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D CONSTITUCIONAL, PARTE II

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29. Em matéria de competência legislativa concorrente 
relacionada à União, Estados e Distrito Federal, é correto afirmar 
que
(A) a competência da União para legislar sobre normas gerais 
não exclui a competência suplementar dos Estados.
(B) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
estende-se ao estabelecimento de normas específicas.
(C) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não 
suspende, em qualquer hipótese, a eficácia da lei estadual.
(D) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou 
específicas exclui a competência suplementar dos Estados.
(E) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os 
Estados só podem exercer a competência limitada para atender 
suas peculiaridades.
REPARTIÇÃO DE 
COMPETÊNCIAS NA 
FEDERAÇÃO
Repartição de competênciasRepartição de competências é a 
técnica que a Constituição utiliza para 
partilhar entre os entes federados as 
diferentes atividades do Estado federal.
Trata-se do ponto nuclear do 
conceito jurídico de Estado federal, haja 
vista que a autonomia dos entes 
federativos assenta-se, precisamente, na 
existência de competências que lhes são 
atribuídas como próprias diretamente 
pela Constituição da Federação.
Competência
Legislativo
(Leis)
Material
(ADM)
Comum
(união; estado;
distrito federal; município)
(23)
Exclusiva
(sem delegação)
Concorrente
Privativa
[ Lei complementar poderão
autorizar os Estados; D.F.
a legislarem
→questões específicas]
União – Primazia (24)
Estado; D.F.
[ Município não]
União -Normas Gerais (24, § 1º)
-Não exclui a competência
suplementar – Estado; D.F. (24, § 2º)
- Sem lei federal os Estados; D.F. tem
competência legislativa plena
- Superveniência de lei federal suspende
a eficácia da lei estadual.
Paralela
“Interesse 
– Comunidade”
União (21)União (22)
Tributária
Indelegável
COMPETÊNCIA
Material 
Administrativa
(executa leis)
Legislativa
(faz as leis)
Exclusiva  União (art. 
21)
(sem delegação)
Comum  União, Estado, 
DF e Município (art. 23).
Paralela.
Ideia: interesse da 
comunidade.
Privativa  União (art. 22)
(Lei Complementar: poderá autorizar
os Estados e DF, a legislar sobre
questões especificas.)
ConcorrenteConcorrente
União  primazia (art. 24)
Estado e DF (Município  NÃO
União  Normas Gerais (art. 24 § 1º )
* não exclui a competência suplementar (Estado, DF) (art 24 §
2º );
* sem Lei Federal os Estados e DF tem competência legislativa 
plena;
* superveniência de Lei Federal (suspende a eficácia da Lei 
Estadual).
Município (art. 30)
Estados (art 25 § 1º) 
remanescente

não é União / Município 
prof. augusto alves
Conceito
A autonomia das entidades federativas pressupõe a 
repartição de competências (legislativas, 
administrativas e tributárias) contidas no texto 
constitucional, como forma de preservação da própria 
Federação. Esta distribuição de poderes é ponto 
nuclear da noção de Estado Federal. A CF/88 
estruturou um sistema que combina competências 
exclusivas, privativas e principiológicas, com 
competências comuns e concorrentes, buscando 
reconstruir o sistema federativo segundo critérios de 
equilíbrio ditados pela experiência histórica.
prof. augusto alves
Princípio básico para a distribuição de competências –
predominância do interesse
Dessa forma a CF promove a repartição de competências que 
se fundamenta na técnica de enumeração dos poderes da União 
(arts. 21 e 22), com poderes remanescentes para os Estados (art. 
25, § 1°) e poderes definidos indicativamente para os Municípios 
(art. 30), mas combina, com essa reserva de campos específicos 
(nem sempre exclusivos, mas apenas privativos), possibilidades 
de delegação (art. 22, parágrafo único), áreas comuns em que se 
prevêem atuações paralelas da União, Estados, DF e Municípios 
(art. 23) e setores concorrentes entre União e Estados em que a 
competência para estabelecer políticas gerais, diretrizes gerais ou 
normas gerais cabe à União, enquanto se defere aos Estados e 
até aos Municípios (art. 30, II) a competência suplementar.
Como princípio básico a ser observado na repartição de 
competências têm-se a predominância do interessepredominância do interesse, pelo qual à 
União caberá matérias de interesse geral, aos Estados as 
matérias de interesse regional, aos municípios, aquelas de 
interesse local (peculiar interesse local) e ao DF, matérias de 
interesse local e regional (com a exceção do art. 22, XVII).
prof. augusto alves
O constituinte originário estabeleceu um determinado
equilíbrioequilíbrio entreentre osos entesentes que o integrarão mediante a outorga a
cada qual de um conjunto de atribuições próprias, de modo
que a esfera de atuação dos entes federados e as relações de
coordenação e colaboração entre eles esteja, desde logo, bem
delineada na Constituição do Estado. Essa estruturação confere
autonomia política aos entes federativos, e assegura isonomia
entre eles, uma vez que nenhum ente federado dependerá da
decisão de outro quanto ao que lhe cabe, ou não, fazer; o
conjunto de atribuições de cada um está delineado desde o
momento de fundação do Estado, compondo a própria estrutura
política deste; cada ente federado atua não por decisão, favor ou
delegação de quaisquer outros, mas, sim, por lhe haver a própria
Constituição do Estado outorgado, diretamente, um conjunto
definido de competências.
No Brasil, a repartição de competências está prevista no
texto constitucional, o que consubstancia uma importante
garantia, em virtude da rigidez da Constituição da República.
Porém, o modelo delineado pelo legislador constituinte
originário não é perpétuo, pois não integra o núcleo inabolível
da Constituição, isto é, não está protegido com o manto de
cláusula pétrea.
prof. augusto alves
Modelos de repartição
São dois os modelos básicos de repartição de
competências: o modelo horizontal e o modelo vertical.
O traço marcante da repartição horizontal é a
inexistência de subordinação ou hierarquização entre os
entes federados no exercício da competência. Cada ente é
dotado de plena autonomia para exercer, sem ingerência
dos demais, a competência quanto às matérias que a
Constituição lhe atribui. É o caso das competências
estabelecidas nos arts. 21,22,23,25 e 30 da Constituição
Federal.
Ocorre a repartição vertical quando a Constituição
outorga a diferentes entes federativos a competência para
atuar sobre as mesmas matérias, mas estabelece uma
relação de subordinação entre o tipo de atuação previsto
para cada um. Os entes federados atuam sobre as mesmas
matérias, mas não dispõem dos mesmos poderes nessa
tarefa.
prof. augusto alves
Dessa forma, o traço característico da repartição vertical é a
existência de uma relação de subordinação entre os níveis de
atuação atribuídos aos diferentes entes federados quanto às
matérias situadas em seu âmbito. É o caso da competência
legislativa concorrente, outorgada à União, aos estados e ao
Distrito Federal (CF, art. 24). Nos parágrafos do art. 24 da
Constituição Federal está definido o campo de atuação de cada um
dos entes federados aos quais foi atribuída essa competência
concorrente: à União compete editar normas gerais, normas de
abrangência geral, que estabelecerão as grandes linhas de orientação
normativa acerca das matérias arroladas nos incisos do citado art. 24;
aos estados e ao DF, caso existam as normas gerais, compete
unicamente complementá-las, mediante edição de normas específicas,
sem possibilidade de contrariar as diretrizes estabelecidas pela União
com a edição das normas gerais.
De uma forma geral, o modelo horizontal leva a uma rigidez mais
acentuada no que concerne à esfera de atuação das entidades
políticas. A distribuição vertical de competências proporciona maior
proximidade e colaboração entre os entes federados, uma vez que
eles devem atuar no âmbito da mesma matéria, de forma
complementar. Em que pese essa constatação, na Constituição
Federal de 1988, conquanto tenham sido adotados os dois modelosde
repartição de competência, predomina o modelo horizontal. A
competência legislativa concorrente, disciplinada no art. 24, é o
exemplo de repartição vertical de competências em nosso
ordenamento constitucional atual.
Repartição de Competências
O principio da predominância do principio da predominância do 
interesseinteresse é o principio geral que 
norteia a repartição de competência 
entre as entidades, segundo o qual:
à União caberão as matérias e as 
questões de predominante interesse 
geral;
com os EstadosEstados ficarão as matérias 
e os assuntos de interesse 
regional;
com os Municípios, as questões de 
predominante interesse local.
prof. augusto alves
princípioprincípio dada predominânciapredominância dodo interesseinteresse..
Esse princípio impõe a outorga de competência de
acordo com o interesse predominante quanto à respectiva
matéria. Parte-se da premissa de que há assuntos que,
por sua natureza, devem, essencialmente, ser tratados
de maneira uniforme em todo o País e outros em que,
no mais das vezes, é possível ou mesmo desejável a
diversidade de regulação e atuação do Poder Público,
ou em âmbito regional, ou em âmbito local.
