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TRABALHO DE FUNDAÇÕES

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FUNDAÇÕES 
Fundações são elementos que têm por finalidade transmitir as cargas de uma edificação para as camadas resistentes do solo sem provocar ruptura do terreno de fundação. Podem também serem chamados de alicerce. Os tipos de fundações são, convencionalmente, separados em dois grandes grupos: fundações superficiais e fundações profundas.
A NBR 6122 regula o projeto e a execução da fundação de todas as estruturas de engenharia civil. Isso quer dizer que tanto obras pequenas quanto grandes, residenciais ou comerciais, precisam aplicar a norma. Apesar disso, existem algumas exceções. A NBR 6122 não se aplica nos seguintes casos:
· Tipos de fundação que têm aplicação restrita, como sapatas estaqueadas, radier estaqueados, estacas de compactação e melhoramento do solo;
· Fundações que estão em desuso, como caixões pneumáticos e outros.
PARÂMETROS PARA ESCOLHA DA FUNDAÇÃO
São diversas as variáveis a serem consideradas para a escolha do tipo de fundação. Numa primeira etapa, é preciso analisar os critérios técnicos que condicionam a escolha por um tipo ou outro de fundação. Os principais itens a serem considerados são:
1. TOPOGRAFIA DA ÁREA
· Dados sobre taludes e encostas no terreno, ou que possam atingir o terreno;
· Necessidade de efetuar cortes e aterros
· Dados sobre erosões, ocorrência de solos moles na superfície;
· Presença de obstáculos, como aterros com lixo ou matacões.
2. CARACTERISTICAS DO MACIÇO DE SOLO
· Variabilidade das camadas e a profundidade de cada uma delas;
· Existência de camadas resistentes ou adensáveis;
· Compressibilidade e resistência dos solos;
· A posição do nível d'água.
3. DADOS DA ESTRUTURA
· A arquitetura, o tipo e o uso da estrutura, como por exemplo, se consiste em um edifício, torre ou ponte, se há subsolo e ainda as cargas atuantes. 
Realizado esse estudo, são descartadas as fundações que oferecem limitações de emprego para a obra em que se está realizando a análise. Tem-se, ainda assim, uma gama de soluções que poderão ser adotadas. Alguns projetistas de fundação elaboram projetos com diversas soluções, para que o construtor escolha o tipo mais adequado de acordo com o custo, disponibilidade financeira e o prazo desejado. Dessa forma, numa segunda etapa, consideram-se os seguintes fatores:
4. DADOS SOBRE AS CONSTRUÇÕES VIZINHAS
· O tipo de estrutura e das fundações vizinhas;
· Existência de subsolo;
· Possíveis consequências de escavações e vibrações provocadas pela nova obra;
· Danos já existentes.
5. ASPECTOS ECONÔMICOS
Além do custo direto para a execução do serviço, deve-se considerar o prazo de execução. Há situações em que uma solução mais custosa oferece um prazo de execução menor, tornando-se mais atrativa. Para realizar a escolha adequada do tipo de fundação, é importante que a pessoa responsável pela contratação tenha o conhecimento dos tipos de fundação disponíveis no mercado e de suas características. Somente com esse conhecimento é que será possível escolher a solução que atenda às características técnicas e ao mesmo tempo se adeque à realidade da obra.
6. EXEMPLOS DE LIMITAÇÕES DE EMPREGO DE ALGUM TIPO DE FUNDAÇÃO
· Estacas moldadas in loco em solo mole podem ter o fuste estrangulado.
· Estacas pré-moldadas de concreto podem quebrar quando cravadas em solo muito resistente ou em solos com matacões.
Matacão- fragmento de rocha, transportado ou não, comumente arredondado por intemperismo ou abrasão, com uma dimensão compreendida entre 200 mm e 1 m. São considerados solos moles os depósitos de solos orgânicos, turfas, areias muito fofas e solos hidromórficos em geral, passíveis de ocorrerem nos seguintes locais: zonas baixas alagadiças; mangues e brejos; várzeas de rios ; antigos leitos de cursos d'água; planícies de sedimentação marinha ou lacustre. Estes solos apresentam baixa resistência à penetração, ou seja, valores de SPT inferiores a 4 golpes.
7. AS CARGAS DAS EDIFICAÇÕES
 As cargas da edificação são obtidas por meio das plantas de arquitetura e estrutura, onde são considerados os pesos próprios dos elementos constituintes e a sobrecarga ou carga útil a ser considerada nas lajes que são normalizadas em função de sua finalidade. Eventualmente, em função da altura da edificação deverá também ser considerada a ação do vento sobre a edificação.
