necessidade.
Exercício 3:No que se refere ao ECA, analise as alternativas abaixo e assinale depois a alternativa correta:
I- As medidas protetivas contempladas no ECA preveem, sobretudo o controle, reforma e educação para aqueles que vivem em situação de abandono.
II- O Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos e de proteção integral
III- O dever pela proteção integral da criança cabe á família.sociedade civil e poder público.
IV- O ECA não indica a colocação de crianças e adolescentes em família substituta para que não ocorra a quebra de referência e vínculo com a família de origem.
V- O ECA compreende a criança e o adolescente como objetos de intervenção, apoio e encaminhamento.
B)As alternativas II e III estão corretas
Exercício4:No Estatuto da criança e do adolescente (Brasil, 1990), a criança e o adolescente são apontados como sujeitos de direitos especiais proteção integral e irrestrita. Quanto às disposiçõs preliminares do Título I - artigos 1 a 5, considere as seguintes afirmativas:
a nos casos em que a Lei determinar, deverá ser constantemente aplicado o ECA às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
b considerase criança a pessoa com até doze anos incompletos e adolescentes aquelas entre treze e dezoito anos incompletos.
c a garantia de prioridade para o dolescente compreende a primazia na formulação das políticas públicas relacionadas ao lazer e a cultura.
d- na aplicação desta Lei, deverão ser levados em conta os fins sociais a que ela se destina.
e a garantia de prioridade para a condição de criança e adolescente compreende a preferência na formulação e na execução das políticas socias públicas de saúde, educação entre outras.
Agora, dentre estas, assinale a alternativa correta:E)Todas as afirmativas estão corretas
Exercício5:Assinale a alternativa correta que ilustra as diferenças entre o antigo Código de Menores e o Estatuto da criança e do adolescente (Brasil, 1990):
A)O Código de Menores concebia a criança como um sujeito a ser enquadrado pela família e pelo Estado ao passo que o ECA contempla todos os deveres que a criança tem que cumprir.
B)No caso do ECA há uma visão ortodoxa e punitiva para as crianças que apresentam problemas de comportamento e no Código de Menores, estas eram vistas como objetos de intervenção, sobretudo as que estavam em situação irregular.
C)No Código de Menores, há um conjunto de leis que norteiam as relações da família com o Estado e no ECA - uma preocupaçãocom o bem estar de famílias que venham a adotar crianças abrigadas.
D)O Código de Menores concebia as crianças como objetos de intervenção, assistência e proteção ao passo que o ECA concebe as crianças e adolescentes como sujeitos de direitos que precisam receber proteção integral da família, sociedade, Estado e do Poder Judiciário.
E)O Código de Menores abarcava somente as crianças menores de 12 anos enquanto que o ECA estabelece prioridade para crianças de até 12 anos e adolescentes de até 18 anos.
Exercício6:Promulgado em 13 de julho de 1990, O ECA é considerado um documento exemplar de direitos humanos, concebido a partir do debate de idéias e da participação de vários segmentos sociais envolvidos com a causa da infância no Brasil. Quanto ao ECA, julgue os itens abaixo:
I o reconhecimento pela sociedade moderna de que as crianças são detentoras de direitos inalienáveis, inerentes à pessoa humana, é, consequência do amadurecimento qualitativo da humanidade e da sociedade brasileira.
II- a lei 8069/90 protege os pequenos infratores e sobrepõe-se à autoridade dos pais e professores
III o ECA é fruto de uma passagem de uma legislação de princípios autoritários e representativos a uma legislação de princípios demacráticos.
IVo ECA privilegia os direitos das crianças e dos adolescentes e não os deveres, sendo o Brasil um país sem condições de implementá-lo
V- fruto da luta da sociedade pelos direitos infanto-juvenis, o ECA garante que todas as crianças e adolescentes, independente de cor, raça ou classe social, sejam tratados como cidadãos.
Estão corretas:B)Alternativas I, III e V
Exercício7:O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), legislação criada em 1990, prevê as medidas de proteção a serem aplicadas em vários casos. Dentre os casos abaixo, podemos dizer que elas devem ser aplicadas.
I. no caso de um criança que foi vítima de violência ou de abuso sexual por parte do pai, com sua colocação em uma instituição de acolhimento, pois a mãe não acredita em sua versão da história e não apresenta um comportamento protetivo.