Na República Federativa do Brasil, temos um ente
federado nacional (União), entes federados regionais
(estados) e entes federados locais (municípios). Logo, se
a matéria é de interesse predominantemente geral, a
competência é outorgada à União. Aos estados são
reservadas as matérias de interesse predominantemente
regional. Cabe aos municípios a competência sobre as
matérias de interesse predominantemente local.
prof. augusto alves
Um exemplo que facilita a compreensão da aplicação
do princípio da predominância do interesse é o que
ocorre com a prestação de serviços de transporte público
de passageiros. Se o transporte é intramunicipal, de
interesse nitidamente local, a competência para sua
exploração é do respectivo município. Caso o transporte
seja intermunicipal (intraestadual), a competência será do
estado-membro, por envolver interesse
predominantemente regional. Se o transporte é
interestadual ou internacional, há predominância do
interesse geral, cabendo sua exploração, portanto, à
União.
Ao Distrito Federal, em razão da vedação à sua divisão
em municípios, foram outorgadas, em regra, as
competências legislativas, tributárias e administrativas dos
estados e dos municípios (CF, art. 32, § 1º).
prof. augusto alves
Norteado pelo princípio da predominância do interesse, o 
legislador constituinte repartiu as competências entre os entes 
federados da seguinte forma:
a) enumerou taxativa e expressamente a competência da 
União - a denominada competência enumerada expressa (arts. 21 
e 22, principalmente);
b) taxativamente a competência dos municípios (art. 30, 
principalmente), mediante arrolamento de competências 
expressas e indicação de um critério de determinação das demais, 
qual seja, o interesse local (legislar sobre assuntos de interesse 
local; organizar e prestar os serviços públicos de interesse local -
art. 30,1 e V);
c) outorgou ao Distrito Federal, em regra, as competências 
dos estados e dos municípios (art. 32, § 1º);
d) não enumerou expressamente as competências dos estados-
membros, reservando a estes as competências que não lhes 
forem vedadas na Constituição - a denominada 
competência remanescente, não-enumerada ou residual
(art. 25, § 1º);
e) fixou uma competência administrativa comum - em que 
todos os entes federados poderão atuar paralelamente, em 
situação de igualdade (art. 23);
f) fixou uma competência legislativa concorrente -
estabelecendo uma concorrência vertical legislativa entre a União, 
os estados e o Distrito Federal (art. 24).
prof. augusto alves
Esse modelo de partilha constitui a regra para a divisão
das chamadas competências materiais entre os entes
federativos. Não deve, porém, ser entendido como inflexível,
absoluto.
Assim, embora a regra seja a outorga da competência
sobre as matérias de interesse local aos municípios, não se
pode afirmar que todos os assuntos de interesse local
tenham sido outorgados a esses entes federativos. A
exploração do gás canalizado, por exemplo, constitui
matéria de interesse predominantemente local que, porém,
foi outorgada aos estados-membros (CF, art. 25, § 2º).
Em regra, a competência dos estados-membros não
foi expressamente enumerada no texto constitucional,
sendo-lhes atribuída a denominada competência residual,
reservada ou remanescente (CF, art. 25, § 1º). Porém,
é incorreto asseverar que a Constituição Federal não tenha
enumerado expressamente nenhuma competência dos
estados. Com efeito, a eles foram conferidas,
expressamente, a competência para a exploração do gás
canalizado (CF, art. 25, § 2º) e para a criação, mediante lei
complementar, de regiões metropolitanas, aglomerações
urbanas e microrregiões (CF, art. 25,§3º).
Espécies de competências
As competências são 
tradicionalmente classificadas 
em:
 competências administrativasadministrativas,
competências legislativaslegislativas
competências tributáriastributárias
As competências administrativasadministrativas
(materiais ou não-legislativas) são 
competências para a atuação 
efetiva, para executar tarefas, 
para a realização de atividades 
concernentes às matérias nelas 
consignadas.
ex: a Constituição Federal outorga 
à União competência exclusiva 
para a emissão de moeda (CF, 
art. 21, VII), bem como 
competência comum a todos os 
entes federados para proteger as 
florestas, a flora e a fauna (CF, 
art. 23, VII).
 As competências legislativas legislativas estabelecem o poder 
para normatizar, para estabelecer normas sobre as 
respectivas matérias. Não dizem respeito à atuação 
em si, à execução de uma atividade, mas sim à 
edição das leis que regularão determinada 
atuação.
 Ex: A Constituição Federal estabelece a 
competência privativa da União para legislarlegislar
sobre trânsito e transporte (CF, art. 22, XI). 
Não significa que somente a União atuará, 
administrativamente, sobre essa matéria. Os 
demais entes federados também exploram serviços 
de transporte, porém, não podem legislar sobre 
trânsito e transporte. Enfim, os demais entes 
federados também atuam na prestação de 
serviços de transporte (competência 
administrativa), mas não podem editar 
normas sobre essa matéria. Deverão eles, ao 
prestar esses serviços, observar as regras editadas 
pela União, com base na sua competência 
legislativa privativa (CF, art. 22, XI).
BIZUBIZU: Competência da União para legislar 
privativamente (sobre Direitos): 22, I
CAPACETE de PM
Comercial 
Agrário 
Penal 
Aeronáutico 
Civil 
Eleitoral 
Trabalho 
Espacial 
Processual 
Marítimo
prof. augusto alves
A competência tributária diz respeito ao
poder de instituir tributos, que é outorgado a
todos os entes federativos, como uma das
formas de assegurar sua autonomia. Com
efeito, a autonomia política dos entes
federados resultaria sobremaneira
enfraquecida, caso desacompanhada de
autonomia financeira, a qual é efetivamente
assegurada pela fixação constitucional de
competências tributárias próprias. A
competência tributária está disciplinada em
capítulo próprio da Constituição Federal
(Capítulo I do Título VI).
 Classificação das competênciasClassificação das competências
 Competência é a capacidade para emitir 
decisões dentro de um campo específico.
 I. Quanto a finalidade:
 a) material(adm) material(adm) : Refere-se a pratica 
de atos políticos e administrativos. Pode 
ser:
 Exclusiva. É a pertencente 
exclusivamente a uma única entidade, 
sem possibilidade de delegação (ex. art. 
21)
Cumulativa: Comum – art. 23.
 b) LegislativaLegislativa: Refere-se a prática de 
atos legislativos.
Leg. Privativa: Cabe apenas a uma 
entidade o poder de legislar, MAS É 
POSSIVEL A DELEGAÇÃO DE 
COMPETENCIA a outras entidades (ex. 
art. 22 e seu parágrafo).
Leg. Concorrente: Competência 
CONCOMITANTE de mais de uma 
entidade para legislar a respeito de 
matéria (ex. art. 24).
Leg. Suplementar:Cabe a uma das 
entidades estabelecer regras gerais e 
a outra a complementação dos 
comandos normativos (ex. art. 24, §
2°)
Leg. Concorrente: quando houver 
possibilidade de disposição sobre o 
mesmo assunto ou matéria por mais 
de entidade federativa, COM 
PRIMAZIA DA UNIAO NO QUE TANGE 
AS REGRAS GERAIS (ex. art. 24),
Leg. Suplementar: é o poder de 
formular normas que desdobrem o 
conteúdo de princípios ou normas 
gerais, ou que supram a ausência ou 
a omissão destas (art. 24, §§ 1° a 
4°).
Competência da UniãoUnião:
 art. 21: competência material (adm) 
exclusiva expressa ou enumerada;
 art. 22: competência legislativa privativa 
expressa ou enumerada,
 art. 23: competência material (adm) 
comum, cumulativa ou paralela, 
 art. 24: competência legislativa 
concorrente, 
 art. 24 e parágrafos: competência 
legislativa suplementar, 
 art. 154,1: competência tributaria 
residual,
 art. 153 e incisos: competência 
tributaria enumerada ou expressa.
Competência dos EstadosEstados:
 art. 25, § 1°: competência reservada ou 
remanescente,
 art. 25, § 2°: competência material 
exclusiva enumerada e expressa,
 art. 23: competência material comum, 
paralela ou cumulativa, 
 art. 24: competência legislativa 
concorrente, 
 art. 24 e parágrafos: competência 
legislativa suplementar, 
 art. 155: competência tributaria 
enumerada ou expressa.
Competência do Distrito FederalDistrito Federal::
 art. 32, § 1°: competência reservadas ou 
remanescentes dos Estados e Municípios,
 art. 23: competência material comum, 
cumulativa ou paralela,
 art. 24: competência legislativa 
concorrente,
 art. 155: competência tributária expressa 
ou enumerada, Competência dos 
Municípios:
 art. 30: competência enumerada ou 
expressa,
 art. 23: competência material comum, 
cumulativa ou paralela,
 art. 156: competência tributaria 
enumerada ou expressa.
 Em Resumo:
 A repartição de competências entre as 
entidades federativas é o ponto básico do 
Estado Federal. Existem dois modelos principais 
para distribuir as competências: o modelo 
clássico, inspirado na Constituição americana 
de 1787 e o modelo moderno, desenvolvido a 
partir do constitucionalismo posterior à 
Primeira Guerra Mundial. 
O primeiro modelo atribui à União os poderes 
enumerados e reserva para os Estados-
membros os poderes remanescentes. 
O segundo corresponde a composições em que, 
ao lado de competências exclusivas, 
prevêem-se comuns.
