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O_Pedagogo_empresarial

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O Pedagogo Empresrial 
 
Myrian Glória Greco 
Rio de Janeiro, 2005. 
 
 
 
 
 
 
 Monografia apresentada para conclusão do Curso de Pedagogia Empresarial da Universidade Veiga 
de Almeida. 
 
 Orientador: Professor José Luiz de Paiva Bello 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho em especial ao meu filho Henrique, que soube compreender a minha ausência 
durante esse empreendimento e me incentivou conferindo nossas notas ao final de cada bimestre. 
 
Ao meu marido José Eduardo pelo apoio incondicional, por me esperar todas as noites acordado para que 
eu não me sentisse sozinha nesta fase tão difícil e importante da minha vida. 
 
A minha mãe Norma que sempre foi a maior incentivadora de que eu me tornasse sempre uma mulher 
independente. 
 
A minha amiga Nilma Gisbert por todo auxilio e incentivo em momentos de tantas dificuldades, não 
permitindo que sequer eu pensasse em desistir deste objetivo. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
 
 Agradeço a todas as minhas amigas de sala de aula que sempre me incentivaram a continuarmos 
juntas nesta empreitada. 
 A determinados professores que souberam fazer toda a diferença entre ensinar e o despertar para 
querer aprender. 
 Ao amigo Antonio Condorelli que incentivou a minha volta aos estudos. 
 E a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para o sucesso desse trabalho. 
 
 
 
 
 
"Nosso sistema de educação dá a faca e o queijo, mas não desperta a fome nas 
crianças". 
 
(Rubem Alves) 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
 A Pedagogia conta com o pedagogo empresarial dentro da empresa, visando sempre melhorar a 
qualidade de prestação de serviços. Na atualidade, a empresa tem aberto espaço para que este profissional 
possa, de maneira consciente e competente, solucionar problemas, formular hipóteses, e elaborar projetos, 
demonstrando que a sua atuação visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, como garantia da 
qualidade do atendimento aos seus clientes e ao funcionário, contribuir para a instalação da cultura 
institucional da formação continuada dos empregados, orientar na gestão do melhoramento dos processos. 
De que maneira o Pedagogo poderá trabalhar seus projetos numa empresa visando sempre a sua 
melhoria? Esta pesquisa visa a compreender os novos rumos que a Pedagogia Empresarial tem assumido 
frente aos novos cenários organizacionais delimitados pela globalização. A implementação de 
treinamentos e desenvolvimento de projetos pressupõe uma nova base para a gestão de pessoas, 
desenvolvimento e capacidade de renovação da empresa e dos funcionários, a busca do conhecimento, de 
promover atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando a direcionar os negócios da empresa para 
obtenção da excelência no atendimento às exigências do mercado e da sociedade. Para enfrentar os novos 
desafios impostos pelo mundo dos negócios nesta virada do milênio, as empresas precisam gerar novas 
capacidades organizacionais que devem ser decorrentes da redefinição e redistribuição das práticas e 
funções. Gerentes de linha e profissionais precisam juntos, criar essas novas capacidades, estabelecendo 
ligações com funcionários, fornecedores e clientes, fortalecendo a capacidade de competir, tendo, como 
objetivo, analisar a importância do pedagogo e que contribuições poderá acrescentar dentro da empresa. 
O trabalho será desenvolvido através de pesquisas em artigos, livros e publicações on-line. 
 
ABSTRACT 
 
 
 The Pedagogia always counts on pedagogo enterprise inside of the company, aiming at to improve the 
quality of rendering of services. In the present time, the company has opened space so that this 
professional can, in conscientious and competent way, to solve problems, to formulate hypotheses, and to 
elaborate projects, demonstrating that its performance aims at to the improvement of the processes 
instituted in the company, as guarantee of the quality of the attendance to its customers and the employee, 
to contribute for the installation of the institucional culture of the continued formation of the employed, to 
guide the gestures in the improvement of processos. Do that way the Pedagogo will be able to always 
work its projects in a company aiming at its improvement? This research aims at to understand the new 
routes that the Enterprise Pedagogia has assumed front to the new organizacionais scenes delimited by the 
globalization and mundialização. The implementation of training and development of projects estimates a 
new base for the management of people, development and capacity of renewal of the company and the 
employees, the search of the knowledge, to promote transforming and mobilizadoras attitudes, aiming at 
to direct the businesses of the company for attainment of the excellency in the attendance to the 
requirements of the market and the society. To face the new challenges taxes for the world of the 
businesses in this turn of the milênio, the companies need to generate new organizacionais capacities that 
must be decurrent of the redefinition and redistribution of the practical ones and functions. Controlling of 
line and professionals need together, to create these new capacities, being established linkings with 
employees, suppliers and customers, fortifying the capacity to compete, having, as objective, to analyze 
the importance of pedagogo and that contributions will be able to add inside of the company. The work 
will be developed through research in articles, books and publications on-line. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
1 A PEDAGOGIA 
 1.1 PAIDÉIA 
 1.2 PEDAGOGIA NO BRASIL E SUA IDENTIDADE 
 1.3 NECESSIDADE DE MUDANÇA 
 1.4 EDUCAÇÃO NO TRABALHO 
 1.5 O PEDAGOGO 
 
2 O PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 2.1 AS MODIFICAÇÕES E REFLEXOS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 2.2 O TRABALHO DO PEDAGOGO 
 
3 O PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
 
4 O PEDAGOGO EMPRESARIAL 
 4.1 EDUCAÇÃO NO TRABALHO - IMPORTÂNCIA 
 
CONCLUSÃO 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
 
1. A PEDAGOGIA 
 
A Pedagogia é um tema muito rico, e por ser muito extenso requer muito estudo e pesquisa. Depende não 
só das gerações passadas, dos desbravadores deste campo, mas também das novas gerações de 
profissionais ousarem e produzirem trabalhos e pesquisa com qualidades científicas para dar continuidade 
ao trabalho já começado. Atualmente, além da Instituição Escolar, notamos grande interesse nas áreas 
hospitalar e empresarial, além da clínica clássica.Surgida no século XVII, pedagogia tende para um 
objetivo prático definido, através de meios (processos e técnicas de ensino) eficientes para alcançá-los. 
Komensky, considerado Pai da Pedagogia cujo sobrenome foi latinizado para Comenius, recebeu esse 
título pela descoberta de que o estudante merece cuidados especiais para efetivação de uma aprendizagem 
mais produtiva e deleitosa. 
Os sentidos e à experiência eram de extrema importância para Comenius. Em Janua linguarum reservata 
(1631; A porta das línguas reaberta), manual para o ensino de línguas, utilizou desenhos com fins 
didáticos. Na Didática magna, propõe um sistema educativo a ser aplicado da infância aos estudos pós-
universitários. A doutrina filosófica de Comenius, a qual ele deu o nome de pansophia, propõe a 
universalização do saber e a supressão dos conflitos religiosos e políticos. 
As inovações introduzidas por Comenius nos métodos de ensino influenciaram em grande medida as 
reformas educativas e as teorias de eminentes pedagogos de séculos posteriores. Constantemente 
Comenius era chamado a vários países europeus para pôr em prática suas teorias pedagógicas e 
filosóficas. Estabeleceu-se finalmente em Amsterdã, onde morreu em 15 de novembro de 1670. 
Desde então, o ensino transformou-se paulatinamente, retro-alimentado por novas propostas educativasiluminadas, em destaque a do francês Jean Jacques Rousseau no século XVIII, de seus seguidores e de 
numerosos educadores, mais próximos de nós, auxiliados pela eclosão da Psicologia que confirmou os 
acertos dos mestres pioneiros. 
Os métodos de ensino sucederam-se uns aos outros, sempre no intuito de apresentar ao aluno uma 
aprendizagem de acordo com a sua faixa etária. 
No decorrer do tempo, a Pedagogia, com seus objetivos e currículo pertinentes progredia, sempre 
direcionada à eficiência e eficácia do ensino, tomando por fim forma de curso, emancipando-se na Europa 
e nos Estados Unidos. 
Ao consultar o que diz o Diretor Cientifico do CEFA, Paulo Ghiraldelli Junior, encontramos a seguinte 
definição para pedagogia: 
Trata-se da pedagogia como o campo de conhecimentos que abriga o chamamos de "saberes da área da 
educação" - como a filosofia da educação, a didática, a educação e a própria pedagogia. 
A pedagogia está ligada às suas origens na Grécia antiga. Aqueles que os gregos antigos chamavam de 
"pedagogo" era o escravo que levava a criança para o local da relação ensino-aprendizagem; não era 
exclusivamente um instrutor, ao contrario, era um condutor alguém responsável pela melhoria da conduta 
geral do estudante, moral e intelectual. Ou seja, o escravo pedagogo tinha a norma para a boa educação; 
se por acaso, precisasse de especialistas para a instrução, conduzia a criança até lugares específicos, os 
lugares próprios para o "ensino de idiomas, de gramática e calculo", de um lado, e para a "educação 
corporal" de outro. 
A concepção que diz que a pedagogia é a parte normativa do conjunto de saberes que precisamos adquirir 
e manter se quisermos desenvolver uma boa educação, é mais ou menos consensual entre os autores que 
discutem a temática da educação. 
O termo "pedagogia" designa a norma em relação à educação. "Que é que devemos fazer, e que 
instrumentos didáticos devemos usar, para a nossa educação?" - esta é a pergunta que norteia toda e 
qualquer corrente pedagógica, é o que deve estar na mente do pedagogo. 
 