8. RESISTÊNCIA OU CAPACIDADE DE CARGA DO SOLO
Sobrecargas ou carga úteis em lajes de piso e de forro. A determinação da tensão admissível, resistência ou capacidade de carga do solo consiste no limite de carga que o solo pode suportar sem se romper ou sofrer deformação exagerada. Para obras de vulto sujeitas à carga elevadas só pode ser realizada por empresas especializadas, que além do estudo do subsolo, de um modo geral propõem sugestões para o tipo de fundação mais adequado para que o binômio estabilidade-economia seja atendido. Para obras de pequeno vulto sujeitas a cargas relativamente pequenas, a resistência do terreno poderá ser obtida por meio de tabelas práticas em função do tipo de solo.
A escolha do tipo de fundação para uma obra depende de fatores como o tipo de solo do terreno e seus componentes, o porte da edificação, a presença de construções vizinhas e fatores econômicos.
Para saber o tipo de solo de um terreno, o estudo das camadas de solo por meio de uma sondagem é a melhor opção. Com um ensaio de sondagem nas mãos, um profissional é capaz de dizer o tipo de solo e qual o melhor tipo de fundação a ser utilizado. É importante dizer que ele sempre vai levar em consideração os fatores de segurança e escolher o tipo de fundação mais viável economicamente.
· Para fundações rasas: as características do solo que possuem as melhores condições para a sua execução são areia compacta, argila mole, presença do lençol freático e aterro não compactado.
· Para fundações profundas: geralmente qualquer tipo de solo de acordo com a segurança e viabilidade técnica e econômica definido por um engenheiro civil.
A presença de construções vizinhas pode influenciar na escolha do tipo de fundação. Existem tipos de fundações que produzem barulhos, sujeiras e grandes vibrações e outras não. Se houver construções próximas ao terreno onde será construído, a vibração do solo pode acarretar danos as estruturas vizinhas e por isso deve ser feito um estudo junto aos proprietários dos lotes adjacentes.
TIPOS DE FUNDAÇÕES
A escolha do tipo de fundação a ser utilizado em uma edificação será em função da intensidade da carga e da profundidade da camada resistente do solo. Com base nessas duas informações, escolhe-se a opção que for mais barata, que tenha um prazo de execução menor e que atenda todas as normas de segurança. De acordo com a profundidade do solo resistente, onde está implantada a sua base, as fundações podem ser classificadas em: Fundação Superficial (rasa ou direta); Fundação Profunda e Fundação Mista. 
1. Fundações Superficiais
As fundações superficiais são as que se apoiam logo abaixo da infraestrutura e se caracterizam por transmitir a carga ao solo através da distribuição das pressões sob sua base, mas nunca por atrito lateral como nas profundas. Estas fundações são definidas por dimensionamento geométrico e cálculo estrutural, sendo consideradas as solicitações centradas, excêntricas ou horizontais. São exemplos de tipos de fundações rasas as sapatas, blocos e radier.
1.1 Bloco
É um elemento de fundação rígido, de concreto simples, dimensionado de maneira que as tensões de tração nele produzidas possam ser resistidas pelo concreto, sem a necessidade de armadura. Pode ter as faces verticais, inclinadas ou escalonadas, além de apresentar-se em planta com seção quadrada, retangular ou trapezoidal. Podem ser construídos de pedra, tijolos maciços, concreto simples, concreto ciclópico.
· Profundidade mínima
Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade deve ser inferior a 1,50m. Em casos de obras cujos blocos estejam majoritariamente previstos com dimensões inferiores a 1,00m, essa profundidade mínima pode ser reduzida.
A cota de apoio de uma fundaçãodeve ser tal que assegure que a capacidade de suporte do solo de apoio não seja influenciada pelas sazionalidades do clima ou alterações de umidade.
· Método de execução
De acordo com a NBR 6122, os blocos de fundação não devem ter dimensão menor do que 60 cm. Os blocos devem ser dimensionados por meio de cálculo estrutural e geométrico.
· Escavação do terreno: o primeiro passo é a abertura da vala para a execução do bloco. Deve-se realizar a escavação de acordo com as cotas e dimensões estabelecidas em projeto.
· Execução das formas: Após a verificação das cotas de apoio e as marcações dos pilares, faz-se a montagem das formas para que seja feita a concretagem posteriormente.
· Lastro: Se o bloco não for assentado diretamente em rocha, é necessária a realização de uma camada de concreto simples de no mínimo 5 cm que ocupe toda a extensão do bloco para proteger o elemento da umidade do solo.
· Concretagem: neste tipo de fundação não se faz necessária a utilização de armaduras.
· Vantagens dos blocos de fundação
Dentre as vantagens dos blocos de fundação, destacam-se a rapidez na sua execução, o baixo custo (se comparado com outros tipos de fundação) e a sua boa capacidade de suporte para obras de pequeno porte. Como é uma fundação não armada, é possível economizar na sua execução pela não necessidade de compra de barras de aço.
Para um melhor desempenho dos blocos de fundação é preciso observar a qualidade do concreto utilizado e sua resistência, suas dimensões e sua profundidade
1.2 Sapata
Trata-se de um elemento de fundação em concreto armado, com altura menor que no bloco de fundações, contendo armadura suficiente para resistir aos esforços de tração. Pode ter espessura constante ou variável e sua base, em planta, é normalmente quadrada, retangular ou trapezoidal. Nos casos em que uma sapata é comum a vários pilares, denomina-se sapata associada.
