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serviço social faculdade unopar atividade corrigida 2020O SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF): DIREITOS VINCULADOS À POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PROCESSOS DE TRABALHO DO A

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4
	Sistema de Ensino Presencial Conectado
SERVIÇO SOCIAL
	
O SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF):
DIREITOS VINCULADOS À POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PROCESSOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
cidade
2020
 
O SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO INTEGRAL À FAMÍLIA (PAIF):
DIREITOS VINCULADOS À POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E PROCESSOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Trabalho interdisciplinar em grupo apresentado à Universidade Pitágoras - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social
 
Professores):Amanda Boza Gonçalves, Natalia Branco Lopes Krawczun, Nelma A. Galli, Paulo Sérgio Aragão 

cidade
2020
SUMÁRIO
1-INTRODUÇÃO....................................................................................................4
2-DESENVOLVIMENTO........................................................................................5
3- CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................14
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
	
1-INTRODUÇÃO
 “O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF): direitos vinculados à política de Assistência Social e processos de trabalho do Assistente Social, objetiva favorecer a aprendizagem,estimular a corresponsabilidade pelo aprendizado eficiente e eficaz,promover o estudo dirigido a distância,desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o auto aprendizado,oferecer diferentes ambientes de aprendizagem, auxiliar no desenvolvimento das competências requeridas pelo Catálogo Nacional de Cursos Superiores em Tecnologia do Ministério da Educação,promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão, direcionar o estudante para a busca do raciocínio crítico e a emancipação intelectual.
Espera-se revisar orientações técnicas já produzidas pela Secretaria Nacional de Assistência Social sobre o trabalho social com famílias no Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF). Todas essas publicações foram fundamentais tanto para a implementação desse Serviço no país quanto para a construção de parâmetros nacionais para o atendimento às famílias no PAIF. Convergente às diretrizes e aos objetivos da NOB/SUAS 2012 e do II Plano Decenal de Assistência Social, o objetivo de se revisitar essas publicações foi justamente para aprimorá-las, com vistas à qualificação do trabalho social com famílias.
2.DESENVOLVIMENTO
O Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS, considerando a apresentação de proposta da Política Nacional de Assistência Social - PNAS pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS em 23 de junho, considerando a realização de Reuniões Descentralizadas e Ampliadas do Conselho para discussão e construção coletiva do texto final da PNAS ocorridas respectivamente em 21 e 22 de julho de 2004 na cidade de Aracaju e em 21 e 22 de setembro de 2004, no Distrito Federal, e considerando o disposto no artigo 18, incisos I, II, IV da Lei 8.742 de 7 de dezembro de 1993, Resolve:Art. 1º - Aprovar, em reunião do Colegiado de 22 de setembro de 2004, por unanimidade dos Conselheiros a Política Nacional de Assistência Social. Art. 2º - Aprovar, na reunião do Colegiado de 14 de outubro de 2004, por unanimidade dos Conselheiros o texto final discutido e elaborado pelo grupo de trabalho– GT/PNAS constituído pela Resolução N.º 78, de 22 de junho de 2004, publicada no DOU,de 02 de julho de 2004.Art. 3º - O texto da Política Nacional aprovado constituirá o Anexo I da presente Resolução.Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação (PINHEIRO,2009,p.09)
A Política Nacional de Assistência Social aprovada expressa exatamente a materialidade do conteúdo da Assistência Social como um pilar do Sistema de Proteção Social Brasileiro no âmbito da Seguridade Social. Trata-se, portanto, de transformar em ações diretas os pressupostos da Constituição Federal de 1988 e da LOAS( Lei Orgânica da Assistência Social) , regulamentada pela Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, novos conceitos e modelos de assistência social passaram a vigorar no Brasil, sendo esta colocada como direito de cidadania, com vistas a garantir o atendimento às necessidades básicas dos segmentos populacionais vulnerabilizados pela pobreza e pela exclusão social, por meio de definições,de princípios e de diretrizes que nortearão sua implementação, cumprindo uma urgente,necessária e nova agenda para a cidadania no Brasil.
Entende-se por Proteção Social as formas “institucionalizadas que as sociedades constituem para proteger parte ou o conjunto de seus membros. Tais sistemas decorrem de certas vicissitudes da vida natural ou social, tais como a velhice, a doença, o infortúnio, as privações.(...)Neste conceito, também, tanto as formas seletivas de distribuição e redistribuição de bens materiais (como a comida e o dinheiro), quanto os bens culturais (como os saberes),que permitirão a sobrevivência e a integração, sob várias formas na vida social. Ainda,os princípios reguladores e as normas que, com intuito de proteção, fazem parte da vida das coletividades”.Desse modo, a assistênciasocial configura-se como possibilidade de reconhecimento público da legitimidade das demandas de seus usuários e espaço de ampliação de seu protagonismo(DI GIOVANI,1998p.10)
