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4
NUTRIÇÃO
 CRISTIANE TIYEMI NAKAMURA
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
(PESQUISA BIBLIOGRÁFICA)
SOROCABA, SP
2020
CRISTIANE TIYEMI NAKAMURA RA: D5762A-5
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL
(PESQUISA BIBLIOGRÁFICA)
Trabalho referente à disciplina Educação Alimentar e Nutricional (pesquisa bibliográfica) apresentado à Universidade Paulista (UNIP).
Orientadora: Prof.ª Ms Juliana Ripoli.
SOROCABA, SP
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. OBJETIVOS	6
2.1 Objetivo geral	6
2.2 Objetivos específicos	6
3. DESENVOLVIMENTO	7
3.1 Histórico da Educação Alimentar e Nutricional no Brasil	7
3.1.1. Décadas de 1940 a 1970	7
3.1.2 Décadas de 1980 e 1990	8
3.1.3 Anos 2000	9
3.2 Biografia de Paulo Freire, personalidade relevante e de destaque dentro da história da Educação Alimentar e Nutricional no Brasil	11
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
1. INTRODUÇÃO
A Educação Nutricional é um quesito básico adotado pelos profissionais nutricionistas, trata-se de uma prioridade no que se refere aos métodos de ação os quais devem ser aplicados em saúde pública como intervenção necessária à prevenção e controle do avanço de doenças, portanto è essencial que tal estratégia possua a capacidade de atingir todos os níveis da sociedade no que se refere aos fatores econômicos (BOOG, 1997).
Os hábitos relacionados à prática alimentar são construídos ao longo do tempo através de um processo no qual estão envolvidos aspectos socioculturais distintos entre as populações, de modo que se determine aos poucos o conhecimento nutricional (MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016).
É possível observar a existência de uma associação entre a promoção de práticas alimentares seguras e a promoção da saúde, fator que como consequência estabelece uma consciência à que se refere à promoção de práticas alimentares saudáveis; tal evento pode ser notado através de atuações políticas e técnicas referentes à alimentação e nutrição (SANTOS, 2005).
Resultante da finalidade de contestar empecimentos observados no processo saúde-doença-cuidado, bem como seu regulamento, é implacável o crescimento relacionado à importância da atuação da promoção da saúde; cujo caminho deve ser a melhoria cada vez mais dos aspectos promocionais, assim como dos preventivos; de forma que torne possível o precoce diagnóstico e confirmação de doenças crônico-degenerativas, além de estabelecer maior capacidade e eficiência no atendimento correspondente ao primeiro nível de atenção. No sistema de saúde tais ações ainda constituem de grandes obstáculos a serem vencidos (SANTOS, 2005).
A promoção da saúde e sua abrangência em muitos sentidos, pode direcionar suas ações à tentativa de gerar mudanças comportamentais dos indivíduos quanto aos seus hábitos, os quais são tradutores de estilos de vida nos quais se inserem mediante às características culturais e ambientes familiares em que se encontram. Outra possibilidade mais recente que compreende o significado da promoção da saúde é baseada no pensamento de que a saúde é consequência de múltiplos fatores que vão além do comportamento humano, portanto, se refere à oportunidades na educação, condições de saneamento básico e moradia, bem como trabalho e renda; sendo o último fator muitas vezes determinante da adequada alimentação e nutrição, todos esses aspectos em conjunto designam a qualidade de vida a qual possuem (SANTOS, 2005).
No Brasil o interesse pela questão da Educação Alimentar e Nutricional se originou como forma de preocupação com a saúde e proteção do trabalhador relacionada à alimentação dos mesmos, através de uma das bases dos programas governamentais; tendo como perspectiva o objetivo de gerar mudanças nas condições dietéticas de trabalhadores (BOOG, 1997).
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Apresentar o avanço do conceito de educação alimentar e nutricional ao longo do tempo.
2.2 Objetivos específicos
· Realizar a leitura de determinadas bibliografias e descrever de forma histórica os principais acontecimentos relacionados à educação alimentar e nutricional no Brasil.
· Apresentar breve biografia de uma das personalidades relevantes dentro da história da educação alimentar e nutricional no Brasil. 
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 Histórico da Educação Alimentar e Nutricional no Brasil
3.1.1. Décadas de 1940 a 1970
Entre 1940 e 1970 no Brasil, houve uma transposição em relação ao status demasiado privilegiado à ação do governo que se voltava à proteção do trabalhador e uma queda da credibilidade devido à estimadas discriminações, além da diminuição da alimentação em comparação à sua proporção biológica (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012).