 
1.1 PAIDÉIA 
 
A palavra Paidéia, de início significa apenas criação dos meninos - pais, paidós, criança -, com o tempo 
adquire nuances que a tornam intraduzível. Conforme Werner Jaeger diz que 
 
não se podem evitar expressões modernas como civilização, cultura, tradição, literatura ou educação, 
porém nenhuma delas coincide com o que os gregos entendiam por Paidéia. Cada um daqueles termos se 
limita a exprimir um aspecto daquele conceito global. Para abranger o campo total do conceito grego, 
teríamos de empregá-los todos de uma só vez. 
 
Na sua abrangência, o conceito de paidéia não designa unicamente a técnica própria para, desde cedo, 
preparar a criança para a vida adulta. A ampliação do conceito fez com que ele passasse também a 
designar o resultado do processo educativo que se prolonga por toda vida, muito para além dos anos 
escolares. 
Os sofistas são os criadores da educação intelectual; ampliam a noção de Paidéia - de educação da criança 
à continua formação do adulto; valorizam a figura do professor e ao exigir remuneração, dão destaque ao 
aspecto profissional dessa função. Formaram um currículo de estudos composto por gramática, retórica e 
dialética. Desenvolveram também a aritmética, geometria, astronomia e música. 
 
 
1.2 PEDAGOGIA NO BRASIL E SUA IDENTIDADE 
 
É difícil falar sobre o curso de pedagogia no Brasil, sem antes traçar um panorama histórico sobre a 
educação no Brasil nos anos que antecederam à sua criação. 
No final do período imperial houve uma intensa expansão das escolas elementares. Essa expansão exigia 
que o ensino fosse de qualidade e para alcançar a qualidade pretendida, fazia-se necessário que a 
formação de professores para esse nível se desse em cursos de nível médio nas ditas escolas normais. 
Contudo, a instabilidade no fluxo de escolas normais abertas e fechadas durante esse período prejudicava 
a formação para esse fim, visto que as escolas destinadas a esse segmento de formação ou eram 
particulares ou estavam agregadas aos Liceus e, por isso, sujeitas aos interesses de seus donos ou 
administradores em mantê-las. 
Tentando amenizar esse problema, Leôncio de Carvalho sugeriu em 1878 que o exercício do magistério 
fosse facultativo a todos que se julgassem habilitados para tal, sem exigir uma formação mínima. 
No entanto, em 1880 é criada, no Município da Corte (Rio de Janeiro), a primeira escola normal destinada 
tanto a professoras quanto a professores, sob a direção de Benjamim Constant e cujo funcionamento 
incluía o horário noturno. 
Por quase meio século a escola normal foi o lócus formal e obrigatório para a formação de professores 
que atuariam nas escolas fundamentais, complementares e na própria escola normal. Somente no século 
XX é que se instalam nas escolas normais os cursos pós-normais - tidos como gérmen dos cursos 
superiores de pedagogia - impulsionados pela expansão das Escolas Normais ocorridas em todo Brasil por 
causa da República. 
Embora as escolas oficiais fossem consideradas como escolas-modelos, a primeira iniciativa de transferir 
a formação pedagógica para o nível superior foi de caráter privado. Em 1901 a Ordem dos Beneditinos de 
São Paulo criou a Faculdade de Filosofia Ciências e Letras que tinha como anexo um Instituto de 
Educação. Em 1908 é criada a Universidade Católica - a sua Faculdade de Filosofia Ciências e Letras 
funcionou por seis anos tendo suas aulas ministradas por professores estrangeiros, até que, por ocasião da 
guerra, ela é fechada, devido ao esvaziamento de seu quadro de professores. 
A Escola Normal do Distrito Federal (RJ), criada em 1890 para formar professores primários, viria a se 
transformar nos anos 30, do século XX, com outra organização, em Centro de Referência Nacional de 
Estudos Pedagógicos, tendo como objetivo o aperfeiçoamento no magistério. Essa teria sido a primeira 
iniciativa do governo de transferir para as instâncias superiores a formação pedagógica. 
A primeira iniciativa de uma instituição pública para o estudo superior em educação, que realmente se 
efetivou, foi em São Paulo. Após várias reformulações, a Escola Normal da capital foi transformada em 
Instituto Pedagógico de São Paulo no qual era oferecido o curso de aperfeiçoamento e preparo de 
técnicos, inspetores, delegados de ensino, diretores e de professores para as escolas normais, contudo esse 
instituto mantinha um caráter híbrido de normal e pós-normal. Esse caráter híbrido permaneceu mesmo 
quando o instituto foi anexado à USP em 1933. Somente em 1938 quando ele é reduzido e transformado 
em uma seção da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras é que essa situação muda. 
A pedagogia só passa a ser um curso superior quando, em 1931, é criada, pelos decretos n.º 19851 e 
19852, a Faculdade de Educação Ciências e Letras da Universidade do Rio de Janeiro, que foi 
reformulada em 1939 e denominada Faculdade de Filosofia Ciências e Letras (FFCL), passando a ter uma 
seção específica para a pedagogia. O curso já foi instituído com a marca que o acompanharia em todo o 
seu desenvolvimento: a dificuldade em se definir a função do curso e, conseqüentemente, o destino de 
seus egressos. 
Comprometendo todo o desenvolvimento do curso no Brasil, tanto em relação ao campo de trabalho do 
pedagogo, quanto à organização curricular do curso, questiona-se sempre se o curso de pedagogia teria 
um conteúdo próprio e exclusivo que pudesse justificar sua existência. 
 
 
1.3 NECESSIDADE DE MUDANÇA 
 
A revolução pós-industrial e a globalização trouxeram grandes benefícios à humanidade, mas com eles 
vieram também grandes problemas sociais. As inovações tecnológicas e as novas formas de organização 
trouxeram mudanças radicais no mundo do trabalho, na estrutura da produção de bens e serviços e nos 
mecanismos de mercado: uma progressiva desregulamentação da atividade econômica. 
É necessárioum aumento dos níveis de produtividade, qualidade e competitividade para a sobrevivência, 
a expansão das empresas e o ingresso competitivo do Brasil na economia internacional. 
Todas essas transformações estão nos levando a um novo modelo, a um novo paradigma de organização 
da economia e da sociedade: uma economia do saber. Estamos diante da famosa e complicada sociedade 
do conhecimento, na qual o recurso controlador não é mais o capital, a terra ou a mão-de-obra, mas, sim, 
a capacidade e experiência dos indivíduos. 
Isso significa que, se quisermos uma nação competitiva, teremos que mudar nosso modo de entender e de 
agir em relação à educação. É preciso modificar profundamente a nossa postura em relação à educação. 
 
