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Apostila - Introdução à Engenharia

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CURRÍCULO DO AUTOR 
Emerson Rodrigo Alves Tavares 
 
 
Mestre em Computação. Especialista em Engenharia de Segurança do trabalho. 
Bacharel em Ciência da Computação. Bacharel em Engenharia de Computação. 
Técnico em Eletroeletrônica. Possui diversos cursos nas áreas de liderança, 
aperfeiçoamento profissional para gestão do ensino, aperfeiçoamento docente, 
aplicação de novas tecnologias no ensino, metodologia de pesquisa e outros cursos 
específicos da área técnica de formação. 
 
Possui 12 anos de experiência em direção e administração de faculdades, atuando 
como coordenador de cursos de graduação e 15 anos de experiência como professor 
em cursos superiores. Responsável pelo projeto e gestão de vários cursos de extensão 
e eventos. Autor de diversos trabalhos publicados em congressos de alcance nacional. 
Perito Ad hoc à disposição do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. 
Especialista do Conselho Estadual de Educação de Minas Gerais - CEE/MG, para fins 
de avaliação de cursos de graduação de 11/2004 a 12/2008. Membro da Association for 
Computing Machinery - ACM desde 11/2004. Membro do Comitê de Pesquisa da 
PROPE/UNIPAC desde 03/2005. Coordenador do núcleo de Ensino à Distância – EAD 
da Universidade Presidente Antônio Carlos em Barbacena de 07/2014 a 07/2015. 
Revisor do BNI/INEP para editoração dos exames aplicados pelo Ministério da 
Educação – MEC. Na UNIPAC Lafaiete é coordenador dos cursos de Engenharia de 
Controle e Automação e Engenharia Elétrica 
 
 
 
3 
 
EMENTA 
 
 
 
 
A formação do engenheiro e o exercício da profissão; História da engenharia; 
Regulamentação profissional; Ética profissional e o trabalho em equipe; Criatividade no 
exercício da profissão; A importância da comunicação na engenharia; Construção e 
gerenciamento de projetos aplicados à Engenharia; A engenharia e o meio ambiente. 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
CURRÍCULO DO AUTOR ............................................................................................. 2 
EMENTA ....................................................................................................................... 3 
UNIDADE 1 .................................................................................................................. 8 
UNIPAC: ESCOLA DE ENGENHARIA ......................................................................... 8 
1.1 A UNIPAC ........................................................................................................... 9 
1.1.1 Missão da UNIPAC .................................................................................... 10 
1.1.2 Visão da UNIPAC ....................................................................................... 10 
1.2 A Engenharia .................................................................................................... 10 
1.2.1 Ramos de Engenharia ................................................................................ 10 
1.2.2 Porque estudar Engenharia ........................................................................ 11 
1.3 Estrutura dos curso de Engenharia da UNIPAC ................................................ 11 
Questões para discussão ........................................................................................ 13 
Resumo .................................................................................................................. 14 
UNIDADE 2 ................................................................................................................ 15 
UM POUCO DE HISTÓRIA ........................................................................................ 15 
2.1 História da Engenharia ...................................................................................... 16 
2.2 Marcos históricos importantes ........................................................................... 17 
2.3 As primeiras escolas de Engenharia ................................................................. 23 
2.4 A Engenharia no Brasil ..................................................................................... 24 
Questões para discussão ........................................................................................ 25 
Resumo .................................................................................................................. 26 
UNIDADE 3 ................................................................................................................ 27 
O PROFISSIONAL ENGENHEIRO ............................................................................ 27 
3.1 A Engenharia e a sociedade ............................................................................. 28 
3.2 O Engenheiro e a sociedade ............................................................................. 31 
3.3 O mercado de trabalho ..................................................................................... 32 
3.5 Regulamentação profissional ............................................................................ 37 
3.5.1 CONFEA .................................................................................................... 38 
3.5.2 CREA ......................................................................................................... 38 
 
 
5 
 
Questões para discussão ........................................................................................ 39 
Resumo .................................................................................................................. 40 
UNIDADE 4 ................................................................................................................ 42 
ÉTICA PROFISSIONAL E TRABALHO EM EQUIPE .................................................. 42 
4.1 A ética profissional ............................................................................................ 43 
4.2 O trabalho em equipe ........................................................................................ 47 
Questões para discussão ........................................................................................ 48 
Resumo .................................................................................................................. 49 
UNIDADE 5 ................................................................................................................ 47 
CRIATIVIDADE ........................................................................................................... 47 
5.1 A arte da Engenharia ........................................................................................ 51 
5.2 O Engenheiro criativo ........................................................................................ 54 
5.3 Ser reativo ou proativo? .................................................................................... 56 
5.4 Ser crítico ou perceptivo?.................................................................................. 57 
Questões para discussão ........................................................................................ 58 
Resumo .................................................................................................................. 59 
UNIDADE 6 ................................................................................................................ 60 
COMUNICAÇÃO ........................................................................................................ 60 
6.1 Tipos de comunicação ...................................................................................... 62 
6.2 Linguagem Técnica ........................................................................................... 64 
6.3 O desenho na comunicação .............................................................................. 65 
6.4 Estrutura básica de um relatório ........................................................................66 
Questões para discussão ........................................................................................ 67 
Resumo .................................................................................................................. 68 
UNIDADE 7 ................................................................................................................ 69 
CONSTRUÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROJETOS ............................................. 69 
7.1 Fases de um projeto ......................................................................................... 70 
7.2 Gerenciamento de projetos ............................................................................... 71 
7.3 PDCA ................................................................................................................ 73 
7.4 5W2H ................................................................................................................ 74 
Questões para discussão ........................................................................................ 75 
 
 
6 
 
Resumo .................................................................................................................. 76 
UNIDADE 8 ................................................................................................................ 77 
MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ..................................... 77 
8.1 O meio ambiente ............................................................................................... 78 
8.2 Impactos ambientais ......................................................................................... 79 
8.3 Desenvolvimento sustentável ............................................................................ 82 
8.4 Responsabilidade socioambiental ..................................................................... 83 
Questões para discussão ........................................................................................ 89 
Resumo .................................................................................................................. 90 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 91 
 
 
 
 
7 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Com o objetivo de oferecer a máxima qualidade no processo de ensino e 
aprendizagem, a UNIPAC implantou o sistema de ensino online em algumas disciplinas 
de seus cursos de graduação, em consonância com o que preconiza o Ministério da 
Educação através das DCN´s: “...Ênfase deve ser dada à necessidade de se reduzir o 
tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em grupo dos estudantes. ” 
Em pleno século 21, na era digital, torna-se inevitável a inserção de tecnologias 
avançadas de ensino para que a aprendizagem aconteça da melhor forma possível. O 
objetivo é incentivar uma formação sólida necessária para que o futuro profissional 
possa superar os desafios de um mercado de trabalho dinâmico e cada vez mais 
tecnológico. Conceitos como sala de aula invertida (flipped learning) e aprendizagem 
por pares (peer instruction) estão sendo implantados através de um moderno espaço de 
ensino - a sala de aprendizagem ativa. Neste semestre, você irá cursar a disciplina de 
Introdução à Engenharia inteiramente no formato online. Nesta disciplina você terá a 
oportunidade de conhecer o que é um curso de engenharia, sua história, áreas de 
atuação, bem como o papel do engenheiro e suas responsabilidades com a inovação e 
a sociedade. 
Ao longo de seus estudos, você vai perceber as inúmeras vantagens do estudo 
online: flexibilidade quanto ao ritmo e à forma de estudo, o que pode facilitar a sua 
aprendizagem; autonomia para estudar; superação de barreiras geográficas; incentivo 
à inclusão digital; oportunidade de conciliar as demandas das diferentes dimensões da 
vida: família, trabalho, estudo e lazer. 
 É importante lembrar que o canal oficial de comunicação com o professor-tutor 
é o Portal Acadêmico e você deverá acessá-lo diariamente. 
 
 Seja muito bem-vindo às disciplinas online! 
 
 
Prof. Emerson R. A. Tavares 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
UNIDADE 1 
UNIPAC: ESCOLA DE 
ENGENHARIA 
 
9 
 
1.1 A UNIPAC 
 
 
As tradições culturais de Barbacena 
surgiram no século XIX, quando foi criado na 
cidade, em 1881, o célebre Colégio Abílio, do 
Barão de Macaúbas, cujas instituições 
educacionais eram as mais afamadas do 
Império, existentes no Rio de Janeiro e em 
Salvador (BA). 
 
Figura 1.1 – Colégio Abílio 
Fonte: http://www.city10.com.br/borges/wp-
content/uploads/2015/11/colegio-abilio-1883-300x240.jpg. Data 
do acesso: 13/01/16. 
 