A sapata é uma fundação rasa com capacidade de carga baixa a média. Sua utilização é indicada caso as sondagens de reconhecimento do subsolo indiquem a presença de argila rija, dentre outros. As sapatas podem ser divididas em: sapata isolada, sapata corrida, sapata associada e sapata alavancada.
· Profundidade mínima
Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,50m. Em casos de obras cujos blocos estejam majoritariamente previstos com dimensões inferiores a1,00m, essa profundidade mínima pode ser reduzida. A cota de apoio de uma fundação deve ser tal que assegure que a capacidade de suporte do solo de apoio não seja influenciada pelas sazionalidades do clima ou alterações de umidade.
· Lastro
Todas as partes da fundação superficial (rasa ou direta) em contato com o solo devem ser concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural com no mínimo 5cm de espessura, a ser lançado sobre toda a superfície de contato solo-fundação.
· Método de execução
As sapatas são de simples execução, o que não muda o fato de tomar bastante cuidado na sua construção. A sapata de cota mais baixa deve ser executada primeiro e de acordo com a NBR 6122, nenhuma sapata deve ter dimensão menor do que 60 cm.
Para a execução de uma sapata, são realizados os seguintes passos:
· Escavação do terreno onde será feita a sapata, de acordo com o projeto de fundações, seguindo as dimensões e cotas indicadas.
· Aplicar uma camada de concreto magro no fundo do terreno escavado e nas suas laterais. Essa camada de regularização no fundo deve ter no mínimo 5 cm e sua função é proteger a armadura da sapata contra a umidade do solo. Nas laterais, uma camada de chapisco já basta.
· Em seguida, coloca-se as fôrmas de acordo com o projeto de locação de obra. Deve-se conferir as marcações dos pilares e checar o nível da sapata.
· Coloca-se então espaçadores na superfície de apoio onde foi aplicado o concreto magro, para evitar que o cobrimento do aço não seja atendido.
· Coloca-se a armadura, de acordo com o projeto de fundações.
· Posicionamento da armadura do pilar que sairá da sapata isolada. Deve-se fixar os arranques dos pilares com arames de aço.
· Realiza-se a concretagem dá sapata.
· Depois de curado o concreto, realiza-se a desfôrma da sapata e o devido reaterro da cava da sapata.
· Vantagens da Sapata 
Para que uma construção permaneça no seu lugar, sem instabilidades ou rupturas, é preciso que ela seja erguida sobre um alicerce. Ou seja, uma base abaixo da superfície que seja forte o suficiente para absorver as cargas da edificação e distribuí-las no solo.
Indicadas para áreas de solo estável e de alta resistência em suas camadas superficiais, as sapatas são elementos da fundação executadas com concreto armado e barras de aço ou armaduras que absorvem as tensões e as transfere para o terreno.
Dessa forma, quando projetadas de modo correto, as sapatas suportam cargas mais elevadas em comparação às vigas, blocos e radiers.
1.2.1 Sapata Isolada
É um dos tipos de fundação superficiais mais simples e comuns na construção civil. Ela é dimensionada para suportar a carga de apenas um pilar ou coluna. Podem ser de formato quadrado, retangular, circular, etc. A sapata isolada é indicada para terrenos que aguentam bastante pressão e também quando a carga que será distribuída é pequena. Obrigatoriamente, debaixo de toda sapata isolada deverá sempre ser colocada uma camada de concreto magro e bem seco, que não tem função estrutural, mas ajuda a isolar o fundo da sapata, de modo que o solo não consiga absorver a água do concreto da fundação. Antes de optar por esse tipo de fundação, contudo, é muito importante investigar o solo, analisando a sua capacidade de carga, profundidade de assentamento da base da fundação e a presença de água no terreno.
Todas essas informações podem estar incluídas no projeto estrutural da obra, junto também da indicação da profundidade da sapata isolada, do assentamento e do pré-dimensionamento de todos os elementos envolvidos em sua construção.
Método de execução
· Escavação
Geralmente a sapata isolada é posicionada no centro de onde será a coluna, assim a primeira coisa que devemos observar na obra é se as posições onde foram feitas as escavações correspondem ao centro das colunas. Outro ponto importante é verificar se o fundo foi devidamente compactado e recebeu uma camada de 5cm de concreto magro. Esta camada serve para nivelar o fundo e isolar a estrutura de aço do solo. Pode-se optar por colocar pedra brita ao invés do concreto magro, certifique-se que ela será compactada e umedecida antes de colocar o concreto. Outra opção é utilizar lonas plásticas para forrar as valas.
· Posicionamento das armações de aço
As armações de aço devem ser posicionadas com os ferros e dobras voltados para cima. E mais, elas nunca devem ter contato direto com o solo. Recomenda-se a utilização de espaçadores laterais para isolar o aço do solo e evitar que a armação se mova durante a concretagem.