 
1.4 EDUCAÇÃO NO TRABALHO - IMPORTÂNCIA 
 
A educação é uma prática social humana. Ou seja, característica dos seres humanos, e realizada por todo e 
qualquer cidadão, em todas as instituições sociais. A educação tem por finalidade possibilitar o 
crescimento das pessoas como seres humanos; é processo de humanização. Tornar-se humano significa 
tornar-se partícipe do processo civilizatório, dos bens que historicamente foram produzidos pelos homens 
em sociedade e dos problemas gerados por esse mesmo processo. 
Nesse sentido, a educação tem uma dimensão de continuidade que se traduz na transmissão dos 
conhecimentos, da cultura e dos valores, e, ao mesmo tempo, de ruptura, ou seja, de produzir-se novos 
conhecimentos, novas culturas, novos valores, a partir não apenas do avanço do conhecimento, mas da 
análise crítica dos resultados desse processo civilizatório, produto de grupos de interesses dominantes nas 
sociedades. Nesse sentido, a educação é, ao mesmo tempo, permanência e transformação, em busca de 
condições para o desenvolvimento humano de todas os sujeitos que nascem, garantido-lhes o usufruto dos 
bens da civilização e dotando-os de uma perspectiva analítica e crítica a fim de que se coloquem como 
construtores de novos modos de se processar a civilização. 
Uma civilização que garanta as condições humanas de vida a todos, que assegure os direitos humanos 
para todos, de sobrevivência, de alimentação, de trabalho, de participação social, de elaboração da lei, de 
construção da democracia etc. A educação é inerente ao processo de humanização que ocorre na 
sociedade em geral. Por isso, afirmamos que a educação é uma prática social, histórica e situada em 
determinados contextos. Nesse sentido, é que podemos afirmar que a educação é uma práxis social. 
Estudá-la, analisá-la, compreendê-la, interpretá-la em sua complexidade, e propor outros modos e 
processos de ser realizada com vistas à construção de sociedade justa e igualitária, supõe a contribuição 
de vários campos disciplinares, dentre os quais o da pedagogia. 
A pedagogia é um campo de conhecimento específico da práxis educativa que ocorre na sociedade. 
Diferente dos demais que não têm a educação como objeto específico de análise, mas que a ela podem se 
voltar. A sociologia, por exemplo, na sua raiz não tem a educação como objeto de estudo, mas há 
sociólogos que se voltam a ela, se valendo dos aportes da ciência sociológica para estudar dimensões da 
práxis educativa. O mesmo ocorre com a filosofia, a psicologia, a história e outras ciências que se voltam 
à educação. Essas disciplinas quando voltadas ao campo da educação, constituem nos cursos de 
pedagogia os fundamentos da educação. 
Curiosamente não há dentre eles uma disciplina denominada pedagogia que se voltaria ao estudo do 
campo do pedagógico. Essa perspectiva, em geral, é coberta pela didática e por estudos do campo 
curricular, quando estudam as teorias e as idéias pedagógicas, sintetizando os aportes das disciplinas 
anteriores, focando nos resultados do ensino e da educação e dos sistemas escolares. Por sua vez, ciências 
como a física, a matemática, a geografia, a história, a biologia, as letras, têm-se constituído também como 
campo da pedagogia, por se voltarem aos estudos dos fundamentos dos métodos do ensino, uma das 
atividades profissionais do pedagogo. 
A natureza dessas áreas de conhecimento de análise crítica dos modos de produção do humano e o 
desenvolvimento da pesquisa na própria formação dos pedagogos, em geral, têm possibilitado que o curso 
de pedagogia se constitua no único curso de graduação no qual se realiza a análise crítica e 
contextualizada da educação e do ensino enquanto práxis social. Talvez por isso, alguns hão de temer a 
pedagogia. 
 
 
1.5 O PEDAGOGO 
 
Segundo Franco (2002), a docência é uma profissão com identidade e estatuto epistemológico próprios, e 
que em si, o ensino é uma das manifestações da práxis educativa, definir o pedagogo como professor (e 
das séries iniciais) é reduzir a potencialidade de sua inserção na práxis educativa. 
Por outro lado, dizer que enquanto pedagogo ele pode também ser docente das séries iniciais (para o que 
ele tem que ser formado e preparado, através do conjunto das disciplinas e atividades que compõem o 
curso, orientadas por docentes de várias áreas que tenham a educação e o ensino como objeto de estudo), 
significa garantir o único espaço adequado na universidade para a formação dos professores e 
pesquisadores para esse nível de escolarização (lembrando que o curso normal médio está em extinção e 
lembrando que onde se faz pesquisa é na universidade). 
Essas considerações apontam caminhos que poderão orientar a elaboração de diretrizes curriculares 
nacionais para os cursos de pedagogia que retirem o pedagogo do limbo profissional e identitário em que 
se encontra. 
Entendendo que o pedagogo é um profissional que domina determinados saberes, que, em situação, 
transforma e dá novas configurações a estes saberes e, ao mesmo tempo, assegura a dimensão ética dos 
saberes que dão suporte à sua práxis no cotidiano do seu trabalho, e que a Pedagogia se aplica ao campo 
teórico-investigativo da educação e ao campo do trabalho pedagógico que se realiza na práxis social, 
entendo que, o curso de graduação em Pedagogia forma (deva formar) o Pedagogo com uma formação 
integrada para atuar na docência nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, na Educação Infantil e nas 
disciplinas pedagógicas dos cursos de formação de professores e na gestão dos processos educativos 
escolares e não-escolares, assim como na produção e difusão do conhecimento do campo educacional (cf. 
item 2. da proposta de Diretrizes, ForumDir, 2004). 
A nossa visão, essa proposta de diretrizes, além de avanços construídos pela Comissão de Especialistas , 
enfrenta, estrategicamente, a importância da formação dos professores das séries iniciais no curso de 
pedagogia, único espaço em nível superior para se proceder sua formação com a qualidade desejada, 
entendendo-a como uma das inserções profissionais possíveis dos pedagogos, e entendendo que essa 
formação não se reduz a sala de aula, mas inclui a gestão das políticas e dos espaços de ensino e 
aprendizagem, sejam eles escolares ou não. Portanto, implica a formação de um pedagogo da educação 
infantil (da criança de 0 a 10 anos). 
Considerando a complexidade dessa educação, admite-se áreas de aprofundamento para uma formação 
mais voltada para a criança de 0 a 06 anos (Educação Infantil) e para a criança de 07 a 10 anos (séries 
iniciais do Ensino Fundamental). Portanto, tendo a pedagogia como base para a formação docente. 
Um curso de pedagogia não dá conta de formar pedagogos para se inserirem em inúmeras áreas de 
atuação como hoje se constata com as várias modalidades de currículo existente nas universidades e nas 
demais instituições de ensino superior. Daí se assumir com tranqüilidade o que seria o essencial da 
formação do pedagogo, o que o identifica epistemológica e profissionalmente em todo o território 
nacional. Mas vamos também assumir que sua formação se dá com pesquisa que confronta o real e o 
produzido sobre o real, que aponta possibilidadese perspectivas de transformação da realidade existente, 
que supere a visão fragmentada dos espaços escolares e não-escolares. Mas assumir que as áreas e 
demandas específicas, como educação de pessoas com necessidades, educação no campo, de indígenas, 
para a inserção nas mídias, etc. se faça fora do curso de pedagogia, como aprofundamentos, 
enriquecimento curricular, especialização, etc., e não no curso em que atualmente se apregoa em preparar 
o pedagogo em três anos. 
 
 
2. O PEDAGOGO E A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Geralmente, o pedagogo tem-se caracterizado como profissional responsável pela docência e 
especialidades da educação, como: Direção, Supervisão, Coordenação e Orientação Educacional, entre 
outras atividades específicas da escola. Podemos dizer que, dificilmente, encontra-se o profissional da 
educação desvinculado da escola propriamente dita, e inserido em outras atividades do mundo do 
trabalho, como em empresas, ainda que esse trabalho refira-se à educação, mas em uma perspectiva extra-
escolar. 
Ao analisar a estrutura de organização das disciplinas do curso de Pedagogia notamos que não há 
direcionamento específico para a atuação do pedagogo em empresas, fato esse que dificulta a inserção e 
conhecimento das possibilidades de atuação desse profissional nos processos produtivos. Por essa razão e, 
também, porque a escola constitui-se um local de trabalho bastante conhecido dos pedagogos, esses 
profissionais limitam sua procura a essas instituições. 
Nesse momento, em que o curso de pedagogia passa por um processo de reestruturação com propostas 
divergentes de diretrizes curriculares e, também, considerando as modificações ocorridas no processo 
produtivo, faz-se importante contemplar a possibilidade de atuação desses profissionais em outros setores 
do mundo do trabalho. 
 