A PNAS/2004 declara que a Assistência Social é organizada em um sistema descentralizado e participativo denominado Sistema Único de Assistência Social (SUAS), conforme estabelece a nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004, p.39). SUAS é um sistema público não-contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira. 
Em termos gerais, o SUAS:
consolida o modo de gestão compartilhada, o co-financiamento e a cooperação técnica entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a proteção social não contributiva de Seguridade Social no campo da Assistência Social; estabelece a divisão de responsabilidades entre os entes federativos (federal,estadual, Distrito Federal e municipal) para instalar, regular, manter e expandir as ações de Assistência Social como dever de Estado e direito do cidadão no território nacional;fundamenta-se nos compromissos da PNAS/2004;orienta-se pela unidade de propósitos, principalmente quanto ao alcance de direitos pelos usuários;regula, em todo o território nacional, a hierarquia, os vínculos e as responsabilidades do sistema-cidadão de serviços, benefícios, programas, projetos e ações de Assistência Social, de caráter permanente e eventual, sob critério universal e lógica de ação em rede hierarquizada de âmbito municipal, do Distrito Federal, estadual e federal; respeita a diversidade das regiões, decorrente de características culturais,socioeconômicas e políticas, em cada esfera de gestão, da realidade das cidades e da sua população urbana e rural;reconhece que as diferenças e desigualdades regionais e municipais, que condicionam os padrões de cobertura do sistema e os seus diferentes níveis de gestão, devem ser consideradas no planejamento e execução das ações;articula sua dinâmica às organizações e entidades de Assistência Social com reconhecimento pelo SUAS
 O SUAS define, regula, padroniza, organiza a hierarquia, os vínculos, 
I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária,vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão
O trabalhador do SUAS, como figura para onde convergem o serviço e o usuário, deve fomentar ações que assegurem a gestão democrática e participativa de todos nas políticas públicas, conforme previsto no II Plano Decenal da Assistência Social (2016-2026).
Os cidadãos e particularmente os usuários de dado serviço ou programa precisam conhecer sua dinâmica, desempenho e resultados. Precisam ter chance efetiva de participar de decisões do programa e serem agentes de monitoramento e de avaliação de seus resultados(CARVALHO,2014,p.53)
A proteção social deve garantir as seguintes seguranças: segurança de sobrevivência(de rendimento e de autonomia); de acolhida; de convívio ou vivência familiar.Em consonância com o disposto na LOAS, capítulo II, seção I, artigo 4º, a Política Nacional de Assistência Social rege-se pelos seguintes princípios democráticos:
I – Supremacia do atendimento às necessidades sociais sobre as exigências de rentabilidade econômica;II – Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas;III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade;IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
A organização da Assistência Social tem as seguintes diretrizes, baseadas na Constituição Federal de 1988 e na LOAS:
I Descentralização político-administrativa, cabendo a coordenação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e execução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, garantindo o comando único das ações em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e as características socioterritoriais locais;II Participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis;III – Primazia da responsabilidade do Estado na condução da Política de Assistência Social em cada esfera de governo;IV Centralidade na família para concepção e implementação dos benefícios, serviços, programas e projetos.
A Política Pública de Assistência Social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, considerando as desigualdades socioterritoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. Sob essa perspectiva, objetiva: • Prover serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e,ou, especial para famílias, indivíduos e grupos que deles necessitarem.• Contribuir com a inclusão e a eqüidade dos usuários e grupos específicos,ampliando o acesso aos bens e serviços socioassistenciais básicos e especiais,em áreas urbana e rural.• Assegurar que as ações no âmbito da assistência social tenham centralidade nafamília, e que garantam a convivência familiar e comunitária.(PNAS,2004)
Constitui o público usuário da Política de Assistência Social, cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais como: famílias e indivíduos com perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento e sociabilidade; ciclos de vida; identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual; desvantagem pessoal resultante de deficiências; exclusão pela pobreza e, ou, no acesso às demais políticas públicas; uso de substâncias psicoativas; diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social.
A proteção social de Assistência Social é hierarquizada em básica e especial e,ainda, tem níveis de complexidade do processo de proteção, por decorrência do impacto desses riscos no indivíduo e em sua família. A rede socioassistencial, com base no território, constitui um dos caminhos para superar a fragmentação na prática dessa política,o que supõe constituir ou redirecionar essa rede, na perspectiva de sua diversidade,complexidade, cobertura, financiamento e do número potencial de usuários que dela possam necessitar.