Na década de 1910, o Ginásio Mineiro de 
Barbacena era uma das mais importantes 
entidades escolares do Brasil. Poucos anos 
depois, foi criado, na cidade, o Colégio Militar, 
um dos três únicos do País. Também é dessa 
época a criação da Escola de Aprendizado 
Agrícola (hoje Instituto Federal de Tecnologia). 
O presidente Antônio Carlos, 
barbacenense ilustre, que criou a Universidade 
de Minas Gerais, a primeira do Brasil, foi o 
reformador do ensino no seu Estado, com 
evidentes repercussões em todo o País, a partir 
de 1928 e 1929, quando governava o estado de 
Minas Gerais. Essa tradição despertou nos 
meios educacionais da cidade de Barbacena a 
esperança da criação de escolas superiores. 
Em 1963, o Deputado Bonifácio de 
Andrada, por meio de um projeto de lei criou a 
Fundação Universitária da Mantiqueira na sua 
terra natal, a qual, por iniciativa do Deputado 
Hilo Andrade passou a denominar-se Fundação 
"Presidente Antônio Carlos". Em 1965, o mesmo 
Deputado assumiu a Secretaria de Estado de 
Educação de Minas Gerais e transformou em 
realidade o seu projeto de lei. Surgiu assim a 
FUPAC que se dedicaria à criação do ensino 
superior, inclusive em outros municípios, além 
de Barbacena. 
Em 1966, data do início das atividades 
da FUPAC, foram criadas as Faculdades de 
Filosofia, Ciências e Letras, bem como a 
Faculdade de Ciências Econômicas. Em 
seguida, surgiram as Faculdades de Direito e 
Medicina. 
Posteriormente, as Faculdades 
existentes foram reunidas dando origem a 
Universidade Presidente Antônio Carlos – 
UNIPAC, autorizada pelo MEC como 
Universidade pela Portaria nº 366, de 12 de 
março de 1997, e credenciada pelo Decreto do 
Governo do Estado nº 40320, de 29/12/1998, 
com sede em Barbacena, e estabelecimentos 
em 6 campi universitários: Barbacena, Ubá, 
Ipatinga, Visconde do Rio Branco, Leopoldina e 
Juiz de Fora. 
Foram criadas, a partir de 2001, a 
unidade de Bom Despacho, a de Conselheiro 
Lafaiete e a de Araguari. Em 2010, a direção da 
mantenedora decidiu pelo desmembramento da 
UNIPAC, ficando esta com apenas 2 campi, a 
 
 
10 
 
saber: Barbacena e Juiz de Fora. Os demais 
foram transformados em Faculdades. 
Hoje a FUPAC mantém a Universidade 
Presidente Antônio Carlos e um conjunto de 
Faculdades que formam a União de Instituições 
Presidente Antônio Carlos - UNIPAC, nas quais 
funcionam cursos de graduação nas diversas 
áreas do conhecimento. 
 
 
1.1.1 Missão da UNIPAC 
 
A UNIPAC é uma instituição de Ensino 
Superior criada com a finalidade de contribuir 
para o desenvolvimento da região onde está 
inserida, formando profissionais de nível 
superior para o mercado de trabalho. 
O seu compromisso, entre outros, é com a 
excelência do ensino, voltando-se para uma 
científica compreensão política do mundo e dos 
nossos tempos, para os problemas da multi e 
interdisciplinaridade, com a procura de novos 
talentos, a inserção ocupacional de seus alunos 
e a formação continuada dos seus diplomados. 
 
 
Figura 1.2 – Brasão da UNIPAC 
Fonte: Acervo próprio 
 
1.1.2 Visão da UNIPAC 
 
Consolidar-se como Instituição de 
Educação Superior reconhecida como centro de 
excelência na produção de conhecimentos, na 
qualidade dos serviços prestadosà 
comunidade, mantendo-se como referência na 
região e no Estado de Minas Gerais, buscando 
o contínuo aprimoramento e desenvolvimento 
do ensino, da pesquisa e da extensão. 
 
 
1.2 A Engenharia 
 
A engenharia é uma profissão onde se 
adquire e se aplica conhecimentos 
matemáticos, físicos, técnicos e científicos para 
produzir novas utilidades e/ou transformar a 
natureza, em conformidade com ideias bem 
planejadas. 
O conceito de engenharia existe desde a 
antiguidade, a partir do momento em que o ser 
humano começou a desenvolver invenções com 
vistas a facilitar suas atividades laborais. [1][2] 
No Brasil, a mais antiga escola a 
ministrar cursos de engenharia segundo os 
moldes modernos foi a Real Academia de 
Artilharia, Fortificação e Desenho, fundada em 
1792 no Rio de Janeiro pela rainha D. Maria I de 
Portugal, segundo o modelo da academia com o 
nome semelhante existente em Lisboa. 
 
 
1.2.1 Ramos de Engenharia 
 
A engenharia é uma ciência abrangente, 
subdividida em diferentes ramos ou 
especialidades. Cada uma destas 
 
 
11 
 
especialidades preocupa-se com um 
determinado tipo de tecnologia ou com um 
determinado campo de aplicação. Apesar de 
inicialmente um engenheiro se formar em uma 
especialidade específica, ao longo da sua 
carreira na maioria dos casos, irá tornar-se 
polivalente, atuando em diferentes áreas da 
engenharia. São exemplos de ramos de 
engenharia: 
 
 Engenharia Aeronáutica, 
 Engenharia Ambiental, 
 Engenharia Cartográfica, 
 Engenharia da Computação, 
 Engenharia de Alimentos, 
 Engenharia de Controle e Automação 
(ou Engenharia de Mecatrônica), 
 Engenharia de Horticultura, 
 Engenharia de Minas, 
 Engenharia de Petróleo e Gás, 
 Engenharia Elétrica, 
 Engenharia Florestal, 
 Engenharia Industrial, 
 Engenharia Naval, 
 Engenharia Sanitária, 
 Engenharia em Tecnologia Têxtil e da 
Indumentária, 
 Engenharia Acústica, 
 Engenharia Agrícola, 
 Engenharia Biomédica, 
 Engenharia Civil, 
 Engenharia em Agrimensura, 
 Engenharia de Aquicultura, 
 Engenharia de Energia, 
 Engenharia de Materiais, 
 Engenharia de Pesca, 
 Engenharia de Produção, 
 Engenharia de Telecomunicações, 
 Engenharia Física, Engenharia Hídrica, 
 Engenharia Mecânica, 
 Engenharia Metalúrgica, 
 Engenharia Química e 
 Engenharia Têxtil. 
 
 
1.2.2 Porque estudar Engenharia 
 
A engenharia é uma ciência 
transdisciplinar presente em tudo. É impossível 
imaginar os nossos dias sem os produtos da 
modernidade que tanto colaboram para o nosso 
conforto, qualidade de vida, produtividade no 
trabalho, etc. Em tudo o que fazemos há 
engenharia. Sendo assim, profissionais 
engenheiros são notadamente essenciais para o 
desenvolvimento da humanidade. Por isso 
estudar engenharia! 
 Fazer um curso de engenharia é viver 
uma jornada importantíssima, emocionante e 
cheia desafios. O resultado dessa jornada tão 
desafiadora e a oportunidade de participar da 
transformação do mundo que nos rodeia. 
 
 
1.3 Estrutura dos curso de 
Engenharia da UNIPAC 
 
Os cursos de engenharia da UNIPAC 
tem suas matrizes curriculares organizadas em 
acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais 
(DCN’s) para os cursos de Engenharia, tendo 
sua estrutura organizada sobre os três núcleos 
previstos: básico, profissionalizante e 
específico. 
 
 
12 
 
Núcleo Básico: Nesse núcleo estão envolvidos 
os conteúdos como matemática, física e 
química, que são disciplinas fundamentais para 
a compreensão dos diversos conteúdos dos 
núcleos profissionalizante e específico, além 
dos conteúdos considerados de humanidades, 
como Filosofia, Sociologia e Leitura e Produção 
de Textos. As disciplinas do núcleo básico 
caracterizam-se não por formar competências 
profissionais, mas preparar o aluno para o 
aprendizado das disciplinas dos outros núcleos. 
 
Núcleo Profissionalizante: No núcleo 
profissionalizante encontram-se as disciplinas 
que formam competências que podem ser 
comuns a outras carreiras de engenheiros. 
Essas disciplinas visam formar competências 
para o cotidiano do engenheiro em conjunto com 
os demais profissionais do seu campo de 
atuação. Uma vez que esse profissional não 
atuará sozinho, é preciso que ele tenha acesso 
aos conteúdos profissionalizantes dos 
profissionais mais próximos. O cumprimento das 
disciplinas do núcleo profissionalizante também 
é fundamental para que o aluno possa 
compreender diversos conteúdos a serem 
apresentados no núcleo específico. 
 
Núcleo Específico: O núcleo específico é 
formado pelas disciplinas que compõe a 
formação específica do engenheiro, dando a 
este as competências específicas para o 
exercício profissional. 
 
Atividades Curriculares 
Os currículos dos cursos de engenharia 
da UNIPAC compreendem como atividades 
obrigatórias as Disciplinas (teóricas e práticas), 
o Estágio Supervisionado, as Atividades 
Complementares e o Trabalho de Conclusão de 
Curso, totalizando 3600 horas, conforme define 
as Diretrizes Curriculares Nacionais - DCN’s. 
As disciplinas são os componentes 
curriculares nos quais são trabalhados os 
conteúdos do curso. Estas compreendem 
diversas modalidades de ensino e treinamento, 
como aulas teóricas formais, atividades 
extraclasse, aulas online, práticas de 
laboratório, pesquisa, etc. 
O Estágio compreende um período em 
que o estudante troca experiências práticas e 
teóricas com empresas, proporcionando-lhes 
uma aplicação prática dos conteúdos e 
metodologias que lhes foram ensinadas durante 
o curso, possibilitando o preparo para atuação 
em campos de futuras atividades profissionais. 
O egresso deve ser capacitado através 
de experiências necessárias ao exercício da 
profissão. Tal capacitação deve ser ministrada 
não apenas em sala de aula, mas também sob 
a forma de atividades complementares, nos 
mais diversos moldes, com objetivos que variam 
entre o domínio da prática, atualização, 
especialização ou mesmo aprendizado 
acadêmico. Dessa forma, ao longo do curso de 
graduação o estudante deverá vivenciar uma 
série de atividades, dentro de uma dinâmica 
previamente estabelecida. Dentro desses 
moldes, os cursos de engenharia da UNIPAC 
implementam um Programa de Atividades 
Complementares, que atende aos seguintes 
objetivos: 
 
 
 
13 
 
 Possibilitar atividades teóricas e práticas 
de complementação à formação do 
estudante; 
 Melhor qualificar o estudante, com vistas 
ao mercado cada vez mais exigente e 
seletivo; 
 Aproximar o estudante da realidade do 
mercado de trabalho; 
 Estimular o aprendizado científico; 
 Desenvolver o aprendizado prático e o 
inter-relacionamento profissional; 
 Orientar o estudante quanto às 
tendências de mercado que exigem do 
atual profissional um espírito 
empreendedor; 
 
O Trabalho de Conclusão de Curso 
proporciona aos estudantes a participação em 
situações reais ou simuladas de vida e trabalho, 
vinculadas à sua área de formação, bem como 
a análise crítica das mesmas. Para tanto deve 
se caracterizar pela realização de Pesquisa 
Científica Básica/Fundamental ou 
Aplicada/Tecnológica. 
 