 
2.1 AS MODIFICAÇÕES E REFLEXOS NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL 
 
Na atual sociedade capitalista, os processos produtivos têm sofrido profundas transformações no que se 
refere ao modo como está organizada a produção, devido, sobretudo, ao avanço tecnológico, bem como a 
própria necessidade de manutenção do capitalismo. 
A qualificação profissional inserida nesse contexto de transformação, por um lado, é alterada e ampliada 
havendo maior valorização do componente intelectual em detrimento do manual. As exigências do 
mercado de trabalho apontam para uma maior qualificação e, para tanto, o pedagogo pode contribuir, 
nesse processo, na qualificação do trabalhador. 
A qualificação profissional tem sofrido evoluções históricas delineadas pelas diferentes concepções e 
modos de organizar a produção. Na denominada Segunda Revolução Industrial, a implementação do 
trabalho nos moldes tayloristas tem como objetivo a racionalização e contenção de desperdícios nos 
locais de produção, então Taylor desenvolveu técnicas que parcelarizam ao máximo a produção e as 
atividades exercidas pelos trabalhadores, controlando e cronometrando até mesmos os movimentos 
exigidos para a realização de tarefas específicas, assim como o tempo destinado a essa realização. 
Esses métodos e técnicas intensificaram o ritmo do trabalho e aumentaram a rigidez do produto (produto - 
padrão) e da mão - de - obra destinada a realizar tarefas fixas, repetitivas e monótonas, as quais são 
controladas por uma rígida supervisão. Nesse modelo o processo de elaboração é realizado por um quadro 
de especialistas. Gerência científica enquanto os trabalhadores apenas executam da produção em massa o 
que significa consumo em massa, modificando a forma de reprodução da força de trabalho , a estética do 
produto e a mercadificação da cultura. (HARVEY, 1992, p.123). 
Uma grande aplicação de Ford na indústria automobilística foi a utilização da esteira rolante que aliada às 
operações parceladas, as quais existiam desde a manufatura, contribuiu significativamente na 
desqualificação do trabalhador, seja por não exigir e inibir qualquer capacidade de pensar, como também 
por conceber o trabalhador como extensão da máquina aquele trabalhador, antes necessário no processo 
de montagem era eliminado. Em seu lugar surgia um novo homem cuja função era repetir 
indefinidamente movimentos padronizados, desprovidos de qualquer conhecimento profissional, que para 
Ford nada tem de desagradável. (VARGAS, 1987, p.24). 
A rigidez do fordismo diante a crise do Estado de bem-estar-social emperrou sua hegemonia enquanto 
sistema de organização do trabalho, apesar de não ter sido excluído da sociedade mundial sua 
incapacidade de articulação com a sociedade do trabalho deu margem ao aparecimento de um novo 
modelo denominado por Harvey (1992) de acumulação flexível. 
Tanto no modelo fordista como no taylorista de produção a falta de autonomia para realizar tarefas 
parcelarizadas e a utilização preponderante do componente manual faz com que se aprofunde a situação 
na qual o trabalhador encontra-se expropriado do saber na produção e plenamente desqualificado, 
executando tarefas possíveis de serem executadas por máquinas. 
O fenômeno que Harvey denomina de acumulação flexível tem abrangência mais geral na sociedade, mas 
também, no interior das fábricas configurando novas formas de organizar a produção, geralmente, 
utilizando maquinários com tecnologia avançada. 
O acelerado avanço tecnológico, nas últimas décadas, provém das necessidades competitivas e das 
próprias lutas operárias por melhores condições de trabalho. A tecnologia e o avanço informacional 
tornam-se condições essenciais para a sobrevivência das empresas, uma vez que ela traz vantagens 
significativas à produção integrando as modificações na organização de um trabalho menos hierarquizado 
e voltado para a integração tanto da máquina como dos trabalhadores. 
Diferentemente do tipo de força de trabalho que se requer na organização taylorista-fordista, os modelos 
organizacionais como o Just-in-time/Kamban e o Toyotismo, entre outros, inovam modificando a 
disposição dos meios de produção e a utilização da mão-de-obra. 
Em ambos os modelos passa-se a requerer do trabalhador um maior potencial intelectual e 
comportamental, principalmente no que se refere a capacidade de trabalhar em equipe, conhecer a 
totalidade do processo produtivo, criatividade para propor inovações, capacidade para resolução de 
problemas, comunicação e expressão, conhecimentos gerais e de idioma, entre outros geralmente não 
conta com tecnologias ultramodernas como robôs e controle por central de computadores, pois o fracasso 
ao não atingir ganhos de produtividade deve ser atribuído às antiquadas estruturas organizacionais 
incapazes de acomodar as novas tecnologias não adianta gastar dinheiro com as novas tecnologias e 
utilizá-la de maneira antiga. (RIFIKIN, 1996, p. 99). 
O Just-in-time envolve a produção como um todo: trabalhadores, gerência e fornecedores em uma política 
de redução de estoques, já que se produz somente o que for solicitado pelo departamento de vendas. Os 
maquinários encontram-se dispostos em linhas de produção, de modo a racionalizar a produção 
eliminando os estoques e proporcionando linearidade e continuidade sem quebras no processo. 
A experiência da indústria automobilística Toyota, embora não se apresente em oposição ao Just-in-time 
tem-se caracterizado pela implementação de alta tecnologia, aperfeiçoando a exploração do trabalhador e 
a diminuição da hierarquia na fábrica, além de possuir uma elevada tendência de socialização no trabalho, 
no qual os engenheiros do chão de fábrica deixam de ter um papel estratégico e a produção é controlada 
por grupos de trabalho, a empresa investe muito em treinamento, participação e sugestão para melhorar a 
qualidade e produtividade (ANTUNES, 1995, p.29). 
Mesmo que a flexibilização do trabalho se refira a um número mínimo de trabalhadores, geralmente 
temporários e sub-contratados, controlados por horas extras como demonstra Antunes (1995), há o 
investimentoem equipes de funcionários, as quais são responsáveis por estudarem melhores 
procedimentos e elaborarem programas de execução juntamente com o engenheiro no chão de fábrica, 
além de executar a produção respondendo a imprevisibilidades e opinando sobre o produto final. 
Podemos perceber que, além da flexibilização nas relações de trabalho, as empresas para garantir a 
competitividade no mercado global, como demonstra Market (1999, p.149), têm implementado modelos 
de produção que permitem maior flexibilização na produção de bens, baseado na demanda pelos clientes. 
Essa tendência de focalizar o cliente ou regular a produção da empresa pelo departamento de vendas 
exige uma organização diferenciada da empresa, ou seja, para se atingir uma produção mais flexível e 
voltada para a clientela há a exigência de uma estruturação realizada de maneira mais integrada, como 
cita Market (1999), estabelecendo comunicações entre o departamento de planejamento da produção, 
administrativo e de vendas. 
Sendo assim, as necessidades organizacionais da empresa voltam-se para a qualificação dos seus quadros 
profissionais , a fim de que eles captem e implementem as modificações rapidamente. 
Ao mesmo tempo que a implementação tecnológica altera a prática produtiva tanto na diminuição da 
hierarquia, como na necessidade de um profissional mais polivalente, ela também funciona como divisor 
de águas. 
Entre aqueles profissionais desprovidos do mínimo de escolaridade e aqueles que possuem nível de 
formação institucional e técnico, os quais necessitam de maior qualificação para controlar, interferir e 
articular essas novas tecnologias dentro das situações concretas de produção. 
As relações que se estabelecem no âmbito da sociedade capitalista são marcadas pela contradição, como 
ocorre com o fenômeno da reestruturação produtiva. A implementação tecnológica possui uma dimensão 
perversa principalmente nos países pobres e a exclusão recai sobre uma considerável parcela dos 
trabalhadores, em geral, daquela que possui baixa escolaridade e pouco conhecimento técnico, obtendo 
qualificação basicamente nos moldes da organização taylorista/fordista. 
Ainda que a qualificação mais ampla dos trabalhadores não ocorra de forma homogênea, podemos dizer 
que uma categoria dos profissionais parece ser privilegiada com as modificações tecnológicas, 
especialmente no que se refere a aproximação dos técnicos aos quadros como podemos observar na 
abordagem de Lojkine (1990) ao dizer que a ruptura brutal existente entre a gerência que pensa e planeja 
e o operário que simplesmente executa tarefas, sem poder de interferência, está propensa a diluir-se. 
Nessa diluição, o homem passa a exercer o papel de protagonista do trabalho que realiza, não apenas 
alimentando a máquina, contudo a controlando em todo seu percurso, da concepção ao produto final. 
Na perspectiva de Lojkine e Shaff (LOJKINE, 1990, p.17; SHAFF, 1990, p.3) há um progressivo 
desaparecimento do trabalho manual, fazendo com que o homem cada vez mais incumba-se da realização 
de um trabalho com um potencial criativo, deixando de executar tarefas possíveis de serem executadas 
por máquinas. 
À medida que para trabalhar o trabalhador precisa de mais conhecimento, conseqüentemente ele se torna 
capaz de compreender o processo produtivo como um todo, então a secular diferença entre trabalho 
manual e intelectual, agora, aproxima-se de um trabalho de certa forma mais cooperativo e criativo. No 
momento em que o componente intelectual do profissional é mais valorizado, esse profissional adquire 
maior autonomia na realização do seu trabalho que não se limita à execução, mas a capacidade de 
elaboração. 
Os profissionais com maior autonomia favorecem a cooperação entre categorias profissionais no interior 
da fábrica já que necessitam discutir, trocar idéias sobre o trabalho para estabelecer diretrizes conjuntas 
para aplicar na produção. Essa cooperação entendida enquanto troca de conhecimentos teórico e prático 
dá-se no estreitamento entre engenheiro e os demais quadros de profissionais (os técnicos) e ambos têm 
de dialogar entre si, trocar experiência da prática do trabalho subsidiada de conhecimento teórico das 
atividades que realizam. 
As novas formas de organização do trabalho parecem requerer o trabalhador com potencial mais criativo 
e participativo, já que as equipes de trabalho propõem inovações, soluções aos problemas que surgem e a 
tendência é se incumbir cada vez mais de responsabilidades que requerem um certo desenvolvimento 
intelectual, sendo assim, 
 
