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pdf_23 _2_FORMAC_A_O_DOS_CONTRATOS

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Profa. Dra. Cris,na Lucia Seabra Iorio
FORMAÇÃO DOS 
CONTRATOS
Profa. Dra. Cris Seabra Iorio
cris1na.iorio@estacio.br
@prof.crisiorio
@crn1lsa
Situaçãoproblema: Eu sintome inclinado a comprar um objecto, que vi e do qual me convém 
serproprietário. Resisto ou cedo logo ao impulso do desejo, que me arrasta para o objecto, 
discuto asvantagens e desvantagens da obtenção, e, afinal, minha vontade, cedendo à 
solicitação dos motivosmais fortes, vae a traduzirse em acto. Supponho que venceu o desejo de 
possuir o objeto em questão,começo a externar a minha volição, propondo, a alguém que 
possue o que eu ambiciono, que seresolva a m?o ceder. Na mente desse alguém, suscitará a 
minha proposta as mesmas phases daelaboração psychica, porque o pensamento passou em 
meu espírito, até que sua vontade convirja ounão para o ponto em que estacionou a minha. Se 
convergir, será nossos interesses, ou o que se nosafigura tal, realizaram seu encontro 
harmônico, achamse em congruência actual. Para mim era maisútil, no momento, possuir o 
objecto em questão do que a somma a desembolsar ou o serviço a prestar;para o possuidor do 
objecto, era mais vantajoso do que possuílo receber o que eu lhe oferecia. Com amanifestação 
em divergência de nossa vontade iniciase o contracto. (BEVILÁQUA ApudGAGLIANO, Pablo 
Stolze; PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Manual de Direito Civil. 2. ed. São Paulo:Saraiva, 2019, p. 
453454)
QUESTÃO SUBJETIVA– (FGV/OAB 2010.2/Adaptada) Durante dez anos, 
empregados de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, 
gratuitamente, sementes de tomate entre agricultores de uma certa 
região. A cada ano, os empregados da fabricante procuravam os 
agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra produzida. No ano 
de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre fazia, mas não 
retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a fabricante 
recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que havia 
responsabilidade pré-contratual da fabricante. Explique o que significa a 
responsabilidade pré-contratual, fundamentando se a decisão do tribunal 
foi acertada.
Formação dos Contratos
• Formação dos contratos
A formação dos contratos estuda o iter 
contractus, ou seja, o caminho percorrido pelas 
partes para formação do vínculo contratual.
A formação dos contratos é um processo que 
decorre de uma série de atos e comportamentos 
das partes que visam à realização de um interesse 
comum.
Considerando a obrigação como um processo, 
pode-se iden\ficar três grandes fases do processo 
contratual: fase pré-contratual; fase contratual e 
fase pós-contratual.
São fases (não obrigatórias) 
da formação dos contratos:
üNegociações preliminares;
üOferta;
üAceitação;
üContrato preliminar;
üContrato defini\vo ou 
conclusão do contrato.
O Fenômeno da Formação 
dos Contratos
1) Fase de puntuação ou negociações 
preliminares ;
2) Fase de proposta ou oferta
3) Fase da aceitação 
Ø Nesta fase ocorrem as trata\vas para a 
celebração do contrato
Ø Não há vínculo jurídico entre os 
negociantes, portanto, a não conclusão 
do contrato não gera responsabilidade 
civil contratual.
Ø Nesta fase pode até exis\r a elaboração 
de um esboço de contrato, que recebe o 
nome técnico de minuta, mas não há 
contrato, há apenas acordo.
Ø Consiste em etapa pré-contratual, não há 
força obrigatória
Ø Aplicação do art. 422 do CC à 
negociações preliminares
1. negociações preliminares 
(puntuação): 
Art. 422. Os contratantes são obrigados 
a guardar, assim na conclusão do 
contrato, como em sua execução, os 
princípios de probidade e boa-fé.
Enunciado nº 170., III Jornada de Direito
Civil - A boa-fé objetiva deve ser observada
pelas partes na fase de negociações
preliminares e após a execução do contrato,
quando tal exigência decorrer da natureza do
contrato.
Enunciado 24, I Jornada de Direito Civil –
Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé,
positivado no art. 422 do novo CC, a violação
dos deveres anexos constitui espécie de ina-
dimplemento, independentemente de culpa.
Enunciado 25, I Jornada de Direito Civil –
Art. 422: o art. 422 do CC não inviabiliza a
aplicação pelo julgador do princípio da boa-fé
nas fases pré-contratual e pós-contratual.
ØO aspecto mais relevante 
dessa fase é em relação a 
desistência injus\ficada das 
negociações preliminares. 