 
Questões para discussão 
 
1 – Faça um levantamento da oferta de trabalho 
na área em que você escolheu. Crie um quadro 
identificando a oferta em nossa região, em 
Minas e no Brasil. 
2 – Pesquise nos orgãos reguladores da 
profissão as resoluções que regulam a 
engenharia que você escolheu. Enumere as 
principais competências atribuídas à carreira 
escolhida. 
 
 
 
 
14 
 
Resumo 
 
 Criada em 1963 pelo Deputado Bonifácio de 
Andrada, a UNIPAC, foi inicialmente 
denominada Fundação Universitária da 
Mantiqueira, e, posteriormente, passou a 
denominar-se Fundação "Presidente 
Antônio Carlos". 
 
 Em 1966, data do início das atividades da 
FUPAC, foram criadas as Faculdades de 
Filosofia,Ciências e Letras e a Faculdade de 
Ciências Econômicas. Em seguida, surgiram 
as Faculdades de Direito e Medicina. 
 
 Posteriormente, as Faculdades existentes 
foram reunidas dando origem a 
Universidade Presidente Antônio Carlos – 
UNIPAC, autorizada pelo MEC como 
Universidade pela Portaria nº 366, de 12 de 
março de 1997, e credenciada pelo Decreto 
do Governo do Estado nº 40320, de 
29/12/1998, com sede em Barbacena. 
 
 Missão da UNIPAC - É uma instituição de 
Ensino Superior criada com a finalidade de 
contribuir para o desenvolvimento da região 
onde está inserida, formando profissionais 
de nível superior para o mercado de 
trabalho. O seu compromisso, entre outros, 
é com a excelência do ensino, voltando-se 
para uma científica compreensão política do 
mundo e dos nossos tempos, para os 
problemas da multi e interdisciplinaridade, 
com a procura de novos talentos, a inserção 
ocupacional de seus alunos e a formação 
continuada dos seus diplomados. 
 
 Visão da UNIPAC - Consolidar-se como 
Instituição de Educação Superior 
reconhecida como centro de excelência na 
produção de conhecimentos, na qualidade 
dos serviços prestados à comunidade, 
mantendo-se como referência na região e no 
Estado de Minas Gerais, buscando o 
contínuo aprimoramento e desenvolvimento 
do ensino, da pesquisa e da extensão. 
 
 O CURSO DE ENGENHARIA - A 
engenharia é uma profissão onde se adquire 
e se aplica conhecimentos matemáticos, 
físicos, técnicos e científicos para produzir 
novas utilidades e/ou transformar a 
natureza, em conformidade com ideias bem 
planejadas. São exemplos de ramos da 
Engenharia: a Engenharia Civil, a 
Engenharia de Computação, a Engenharia 
de Controle e Automação, a Engenharia de 
Produção, a Engenharia Elétrica, a 
Engenharia Mecânica e Engenharia de 
Minas. 
 
 Os currículos dos cursos de engenharia da 
UNIPAC compreendem as Disciplinas, o 
Estágio Supervisionado, as Atividades 
Complementares e o Trabalho de Conclusão 
de Curso, totalizando 3600 horas, conforme 
define as DCN’s. 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 2 
UM POUCO DE HISTÓRIA 
 
 
 
16 
 
2.1 História da Engenharia 
 
O termo "Engenharia" é recente, 
derivando da palavra "Engenheiro", que 
apareceu na língua portuguesa no início do 
século XVI e que se referia a alguém que 
construía ou operava um “Engenho”. A palavra 
"Engenho", em si, tem uma origem ainda mais 
antiga, vindo do latim "Ingenium" que significa 
"Gênio”. [3] 
 O conceito de engenharia existe desde 
os primórdios da humanidade, quando o 
homem, preocupado em criar novas técnicas 
para aprimorar seu trabalho, começa a 
desenvolver invenções como a polia, a alavanca 
e a roda, baseados em princípios básicos de 
engenharia como matemática e física. [1] 
Considerado um dos maiores saltos 
tecnológicos, a descoberta da alavanca permitiu 
que o homem passasse a conseguir mover 
cargas bem mais pesadas do que aquelas que 
normalmente movia apenas com os braços. 
Outros marcos importantes foram: o domínio do 
fogo, a lapidação e polimento de pedras e o 
cozimento dos alimentos, surgidos ainda no 
Período Paleolítico. 
Vencida a idade da pedra, o homem 
começou a dominar o trabalho com metais na 
idade do bronze. O cobre e o estanho foram os 
primeiros metais trabalhados, tendo sido usados 
inicialmente para a fabricação de instrumentos 
de caça e guerra. Por volta do ano 2 mil a.C., o 
homem passou a dominar o processo de 
fundição de metais. 
Com o controle do fogo, o trabalho com 
metais e a grande habilidade humana, a 
engenharia vem evoluindo de forma 
extraordinária, proporcionando o 
desenvolvimento das civilizações ao longo da 
história, realizando feitos monumentais como a 
construção das pirâmides do Egito e o Coliseu 
de Roma. 
 
 
 
Figura 2.1 – Pirâmide do Egito 
Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Data do 
acesso: 07/11/15. 
 
 
 
 
 
Figura 2.2 – Coliseu de Roma 
Fonte: Google Earth. Data do acesso: 07/11/15. 
 
 
 
 
17 
 
 
 
As engenharias vem evoluindo a cada 
dia, surgindo novas áreas de especialização. 
Inicialmente, com o surgimento das escolas de 
engenharia existiam, basicamente, as 
chamadas engenharias clássicas, como por 
exemplo as engenharias Militar, Civil, Mecânica 
e Elétrica. Com as especializações das áreas 
novos ramos surgem, como o de materiais, 
produção, aeronáutica, computação, 
telecomunicações, automação, minas, nuclear, 
química, ambiente, geológica, alimentar, 
química e muitos outros. Alguns dos novos 
campos da engenharia resultam da subdivisão 
de especialidades tradicionais ou combinação 
de diferentes especialidades. 
 
2.2 Marcos históricos importantes 
 
 A engenharia evoluiu de forma 
extraordinária do ano de 1500 para cá, tendo 
como um de seus precursores Leonardo da 
Vinci (1452-1519), que dentre seus inúmeros 
projetos destacam-se, uma roda d'água 
horizontal cujo princípio foi usado na construção 
da turbina hidráulica, máquinas de escavação, 
portos, bestas e máquinas voadoras, além de 
seus estudos científicos sobre a anatomia 
humana e obras de arte. 
 
 
Figura 2.3 – Projeto de Helicóptero de Leonardo Da Vinci 
Fonte: http://www.hypescience.com. Data do acesso: 07/11/15. 
 
Outros nomes relevantes surgem nos 
séculos XVI e XVII, impulsionando a engenharia 
moderna:Galileu Galilei (1564-1642), Johannes 
Kepler (1571-1630), Nicolau Copérnico 
(14731543), René Descartes (1596-1650), Isaac 
Newton (1643-1727), Charles Augustin 
Coulomb (1736-1806). 
 Um acontecimento que se destaca no 
desenvolvimento das engenharias foi a 
revolução industrial. Foram fatos marcantes 
dessa época a implantação da máquina a vapor 
na indústria da tecelagem, ocorrida por volta de 
1782, e o tear mecânico. 
 
 
 
18 
 
 
Figura 2.4 – Primeira Máquina a Vapor 
Fonte: http://www.schillerinstitute.org. Data do acesso: 07/11/15. 
 
 Outro grande marco foi o estudo da 
eletricidade por volta de 1750 por Benjamin 
Franklin, possibilitando daí a alguns anos o 
início do surgimento de motores e máquinas 
elétricas que mais uma vez revolucionou as 
civilizações. 
 O infográfico na figura 2.5 apresenta um 
resumo dos fatos mais marcantes na 
engenharia. [5]
16 
 
20 
 
 
 
 
21 
 
Figura 2.5 – História da Engenharia no Brasil e no Mundo 
 
 
22 
 
Figura 2.5 – Evolução da Engenharia 
Fonte: http://senge-go.org.br/a-historia-da-engenharia-no-brasil-e-no-mundo/#prettyPhoto/0/. Data do acesso: 07/11/15. 
23 
 
2.3 As primeiras escolas de 
Engenharia 
 
O ensino formal de engenharia tem seu 
primeiro registro com a escola de engenharia de 
Veneza fundada no ano de 1506. No século 
XVIII foi fundada em Paris na França, a Ecole 
Polytechnique (1774) que tinha como finalidade 
ensinar aplicações da matemática em 
problemas da engenharia. 
 
 
Figura 2.6 – Ecole Polytechnique 
Fonte: http://structurae.info/photos/105040-paris-
5supemesup-arrondissement-ancienne-ecole-polytechnique-
porte-dentree. Data do acesso 13/01/2016 
 
No século XVIII ocorreu um significativo 
desenvolvimento técnico nas áreas de extração 
de minérios, siderurgia e metalurgia. O mesmo 
desenvolvimento também foi sentido na 
construção de pontes, estradas e canais, 
formando a base da engenharia civil. Todas 
estas atividades sempre foram fruto do trabalho 
de práticos, que desenvolviam empiricamente 
suas atividades, alheios às teorias científicas. [4] 
 
A seguir é apresentado um cronograma 
da fundação de algumas das primeiras escolas 
de engenharia no mundo:[6] 
 Escola de Engenharia de Veneza – fundada 
em 1506; 
 École Royale dês Ponts et Chaussées - 
fundada em 1747 em Paris, França; 
 Bergakademie Freiberg - fundada em 1765 
em Freiberga, Saxónia; 
 Academia de Minería y Geografía 
Subterránea de Almadén - fundada em 
1777, em Almadén, Espanha; 
 Stavovskáinženýrskáškola- fundada em 
1787, em Praga, Boémia; 
 Academia Real de Fortificação, Artilharia e 
Desenho - fundada em 1790 em Lisboa, 
Portugal; 
 Real Seminario de Minería - fundado em 
1792, no México; 
 Real Academia de Artilharia, Fortificação e 
Desenho - fundada em 1792, no Rio de 
Janeiro, Brasil; 
 ÉcolePolytechnique - fundada em 1794 em 
Paris, França; 
 Kaiserlich-KöniglichPolytechnischesInstitut 
- fundado em 1815, em Viena, Áustria; 
 PolytechnischeSchule Karlsruhe - fundada 
em 1825 em Karlsruhe, Baden. 
Nos Estados Unidos, as primeiras 
universidades com ensino de engenharia 
foram: 
 
 1794 - West PointAcademy. 
 1824 - RensselaerPolytechnicInstitute. 
 1865 - Massachusetts Instituteof 
Technology. 
 1905 - Carnegie Instituteof Technology. 
 