A Constituição de 1988 estabeleceu campos campos 
específicos de competências específicos de competências 
administrativas e legislativas,administrativas e legislativas, da 
seguinte forma: poderes enumerados para 
a União, poderes remanescentes para os 
Estados-membros, poderes indicados para 
os municípios, atribuição ao Distrito Federal 
dos poderes previstos para os Estados e 
municípios.
A Constituição previu a possibilidade de 
delegação aos Estados de pontos 
específicos da competência privativa da 
União, realizada por Lei Complementar. 
 Foram previstas competências comuns e 
competências concorrentes.
 As competências administrativas da 
União estão enumeradas no artigo 21 da 
Constituição Federal. 
Os Estados-membros possuem 
competências remanescentes, cabendo-
lhes todas as competências que não forem 
da União e dos municípios. 
O artigo 30 prevê as competências dos 
municípios.
 A competência comum da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos 
municípios está prevista no artigo 23 da 
Constituição Federal.
 A competência legislativa foi distribuída 
da seguinte forma: competência privativa
da União (art. 22, CF), competência 
remanescente dos Estados-membros, 
competência concorrente da União, dos 
Estados e do Distrito Federal (art. 24 
CF).
 A competência exclusiva do município
está prevista no art. 30 da CF. O município 
pode suplementar a legislação federal e 
estadual, no que couber. 
O Distrito Federal tem as competências 
reservadas aos Estados e municípios. 
 Competências Expressas e Enumeradas 
da União  Estão previstas nos artigos 21 
e 22 da Constituição. 
O art. 21 contempla os casos de 
competência administrativa da União. 
 Estas competências são indelegáveis.
O art. 22 traz os casos de competência 
legislativa privativa da União. 
 Podem ser delegadas, aos estados e DF, por 
Lei Complementar.
 Estas competências são também chamadas 
exaustivas, pois exaurem pela enumeração 
das matérias outorgadas 
constitucionalmente à competência da 
União.
UNIÃO EXCLUSIVA -
INDELEGÁVEL
ART. 21
PRIVATIVA
-
DELEGÁVEL
ART. 22
COMUM
ART.23
CONCORRENTE
ART. 24
ESTADOS RESIDUAL OU
REMANESCEN
TE
ART. 25
COMUM
ART. 23
CONCORRENTE
ART. 24
SUPLEMENTAR
ART. 24, § 2º
DF RESIDUAL OU
REMANESCEN
TE
ART. 25
COMUM
ART. 23
CONCORRENTE
ART. 24
SUPLEMENTAR
ART. 24, § 2º
MUNIC. ENUMERADA
ART. 30
COMUM
ART. 23
SUPLEMENTAR
ART. 30, II
QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIASQUADRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Art. 22. Compete privativamenteCompete privativamente à 
União (em regra, só a União pode) 
legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, 
processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do 
trabalho;
II – desapropriação;
...
prof. augusto alves
Mesmo diante da omissão da União na expedição de
normas sobre as matérias de sua competência privativa,
os demais entes federativos não podem editar leis
visando a suprir a inércia legislativa federal. Assim, se a
União não edita lei estabelecendo as hipóteses e os
procedimentos para desapropriação, não poderão os
estados-membros ou os municípios suprir essa lacuna; as
leis que eles eventualmente editassem com esse
conteúdo seriam inconstitucionais, por invasão da
competência privativa da União (CF, art.22,II).
Porém, é possível que os estados e o Distrito Federal
venham a legislar sobre questões específicas das
matérias enumeradas no art. 22 da Constituição Federal,
desde que a União delegue competência, por meio de lei
complementar (CF, art. 22, parágrafo único). Ao contrário
da competência administrativa exclusiva, a marca da
competência legislativa privativa da União é a sua
delegabilidade aos estados e ao Distrito Federal.
prof. augusto alves
Para a União delegar aos estados e ao Distrito Federal a
competência para legislar sobre as matérias de sua competência
privativa é necessário, entretanto, o atendimento dos seguintes requisitos:
a) a delegação deverá ser efetivada por lei complementar federal, editada
pelo Congresso Nacional;
b) a União somente poderá autorizar os estados-membros e o Distrito
Federal a legislar sobre questões específicas, não podendo a delegação
conferir competência para o regramento pleno das matérias de competência
privativa da União;
c) a delegação, se houver, deverá contemplar todos os estados-
membros e o Distrito Federal, sob pena de ofensa à proibição de
estabelecimento de preferências entre os entes federados (CF, art. 19, III),
garantia do equilíbrio federativo;
d) a delegação deverá, obrigatoriamente, contemplar o Distrito Federal,
porquanto as competências estaduais são estendidas constitucionalmente a
este ente federativo (CF, art. 32, § 1º).
Exemplo de delegação da União aos estados e ao Distrito Federal, com
fundamento nesse dispositivo constitucional, temos na Lei Complementar na
103, de 14.7.2000, que autorizou esses entes políticos a instituir, mediante
lei de iniciativa do Poder Executivo de cada qual, o piso salarial de que
trata o inciso V do art. 7º da Constituição Federal para os empregados que
não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo
coletivo de trabalho.
Art. 22,Parágrafo único. Lei Lei 
complementarcomplementar poderá autorizar os poderá autorizar os 
Estados a Estados a legislarlegislar sobre sobre questões questões 
específicasespecíficas das matérias das matérias 
relacionadas neste artigo.relacionadas neste artigo.
 É oportuno, aliás, registrar que o Supremo É oportuno, aliás, registrar que o SupremoTribunal Federal, tendo em conta a Tribunal Federal, tendo em conta a 
competência estabelecida no inciso competência estabelecida no inciso 
XXXX,{compete privativamente à União ,{compete privativamente à União 
legislarlegislar sobre:sobre:XXXX-- sistemas de consórcios sistemas de consórcios 
e sorteiose sorteios} editou a Súmula Vinculante n.º editou a Súmula Vinculante n.º 
2:2:
 "É inconstitucional a lei ou ato normativo "É inconstitucional a lei ou ato normativo 
estadual ou distrital que disponha sobre estadual ou distrital que disponha sobre 
sistemas de consórcios e sorteios, sistemas de consórcios e sorteios, 
inclusive bingos e loterias."inclusive bingos e loterias."
 Competência ComumCompetência Comum  Competência comum 
significa matérias que devem ser tratadas em 
comum, isto é, de forma comum, sem ser 
atribuída exclusividade a qualquer dos entes da 
Federação. Trata-se da competência exercida 
indistintamente por todostodos os integrantes 
da federação, conforme o art. 23 da 
Constituição.
 As competências comuns serão 
desempenhadas em cooperação entre a 
União e os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, nos termos de lei complementar.
prof. augusto alves
A competência comum é uma competência
administrativa, consubstanciada na outorga à União,
aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios de
poder para atuar, paralelamente, sobre as respectivas
matérias. Todos os entes federativos exercem-na em
condições de igualdade, sem nenhuma relação de
subordinação. Por essa razão é que se fala em
atuação paralela dos entes federados, porque eles
atuam em condições de igualdade, e a atuação de um
não exclui a dos outros.
A principal característica da competência
administrativa comum, paralela ou cumulativa é,
pois, a inexistência de subordinação na atuação dos
diferentes entes federativos: todos agem em condições
de plena igualdade, sem que a atuação de um afaste a
dos demais.
prof. augusto alves
Observe-se que as matérias contempladas
pela competência comum são tipicamente de
interesse da coletividade - os chamados
interesses difusos -, razão pela qual se justifica
a atuação comum de todos os entes da
Federação.
A fim de evitar conflitos e superposição de
esforços no âmbito da competência comum, a
Constituição Federal determina que leis
complementares fixarão normas para a
cooperação entre a União e os estados, o
Distrito Federal e os municípios, tendo em vista
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar
em âmbito nacional (CF, art. 23, parágrafo único,
com a redação dada pela EC n.º 53/2006).
Art. 23. É competência competência comumcomum da 
União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios:
 I - zelar pela guarda da Constituição, das 
leis e das instituições democráticas e 
conservar o patrimônio público;
 II - cuidar da saúde e assistência pública, 
da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência;...
Competência ConcorrenteConcorrente  Em
relação à competência concorrente, a
União editará as normasnormas geraisgerais. Os
Estados e o Distrito Federal
exercerão a competência
suplementarsuplementar.
Se não houver Lei Federal de normas
gerais, os Estados e o Distrito Federal
exercerão a competência legislativa
plenaplena sobre a matéria.
Sobrevindo a Lei Federal sobre normas
gerais, ficará suspensa a eficácia da
Lei estadual no que lhe for
contraditório.
prof. augusto alves
Em síntese, os estados e o Distrito Federal podem
atuar de duas maneiras no âmbito da competência
legislativa concorrente: ora complementam a lei federal
de normas gerais, ora legislam plenamente em razão
da inexistência dessa legislação federal. Em face
dessa peculiaridade, a doutrina divide a competência
suplementar dos estados e do Distrito Federal em
competência complementar e competência supletiva.