O público de baixa renda era o alvo do projeto educacional que possuía a finalidade de gerar mudanças no comportamento de tal população, para que os pobres aprendessem à se alimentar de forma adequada e extinguir hábitos incorretos foram elaboradas ferramentas, tendo esse quesito como prioridade da intervenção (SANTOS, 2005).
Nas décadas de 50 a 60 sobressaía o interesse econômico, tendo um produto de exportação em desvantagem à procura pelo feijão como base nas ações de educação alimentar e nutricional; desse modo foi utilizada a soja como alimento que se objetivava que a população incluísse na dieta (BOOG, 1997).
Em 1951 a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um estudo referente à Educação Nutricional, no qual o assunto abordava a associação entre hábitos alimentares dos indivíduos e fatores sociais, também questionava o planejamento de programas de ensino, assim como suas técnicas de avaliação e ainda a capacitação dos responsáveis por aplicá-los (BOOG, 1997).
Após a introdução do regime militar em 1964 a base técnico-científica de opinião passou a direcionar os feitios de alimentação no I e II Planos Nacionais de Desenvolvimento, a partir disso foram executadas ações a fim de abdicar determinadas carências nutricionais, obter racionalização na produção de alimentos e beneficiar a suplementação alimentar. Em contrapartida começou a se perder o enfoque na educação nutricional, ocasionado com a busca pelo desenvolvimento de novos alimentos pela indústria, que se tornou prioridade, visto que tais produtos seriam distribuídos pelos programas de suplementação de alimentos (BOOG, 1997).
Com desvios de posicionamento das políticas de alimentação e nutrição no país, a expressão alimentação-educação passou a ceder lugar ao conceito alimentação-renda a partir da década de 70, quando houve a determinação de que o principal fator resultante da alimentação inadequada era a renda (SANTOS, 2005).
Os sistemas de suplementação de alimentos começaram a ser julgados como meios de redistribuição financeira; a fome, preocupação com o pequeno produtor e o deficiente compartimento de renda tomaram o lugar da preocupação com os nutrientes e a educação. De acordo com tais acontecimentos os planos tiveram uma mudança de rumo, visando o desenvolvimento de programas educativos e inclusão de novos alimentos, bem como alterações na economia (MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016).
Entre as décadas de 40 a 70 os diversos trabalhadores dos setores da economia, agricultura, medicina e sanitários tinham acesso à documentos da Organização Mundial da Saúde e Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, as quais delegavam que a educação nutricional seria uma responsabilidade de todos e por isso forneciam estratégias para que estes pudessem atuar no ensino junto à sociedade (MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016).
3.1.2 Décadas de 1980 e 1990
O conceito de educação nutricional crítica se manifestou por volta de 1980, com a ideia de que não é possível obter mudanças de comportamento alimentar apenas utilizando a estratégia baseada na educação alimentar e nutricional; de acordo com princípios marxistas não deve ser utilizado um embase fixo para tal fim. Sendo assim, enfatizava-se a necessidade de combater a arbitrariedade geradora dadeficiência alimentar e consequente desnutrição, através do fortalecimento das camadas populares. Mediante esses fatores os Congressos Nacionais de Nutrição de 1987 e 1989 enfatizaram o conhecimento em relação aos direitos de cidadania (SANTOS, 2005). Esse novo conceito que trouxe o aperfeiçoamento da promoção da saúde e educação em saúde se inspirou em Paulo Freire, cujo pensamento é de valorização de conhecimentos populares (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012).
Na década de 90 houve uma ruptura na teoria que responsabilizava o fator financeiro como principal obstáculo para a prática da alimentação saudável; a obesidade retratou o surgimento inesperado de um novo problema de saúde pública, trazendo consigo uma nova perspectiva sobre a adoção de métodos de planejamento e análises dos acontecimentos relacionados ao consumo alimentar da população. Os profissionais da área da saúde passaram a enfrentar muitas dificuldades visto que o ensinamento nos cursos baseava-se principalmente nos aspectos nutricionais e composição de alimentos (MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016).
O aparecimento da expressão “ promoção de práticas alimentares saudáveis” em documentos brasileiros se iniciava no final da década de 90, com grande importância no combate de problemas atuais na alimentação e alcance do Direito Humano à Alimentação adequada (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012). 
As buscas por um novo caminho para as políticas de alimentação e nutrição nessa época foram legitimadas com a instauração da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), esta pretendia garantir a qualidade dos alimentos, promover hábitos alimentares saudáveis e assim prevenir distúrbios nutricionais, além de contribuir com ações que permitiriam o acesso universal aos alimentos. De acordo com a Carta de Ottawa tal idealização provém de amplo conceito de promoção à saúde (SANTOS, 2005).