(...) o trabalhador criativo deve nutrir-se contínua e ferozmente de sensações e noções para implementá-
las na produção, para isso deve ler, viajar, ouvir, ou seja, aguçar alimentar e aguçar de todas as formas 
possíveis a sua capacidade de conhecer (DE MASI; MENICONI, 1999, p. 200) 
 
 
2.2 O TRABALHO DO PEDAGOGO 
 
Todos esses aspectos leva-nos a refletir sobre a possibilidade de um novo campo de atuação para o 
pedagogo, até agora pouco explorado. Para discutirmos a presença do pedagogo nos processos 
produtivos, elegemos três aspectos constitutivos da especificidade do trabalho desse profissional que nos 
parece interessantes serem aproveitados nos locais de produção, sendo eles: a interação com o sujeito, a 
reflexão sobre a prática do trabalho e a elaboração de programas instrucionais que priorizem a totalidade 
do processo de trabalho O trabalho costumeiramente desenvolvido pelo profissional da educação (o 
pedagogo) refere-se a oferecer instrumentos para que o sujeito aprenda a desvendar a realidade. Para que 
o conhecimento aconteça por parte do sujeito, o educador tem um papel fundamental que é o de oferecer 
subsídios de cunho teórico-prático para que a partir da ação o sujeito interfira na realidade. 
Nesse sentido, o educador não é um mero transmissor de conhecimento, mesmo porque o processo pelo 
qual consolida-se o conhecimento pressupõe a interação entre sujeito estruturante e objeto a ser 
estruturado, assim, faz-se imprescindível notar que a função essencial do educador está em oferecer além 
dos conteúdos, os instrumentos que possibilitem e estimulem a busca do conhecimento por parte do 
sujeito. 
Nos processos produtivos o não pretende ensinar a fazer o trabalho, mesmo porque ele não possui 
competência técnica para esse tipo de conteúdo específico e, ainda, essa concepção contradiz com a 
formação do sujeito criativo e ativo, 
 
Os meios de representação não podem ser ensinados, assim como não se pode ensinar a forma ensinar e 
aprender significa ter compreendido e compreender. A afirmação de que a forma pode ser ensinada só 
pode parecer verdadeira a um intelecto grosseiro. (CARISTI, 1999, p. 249). 
 
Como mencionamos anteriormente, se há no mundo do trabalho a necessidade de um conhecimento de 
caráter mais criativo e ativo, então a interação entre os profissionais responsáveis pela produção 
demonstra ser essencial. Essa interação conjuga a troca recíproca de conhecimento, de um lado, os 
técnicos, com o saber adquirido pelos anos de experiência na profissão e alguma formação institucional, 
de outro, os engenheiros e outros profissionais com formação de nível mais elevado, mas que muitas 
vezes se encontram desprovido de condições para socializar esse conhecimento com os demais. Assim, 
esses últimos acabam por centralizar em si a escolha dos procedimentos a serem utilizados na produção, 
perdendo a contribuição prática dos trabalhadores e emperrando a organização da empresa de acordo com 
as novas formas de organização do trabalho. 
Pudemos observar que em uma das empresas pesquisadas utiliza como estratégia para a qualificação de 
seus quadros profissionais o programa de multiplicadores de treinamento, o qual requer do profissional 
maior responsabilidade e conhecimento, já que terá de dominar além de seu trabalho específico todo o 
processo de produção. 
Esse tipo de programarequer do profissional outras habilidades como capacidade de compreensão e 
exposição de idéias, utilização e seleção de materiais didáticos para atingir fins determinados, capacidade 
de oratória entre outros. 
Tudo parece indicar que a necessidade do mercado não se encontra mais fundamentada na divisão entre 
planejar e executar, por isso os treinamentos realizados simplesmente com suporte técnico não são mais 
suficientes. Para trabalhar nas novas formas de organização do trabalho, parece ser necessário o 
desenvolvimento intelectual e comportamental visando o trabalho conjunto. 
Para que se consiga avanço na formação do trabalhador, Therrien julga oportuno, 
 
As interações sociais como processo de socialização e de linguagem, proporcionam a elaboração conjunta 
dos significados em situações, desvelando a natureza parcial e completa do saber construído. 
(THERRIEN, 1996, p. 67). 
 