 
 
 
24 
 
2.4 A Engenharia no Brasil 
 
No Brasil, a primeira escola de 
engenharia foi fundada no ano de 1792, quando, 
por ordem de Dona Maria I, Rainha de Portugal, 
foi instalada, na cidade do Rio de Janeiro, a Real 
Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho. 
Essa foi a primeira escola de engenharia das 
Américas e terceira do mundo. Tinha por 
objetivo formar oficiais das Armas e 
Engenheiros para o Brasil-Colônia. O curso de 
Engenharia durava seis anos, sendo que no 
último ano eram lecionadas as cadeiras de 
Arquitetura Civil, Materiais de Construção, 
Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, 
Canais, Diques e Comportas. 
A Real Academia tornou-se a base para 
a implantação da Academia Real Militar, criada 
em 23 de abril de 1811, por ordem de D. João 
VI. Esta escola mudou de nome quatro vezes: 
Imperial Academia Militar, em 1822; Academia 
Militar da Corte, em 1832, Escola Militar, em 
1840 e Escola Central, a partir de 1858. Ali 
formavam-se não apenas Oficiais do Exército, 
mas, principalmente engenheiros, militares ou 
civis, pois a Escola Central era a única escola de 
Engenharia existente no Brasil. 
Em 1874, a Escola Central desligou-se 
das finalidades militares, indo para a jurisdição 
da antiga Secretaria do Império e passando a 
formar exclusivamente engenheiros civis. A 
formação de engenheiros militares, bem como a 
de oficiais em geral, passou a ser realizada na 
Escola Militar da Praia Vermelha (1874 a 1904). 
Nesse último ano, a Escola foi transferida para 
o Realengo, onde eram formados os oficiais de 
Engenharia e de Artilharia. Os oficiais de 
Infantaria e de Cavalaria eram preparados em 
Porto Alegre. 
Também ainda no Segundo Império foi 
criada a Escola de Minas de Ouro Preto, em 12 
de outubro de 1876. No século XIX, mais cinco 
escolas de engenharia foram implantadas: em 
1893, a Politécnica de São Paulo; em 1896, a 
Politécnica do Mackenzie College e a Escola de 
Engenharia do Recife; em 1897, a Politécnica da 
Bahia e a Escola de Engenharia de Porto Alegre. 
Até 1946 já existiam 15 instituições de ensino de 
engenharia e, de lá para cá, muitas outras foram 
implantadas no país, o que representa, hoje, 
algumas centenas de cursos. [4] 
Sob influência alemã, o Exército 
Brasileiro suspendeu a formação de 
engenheiros militares. Previa-se a realização de 
cursos técnicos de Artilharia e de Engenharia 
realizados no estrangeiro. Numa segunda 
etapa, seria implantada uma escola militar tendo 
por instrutores os oficiais brasileiros formados 
no exterior. 
 
 
Figura 2.7 – Instituto Militar de Engenharia 
Fonte: http://www.eb.mi.br. Data do acesso 13/01/2016 
 
A Missão Militar Francesa, iniciada na 
década de 1920, inspirou a criação da Escola de 
Engenharia Militar. O Decreto nº 5632, de 31 de 
 
 
25 
 
dezembro de 1928, estabeleceu sua missão no 
sentido de formar engenheiros, artilheiros, 
eletrotécnicos, químicos e de fortificação e 
construção. A Escola de Engenharia Militar 
começou a funcionar em 1930, ocupando as 
instalações da Rua Barão de Mesquita, no 
quartel posteriormente ocupado pelo Batalhão 
de Polícia do Exército. 
Já sob a influência norte-americana, foi 
criado o Instituto Militar de Tecnologia em 1949. 
Iniciavam-se, então, programas de estudo, 
pesquisa e controle de materiais para a 
indústria. [7] 
De lá para cá, centenas de escolas de 
engenharia foram abertas em várias cidades do 
Brasil, visando atender às demandas de 
profissionais engenheiros. A listagem completa 
das escolas de engenharia do Brasil pode ser 
obtida no site do Ministério da Educação – MEC. 
 
 
Questões para discussão 
 
1 – A Engenharia é uma ciência que se 
desenvolve ao longos dos anos desde os 
primórdios, vindo de encontro às necessidades 
da sociedade em cada época. Pesquise e 
descreva 3 aplicações de engenharia que 
mudaram a vida da humanidade. Comente a 
respeito. 
2 – Faça um levantamento de como as escolas 
de engenharia francesa e alemã influenciaram 
no ensino de engenharia no Brasil. 
3 – Pesquise e desenvolva um mapa de oferta 
de ensino de engenharia no Brasil. 
 
 
 
 
 
26 
 
Resumo 
 
 O termo "Engenharia" é recente, derivando 
da palavra "Engenheiro", que apareceu na 
língua portuguesa no início do século XVI e 
que se referia a alguém que construía ou 
operava um “Engenho”, no entanto, o 
conceito de engenharia existe desde os 
primórdios da humanidade, quando o 
homem, começa a desenvolver invenções 
como a polia, a alavanca e a roda, baseados 
em princípios básicos de engenharia como 
matemática e física. 
 
 Com o controle do fogo, o trabalho com 
metais e a grande habilidade humana, a 
engenharia vem evoluindo de forma 
extraordinária, proporcionando o 
desenvolvimento das civilizações ao longo 
da história, realizando feitos monumentais. 
 
 A evolução da Engenharia se deu de forma 
extraordinária e conta com nomes como 
Leonardo da Vinci (1452-1519), Galileu 
Galilei (1564-1642), Johannes Kepler (1571-
1630), Nicolau Copérnico (14731543), René 
Descartes (1596-1650), Isaac Newton 
(1643-1727), Charles Augustin Coulomb 
(1736-1806). 
 
 A Revolução Industrial e o estudo da 
eletricidade, realizado por Benjamin 
Franklin, destacam-se no desenvolvimento 
das engenharias. 
 
 O ensino formal de engenharia tem seu 
primeiro registro com a escola de 
engenharia de Veneza fundada no ano de 
1506. No século XVIII foi fundada em Paris 
na França, a Ecole Polytechnique (1774) 
que tinha como finalidade ensinar aplicações 
da matemática em problemas da 
engenharia. 
 
 No Brasil, em 1972, foi instalada a primeira 
escola de engenharia na cidade do rio de 
Janeiro, a Real Academia de Artilharia, 
Fortificação e Desenho, sendo a primeira 
escola de engenharia das Américas e 
terceira do mundo e que tinha por objetivo 
formar oficiais das Armas e Engenheiros 
para o Brasil-Colônia. A duração do curso de 
Engenharia era de seis anos, sendo que no 
último ano eram lecionadas as cadeiras de 
Arquitetura Civil, Materiais de Construção, 
Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, 
Canais, Diques e Comportas. 
 
27 
 
 
 
 
UNIDADE 3 
O PROFISSIONAL ENGENHEIRO 
 
28 
 
Conceitualmente, a engenharia é uma das 
profissões mais antigas do mundo. Desde os 
primeiros registros da humanidade é possível 
identificar ações e obras de engenharia. Mesmo 
antes de existir tal nomenclatura, os 
engenheiros já existiam e já desenvolviam seus 
projetos maravilhosos. Isso porque engenharia 
vai muito além de uma profissão. Engenharia é 
um modo de pensar, analisar situações, projetar 
e implantar soluções. 
 
 
 
No início a ciência da engenharia era algo 
fundamentalmente prático, desenvolvido por 
pessoas criativas e habilidosas, que muitas 
vezes desenvolviam seus projetos com base em 
suas observações e inferências. 
A engenharia moderna, com todas as suas 
fundamentações científicas, físicas e 
matemáticas veio corroborar e sedimentar o 
espírito inventivo daqueles que se aventuravam 
na ciência de engendrar. Com ela, começaram 
a surgir as escolas de engenharia que tiveramo 
importante papel de investigação formal e 
científica, bem como o de registro do 
conhecimento desenvolvido para que, como 
ciência, a engenharia pudesse evoluir ao longo 
do tempo. 
Como profissão, a engenharia ganhou 
status ao se tornar uma das linhas de formação 
mais desejadas por estudantes que almejam 
uma carreira profissional de sucesso. Assim 
nasceu o profissional engenheiro, que nos dias 
de hoje não se refere mais ao profissional 
inventivo e criativo, mas àquele que possui, 
além dessas características desejáveis, um 
curso superior em engenharia, devidamente 
reconhecido. 
 
 
3.1 A Engenharia e a sociedade 
 
 Não é difícil enxergar a importância da 
engenharia para a sociedade moderna. Não 
fosse a engenharia, simplesmente não seriamos 
uma “sociedade moderna”. Como conceber os 
dias atuais sem pontes, rodovias, prédios, 
computadores, telefonia celular, 
telecomunicações ou aviões? Como imaginar 
um mundo sem a comunicação em tempo real, 
computadores ou Internet? Como imaginar um 
hospital tratando de doentes que requerem 
maiores cuidados sem UTI’s, ou equipamentos 
como tomógrafos, de radioterapia ou 
ressonância? 
 A sociedade, direta ou indiretamente, 
depende cada vez mais da engenharia, seja 
para realização de obras e projetos como os 
enumerados anteriormente, ou para, 
simplesmente, viabilizar a vida, projetando 
novos meios de conviver e conservar os 
recursos naturais do nosso planeta. 
 Até mesmo as relações de trabalho 
foram alteradas pela influência da engenharia, 
que proporcionou a mecanização e automação 
de muitas atividades, bem como outros tipos de 
melhoria nos postos de trabalho, trazendo 
melhor qualidade de vida para os trabalhadores. 
 