3.1.3 Anos 2000
A instituição do Programa Fome Zero (PFZ) em 2001 voltava-se ao desenvolvimento de campanhas publicitárias e palestras sobre educação alimentar e para o consumo, como propunha o Instituto Cidadania, o qual planejava também o desenvolvimento de uma Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos Industrializados semelhante à que se voltava aos alimentos para lactantes e o melhoramento no quesito rotulagem (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012). 
Foram os debates sobre os direitos do consumidor que deram origem à educação para o consumo, política na qual se prenunciava a elaboração de um conjunto de medidas com a finalidade de orientar e transmitir informações, para conscientizar a população à tomar uma postura crítica em relação à escolha dos alimentos na hora da compra; através dos meios de comunicação, escolas e empresas. Como forma de reduzir problemas de desnutrição e mortalidade infantil se teve agregação das ações atribuídas ao programa Bolsa Alimentação para o Bolsa Família, porém é fato o dever da realização de análises em relação ao seu funcionamento (SANTOS, 2005).
Em 2003 houve início da implementação em empreendimentos públicos de maiores números de ações em educação alimentar e nutricional, abrangendo restaurantes, bancos de alimentos, Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e equipes de atenção básica à saúde (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012). A fim de reduzir a incidência de doenças e mortes, ainda nessa época foi criada pela OMS a Estratégia Global para a Promoção da Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde, objetivando incitar a prática de atividades físicas conivente com a adoção de hábitos alimentares saudáveis, concomitante à contenção do tabagismo (SANTOS, 2005).
No ano de 2004 ocorreu a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN) onde se alcançou uma Politica Nacional de Segurança Alimentar, a qual constatou que deve haver combinação da tentativa de promover a alimentação saudável e o enfrentamento da fome e pobreza; visto que a obesidade e desnutrição tratam-se de pronunciamentos da insegurança alimentar (SANTOS, 2005).
Um gradual reforço nas ações da EAN ocorreu em 2009 com a instituição da de uma lei a qual propôs a incorporação nas etapas de ensino e aprendizagem a educação alimentar e nutricional, de forma à discutir sobre estilo de vida saudável através de hábitos adequados em conjunto à propiciar segurança alimentar e nutricional (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012).
Em 2012 a Coordenação Geral de Educação Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome elaborou práticas no sentido de criar o Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas de forma conjunta, o qual definiu educação alimentar e nutricional como uma área de conhecimento contínuo, multidisciplinar e multiprofissional; que pretende viabilizar práticas e hábitos alimentares saudáveis de forma voluntária e autônoma, devendo permitir o diálogo (MANCUSO; VINCHA; SANTIAGO, 2016).
Na primeira diretriz da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), a qual se refere à Organização da Atenção Nutricional propõe a EAN como participante das medidas de promoção, prevenção e tratamento; já a Promoção da Alimentação Adequada e Saudável consiste na segunda diretriz e nela consta a EAN no estabelecimento de atitudes individuais por meio de exercícios permanentes (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012).
 Assim como nas diretrizes mencionadas a EAN está presente em diversos outros documentos normativos referentes à saúde e diretrizes em geral, visto que depois de um longo processo evolutivo foi capaz de atribuir grande importância no campo de alimentação e nutrição no que remetem à educação em saúde.