II. no caso de uma criança que foi encontrada em situação de trabalho escravo, a fim de garantir seu atendimento junto à rede de atenção primária à saúde, e sua inserção na escola.
III. no caso de um adolescente autor de ato infracional, com sua colocação em uma instituição privativa de liberdade.
É correto o que se afirma em: A) Alternativas I e II
Exercício 8:Segundo o ECA (Estatuto da criança e do adolescente, 1990), o adolescente apreendido em flagrante de ato infracional será encaminhado:
A) Aos familiares - desde que apresentado corretamente o endereço
B) À atutoridade policial competente
C)À autoridade judiciária
D)À Diretoria do estabelecimento de ensino em que o adolescente infrator estiver matriculado
E) À sua residência - uma vez que não é permitido prender o adolescente sem que o policial esteja acompanhado de um membro do conselho tutelar
4 MODULO Síndrome de alienação parental – a exclusão de um terceiro
Nossos estudos de hoje terão como foco principal a "Síndrome de Alienação Parental" -fenômeno muito observado entre os casais em litígio e que tem sido tese de muitos estudos envolvendo situação assim. Para fundamentar nosso estudo segue texto base:
Leitura Básica ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MÃES SEPARADOS (ORG.)  Síndrome da alienação parental e a tirania do guardião: aspectos psicológicos, sociais e jurídicos. Porto Alegre. Editora Equilíbrio. 2007. pg 29-80
Alienação conotação negativa e sempre coloca o alienado alheio aos acontecimentos e atrelado ao alienador.
Descrita pela primeira vez por Richard Gardner psiquiatra americano que observou comportamentos alienadores em algumas mães em processo de separação litigiosa. Pode ser descrita como o conjunto de comportamentos advindos da falta de contato entre um dos pais com os filhos. 
Os comportamentos apresentados pela criança  iniciamse com um afastamento progressivo do progenitor que não detêm a guarda mediado por aquele que a tem. Dois fenômenos são fortemente observados: o desapego com o genitor ausente e a simbiose forçada com o genitor presente combinando a dependência exacerbada por um e o ódio pelo outro. 
Os sentimentos nas crianças são os mais diversos e de uma relação boa com a mãe e o pai – termina no afastamento total deles. Aliado ao genitor que tem a guarda, o filho passa a nutrir os mesmos sentimentos que este em relação ao genitor afastado.  Os pais alienadores mostram-se instáveis, controladores, ansiosos, agressivos, paranoicos e até perversos. 
Todas estas características ficam mais evidentes durante o processo de separação litigiosa.  Nota-se que o alienador projeta nos filhos todas as suas frustrações, numa possibilidade de atingir o outro progenitor. O alienador acredita – mesmo que inconscientemente – poder formar entre ele e o filho uma díade completa – onde nada falta – privando a criança do contato – até mesmo de manifestar sentimentos e percepções.  O alienador vai de maneira insidiosa – persuadindo seus filhos, levando-os a um afastamento progressivo do outro progenitor. Este distanciamento pode ser vivenciado pela criança como um desamparo – resposta a uma situação que o sujeito tem de enfrentar sem ter recursos para tal. 
O genitor ausente ou alienado - privado do contato com o filho, tem uma vida marcada pelo estresse advindo de uma luta infrutífera, apresentando frequentemente comportamentos depressivos.  As crianças que vivem sob uma situação de alienação parental – são ansiosas, tem baixo-autoestima, agressivas se estão sempre prontas para se “defender”. 
Dolto afirma que “é necessário para a criança que haja um adulto que a impeça de ter intimidade total com seu genitor” – e complementa: “o menino precisa de homens para se construir, mesmo que esteja confiado a guarda da mãe”. Termina afirmando – “Tanto a menina quanto o menino precisam da presença masculina para se desenvolver bem”. 
A SAP é danosa em vários sentidos, sendo que o principal deles é o de causar uma hemiplegia simbólica nas crianças que dela são feitas vítimas, na medida em que pretende excluir uma das figuras parentais.
Quem é o genitor alienador?
Ele é produto de um sistema ilusório criado por ele mesmo onde todo o seu ser se orienta para a destruição da relação com o outro genitor. Ele não consegue individualizar – reconhecer os filhos como seres humanos separados de si mesmo. Deixar os filhos em contato com o outro genitor ou mesmo qualquer outra pessoa é para ele – como arrancar parte do seu corpo, sendo muito convincente seu desamparo e nas suas descrições quanto mal a que ele foi inflingido e às crianças pelo genitor alienado.