Os estados e o Distrito Federal exercem a
competência suplementar complementar quando
editam normas específicas, após a edição da lei de
normas gerais pela União (CF, art. 24, § 2º). Nessa
hipótese, portanto, a atuação complementar dos estados
e do Distrito Federal pressupõe a prévia existência de lei
federal de normas gerais e está a ela adstrita.
prof. augusto alves
Os estados e o Distrito Federal exercem a
competênciacompetência suplementarsuplementar supletivasupletiva quando legislam
plenamente em decorrência da inércia da União em
estabelecer as normas gerais sobre a matéria (CF, art.
24, § 3º). Nessa hipótese, portanto, a atuação supletiva
dos estados e do Distrito Federal pressupõe a inércia da
União em editar a legislação federal de normas gerais, e
seu conteúdo só está limitado à observância das regras e
princípios constantes da própria Constituição Federal.
Finalmente, cabe repisar que os municípios não foram
contemplados na competência concorrente, vale dizer, os
municípios não concorrem com a União e os estados no
âmbito das matérias sujeitas à legislação concorrente (CF,
art. 24, caput).
Art. 24. Compete à União, aos Estados e 
ao Distrito Federal legislar legislar 
concorrentementeconcorrentemente sobre:
 I - direito tributário, financeiro, 
penitenciário, econômico e urbanístico;
 II - orçamento;
 III - juntas comerciais;
 IV - custas dos serviços forenses;
 V - produção e consumo;
 VI - florestas, caça, pesca, fauna, 
conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio 
ambiente e controle da poluição;
 VII - proteção ao patrimônio histórico, 
cultural, artístico, turístico e paisagístico;...
ESTADOS MEMBROSESTADOS MEMBROS  A 
constituição estadual deve observar os 
princípios estabelecidos ou princípios 
de reprodução obrigatória contidos na 
CF. Trata-se de obediência a 
princípios, não à literalidade das 
normas.
Art. 25. Os Estados organizam-se 
e regem-se pelas Constituições e 
leis que adotarem, observados os 
princípios desta Constituição.
Competência remanescente 
Tendo em mente as competências 
implícita e explicitamente negados aos 
estados e tendo em vista que a 
Constituição não enumera, salvo em 
matéria tributária, as competências 
dos estados, chega-se a conclusão que 
a eles pertence o resíduo, o resto. 
 Assim a competência do estado é chamada 
competência remanescente, mas também é titular 
de competências privativas (expressas), comuns, 
concorrente, suplementar, supletiva e delegadas.
 § 1º - São reservadas aos Estados as competências 
que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
 § 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou 
mediante concessão, os serviços locais de gás 
canalizado, na forma da lei, vedada a edição de 
medida provisória para a sua regulamentação. 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 
1995)
 § 3º - Os Estados poderão, mediante lei 
complementar, instituir regiões metropolitanas, 
aglomerações urbanas e microrregiões, 
constituídas por agrupamentos de municípios 
limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de 
interesse comum.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc05.htm
prof. augusto alves
• COMPETENCIAS DO DISTRITO FEDERAL
• Ao Distrito Federal são atribuídas as competências 
legislativas, administrativas e tributárias reservadas aos 
estados e aos municípios (CF arts. 32, § 1º).
• Entretanto, nem todas as competências dos estados 
foram outorgadas ao Distrito Federal. Com efeito, no âmbito 
do Distrito Federal, compete à União organizar e manter o 
Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública, 
bem como a polícia civil, a polícia militar e o corpo de 
bombeiros militar (CF, art. 21, XIII e XIV).
• O Distrito Federal ocupa, assim, posição anômala em 
relação aos demais entes federativos. Não foi equiparado 
aos municípios, porque dispõe, além das competências 
municipais, de parcela das competências estaduais. Não foi 
equiparado em tudo aos estados, porque, como visto, nem 
todas as competências estaduais lhe foram outorgadas.prof. augusto alves
Competências constitucionais do Distrito Federal:
1. competência remanescente dos estados-membros (CF, art. 25,
§ 1º);
2. competência enumerada dos municípios (CF, art. 30);
3. competência comum, paralela ou cumulativa - na qual, em
condições de igualdade com os demais entes federativos, poderá o
Distrito Federal atuar sobre as respectivas matérias (art. 23);
4. competência legislativa delegada pela União - em decorrência
da qual poderá o Distrito Federal, desde que autorizado por lei
complementar federal, legislar sobre questões específicas das
matérias da competência privativa da União (art. 22, parágrafo
único);
5. competência legislativa concorrente - o Distrito Federal poderá
legislar, em concorrência com a União, sobre as respectivas
matérias (art. 24);
6. competência tributária expressa dos estados e municípios -
para a instituição das diferentes espécies tributárias de competência
dos estados e dos municípios, a saber: impostos, taxas,
contribuições de melhoria, contribuições previdenciárias e
contribuição de iluminação pública (arts. 145; 149, § 1º; 149-A; 155;
156).
Art. 30. Compete aos Municípios:
 I - legislar sobre assuntos de interesse interesse 
local;local;
 II - suplementar a legislação federal e a 
estadual no que couber;(23, comum)
 III - instituir e arrecadar os tributos de sua 
competência, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de 
prestar contas e publicar balancetes nos 
prazos fixados em lei;
 IV - criar, organizar e suprimir distritos, 
observada a legislação estadual;...
 VIII - promover, no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do 
parcelamento e da ocupação do solo 
urbano;
 IX - promover a proteção do patrimônio 
histórico-cultural local, observada a 
legislação e a ação fiscalizadora federal e 
estadual.
Art. 31. A fiscalizaçãofiscalização do Município será 
exercida pelo Poder Legislativo 
Municipal, mediante controle externo, e 
pelos sistemas de controle interno do 
Poder Executivo Municipal, na forma da 
lei.
prof. augusto alves
Os municípios possuem, sim, uma competência
constitucional genérica para "suplementar a legislação
federal e a estadual no que couber" (CF, art. 30, II).
Podem, também, "legislar sobre assuntos de interesse
local" (CF, art. 30,I), nesse caso, independentemente de
estarem suplementando outras normas.
Essa atuação legislativa dos municípios, porém, não
significa concorrência com a União e os estados-
membros. É claro que, nas matérias sujeitas à
competência concorrente (incisos do art. 24 da
Constituição), caso exista a lei federal de normas
gerais, e também determinada lei estadual sobre
aspectos específicos, a eventual atuação legislativa
suplementar de um município situado naquele estado,
baseada no art. 30, inciso II, será bastante semelhante à
sistemática típica de concorrência descrita nos §§ lu e 2U
do art. 24 da Carta Política.
prof. augusto alves
Porém, se não existir lei federal de normas gerais, nem lei
estadual, não adquirem os municípios uma eventual "competência
legislativa plena" que lhes possibilite editar normas gerais e normas
específicas.
Pelo contrário, como a competência dos municípios tem por
objeto "suplementar a legislação federal e a estadual no que couber"
(CF, art. 30, II), a inexistência de legislação federal e estadual
sobre determinada matéria inviabiliza o exercício dessa
competência pelo município. É verdade que isso não impede que
o município, na eventualidade de necessitar disciplinar um
assunto de interesse local, o faça com base no inciso I do art.
30, mesmo que não existam normas federais e estaduais sobre
a matéria, mas essa atuação nada tem a ver com a
"competência concorrente" estabelecida no art. 24 da
Constituição.
Por fim, não há previsão de que a legislação federal ou estadual
"suspenda a eficácia" da legislação municipal eventualmente editada
quando ausentes leis federais e estaduais sobre o assunto, porque,
como dito, não existe aquisição de "competência legislativa plena"
pelos municípios, mas, tão-somente, competência para suplementar
a legislação que tenha sido editada pela União e pelos estados, bem
como para legislar sobre assuntos de interesse local, seja ou não em
caráter suplementar.
prof. augusto alves
RESUMO: Em regra, a União expede normas
gerais (CF, art. 24, § 1) e os estados e o Distrito
Federal editam normas suplementares (CF, art. 24, §
2º). Porém, é possível que a União expeça normas
específicas, obrigatórias para os seus órgãos e
entidades subordinados, e que os estados e o Distrito
Federal editem normas gerais, na hipótese de
adquirirem competência legislativa plena, pela
ausência de lei federal sobre normas gerais (CF, art.
24, § 3º). Os municípios, embora não concorram com
a União e os estados, legislam naquilo que for de
interesse local, ou de seu peculiar interesse,
suplementando, no que couber, a legislação federal e
a estadual, sem contrariá-la (CF, art. 30, II).
prof. augusto alves
COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS
A Constituição Federal de 1988 conferiu aos municípios natureza de ente
federativo autônomo, dotado da capacidade de auto-organização e auto-
legislação, auto-governo e auto-administração.
As competências municipais estão enumeradas, sobretudo, no art. 30 da
Constituição Federal, a saber:
I- legislar sobre assuntos de interesse local;
II- suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
I.- instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos
prazos fixados em lei;
II.- criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
V- organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem
caráter essencial;
VI- manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas
de educação infantil e de ensino fundamental; (Redação dada pela EC nfl 53/2006.)
VII- prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado, serviços
de atendimento à saúde da população;
VIII- promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX- promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
prof. augusto alves
A competência dos municípios pode ser dividida em competência
legislativa e competência administrativa.
