Buscar

Sujeitos Processuais no Direito Processual Penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 1
AULA 06 – SUJEITOS PROCESSUAIS
Futuros Aprovados, 
Hoje trataremos dos sujeitos processuais, tema este essencial para o correto 
entendimento do Direito Processual Penal. 
Esse assunto vem cada vez mais sendo exigido em concursos públicos e, no decorrer 
da aula, veremos os pontos que normalmente são apresentados pelas bancas. 
Vamos ao que interessa! 
Bons estudos!!! 
********************************************************************** 
6.1 – SUJEITOS PROCESSUAIS 
 6.1.1 CONCEITO
A relação jurídica processual abrange várias pessoas. Estas recebem a 
denominação de sujeitos processuais e podem ser classificados como: 
a) Principais (ou essenciais): são aqueles cuja existência é fundamental para 
que se tenha uma relação jurídica processual regularmente instaurada. Consiste 
na figura do juiz, do acusador (Ministério Público ou querelante) e do réu; 
b) Secundários (ou acessórios): são aqueles que, apesar de não serem 
imprescindíveis, poderão intervir no processo a título eventual. É o caso do 
assistente de acusação e do terceiro interessado. 
Além dos supracitados sujeitos do processo, há, também, um grupo de indivíduos 
que apesar de não integrarem propriamente a relação processual, nela intervêm 
através de atos que concorrem para o regular tramitar do processo penal. 
Como exemplos, podemos citar os auxiliares da justiça, peritos, terceiros não 
interessados etc. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 2
 6.1.2 JUIZ
O magistrado tem como finalidade principal substituir a vontade das partes e aplicar o 
direito material ao caso concreto. 
Por expressa disposição legal, ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e 
manter a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a 
força pública. Observe: 
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter 
a ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar 
a força pública. 
O juiz (já sabemos que o magistrado é o próprio Estado no ambiente processual), 
como disposto no art. 251, tem por fim garantir a regularidade da administração 
processual, isto é, dos vários atos que se seguem, ordenadamente e que também se 
coordenam durante o processo penal, dando ensejo ao resultado aproximativo do 
justo. 
Caso os atos se produzam de maneira difusa, aleatória, tumultuária, poderá se 
produzir qualquer coisa, menos a justiça que deve resultar do processo. 
Por isso, o acerto do julgamento depende da exata adequação desses vários atos 
que vão se internando no ambiente processual para dar ensejo aos seus resultados, 
cabendo ao juiz, como sujeito processual de tipo essencial (que não pode faltar 
em um processo), presidir a elaboração e a prática desses atos. 
Para poder exercer a jurisdição, deve o magistrado possuir as seguintes 
características: 
a) Capacidade funcional: deve estar no regular exercício do cargo; 
b) Capacidade processual: deve ser competente para a causa; 
c) Imparcialidade: deve realizar o julgamento de forma isenta, não sendo 
influenciado por emoções ou sentimentos pessoais. 
6.1.2.1 PRERROGATIVAS DO JUIZ
São garantias conferidas aos juízes a fim de garantir o desempenho da atividade 
jurisdicional da maneira mais isenta possível. São elas: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 3
a) Vitaliciedade: após dois anos, o magistrado se torna vitalício no cargo, só o 
perdendo em caso de sentença judicial transitada em julgado (CF/1988, art. 95, 
I); 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos 
de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de 
deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais 
casos, de sentença judicial transitada em julgado; 
b) Inamovibilidade: garante ao juiz a permanência no local em que se 
encontra classificado, salvo por razões de interesse público, por meio de decisão 
por voto da maioria absoluta do Tribunal a que estiver vinculado ou do Conselho 
Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa (CF/1988, art. 95, II); 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
 [...] 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do 
art. 93, VIII; 
c) Irredutibilidade de subsídio: resguarda o magistrado de perseguições de 
ordem financeira por parte dos governantes (CF/1988, art. 95, III). 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
[...] 
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e 
XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. 
Além destas prerrogativas, podemos citar, também, que constituem garantias 
atinentes à magistratura: 
d) Ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos: 
Exige-se bacharelato em Direito e no mínimo 03 anos de comprovada prática 
jurídica. Além disso, o candidato deve ser aprovado em concurso e as 
nomeações deverão acontecer na ordem da classificação final do concurso. (art. 
93, I, da CF/1988 e Resolução 11/2006 do Conselho Nacional de Justiça). 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes 
princípios: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 4
I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, 
mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da 
Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do 
bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e 
obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; 
e) A promoção para entrância superior, com abertura de vagas em cada 
localidade ou juízo, a serem providas, alternadamente, por antiguidade e 
merecimento: Para o correto entendimento deste ponto, vamos exemplificar: 
Imaginemos que foi publicado no diário da justiça vagas referentes a promoções. 
O texto apresentava a seguinte distribuição: 
• Rio de Janeiro (03 vagas – por merecimento); 
• São Paulo (02 vagas – por antiguidade); 
No próximo edital de abertura de vagas que vier a ser publicado, 
obrigatoriamente o Rio de Janeiro será por antiguidade e São Paulo por 
merecimento, ou seja, o edital posterior sempre deve apresentar o termo oposto 
do anterior: Se foi antiguidade será merecimento e vice-versa. 
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes 
princípios: 
[...] 
II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por 
antigüidade e merecimento [...]. 
Do exposto, podemos resumir: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 5
6.1.2.2 VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS
Com foco na manutenção da imparcialidade, os juízes não poderão (CF/1988, 
art. 95, parágrafo único): 
a) EXERCER, AINDA QUE EM DISPONIBILIDADE, OUTRO CARGO OU FUNÇÃO, 
SALVO UMA DE MAGISTÉRIO; 
b) RECEBER, A QUALQUER TÍTULO OU PRETEXTO, CUSTAS OU 
PARTICIPAÇÃO EM PROCESSO; 
c) DEDICAR-SE À ATIVIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA; 
d) RECEBER, A QUALQUER TÍTULO OU PRETEXTO, AUXÍLIOS OU 
CONTRIBUIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS, ENTIDADES PÚBLICAS OU PRIVADAS, 
RESSALVADAS AS EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI; 
e) EXERCER A ADVOCACIA NO JUÍZO OU TRIBUNAL DO QUAL SE AFASTOU, 
ANTES DE DECORRIDOS TRÊS ANOS DOAFASTAMENTO DO CARGO POR 
APOSENTADORIA OU EXONERAÇÃO. 
6.1.2.3 IMPEDIMENTO 
Caro (a) aluno (a), imagine que você foi aprovado(a) 
para o concurso de Juiz Federal. 
Após alguns anos de trabalho você é designado para 
realizar o julgamento de sua sogra, ou mesmo de sua 
mãe. 
Pergunto: Neste caso sua atuação será completamente 
imparcial e impessoal? 
É claro que para 99,9% das pessoas a resposta só 
pode ser negativa e, exatamente por isso, existem as 
hipóteses de impedimento. Vamos, a partir de agora, 
entender melhor este instituto processual. 
Apesar da necessidade de ser imparcial, o juiz não deixa de ser uma pessoa, 
suscetível de sentimentos. 
Assim, a lei antecipa a proibição de o juiz exercer a jurisdição em determinados 
casos, presumindo a possibilidade de parcialidade. 
No caso dos impedimentos, tal presunção é absoluta (jure et jure). 
“Mas, professor... O que é essa tal de presunção absoluta?” 
Para responder, vamos abrir o nosso dicionário do concurseiro: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 6
As causas de impedimento, também consideradas como ensejadoras da 
incapacidade objetiva do juiz, definem que o magistrado não poderá exercer 
jurisdição no processo em que (art. 252 do CPP): 
a) TIVER FUNCIONADO SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU 
AFIM, EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, 
COMO DEFENSOR OU ADVOGADO, ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 
AUTORIDADE POLICIAL, AUXILIAR DA JUSTIÇA OU PERITO; 
b) ELE PRÓPRIO HOUVER DESEMPENHADO QUALQUER DESSAS FUNÇÕES OU 
SERVIDO COMO TESTEMUNHA; 
c) TIVER FUNCIONADO COMO JUIZ DE OUTRA INSTÂNCIA, PRONUNCIANDO-
SE, DE FATO OU DE DIREITO, SOBRE A QUESTÃO; 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
P PRREESSUUNNÇÇÃÃOO AABBSSOOLLUUTTAA XX RREELLAATTIIVVAA 
Existem duas espécies de presunção: presunção absoluta e presunção 
relativa. 