O que é clássico na SAP?
Recusar chamadas telefônicas
Organizar atividades com os filhos quando do período de visitas do outro genitor
Apresentar o novo relacionamento como “seu pai” ou “sua mãe” – em substituição ao genitor descontínuo.
Interceptar correspondências e/ou presentes.
Desvalorizar e insultar o outro genitor na presença dos filhos.
Recusar dar informações da vida do filho ao outro genitor.
Impedir o genitor alienado de exercer seu direito de visita.  
8.   “Esquecer” de avisar o outro genitor de compromissos importantes da criança. 
       Ameaçar os filhos caso estes mantenham contato com o outro genitor.
       Culpar o outro genitor por comportamentos inadequados dos filhos.
Outras características importantes
O relacionamento desses genitores que tentam destruir o vínculo de seu ex-parceiro, com seus filhos, é frequentemente caracterizado nos registros periciais, ou no relato das testemunhas, como extremamente controlador e simbiótico.
2.  A simbiose é clara quando ao exame de determinadas situações encontramos crianças incapazes de autonomia no fazer e no pensar, reportando-se para tudo e a todos os momentos ao genitor alienador que funciona como um “ego auxiliar” – sem o qual essas crianças parecem incapazes de sobreviver.
3. Os genitores alienadores são superprotetores e para livrar-se do genitor alienado podem fazer falas denúncias de abuso sexual e/ou físico e psicológico.4. Existem pais alienadores que impedem que visitas ocorram – até mesmo as vigiadas e impedem ou dificultam que o trabalho pericial seja feito – distanciando a criança do contato com qualquer pessoa externa ao seu relacionamento com ela.
5. Podem apresentar comportamentos psicopático, impulsivo e agressivo injustificado.
6.  O genitor alienador sempre tem certeza das suas acusações.
7.  A Síndrome de alienação parental é uma forma de violência psicológica e deixa sequelas irreparáveis – o alienador é o real abusador.
8. O alienador precisa de cuidados psicológicos de urgência e até o possível afastamento seu da criança – embora isto custe mais um desamparo para a criança – que também precisa ser cuidada emocionalmente.
Exercício1:Sobre a Síndrome de Alienaçao Parental é correto afirmar:
A)Ocorre exclusivamente no período pós-separação.
B)Pode ser definida como qualquer interferência da mãe  para que esta repudie o pai.
C)Nesta síndrome, a criança recusa contato, rejeita a afetividade e/ou demonstra hostilidade contra o genitor alienado – pessoa com quem ele sempre estabeleceu vínculo afetivo negativo.
D)A sua causa é atribuída a uma programação mental feita pelo genitor alienador, com o objetivo retaliativo de afastar a criança do convívio com o outro genitor. 
E)No Brasil, apesar de muitas discussões, ainda na há o reconhecimento da SAP na legislação. 
Exercício2: As falsas denúncias de abuso sexual são difíceis e demoradas de serem identificadas.Segundo Amendola (In Brito, 2011),uma das técnicas mais utilizadas nos casos de denúncia de abuso sexual é a entrevista de revelação. Que tem por objetivo criar um ambiente facilitador, que permita a criança revelar o abuso sexual a partir da produção discursiva, lúdica e gráfica. 
Contudo, 
Estudos mostram uma contradição nessa técnica, pois, apesar de não poder pressionar a criança para revelar o abuso sexual, estando atento para o fato de este não ter ocorrido, muitos profissionais não aceitam quando a criança nega a ocorrência do abuso, considerando que a negação seja consequência das ansiedades e medos desta em revelar.
A)As duas assertivas são verdadeiras e a segunda contrapõe a primeira
Exercício3:No caso das Varas de Famílias, os principais processos nos quais há atuação do psicólogo são os de disputa de guarda e de regulamentação de visita. Observe as frases abaixo:
I. no caso de um divórcio mal sucedido, os ex-cônjuges podem confundir os papéis do casal conjugal (que se desfez) com aqueles que são inerentes ao casal parental (que não se desfaz);
II. muitas vezes, a criança é apenas utilizada como um objeto de disputa entre os ex-cônjuges, que com isso, mantém um vínculo patológico que pode ter se iniciado já durante a vigência do casamento;
III. em alguns casos, pode ocorrer a Síndrome de Alienação Parental, que consiste em um afastamento progressivo de um dos genitores, promovida pelo outro genitor, em geral o que detém a guarda da criança.