A competência legislativa corresponde à competência exclusiva
para legislar sobre assuntos de interesse local (CF, art. 30, I) e à
competência suplementar, para suplementar a legislação federal ou
estadual, no que couber (CF, art. 30, II).
A competência administrativa autoriza o município a atuar sobre os
assuntos de interesse local, identificados a partir do princípio da
predominância do interesse, especialmente sobre as matérias
expressamente consignadas nos incisos III ao IX do art. 30 da
Constituição Federal.
No uso da competência suplementar, podem os municípios suprir
as lacunas da legislação federal e estadual, regulamentando as
respectivas matérias para ajustar a sua execução às peculiaridades
locais. Entretanto, no uso dessa competência suplementar, não
poderão os municípios contraditar a legislação federal e estadual
existente, tampouco extrapolar a sua competência para disciplinar,
apenas, assuntos de interesse local.
Não há uma enumeração constitucional, expressa e taxativa, dos
chamados assuntos de interesse local, de competência do ente
municipal. Deverão eles ser identificados caso a caso, a partir da
aplicação do princípio da predominância do interesse.
prof. augusto alves
Cabe ao município disciplinar a exploração da atividade de estabelecimento
comercial, mediante a expedição de alvarás ou licenças para funcionamento.
Da mesma forma, cabe ao município afixação dohorário de funcionamento
do comércio local (lojas, shopping centers e outros), bem como de drogarias e
farmácias e dos plantões obrigatórios destas (STF, Súmula n.º 645).
Entretanto, cabe à União, e não ao município, a competência para a
fixação do horário de funcionamento de agências bancárias, haja vista que
o horário de funcionamento bancário extrapola o interesse local da
municipalidade.
O município é competente para, dispondo sobre segurança de sua
população, impor a estabelecimentos bancários a obrigação de instalarem
portas eletrônicas, com detector de metais, travamento e retorno
automático e vidros à prova de balas (STF, RE 240.406/RS, rei. Min. Carlos
Velloso, 25.11.2003). Na mesma esteira, decidiu o STF que os municípios
podem editar legislação própria, com fundamento na autonomia
constitucional que lhes é inerente (CF, art. 30, I), com objetivo de
determinar, às instituições financeiras, que instalem, em suas agências, em
favor dos usuários dos serviços bancários (clientes ou não), equipamentos
destinados a proporcionar-lhes segurança (tais como portas eletrônicas e
câmaras filmadoras) ou a propiciar-lhes conforto, mediante oferecimento de
instalações sanitárias, ou fornecimento de cadeiras de espera, ou colocação de
bebedouros, ou, ainda, prestaçãoprestação dede atendimentoatendimento emem prazoprazo razoável,razoável, comcom aa
fixaçãofixação dede tempotempo máximomáximo dede permanênciapermanência dosdos usuáriosusuários emem filafila dede esperaespera..
(RE(RE 251251..542542/SP,/SP, reirei.. MinMin.. CelsoCelso dede Mello,Mello, 0101..0707..20052005))..
prof. augusto alves
STF - município é competente para legislar sobre limite de
tempo de espera em fila dos usuários dos serviços prestados
pelos cartórios localizados no seu respectivo território (CF, art.
22, inciso XXV), porquanto não se trata de matéria relativa à
disciplina dos registros públicos, mas de assunto de interesse local,
cuja competência legislativa a Constituição atribui aos municípios,
nos termos do inciso I do seu art. 30. (RE 397.094/DF, rei. Min.
Sepúlveda Pertence, 29.08.2006).
Os serviços funerários constituem serviços municipais, dado
que dizem respeito a necessidades imediatas do município, em
consonância com o art. 30, inciso v da Constituição da República
(STF, RE 387.990/SP, rei. Min. Carlos Velloso).
Cabe ao município estabelecer a política de desenvolvimento
urbano, mediante aprovação do chamado plano diretor, aprovado
pela câmara municipal, obrigatório para as municipalidades com
mais de vinte mil habitantes, com o fim de ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-
estar de seus habitantes (CF, art. 182).
Os municípios poderão constituir guardas municipais
destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações,
conforme dispuser a lei (CF, art. 144, §8º).
prof. augusto alves
obs. as competências atribuídas aos municípios foram
igualmente conferidas pela Constituição ao Distrito
Federal, o que permite concluir que os julgados do STF
que afirmam ser dos municípios determinada competência
aplicam-se, também, ao Distrito Federal.
Além das competências acima, cabe aos municípios:
1. Competência comum, paralela ou cumulativa - na qual,
em condições de igualdade com os demais entes
federativos, poderá o município atuar sobre as respectivas
matérias (art. 23);
Competência tributária expressa - para a instituição das
diferentes espécies tributárias de competência dos
municípios, a saber: impostos, taxas, contribuições de
melhoria, contribuições previdenciárias e contribuição de
iluminação pública (arts. 145; 149, § l; 149-A; 156).
PRIVATIVA DA UNIÃO CONCORRENTE União /
Estados/ DF
COMUM A TODOS DOS MUNICÍPIOS
NORMAS GERAIS
Diretrizes, Política, Sistema
INTERESSE REGIONAL MATERIAL
Zelar, proteger, cuidar,
fiscalizar, estabelecer,
fomentar, proporcionar
INTERESSE LOCAL
No que couber,
local, com
cooperação
Direitos: Eleitoral, Civil,
Comercial, Aeronáutico, do
Trabalho, Marítimo, Agrário,
Espacial, Penal
Direitos: Penitenciário,
Urbanístico
Zelar: CF, leis, instituições
democráticas.
Conservar:
Patrimônio Público
Legislar: Assuntos
de interesse local
Direito Processual Procedimentos em Matéria
Processual
Fiscalizar: as concessões
de recursos hídricos e
minerais
Criar e prestar:
serviços públicos de
interesse local
Seguridade Social Previdência Social, Proteção e
Defesa da Saúde
Cuidar: Saúde, Assistência
Pública e Proteção das
Pessoas portadoras de
Deficiência
Prestar: serviços
de atendimento à
saúde da população
(com a cooperação
financeira da União
e Estado)
Diretrizes e Bases da Educação
Nacional
Educação, Cultura, Ensino e
Desporto
Proporcionar: meios de
acesso à cultura, à
educação e à ciência
Manter: programas
de educação pré-
escolar e ensino
fundamental (com
cooperação da
União e Estado)
Política: Financeira, Sistemas:
Monetário e de Medidas
Direito Tributário, Financeiro e
Econômico
Sistema Cartográfico, jazidas,
minas, informática, energia e
telecomunicações, metalurgia.
Florestas, caça, pesca
conservação: natureza e
recursos naturais proteção: do
meio ambiente e poluição
Preservar: florestas, fauna
e flora.
Promover: no que
couber, adequado
ordenamento
territorial
Desapropriação Orçamento
Comércio Exterior, 
Interestadual e Propaganda 
Comercial
Produção e Consumo Fomentar: Produção 
agropecuária
Registros Públicos Juntas Comerciais
Trânsito e Transporte 
Interestadual
Diretrizes da Política de 
Transportes
Estabelecer: política de 
educação para a 
segurança do trânsito
Transporte Urbano
Defesa:Territorial, 
Aeroespacial, Marítima, Civil e 
Mobilização Nacional
Proteção: Patrimônio 
Histórico, Cultural, Artístico, 
Turístico e Paisagístico
Proteger: meio ambiente 
Combater: poluição 
Impedir: evasão e 
destruição de obras de 
arte e bens de valor 
histórico
Promover: proteç
ão do patrimônio 
histórico e cultural 
local, observada a 
lei e a ação 
fiscalizadora 
federal e estadual
Organização 
Judiciária: Ministério Público, 
Defensoria Pública do DF e 
dos Territórios
Criação e funcionamento dos 
Juizados especiais 
Custas dos serviços 
forenses. Assistência Jurídica 
e Defensoria Pública
29. Em matéria de competência legislativa concorrente 
relacionada à União, Estados e Distrito Federal, é correto afirmar 
que
(A) a competência da União para legislar sobre normas gerais 
não exclui a competência suplementar dos Estados.
(B) no âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
estende-se ao estabelecimento de normas específicas (gerais).
(C) a superveniência de lei federal sobre normas gerais não
suspende, em qualquer hipótese (contrária), a eficácia da lei 
estadual.
(D) a competência da União para legislar sobre normas gerais ou 
específicas (não) exclui a competência suplementar dos Estados.
(E) inexistindo lei federal sobre normas de qualquer natureza, os 
Estados só podem exercer a competência limitada para 
atender suas peculiaridades (comp. Leg. Plena).
30. Compete privativamente a União 
legislar sobre Direito
(A) Tributário.
(B) Processual.
(C) Financeiro.
(D) Penitenciário.
(E) Econômico.
30. Compete privativamente a União legislar 
sobre Direito
(A) Tributário (concorrente, 24, I).
(B) Processual.
(C) Financeiro (concorrente, 24, I).
(D) Penitenciário (concorrente, 24, I).
(E) Econômico (concorrente, 24, I).
31. Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre
(A) informática.