Como parte de uma equipe interdisciplinar, o pedagogo por compreender o processo cognoscente pode 
contribuir na aprendizagem do profissional aguçando o desenvolvimento das potencialidades individuais 
através da interação entre os profissionais na seleção de metodologias adequadas proporcionando, assim, 
condições para que ocorra a aprendizagem por meio do trabalho. 
Um outro aspecto da formação do pedagogo refere-se à reflexão sobre a prática, aliando teoria e prática. 
No âmbito da escola, a práxis é bastante discutida como elemento essencial na prática cotidiana da sala de 
aula. Ao falar sobre a valorização do saber produzido nas relações sociais, Therrien menciona que o 
pedagogo como profissional que faz das situações concretas que vive o seu instrumento de reflexão e 
elabora saber, esse mesmo saber faz com que o docente se relacione mais profundamente com o 
conhecimento. (THERRIEN, 1996, p. 67). 
Nesse momento da sociedade capitalista tudo indica que seja oportuno para os setores produtivos 
estreitarem as relações existentes entre teoria e prática, canalizando essa união em benefício da 
qualificação profissional, ainda que, contraditoriamente, o interesse das empresas capitalista com a 
formação profissional seja a acumulação de capital. 
Como mencionamos, juntamente com a tendência a uma maior proximidade entre categorias profissionais 
na produção, parece possível dizer que o diálogo visando a troca de experiência e, sobretudo, a 
capacidade de olhar para a produção extraindo dessa mesma realidade as necessidades práticas para 
encontrar novos caminhos constitui-se em um elemento importante para a empresa, como também, para 
despertar a capacidade criativa e de compreensão profissional. 
Encontramos em Carvalho (1993), uma situação proveniente de levantamento de dados empíricos 
bastante relevante para compreendermos a importância da reflexão sobre a prática que quanto maior é a 
complexidade do processo (planta) maior o período de experiência necessário para adquirir tais 
qualificações de operações. 
Esse trecho evidencia que o ato de executar encontra-se dissociado do ato de planejar, alienando o 
trabalhador da compreensão do processo produtivo. Nesse sentido, é oportuno que as experiências 
práticas estejam ligadas a instrumentos educacionais que, além de proporcionarem a participação dos 
trabalhadores no planejamento, execução e avaliação, levem o sujeito a perceber as situações 
provenientes da prática e as alternativas cabíveis para solucionar os problemas que surgem e propor 
inovações. 
Para que se preconize inovações na produção, o componente intelectual demonstra ser indispensável, pois 
tudo parece indicar que somente com uma articulação de nível intelectual poderemos avançar no âmbito 
da qualificação profissional. Essa articulação compreende a interação com a realidade através do 
questionamento constante das práticas empregadas na produção, de modo a incorporar ou rejeitar as 
experiências que surgem. 
Podemos encontrar em estudos como o de Market (1999), a importância de subsidiar as experiências 
provenientes da prática de suporte educacional, já que os pedagogos do trabalho nas indústria 
metalmecânica na Alemanha têm desenvolvido e aplicado o conceito de qualificação profissional com 
base na capacidade e conhecimento para compreender o processo de produção, aprendizagem direcionada 
às experiências surgidas no trabalho, objetivos que são orientados no processo total da produção incluindo 
planejamento, execução e controle do trabalho em cooperação, em seguida são desenvolvidas diretrizes 
didáticas que contemplam esses conceitos. (MARKET, 1999, p.157). 
Estudos como o de Market demonstram a necessidade de desenvolver um conceito de qualificação 
profissional com base na nova forma e organizar a produção, e também, os novos modelos 
organizacionais parecem requerer que as experiências adquiridas na prática do trabalho estejam 
subsidiada de suporte educacional a fim de traduzir o momento no qual o trabalhador despende sua força 
de trabalho em ganhos individuais e que as equipes de trabalho inovem, troquem experiências e interajam 
entre si, não apenas em uma perspectiva de execução, mas de concepção do trabalho. 
Um outro aspecto do trabalho que o pedagogo pode vir realizar na empresa se refere à elaboração de 
programas instrucionais ou diretrizes didáticas. Nas empresas podemos constatar que todas elas fazem um 
planejamento prévio das etapas de treinamento contendo conteúdos, objetivos, técnicas (lê-se 
metodologia) e avaliação, porém esse planejamento é realizado sem suporte educacional, ainda que o 
objetivo seja a qualificação dos trabalhadores, que por mais restrito que se entenda esse conceito, em 
geral, refere-se a aquisição de conhecimentos do processo produtivo e desenvolvimento de capacidades 
intelectuais e comportamentais no sujeito que aprende determinado conteúdo. 
A organização sistemática das atividades a serem aplicadas no treinamento demanda um tipo de 
conhecimento específico da prática educativa, como a elaboração e seleção de materiais didáticos, 
instrumentalização didática dos profissionais e, ainda, a seleção de metodologia apropriada para conduzir 
a execução do treinamento. 
A prática educativa pressupõe a superação dos elementos formais do programa de aprendizagem, não os 
excluindo, mas ultrapassando a simples organização formal para uma organização educativa, na qual o 
objetivo, o conteúdo, a metodologia e a avaliação são vistos interligados, sofrendo modificação, seleção e 
adaptação de modo a interferir na organização intelectual do sujeito. 
 
 
3. O PEDAGOGO EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES 
 
O novo cenário da educação se abre no século XXI com novas perspectivas para o profissional que se 
insere no mercado de trabalho, sob diversas abrangências, como nos mostra a própria sociedade, que vive 
um momento particular discussões sobre globalização, neoliberalismo, terceiro setor, educação on-line, 
enfim, uma nova estrutura se firma na sociedade, a qual exige profissionais cada vez mais qualificados e 
preparados para atuarem neste cenário competitivo. 
Segundo Maria Edna Sabina de Oliveira a educação em espaços não escolares vem confirmar esta 
discussão que vivenciamos, o pedagogo sai então do espaço escolar, que até pouco tempo, era seu espaço 
(restrito) de trabalho, para se inserir neste novo espaço de atuação com uma visão redefinida da atuação 
deste profissional. 
Empresas, hospitais, ONGs, associações, igrejas, eventos, emissoras de transmissão (rádio e Tv), e outros 
formam hoje o novo cenário de atuação deste profissional, que transpõe os muros da escola, para prestar 
seu serviço nestes locais que são espaços até então restritos a outros profissionais. E esta atual realidade 
vem com certeza, quebrando preconceitos e idéias de que o pedagogo está apto para exercer suas funções 
na sala de aula. Onde houver uma prática educativa, existe aí uma ação pedagógica. 
 
"Convivemos até bem pouco tempo com a visão de uma pedagogia inserida noambiente escolar, na sala 
de aula, do profissional da educação envolvido com os problemas da educação formal, uma idéia falsa de 
que o pedagogo é o profissional capacitado e devidamente treinado para atuar somente em espaços 
escolares, é o responsável pela formação intelectual das crianças, sempre se envolvendo no cotidiano 
escolar, com os problemas relacionados à educação formal, propriamente dita. A vida escolar, a educação 
formal, não deixa de ser um foco importante para o Pedagogo, mas deixa de ser o único." 
 
Diante da atual realidade em que se encontra a sociedade, a educação tem se transformado na mola 
mestra, para enfrentar os desafios que se articulam dentro dela e em todos os seus segmentos, desafios 
gerados pela globalização e pelo avanço tecnológico na atual era, a tão inovadora e desafiadora era da 
informação. 
A educação é também a mola mestra para transformar a situação de miséria, tanto intelectual quanto 
econômica, política e social do povo, promovendo acesso à sociedade daqueles que são vistos como os 
excluídos. Possibilitando assim a transformação da sociedade numa sociedade mais justa e igualitária. 
 
Os efeitos da crise econômica globalizada e a rapidez das mudanças na era da informação levaram a 
questão social para o primeiro plano, e com ela o processo da exclusão social, que já não se limita à 
categoria das camadas populares. (GOHN, 2001, p. 09). 
 
Dessa forma a educação sofre mudanças em seu conceito, pois deixa de ser restrita ao processo ensino-
aprendizagem em espaços escolares formais, se transpondo aos muros da escola, para diferentes e 
diversos segmentos como: ONGs, família, trabalho, lazer, igreja, sindicatos, clubes etc. Abre-se aqui um 
novo espaço para a educação, dando uma estrutura interessante à educação não formal. 
Com toda esta nova proposta e possibilidade de atuação, o profissional Pedagogo também se transforma, 
se adequando a esta nova realidade, se posicionando como profissional capacitado para caminhar junto a 
esta transformação da sociedade. O Pedagogo deixa de ser, neste novo contexto, o mesmo Pedagogo do 
século XVIII, XIX e até mesmo século XX. Apresentando-se agora como agente de transformação para 
atuar nesta nova realidade. Hoje, o profissional pedagogo está sendo inserido em um mercado de trabalho 
mais amplo e diversificado possível, porque a sociedade atual, exige cada vez mais profissionais 
capacitados e treinados para atuarem nas diversas áreas. Não sendo comum um profissional ser 
qualificado apenas para exercer uma determinada função, e sim para atuar nas diferentes áreas existentes 
no mercado de trabalho, seja ele qual for. 
As linhas de pensamento relacionadas ao profissional Pedagogo possibilitam uma reflexão mais 
aprofundada sobre a sua atuação, pois hoje, se pensa muito mais detalhadamente a dinâmica do 
conhecimento e as novas funções do educador como mediador deste processo. Dessa forma, não podemos 
mais nos deter somente no universo da educação formal, mas buscar novas fontes de formação e de 
informação para adequar este profissional no mundo globalizado e competitivo. 
Toda transformação relacionada à atuação do Pedagogo se dá ao fato de que, hoje vivemos o processo 
que reflete a transformação de valores e pensamentos de uma sociedade voltada para valores mais 
específicos, como a cultura de seu povo, valor diferente daquele que até pouco tempo se primava pelo 
valor econômico. Ou seja, a cultura hoje tem o seu papel melhor definido e mais importante para a 
sociedade do que situação econômica, propriamente dita. 
Nesta perspectiva de mudança e viabilizando uma atuação deste profissional é que abrimos espaço para 
esta discussão, pautando nosso estudo na atuação do Pedagogo em espaços não escolares, suas 
habilidades e competências para atuação nestes espaços, o leque de possibilidades que hoje se abre 
deixando para trás a idéia primária de que este profissional está preparado somente para atuar em espaços 
escolares, e que pouco ou quase nada podendo aproveitar de suas habilidades para atuar em outros 
espaços. 
Assim, este profissional que atravessa séculos, executando o seu papel de preceptor, de transformador do 
conhecimento e do comportamento humano, chegando ao século XXI, com uma nova proposta, sua 
efetiva atuação em espaços também não escolares, e que, no entanto, visam a aprendizagem e a 
transformação do comportamento humano, tanto quanto dentro da educação formal. 
Conforme Ribeiro (2003), este assunto tornou-se desafiador a partir do momento em que verificamos 
através de discussões realizadas em sala de aula, seminários, mesa redonda, através de leituras 
compartilhadas, visualizamos um horizonte se abrindo para esta área do conhecimento, discussões que 
estão fundamentadas em teóricos conceituados e pela própria sociedade que chega ao século XXI com 
novas perspectivas para a educação formal e também para a educação não formal, discussão que até bem 
pouco tempo era desconhecida para a maioria de nossas escolas de formação, e também dos profissionais. 
Em seu trabalho, Maria Edna Sabina de Oliveira, diz ainda que como hoje o Pedagogo está sendo inserido 
num mercado de trabalho cada vez mais diversificado e amplo, o nosso estudo se justifica pela 
necessidade de compreender a dinâmica, que levou a sociedade a chegar onde estamos hoje, com um 
discurso voltado para a inclusão social, para o voluntariado, para projetos de pesquisas, para educação 
formal, não formal e informal, observando o processo de ensino-aprendizagem não somente como 
processo para dentro da escola, da sala de aula ou do cotidiano escolar, mas um processo que acontece em 
todo e qualquer segmento da sociedade, seja ele qual for. E também como o Pedagogo se insere neste 
novo contexto social, percebendo a sua relação em diferentes espaços. 
 