É correto o que se afirma em: E)I, II e III
Exercício4:A Síndrome da Alienação Parental, apesar de ser um fenômeno antigo, foi assim denominada, pela primeira vez, em 1985, pelo psiquiatra americano Richard Gardner. A SAP pode ser caracterizada como:
I. um afastamento progressivo de um dos genitores, promovida pelo outro genitor, em geral o que detém a guarda da criança;
II.uma síndrome (pois é constituída de um conjunto de comportamentos e sintomas) provocado por um dos genitores no intuito de agredir o outro, mas que acaba por gerar uma série de prejuízos à criança;
III. uma síndrome provocada pelo genitor que deixou os filhos sob a guarda do outro e ficou apenas com o direito de visita, pois os filhos se sentem abandonados por esse genitor. 
É correto o que se afirma em: A)I e II apenas 
Exercício 5: Atualmente a denominada síndrome da alienação parental (SAP) encontra-se no centro de debates sobre litígio conjugal e guarda de filhos, sendo mencionada com frequência na mídia, em eventos nas áreas do Direito e da Psicologia, bem como em sentenças nos juízos de família. Definida em meados dos anos 1980 pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, a SAP seria um distúrbio infantil que ocorreria especialmente em crianças expostas às disputas judiciais entre seus pais. Sua manifestação se expressaria por meio da rejeição exacerbada da criança a um dos genitores, sem que houvesse justificativa para isso. O distúrbio seria resultado de “lavagem cerebral” ou “programação” feita por um genitor na criança, somada à colaboração desta contra o outro responsável. (MARTINS. A. Síndrome da alienação parental: controle e punição sobre o discurso da patologia. Diálogos: psicologia jurídica.Brasília, n. 8, ano 9 pp. 18-19, out. de 2012).
  Sobre a SAP considere as seguintes afirmativas:
I.     O genitor alienador é, na maioria das vezes, o que detém a guarda do filho fazendo da criança um confidente, compartilhando com ele suas decepções e mágoas, como se ele fora um par, um igual, negando a sua relação de dependência do adulto, colocando o bem estar psíquico da criança acima de seus interesses pessoais.    
II.      Para o tratamento da SAP, recomenda-se realizar atendimentos específicos com a criança ou com o adolescente, somente em situações muitos raras deve ser realizado as sessões com genitor alienadore  genitor alienado.
III.     Um fator que pode predispor à Alienação Parental é o conflito que os filhos podem vivenciar de lealdade exclusiva quando exigida por um ou por ambos os pais.   
 IV.     Como alternativa para minimizar a SAP seria o direito a visita quinzenal do pai que não permanece com a guarda, que é o padrão na maioria das vezes praticado, contribuindo para o desempenho das importantes funções do genitor.
 V.     A Síndrome de Alienação Parental é uma patologia que necessita de uma intervenção específica e efetiva por parte do psicólogo e deve ser compreendida como uma forma de violência psicológica perpetrada à criança e/ou ao adolescente, causando-lhe sérios danos psicológicos.          
Assinale a alternativa correta: A)Somente as alternativas III e V estão corretas
Exercício6:A Síndrome de Alienação Parental consiste num processo em que a criança é programada para odiar um de seus genitores.
A respeito dos aspectos psicológicos ligados a essa síndrome, considere as afirmativas abaixo.
I - A criança vive um conflito de lealdade exclusiva frente aos seus genitores.
II - Há, por parte de um ou ambos os genitores, confusão entre conjugalidade e parentalidade.
III - A criança sofre as consequências do sentimento de vingança do excônjuge em relação ao outro.
IV O filho reproduz com o guardião a Síndrome de Estocolmo, na qual o seqüestrado se identifica com o seqüestrador.             
Estão corretas as afirmações: E)I, II, III e IV.
Exercício 7:Sobre a Síndrome de Alienação Parental é correto afirmar:
I. A Síndrome de Alienação Parental pode ser definida como qualquer interferência de um dos pais, familiares (avós, tios) ou outra pessoa que tenha a criança sob sua guarda, tutela, vigilância ou autoridade para que esta repudie o outro genitor.  