Após colocar as armações, são fixadas as colunas de aço do arranque. Certifique-se que as colunas dos arranques estão perpendiculares (a prumadas) e no centro da sapata. 
· Caixarias
Quando o nível do terreno está abaixo do nível da rua é necessário utilizar tábuas de madeiras para dar o formato as sapatas. Estas tábuas são chamadas de caixarias. As caixarias devem estar bem firmes, alinhadas e presas com parafusos borboletas ou arames. Após a aplicação do concreto não pode haver vazamentos.
· Concretagem
Somente após posicionar as armações de aço e caixarias, é colocado o concreto. Durante a aplicação observe se o concreto está pastoso e homogêneo. Após a secagem (cura), cerca de 7 dias, o concreto deverá ter uma cor homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço.
· Vantagens da Sapata Isolada
A principal vantagem do uso da sapata isolada é o custo mais acessível, além da rapidez de execução e também a capacidade de construção sem necessidade de muitas ferramentas ou equipamentos especiais.
Se a sapata isolada for bem dimensionada, é possível construí-la com pouquíssima escavação e baixoconsumo de concreto. Além disso, as sapatas isoladas conseguem suportar uma quantidade de carga muito maior quando comparadas a outros métodos de fundação, como os blocos não armados, o baldrame ou o radier. A sapata isolada também pode ser usada em construções com qualquer número de pavimentos e pode ser amarrada a outras através de vigas baldrames ou de cintas.
1.2.2 Sapata Corrida
A sapata corrida é uma fundação superficial muito utilizada na construção de casas com vãos pequenos, muros, paredes de reservatórios e piscinas.
A sapata corrida é uma estrutura contínua de concreto armado que fica abaixo das paredes, assim o peso da construção é distribuído linearmente para o solo. O topo da sapata corrida pode ser reto ou piramidal. E as estruturas de aço mais utilizadas são o radier e gaiola.
Método de execução
· Escavação
A sapata corrida fica abaixo da alvenaria. Portanto, você deve observar na obra se as posições onde foram feitas as escavações correspondem a localizações das futuras paredes ou muros. 
· Posicionamento da armação de aço
As armações de aço devem ser posicionadas com os ferros e dobras voltados para cima. O aço nunca deve ter contato direto com o solo. Recomenda-se a utilização de espaçadores para isolar o aço do solo e evitar que a armação se mova durante a concretagem. Após colocar as armações da fundação são fixadas as colunas de aços dos arranques ou pilaretes. Certifique-se que as colunas dos arranques estão perpendiculares (a prumadas) e no centro da coluna.
 
· Caixarias
Quando o nível terreno está abaixo do nível da rua é necessário colocar tábuas de madeiras para dar o formato as sapatas corridas. Estas tábuas são chamadas de caixarias. Elas devem estar firmes, alinhadas e presas com parafusos borboletas ou arames. Após a aplicação do concreto não pode haver vazamentos.
· Concretagem
Após posicionar as armações de aço e caixarias, é colocado o concreto. Durante a aplicação observe se o concreto está pastoso e homogêneo. Após a secagem, cerca de 5 dias, o concreto deverá ter uma cor homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço. A impermeabilização deve ser feita logo em seguida para proteger tanto a fundação quanto a alvenaria e seus revestimentos da umidade e infiltrações.
· Vantagens da Sapata Corrida
A sapata corrida é contínua, isto é, percorre todo o comprimento da parede. A vantagem no custo da sapata corrida é que ela pode ser confeccionada em alvenaria e não necessita de vigas e pilares para a sustentação do peso da parede e do telhado, porém vale ressaltar que a alvenaria deve ser toda com tijolo maciço, com amarrações entre as paredes em “L” e “T”, com forro de gesso, estuque ou lambril, em caso de vãos pequenos podendo até utilizar laje pré.
1.2.3 Sapata de Divisa
De acordo com a NBR 6122, a sapata com viga alavanca ou viga de equilíbrio é o “elemento estrutural que recebe as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes”.
Basicamente, é o tipo de fundação utilizado quando a base da sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar próximo a alguma divisa ou outro obstáculo. Desse modo, é criada uma viga entre duas sapatas de maneira a suportar o momento fletor gerado pela excentricidade.
1.2.4 Viga Baldrame
Viga baldrame é uma fundação rasa de apoio. Ela é feita de concreto armado e tem formato retangular. A viga baldrame percorre todo o comprimento das paredes da construção. São os elementos estruturais que dividem a infraestrutura (fundação) da supraestrutura (estruturas acima do solo, em geral) e podem ou não estar abaixo do nível do terreno.