Verifica-se hoje, uma ação pedagógica múltipla na sociedade. O pedagógico perpassa toda a sociedade, 
extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não-
formal. (LIBÂNEO, 2002, p.28). 
 
É importante ressaltar aqui como a educação formal e a não formal caminham paralelamente e, portanto, 
a necessidade de agregar ao ensino formal, ministrado nas escolas, conteúdos da educação não-formal, 
como os conhecimentos relativos às motivações, à situação social, à origem cultural, etc. Por isto, esta 
nova perspectiva de atuação do Pedagogo, sua qualificação vem filtrando cada vez mais, buscando uma 
relação estreita entre as diferentes propostas de educação existentes na sociedade. 
Este assunto tornou-se relevante para este projeto, à medida que foi se descortinando as grandes 
possibilidades de pesquisas durante as discussões realizadas e também por apresentar um assunto que 
vem transformando a idéia de uma educação restrita em uma educação ampla e sem fronteiras. Este tem 
se tornado um assunto desafiador para tantos quanto se interam do mesmo. 
 
 
4. O PEDAGOGO EMPRESARIAL 
 
O desenfreado desenvolvimento científico e tecnológico das últimas décadas tem marcado a sociedade 
contemporânea com profundas mudanças nas organizações, no modo de produção e nas relações 
humanas. 
Verdades e conceitos têm sido questionados, mitos e comportamentos derrubados e o conhecimento tem 
ultrapassado os limites geográficos, sociais e educacionais com uma vertiginosa velocidade. 
As novas tendências sociais e os novos rumos impostos pela Era da Informação influenciam diretamente a 
educação e o conhecimento. Administrar a quantidade de informações veiculadas e estar atualizado, 
atualmente, é uma tarefa extremamente difícil e especializada. 
Segundo Marta Teixeira do Amaral, docente da Universidade Estácio de Sá em Pedagogia e Mestre em 
Educação e consultora em T&D, o velho esquema escolar da memorização, da erudição pela erudição 
oriundos da ação pedagógica da Companhia de Jesus na implantação do sistema educacional brasileiro, já 
não se enquadranos moldes da nova construção sócio-econômica e educacional do país. 
O mundo transforma-se a cada momento e o resultado mais visível desse processo é a obsolescência do 
conhecimento que impele-nos à atualização constante e contínua. O MEC evidenciou a intensidade do 
impacto desse novo formato social ao publicar os Referenciais para Formação de Professores. (GENTILI; 
BENCINI, 2000). 
O documento descreve as novas competências do educador e as novas características das suas aulas, que 
devem priorizar a formação do aluno cidadão, capaz de estabelecer relações com o mundo que o cerca, 
analisar, pesquisar, estar atualizado e, sobretudo, aprender a aprender. 
Os reflexos mutatórios na escola explicitam a exigência urgente do mercado de trabalho que não abriga 
mais o trabalhador mecanizado, mero executor de tarefas, personificado na figura robotizada do 
personagem do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin. O ambiente organizacional contemporâneo 
requer o trabalhador pensante, criativo, pró-ativo, analítico, com habilidade para resolução de problemas e 
tomada de decisões, capacidade de trabalho em equipe e em total contato com a rapidez de transformação 
e a flexibilização dos tempos atuais. 
Mas como conseguir isso? Como conseguir desenvolver competências nos alunos de nossas escolas 
atuais? Como contribuir para a construção de colaboradores autônomos, e com espírito de aprendizes? 
Como manter as organizações atualizadas no mundo que vive a transformação num ritmo frenético? 
Como transformar o ambiente de trabalho em um ambiente de aprendizagem permanente? 
Diante dessas indagações surge a figura do Pedagogo Empresarial. Cada vez mais as empresas descobrem 
a importância da educação no trabalho e desvendam a influência da ação educativa do Pedagogo na 
empresa. O Pedagogo não é mais só o profissional que atua no ambiente escolar. Ao contrário, dispõe de 
uma imensa área de atuação, tais como: empresas de diversos setores, ONGS, editoras, sites, consultorias 
especializadas em T&D e em todas as áreas que requeiram um trabalho educativo. 
A tarefa do Pedagogo Empresarial é, entre outras, a de ser o mediador e o articulador de ações 
educacionais na administração de informações dentro do processo contínuo de mudanças e de gestão do 
conhecimento. Gerenciar processos de mudança exige novas posturas e novos valores organizacionais, 
características fundamentais para empresas que pretendem manter-se ativas e competitivas no mercado. 
Dessa forma, o profissional da educação atua na área de Recursos Humanos direcionando seus 
conhecimentos para os colaboradores da empresa com o objetivo da melhoria de resultados coletivos, 
desenvolve projetos educacionais, seleciona e planeja cursos de aperfeiçoamento e capacitação, 
representa a empresa em negociações, convenções, simpósios, realiza palestras, aporta novas tecnologias, 
pesquisa a utilização e a implantação de novos processos, avalia desempenho e desenvolve projetos para 
o treinamento dos funcionários. 
Outra modalidade para a capacitação e treinamento dos recursos humanos no mercado empresarial é a 
Universidade Corporativa. Essas Universidades desenvolvem um sistema de aprendizado contínuo 
voltado para as necessidades específicas das empresas e de seus colaboradores. Contribuem para a 
aquisição dos conhecimentos dos novos processos de produção e valores organizacionais consoantes com 
a missão da empresa. Esse novo nicho educacional tem crescido e tende a intensificar-se nos próximos 
anos gerando uma demanda social de Pedagogos Empresariais. Hoje, algumas empresas que possuem 
Universidades Corporativas podem ser citadas: Embratel, Accor, Motorola, McDonald´s, Algar, Brahma. 
A mais nova inauguração é de responsabilidade do SERPRO - empresa pública da área de Tecnologia da 
Informação e Comunicações. (Revista Tema, 2004). 
As organizações são formadas por pessoas: são elas que atendem ao público, despacham documentos, 
recebem recados, fazem pagamentos, tomam decisões... Há uma mútua simbiose entre pessoas e 
organizações: pessoas dependem das organizações e organizações dependem das pessoas. Dentro dessa 
interdependência e do novo paradigma de competitividade em mercados globais, o treinamento e o 
aprendizado são imprescindíveis para o aproveitamento das oportunidades pessoais e organizacionais e 
para a neutralização das ameaças ambientais. Os indicadores propulsores da aprendizagem organizacional 
são a criatividade e a inovação. 
Segundo Peter Senge (1999, p. 320), autor do livro A Quinta Disciplina, os gerentes devem estimular e 
conduzir a mudança para criar organizações que aprendam. (SENGE apud CHIAVENATO, 1999). 
A aprendizagem e o treinamento nas empresas são os diferenciais de competitividade, qualidade e 
lucratividade. Por esse motivo o investimento no conhecimento contínuo e coletivo do capital intelectual 
das empresas tende ao crescimento progressivo. 
Esse conceito administrativo assemelha-se, integralmente, ao novo conceito educacional de escola e da 
sua função social: formar cidadãos autônomos. Segundo a Pedagoga Maria Inês Fini coordenadora do 
Enem, a escola não é mais o lugar de simples transmissão do conhecimento, é: 
 
(...) o espaço das relações humanas moldadas, deve ser usada para aprimorar valores e atitudes, além de 
capacitar o indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam, para usá-las no seu cotidiano. 
(Revista Nova Escola, 2000). 
 