II. Nesta síndrome, a criança recusa contato, rejeita a afetividade e/ou demonstra hostilidade contra o genitor alienado  pessoa com quem ele sempre estabeleceu laço afetivo não tendo, portanto, justificativas reais para sua atitude.  
III. A sua causa é atribuída a uma programação mental feita no póslitígio pelo genitor alienador, com o objetivo retaliativo de afastar a criança do convívio com o outro genitor. 
É verdadeiro o que se afirma em:E)I, II e III
Exercício 8:Leia com atenção o texto abaixo:
"§ 1o O laudo pericial terá base em ampla avaliação psicológica ou biopsicossocial, conforme o caso, compreendendo, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra genitor". 
O referido parágrafo diz respeito à Lei:
A)AlienaçãoParental
B)Maria da Penha
C)Guarda Compartilhada
D)Estatuto da Criança e do Adolescente
E)Dipsuta de guarda
Aula dia 16/09/2019 última aula antes da prova
Referência Habiggzang e Koller
Temática: Violência sexual contra criança/adolescente
Qual o papel da família?
 Interações abusivas:	12-18 fase da adolescência
-relação de poder	 (menor)14 anos – abuso sexual – presunção de violência 
	Toque sem consentimento
 
- comunicação-isolamento emocional e social
-Abuso físico
- relação de confiança
-dependência (s)	Rede de Apoio- é muito importante, como vizinhos, amiguinhos etc.
O abusador:
-estereótipo(?)
*distorções cognitivas- as pessoas sabem o que é certo ou errado, mas ainda é recorrente dizer que por ex. ela se oferecia p mim, usada shortinhos curto p se exibir...
-racionalização e manipulação
-imatirudade emocional- geralmente os pedófilos o são, não conseguem se relacionar com mulheres
- empatia
-O “Monstro”- não ver o abusador como um....precisa ser tratado...
A criança:
-consequências variáveis
-sintoma a curto,médio e longo prazo
 -fatores de proteção
 -Vulnerabiidade
 -Resiliência
A entrevista com a criança:
-preparo emocional
-conhecimento técnico
-revitimização
-manutenção do segredo
-percepção de culpa (chantagem pelo abusador traz esse sentimento) Ah, mas eu gostei!!!
Viu o pai tá preso por sua culpa!!!
-ameaças
-consequências da revelação
O setting:
-conforto físico e psicológico
-privacidade- não significa guardar o segredo, principalmente em face da justiça...estamos lá para ajudar, mas não para guardar segredo....
Prevenção:
-intervenções junto ao abusador
-educação s/e sexualidade
-capacitação de profissionais
-a desigualdade de gênero
A “entrevistadora” e veracidade:
-Atitude serena, honesta, não seletiva, facilitadora...
-Ter empatia, habilidade verbais, parafrasear...(ah então vc está me dizendo que seu tio estava em sua casa e abaixou as calças...isso ajuda a parafrasear sua fala...), descrever, resumir,informar...)
-Analisar – Conteúdos gerais
 -Conteúdos específicos ( fala que não condiz com a idade)
 -A narrativa ( Ou eu fazia aquela coisa nojenta ou eu ia morrer)
 -Elementos específicos
“É raro o falso relato.”
Módulo 5- Vitimização de crianças e adolescentes
Leitura básica: SHINE, Sidney. Avaliação Psicológica e Lei: Adoção, Vitimização, Separação Conjugal, dano Psíquico e outros temas. SP: Casa do Psicólogo, 2005 (pg 51 – 69).
BRANDÃO, Eduardo P. Psicologia Jurídica no Brasil. RJ: Ed Nau, 2005 (pág. 277 – 305).
 
As crianças e adolescentes vítimas de violência e de maus tratos apresentam sinais e sintomas característicos. São casos que dependem de observação atenta e aprofundada do profissional responsável pela avaliação - pois a violência tende a ser encoberta, principalmente quando a criança ou o adolescente são vítimas dos próprios pais ou parentes mais próximos. O complo do silêncio também contribui para a não descoberta da violência - este envolve todo o contexto da violência, no qual os familiares, o agressor e a própria vítima passam a compactuar para a perpetuação das respostas agressivas. Este silêncio cria um segredo entre vítima e agressor, que deve ser desvendado no momento certo e com as devidas precauções do profissional - "fase da revelação" - que para algumas vítimas, dependendo das características de personalidade e do tipo e frequencia da agressão, ocorre com mais facilidade do que para outras.