Geralmente a viga baldrame conecta sapatas isoladas para melhor distribuição dos pesos da construção. Ela também contribui no travamento das colunas ou pilares. Normalmente a armação de aço mais utilizada tem formato de coluna composta por 4 barras de aço. Em casas pequenas com solos firmes é possível fazer a fundação somente com a viga baldrame. Nesses casos os arranques são dispostos e travados diretamente na armadura da viga baldrame antes da concretagem. Mas lembre-se, faça sempre o projeto estrutural, não arrisque.
Método de execução
· Escavação
Como a viga baldrame se localiza abaixo das paredes, a primeira coisa que você deve observar na obra e se as posições onde foram feitas as escavações correspondem a localizações das futuras paredes. Para isso, compare se as posições das escavações estão coerentes com a planta baixa do projeto executivo.
· Posicionamento das armações de aço
As armações de aço devem ser posicionadas com os ferros e dobras voltados para cima. Elas nunca devem ter contato direto com o solo, por isso recomenda-se a utilização de espaçadores para isolar o aço e evitar que as armações se movam durante a concretagem.
Quando a fundação é composta por sapatas isoladas e viga baldrame, as armações de aço da viga baldrame terão as dobras realizadas nos arranques já fixados na construção das sapatas isoladas. No caso de a fundação ser somente com viga baldrame. Os arranques deverão ser fixados nas armações da viga baldrame nas mesmas posições das colunas no projeto. Certifique-se que as colunas dos arranques estão perpendiculares (aprumadas) e se as barras de aço não estão com contato direto com o solo.
· Caixarias
Para dar o formato as vigas baldrame, são utilizadas tábuas de madeiras. Estas tábuas são chamadas de caixarias e devem estar bem firmes, alinhadas e presas com parafusos borboletas ou arames. Após a aplicação do concreto não pode haver vazamentos.
· Concretagem
O concreto deve ser colocado somente após posicionar as armações de aço e fixar as caixarias. Durante a aplicação observe se o concreto está pastoso e homogêneo. Após a secagem, cerca de 5 dias, o concreto deverá ter uma cor homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço.
· Impermeabilização
A impermeabilização deve ser feita logo após a retirada das caixarias. A impermeabilização é responsável por proteger tanto a fundação quanto a alvenaria e seus revestimentos da umidade e infiltrações. Confira se o impermeabilizante foi aplicado na viga baldrame inteira, é muito comum aplicar o produto somente na face superior. 
· Vantagens da viga baldrame
Um conjunto de vigas baldrame eleva casas para protegê-las de inundações e umidade. Entre a casa e o chão é um espaço de rastreamento alto o suficiente para rastejar, permitindo que utilitários, incluindo encanamento e fiação elétrica/unidades a serem instaladas e de acesso fácil, se ocorrerem problemas.
Na verdade, esta é provavelmente a maior vantagem que a viga tem sobre as fundações de laje. Se houver algum problema de encanamento no último, por exemplo, pode exigir ter que abrir o chão de concreto para obter qualquer tubo danificado. Geralmente, o primeiro tem menos problemas fundamentais do que as estruturas de laje e pode ser menos dispendioso para reparar.
Há também um pouco de isolamento do ar sob a casa, economizando-o em custos de energia. Algumas pessoas preferem a sensação da plataforma de madeira sobre um piso de concreto. Embora isso possa atrair cupins, eles são realmente mais fáceis de detectar graças ao espaço de rastreamento.
1.2.5 Radier
O radier é uma fundação rasa recomendada para solos com baixa resistência. Para saber qual é a resistência do solo do seu terreno é necessário contratar uma empresa especializada para fazer a análise do solo. A metodologia de análise de solo mais utilizada é a SPT. O radier é uma “laje” de concreto armado ou protendido que fica abaixo da casa e em contato direto com o solo. Neste tipo de fundação o peso (carga) é distribuído de forma uniforme para o solo.
Fique atento, antes da concretagem, devem ser feitas as instalações hidráulicas e elétricas que passam por baixo da casa. Geralmente são as tubulações de esgoto, águas pluviais, entradas de energia e comunicação (telefone e interfone).Os arranques, colunas de aço que ficarão com parte das barras de aço expostas quando o radier ficar pronto, também devem ser posicionados e fixados ao radier antes da concretagem. Estas barras de aço irão servir futuramente para a fixação das colunas ou pilares da construção. 
Para que a fundação radier seja tecnicamente viável, o terreno precisa, pelo menos, respeitar duas condições básicas: o solo de apoio tem que apresentar capacidade de carga adequada aos esforços previstos, e as alterações no subsolo precisam ser compatíveis com as deformações aceitáveis para a estrutura em seu estado limite.
· Radier com concreto armado
No radier com concreto armado a estrutura é composta por telas ou malhas de aço cobertas com concreto. Esta é a técnica é a mais utiliza e muito comum em construções pequenas.