Até que ponto é lícita a 
recusa de contratar?
ü trata-se de regular exercício 
do direito
ü Função social do contrato, 
boa-fé e princípios gerais do 
direito
üHá responsabilidade pela 
não celebração do contrato 
defini\vo? Responsabilidade 
contratual ou 
extracontratual?
Para Maria Helena Diniz não haverá a 
responsabilidade contratual nessa fase do negócio, 
pois esta fase não cria direitos nem obrigações, Mas 
tem por objeto O preparo do consentimento das 
partes para conclusão do negócio jurídico 
contratual, não estabelecendo qualquer laço 
convencional. Entendi, Que excepcionalmente, pode 
haver responsabilidade pré-contratual, No campo 
da culpa aquiliana, fundada nos art, 186 e 927 do 
CC.
Par\dários da solução extracontratual 
– corrente majoritária: Cris\ano 
Zanel, Antonio Chaves, Antonio 
Junqueira de Azevedo, Carlos Alberto 
Bimar, Caio Mario da Silva Pereira.
Franquia. Contrato. Negociações preliminares. Responsabilidade civil pré-
contratual. Inves\mentos feitos pela autora, que \nha justa expecta\va a\nente à 
celebração do contrato de franquia. Rompimento das negociações pela ré. 
Alegação de que a autora teria causado prejuízos, explorando a marca, sem o 
pagamento da devida contraprestação. Falta de prova a respeito deste fato 
alegado. Ausência de justa razão para o rompimento das trata\vas. Ré que criou 
expecta\va a respeito da conclusão do negócio. Nome da autora que foi veiculado 
no site da ré como franqueada. Apoio prestado pela ré durante a tomada de 
providências pela autora no estabelecimento do negócio. Má-fé da ré 
caracterizada. Dever de indenizar a autora pelas despesas por ela contraídas na 
instalação da franquia. Dano moral não configurado. Dissabor ínsito às relações 
empresariais. Recurso parcialmente provido. TJ-SP - Apelação Cível: AC 
10086765020138260361 SP 1008676-50.2013.8.26.0361
Jurisprudência • Acórdão • Data de publicação: 19/09/2019
TJ-DF - 7297007320218070001 1429160
Jurisprudência • Acórdão • Data de publicação: 21/06/2022
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR. REFORMA DA SENTENÇA. PEDIDO FORMULADO EM 
CONTRARRAZÕES. NÃO CABIMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. PEDIDO DE VENDA NA CONCESSIONÁRIA. VEÍCULO 
USADO. FORMAÇÃO DO CONTRATO. FASE DE MERAS NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES (PUNTUAÇÃO). NÃO 
VINCULAÇÃO JURÍDICA DAS PARTES. MULTA POR DESISTÊNCIA INJUSTIFICADA. NÃO EXIGÍVEL. MANUTENÇÃO 
DA IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO DE COBRANÇA DE MULTA. É descabida a u`lização das contrarrazões para 
pleitear a reforma da sentença quanto à matéria que deveria ter sido tratada em recurso de apelação. As 
contrarrazões não podem ser usadas como mecanismo de alargamento das matérias devolvidas pela apelação. 
É sabido que o contrato civil nasce da conjunção de duas ou mais vontades coincidentes (autonomia privada), 
podendo ser iden`ficadas quatro fases de sua formação, segundo a doutrina pátria majoritária: fase de 
negociações preliminares ou de puntuação; fase de proposta, policitação ou oblação; fase de contrato 
preliminar; e fase de contrato defini`vo ou de conclusão do contrato. A fase de negociações preliminares é 
anterior à formalização da proposta, tratando-se de momento em que as partes entabulam conversações 
prévias, e cuja caracterís`ca básica é a não vinculação das partes a uma relação jurídica obrigacional. Desse 
modo, há nas negociações preliminares a premissa de liberdade para negociar e, caso alguma das partes não 
tenha interesse em prosseguir com o negócio, pode escolher não contratar ao final, sem que isso implique em 
penalidades pela desistência da contratação. Configurado, no caso concreto, o pedido de venda de veículo 
usado como mera negociação preliminar(fase de puntuação), é inexigível, em desfavor do consumidor, a 
multa por desistência injus`ficada, no percentual de 5% do valor do veículo.
2. FASE DA PROPOSTA OU OFERTA
CONCEITO: A proposta é uma declaração 
unilateral de vontade receptícia, estando 
sujeita à aceitação da outra parte para 
que produza seus efeitos.
SUJEITOS DA PROPOSTA:
Øproponente, policitante ou 
solicitante
Ø solicitado, policitado ou oblato
Qual a dis2nção entre proposta e negociação?