 
 
29 
 
 
 
A seguir são apresentados alguns 
trabalhos de engenharia que impactaram a 
sociedade moderna: 
 
O telefone, inventado no final do século 
XIX em Boston nos Estados Unidos, por A. 
Watson e Alexander Graham Bell. Graham Bell 
teve a ideia de tentar fazer com que uma 
corrente elétrica variasse de intensidade da 
mesma forma que o ar varia ao se emitir um 
som, e assim transmitir a palavra 
telegraficamente. Esta foi a chave do invento 
que viria a se chamar telefone. 
Em 1876, o sonho de Bell tornou-se 
possível. A nova invenção foi apresentada na 
Exposição do centenário de Filadélfia. Desde 
então foram grandes e impactantes os avanços 
da telefonia até o que hoje chamamos de 
telefones celulares. 
Em 1973, quase 100 anos depois da 
invenção do telefone, a marca Motorola 
apresentou ao mundo o primeiro aparelho de 
telefonia móvel. 
 
 
 
Figura 3.1 – O primeiro telefone 
Fonte: https://design05opet.wordpress.com/2010/09/01/a-
evolucao-do-aparelho-de-telefone/. Data do acesso: 09/11/15. 
 
 
 
 
Figura 3.2 – O primeiro telefone celular 
Fonte: http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/04/primeira-
ligacao-telefonica-feita-pelo-celular-completa-40-anos.html. Data 
do acesso: 09/11/15. 
 
 
As pontes, são elementos de extrema 
importância que permitem transpor rios, vales, 
relevos, etc. As primeiras pontes que se tem 
notícia datam do século VII a.c., sendo 
edificadas em Roma. Além de ser construções 
extremamente úteis, as pontes são também uma 
forma de caracterizar uma cidade e ainda 
mostrar as tradições culturais através da 
arquitetura local. Por isso, muitas vezes, elas 
acabam se tornando marcos arquitetônicos e 
símbolos de grandes cidades. 
 
 
30 
 
 Hoje em dia pontes são construídas de 
aço, concreto, madeira e até materiais menos 
convencionais como alumínio e vidro. 
 
 
Figura 3.3 – Primeira ponte em alumínio, construída sobre Rio 
Saguenay, no Quebeque, Canadá 
Fonte: http://www.engenhariacivil.com/primeira-ponte-aluminio. 
Data do acesso: 09/11/15. 
 
 
O Computador, ENIAC abreviação de 
Electronic Numerical Integrator and Computer, 
foi o primeiro computador de uso geral 
eletrônico, criado em 1946. Foi projetado para 
calcular tabelas de artilharia de balística do 
exército dos Estados Unidos no Laboratório de 
Pesquisa, mas seu primeiro uso foi em cálculos 
para a bomba de hidrogênio. Começou a ser 
desenvolvido em 1943 durante a II Guerra 
Mundial para computar trajetórias táticas que 
exigissem conhecimento substancial em 
matemática, mas só se tornou operacional após 
o final da guerra. O computador pesava 30 
toneladas, media 5,50 m de altura e 25 m de 
comprimento e ocupava 180 m² de área 
construída. Foi construído sobre estruturas 
metálicas com 2,75 m de altura e contava com 
70 mil resistores e 17.468 válvulas a vácuo 
ocupando a área de um ginásio desportivo. 
 
 
Figura 3.4 – O primeiro computador 
Fonte: http://www.the-eniac.com. Data do acesso: 09/11/15. 
 
 
A Geladeira doméstica foi desenvolvida em 
1913 nos Estados Unidos, embora o conceito de 
refrigeração tenha sido elaborado em 1856 por 
um australiano que desenvolveu um sistema de 
refrigeração industrial usando o princípio de 
compressão de vapor. 
Nos dias de hoje a geladeira é um dos 
eletrodomésticos mais indispensáveis nas 
residências de todas as pessoas. 
 
 
Figura 3.5 – Primeira geladeira doméstica 
Fonte: http://infodiario.co.mz/articles/detail_article/10049. Data do 
acesso: 09/11/15. 
 
 
O Tomógrafo que é um aparelho que permite 
realizar qualquer exame radiológico e que 
permite visualizar as estruturas anatômicas do 
 
 
31 
 
corpo humano na forma de cortes. As imagens 
são obtidas através do processamento por 
computador de informação recolhida após expor 
o corpo a uma sucessão de raios X. Seu método 
principal é estudar a atenuação de um feixe de 
raios X durante seu trajeto através de um 
segmento do corpo. A construção da primeira 
máquina de tomografia ocorreu em 1972 no 
"THORN EMI Central Research Laboratories", 
na Inglaterra. 
 
 
Figura 3.6 – Tomógrafo 
Fonte: http://www.hnsf.com.br. Data do acesso: 09/11/15. 
 
 
3.2 O Engenheiro e a sociedade 
 
 O engenheiro é o profissional que deve 
ser visto, acima de tudo, como um agente 
transformador da sociedade em que vive. É o 
indivíduo preparado para avaliar situações e 
propor soluções seguras, eficientes e eficazes. 
 
 
 
 É importante considerar que para se 
tornar um engenheiro que de fato fará diferença 
na sociedade, contribuindo de forma efetiva na 
resolução de problemas, leva tempo. A 
preparação começa com uma boa formação 
escolar, pois uma boa formação é algo 
duradouro e nos prepara para sermos capazes 
de acompanhar a evolução das coisas. É 
preciso, ainda, ter em mente que um profissional 
engenheiro precisa constantemente de 
atualização, uma vez que o conhecimento e as 
ciências evoluem de maneira muito rápida. A 
sociedade muda, técnicas se tornam 
ultrapassadas e novas áreas de conhecimento 
surgem. 
 Para que o trabalho do engenheiro 
contribua efetivamente para a sociedade, 
promovendo o bem-estar social e o 
desenvolvimento da tecnologia é necessário 
pensar além, imaginar o que ainda não foi feito, 
trilhar novos horizontes. Nos dizeres de 
Alexander Graham Bell: “Nunca ande pelo 
caminho traçado, pois ele conduz somente até 
onde os outros já foram”. A evolução dá-se 
pela inovação, sem deixar de lado o 
conhecimento já construído ao longo do tempo. 
É importante inovar, mas com segurança e 
 
 
32 
 
responsabilidade, calculando sempre o risco 
das ações a serem tomadas. 
 Agindo assim, sem dúvida o engenheiro 
contribuirá para o desenvolvimento da empresa 
onde trabalha, de sua profissão e de sua 
sociedade. 
 
 
3.3 O mercado de trabalho 
Segundo estimativas do Conselho 
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
(CONFEA), o Brasil tem um déficit de 20 mil 
engenheiros por ano. 
No País há 600 mil engenheiros, o 
equivalente a 6 profissionais para cada mil 
trabalhadores. Nos Estados Unidos e no Japão, 
a proporção é de 25 engenheiros por mil 
trabalhadores, segundo publicaçõesda 
Financiadora de Estudos e Projetos do Governo 
Federal - FINEP. 
Para atenuar o problema, o governo 
federal lançou em 2014 o Pró-Engenharia - 
projeto elaborado com o objetivo de duplicar o 
número de engenheiros formados anualmente 
no País, a partir de 2016, e de reduzir a altíssima 
taxa de evasão nos cursos de engenharia, que 
em algumas escolas chega a 55%. Das 302 mil 
vagas oferecidas pelas escolas brasileiras de 
engenharia, apenas 120 mil estão preenchidas. 
O problema da evasão é agravado pela falta de 
interesse dos jovens pela profissão, que 
decorre, em parte, da falta de preparo dos 
vestibulandos, principalmente nas disciplinas de 
matemática, física e química. 
Com base nos dados apresentados, 
percebe-se que o mercado é muito promissor 
para profissionais engenheiros. Percebe-se 
claramente que há postos de trabalho 
disponíveis para todos os que se formam. 
Entretanto, o que se observa é que muitos 
formados em engenharia não conseguem se 
colocar no mercado de trabalho, na maioria dos 
casos por deficiência na sua formação. As 
empresas precisam de engenheiros, mas 
precisam de engenheiros que tenham 
conhecimento e saibam trabalhar. 
A jornada para se formar engenheiro 
exige o envolvimento do estudante. Em muitas 
situações, exige abrir mão de outras coisas, com 
o intuito de se dedicar com qualidade ao curso. 
Tal sacrifício definitivamente vale a pena, pois o 
engenheiro com uma boa formação terá boas 
oportunidades. A figura 3.7 apresenta um mapa 
das cidades com mais vagas de trabalho para 
engenheiros no Brasil. 
 
 
3.4 Porque exitem tantas 
Engenharias? 
Se considerarmos os possíveis campos 
de atuação da engenharia, percebemos que 
eles são muito amplos para se concentrar em 
uma única formação. Mesmo dentro de uma 
área de conhecimento, à medida que as ciências 
evoluem, torna-se necessária uma formação 
mais especializada. Como exemplo, pode-se 
verificar que com a evolução dos sistemas de 
controle computadorizados para automação de 
processos a Engenharia Elétrica se especializa 
gerando espaço para uma nova formação, 
surgindo assim a Engenharia de Controle e 
Automação. 
 
 
 
 
33 
 
 
 
Cada tipo de graduação tem 
características e perfis próprios. 
A seguir é apresentada uma lista com as 
engenharias oferecidas no Brasil. [10] 
 
Engenharia Aeronáutica - É o ramo da 
engenharia que se ocupa do projeto e da 
manutenção de aeronaves e do gerenciamento 
de atividades aeroespaciais. O engenheiro 
aeronáutico envolve-se no projeto e na 
construção de todos os tipos de aeronave, como 
aviões, helicópteros, foguetes e satélites. 
 