(B) desapropriação.
(C) produção e consumo.
(D) serviço postal.
(E) registros públicos.
31. Compete à União, aos Estados e ao 
Distrito Federal legislar concorrentemente 
sobre
(A) Informática (privativa, 22, IV).
(B) Desapropriação (privativa, 22, II).
(C) produção e consumo.
(D) serviço postal (privativa, 22, V).
(E) registros públicos (privativa, 22, XXV).
32. Em relação aos Estados Federados, analise:
I. Aos Estados cabe explorar, diretamenteou mediante 
permissão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, 
cuja regulamentação se fará mediante medida provisória.
II. Incluem-se, dentre outros bens dos Estados, as águas 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da 
lei, as decorrentes de obras da União.
III. A iniciativa popular é privativa do processo legislativo federal, 
não cabendo, portanto, na esfera estadual.
IV. Compete às Assembleias Legislativas dispor, entre outras 
situações, sobre sua polícia e prover os respectivos cargos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
Estados
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, 
na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que 
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio 
da União, Municípios ou terceiros;
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à 
União;
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da 
União.
Estados
Poder constituinte derivado-decorrente:
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições 
e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.
Autonomia: capacidade de auto-organização, normatização 
própria, autogoverno e auto-administração. 
CF 27, § 4º - “A lei disporá sobre a iniciativa 
popular no processo legislativo 
estadual” [É obrigatória a existência de iniciativa popular de 
lei no processo legislativo estadual, devendo a lei dispor a respeito do 
seu exercício pelos cidadãos].
CF 27, “§ 3º - Compete às Assembléias 
Legislativas dispor sobre seu regimento 
interno, polícia e serviços administrativos de 
sua secretaria, e prover os respectivos cargos.
32. Em relação aos Estados Federados, analise:
I. Aos Estados cabe explorar, diretamente ou mediante permissão, 
os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, cuja 
regulamentação se fará mediante (vedada a edição de) medida 
provisória (cf, 25, §2º).
II. Incluem-se, dentre outros bens dos Estados, as águas 
emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma 
da lei, as decorrentes de obras da União.
III. A iniciativa popular é privativa do processo legislativo 
federal, não cabendo, portanto (CABE, 27, §4), na esfera 
estadual.
IV. Compete às Assembleias Legislativas dispor, entre outras 
situações, sobre sua polícia e prover os respectivos cargos.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I e II.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV.
(E) III e IV.
33. Desconsiderando eventuais decisões judiciais, observa-se 
que, exclusivamente, em conformidade com o texto 
constitucional, no que se refere à composição das Câmaras 
Municipais
I. Municípios com mais de quinze mil habitantes e de até trinta mil 
habitantes.
II. Municípios com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta
mil habitantes.
Para a composição das referidas Câmaras Municipais, nesses 
casos, será observado, respectivamente, o limite máximo de 
Vereadores, de
(A) sete e nove.
(B) nove e onze.
(C) onze e treze.
(D) treze e quinze.
(E) quinze e dezessete.
MunicípiosMunicípios
Autonomia político/constitucional:
auto-organização e normatização 
próprias (elaboração da Lei Orgânica e 
das leis municipais), auto-governo
(eleição do Prefeito, vice e vereadores 
sem ingerência da União e estados) e 
auto-administração;
prof. augusto alves
A autonomiaautonomia municipalmunicipal foi arrolada como
princípio constitucional sensível, a ser
respeitada pelo estado-membro, sob pena de
sujeitar-se ele à intervenção federal (CF,
art.34,VII).
Assim como ocorre com os estados-membros,
a autonomia municipal está assentada na
capacidade de autoauto--organizaçãoorganização ee
normatizaçãonormatização própriaprópria (elaboração da Lei
Orgânica e das leis municipais), autoauto--governogoverno
(eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e
vereadores sem ingerência da União e do
estado) e autoauto--administraçãoadministração (exercício de
suas competências administrativas,
tributárias e legislativas).
prof. augusto alves
"Art. 29. (EMENDA CONST 58!!!!!!!!!!!!)(EMENDA CONST 58!!!!!!!!!!!!)
IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o 
limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) 
habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) 
habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta 
mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 
(cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 
(oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) 
habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 
(cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) 
habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 
(cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) 
habitantes;
prof. augusto alves
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos 
mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 
(quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) 
habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos 
mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; 
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 
(setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) 
habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos 
mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; 
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um 
milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e 
duzentos mil) habitantes; 
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um 
milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos 
e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e 
trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e 
quinhentos mil) habitantes; 
prof. augusto alves
"Art. 29. 
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e 
quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) 
habitantes; 
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e 
oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) 
habitantes; 
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois 
milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de 
habitantes; 
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três 
milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; 
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro 
milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco 
milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; 
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis 
milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete 
milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e 
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito 
milhões) de habitantes;33. Desconsiderando eventuais decisões judiciais, observa-se 
que, exclusivamente, em conformidade com o texto 
constitucional, no que se refere à composição das Câmaras 
Municipais
I. Municípios com mais de quinze mil habitantes e de até trinta mil 
habitantes.
II. Municípios com mais de trinta mil habitantes e de até cinquenta
mil habitantes.
Para a composição das referidas Câmaras Municipais, nesses 
casos, será observado, respectivamente, o limite máximo de 
Vereadores, de
(A) sete e nove.
(B) nove e onze.
(C) onze e treze.
(D) treze e quinze.
(E) quinze e dezessete.
34. É permitido aos Estados
(A) manter aliança com igrejas, desde que não 
seja a colaboração de interesse público.
(B) incorporar-se entre si para formarem novos 
Estados.
(C) recusar fé aos documentos públicos.
(D) criar distinções entre brasileiros ou 
preferências entre si.
(E) renunciar sua autonomia, estabelecendo 
relação de dependência com qualquer Município.
Organização político-administrativa
Disciplina: arts. 18 a 36 da CF/88;
Art. 18. A organização político-administrativa da República 
Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos 
termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal {A Constituição de 1988
determina que Brasília é a Capital Federal (art. 18, § 1°), não se
confundindo a expressão Distrito Federal com a Capital do país, pois
esse é o ente federativo que engloba aquela, sendo vedada a sua
divisão em municípios (art. 32, caput). Assim, não se confunde a Capital
Federal do país com a circunscrição territorial representada na
federação pelo Distrito Federal}.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado 
de origem serão reguladas em lei complementar.
prof. augusto alves
A organização político-administrativa da República Federativa
do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos do texto constitucional
(art. 18).
Esse dispositivo constitucional indica a opção do legislador
constituinte pela forma federativa de Estado para a repartição
territorial de poderes. Aponta, também, a adoção da forma
republicana de governo, para a regulação dos meios de
aquisição e exercício do poder pelos governantes. Apresenta,
ainda, a enumeração dos entes federativos que compõem a
federação brasileira - União, estados, Distrito Federal e
municípios -, todos dotados de autonomiaautonomia políticapolítica -- a tríplice
capacidade de auto-organização e legislação própria, auto-
governo e auto-administração.
A República Federativa do Brasil, pessoa jurídica reconhecida
pelo Direito Internacional, o único titular de soberania. Os entes
federados - União, estados, Distrito Federal e municípios - são
pessoas jurídicas de direito público interno que gozam, apenas,
de autonomia.
prof. augusto alves
Na República Federativa do Brasil, nem todos os entes federados participam da
formação da vontade nacional. Os estados-membros e o Distrito Federal têm efetiva
participação, por meio dos seus representantes no Senado Federal (CF, art. 46) e da
possibilidade de apresentação de proposta de emenda à Constituição Federal (CF, art.
60, III). Os Municípios, diferentemente, não participam de nenhum modo na formação da
ordem jurídica nacional, pois não possuem representação no Poder Legislativo federal,
nem atuam no processo legislativo de modificação da Constituição Federal.
A República Federativa do Brasil enquadra-se no tipo federação de equilíbrio, o que
significa que está fundada no equilíbrio entre as competências e a autonomia conferidas
aos entes federados pela Constituição Federal. Esse equilíbrio está consubstanciado,
também, nas regras constitucionais de criação de regiões de desenvolvimento entre os
estados (CF, art. 43) e de regiões metropolitanas entre os municípios (CF, art. 25, § 3º),
de concessão de benefícios fiscais (CF, art. 151,1) e da repartição de receitas tributárias
(CF, arts. 157 a 159).
Principais elementos da nossa Federação: (a) descentralização política; (b)
formação por desagregação; (c) autonomia dos entes federados; (d) soberania
do Estado federal; (e) formalização e repartição das competências em uma
Constituição do tipo rígida; (f) inexistência do direito de secessão; (g)
representação dos estados e do Distrito Federal no Legislativo federal (Senado
Federal); (h) fiscalização da autonomia federativa por meio do controle de
constitucionalidade.
A Federação é cláusula pétrea no Brasil.A Constituição da República veda a
possibilidade de proposta de emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa
de Estado (CF, art. 60, § 4, I).