• Negociações Preliminares
• o que ocorre é a discussão 
dos sujeitos sobre um possível 
futuro contrato e, embora haja 
intenção de contratar, não há 
efetiva proposta e nem efetiva 
oferta. Há debates, discussões 
sobre algo que poderá vir a ser. 
é como se ambos os sujeitos 
dissessem: “seria possível, 
viável, um contrato com tais 
contornos? 
• Proposta
• Na proposta, um dos sujeitos 
se apresenta a outro ou 
outros e efe\vamente 
manifesta a sua vontade de 
contratar. É como se um dos 
sujeitos dissesse “quero 
contratar com esses 
contornos, você aceita?”
“Art. 427. A proposta de contrato obriga 
o proponente, se o contrário não 
resultar dos termos dela, da natureza do 
negócio, ou das circunstâncias do caso”.
De que forma o proponente se 
desobriga da proposta?
- Proposta é feita entre 
presentes?
- Proposta feita entre ausentes?
- Oferta ao público
• Proposta entre Presente
• sentre presentes (inter 
praesentes) - ocorre quando o 
proponente se encontra na 
presença do oblato (aquele a 
quem se dirige a proposta), ou, 
ainda, quando é feita por 
telefone ou outro meio de 
comunicação semelhante, como 
os serviços de comunicação 
instantânea na Internet.
• Proposta entre Ausentes
entre ausentes (inter absentes) - 
o policitante não se encontrar 
na presença do oblato, nem 
está em contato com ele por 
telefone ou outro meio de 
comunicação instantânea.
Art. 428. Deixa de ser obrigatória a proposta:
I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não 
foi imediatamente aceita. Considera-se 
também presente a pessoa que contrata por 
telefone ou por meio de comunicação 
semelhante;
II - se, feita sem prazo a pessoa ausente, =ver 
decorrido tempo suficiente para chegar a 
resposta ao conhecimento do proponente;
III - se, feita a pessoa ausente, não =ver sido 
expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV - se, antes dela, ou simultaneamente, 
chegar ao conhecimento da outra parte a 
retratação do proponente.
v. Enuniado 173 II JDC- CJF
Art. 429. A oferta ao público equivale a 
proposta quando encerra os requisitos 
essenciais ao contrato, salvo se o contrário 
resultar das circunstâncias ou dos usos.
Parágrafo único. Pode revogar-se a oferta 
pela mesma via de sua divulgação, desde 
que ressalvada esta faculdade na oferta 
realizada.
§ - TEORIA DA DECLARAÇÃO: Por essa teoria, o 
contrato é firmado no momento que o aceitante 
redige a sua resposta.
§ - TEORIA DA EXPEDIÇÃO: Considera formação 
do contrato no momento que aceitação é expedida. 
(art. 434, CC, Clovis Bevilacqua)
§ - TEORIA DA RECEPÇÃO: O momento de 
formalização do contrato é quando o proponente 
RECEBE a aceitação. Isso é diferente a Teoria da 
Cognição, tomar conhecimento é diferente de 
receber. (art. 433, CC – Carlos R. Gonçalves)
TEORIAS DA FORMAÇÃO DO 
CONTRATO
Art. 430. Se a aceitação, por 
circunstância imprevista, chegar tarde 
ao conhecimento do proponente, 
este comunicá-lo-á imediatamente ao 
aceitante, sob pena de responder por 
perdas e danos.
Art. 431. A aceitação fora do prazo, 
com adições, restrições, ou 
modificações, importará nova 
proposta.
Art. 432. Se o negócio for daqueles em que não 
seja costume a aceitação expressa, ou o 
proponente a tiver dispensado, reputar-se-á 
concluído o contrato, não chegando a tempo a 
recusa.
Assim, a aceitação pode ser:
§ expressa
§ tácita 
O silêncio excepcionalmente será considerado 
como uma forma de manifestação de vontade e 
se revela:
Ø quando “o negócio for daqueles em 
que não seja costume a aceitação 
expressa”;
Ø quando “o proponente a tiver 
dispensado”
Art. 433. Considera-se inexistente a aceitação, se 
antes dela ou com ela chegar ao proponente a 
retratação do aceitante.
A manifestação de vontade, no entanto, não terá 
força vinculante quando:
a) “embora expedida a tempo, por moDvos 
imprevistos, chegar tarde ao conhecimento do 
proponente”, que pelo atraso involuntário já 
celebrou negócio com outra pessoa. Nesses 
casos, o proponente para se isentar de 
responsabilidade deve comunicar 
imediatamente ao aceitante as razões da não 
conclusão do acordo (art. 430, CC);
b) “se antes da aceitação, ou com ela, chegar 
ao proponente a retratação do aceitante” (art. 