Torna-se evidente que a palavra de ordem hoje é Gestão do Conhecimento. Escolas e empresas que não 
repensarem seus modelos e agarrarem-se aos velhos paradigmas do aprendizado e das relações humanas, 
estarão, certamente, fadadas ao fracasso ou ao desaparecimento. A inexorabilidade da reestruturação 
sócio-econômica obriga que as escolas desenvolvam competências nos alunos para atender às exigências 
do mercado de trabalho e que as organizações reestruturem-se e transforme o ambiente de trabalho num 
ambiente de aprendizagem, contribuindo para a construção de pessoas que se antecipem aos 
acontecimentos, sejam atualizadas e saibam aprender a aprender. 
 
 
4.1 EDUCAÇÃO NO TRABALHO - IMPORTÂNCIA 
 
Já passou a época em que o pedagogo ocupava-se somente da educação infantil. A pedagogia hoje dispõe 
de uma vasta área de atuação, que inclui, além de instituições de ensino, empresas dos mais diversos 
setores. É necessário separar o que é escolar do que é educativo. O pedagogo pode atuar em todas as áreas 
que requerem um trabalho educativo, ressalta Neide Noffs, professora da Faculdade de Educação da 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). 
Mas apenas formar-se pedagogo não é suficiente para conquistar um cargo em uma companhia, afirma 
Robson Borges que tem formação e certificação internacional em coaching integrado. É necessário buscar 
outros conhecimentos relacionados à educação corporativa e à andragogia - educação de adultos - por 
meio de cursos de especialização, mestrados e doutorados. 
 
"O curso de pedagogia ainda está muito voltado para a escola, mas isso está mudando. As faculdades já 
estão revisando seus currículos, de modo que a formação de profissionais seja melhor direcionada. Hoje, 
os alunos freqüentam estágios focados no trabalho em empresas, mas não saem da faculdade especialistas 
nesta área. Futuramente, o curso será mais específico e passará a adotar a nomenclatura de pedagogia com 
ênfase em empresas, explica a professora da PUC. De acordo com ela, ainda é preciso analisar quais 
conhecimentos e habilidades específicas serão exigidas no curso para que não surjam problemas no 
exercício da profissão. Este assunto requer muito estudo para evitar que o trabalho do pedagogo 
empresarial colida com o de outros profissionais, como assistente social ou psicólogo organizacional." 
 
Como não poderia deixar de ser, as funções desempenhadas pelo pedagogo dentro de uma companhia 
estão em constante movimento, já que sãoinfluenciadas por diversos fatores, como o desenvolvimento 
tecnológico, a competitividade e as exigências de mercado. Hoje, as palavras-de-ordem dentro das 
organizações são: mudança e gestão do conhecimento. 
Nesse contexto, o papel do pedagogo é fundamental, pois todo processo de mudança exige uma ação 
educacional e gerir o conhecimento é uma tarefa, antes de tudo, de modificação de valores 
organizacionais, explica Vera Martins, pedagoga especialista em treinamento e desenvolvimento de 
pessoas em empresas. 
O pedagogo empresarial pode focar seus conhecimentos em duas direções: no funcionário ou no produto 
da empresa. No primeiro caso, trata-se da atuação no departamento de Recursos Humanos (RH), 
realizando atividades relacionadas ao treinamento e desenvolvimento do trabalhador. O pedagogo é o 
responsável pela criação de projetos educacionais que visam facilitar o aprendizado dos funcionários. 
Para tanto, realiza pesquisas para verificar quais as necessidades de aprimoramento de cada um e qual 
método pedagógico é mais adequado. A partir daí, trabalha em conjunto com outros profissionais de RH 
na aplicação e coordenação desses projetos, explica a pedagoga Leslie dos Santos, consultora de RH do 
Bank Boston. 
Já no segundo caso, o pedagogo irá atuar em empresas que trabalham com educação, como editoras, sites 
e organizações não-governamentais (ONGs). Uma das minhas funções dentro da editora é apresentar o 
produto ou serviço da maneira mais atraente possível ao cliente, que em geral são professores. Para isso, 
desenvolvo projetos pedagógicos e estratégias de divulgação de livros, CDs, revistas, vídeos e DVDs, 
explica Cláudia Onofre, pedagoga responsável pelo departamento de divulgação da Editora Paulus. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Em primeiro momento, algumas pessoas ainda acham que a Pedagogia está estritamente relacionada à 
área educativa ou docente, contudo, sabe-se que esta graduação habilita o profissional a atuar também me 
supervisão, orientação e em projetos de recursos humanos. 
Hoje, este conceito amplia-se mais ainda com a noção do pedagogo empresarial. Segundo Neide Noffs, 
professora da Faculdade de Educação da PUC-SP o pedagogo pode atuar em todas as áreas que requerem 
um trabalho educativo, portanto, está habilitado a militar no campo da andragogia - educação de adultos. 
O curso de Pedagogia ainda não está devidamente voltado a educação empresarial, pois atêm-se muito à 
escola, por isso é importante cursar uma pós-graduação mais voltada para a empresa ou para os recursos 
humanos. 
No ambiente empresarial, o pedagogo pode focar seu trabalho em duas direções: no funcionário ou no 
produto/serviço. Atuando com o funcionário, o pedagogo deve iniciar suas atividade conjuntamente com 
o departamento de RH, criando projetos educacionais que visem facilitar o aprendizado por parte dos 
funcionários. No segundo caso, este profissional atuará em empresas que vendem serviço/produtos 
educacionais como editoras, sites, ONGs. Desta forma, o pedagogo irá adequar a linguagem comercial ao 
tipo de produto oferecido, para expor de maneira satisfatória. 
Nas grandes organizações, o pedagogo é o responsável pela elaboração de projetos de implantação de 
universidades corporativas, avaliando a viabilidade de cursos e programas educacionais; contatando 
profissionais e confeccionado material didático. Além disso, os pedagogos são os responsáveis por 
treinamentos de comportamento para as lideranças. Eles são os mais indicados para transmitir aos líderes, 
a maneira correta de como lidar com subordinados e como ensiná-los a realizar tarefas. 
Pode-se ainda, como em qualquer profissão, prestar consultoria ou assessoria para organizações, em 
função de uma experiência adquirida em outras instituições. Ë válido salientar que à medida que o 
profissional pretende oferecer um serviço mais elaborado, é necessário especializar-se com cursos e pós-
graduações, desta forma, chega um momento em que a graduação inicial foi apenas um ponto de partida. 
De acordo com as reflexões acima tudo indica que há nos setores produtivos que implementam as novas 
formas de organização do trabalho a possibilidade de atuação do pedagogo. Por outro lado, pudemos 
constatar que a maior parte dos dirigentes, sejam eles de recursos humanos ou administrativos, 
manifestam desconhecimento do trabalho que o pedagogo possa realizar dentro da indústria. A maior 
parte dos diretores e dirigentes demonstra indicar o pedagogo como docente, restringindo seu trabalho à 
sala de aula. Embora esses dirigentes alegassem haver possibilidade de contratação de estagiários do 
curso de pedagogia, a concepção restrita do trabalho do pedagogo dificulta o acesso desse profissional à 
industria, pois dificilmente a empresa contratará um profissional desconhecendo sua área de atuação, ou 
seja, sem saber que conhecimento técnico esse profissional possui e em que ele poderia ser útil na 
empresa. 
No entanto, para que os programas de qualificação profissional não contemplem a separação entre 
planejamento e execução, como no modelo taylorista - fordista, o pedagogo deve oferecer instrumentos 
que capacitem os demais agentes do processo produtivo a discutir, questionar, pesquisar e propor 
objetivos a serem alcançados, bem como auxiliar na escolha das metodologias mais apropriadas e 
materiais a serem utilizados. 
Assim, podemos dizer que a especificidade do trabalho do pedagogo pode contribuir significativamente 
com os processos produtivos e a tendência é ampliar-se à medida que se desenvolvam as transformações 
produtivas em curso e se passe a requerer maior potencial intelectual. 
 
 
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Para referência desta página: 
 
GRECO, Myrian Glória. O Pedagogo Empresrial. Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2005. Disponível 
em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/jovens01.html>. Acesso em: dia mes ano.

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