A presunção absoluta, também conhecida como presunção juris et de jure, 
caracteriza-se pela impossibilidade de prova em contrário. Como exemplo 
disso, em direito penal, tem-se a imputabilidade dos menores de 18 anos, pois 
presume-se de forma absoluta que os mesmos não possuem condições de 
entender o caráter ilícito dos fatos e de se determinarem de acordo com tal 
entendimento. 
A presunção relativa, por sua vez, tem como conseqüência a inversão do ônus 
da prova, ou seja, quem está sofrendo a imputação do fato é que vai ter que 
demonstrar que quem acusa está errado. 
OBSERVAÇÃO
São parentes de 1º grau: PAI, MÃE E FILHOS. 
São parentes de 2º grau: AVÓS E NETOS. 
São parentes de 3º grau: TIOS, SOBRINHOS, BISNETOS, BISAVÓS. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 7
d) ELE PRÓPRIO OU SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU AFIM, 
EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, FOR 
PARTE OU DIRETAMENTE INTERESSADO NO FEITO. 
Cabe ressaltar que, segundo entendimento do STF, as hipóteses de impedimento 
previstas no CPP constituem rol taxativo e, portanto, não podem ser ampliadas. 
(STF, HC 97.293/SP, DJ 26.06.2009, Informativo 551). 
Observações: 
• Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que 
forem entre si parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral 
até o terceiro grau, inclusive (art. 253). 
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo 
os juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha 
reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive. 
• O impedimento deverá ser reconhecido ex officio pelo juiz. Não o fazendo, 
poderá ser arguido o impedimento por qualquer das partes. 
6.1.2.4 SUSPEIÇÃO
As causas de suspeição, conhecidas como motivos de incapacidade subjetiva do 
juiz, abrangem situações em que é duvidosa a imparcialidade do magistrado. Há, 
nestes casos, presunção relativa de incapacidade (juris tantum). 
Mas quando o juiz será considerado suspeito? 
O juiz dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer 
das partes (art. 254): 
a) SE FOR AMIGO ÍNTIMO OU INIMIGO CAPITAL DE QUALQUER DELES; 
b) SE ELE, SEU CÔNJUGE, ASCENDENTE OU DESCENDENTE ESTIVEREM 
RESPONDENDO A PROCESSO POR FATO ANÁLOGO, SOBRE CUJO CARÁTER 
CRIMINOSO HAJA CONTROVÉRSIA; 
c) SE ELE, SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU AFIM, ATÉ O 
TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, SUSTENTAREM DEMANDA OU RESPONDEREM A 
PROCESSO QUE TENHA DE SER JULGADO POR QUALQUER DAS PARTES; 
d) SE TIVER ACONSELHADO QUALQUER DAS PARTES; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 8
e) SE FOR CREDOR OU DEVEDOR, TUTOR OU CURADOR DE QUALQUER DAS 
PARTES; 
f) SE FOR SÓCIO, ACIONISTA OU ADMINISTRADOR DE SOCIEDADE 
INTERESSADA NO PROCESSO. 
Diferentemente do impedimento, as hipóteses de suspeição constituem rol 
exemplificativo, ou seja, podem haver outras situações ensejadoras da 
suspeição que não encontram previsão expressa no Código de Processo Penal . 
Observação: Imagine que Tício está sendo processado por estupro e, no dia do 
julgamento, percebe que será julgado por uma juíza (Mévia). Indignado com a 
situação e acreditando que um juiz (sexo masculino) poderia atribuir-lhe uma pena 
mais branda, resolve injuriar Mévia a fim de gerar “confusão” e, posteriormente, 
alegar suspeição. Será que isso é possível? 
A resposta é negativa e encontra base no art. 256 do Código de Processo Penal. 
Observe: 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, 
quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
6.1.2.5 CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO E DA SUSPEIÇÃO
Nos termos do art. 255 do CPP, o impedimento ou suspeição decorrente de 
parentesco por afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado 
causa, salvo sobrevindo descendentes. 
Exceção: Ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não funcionará 
como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte 
no processo. 
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por 
afinidade cessará pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado 
causa, salvo sobrevindo descendentes; mas, ainda que dissolvido o 
casamento sem descendentes, não funcionará como juiz o sogro, o 
padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for parte no 
processo. 
Podemos resumir o tema da seguinte forma: 
• CASAMENTO DISSOLVIDO + FILHOS Î PERMANECE O IMPEDIMENTO E 
A SUSPEIÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 9
• CASAMENTO DISSOLVIDO SEM DESCENDENTES Î NÃO PERMANECE O 
IMPEDIMENTO E A SUSPEIÇÃO. 
EXCEÇÃO Î Ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não 
funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado 
de quem for parte no processo. 
8.1.3 MINISTÉRIO PÚBLICO
É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe 
a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais 
(CF/1988, art. 127). 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
É o órgão responsável por promover a ação penal pública e fiscalizar a execução da 
lei (art. 257, I e II). 
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma 
estabelecida neste Código; e 
II - fiscalizar a execução da lei. 
Vejo muitos alunos imaginarem, erroneamente, o MinistérioPúblico como aquele 
órgão acusador que busca condenar o acusado a qualquer preço. Todavia tal 
entendimento está completamente ultrapassado. 
Conforme leciona Norberto Avena, mesmo quando exerce a posição de autor da 
demanda criminal tem sido o Ministério Público rotulado como “parte imparcial”, já 
que não fica adstrito ao pleito condenatório. Destarte, ajuizando a ação penal, caso 
venha a convencer-se da inocência do réu, ou, simplesmente, não se convença de 
sua responsabilidade criminal pelo fato imputado, poderá requerer ao magistrado a 
sua absolvição, conforme, aliás, facultado expressamente no art. 385 do Código de 
Processo Penal: 
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá proferir sentença 
condenatória, ainda que o Ministério Público tenha opinado pela 
absolvição, bem como reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha 
sido alegada. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 10
6.1.3.1 PRERROGATIVAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As prerrogativas do Ministério Público estão expressas no art. 38 da Lei nº 
8.625/93 e, podemos afirmar, que são as mesmas atribuídas ao magistrado, ou 
seja: 
• Vitaliciedade: Os membros do MP, depois de passados dois anos de 
exercício, só perderão o cargo através de sentença judicial transitada em 
julgado, proferida em ação de demissão ajuizada pelo Procurador-Geral 
perante o Tribunal competente. 
• Inamovibilidade: Regra geral, o membro do MP não poderá ser removido 
de sua localidade, salvo nas hipóteses de remoção compulsória, motivada 
pelo interesse público, a qual pode ser determinada pelo Conselho 
Nacional do Ministério Público ou de órgão colegiado competente do MP, 
por meio de voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a 
ampla defesa. 
• Irredutibilidade de subsídio. 
6.1.3.2 VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO MINISTÉRO PÚBLICO
Assim como os magistrados, os membros do Ministério Público estão sujeitos a 
determinadas vedações constitucionalmente previstas (art. 128 § 5º, II e § 6º da 
CF/1988). São elas: 
a) RECEBER, A QUALQUER TÍTULO E SOB QUALQUER PRETEXTO, 
HONORÁRIOS, PERCENTAGENS OU CUSTAS PROCESSUAIS; 
b) EXERCER A ADVOCACIA; 
c) PARTICIPAR DE SOCIEDADE COMERCIAL, NA FORMA DA LEI; 
d) EXERCER, AINDA QUE EM DISPONIBILIDADE, QUALQUER OUTRA FUNÇÃO 
PÚBLICA, SALVO UMA DE MAGISTÉRIO; 
e) EXERCER ATIVIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA; 
f) RECEBER, A QUALQUER TÍTULO OU PRETEXTO, AUXÍLIOS OU 
CONTRIBUIÇÕES DE PESSOAS FÍSICAS, ENTIDADES PÚBLICAS OU PRIVADAS, 
RESSALVADAS AS EXCEÇÕES PREVISTAS EM LEI; 
g) EXERCER A ADVOCACIA NO JUÍZO OU TRIBUNAL DO QUAL SE AFASTOU, 
ANTES DE DECORRIDOS TRÊS ANOS DO AFASTAMENTO DO CARGO POR 
APOSENTADORIA OU EXONERAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 11
6.1.3.3 PRINCÍPIOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Sobre o tema dispõe a Constituição Federal que: 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais 
indisponíveis. 
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a 
indivisibilidade e a independência funcional. 
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e 
administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao 
Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços 
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e 
títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá 
sobre sua organização e funcionamento. 