433, CC); nesta hipótese fica caracterizada a 
ineficácia superveniente da aceitação.
Art. 434. Os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que 
a aceitação é expedida, exceto:
I - no caso do arMgo antecedente;
II - se o proponente se houver compromeMdo a esperar resposta;
III - se ela não chegar no prazo convencionado.
Repele-se a Teoria da expedição:
• Lugar de formação dos contratos
ü Art. 435, CC (disposiDva); art. Art. 9º, § 2º 
LINDn(contratos internacionais)
ü O local de formação do contrato é aquele em 
que se realiza a proposta, não sendo 
necessariamente coincidente com o local em 
que se realizará o cumprimento das 
prestações, ressalvando-se que esta regra 
nem sempre será aplicada no caso de 
contratação eletrônica.
ü O princípio da autonomia privada permite 
que as partes escolham o foro competente 
para a execução das obrigações na dicção do 
art. 78, do Código Civil, sendo miDgada nos 
contratos de adesão.
ü Determinar o lugar de formação dos contratos é 
importante para as situações em que este não 
coincide com o foro de eleição contratual.
ü O local de formação do contrato é aquele em 
que se realiza a proposta, não sendo 
necessariamente coincidente com o local em 
que se realizará o cumprimento das prestações. 
(art. 435, CC e art. 9°, §2°, LICC), 
ressalvando-se que esta regra nem sempre será 
aplicada no caso de contratação eletrônica.
ü O lugar de formação dos contratos é aquele em 
que se realiza a proposta, conforme disposto no 
art. 435, CC.
ü A norma contida no art. 435, CC é dispositiva, ou 
seja, admite previsão em contrário.
ü O princípio da autonomia privada permite que 
as partes escolham o foro competente para a 
execução das obrigações na dicção do art. 78, 
do Código Civil, sendo mitigada nos contratos de 
adesão
Contrato Preliminar – arts. 462 a 466 do CC
É o que se denomina contrato preliminar, contrato 
promissório, compromisso, promessa ou pré-contrato 
- o contrato cujo objeto é a celebração de um outro 
contrato, futuro, chamado de definiNvo. As partes são 
chamados de promitentes, sendo o vocábulo 
promissário às vezes uNlizado para se referir à parte 
credora, como, por exemplo, “promissário donatário”.
O contrato preliminar tem lugar todas as vezes que, 
por alguma razão, não podem as partes celebrar o 
contrato definiNvo desde logo.
ü Regra: irretratável
ü Exceção: pode conter cláusula penitencial, que é 
uma cláusula contratual que autoriza um 
arrependimento
Formação dos Contratos
O contrato com es\pulação em favor de terceiro é composto por:
· Es\pulante: é aquele que es\pula que alguém realize uma obrigação 
em favor de terceiro.
· Promitente: é aquele que realiza o contrato com o es\pulante se 
obrigando a realizar algo em favor de um terceiro.
· Terceiro ou beneficiário: é aquele que não integra os polos da relação 
jurídica contratual, entretanto, é o beneficiário do objeto contratual firmado 
entre es\pulante e promitente
EsQpulações contratuais em relação a terceiros - Contratos Peculiares
Es1pulação em Favor de Terceiro – arts. 436 a 438 do CC
Seção III
Da Estipulação em Favor de Terceiro
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode 
exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se 
estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, 
ficando, todavia, sujeitoàs condições e normas do 
contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o 
inovar nos termos do art. 438 .
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o 
contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a 
execução, não poderá o estipulante exonerar o 
devedor.
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito 
de substituir o terceiro designado no contrato, 
independentemente da sua anuência e da do outro 
contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por 
ato entre vivos ou por disposição de última 
vontade.
Estipulações contratuais em relação a terceiros - 
Contratos Peculiares
v Es<pulação em Favor de Terceiro – arts. 436 a 438 
do CC
• Princípio da relaDvidade dos efeitos contratuais: os 
contratos geram efeitos apenas entre as partes, 
nos limites impostos pela lei e pelo exercício da 
autonomia privada.
• A regra geral é, portanto, que os contratos 
produzem efeitos tão-somente aos contratantes
• Gratuidade é uma caraterísDca fundamental, 
sendo inadmissível a exigência de contraprestação 
por parte do terceiro interessado para que possa 
este receber os bene_cios pactuados
• A gratuidade não obsta a possibilidade de encargo 
ao terceiro
• Não é necessário consenDmento do beneficiário
• Natureza jurídica?