A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).(PNAS,2004.Reimpressão,2009)
Cabe ao profissional do Serviço Social articular os direitos entre a política social da assistência social, a inter-setorialidade e as demais políticas. O Assistente Social tem suas atribuições pautadas na lei de regulamentação da profissão de 1993 e direciona suas intervenções: A apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações sociais numa perspectiva de totalidade; Análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades regionais; Compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento sócio histórico, nos cenários internacional e nacional, desnivelando as possibilidades de ação contidas na realidade; Identificação das demandas presentes na sociedade, visando a formular respostas profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas articulações entre o público e o privado (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2012, p.19)
A proteção social especial(PNAS,2004,Reimpressão,2009) tem por objetivos prover atenções socioassistenciais a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras.
A Resolução CNAS nº 130- de 15 de julho de 2005 expõe que os serviços de proteção social básica e especial devem ser organizados de forma a garantir, aos seus usuários, o acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa (ouvidorias, centros de referência, centros de apoio sociojurídico, conselhos de direitos, entre outros); conter normas que disponham sobre o seu funcionamento e o acesso aos benefícios,sob garantia de concretização dos direitos socioassistenciais 
 A experiência de trabalho com famílias iniciou-se em 2001, com um projeto piloto, o Programa Núcleo de Apoio à Família - NAF. Como forma de expandir e qualificar essa experiência, em 2003, foi lançado o Plano Nacional de Atendimento Integral à Família – PAIF. Em 2004, o Plano foi aprimorado e adequado às diretrizes da Política Nacional de Assistência Social - PNAS, instituindo-se o “Programa de Atenção Integral à Família” (Portaria nº 78 de 08/04/2004), que se tornou a principal referência para o usuário do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. Por meio do Decreto nº 5.085, de19/05/2004, o PAIF tornou-se “ação continuada da assistência social”, sendo sua oferta obrigatória e exclusiva nos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS.
Segundo o Manual APRIMORAMENTO do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias – PAIF(2018), o aprimoramento das ações diretas deve manter em perspectiva os objetivos estabelecidos pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2014) para o PAIF. Objetivos que, por sua vez, demandam,fortalecer a função protetiva da família, contribuindo na melhoria da sua qualidade de vida;prevenir a ruptura dos vínculos familiares e comunitários, possibilitando a superação de situações de fragilidade social vivenciadas;promover aquisições sociais e materiais às famílias, potencializando o protagonismo e a autonomia das famílias e comunidades; promover o acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, contribuindo para a inserção das famílias na rede de proteção social de assistência social;
As vulnerabilidades anunciadas pelas famílias participantes do PAIF remetem à ausência ou à insuficiência de renda, à situação de desemprego, às condições de moradia, ao envolvimento e à ameaça da dependência química, ao tráfico de drogas, à violência doméstica e urbana, e aos conflitos familiares, em especial ao relacionamento com adolescentes.
Os principais problemas enfrentados pelas famílias são: descumprimento das condicionalidades do Programa Bolsa Família (PBF) — pela dificuldade de permanência dos filhos na escola; a solicitação de documentação civil; o acesso a benefícios eventuais e continuados, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC); o acesso a serviços de outras políticas setoriais; entre outras.
 O trabalho social realizado com as famílias no PAIF depende do “saber fazer” do trabalhador do serviço. O “saber fazer”, por sua vez, deve fazer incluir na sua prática cotidiana três ações fundamentais: as ações protetivas, as ações preventivas e as ações proativas. Entendido como um conhecimento, eminentemente prático, o “saber fazer” nem sempre é acompanhado por uma reflexão sobre os seus pressupostos, implicações, objetivos, resultados e limites — o que é fruto, em grande medida, da urgência acenada por adversidades rotineiras enfrentadas pelo CRAS, pelo PAIF e pelo território.
A gestão social do PAIF é a principal ferramenta de aprimoramento do serviço. Gerir implica tornar claros os recursos, objetivos e resultados esperados desde ações determinadas. A escolha do que fazer e de como fazer são elementos necessários para que uma ideia específica seja executada é parte indispensável daquilo que se entende por “exercer gestão sobre”.
A modalidade de apoio que o PAIF oferece não é estática, mas exige movimento — tal qual o território onde atua. As estratégias metodológicas mobilizadas pelos serviços colocados à disposição das famílias devem agitar-se em conformidade com os desejos anunciados pelos indivíduos — todos são modificados pela passagem do tempo, horas ou anos, pois as oportunidades, as necessidades e os desejos se transformam, tomam rumos e caminhos diversos no tempo e no espaço. 
 