· Radier com concreto protendido
Já o radier com concreto protendido é muito utilizado em áreas grandes, como salões de festas e estacionamentos. Esta técnica utiliza uma tela com cabos de aço coberta com concreto. Depois aplicado o concreto e antes da secagem completa (cura), os cabos de aço são esticados (tensionados) com um macaco hidráulico. Após a secagem completa do concreto, o macaco hidráulico é retirado e a resistência do concreto é aumentada devido ao tensionamento dos cabos de aço.
Método de execução
· Escavação
O radier geralmente tem a área meio metro maior que a área da casa, assim a primeira coisa que você deve observar na sua obra é se a posição onde foi feita a escavação está com as medidas iguais ao projeto estrutural.
· Manta impermeabilizante
A manta impermeabilizante, plástica ou asfáltica, deve ser alocada sobre o solo compactado. Ela é responsável por impedir que as armaduras entrem em contato com o solo, que o concreto perca água e que a umidade do solo suba pelo concreto prejudicando a fundação. Outro ponto importante é verificar se o fundo foi devidamente compactado e se foram colocadas as tábuas de madeira (caixarias) para delimitação da área.
· Instalações hidráulicas e elétricas
Verifique também se as instalações hidráulicas e elétricas foram feitas conforme especificadas no projeto. Confira também se as tubulações foram fechadas para impedir a entrada do concreto e outros materiais indesejados.
· Posicionamento armação de aço
Tanto as telas de aço, quanto a armadura protendida devem ser posicionadas após a implantação da manta impermeabilizante. Após dispor as armaduras ou as telas de aço, são fixadas as colunas de aço do arranque. Certifique-se que as colunas dos arranques estão perpendiculares (aprumadas) e no centro da coluna. Novamente as barras de aço não podem ter contato direto com o solo
· Concretagem
Após posicionar as armações de aço e caixarias, é colocado o concreto. Durante a aplicação observe se o concreto está pastoso e homogêneo.
Após a secagem, em cerca de 7 dias, o concreto deverá ter uma cor homogênea e não possuir furos que permitam ver as estruturas de aço. No radier protendido, depois de 3 dias, realiza-se a protensão da armadura. Através de macacos hidráulicos estica-se toda a malha de cabos de aço da armadura ativa. Depois de 7 dias, os macacos são retirados e a resistência do radier aumentada com o tensionamento.
· Vantagens do radier
Especialmente indicado para terrenos argilosos, à fundação radier apresenta como vantagens baixo custo comparada as sapatas corridas, redução na mão de obra especializada e tempo de execução reduzido.
TIPOS DE FUNDAÇÕES
2. Fundações profundas
Fundações profundas são aquelas em que a carga proveniente da superestrutura é transmitida para a fundação por meio da resistência de ponta (base), pela resistência de fuste (lateral) ou por ambas. Este tipo de fundação deve ser assentado em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e no mínimo 3 metros, salvo justificativa.
O tipo de fundação a ser utilizada em uma edificação ou obra especial é definido através do estudo do solo por meio de uma sondagem do terreno. As fundações profundas se dividem em estacas, tubulões e caixões.
2.1 Estacas
A fundação com estacas é indicada para solos com pouco resistência, como aterros por exemplo. Nestes tipos de solo é necessário cavar muito para conseguir achar um solo firme para fazer as fundações.
A estaca é um cilindro que liga as fundações rasas (sapatas, viga baldrame e radier) com o solo mais firme. Desta forma as cargas das colunas, vigas, lajes e telhados são transmitidas para as fundações rasas. E das fundações rasas para o solo através das estacas.
As estacas podem ser feitas com diversos materiais, como madeira, aço, concreto e concreto armado. As estacas fazem parte dos elementos estruturais, por isso devem ser dimensionadas por um engenheiro e constar no projeto estrutural. Geralmente as posições das estacas são as mesmas das sapatas e colunas. O diâmetro da estaca varia de 20 a 50cm e a profundidade pode passar de 10 metros. Por este motivo as estacas são chamadas de fundação profunda. A profundidade deve ser maior que pelo menos duas vezes o diâmetro da estaca.
As estacas mais comumente utilizadas para construções residenciais são escavadas e moldadas no local da obra e feitas com concreto armado. As estacas são perfuradas através de um equipamento chamado trado. O trado é uma lâmina helicoidal que perfura o solo através da rotação. A rotação pode ser gerada manualmente, ou de forma mecanizada, mas isso depende tipo de solo e dimensões da broca.
As armações de aço das estacas geralmente têm formato de colunas de aço quadradas, triangulares e circulares. Em algumas situações não é necessário usar armações. Neste caso é só colocar as barras de aço ao longo da extensão da estaca sem amarração entre elas.
· Combinação com outras fundações
Normalmente à fundação com estaca é utilizada junto com as sapatas isoladas e/ou viga baldrame. Quando as estacas são utilizadas somente com a viga baldrame é necessário fazer um reforço. Este reforço recebe o nome de coroamento e é um bloco de concreto semelhante a sapata, mas sem estrutura de aço.
Método de execução
· Perfuração
As marcações da localização das áreas para perfuração são feitas na etapa do gabarito com auxílio do prumo de centro. Verifique se as marcações estão de acordo com o projeto estrutural.