Dos supracitados dispositivos podemos definir que os seguintes princípios 
informam o Ministério Público: 
a) Unidade: o membro do Ministério Público é parte de um todo, ou seja, não 
age em seu nome, mas em prol da instituição. Cabe ressaltar que esta unidade 
é considerada válida dentro de cada Ministério Público, não havendo que se 
vislumbrar aplicabilidade de tal princípio entre o Ministério Público Federal e o 
Estadual, por exemplo. 
b) Indivisibilidade: não existe vinculação pessoal entre o promotor e 
determinado processo, mas sim entre o Ministério Público e a causa. Daí a 
possibilidade dos promotores poderem ser substituídos uns pelos outros no 
decorrer de um processo. 
c) Independência funcional: os membros do Ministério Público não devem 
subordinação intelectual ou ideológica a quem quer que seja, podendo atuar 
segundo os ditames da lei, do seu entendimento pessoal e da sua consciência. 
6.1.3.4 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO REPRESENTANTE DO MP
Dispõe o art. 258 do CPP: 
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos 
processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou 
parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 12
grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as 
prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes. 
Aqui, novamente, a lei estabelece aos membros do Ministério Público um tratamento 
igual ao dado aos Juízes. Sendo assim, em resumo, as hipóteses de impedimento e 
suspeição que analisamos quando tratamos dos magistrados, também é aplicável 
aos promotores. Podemos relacionar: 
IMPEDIMENTO: 
a) TIVER FUNCIONADO SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU 
AFIM, EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, 
COMO DEFENSOR OU ADVOGADO, ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 
AUTORIDADE POLICIAL, AUXILIAR DA JUSTIÇA OU PERITO; 
b) ELE PRÓPRIO HOUVER DESEMPENHADO QUALQUER DESSAS FUNÇÕES 
OU SERVIDO COMO TESTEMUNHA; 
c) TIVER FUNCIONADO COMO PROMOTOR DE OUTRA INSTÂNCIA, 
PRONUNCIANDO-SE, DE FATO OU DE DIREITO, SOBRE A QUESTÃO; 
d) ELE PRÓPRIO OU SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU 
AFIM, EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, 
FOR PARTE OU DIRETAMENTE INTERESSADO NO FEITO. 
SUSPEIÇÃO: 
a) SE FOR AMIGO ÍNTIMO OU INIMIGO CAPITAL DE QUALQUER DELES; 
b) SE ELE, SEU CÔNJUGE, ASCENDENTE OU DESCENDENTE ESTIVEREM 
RESPONDENDO A PROCESSO POR FATO ANÁLOGO, SOBRE CUJO CARÁTER 
CRIMINOSO HAJA CONTROVÉRSIA; 
c) SE ELE, SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU AFIM, ATÉ O 
TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, SUSTENTAREM DEMANDA OU RESPONDEREM 
A PROCESSO QUE TENHA DE SER JULGADO POR QUALQUER DAS PARTES; 
d) SE TIVER ACONSELHADO QUALQUER DAS PARTES; 
e) SE FOR CREDOR OU DEVEDOR, TUTOR OU CURADOR DE QUALQUER 
DAS PARTES; 
f) SE FOR SÓCIO, ACIONISTA OU ADMINISTRADOR DE SOCIEDADE 
INTERESSADA NO PROCESSO. 
Além dessas hipóteses, a doutrina majoritária entende que será impedido de atuar no 
processo o órgão do Ministério Público que houver pedido o arquivamento do 
inquérito policial ou das peças de informação, em relação à ação penal proposta em 
virtude da rejeição de seu pedido de arquivamento. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 13
Por fim, vamos analisar o posicionamento da jurisprudência sobre alguns pontos 
relevantes para a sua PROVA: 
6.1.3.5 PROMOTOR NATURAL E PROMOTOR AD HOC
Um tema bastante controvertido na doutrina e na jurisprudência nacional, que se 
dividem ao determinar se o princípio do promotor natural encontra ou não 
previsão expressa na Constituição Federal vigente. 
Parcela da doutrina entende que aludido comando não decorre de disposição 
expressa, mas do sistema constitucional, que pode ser extraído dos seguintes 
dispositivos constitucionais: art. 5º, LIII; art. 127, § 1º e art. 128, I e II. 
Poroutro lado, há quem defenda a sua previsão no artigo 128, § 5º, I, "b" da CF, 
que dispõe: 
"Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é 
facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a 
organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, 
observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante 
decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto 
da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa" 
STJ, HC 83.020/RS, DJ 02.03.2009 
A participação de membro do Ministério Público na fase investigatória criminal não 
acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia. 
STJ, HC 38.365/GO, DJ 01.10.2007 
A designação de promotores de outras Comarcas para auxiliar em determinado 
processo, sem a interferência na condução da persecução penal, não revela violação 
ao princípio do promotor natural. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 14
O artigo 5º, LIII da CF determina que "ninguém será processado nem 
sentenciado senão por autoridade competente". 
Entende-se que o princípio do Promotor Natural é uma extensão do Princípio do 
Juiz Natural. O termo "processar" localizado no artigo citado, segundo Nelson 
Nery Júnior e Rosa Maria Nery significa que "devem todos os promotores de 
justiça ocupar cargos determinados por lei, vedado ao chefe do MP fazer 
designações especiais, discricionárias, de promotor ad hoc para determinado 
caso ou avocar autos administrativos ou judiciais afetos ao promotor natural". 
Dessa forma já decidiu o STJ: 
Trata-se de entendimento solidificado pelo STF (Informativo nº. 511 DE 2008). 
Assim sendo, o réu tem o direito público subjetivo, além do de conhecer quem o 
acusa, o de somente ser acusado por um órgão estatal escolhido de acordo com 
critérios legais previamente fixados. 
O Plenário do STF, por maioria de votos, já por inúmeras vezes afirmou a 
existência do princípio do Promotor Natural, condenando a figura do promotor de 
exceção, por ser incompatível com a Lei Maior de 1988. 
O Pretório Excelso afirmou que somente o promotor natural é que deve atuar no 
processo, atuando ele em zelo ao interesse público, garantindo a imparcialidade 
do órgão ministerial, e sua atuação técnica e jurídica, de acordo com suas 
atribuições e prerrogativas legais, preservando, assim, sua inamovibilidade. 
DICIONÁRIO DO CONCURSEIRO 
PROMOTOR AS HOC 
Trata-se de um bacharel em direito, não concursado, nomeado como promotor 
pelo juiz. Na atualidade, é absolutamente vedada a atuação de acusador ad 
hoc (CF/1988, art. 129, § 2º). 
"CONSTITUCIONAL - PROCESSUAL PENAL - MINISTÉRIO PÚBLICO -
PROMOTOR NATURAL - O promotor ou o procurador não pode ser designado 
sem obediência ao critério legal, a fim de garantir julgamento imparcial, isento. 
Veda-se, assim, designação de promotor ou procurador ad hoc, no sentido de 
fixar prévia orientação, como seria odioso indicação singular de magistrado para 
processar e julgar alguém. Importante, fundamental e prefixar o critério de 
designação. O réu tem direito público, subjetivo de conhecer o órgão do ministério 
público, como ocorre com o juízo natural" (RESP 11722/SP, Relator Ministro Luiz 
Vicente Cernicchiaro, 6ª Turma, 08/09/1992). 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 15
 6.1.4 ACUSADO
O processo penal dá, conforme a fase da persecutio criminis, várias denominações 
aos sujeitos da imputação penal: 
Na fase de inquérito ele é chamado de indiciado. 
Quando oferecida a denúncia é chamado de denunciado. 
Na fase de processamento judicial que antecede a execução, é normalmente 
chamado de acusado ou réu e, por fim, a partir da sentença condenatória é 
chamado de condenado ou apenado. 
Registra-se, contudo, que muito embora a doutrina tradicional rejeite o termo 
acusado na fase pré-judicial, o código não é uniforme no tratamento da matéria, por 
vezes, chamando de acusado ao suspeito da autoria na fase de investigação 
preliminar. 
Podemos, de forma bem objetiva, definir que o acusado é o sujeito que ocupa o pólo 
passivo da relação jurídica. Excluem-se desta condição: 
a) OS QUE NÃO SÃO SUJEITOS DE DIREITOS E OBRIGAÇÕES. EXEMPLO: 
PESSOAS FALECIDAS; 
b) OS MENORES DE 18 ANOS; 
c) PESSOAS QUE GOZEM DE IMUNIDADE DIPLOMÁTICA, O QUE ABRANGE OS 
CHEFES DE ESTADO E OS REPRESENTANTES DE GOVERNOS ESTRANGEIROS, 
QUE ESTÃO EXCLUÍDOS DA JURISDIÇÃO CRIMINAL DOS PAÍSES EM QUE 
EXERCEREM SUAS FUNÇÕES; 
d) PESSOAS QUE ESTIVEREM AO ABRIGO DE IMUNIDADE PARLAMENTAR 
MATERIAL. 