A Constituição Federal de 1988 somente gravou como cláusula pétrea a forma
federativa de Estado (CF, art. 60, § 4a, I), não fazendo o mesmo em relação à forma de
governo (república) e ao sistema de governo (presidencialismo). Porém, a forma de
governo republicana constitui "princípio sensível" da ordem federativa, autorizando a
intervenção federal no ente federado que a desrespeitar (CF, art. 34, VII, a).
prof. augusto alves
Os Estados-membros podem incorporar-se, subdividir-
se, desmembrar-se para se anexarem a outros ou
formarem novos Estados ou Territórios, desde cumpridas
as seguintes exigênciasexigências:
- Consulta prévia da população diretamente interessada,
por plebiscito;
- Oitiva das respectivas Assembléias Legislativas do
estados interessados (função meramente opinativa)
- Lei Complementar Federal específica aprovando a
incorporação, subdivisão ou o desmembramento (anexação
ou formação).
A negativa no plebiscito já impede o trâmite da LC
Federal, mas, contudo, mesmo sendo o plebiscito positivo,
não está o Congresso Nacional a ele vinculado.
Os Estados podem, ainda, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e
microrregiões, constituídas por agrupamento de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse
comum (CF, art. 25, §3°), com o objetivo de oferecer
soluções para problemas ou carências localizadas nos
Estados.
Art. 19. É vedadovedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios: {O art. 19 visa manter a igualdade entre os entes federados e 
seus cidadãos}
“I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, 
embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus 
representantes relações de dependência ou aliança, 
ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse 
público” –
(inexiste religião oficial, total separação e independência entre Estado e igreja 
- Estado laico.Estado laico. A colaboração é permitida nas ações de interesse público, tais 
como o socorro às pessoas vítimas das calamidades);
“II - recusar fé aos documentos públicos”;
(Os documentos públicos têm fé pública.fé pública. Fé pública é a certeza de que tais 
documentos são verdadeiros. Trata-se de presunção relativa (juris tantum) 
porque admitem prova em contrário, no entanto, inverte-se o ônus da prova, ou 
seja, quem duvidar de documentos públicos terá que apresentar provas.
“III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre 
si”. enfatiza o princípio da igualdadeprincípio da igualdade, previsto no art. 5º, I.
Formação dos EstadosEstados--membrosmembros (art. 18, § 3º): Os 
Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem 
novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
1) Aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito; 2) Lei complementar aprovada 
pelo Congresso Nacional;
Formação dos MunicípiosMunicípios (art. 18, § 4º): A criação, a 
incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, 
far-se-ão por
1) Lei estadual específicaestadual específica que crie determinado 
município; 2) Lei complementar federalcomplementar federal que estabeleça o
períodoperíodo possível; 3) ConsultapréviaConsulta prévia, mediante
plebiscitoplebiscito, às populações dos Municípios envolvidos; e 4) 
Divulgação, na forma da lei, dos requisitos genéricos de 
viabilidade exigíveis e a publicação de estudos de estudos de 
viabilidade municipalviabilidade municipal.
prof. augusto alves
A própria CF estabelece regras para composição do Poder 
Legislativo Estadual, determinando sua unicameralidade, sua 
denominação – Assembléia Legislativa, a duração do mandato 
dos deputados (4 anos), além de outras regras específicas (art. 
27), devendo-se ressaltar a inovação da EC n° 19/98, que passou 
a exigir a edição de lei de iniciativa da AL para fixação dos 
vencimentos dos deputados (antes tal aumento era fixado por 
decreto legislativo), fixando, ainda, o teto salarial (75% dos 
deputados federais).
Os Estados-membros podem incorporar-se, subdividir-se, 
desmembrar-se para se anexarem a outros ou formarem novos 
Estados ou Territórios, desde cumpridas as seguintes exigências:
 Consulta prévia da população diretamente interessada, por 
plebiscito; 
 Oitiva das respectivas Assembléias Legislativas do estados 
interessados (função meramente opinativa) 
 Lei Complementar Federal específica aprovando a incorporação, 
subdivisão ou o desmembramento (anexação ou formação). 
A negativa no plebiscito já impede o trâmite da LC Federal, 
mas, contudo, mesmo sendo o plebiscito positivo, não está o 
Congresso Nacional a ele vinculado.
34. É permitido aos Estados
(A) (vedado) manter aliança com igrejas, desde 
que não seja a colaboração de interesse público.
(B) incorporar-se entre si para formarem 
novos Estados.
(C) (vedado) recusar fé aos documentos 
públicos.
(D) (vedado) criar distinções entre brasileiros ou 
preferências entre si.
(E) (vedado) renunciar sua autonomia, 
estabelecendo relação de dependência com 
qualquer Município.
35. O espaço pertencente a União e designado como “faixa 
de fronteira”, considerado fundamental para a defesa do 
território nacional, constitui a faixa de até
(A) cento e oitenta quilômetros de comprimento, ao longo 
das fronteiras aéreas e marítimas.
(B) duzentas milhas de comprimento, ao longo das fronteiras 
terrestres e marítimas.
(C) duzentos quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 
aéreas e terrestres.
(D) cento e cinquenta milhas de largura, ao longo das 
fronteiras aéreas e terrestres.
(E) cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres.
UniãoUnião
Pessoa Jurídica de Direito Público Interno;
Estado x União – O Estado Federal é o todo e único 
titular de soberania como pessoa jurídica de Direito 
Público externo, reconhecida pelo Direito 
Internacional. A União é entidade autônoma, 
constituindo-se em pessoa jurídica de Direito Público 
interno.
A União representa a República nas relações
internacionais(CF – 21,I) ; a União manifesta-se em nome
próprio no âmbito interno, sendo autônoma, e representa a
Federação em âmbito internacional, agindo com soberania, que,
todavia, pertence à República que representa.
A União (pjdpinterno) é uma das entidades que integram 
a República Federativa(pjdpexterno)- Estado Federal 
prof. augusto alves
UNIÃO
A União é entidade federativa autônoma em relação 
aos estados-membros e municípios. É pessoa jurídica de 
direito público interno, com competências administrativas 
e legislativas enumeradas na constituição. Cabe à União, 
também, exercer as prerrogativas da soberania do Estado 
brasileiro, quando representa (exclusivamente) a 
República Federativa do Brasil nas relações 
internacionais.
Porém, a União não se confunde com o Estado federal. 
A União, pessoa jurídica de direito público interno, é uma 
das entidades que integram a República Federativa. A 
República Federativa é o todo, o Estado federal brasileiro, 
pessoa jurídica de direito público internacional, integrada 
pela União, estados, Distrito Federal e municípios. Ocorre 
que é por intermédio da União que a República Federativa 
do Brasil se apresenta nas suas relações internacionais, 
vale dizer, é a União que representa o nosso Estado 
federal perante outros Estados soberanos.
prof. augusto alves
Mas, frise-se, a União somente representa o Estado 
federal nos atos de Direito Internacional. Quem 
efetivamente pratica atos de Direito Internacional é a 
República Federativa do Brasil, juridicamente 
representada por um órgão da União, que é o 
Presidente da República. O Estado federal - a 
República Federativa do Brasil - é que é a pessoa 
jurídica de direito público internacional. A União, 
pessoa jurídica de direito público interno, é somente 
uma das entidades que formam esse todo, o Estado 
federal, e que, por determinação constitucional (CF, 
art. 21,I), tem a competência exclusiva para 
representá-lo nas suas relações internacionais. Desse 
modo, a União ora atua em nome próprio, 
internamente, na sua relação com os demais entes 
federados, ora atua em nome de toda a Federação, 
quando representa a República Federativa do Brasil 
perante outros Estados soberanos.
União
Cf 20, § 2º - A faixa de até até 150 150 
quilômetrosquilômetros de largura, ao longo das 
fronteiras terrestres, designada como 
faixa de fronteira,faixa de fronteira, é considerada 
fundamental para defesa do território 
nacional, e sua ocupação e utilização serão 
reguladas em lei.
35. O espaço pertencente a União e designado como “faixa 
de fronteira”, considerado fundamental para a defesa do 
território nacional, constitui a faixa de até
(A) cento e oitenta quilômetros de comprimento, ao longo 
das fronteiras aéreas e marítimas.
(B) duzentas milhas de comprimento, ao longo das fronteiras 
terrestres e marítimas.
(C) duzentos quilômetros de largura, ao longo das fronteiras 
aéreas e terrestres.
(D) cento e cinquenta milhas de largura, ao longo das 
fronteiras aéreas e terrestres.
(E) cento e cinquenta quilômetros de largura, ao longo 
das fronteiras terrestres.
36. A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de municípios, far-se-
ão, observados outros requisitos de ordem 
constitucional, por
(A) medida provisória.
(B) decreto-lei.
(C) lei estadual.
(D) resolução do Congresso Nacional.
(E) lei orgânica municipal.