Nos pontos onde foram feitas as marcações, se realiza uma pequena escavação de 30 cm já com o diâmetro da estaca. Esta escavação servirá de auxílio para o posicionamento do trado. Confira se o diâmetro da escavação é o mesmo da estaca projetada no projeto. Depois, posiciona o trado manual ou mecânico e inicia a perfuração até atingir a profundidade do projeto. A cada 2m de profundidade, a haste do trado é girada no sentido contrário ao da perfuração para a retirada do solo.
· Posicionamento das armações de aço
Atingida a profundidade do projeto é feita a concretagem do fundo da estaca para formar uma base. Somente depois de feita a base, são posicionadas as armações de aço da estaca. Verifique se as armações de aço não estão em contato com solo. Alguns profissionais preferem colocar as armações de aço depois do concreto.
· Concretagem
A concretagem é realizada com auxílio de uma bomba de concreto. Esta pode estar acoplada ao equipamento do trado ou não. Confira se o concreto utilizado foi feito com o traço correto conforme especificado no projeto.
Após a alocação das ferragens e concretagem, realiza-se a limpeza do topo da estaca e das armações que ficaram expostas. A construção das fundações rasas (sapatas, viga baldrame e radier) devem começar somente depois da secagem completa das estacas, cerca de 7 dias.
2.1.1 Estacas de deslocamento
As estacas de deslocamento são aquelas introduzidas no terreno por meio de algum processo que não provoca a retirada de material. São do tipo moldada “in loco” e se caracteriza pelo deslocamento lateral do solo que é compactado na parede do furo até atingir a profundidade do projeto. Neste caso, a concretagem ocorre juntamente com a retirada do equipamento utilizado para o furo e a armadura pode ser inserida após o bombeamentodo concreto. Podem ser estacas pré-moldadas de concreto, metálicas, de madeira ou do tipo Franki.
· As vantagens das estacas de deslocamento são:
· Alta produtividade.
· Monitoração das estacas.
· Baixíssima remoção de solo.
· Dispensa a necessidade de máquinas auxiliares.
· Aumento das tensões laterais, melhorando as condições de atrito.
· Redução do volume concreto das estacas.
· Estacas pré moldadas de concreto
As estacas pré-moldadas de concreto podem ser de concreto armado ou concreto protendido e concretadas em formas horizontais ou verticais. São cravadas por percussão, prensagem ou vibração e a escolha de um destes tipos deve ser feita de acordo com a dimensão da estaca, características do solo e do projeto e condições da vizinhança.
· Vantagens: 
· As estacas pré moldadas de concreto têm boa capacidade de carga e boa resistência de esforços de flexão e cisalhamento. Além disso, por serem produzidas em fábricas apropriadas tem uma boa qualidade do concreto e é controlada e fiscalizada por laboratórios.
· Desvantagens: As estacas pré-moldadas de concreto geram grande vibração no solo durante a sua cravação que deve ser realizada com um martelo de material elástico para não danificar a cabeça da estaca. Não ultrapassa camadas de solos resistentes. Por serem de concreto armado ou protendido, têm alto peso próprio limitando as seções e comprimentos em função do transporte e cortes e emendas são de difíceis execuções.
2.1.2 Estacas escavadas
As estacas escavadas são aquelas em que ocorre a retirada de material em sua perfuração no solo. São do tipo moldada “in loco” e podem ser realizadas com ou sem revestimento, com ou sem a utilização de fluido estabilizante. Podem ser estacas do tipo Strauss, trado rotativo, hélice contínua e estacas raiz.
· As vantagens das estacas escavadas são:
· Ausência de vibração no terreno pois a escavação se faz por rotação, podendo ser executadas próximos a divisas sem causar problemas ao vizinho.
· Conhecimento imediato e real de todas as camadas atravessadas de solo e possibilidade de uma segura avaliação de capacidade de carga da estaca, mediante a coleta de amostra e seu eventual exame em laboratório.
· Grande mobilidade, versatilidade e produtividade.
· Atingem grandes profundidades e suportam grandes cargas.
· Capazes de serem executadas mesmo em presença de água com o uso de revestimento ou camisa metálica.
2.2 Tubulões
Tubulão a céu aberto é um elemento estrutural de fundação constituído concretando-se um poço aberto no terreno, geralmente dotado de uma base alargada. O tubulão a céu aberto trata-se de uma fundação profunda, escavada manual ou mecanicamente, em que, pelo menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento da base ou limpeza do fundo quando não há base.
Este tipo de fundação é empregado acima do lençol freático, ou mesmo abaixo dele, nos casos em que o solo se mantenha estável sem risco de desmoronamento. No caso de existir apenas carga vertical, o tubulão a céu aberto não é armado, colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação com o bloco de coroamento ou de capeamento.