3.2 Biografia de Paulo Freire, personalidade relevante e de destaque dentro da história da Educação Alimentar e Nutricional no Brasil
Paulo Reglus Neves Freire, nascido em 19 de setembro de 1921 em Recife, capital de Pernambuco, filho de Joaquim Temístocles Freire e de Edeltrudes Neves Freire, se inseriu na faculdade de Direito aos 22 anos, na mesma época iniciou seu trabalho de docência do Colégio Oswaldo Cruz. Trabalhou como diretor do setor da educação e cultura no Serviço Social da Indústria (SESI) entre 1947 e 1954, onde teve contato com a educação de adultos (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
Foi nomeado membro do Conselho Consultivo de Educação do Recife em 1956 e diretor da Divisão de Cultura e Recreação do Departamento de Documentação e Cultura em 1961. Lecionou filosofia da educação na Escola de Serviço Social da Universidade do Recife e doutorou-se em filosofia e história da educação em 1959, ainda nesse ano tornou-se professor efetivo de história e filosofia da educação da Escola de Belas Artes; e em 1960 foi um dos fundadores do Movimento de Cultura Popular de Recife. Foi nomeado em 1963 por Miguel Arraes, governador de Pernambuco como um dos conselheiros pioneiros do Conselho Estadual de Educação, mas afastou-se com a deposição do presidente João Goulart após a instauração do golpe militar, tempo depois foi preso (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
O Método Paulo Freire constitui seu famoso método de alfabetização, o qual baseia-se não apenas na transmissão de conhecimento, mas na formulação de consciência crítica, levando os indivíduos à questionarem os acontecimentos na natureza e sua situação perante à sociedade (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
Após 72 dias de detenção recuperou sua liberdade e se mudou para o Chile, onde trabalhou no Instituto Chileno para a Reforma Agrária e escreveu Educação como prática da liberdade (1967), tendo como principal obra a Pedagogia do oprimido. Mudou-se para os Estados Unidos em 1969, lá lecionou na Universidade de Harvard. Passou à habitar-se em Genebra, Suíça, no ano de 1970 e atuou como consultor especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial de Igrejas; nos dez anosque seguiram foi consultor educacional em diversos países, dentre eles muitos africanos (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
Retomou sua missão no Brasil em 1980, filiando-se ao Partido dos Trabalhadores (PT), mais tarde lecionou em Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na Universidade de Campinas, onde permaneceu até 1990. Entre 1989 e 1991 atuou como Secretário de Educação do municipio de São Paulo na gestão da prefeita Luisa Erundina, do PT, neste mesmo ano foi ainda reincorporado ao cargo de diretor do Serviço de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
Aposentou-se em 1991 foi criado o Instituto Paulo Freire em São Paulo, recebeu muitas premiações e homenagens pelo seu reconhecimento em nível mundial, foi casado com Elza Maia Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos e quando viúvo casou-se com Ana Maria Araújo Freire; ainda em São Paulo faleceu no dia 2 de maio de 1997 (A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 2001).
Paulo Freire foi uma grande personalidade a qual contribuiu no desenvolvimento de estratégias no âmbito da EAN, através de suas teorias da educação voltadas principalmente à importância de se gerar capacidade de questionamento crítico em relação à situações diversas as quais somos submetidos, enfatizando a necessidade de adaptações ideológicas durante todo o processo contínuo de aprendizagem.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao decorrer do tempo cujos eventos constituem uma longa história e perante à todas as situações emergidas nos mais variados aspectos que compreendem a Educação Alimentar e Nutricional, é possível estabelecer uma relação incontestável entre fatores socioeconômicos, avanço tecnológico e aspetos nutricionais em nível biológico na compreensão das necessidades de planejamento das estratégias que correspondem ao domínio do processo ensino-aprendizagem. Tal processo se mostra essencial na promoção da saúde visto que os indivíduos são movidos pela sua consciência, inclusive na determinação de suas ações referentes ao comportamento alimentar, no qual se criam hábitos de acordo com seus conhecimentos em relação à alimentação e nutrição.
A Educação Alimentar e Nutricional, apesar de muitas implicações já ocorridas se tornou um dos grandes pilares de extrema importância na saúde, em ações preventivas, promotoras de hábitos saudáveis e de controle de doenças; constando sua presença em diretrizes e documentos normativos.
A criação do Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional contribuiu na orientação e questionamento da origem desse feitio, a qual se principiou em grande parte através de políticas públicas. Denota ainda a finalidade de auxiliar setores associados à produção até o consumo alimentar, para que possa assim, possibilitar a melhoria da qualidade de vida da população.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012. Disponível em: < http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/seguranca_alimentar/caisan/Publicacao/Educacao_Alimentar_Nutricional/1_marcoEAN.pdf >. Acesso em: 14 mai. 2020.
SANTOS, L. A. S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 5, set. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732005000500011>. Acesso em: 14 mai. 2020.
MANCUSO, A. M. C.; VINCHA, K. R. R.; SANTIAGO, D. A. Educação Alimentar e Nutricional como prática de intervenção: reflexão e possibilidades de fortalecimento. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 26, n. 1, p. 225-249, 2016. Disponível em: <https://www.scielosp.org/pdf/physis/2016.v26n1/225-249/pt>. Acesso em: 14 mai. 2020.
BOOG, M. C. F. Educação nutricional: passado, presente e futuro. Revista Nutrição, Campinas, v. 10, n. 1, p. 5-19, 1997. Dsiponível em: <https://www.unifg.edu.br/wpcontent/uploads/2015/06/Educa%C3%A7%C3%A3o-Nutricional-passado-presente-e-futuro.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2020.
A TRAJETÓRIA POLÍTICA DE JOÃO GOULART, 19. 2001, Rio de Janeiro. Paulo Freire. CPDOC Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil: FGV, 2001. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/paulo_freire>. Acesso em: 14 mai. 2020.

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