6.1.4.1 IDENTIFICAÇÃO DO ACUSADO
O acusado deve ser identificado com o nome e outros qualificativos (prenome, 
estado civil, profissão, filiação, apelido, residência e idade). Assim, imagine a 
OBSERVAÇÃO
A Constituição Federal previu a possibilidade de a pessoa jurídica ser o 
sujeito passivo da infração penal nos casos de crime contra a economia 
popular, contra a ordem econômica e financeira e nas condutas lesivas ao 
meio ambiente. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 16
seguinte situação: Tício, ao ser preso, está sem nenhum documento e, após ser 
perguntado sobre seu nome ele responde: “Eu sou o famoso Napoleão 
Bonaparte!!!”. 
Poderá, desta forma, ter início a ação penal? 
A resposta é positiva, pois a impossibilidade de identificação do acusado com o 
seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, quando 
certa a identidade física. 
A qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da 
sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, 
nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes. Veja: 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu 
verdadeiro nome ou outros qualificativos não retardará a ação penal, 
quando certa a identidade física. A qualquer tempo, no curso do 
processo, do julgamento ou da execução da sentença, se for 
descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos 
autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes. 
6.1.4.2 OBRIGAÇÃO DE COMPARECIMENTO
O Código de Processo Penal, ao dispor sobre a obrigatoriedade de 
comparecimento do acusado nos atos processuais dispõe que se o acusado não 
atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato 
que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo 
à sua presença. Tal regra encontra-se presente nos seguintes termos: 
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, 
reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser 
realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. 
Diante do exposto, caro (a) aluno (a), podemos afirmar que o acusado pode ser 
conduzido coercitivamente para atender a QUALQUER ato processual? 
A resposta para esta pergunta não é pacífica, mas a doutrina majoritária tem 
diferenciado duas espécies de atos: 
• Atos de presença obrigatória: São aqueles que não se realizam sem a 
presença do acusado. Um exemplo é o caso da audiência destinada ao 
reconhecimento do acusado por testemunhas. Neste tipo de ato há a 
possibilidade de condução coercitiva. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 17
• Atos em que a presença não é obrigatória: São atos em que o não 
comparecimento do acusado não gera impossibilidade do acontecimentodo procedimento previsto. Neste caso, não deve ser designada a 
condução coercitiva. Neste sentido já se pronunciou o STJ. Observe o 
julgado: 
6.1.4.3 DIREITOS DO ACUSADO
O acusado possui diversos direitos previstos no Código de Processo Penal, na 
Constituição Federal e em outros instrumentos normativos. 
De todos eles o que mais vem aparecendo em provas é o direito do acusado ao 
silêncio e à não auto- incriminação (também chamado da garantia do nemo 
tenetur se detegere). 
Tal direito, conforme determina o CPP, deve ser informado ao acusado antes de 
ser iniciado o interrogatório judicial. Observe: 
Art. 186. Depois de devidamente qualificado e cientificado do inteiro 
teor da acusação, o acusado será informado pelo juiz, antes de iniciar o 
interrogatório, do seu direito de permanecer calado e de não responder 
perguntas que lhe forem formuladas. 
É importante ressaltar que o silêncio do acusado NÃO poderá ser interpretado 
negativamente pelo magistrado, ou seja, aquele ditado do “QUEM CALA 
CONSENTE”, no processo penal, NÃO ENCONTRA APLICABILIDADE. 
Com base no referido princípio o STF se pronunciou sobre o art. 174, IV do CPP 
que trata do fornecimento de padrão de grafia para a identificação pericial. Veja o 
dispositivo legal: 
Art. 174. No exame para o reconhecimento de escritos, por 
comparação de letra, observar-se-á o seguinte: 
[...] 
STJ, REsp 346.677/RJ, DJ 30.09.2002 
O comparecimento do réu aos atos processuais, em princípio, é um 
direito e não um dever, sem embargo da possibilidade de sua 
condução coercitiva, caso necessário, por exemplo, para audiência de 
reconhecimento. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 18
IV - quando não houver escritos para a comparação ou forem 
insuficientes os exibidos, a autoridade mandará que a pessoa 
escreva o que Ihe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em 
lugar certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que 
se consignarão as palavras que a pessoa será intimada a escrever. 
(grifei). 
Segundo o STF, sobre pena de inconstitucionalidade, o supracitado dispositivo 
deve ser interpretado no sentido de que a autoridade SOLICITARÁ e não 
MANDARÁ, pois o acusado, com base na garantia do nemo tenetur se deteger, 
não pode ser obrigado a fornecer padrões de grafia e, assim, produzir provas 
contra ele mesmo. 
Veja o elucidativo julgado: 
Para finalizar este tema, além dos direitos que acabamos de estudar, podemos 
citar: 
STF, HC 77.135/SP, DJ 06.11.1998 
Diante do princípio nemo tenetur se detegere, que informa o nosso direito de 
punir, é fora de dúvida que o dispositivo do inciso IV do art. 174 do Código de 
Processo Penal há de ser interpretado no sentido de não poder ser o indiciado 
compelido a fornecer padrões gráficos do próprio punho, para os exames 
periciais, cabendo apenas ser intimado para fazê-lo a seu alvedrio. 
É que a comparação gráfica configura ato de caráter essencialmente 
probatório, não se podendo, em face do privilégio de que desfruta o indiciado 
contra a auto-incriminação, obrigar o suposto autor do delito a fornecer prova 
capaz de levar à caracterização de sua culpa. 
Assim, pode a autoridade não só fazer requisição a arquivos ou 
estabelecimentos públicos, onde se encontrem documentos da pessoa a qual é 
atribuída a letra, ou proceder a exame no próprio lugar onde se encontrar o 
documento em questão, ou ainda, é certo, proceder à colheita de material, para 
o que intimará a pessoa, a quem se atribui ou pode ser atribuído o escrito, a 
escrever o que lhe for ditado, não lhe cabendo, entretanto, ordenar que o faça, 
sob pena de desobediência, como deixa transparecer, a um apressado exame, 
o CPP, no inciso IV do art. 174 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 19
DIREITOS DO ACUSADO BASE LEGAL 
à integridade física e moral. CF/1988, art. 5º, XLIX 
de ser processado e sentenciado pela 
autoridade competente. CF/1988, art. 5º, LIII 
ao devido processo legal. CF/1988, art. 5º, LIV 
ao contraditório e à ampla defesa. CF/1988, art. 5º, LV 
à presunção de inocência. CF/1988, art. 5º, LVII 
de não ser submetido à identificação criminal. CF/1988, art. 5º, LVIII 
de não ser preso salvo em flagrante ou por 
meio de mandado judicial. 
Art. 282 do CPP e 
CF/1988, art. 5º, LXI 
de ser informado de seus direitos quando 
preso. 
Art. 306 § 2º do CPP e 
CF/1988, art. 5º, LXIII 
de não ser preso e nem mantido na prisão, 
quando a lei admite fiança ou liberdade 
provisória. 
CF/1988, art. 5º, LXVI 
de saber quem foi o responsável por sua 
prisão. 
Arts. 288 e 291 do CPP e 
CF/1988, art. 5º, LXIV 
à assistência jurídica integral e gratuita, 
quando não possuir recursos suficientes para 
constituir advogado. 
CF/1988, art. 5º, LXXIV
à indenização por erro judiciário ou pelo 
templo que permanecer preso além da 
sentença. 
CF/1988, art. 5º, LXXV 
à duração razoável do processo. CF/1988, art. 5º, 
LXXVIII 
à entrevista prévia e reservada com seu 
advogado, antes de ser interrogado. Art. 185 § 2º CPP 
ao silêncio sem que este seja interpretado em 
seu desfavor. 
Art. 186, parágrafo 
único do CPP 
a tradutor ou intérprete quando desconhecer 
o idioma nacional ou não puder se comunicar 
em virtude de deficiência. 
Arts. 192 e 193 do CPP
à defesa técnica fundamentada, quando 
assistido por defensor dativo ou público. Art. 261 do CPP 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 20
 6.1.5 DEFENSOR 
O Defensor é o responsável pela defesa técnica em um processo penal. Trata-se de 
profissional habilitado capaz de tornar efetivo o exercício do direito de defesa. 
“Mas professor... E se o acusado quiser se defender sem advogado/defensor público, 
não pode?” 
A resposta, regra geral, é negativa, pois, nos termos da Constituição Federal, o 
advogado é indispensável à administração da justiça (CF/1988, art. 133). Tal 
obrigatoriedade também encontra base no art. 261 do CPP que dispõe: 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será 
processado ou julgado sem defensor. 