Parece que muitos agressores foram vítimas de violência em sua infância e adolescência e na fase adulta reproduzem este quadro. Outra característica comum da maioria dos agressores é o uso de álcool e drogas.
Tipos de violência:
Violência física: pode ser definida como atos violentos com uso da força física de forma intencional, praticada por pais, responsáveis, familiares ou pessoas próximas da criança ou do adolescente, com o objetivo de ferir, lesar ou destruir a vítima, deixando ou não marcas.
Violência sexual: consiste em todo ato ou jogo sexual, relação heterosseual ou homossexual, cujo agressor está em estágio de desenvolvimento psicosexual mais adiantado que a criança ou adolescente. Tem por intenção estimulá-la sexualmente ou utilizá-la para obter satisfação sexual. apresenta-se sob a forma de práticas eróticas e sexuais impostas pela violência física, ameaças ou indição de sua vontade. Esse fenômeno violento pode variar desde atos em que não se produz o ato sexual, até diferentes ações que incluem contato sexual visando lucros como é o caso da prostituição e da pronografia.
Negligência: desigma as omissões dos pais ou de outros responsáveis pela criança ou adolescente (inclusive instituição), quando deixam de prover as necessidades básicas para o seu desenvolvimento físico, emocional e social, O abandono é considerado uma forma grave de negligência e esta significa ainda, a omissão de cuidados básicos como a privação de medicamentos; a falta de atendimento aos cuidados necessários com a saúde; ausencia de proteção contra as inclemências do tempo (frio e calor); o não provimento de estímulos e condições para a frequência escolar.
Violência Psicológica: constitui toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobranças exageradas, punições humilhantes e utilização da criança ou do adolescente para atender as necessidades psíquicas do adulto. Todas essas formas de maus tratos psicológicos causam dano ao desenvolvimento e ao crescimento biopsicossocial da criança e do adolescente, podendo provocar efeitos muito deletérios na formação da personalidade e na sua forma de encarar a vida. Pela falta de materialidade do ato que atinge, sobretudo, o campo emocional e espiritual da vítima e pela falta de evidências imediatas de maus tratos, este tipo de violência é dos mais difíceis de serem identificados.
Exercício 1:O abuso sexual de crianças e adolescentes é um fenomeno que tem crescido em número de denúncias e constitui um campo contemporâneo de prática do psicólogo, tanto na clínica particular quanto nas instituições que prestam serviços de avaliação e acompanhamento de vítimas e nos Tribunais de Justiça, em processos judiciais da variados tipos. Em relação à atuação do psicólogo na verificação da veracidade do abuso sexual e seus efeitos, assinale a afirmativa incorreta:
A)uma das técnicas utilizadas pelos psicólogos para verificar a veracidade de um caso de abuso sexual é chamada de entevista de revelação, na qual o psicólogo tenta conseguir de criança um relato sobre o fato que o auxilie na confirmação ou não do abuso.
B) não é importante para o psicólogo entrevistar o acusado de ter praticado o abuso sexual, pois o mais importante é a cosnideração da palavra da criança e do adoelscente, desde que respeitados seu grau de desenvolimento e discernimento.
C) em termos psicológicos, as principais dificuldades para constatar o abuso sexual de uma criança, quando não há evidências físicas ou fisiológicas que o acompanhem, relacionam-se ao fato de que não há padrão de comportamento e emoções específicas que ocorram em todas ou quase todas as crianças abusadas e tampouco indicadores seguros que revelem a ausência do abuso.
D) um dos principais problemas enfrentados pelo psicólogo que atua em questões familiares é que muitas acusações de abuso sexual são falsas e se relacionam com conflitos familiares oriundos, muitas vezes, de processos de separação cojugal litigiosos e de regulamentação de visitas.
E) É fundamental conhecer em profundidade a realidade das crianças, dos adolescentes e das famílias envolvidas em acusações de violência sexual, para que se possa levantar hipósteses sobre a veracidade da situação.
Exercício 2: (ENADE 2012 - Adaptada)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define violência como o uso de força física ou poder, por ameaça ou na prática, contra si próprio - ou outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resulte ou possa resultar em sofrimento, morte, dano psicológico,

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