3-CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nos últimos anos o Governo Federal, em conjunto com os estados, Distrito Federal e municípios, têm envidado esforços para consolidação de uma ampla rede de proteção e promoção social, fato que tem permitido ao país avançar no enfrentamento da pobreza, da fome e da desigualdade, assim como, na redução da incidência dos riscos e vulnerabilidades sociais que afetam as famílias e indivíduos.
O SUAS realiza a garantia de proteção social ativa, isto é, não submete o usuário ao princípio de tutela, mas à conquista de condições de autonomia, resiliência e sustentabilidade, protagonismo, acesso a oportunidades, capacitações, serviços, condições de convívio e socialização, de acordo com sua capacidade, dignidade e projeto pessoal e social. Trata-se de empoderamento, de pertencimento do usuário da assistência como cidadão de direito dessa Política de Assistência 
É vasta a dimensão da atuação do Serviço Social na sociedade e o Assistente Social deve estar em constante movimento de aprendizagem e não deve limitar-se apenas aos conhecimentos acadêmicos, mas aos desafios no qual o profissional está inserido, fazendo uso dos seus conhecimentos ético político, teórico metodológico e técnico operativo com intuito de buscar a efetivação do Estado aos direitos dos usuários.
4-REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
APRIMORAMENTO do Serviço de Proteção e Atendimento Integral a Famílias – PAIF –,a partir da identificação, sistematização e análises de práticas metodológicas de trabalho social com famílias, JOF: 0292/31278/2017, PNUD, 2018.
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BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome . Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientações para o Centro de Referência de Assistência Social. Versão Preliminar. Brasília: MDS/SNAS, 2006a.
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS. Brasília: MDS/SNAS, 2006b.
BRASIL. Orientações técnicas: Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 2009.
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CFESS. Parâmetros para Atuação de Assistentes Sociais na Política de Assistência Social. Brasília: CFESS, 2011.
CARVALHO, M. C. B de. Gestão social e trabalho social: desafios e percursos metodológicos. São Paulo: Cortez, 2014. p. 53.
CENTRO DE REFERÊNCIA TÉCNICA EM PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS (CREPOP)Referência técnica para atuação do(a) psicólogo(a) no CRAS/SUAS / Conselho Federal de Psicologia (CFP). -- Brasília, CFP, 2007.
COLIN, Denise Arruda; FOWLER, Marcos Bittencourt, Entidades de assistência social e correlatas: reconstruindo conceitos e compromissos. In: BATTINI, Odária (Org). SUAS: Sistema único de Assistência Social em debate. São Paulo: Veras, 2007.
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LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS), Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 8 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL (MDS) Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) Manual de Gestão do Programa Bolsa Família. 3ª edição atualizada. 2018
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL Secretaria Nacional de Assistência Social- Benefícios Eventuais no SUAS: orientações técnicas Documento sob consulta pública- 2018
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Assistência Social.Política Nacional de Assistência Social PNAS/ 2004 Brasília, Novembro 2005. [Reimpresso em maio de 2009]. Marcia Maria Biondi Pinheiro- Presidente do CNAS
MIOTO, Regina Célia Tamaso. Trabalho com famílias: um desafio paraos assistentes sociais. Revista Textos & Contextos. v. 3, n. 1, p. 1-15, dez. 2004
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https://www.slideshare.net/RosaneGafa/cartilha-paif-2016-articulacao-necessaria-na-protecao-social-basica
https://docplayer.com.br/8307793-Direitos-humanos-a-politica-nacional-de-assistencia-social-e-as-interlocucoes-com-a-psicologia-nos-programas-social-basico-e-especial-cras-e-creas.html

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