“Mas e se, em uma situação absurda, o processo penal for conduzido sem a defesa 
técnica?” 
Neste caso, a súmula 523 do STF leciona que no processo penal, a falta de defesa 
constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará se houver prova de 
prejuízo para o réu. 
Assim, explicando a súmula 523, podemos afirmar que uma defesa deficiente, como, 
por exemplo, a utilização de um advogado com o registro da OAB cassado, não 
necessariamente ocasiona a nulidade do processo. A nulidade só terá cabimento se 
ficar comprovado o prejuízo para o réu. 
Diferentemente, no caso da inexistência de defesa, a nulidade será ABSOLUTA, ou 
seja, obrigatoriamente o processo penal será anulado. 
6.1.5.1 ESPÉCIES DE DEFENSOR
 O defensor, no processo, pode ser: 
OBSERVAÇÃO 
Se o acusado possuir habilitação técnica, ele mesmo poderá 
promover sua defesa no processo penal, isto é, não se exige que 
ele tenha um defensor técnico, uma vez que ele é um técnico 
habilitado, podendo, portanto, atuar em causa própria. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 21
• Defensor constituído: é o defensor indicado pelo réu por meio de 
procuração. Cabe ressaltar que a constituição de defensor independerá de 
instrumento de mandato (procuração), se o acusado o indicar por ocasião do 
interrogatório. 
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento de 
mandato, seo acusado o indicar por ocasião do interrogatório. 
• Defensor dativo: é aquele nomeado ao réu quando ele não possuir defensor 
constituído. O réu poderá substituí-lo a qualquer tempo. 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo 
juiz, ressalvado o seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua 
confiança, ou a si mesmo defender-se, caso tenha habilitação. 
A nomeação para defender o réu não pode ser recusada pelo defensor dativo, 
salvo em casos excepcionais, tais como os definidos no art. 15 da Lei nº 
1.050/1950: 
a) ESTAR IMPEDIDO DE EXERCER A ADVOCACIA; 
b) SER PROCURADOR CONSTITUÍDO PELA PARTE CONTRÁRIA OU TER 
COM ELA RELAÇÕES PROFISSIONAIS DE INTERESSE ATUAL; 
c) TER NECESSIDADE DE SE AUSENTAR DA SEDE DO JUÍZO PARA 
ATENDER A OUTRO MANDATO ANTERIORMENTE OUTORGADO OU PARA 
DEFENDER INTERESSES PRÓPRIOS INADIÁVEIS; 
d) JÁ HAVER MANIFESTADO, POR ESCRITO, OPINIÃO CONTRÁRIA AO 
DIREITO QUE O NECESSITADO PRETENDE PLEITEAR; 
e) HAVER DADO À PARTE CONTRÁRIA PARECER ESCRITO SOBRE A 
CONTENDA. 
Erroneamente, muitos pensam que a nomeação de um defensor pelo juiz está 
relacionada com a falta de condições financeiras do acusado. Isto está correto 
no processo civil, mas não no penal. 
No processo penal, a nomeação de um defensor dativo não está atrelada a 
demonstração da falta de condições financeiras para constituir um advogado. 
Basta que o réu permaneça inerte, ou seja, não constitua um defensor, para 
que o juiz nomeie um dativo. 
Ocorre, todavia que se o acusado que não for pobre será obrigado a pagar os 
honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. Veja o texto legal: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 22
Art. 263. [...] 
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar 
os honorários do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
Por fim, cabe ressaltar que o defensor não poderá abandonar o processo 
senão por motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de 
multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais 
sanções cabíveis. 
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por 
motivo imperioso, comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 
10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos, sem prejuízo das demais 
sanções cabíveis. 
6.1.5.2 NÃO COMPARECIMENTO DO DEFENSOR
Imagine a seguinte situação: Tício é nomeado para ser defensor dativo em um 
processo e, no dia da audiência, bate de carro e, devido ao acidente, percebe 
que não chegará para a audiência. 
Neste caso, estará o defensor sujeito a penalização pelo não 
comparecimento? E o réu, poderá ser prejudicado? 
É claro que a resposta só pode ser negativa e, neste caso, como se trata de 
motivo JUSTIFICADO, a audiência poderá ser adiada. 
Observação: Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da 
audiência. Não o fazendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do 
processo, devendo nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou 
só para o efeito do ato. 
6.1.5.3 CURADOR AO RÉU MENOR DE 21 ANOS 
Prevê o art. 262 do Código de Processo Penal que: 
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador. 
Essa regra presente no supracitado artigo encontra-se prejudicada por duas 
razões: em primeiro lugar, o advento do Código Civil de 2002, que equiparou a 
maioridade penal à civil em 18 anos e, em segundo lugar, devido à revogação 
expressa do art. 194 que continha regra idêntica. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 23
Observe interessante julgado que elucida a questão: 
 
6.1.6 ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO
O chamado Assistente de Acusação nada mais é do que o ofendido, parte acessória 
do processo, figurando ao lado do Ministério Público e em seu auxílio. 
Trata-se de figura absolutamente simétrica ao querelante (ofendido na ação penal 
privada). A diferença reside no fato de que o primeiro apenas existe na ação penal 
pública, atuando como interveniente e não autor. Diferentemente, o querelante, é 
parte da relação processual da ação penal privada. 
Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério 
Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, o cônjuge, ascendente, 
descendente ou irmãos. 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, 
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas no Art. 31. 
O corréu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do Ministério 
Público, afinal não tem cabimento o corréu pretender a condenação de quem agiu 
juntamente com ele para a prática da infração penal. O mesmo vale para a situação 
em que os corréus ocupam as posições de autores e vítimas da infração penal, como 
ocorre nas lesões recíprocas. 
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como 
assistente do Ministério Público. 
TJ/MG, Acórdão Nº 2.0000.00.492478-1/000, DJ 19.08.05 
A exigência de curador ao réu menor de 21 e maior de 18 anos objetivava 
evitar cerceamento de seus direitos, proporcionando efetiva fiscalização 
dos atos investigatórios e garantia da ampla defesa, já que a função do 
curador era proteger e orientar o menor de 21 anos, suprindo, com sua 
presença, a falta de capacidade do curatelado. 
Com a modificação introduzida pelo novo Código Civil, a menoridade 
limitou-se aos 18 anos, a partir de quando a pessoa pode exercer todos os 
atos da vida civil, desaparecendo, assim, a necessidade dessa nomeação 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 24
6.1.6.1 ADMISSÃO DO ASSISTENTE
O assistente poderá ser admitido a qualquer tempo, desde que após o 
recebimento da denúncia e antes da sentença judicial transitada em julgado. 
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a 
sentença e receberá a causa no estado em que se achar. 
Para que seja admitido deverão ser cumpridos os seguintes requisitos: 
a) O REQUERENTE, REPRESENTADO POR ADVOGADO, DEVERÁ SOLICITAR 
AO JUIZ QUE O DECLARE HABILITADO PARA A FUNÇÃO DE ASSISTENTE; 
b) O MAGISTRADO DEVERÁ OUVIR O MINISTÉRIO PÚBLICO E VERIFICAR SE 
O REQUERENTE SE ENQUADRA DENTRE OS LEGITIMADOS DO ART. 268; 
c) CASO HAJA O ENQUADRAMENTO E A DENÚNCIA JÁ TENHA SIDO 
OFERECIDA, NÃO PODERÁ O JUIZ INDEFERIR A HABILITAÇÃO, SOB PENA 
DE ESTAR FERINDO DIREITO LÍQUIDO E CERTO; 
d) DO INDEFERIMENTO NÃO CABE RECURSO, SENDO POSSÍVEL A 
IMPETRAÇÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA. 
6.1.6.2 FACULDADES DO ASSISTENTE
O art. 271 do Código de Processo Penal enumera diversos atos que podem 
ser exercidos pelo assistente. São eles: 
a) PROPOR MEIOS DE PROVA; 
b) REPERGUNTAR ÀS TESTEMUNHAS; 
c) ADITAR AS ALEGAÇÕES FINAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO; 
d) PARTICIPAR DOS DEBATES ORAIS; 
e) ARRAZOAR OS RECURSOS INTERPOSTOS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, 
OU DELE PRÓPRIO, CONTRA DECISÃO DE IMPRONÚNCIA, DE EXTINÇÃO DE 
PUNIBILIDADE OU SENTENÇA ABSOLUTÓRIA (ARTS. 584, § 1O, E 598). 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 25
6.1.6.3 INÉRCIA DO ASSISTENTE
No caso de inércia, o processo prosseguirá independentemente de nova intimação 
do assistente, quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos 
da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior devidamente 
comprovado. Observe: 
Art. 271. 