Engenharia Ambiental - É a engenharia 
voltada para o desenvolvimento econômico 
sustentável, ou seja, que respeite os limites dos 
recursos naturais. O engenheiro que atua nessa 
 
 
 
área desenvolve e aplica tecnologias para 
proteger o ambiente dos danos causa dos pelas 
atividades humanas. 
 
Engenharia Cartográfica - É o ramo da 
engenharia que capta e analisa dados 
geográficos para a elaboração de mapas. O 
engenheiro cartógrafo faz pesquisas de campo 
e cálculos para elaborar mapas e cartas 
impressas ou digitais. 
 
Engenharia da Computação - É o conjunto de 
conhecimentos usados no desenvolvimento de 
computadores e seus periféricos. O engenheiro 
da computação projeta e constrói 
computadores, periféricos e sistemas que 
integram hardware e software. 
 
Figura 3.7 – Onde estão os engenheiros no Brasil 
Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/engenheiros-no-brasil. Data do acesso: 09/11/15. 
 
 
 
34 
 
Engenharia de Alimentos - São as técnicas e 
os conhecimentos usados na fabricação, na 
conservação, no armazenamento e no 
transporte de alimentos industrializados. Esse 
profissional cuida de todas as etapas de preparo 
e conservação de alimentos de origem animal e 
vegetal. 
 
Engenharia de Controle e Automação (ou 
Engenharia de Mecatrônica) - É o ramo da 
engenharia que desenvolve e executa projetos 
de automação industrial. O engenheiro de 
controle e automação projeta e opera 
equipamentos utilizados nos processos 
automatizados de indústrias em geral, além de 
fazer sua manutenção. 
 
Engenharia de Horticultura - São os 
conhecimentos usados no cultivo de plantas 
medicinais e ornamentais, na silvicultura e na 
produção de hortifrutigranjeiros. Esse 
profissional aplica tecnologia de ponta no cultivo 
de frutas, verduras, legumes, plantas 
ornamentais, medicinais e aromáticas ou que 
servem como condimentos. 
 
Engenharia de Minas - É a engenharia que se 
ocupa da pesquisa, da prospecção, da extração 
e do aproveitamento de recursos minerais. O 
engenheiro de minas localiza jazidas e analisa o 
tamanho das reservas e a qualidade do minério 
no local. 
 
Engenharia de Petróleo e Gás - É o conjunto 
de técnicas usadas para a descoberta de jazidas 
e para a exploração, produção e 
comercialização de petróleo e gás natural. O 
engenheiro de petróleo e gás atua em 
petroleiros, refinarias, plataformas marítimas e 
em petroquímicas. 
 
Engenharia de Segurança do Trabalho - É o 
ramo da engenharia responsável por prevenir 
riscos à saúde e à vida do trabalhador. O 
engenheiro de segurança do trabalho tem a 
função de assegurar que o trabalhador não corra 
riscos de acidente sem sua atividade 
profissional, sejam eles danos físicos ou 
psicológicos. 
 
Engenharia Elétrica - O engenheiro eletricista 
está presente em todos os aspectos que 
envolvem a energia, desde a geração, a 
transmissão, o transporte e a distribuição até o 
uso nas residências e no comércio. Além disso, 
planeja, supervisiona e executa projetos nas 
áreas de eletrotécnica, relacionadas à potência 
da energia. 
 
Engenharia Florestal - É o ramo da engenharia 
voltado para o estudo e o uso sustentável de 
recursos florestais. O engenheiro florestal avalia 
o potencial de ecossistemas florestais e planeja 
seu aproveitamento de modo a preservar a flora 
e a fauna locais. 
 
Engenharia Industrial- É a área que cuida dos 
recursos necessários à produção industrial. 
Esse profissional é o típico engenheiro de chão 
de fábrica, que acompanha de perto a 
implantação e a manutenção da infraestrutura 
industrial, como redes de água e de gás, pontes 
e esteiras rolantes. 
 
 
 
35 
 
Engenharia Naval - É a área da engenharia que 
cuida do projeto, da construção e da 
manutenção de embarcações e seus 
equipamentos. O engenheiro naval projeta a 
estrutura, os motores e os demais componentes 
de navios. 
 
Engenharia Sanitária - É o ramo da engenharia 
voltado para o projeto, a construção, a 
ampliação e a operação de sistemas de água e 
esgoto. Esse profissional é fundamental para a 
preservação da natureza e de seus recursos. 
 
Engenharia em Tecnologia Têxtil e da 
Indumentária - São os conhecimentos 
utilizados na cadeia produtiva têxtil, desde a 
fabricação de fios até a comercialização do 
produto final. O bacharel em Tecnologia Têxtil e 
da Indumentária concebe e desenvolve projetos 
e pesquisas tecnológicas ligadas à produção 
têxtil. 
 
Engenharia Acústica - É o conjunto de 
conhecimentos usado para desenvolver novos 
sistemas eletroacústicos e para determinar a 
intensidade de ruídos e vibrações. O engenheiro 
acústico desenvolve técnicas e equipamentos 
para controlar o ruído ambiental visando ao 
bem-estar das pessoas. 
 
Engenharia Agrícola - São as técnicas e os 
conhecimentos empregados no gerenciamento 
de processos agropecuários. O engenheiro 
agrícola projeta, implanta e administra técnicas 
e equipamentos necessários à produção 
agrícola. 
 
Engenharia Biomédica - É a área da 
engenharia que cuida da concepção de 
equipamentos médicos, biomédicos e 
odontológicos, voltados para diagnóstico ou 
tratamento terapêutico. O engenheiro biomédico 
projeta a estrutura, desenvolve e monta os 
equipamentos e faz asua manutenção corretiva 
e preventiva. 
 
Engenharia Civil - Além de projetar, gerenciar 
e executar obras como casas, edifícios, pontes, 
viadutos, estradas, barragens, canais e portos, 
o engenheiro civil tem como atribuição a análise 
das características do solo, o estudo da 
insolação e da ventilação do local e a definição 
dos tipos de fundação. 
 
Engenharia em Agrimensura - É o ramo da 
engenharia responsável pelo levantamento e 
pela medição de terrenos. O engenheiro 
agrimensor prepara áreas para obras urbanas, 
de infraestrutura hidráulica, sanitária, elétrica ou 
de transportes. 
 
Engenharia de Aquicultura - É o conjunto de 
técnicas e conhecimentos usados na criação de 
organismos aquáticos em cativeiro. O 
engenheiro de aquicultura projeta, executa e 
supervisiona a criação de peixes, crustáceos, 
moluscos e plantas aquáticas. 
 
Engenharia de Energia - É o ramo da 
engenharia que planeja, analisa e desenvolve 
sistemas de geração, transporte, transmissão, 
distribuição e utilização de energia. 
 
 
 
36 
 
Engenharia de Materiais - É o ramo da 
engenharia voltado para a pesquisa de materiais 
e de novos usos industriais para os materiais já 
existentes. Esse engenheiro pesquisa e cria 
materiais, como resinas, plásticos, cerâmicas e 
ligas metálicas. 
 
Engenharia de Pesca - É o setor da engenharia 
voltado para o cultivo, a captura e a 
industrialização de peixes e frutos do mar. O 
engenheiro de pesca estuda e aplica métodos e 
tecnologias para localizar, capturar, beneficiar e 
conservar peixes, crustáceo se frutos do mar. 
Engenharia de Produção - É o ramo da 
engenharia que gerencia os recursos humanos, 
financeiros e materiais para aumentar a 
produtividade de uma empresa. O engenheiro 
de produção é peça fundamental em indústrias 
e empresas de quase todos os setores. 
 
Engenharia de Telecomunicações - É o 
segmento da engenharia que se ocupa do 
projeto, da operação e da manutenção de 
equipamentos e sistemas de telecomunicações. 
Esse engenheiro desenvolve e implanta redes 
de telecomunicações. 
 
Engenharia Física - É a aplicação de 
conhecimentos da Física na pesquisa e no 
desenvolvimento de materiais e tecnologias. É 
uma profissão muito nova no Brasil. A primeira 
turma formou-se em 2004. 
 
Engenharia Hídrica - É o setor da engenharia 
que cuida da exploração, do uso e da gestão da 
água. Planejar e orientar a utilização das águas 
de bacias hidrográficas, prevenindo os impactos 
negativos que elas possam sofrer em 
consequência de atividades industriais, 
agrícolas e urbanas, é a principal função do 
engenheiro hídrico. 
 
Engenharia Mecânica - É a área da engenharia 
que cuida do desenvolvimento, do projeto, da 
construção e da manutenção de máquinas e 
equipamentos. O engenheiro mecânico 
desenvolve e projeta máquinas, equipamentos, 
veículos, sistemas de aquecimento e de 
refrigeração e ferramentas específicas da 
indústria mecânica. 
 
Engenharia Metalúrgica - É o conjunto de 
conhecimentos empregados na transformação 
de minérios em metais e ligas metálicas e em 
suas aplicações industriais. Com profundo 
conhecimento dos metais e de suas 
propriedades, esse engenheiro é responsável 
pelo beneficiamento de minérios e por sua 
transformação em metais e ligas metálicas. 
 
Engenharia Química - É a área da engenharia 
voltada para o desenvolvimento de processos 
industriais que empregam transformações 
físico-químicas. O engenheiro químico cria 
técnicas de extração de matérias-primas, bem 
como de sua utilização ou transformação em 
produtos químicos e petroquímicos, como tintas, 
plásticos, têxteis, papel e celulose. 
Engenharia Têxtil - São as técnicas e os 
conhecimentos utilizados na fabricação e no 
tratamento de fibras, fios e tecidos e na 
confecção de roupas. O engenheiro têxtil projeta 
as instalações, os equipamentos e as linhas de 
 
 
37 
 
produção de tecelagens e indústrias de 
confecção de roupas. 
 