Segundo a NBR 6122, um tubulão é um elemento de fundação profunda, cilíndrico, em que pelo menos na sua etapa final, há descida de operário para a conferência das dimensões da base. Pode ser executado a céu aberto ou sob ar comprimido e ter ou não base alargada.
Os tubulões a céu aberto podem ser executados com ou sem revestimento, podendo este ser de aço ou de concreto. O fuste do tubulão normalmente é de seção circular, adotando-se 70 cm de diâmetro mínimo para permitir a entrada e saída de operários. Já a projeção da base poderá ser circular ou em forma de falsa elipse.
· Características gerais
· O fuste pode ser escavado manualmente ou mecanicamente. A base é escavada manualmente.
· O diâmetro mínimo do fuste é de 70 cm.
· Ângulo de 60° é suficiente para que não tenha necessidade de colocação de armadura na base.
· Os tubulões somente recebem esforços verticais.
· Executado acima do lençol freático ou NA ou abaixo caso não haja risco de desmoronamento.
· Executado em solos coesivos.
· Metodo de execução
· Escavação manual ou mecânica do fuste: O fuste pode ser escavado manualmente por poceiros ou através de perfuratrizes até a profundidade prevista em projeto. Quando escavado à mão, o prumo e a forma do fuste devem ser conferidos durante a escavação. Caso ocorram irregularidades na instalação do sistema, especialmente desalinhamento do fuste e dificuldade de abertura e concretagem da base, é preciso corrigir imediatamente, pois o tubulão não pode ficar muito tempo aberto para não sofrer alívio de tensões e perda de resistência do solo.
· Alargamento da base e limpeza: Se for necessário o alargamento da base, a descida de um operário para o serviço é imprescindível. Por mais arriscado que seja esta prática, ainda não foi desenvolvido equipamento com preço acessível para realizar o alargamento da base. Deve-se realizar todos os procedimentos de segurança e a utilização de epi’s designados para esta operação. Depois de executado o alargamento da base de acordo com as dimensões previstas em projeto, deve-se realizar a limpeza da base, retirando terras soltas e impurezas do solo.
· Conferência da base pelo engenheiro ou responsável da obra: Após o término do alargamento e limpeza da base pelo operário, o engenheiro ou responsável da obra deve descer no poço para verificação do serviço. Deve-se conferir as dimensões da base e o angulo formado entre o fuste e a base. É comum nos canteiros de obra a prática da confiança do engenheiro em seus operários. Porém, vale ressaltar que o engenheiro é a pessoa que possui conhecimento técnico na obra capaz de decidir se o serviço foi bem executado ou não.
· Colocação de armadura: A armadura do fuste deve ser colocada tomando-se o cuidado de não permitir que, nesta operação torrões de solo sejam derrubados para dentro do tubulão. Quando a armadura penetrar na base, ela deve ser projetada de modo a permitir a concretagem adequada da base, devendo existir aberturas na armadura de pelo menos de 30 x 30 cm.
· Concretagem: A concretagem do tubulão deve ser feita imediatamente após a conclusão de sua escavação. Em casos excepcionais, nos quais a concretagem não tenha sido feita imediatamente após o término do alargamento e sua inspeção, nova inspeção deve ser feita, removendo-se o material solto ou eventual camada amolecida pela exposição ao tempo ou por água de infiltração. A concretagem é feita com concreto simplesmente lançado da superfície. Não é necessário o uso de vibrador. Por esta razão o concreto deve ter plasticidade suficiente para assegurar a ocupação do todo o volume da base. Alguns engenheiros, porém, recomendam o uso de vibrador e que a bomba de concreto alcance o fundo do tubulão. A escolha ficará por conta do responsável da obra.
· Elementos do tubulão a céu aberto
· Cabeça: Segmento inicial do tubulão, encarregado da redistribuição das tensões existentes na base do pilar. Seu dimensionamento se compara ao de um bloco sobre uma estaca. A cabeça pode ser substituída por um bloco sobre o topo do fuste (bloco de transição).
· Fuste: É dimensionado como um pilar de concreto simples, submetido à compressão simples. Se existir momento fletor na base do pilar, este deve ser considerado no dimensionamento do fuste.
· Base: Segmento inferior do tubulão que transfere a carga para o solo. Pode ser alargada ou não.
· Vantagens 
· Baixo custo de mobilização de equipamentos 
· Poucas vibrações e ruídos no processo construtivo
· Pode-se inspecionar o perfil do solo na escavação
· Pode alterar as dimensões durante a escavação 
· A escavação pode ultrapassar solos com matacões e pedras
Conclusão
Portanto o melhor tipo de fundação é aquele que suporta as cargas da estrutura com segurança e se adequa aos fatores topográficos, maciço de solos, aspectos técnicos e econômicos, sem afetar a integridade das construções vizinhas. É importante a união entre os projetos estrutural e o projeto de fundações num grande e único projeto,uma vez que mudanças em um provocam reações imediatas no outro, resultando obras mais seguras e otimizadas.

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