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Caso Concreto 9 - CIVIL III

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Caso Concreto 9
QUESTÃO OBJETIVA 1 ? (Juiz do Trabalho ? 1.ª Região ? FCC/2011) A respeito do contrato de prestação de serviço, considere as seguintes afirmações:
I. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos. CERTO CONFORME O Art. 598, CC. A prestação de serviço não se poderá convencionar por mais de quatro anos, embora o contrato tenha por causa o pagamento de dívida de quem o presta, ou se destine à execução de certa e determinada obra. Neste caso, decorridos quatro anos, dar-se-á por findo o contrato, ainda que não concluída a obra.
II. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição. CERTO, CONFORME O Art. 596, CC. Não se tendo estipulado, nem chegado a acordo as partes, fixar-se-á por arbitramento a retribuição, segundo o costume do lugar, o tempo de serviço e sua qualidade.
III. Quando qualquer das partes não souber ler nem escrever, o instrumento de contrato poderá ser firmado por instrumento público ou por instrumento particular assinado a rogo por outrem, na presença de, pelo menos, três testemunhas que o subscreverão. ERRADO, CONFORME O Art. 595,CC. No contrato de prestação de serviço, quando qualquer das partes não souber ler, nem escrever, o instrumento poderá ser assinado a rogo e subscrito por DUAS TESTEMUNHAS
IV. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos. Art. 608,CC. Aquele que aliciar pessoas obrigadas em contrato escrito a prestar serviço a outrem pagará a este a importância que ao prestador de serviço, pelo ajuste desfeito, houvesse de caber durante dois anos. CERTO
V. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume do lugar, as partes não poderão resolvê-lo antes de um mês. ERRADO, CONFORME O Art. 599,CC. Não havendo prazo estipulado, nem se podendo inferir da natureza do contrato, ou do costume do lugar, qualquer das partes, a seu arbítrio, mediante prévio aviso, pode resolver o contrato.
Estão corretas as afirmações
(A) III, IV e V.
(B) I, II e IV. CERTO 
(C) I, III e V.
(D) II, III e IV.
(E) II, IV e V.
QUESTÃO OBJETIVA 2 ? (CESPE ? Prefeitura de Salvador-BA ? Procurador ? 2015) Carlos celebrou contrato de empreitada com João para que este construísse uma casa. No contrato, foi pactuado o fornecimento dos materiais por João e o pagamento da obra por preço certo. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta:
(A) Iniciada a construção, Carlos não poderá suspendê-la sem comprovar justa causa. 
INCORRETA, nos exatos termos do art. 623, do CC: "Mesmo após iniciada a construção, pode o dono da obra suspendê-la, desde que pague ao empreiteiro as despesas e lucros relativos aos serviços já feitos, mais indenização razoável, calculada em função do que ele teria ganho, se concluída a obra".
 (B) Concluída a obra após o prazo previsto no contrato, João deverá receber de forma proporcional ao tempo nela empregado. 
INCORRETA, nos exatos termos interpretativos dos artigos 615 e 616, do CC: "Art. 615 - Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos planos dados, ou das regras técnicas em trabalhos de tal natureza. Art. 616 - No caso da segunda parte do artigo antecedente, pode quem encomendou a obra, em vez de enjeitá-la, recebê-la com abatimento no preço".
(C) A inobservância de regras técnicas não será causa suficiente para a rejeição da obra; nesse caso, o preço deverá ser abatido em proporção correspondente às regras não observadas.
INCORRETA, nos exatos termos do art. 615, do CC: "Art. 615 - Concluída a obra de acordo com o ajuste, ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Poderá, porém, rejeitá-la, se o empreiteiro se afastou das instruções recebidas e dos plkanos dados, ou das regras técnicdas em trabalhos dse tal natureza".
(D) Carlos não poderá alterar o projeto após o início da construção.
INCORRETA, nos exatos termos do art. 621, do CC: "Art. 621 - Sem anuência de seu autor, não pode o proprietário da obra introduzir modificações no projeto por ele aprovado, ainda que a execução seja confiada a terceiros, a não ser que, por motivos supervenientes ou razões de ordem técnica, fique comprovada a inconveniência ou a excessiva onerosidade de execução do projeto em sua forma originária".
(E) Até a data em que Carlos receber a obra, os riscos da construção correrão por conta de João.
CORRETA, nos exatos termos do art. 611, do CC: "Quando o empreiteiro fornece os materiais, correm por sua conta os riscos até o momento da entrega da obra, a contento de quem a encomendou, se este não estiver em mora dse receber. Mas se estiver, por sua conta correrão os riscos".
QUESTÃO SUBJETIVA– (FCC/2018/TRT/2ª REGIÃO/Analista Judiciário/Adaptada)
Josué, proprietário de um terreno na cidade de Itaquaquecetuba/SP, firmou contrato de empreitada com o empreiteiro Manoel, envolvendo trabalho e materiais, para construção de um imóvel comercial no local. No curso da obra o arquiteto contratado pelo dono da obra Josué, com a anuência deste, apresenta diversas modificações substanciais, desproporcionais ao projeto originalmente aprovado para o contrato celebrado entre as partes. Neste caso, se Josué exigir que as modificações sejam realizadas pelo empreiteiro Manoel, nos termos estabelecidos pelo Código Civil, que providências poderá este adotar? 
RESPOSTA : Manoel poderá suspender a obra ainda que Josué arque com o acréscimo do preço, conforme o Art. 625, CC:” Poderá o empreiteiro suspender a obra: I. por culpa do dono, ou por motivo de força maior; II. quando, no decorrer dos serviços, se manifestarem dificuldades imprevisíveis de execução, resultantes de causas geológicas ou hídricas, ou outras semelhantes, de modo que torne a empreitada excessivamente onerosa, e o dono da obra se opuser ao reajuste do preço inerente ao projeto por ele elaborado, observados os preços; III. se as modificações exigidas pelo dono da obra, por seu vulto e natureza, forem desproporcionais ao projeto aprovado, ainda que o dono se disponha a arcar com o acréscimo de preço.”
Nesse sentido o entendimento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios TJ-DF : 0046863-88.2013.8.07.0001 0046863-88.2013.8.07.0001
Ementa
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO C/C INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS. CONTRATO DE EMPREITADA. MODIFICAÇÕES DOS SERVIÇOS PELO CONTRATANTE. CULPA PELO INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. DANOS MATERIAIS NÃO DEVIDOS. MANUTENÇÃO DO CONTRATO. BOA-FÉ OBJETIVA. RECURSO NÃO PROVIDO.
1. Comprovada justa causa para a suspensão do contrato de empreitada mista de reforma residencial, nos termos do art. 625 do Código Civil, uma vez que houve diversas interferências do dono da obra na execução dos serviços, sem a devida contraprestação, o que ocasionou o desequilíbrio do contrato.
2. Os contratos devem ser orientados segundo o princípio da boa-fé objetiva, com a preservação da confiança e do dever de lealdade, razão pela qual não se mostra razoável o pedido de rescisão do contrato de empreitada e de ressarcimento de valores, quando os serviços contratados foram cumpridos quase que na integralidade, e justificada a suspensão do contrato por exclusiva culpa do contratante.
3. Apelação conhecida, mas não provida. Unânime.
Acórdão
CONHECER E NEGAR PROVIMENTO, UNÂNIME

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