 
3.5 Regulamentação profissional 
 
No Brasil, a profissão de engenheiro é 
regulamentada pela lei Nº 5.194, de 24/12/1966, 
promulgada pela Presidência da República, 
onde as profissões de engenheiro, arquiteto e 
engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas 
realizações de interesse social e humano que 
importem na realização dos seguintes 
empreendimentos: 
 
a) aproveitamento e utilização de recursos 
naturais; 
b) meios de locomoção e comunicações; 
c) edificações, serviços e equipamentos 
urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos 
técnicos e artísticos; 
d) instalações e meios de acesso a costas, 
cursos e massas de água e extensões 
terrestres; 
e) desenvolvimento industrial e 
agropecuário. 
Segundo esta lei, o exercício, no País, da 
profissão de engenheiro, arquiteto ou 
engenheiro-agrônomo, observadas as 
condições de capacidade e demais exigências 
legais, é assegurado: 
a) aos que possuam, devidamente 
registrado, diploma de faculdade ou escola 
superior de engenharia, arquitetura ou 
agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes 
no País; 
b) aos que possuam, devidamente 
revalidado e registrado no País, diploma de 
faculdade ou escola estrangeira de ensino 
superior de engenharia, arquitetura ou 
agronomia, bem como os que tenham esse 
exercício amparado por convênios 
internacionais de intercâmbio; 
c) aos estrangeiros contratados que, a 
critério dos Conselhos Federal e Regionais de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia, 
considerados a escassez de profissionais de 
determinada especialidade e o interesse 
nacional, tenham seus títulos registrados 
temporariamente. 
 
Ainda, de acordo com a lei citada, as 
atividades e atribuições profissionais do 
engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-
agrônomo consistem em: 
a) desempenho de cargos, funções e 
comissões em entidades estatais, paraestatais, 
autárquicas, de economia mista e privada; 
b) planejamento ou projeto, em geral, de 
regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, 
transportes, explorações de recursos naturais e 
desenvolvimento da produção industrial e 
agropecuária; 
c) estudos, projetos, análises, avaliações, 
vistorias, perícias, pareceres e divulgação 
técnica; 
d) ensino, pesquisas, experimentação e 
ensaios; 
e) fiscalização de obras e serviços 
técnicos; 
f) direção de obras e serviços técnicos; 
g) execução de obras e serviços técnicos; 
h) produção técnica especializada, 
industrial ou agropecuária. 
 
 
 
38 
 
Os engenheiros, arquitetos e engenheiros-
agrônomos poderão, ainda, exercer qualquer 
outra atividade que, por sua natureza, se inclua 
no âmbito de suas profissões. 
 
O orgão responsável pela fiscalização e 
regulamentação do profissional de engenharia 
no Brasi é o Conselho Nacional de Engenharia 
e Agranomia (CONFEA), representado nos 
estados pelos Conselhos Regionais de 
Engenharia e Agronomia (CREAs). Para que um 
profissional formado possa exercer a profissão 
de engenheiro o Brasil é necessário que possua 
o registro profissional no CREA, que conferirá as 
habilitações profissionais específicas à area de 
formação escolhida, emitindo, também, 
credenciais para o exercício profissioal. 
A resolução Nº 1.010, de 22/08/2005 do 
CONFEA dispõe sobre a regulamentação da 
atribuição de títulos profissionais, atividades, 
competências e caracterização do âmbito de 
atuação dos profissionais inseridos no Sistema 
CONFEA/CREA, para efeito de fiscalização do 
exercício profissional. 
 
 
3.5.1 CONFEA 
 
O Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia foi criado em 11/12/1933, por meio 
do Decreto nº 23.569, promulgado pelo então 
presidente da República, Getúlio Vargas, e 
considerado marco na história da 
regulamentação profissional e técnica no Brasil. 
Este conselho regulamenta e fiscaliza o 
exercício profissional dos que atuam nas áreas 
que representa, tendo ainda como referência o 
respeito ao cidadãoe à natureza. O Conselho 
Federal é a instância máxima a qual um 
profissional pode recorrer no que se refere ao 
regulamento do exercício profissional. 
 
 
3.5.2 CREA 
 
O Conselho Regional de Engenharia e 
Agronomia é entidade autárquica de fiscalização 
do exercício e das atividades profissionais, 
dotada de personalidade jurídica de direito 
público, vinculada ao CONFEA, para exercer 
papel institucional de primeira e segunda 
instâncias no âmbito de sua jurisdição. 
É o órgão de fiscalização, controle, 
orientação e aprimoramento do exercício e das 
atividades profissionais da Engenharia, da 
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da 
Meteorologia, em seus níveis médio e superior, 
no território de sua jurisdição. O CREA também 
era responsável pelos profissionais da 
Arquitetura, mas no final de 2011 foi criado um 
conselho específico para essa profissão, o CAU, 
desvinculando-se do CREA. 
Cabe ao CONFEA garantir a unidade de 
ação e a normatização de todos os CREAs, 
exercendo funções de supervisão financeira e 
administrativa sobre eles, formando-se assim, o 
Sistema CONFEA/CREA. 
Fiscalizando o exercício profissional, o 
CREA garante proteção ao garantir mercado de 
trabalho para aquele que é legalmente 
habilitado, bem como ao assegurar ao cidadão 
que os serviços por ele contratados possuam 
um responsável técnico devidamente 
qualificado. Os CREAs executam o serviço de 
 
 
39 
 
fiscalização em empresas públicas e privadas, 
obras, reformas e os mais diversos serviços 
técnicos, exigindo de seus executores a 
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), 
documento que forma o acervo de cada 
profissional e garante à sociedade a certeza de 
que o profissional responsável pela execução do 
trabalho está legalizado. 
 
 
Questões para discussão 
 
1 – Considerando a importância da profissão 
engenharia para a evolução da sociedade, faça 
um texto dissertativo sobre como você entende 
o papel do engenheiro, como veículo de 
transformação social. 
 
2 – Pesquise nos sites do CONFEA e CREA as 
resoluções que estabelecem as competências 
do profissional formado na engenharia que você 
escolheu. Elabore uma resumo sobre o tema. 
 
3 – Faça a leitura da lei Nº 5.194, de 24/12/1966, 
que regulamenta a profissão de Engenheiro no 
Brasil, para uma melhor compreensão do tema. 
 
4 – Faça a leitura da resolução Nº 1.010, de 
22/08/2005 do CONFEA que dispõe sobre a 
regulamentação da atribuição de títulos 
profissionais, atividades, competências e 
caracterização do âmbito de atuação dos 
profissionais inseridos no Sistema 
CONFEA/CREA, para uma melhor compreesão 
sobre o tema. 
 
 
 
 
 
40 
 
Resumo 
 
 Conceitualmente, a engenharia é uma das 
profissões mais antigas do mundo. Desde os 
primeiros registros da humanidade é 
possível identificar ações e obras de 
engenharia. 
 
 A engenharia moderna, com todas as suas 
fundamentações científicas, físicas e 
matemáticas veio corroborar e sedimentar o 
espírito inventivo daqueles que se 
aventuravam na ciência de engendrar. 
 
 A sociedade, direta ou indiretamente, 
depende cada vez mais da engenharia, seja 
para realização de obras e projetos como os 
enumerados anteriormente, ou para, 
simplesmente, viabilizar a vida, projetando 
novos meios de conviver e conservar os 
recursos naturais do nosso planeta. 
 
 São exemplos de trabalhos da engenharia 
que impactaram a sociedade moderna: o 
telefone, as pontes, o computador, a 
geladeira e o tomógrafo. 
 
 O engenheiro é o profissional que deve ser 
visto, acima de tudo, como um agente 
transformador da sociedade em que vive. É 
o indivíduo preparado para avaliar situações 
e propor soluções seguras, eficientes e 
eficazes. Tudo isso demanda tempo e 
esforço. 
 
 Para que o trabalho do engenheiro contribua 
efetivamente para a sociedade, promovendo 
o bem-estar social e o desenvolvimento da 
tecnologia é necessário pensar além, 
imaginar o que ainda não foi feito, trilhar 
novos horizontes. 
 
 A engenharia apresenta um mercado de 
trabalho muito promissor, pois, em razão do 
déficit de engenheiros por ano, há postos 
disponíveis para todos os engenheiros que 
se formam. Para ser inserido da melhor 
forma nesse mercado promissor, o 
engenheiro deve apresentar-se qualificado e 
preparado. 
 
 Por serem amplos os campos de atuação da 
engenharia, torna-se difícil a sua 
concentração em uma única formação. 
 
 No Brasil, a profissão de engenheiro é 
regulamentada pela lei Nº 5.194, de 
24/12/1966, promulgada pela Presidência da 
República. 
 
 O orgão responsável pela fiscalização e 
regulamentação do profissional de 
engenharia no Brasi é o Conselho Nacional 
de Engenharia e Agranomia (CONFEA), 
representado nos estados pelos Conselhos 
Regionais de Engenharia e Agronomia 
(CREAs). 
 
 O Conselho Federal de Engenharia e 
Agronomia foi criado em 11/12/1933, por 
meio do Decreto nº 23.569. Ele regulamenta 
e fiscaliza o exercício profissional dos que 
atuam nas áreas que representa, tendo 
ainda como referência o respeito ao cidadão 
e à natureza. 
 
 
41 
 
 O Conselho Regional de Engenharia e 
Agronomia é o órgão de fiscalização, 
controle, orientação e aprimoramento do 
exercício e das atividades profissionais da 
Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da 
Geografia e da Meteorologia, em seus níveis 
médio e superior, no território de sua 
jurisdição. Era responsável pelos 
profissionais da Arquitetura, mas no final de 
2011 foi criado um conselho específico para 
essa profissão, o CAU, desvinculando-se do 
CREA.
 