[...] 
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do 
assistente, quando este, intimado, deixar de comparecera qualquer dos 
atos da instrução ou do julgamento, sem motivo de força maior 
devidamente comprovado. 
6.1.6.4 LEGITIMIDADE RECURSAL DO ASSISTENTE
O art. 577 do Código de Processo Penal, ao tratar dos legitimados recursais 
dispõe que: 
Art. 577. O recurso poderá ser interposto pelo Ministério Público, ou 
pelo querelante, ou pelo réu, seu procurador ou seu defensor. 
Parágrafo único. Não se admitirá, entretanto, recurso da parte que não 
tiver interesse na reforma ou modificação da decisão. 
Observe que não há a figura do assistente de acusação. Pergunto: Como 
compatibilizar este dispositivo legal com o art. 271 que menciona que é lícito ao 
assistente arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público ou por ele 
próprio? 
OBSERVAÇÃO 
STJ, REsp 604.379/SP, DJ 06.03.2006 
O rol do art. 271 é taxativo, de forma que o assistente da acusação exerce 
os poderes estritamente dentro dos limites conferidos por este dispositivo 
legal. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 26
Bom, na realidade o assistente não aparece no art. 577 como legitimado recursal 
devido ao fato de esse artigo incorporar a relação dos sujeitos processuais 
genéricos, ou seja, aqueles que podem ingressar com qualquer recurso dentre os 
previstos em lei. 
Não é, entretanto, o que acontece com o assistente, pois este só pode ingressar 
com determinados recursos e, ainda assim, condicionando-se a que não tenha o 
Ministério Público recorrido. 
Cabe ressaltar que, para recorrer, nas situações autorizadas por lei, o assistente 
não necessita de prévia habilitação, sendo o único ato que pode ele praticar 
habilitado previamente pelo juízo ou não. 
Observe interessante e recente julgado (10 de junho de 2010) que consolida e 
elucida a legitimidade recursal do assistente de acusação: 
Assistente de Acusação e Legitimidade para Recorrer 
INFORMATIVO Nº 590 DO STF 
HC 102085/RS, rel. Min. Cármen Lúcia, 10.6.2010.
O Tribunal, por maioria, indeferiu habeas corpus, afetado ao Pleno pela 1ª 
Turma, impetrado contra decisão do STJ que provera, em parte, o recurso 
especial interposto pelo assistente de acusação, determinando o prosseguimento 
do exame de sua apelação, superado o óbice quanto a sua ilegitimidade recursal. 
Na espécie, o assistente de acusação interpusera apelação contra a sentença 
que absolvera a paciente do delito de estelionato, cujo acórdão, que não 
conhecera do apelo em razão de o Ministério Público ter deixado transcorrer in 
albis o prazo recursal, ensejara a interposição do recurso especial — v. 
Informativo 585. 
Não se vislumbrou, no caso, ilegalidade ou abuso de poder no julgado do 
STJ, mas sim se reputou acatada a jurisprudência consolidada inclusive no 
Supremo no sentido de que o assistente da acusação tem legitimidade 
recursal supletiva, mesmo após o advento da CF/88. 
Mencionou-se, também, o Enunciado da Súmula 210 (“O assistente do Ministério 
Público pode recorrer, inclusive extraordinariamente, na ação penal, nos casos 
dos arts. 584, § 1º, e 589, do Código de Processo Penal”), o qual não teria sofrido 
qualquer restrição ou deixado de ser recepcionado pela nova ordem 
constitucional. 
Afirmou-se que, apesar de a Constituição Federal, em seu art. 129, I, atribuir ao 
Ministério Público a competência para promover, privativamente, a ação penal 
pública, na forma da lei, ela teria abrandado essa regra, ao admitir, no seu art. 5º, 
LIX, a ação penal privada subsidiária da pública nos casos de inércia do parquet. 
Assim, o art. 5º, LIX, da CF daria o fundamento para legitimar a atuação supletiva 
do assistente de acusação nas hipóteses em que o Ministério Público deixasse 
de recorrer. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 27
 6.1.7 AUXILIARES DA JUSTIÇA
São os responsáveis pela realização de tarefas técnicas e científicas que auxiliam no 
desempenho da atividade jurisdicional. Exemplos: analistas, escreventes, peritos, 
oficiais de justiça, intérpretes etc. 
Vamos analisar os auxiliares que importam para sua PROVA: 
6.1.7.1 PERITO
Em sentido amplo, são pessoas físicas entendidas e experimentadas em 
determinados assuntos e que, designadas pela justiça, recebem a incumbência de 
ver e referir fatos de natureza permanente, cujo esclarecimento é de interesse no 
processo. 
Perito criminal: é o policial a serviço da justiça, especializado em encontrar ou 
proporcionar a chamada prova técnica ou prova pericial, mediante a análise 
científica de vestígios produzidos e deixados na prática de delitos. As atividades 
periciais são classificadas como de grande complexidade, em razão da 
responsabilidade e formação especializada revestidas no cargo. 
Será multado o perito que: 
A) NÃO ACEITAR O ENCARGO, SALVO MOTIVO JUSTIFICÁVEL; 
B) NÃO ATENDER À INTIMAÇÃO DA AUTORIDADE; 
C) NÃO COMPARECER NO DIA E LOCAL DESIGNADOS PARA O EXAME, SOB 
PENA DE SER CONDUZIDO COERCITIVAMENTE; 
D) NÃO APRESENTAR O LAUDO OU CONCORRER PARA QUE A PERÍCIA NÃO 
SEJA REALIZADA. 
Causas de suspeição: estendem-se aos peritos as causas de suspeição 
aplicáveis aos juízes. Pela importância, novamente reproduzo. MUITA 
ATENÇÃO!!! 
IMPEDIMENTO: 
a) TIVER FUNCIONADO SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU 
AFIM, EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, 
COMO DEFENSOR OU ADVOGADO, ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, 
AUTORIDADE POLICIAL, AUXILIAR DA JUSTIÇA OU PERITO; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 28
b) ELE PRÓPRIO HOUVER DESEMPENHADO QUALQUER DESSAS FUNÇÕES 
OU SERVIDO COMO TESTEMUNHA; 
c) TIVER FUNCIONADO COMO PROMOTOR DE OUTRA INSTÂNCIA, 
PRONUNCIANDO-SE, DE FATO OU DE DIREITO, SOBRE A QUESTÃO; 
d) ELE PRÓPRIO OU SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU 
AFIM, EM LINHA RETA OU COLATERAL ATÉ O TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, 
FOR PARTE OU DIRETAMENTE INTERESSADO NO FEITO. 
SUSPEIÇÃO: 
a) SE FOR AMIGO ÍNTIMO OU INIMIGO CAPITAL DE QUALQUER DELES; 
b) SE ELE, SEU CÔNJUGE, ASCENDENTE OU DESCENDENTE ESTIVEREM 
RESPONDENDO A PROCESSO POR FATO ANÁLOGO, SOBRE CUJO CARÁTER 
CRIMINOSO HAJA CONTROVÉRSIA; 
c) SE ELE, SEU CÔNJUGE OU PARENTE, CONSANGUÍNEO OU AFIM, ATÉ O 
TERCEIRO GRAU, INCLUSIVE, SUSTENTAREM DEMANDA OU RESPONDEREM 
A PROCESSO QUE TENHA DE SER JULGADO POR QUALQUER DAS PARTES; 
d) SE TIVER ACONSELHADO QUALQUER DAS PARTES; 
e) SE FOR CREDOR OU DEVEDOR, TUTOR OU CURADOR DE QUALQUER 
DAS PARTES; 
f) SE FOR SÓCIO, ACIONISTA OU ADMINISTRADOR DE SOCIEDADE 
INTERESSADA NO PROCESSO. 
Além destas causas, estão impedidos de exercer a função de perito: 
a) Os que estiverem cumprindo pena restritiva de direito; 
b) Os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente 
sobre o objeto da perícia; 
c) Os analfabetos e menores de 21 anos de anos. 
Obs.: a proibição da escolha de perito menor de 21 anos visa evitar que eventual 
ausência de amadurecimento do jovem possa contaminar a busca da verdade real 
(STJ, REsp 259.725/SP, DJ 18.02.2008). 
6.1.7.1 INTÉRPRETE
É a pessoa conhecedora de determinados idiomas 
estrangeiros ou linguagens específicas, que serve de 
intermediário entre a pessoa a ser ouvida, o Magistrado e as 
partes. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 29
Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos 
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
É isso ai pessoal. Mais um passo dado rumo a tão sonhada aprovação. 
Agora é hora de consolidar os conceitoscom os exercícios e seguir em frente com 
força total. 