Formação dos EstadosEstados--membrosmembros (art. 18, § 3º): Os 
Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou 
desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem 
novos Estados ou Territórios Federais, mediante 
1) Aprovação da população diretamente interessada, 
através de plebiscito; 2) Lei complementar aprovada 
pelo Congresso Nacional;
Formação dos MunicípiosMunicípios (art. 18, § 4º): A criação, a 
incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, 
far-se-ão por1) Lei estadualestadual específicaespecífica que crie 
determinado município; 2) Lei complementar federalcomplementar federal que 
estabeleça o períodoperíodo possível; 3) Consulta préviaConsulta prévia, 
mediante plebiscitoplebiscito, às populações dos Municípios 
envolvidos; e 4) Divulgação, na forma da lei, dos requisitos 
genéricos de viabilidade exigíveis e a publicação de
estudos de viabilidade municipalestudos de viabilidade municipal.
prof. augusto alves
A própria CF estabelece regras para composição do Poder 
Legislativo Estadual, determinando sua unicameralidade, sua 
denominação – Assembléia Legislativa, a duração do mandato 
dos deputados (4 anos), além de outras regras específicas (art. 
27), devendo-se ressaltar a inovação da EC n° 19/98, que passou 
a exigir a edição de lei de iniciativa da AL para fixação dos 
vencimentos dos deputados (antes tal aumento era fixado por 
decreto legislativo), fixando, ainda, o teto salarial (75% dos 
deputados federais).
Os Estados-membros podem incorporar-se, subdividir-se, 
desmembrar-se para se anexarem a outros ou formarem novos 
Estados ou Territórios, desde cumpridas as seguintes exigências:
 Consulta prévia da população diretamente interessada, por 
plebiscito; 
 Oitiva das respectivas Assembléias Legislativasdo estados 
interessados (função meramente opinativa) 
 Lei Complementar Federal específica aprovando a incorporação, 
subdivisão ou o desmembramento (anexação ou formação). 
A negativa no plebiscito já impede o trâmite da LC Federal, 
mas, contudo, mesmo sendo o plebiscito positivo, não está o 
Congresso Nacional a ele vinculado.
36. A criação, a incorporação, a fusão e o 
desmembramento de municípios, far-se-ão, 
observados outros requisitos de ordem 
constitucional, por
(A) medida provisória.
(B) decreto-lei.
(C) lei estadual.
(D) resolução do Congresso Nacional.
(E) lei orgânica municipal.
37. Em matéria de garantias aos juízes, considere:
I. A que consiste na permanência na comarca em que é 
titular, salvo por motivo de interesse público.
II. A que implica na sua permanência no cargo, salvo 
entre outras situações, por sentença judicial transitada 
em julgado, exoneração a pedido ou aposentadoria.
As hipóteses dizem respeito, respectivamente,
(A) à indisponibilidade e ao juízo natural.
(B) à vitaliciedade e a inamovibilidade.
(C) ao juízo natural e a inamovibilidade.
(D) à inamovibilidade e a vitaliciedade.
(E) à vitaliciedade e a segurança jurídica.
 O Poder Judiciário é um dos três poderes 
expressamente reconhecidos pela Constituição da 
República (art. 2º). A Const. protege a 
independência do P.JUDICIÁRIO como cláusula 
pétrea, em seu art. 60, § 4º, III.
 Disso decorrem as garantias asseguradas pela 
CF, sendo as principais a vitaliciedade, 
inamovibilidade e irredutibilidade de 
vencimentos. 
•Funções típicas e atípicas
A função típica do Poder Judiciário é a 
jurisdicional, ou seja, julgar, aplicando a lei a 
um caso concreto, que lhe é posto, resultante de 
um conflito de interesses. Exerce, porém, outras 
funções tidas por atípicas, como a legislativa (ex. 
art. 96, I, a) e a administrativa (ex. art. 96, I, c e 
f).
prof. augusto alves
Garantias do Poder Judiciário
A CF/88 prevê uma série de garantias ao Poder Judiciário:
Garantias Institucionais - aquelas voltadas a garantir a 
independência do Poder Judiciário na relação com os demais 
Poderes;
Garantias aos Membros do Poder Judiciário, que são 
aquelas conferidas aos magistrados e demais ocupantes do 
Poder Judiciário, na condição de membros de Poder Estadual.
Dentre as chamadas garantias institucionais, a principal 
é a autonomia funcional, administrativa e financeira do 
Judiciário que está prevista nos arts. 96 e 99 da CF. Dela 
conclui-se que os Tribunais têm auto-governo e devem 
elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites 
estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de 
diretrizes orçamentárias. A eleição de seus órgãos diretivos 
está prevista no art. 96, I, a da CF. 
Com relação às garantias conferidas aos membros do Poder 
Judiciário existem as chamadas garantias de liberdade
(vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de 
subsídios). Ao lado das garantias da liberdade, existem 
também as chamadas garantias de imparcialidade previstas 
no art. 95, parágrafo único, I, II, e III.
►► GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS -- A A 
Constituição Federal assegura aos membros do Poder Constituição Federal assegura aos membros do Poder 
Judiciário as garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e Judiciário as garantias da vitaliciedade, inamovibilidade e 
irredutibilidade de subsídio (CF, art. 95).irredutibilidade de subsídio (CF, art. 95).
►► No primeiro grau, a No primeiro grau, a vitaliciedadevitaliciedade só será adquirida só será adquirida 
apósapós o cumprimento do o cumprimento do estágio probatório de dois estágio probatório de dois 
anos de exercícioanos de exercício.. No período do estágio probatório, No período do estágio probatório, 
no qual não há que se falar em vitaliciedade, a perda do no qual não há que se falar em vitaliciedade, a perda do 
cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz cargo dependerá de deliberação do tribunal a que o juiz 
estiver vinculado. Uma vez estiver vinculado. Uma vez cumprido o estágio cumprido o estágio 
probatório, o magistrado só perderá o seu cargo probatório, o magistrado só perderá o seu cargo 
em virtude de em virtude de sentença judicial transitadasentença judicial transitada em em 
julgadojulgado..
►► Os membros do STF, dos Tribunais Superiores e os Os membros do STF, dos Tribunais Superiores e os 
advogados e membros do Ministério Público que advogados e membros do Ministério Público que 
ingressam nos tribunais federais ou estaduais pela regra ingressam nos tribunais federais ou estaduais pela regra 
do "quinto constitucional" do "quinto constitucional" adquirem vitaliciedade adquirem vitaliciedade 
imediatamenteimediatamente, no momento em que tomam posse., no momento em que tomam posse.
prof. augusto alves
Ressalte-se, porém, que a Constituição Federal
estabelece um abrandamento da vitaliciedade em
relação aos Ministros do Supremo Tribunal Federal e
aos magistrados que atuam como membros do
Conselho Nacional de Justiça, ao prever que eles
poderão ser processados e julgados pelo Senado
Federal nos crimes de responsabilidade (CF, art. 52,
II). Disse abrandamento da vitaliciedade porque, caso
venham a ser responsabilizados politicamente pelo
Senado Federal (impeachment), a condenação
implicará a perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, nos termos
do art. 52, parágrafo único, da Constituição Federal.
►► GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS --
►► A A inamovibilidadeinamovibilidade -- os magistrados somente poderão ser os magistrados somente poderão ser 
removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa removidos por iniciativa própria (e não de ofício, por iniciativa 
de qualquer autoridade), de qualquer autoridade), salvo em uma única exceção salvo em uma única exceção 
constitucional:constitucional: por motivo de por motivo de interesse públicointeresse público, mediante , mediante 
decisão por voto da decisão por voto da maioria absoluta do respectivo maioria absoluta do respectivo 
tribunaltribunal ou do ou do Conselho Nacional de JustiçaConselho Nacional de Justiça, assegurada , assegurada 
ampla defesa.ampla defesa.
►► A A irredutibilidade do subsídioirredutibilidade do subsídio -- evitar que a atuação dos evitar que a atuação dos 
magistrados seja objeto de pressões, advindas da redução de magistrados seja objeto de pressões, advindas da redução de 
sua espécie remuneratória, garantindosua espécie remuneratória, garantindo--se, com isso, a se, com isso, a 
dignidade e a independência necessárias ao pleno exercício de dignidade e a independência necessárias ao pleno exercício de 
suas funções.suas funções.
►► Essa garantia constitucional da irredutibilidade de subsídio Essa garantia constitucional da irredutibilidade de subsídio 
alcança somente a chamada "alcança somente a chamada "irredutibilidade jurídicairredutibilidade jurídica", isto ", isto 
é, a irredutibilidade nominal do subsídio (e não a sua é, a irredutibilidade nominal do subsídio (e não a sua 
irredutibilidade real) irredutibilidade real) -- a irredutibilidade não assegura o direito à a irredutibilidade não assegura o direito à 
atualização monetária do valor do subsídio em face da perda do atualização monetária do valor do subsídio em face da perda do 
poder aquisitivo da moeda (inflação), mas tãopoder aquisitivo da moeda (inflação), mas tão--somente que o somente que o 
seu valor nominal não será reduzido. A irredutibilidade não seu valor nominal não será reduzido. A irredutibilidade não 
impede, tampouco, a incidência ou o aumento de tributos sobre impede, tampouco, a incidência ou o aumento de tributos sobre 
o valor do subsídio, ainda que isso implique sua redução o valor do subsídio, ainda que isso implique sua redução 
nominal.nominal.
►► VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS ––
► Para assegurar a imparcialidade no exercício de suas funções,

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