 
 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE 4 
ÉTICA PROFISSIONAL E 
TRABALHO EM EQUIPE 
 
 
 
43 
 
4.1 A ética profissional 
 
 
A ética profissional é algo que deve 
fazer parte vida de todo profissional, 
independentemente da sua área de atuação. 
Os princípios éticos devem reger a forma como 
o profissional atua e se relaciona, garantindo 
que sua conduta seja honesta, digna e cidadã, 
sendo fator determinante nos rumos de uma 
sociedade. 
Um profissional ético deve agir sempre 
com: Responsabilidade, Lealdade, Iniciativa, 
Honestidade, Sigilo, Competência, Prudência, 
Perseverança, Compreensão, Humildade e 
Imparcialidade. 
Com o intuito de padronizar a conduta 
profissional, os conselhos reguladores de 
profissão criam seus códigos de ética. A 
resolução 1002/2002 do CONFEA implanta o 
Código de Ética Profissional da Engenharia, 
que é apresentado abaixo. Este documento 
pode ser acessado na íntegra no site do 
CONFEA. 
 
 
Código de Ética Profissional da 
Engenharia, da Agronomia, a Geologia, da 
Geografia e da Meteorologia [12] 
As Entidades Nacionais representativas dos 
profissionais da Engenharia, da Agronomia, da 
Geologia, da Geografia e da Meteorologia 
pactuam e proclamam o presente CÓDIGO DE 
ÉTICA PROFISSIONAL. 
1. Preâmbulo 
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia 
os fundamentos éticos e as condutas 
necessárias à boa e honesta prática das 
profissões da Engenharia, da Agronomia, da 
Geologia, da Geografia e da Meteorologia e 
relaciona direitos e deveres correlatos de seus 
profissionais. 
Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética 
Profissional têm alcance sobre os profissionais 
em geral, quaisquer que sejam seus níveis de 
formação, modalidades ou especializações. 
Art. 3º - As modalidades e especializações 
profissionais poderão estabelecer, em 
consonância com este Código de Ética 
Profissional, preceitos próprios de conduta 
atinentes às suas peculiaridades e 
especificidades. 
 
2. Da identidade das profissões e dos 
profissionais 
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por 
seus perfis próprios, pelo saber científico e 
tecnológico que incorporam, pelas expressões 
artísticas que utilizam e pelos resultados 
sociais, econômicos e ambientais do trabalho 
que realizam.Art. 5º - Os profissionais são os detentores do 
saber especializado de suas profissões e os 
sujeitos proativos do desenvolvimento. 
 Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos 
profissionais voltam-se para o bem-estar e o 
desenvolvimento do homem, em seu ambiente 
e em suas diversas dimensões: como 
indivíduo, família, comunidade, sociedade, 
nação e humanidade; nas suas raízes 
históricas, nas gerações atual e futura. 
 
 
44 
 
Art. 7º - As entidades, instituições e conselhos 
integrantes da organização profissional são 
igualmente permeados pelos preceitos éticos 
das profissões e participantes solidários em 
sua permanente construção, adoção, 
divulgação, preservação e aplicação. 
 
3. Dos princípios éticos 
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos 
seguintes princípios éticos aos quais o 
profissional deve pautar sua conduta: 
 
Do objetivo da profissão: 
I – A profissão é bem social da humanidade 
e o profissional é o agente capaz de exercê-la, 
tendo como objetivos maiores a preservação e 
o desenvolvimento harmônico do ser humano, 
de seu ambiente e de seus valores; 
 
Da natureza da profissão: 
I – A profissão é bem cultural da 
humanidade construído permanentemente 
pelos conhecimentos técnicos e científicos e 
pela criação artística, manifestando-se pela 
prática tecnológica, colocado a serviço da 
melhoria da qualidade de vida do homem; Da 
honradez da profissão: 
II - A profissão é alto título de honra e sua 
prática exige conduta honesta, digna e cidadã; 
 
Da eficácia profissional: 
I - A profissão realiza-se pelo 
cumprimento responsável e competente dos 
compromissos profissionais, munindo-se de 
técnicas adequadas, assegurando os 
resultados propostos e a qualidade satisfatória 
nos serviços e produtos e observando a 
segurança nos seus procedimentos; 
 
Do relacionamento profissional: 
I - A profissão é praticada através do 
relacionamento honesto, justo e com espírito 
progressista dos profissionais para com os 
gestores, ordenadores, destinatários, 
beneficiários e colaboradores de seus 
serviços, com igualdade de tratamento entre 
os profissionais e com lealdade na competição; 
 
Da intervenção profissional sobre o meio: 
I - A profissão é exercida com base nos 
preceitos do desenvolvimento sustentável na 
intervenção sobre os ambientes natural e 
construído e da incolumidade das pessoas, de 
seus bens e de seus valores; Da liberdade e 
segurança profissionais: 
II - A profissão é de livre exercício aos 
qualificados, sendo a segurança de sua prática 
de interesse coletivo. 
4. Dos deveres 
Art. 9º - No exercício da profissão são deveres 
do profissional: 
I – ante o ser humano e seus valores: 
a) oferecer seu saber para o bem da 
humanidade; 
b) harmonizar os interesses pessoais aos 
coletivos; 
c) contribuir para a preservação da 
incolumidade pública; 
d) divulgar os conhecimentos científicos, 
artísticos e tecnológicos inerentes à profissão; 
 
II – ante à profissão: 
 
 
45 
 
a) identificar-se e dedicar-se com zelo à 
profissão; 
b) conservar e desenvolver a cultura da 
profissão; 
c) preservar o bom conceito e o apreço 
social da profissão; 
d) desempenhar sua profissão ou função nos 
limites de suas atribuições e de sua 
capacidade pessoal de realização; 
e) empenhar-se junto aos organismos 
profissionais no sentido da consolidação da 
cidadania e da solidariedade profissional e da 
coibição das transgressões éticas. 
 
III - nas relações com os clientes, 
empregadores e colaboradores: 
a) dispensar tratamento justo a terceiros, 
observando o princípio da equidade; 
b) resguardar o sigilo profissional quando 
do interesse de seu cliente ou empregador, 
salvo em havendo a obrigação legal da 
divulgação ou da informação; 
c) fornecer informação certa, precisa e 
objetiva em publicidade e propaganda pessoal; 
d) atuar com imparcialidade e 
impessoalidade em atos arbitrais e periciais; 
e) considerar o direito de escolha do 
destinatário dos serviços, ofertando-lhe, 
sempre que possível, alternativas viáveis e 
adequadas às demandas em suas propostas; 
f) alertar sobre os riscos e 
responsabilidades relativos às prescrições 
g) técnicas e as consequências 
presumíveis de sua inobservância, 
h) adequar sua forma de expressão 
técnica às necessidades do cliente e às 
normas vigentes aplicáveis; 
 
IV - nas relações com os demais profissionais: 
a) Atuar com lealdade no mercado de 
trabalho, observando o princípio da igualdade 
de condições; 
b) manter-se informado sobre as normas 
que regulamentam o exercício da profissão; 
c) preservar e defender os direitos 
profissionais; 
 
V – Ante ao meio: 
a) orientar o exercício das atividades 
profissionais pelos preceitos do 
b) desenvolvimento sustentável; 
c) atender, quando da elaboração de 
projetos, execução de obras ou criação de 
novos produtos, aos princípios e 
recomendações de conservação de energia e 
de minimização dos impactos ambientais; 
d) considerar em todos os planos, projetos 
e serviços as diretrizes e disposições 
concernentes à preservação e ao 
desenvolvimento dos patrimônios sociocultural 
e ambiental. 
 
5. Das condutas vedadas 
Art. 10 - No exercício da profissão, são 
condutas vedadas ao profissional: 
I - ante ao ser humano e a seus valores: 
a) descumprir voluntária e 
injustificadamente com os deveres do ofício; 
b) usar de privilégio profissional ou 
faculdade decorrente de função de forma 
abusiva, para fins discriminatórios ou para 
auferir vantagens pessoais. 
c) Prestar de má-fé orientação, proposta, 
prescrição técnica ou qualquer ato profissional 
 
 
46 
 
que possa resultar em dano às pessoas ou a 
seus bens patrimoniais; 
II – ante à profissão: 
a) aceitar trabalho, contrato, emprego, 
função ou tarefa para os quais não tenha 
efetiva qualificação; 
b) utilizar indevida ou abusivamente do 
privilégio de exclusividade de direito 
profissional; 
c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento 
que transgrida a éticaprofissional; 
 
III - nas relações com os clientes, 
empregadores e colaboradores: 
a) formular proposta de salários inferiores 
ao mínimo profissional legal; 
b) apresentar proposta de honorários com 
valores vis ou extorsivos ou desrespeitando 
tabelas de honorários mínimos aplicáveis; 
c) usar de artifícios ou expedientes 
enganosos para a obtenção de vantagens 
indevidas, ganhos marginais ou conquista de 
contratos; 
d) usar de artifícios ou expedientes 
enganosos que impeçam o legítimo acesso 
dos colaboradores às devidas promoções ou 
ao desenvolvimento profissional; 
e) descuidar com as medidas de 
segurança e saúde do trabalho sob sua 
coordenação; 
f) suspender serviços contratados, de 
forma injustificada e sem prévia comunicação; 
g) impor ritmo de trabalho excessivo ou, 
exercer pressão psicológica ou assédio moral 
sobre os colaboradores; 
 
IV - nas relações com os demais profissionais: 
a) intervir em trabalho de outro 
profissional sem a devida autorização de seu 
titular, salvo no exercício do dever legal; 
b) referir-se preconceituosamente a outro 
profissional ou profissão; 
c) agir discriminatoriamente em 
detrimento de outro profissional ou profissão; 
d) atentar contra a liberdade do exercício 
da profissão ou contra os direitos de outro 
profissional; 
 
V – ante ao meio: 
a) prestar de má-fé orientação, proposta, 
prescrição técnica ou qualquer ato profissional 
que possa resultar em dano ao ambiente 
natural, à saúde humana ou ao patrimônio 
cultural. 
6. Dos direitos 
Art. 11 - São reconhecidos os direitos coletivos 
universais inerentes às profissões, suas 
modalidades e especializações, 
destacadamente: 
a) à livre associação e organização em 
corporações profissionais; 
b) ao gozo da exclusividade do exercício 
profissional; 
c) ao reconhecimento legal; 
d) à representação institucional. 
 
Art. 12 -

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