Abraços e bons estudos, 
Pedro Ivo 
"Não são os grandes planos que dão certo; 
 são os pequenos detalhes." 
 Stephen Kanit 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 30
R REESSUUMMO O DDOOS S PPRRIINNCCIIPPAAIIS S PPOONNTTOOS S AAPPRREESSEENNTTAADDOOSS
SUJEITOS PROCESSUAIS 
1. Conceito: a relação jurídica processual abrange várias pessoas. 
Estas recebem a denominação de sujeitos processuais e podem ser 
classificados como: 
a) Principais (ou essenciais): são aqueles cuja existência é 
fundamental para que se tenha uma relação jurídica processual 
regularmente instaurada. 
b) Secundários (ou acessórios): são aqueles que, apesar de não 
serem imprescindíveis, poderão intervir no processo a título eventual. 
2. JUIZ: tem como finalidade principal substituir a vontade das partes 
e aplicar o direito material ao caso concreto. 
3. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a 
ordem no curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a 
força pública (art. 251). 
4. Características: para poder exercer a jurisdição, deve possuir as 
seguintes características: 
a) Capacidade funcional; 
b) Capacidade processual; 
c) Imparcialidade. 
RESUMO, EM PARTE, RETIRADO DO LIVRO DE MINHA AUTORIA: 
DIREITO PROCESSUAL PENAL – RESUMO DOS PRINCIPAIS TÓPICOS 
PARA CONCURSOS PÚBLICOS 
www.editorametodo.com.br
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 31
5. Prerrogativas do juiz: são garantias conferidas aos juízes a fim de 
garantir o desempenho da atividade jurisdicional da maneira mais isenta 
possível. São elas: 
a) Vitaliciedade; 
b) Inamovibilidade; 
c) Irredutibilidade de subsídio. 
6. Vedações aos magistrados: 
a) Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo 
uma de magistério; 
b) Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em 
processo; 
c) Dedicar-se à atividade político-partidária; 
d) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei; 
e) Exercer a advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastou, antes 
de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. 
7. Impedimentos: As causas de impedimento, também consideradas 
como ensejadoras da incapacidade objetiva do juiz, definem que o 
magistrado não poderá exercer jurisdição no processo em que (art. 252): 
a) Tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor 
ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar 
da justiça ou perito; 
b) Ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou 
servido como testemunha; 
c) Tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de 
fato ou de direito, sobre a questão; 
d) Ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em 
linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou 
diretamente interessado no feito. 
8. As hipóteses de impedimento previstas no CPP constituem rol 
taxativo (STF, HC 97.293/SP, DJ 26.06.2009, Informativo 551). 
9. Suspeição: O juiz dar-se-á por suspeito e, se não o fizer, poderá 
ser recusado por qualquer das partes (art. 254): 
a) Se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 32
b) Se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente estiverem 
respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter 
criminoso haja controvérsia; 
c) Se ele, seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, até o 
terceiro grau, inclusive, sustentarem demanda ou responderem a 
processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes; 
d) Se tiver aconselhado qualquer das partes; 
e) Se for credor ou devedor, tutor ou curador de qualquer das partes; 
f) Se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada 
no processo. 
10. MINISTÉRIO PÚBLICO: é instituição permanente, essencial à 
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem 
jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais (CF/1988, art. 
127). 
11. Prerrogativas dos membros do Ministério Público: são as 
mesmas atribuídas ao magistrado, ou seja, vitaliciedade, inamovibilidade 
e irredutibilidade de subsídio. 
12. Vedações aos membros do Ministério Público: 
a) Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, 
percentagens ou custas processuais; 
b) Exercer a advocacia; 
c) Participar de sociedade comercial, na forma da lei; 
d) Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função 
pública, salvo uma de magistério; 
e) Exercer atividade político-partidária; 
f) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de 
pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as 
exceções previstas em lei; 
g) Exercer a advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastou, antes 
de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou 
exoneração. 
13. Princípios que informam o Ministério Público: 
a) Unidade; 
b) Indivisibilidade; 
c) Independência funcional; 
14. Impedimento e suspeição do representante do Ministério 
Público: os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 33
em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, 
inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, as prescrições 
relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes (art. 258). 
15. Promotor ad hoc: trata-se de um bacharel em direito, não 
concursado, nomeado como promotor pelo juiz. Na atualidade, é 
absolutamente vedada a atuação de acusador ad hoc (CF/1988, art. 129, 
§ 2º). 
16. ACUSADO: é o sujeito que ocupa o polo passivo da relação jurídica. 
17. Identificação do acusado: a impossibilidade de identificação do 
acusado com o seu verdadeiro nome ou outros qualificativos não 
retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A qualquer 
tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da 
sentença, se for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por 
termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes (art. 
259). 
18. Obrigação de comparecimento: se o acusado não atender à 
intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato 
que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar 
conduzi-lo à sua presença (art. 260). 
19. DEFENSOR: é o responsável pela defesa técnica. Trata-se de 
profissional habilitado capaz de tornar efetivo o exercício do direito de 
defesa. 
20. No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas 
a sua deficiência só anulará se houver prova de prejuízo para o réu 
(STF, Súmula 523). 
21. Defensor constituído: é o defensor indicado pelo réu por meio de 
procuração. 
22. Defensor dativo: é aquele nomeado ao réu quando ele não possuir 
defensor constituído. O réu poderá substituí-lo a qualquer tempo. 
23. No processo penal, a nomeação de um defensor dativo não está 
atrelada a demonstração da falta de condições financeiras para constituir 
um advogado. Basta que o réu permaneça inerte, ou seja, não constitua 
um defensor, para que o juiz nomeie um dativo.24. O acusado que não for pobre será obrigado a pagar os honorários 
do defensor dativo, arbitrados pelo juiz (art. 263, parágrafo único). 
25. ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO: é o ofendido, parte acessória do 
processo, figurando ao lado do Ministério Público e em seu auxílio. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 34
26. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como 
assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, 
ou, na falta, o cônjuge, ascendente, descendente ou irmãos (art. 268). 
27. Admissão do assistente: o assistente poderá ser admitido a 
qualquer tempo, desde que após o recebimento da denúncia e antes da 
sentença judicial transitada em julgado (art. 269). 
28. Faculdades (art. 271): o assistente pode: 
a) Propor meios de prova; 
b) Reperguntar às testemunhas; 
c) Aditar as alegações finais do Ministério Público; 
d) Participar dos debates orais; 
e) Arrazoar os recursos interpostos pelo Ministério Público, ou dele 
próprio, contra decisão de impronúncia, de extinção de punibilidade ou 
sentença absolutória (arts. 584, § 1º, e 598). 
Obs.: o rol do art. 271 é taxativo, de forma que o assistente da 
acusação exerce os poderes estritamente dentro dos limites conferidos 
por este dispositivo legal (STJ, REsp 604.379/SP, DJ 06.03.2006). 
29. AUXILIARES DA JUSTIÇA: são os responsáveis pela realização de 
tarefas técnicas e científicas que auxiliam no desempenho da atividade 
jurisdicional. Exemplos: analistas, escreventes, peritos, oficiais de justiça, 
intérpretes etc. 
30. Perito: em sentido amplo, são pessoas físicas entendidas e 
experimentadas em determinados assuntos e que, designadas pela 
justiça, recebem a incumbência de ver e referir fatos de natureza 
permanente, cujo esclarecimento é de interesse no processo. 
31. Intérprete: é a pessoa conhecedora de determinados idiomas 
estrangeiros ou linguagens específicas, que serve de intermediário entre 
a pessoa a ser ouvida, o Magistrado e as partes. 
32. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos 
(art. 281). 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 35
P PRRIINNCCIIPPAAIIS S AARRT TIIGGOOS S TTRRAATTAADDOOS S NNA A AAUULLAA
DO JUIZ, DO MINISTÉRIO PÚBLICO, DO ACUSADO E DEFENSOR, 
DOS ASSISTENTES E AUXILIARES DA JUSTIÇA 
CAPÍTULO I 
DO JUIZ 
Art. 251. Ao juiz incumbirá prover à regularidade do processo e manter a ordem no 
curso dos respectivos atos, podendo, para tal fim, requisitar a força pública. 
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que: 
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério 
Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou perito; 
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como 
testemunha; 
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, 
sobre a questão; 
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou 
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito. 
Art. 253. Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os juízes que 
forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou colateral até o 
terceiro grau, inclusive. 
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por 
qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por 
qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
Art. 255. O impedimento ou suspeição decorrente de parentesco por afinidade cessará 
pela dissolução do casamento que Ihe tiver dado causa, salvo sobrevindo 
descendentes; mas, ainda que dissolvido o casamento sem descendentes, não 
funcionará como juiz o sogro, o padrasto, o cunhado, o genro ou enteado de quem for 
parte no processo. 
Art. 256. A suspeição não poderá ser declarada nem reconhecida, quando a parte 
injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 36
CAPÍTULO II 
DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma estabelecida neste Código; 
e 
II - fiscalizar a execução da lei. 
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz 
ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha 
reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem, no que Ihes for 
aplicável, as prescrições relativas à suspeição e aos impedimentos dos juízes. 
CAPÍTULO III 
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR 
Art. 259. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou 
outros qualificativos não retardará a ação penal, quando certa a identidade física. A 
qualquer tempo, no curso do processo, do julgamento ou da execução da sentença, se 
for descoberta a sua qualificação, far-se-á a retificação, por termo, nos autos, sem 
prejuízo da validade dos atos precedentes. 
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento 
ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá 
mandar conduzi-lo à sua presença. 
Parágrafo único. O mandado conterá, além da ordem de condução, os requisitos 
mencionados no art. 352, no que Ihe for aplicável. 
Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado 
sem defensor. 
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, 
será sempre exercida através de manifestação fundamentada. 
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador. 
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o 
seu direito de, a todo tempo, nomear outro de sua confiança, ou a si mesmo defender-
se, caso tenha habilitação. 
Parágrafo único. O acusado, que não for pobre, será obrigado a pagar os honorários 
do defensor dativo, arbitrados pelo juiz. 
Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados e solicitadores serão obrigados, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar seu patrocínio aos acusados, 
quando nomeados pelo Juiz. 
Art. 265. O defensor não poderá abandonar o processo senão por motivo imperioso, 
comunicado previamente o juiz, sob pena de multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários 
mínimos, sem prejuízo das demais sanções cabíveis. 
§ 1o A audiência poderá ser adiada se, por motivo justificado, o defensor não puder 
comparecer. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 37
§ 2o Incumbe ao defensor provar o impedimento até a abertura da audiência. Não o 
fazendo, o juiz não determinará o adiamento de ato algum do processo, devendo 
nomear defensor substituto, ainda que provisoriamente ou só para o efeito do ato. (.
Art. 266. A constituição de defensor independerá de instrumento demandato, se o 
acusado o indicar por ocasião do interrogatório. 
Art. 267. Nos termos do art. 252, não funcionarão como defensores os parentes do juiz. 
CAPÍTULO IV 
DOS ASSISTENTES 
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do 
Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal, ou, na falta, qualquer das 
pessoas mencionadas no Art. 31. 
Art. 269. O assistente será admitido enquanto não passar em julgado a sentença e 
receberá a causa no estado em que se achar. 
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não poderá intervir como assistente do 
Ministério Público. 
Art. 271. Ao assistente será permitido propor meios de prova, requerer perguntas às 
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, participar do debate oral e arrazoar os 
recursos interpostos pelo Ministério Público, ou por ele próprio, nos casos dos arts. 584, 
§ 1o, e 598. 
§ 1o O juiz, ouvido o Ministério Público, decidirá acerca da realização das provas 
propostas pelo assistente. 
§ 2o O processo prosseguirá independentemente de nova intimação do assistente, 
quando este, intimado, deixar de comparecer a qualquer dos atos da instrução ou do 
julgamento, sem motivo de força maior devidamente comprovado. 
Art. 272. O Ministério Público será ouvido previamente sobre a admissão do assistente. 
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, 
entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão. 
CAPÍTULO V 
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA 
Art. 274. As prescrições sobre suspeição dos juízes estendem-se aos serventuários e 
funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável. 
CAPÍTULO VI 
DOS PERITOS E INTÉRPRETES 
Art. 275. O perito, ainda quando não oficial, estará sujeito à disciplina judiciária. 
Art. 276. As partes não intervirão na nomeação do perito. 
Art. 277. O perito nomeado pela autoridade será obrigado a aceitar o encargo, sob 
pena de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo escusa atendível. 
Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa o perito que, sem justa causa, provada 
imediatamente: 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 38
a) deixar de acudir à intimação ou ao chamado da autoridade; 
b) não comparecer no dia e local designados para o exame; 
c) não der o laudo, ou concorrer para que a perícia não seja feita, nos prazos 
estabelecidos. 
Art. 278. No caso de não-comparecimento do perito, sem justa causa, a autoridade 
poderá determinar a sua condução. 
Art. 279. Não poderão ser peritos: 
I - os que estiverem sujeitos à interdição de direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69 
do Código Penal; 
II - os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o 
objeto da perícia; 
III - os analfabetos e os menores de 21 anos. 
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for aplicável, o disposto sobre suspeição 
dos juízes. 
Art. 281. Os intérpretes são, para todos os efeitos, equiparados aos peritos. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 39
E EXXEERRC CÍÍCCIIOOS S 
1. (FCC / Procurador - TCE-AP / 2010) No que concerne aos sujeitos processuais, 
é correto afirmar que 
a) é suspeito o juiz que for amigo íntimo ou inimigo capital do defensor do acusado. 
b) é cabível recurso em sentido estrito da decisão que não admite o assistente do 
Ministério Público. 
c) ocorre suspeição do juiz, se este for administrador de sociedade interessada no 
processo. 
d) poderá ser perito no processo aquele que tiver opinado anteriormente sobre o objeto 
da perícia, desde que tal ressalva conste do preâmbulo do laudo. 
e) N.R.A. 
GABARITO: C 
COMENTÁRIOS: Analisando as alternativas: 
Alternativa "A" - Incorreta - Nos termos do art. 254, I, do CPP, o juiz dar-se-á por 
suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes se for amigo 
íntimo ou inimigo capital de qualquer deles. O erro da questão consiste em incluir o 
defensor do acusado. 
Alternativa "B" - Incorreta - Segundo o art. 273, do CPP, do despacho que admitir, 
ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o 
pedido e a decisão. 
Alternativa "C" - Correta - Está em conformidade com o art. 254, VI, do CPP. 
Alternativa "D" - Incorreta - Segundo o art. 279, II, do CPP, não poderão ser peritos 
os que tiverem prestado depoimento no processo ou opinado anteriormente sobre o 
objeto da perícia; 
2. (FCC / Analista Judiciário - TRF 4ª Região / 2010) O Juiz dar-se-á por 
suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes 
a) se tiver funcionado no processo seu parente, consanguíneo ou afim, em linha reta 
ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como autoridade policial. 
b) quando seu cônjuge for diretamente interessado no feito. 
c) se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
d) quando estiver funcionado no processo como juiz de outra instância, pronunciando-
se, de fato ou de direito, sobre a questão. 
e) se ele próprio houver servido como testemunha no processo. 
GABARITO: C 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 40
COMENTÁRIOS: Nessa questão o candidato precisa ter cuidado para não confundir 
impedimento com suspeição. Nos termos do art. 254, do CPP, o Juiz dar-se-á por 
suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes: 
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles; 
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo 
por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia; 
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, 
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por 
qualquer das partes; 
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes; 
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes; 
VI - SE FOR SÓCIO, ACIONISTA OU ADMINISTRADOR DE SOCIEDADE 
INTERESSADA NO PROCESSO. 
3. (FCC / Analista Judiciário - TRF 2ª Região / 2008) A suspeição do juiz não 
poderá ser declarada nem reconhecida, quando 
a) o juiz for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo. 
b) o juiz for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes. 
c) o juiz tiver aconselhado qualquer das partes 
d) a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-la. 
e) ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por 
fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. 
GABARITO: D 
COMENTÁRIOS: Conforme o art. 256, do CPP, a suspeição NÃO poderá ser declarada 
nem reconhecida, quando a parte injuriar o juiz ou de propósito der motivo para criá-
la. 
4. (FCC / Analista Judiciário - TRE-PB / 2007) O juiz não poderá exercer 
jurisdição no processo 
a) se seu ascendente ou descendente estiver respondendo a processo por fato análogo, 
sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia. 
b) em que seu parente consangüíneo em linha reta de quarto grau for parte ou 
diretamente interessado no feito. 
c) em que for amigo íntimo, bem como credor ou devedor de qualquer das partes. 
d) se seu cônjuge estiver respondendo a processo por fato análogo, sobre cujo caráter 
criminoso haja controvérsia. 
 
 
 
 
 
 
CURSO ON-LINE – DIREITO PROCESSUAL PENAL 
TEORIA E EXERCÍCIOS 
PROFESSOR PEDRO IVO 
www.pontodosconcursos.com.br 41
e) em que tiver funcionado parente afim em linha colateral de terceiro grau como órgão

Outros materiais