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
Es1pulações contratuais em relação a terceiros - Contratos Peculiares
Há, pois, dois momentos na es1pulação em favor de terceiro:
a) Antes da aceitação do beneficiário. Nesta fase, o es\pulante pode 
revogar a qualquer tempo o beneucio. 
b) Depois da aceitação do beneficiário. Nesta fase, a es\pulação torna-se 
irretratável, excetuando somente a situação descrita no art. 438. A 
possibilidade de subs\tuição revela o caráter disposi\vo da 
irretratabilidade da es\pulação. Todavia, a subs\tuição deve ser 
expressa.
Promessa de fato de terceiro – arts. 439 
a 440 do CC
Seção IV
Da Promessa de Fato de Terceiro
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato 
de terceiro responderá por perdas e danos, 
quando este o não executar.
Parágrafo único. Tal responsabilidade não 
existirá se o terceiro for o cônjuge do 
promitente, dependendo da sua anuência 
o ato a ser praticado, e desde que, pelo 
regime do casamento, a indenização, de 
algum modo, venha a recair sobre os seus 
bens.
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para 
quem se comprometer por outrem, se este, 
depois de se ter obrigado, faltar à 
prestação.
• Promitente – garanNdor de fato alheio, mas 
promete um fato próprio, uma obrigação de 
fazer
• Responsabilidade objeNva – obrigação de 
resultado, possíveis excludentes: fortuito. 
• Exceção: parágrafo único do art. 439. (ex: 
contratos translaNvos de propriedade 
imobiliária em regime diverso da separação de 
bens)
• Caso o terceiro assuma o contrato com 
cláusula de solidariedade, não exclusão da 
responsabilidade do promitente. (art. 265, CC)
• Natureza jurídica: para Pablo Stolze: negócio 
jurídico submeNdo a um fator eficacial, ou seja, 
a um elemento acidental que limita não o 
debitum (a relação obrigacional em si mesma), 
mas sim a obliga,o (a responsabilidade civil 
pelo descumprimento do contrato)
CONTRATOS. TELEVISÃO. JOGOS.A confederação que engloba os `mes de certa a`vidade despor`va firmou contrato 
com a empresa de televisão a cabo, pelo qual lhe cedia, com exclusividade, os direitos de transmissão ao vivo dos jogos 
em todo o território nacional, referentes a determinada temporada. Sucede que 16 `mes, em conjunto com a 
associação que formaram, e outra empresa de televisão também firmaram contratos com o mesmo obje`vo. Daí a 
interposição dos recursos especiais. Pela análise do contexto, conclui-se que, apesar de figurar no primeiro contrato 
como cedente e detentora dos direitos em questão, a confederação firmou, em verdade, promessa de fato de
terceiro: a prestação de fato a ser cumprido por outra pessoa (no caso, os Fmes), cabendo ao devedor
(confederação) obter a anuência dela quanto a isso, tratando-se, pois, de uma obrigação de resultado. Pela lei vigente 
à época (art. 24 da Lei n. 8.672/1993), somente os `mes de`nham o direito de autorizar a transmissão de seus jogos. 
Assim, visto que a confederação não detém o direito de transmissão, cumpriria a ela obter a anuência dos `mes ao 
contrato que firmou, obrigação que constava de cláusula contratual expressa. O esvaziamento desse intento, tal como 
atesta no`ficação posta nos autos realizada pela própria confederação, de que não conseguiu a anuência dos clubes, 
enseja a resolução (ex`nção) desse contrato e sua responsabilização por perdas e danos (art. 929 do CC/1916, hoje art. 
439 do CC/2002). Contudo, não se fala em nulidade ou ineficácia, pois, houve, sim, a inexecução (inadimplemento) de 
contrato válido, tal como concluiu o tribunal a quo. Tampouco há falar em responsabilidade solidária dos `mes porque, 
em relação ao contrato firmado pela confederação, são terceiros estranhos à relação jurídica, pois só se vinculariam a 
ele se cumprida a aludida obrigação que incumbia ao promitente, o que, como dito, não se realizou. Já a associação, 
mesmo que tenha anuído a esse contrato, não pode ser responsabilizada juntamente com a confederação: não há 
previsão contratual nesse sen`do e pesa o fato de que a obrigação de obter a aceitação incumbia apenas à 
confederação, quanto mais se a execução dependia unicamente dos `mes, que têm personalidades jurídicas dis`ntas 
da associação que par`cipam e são os verdadeiros `tulares do direito. Com esse e outros fundamentos, a Turma negou 
provimento aos especiais. REsp 249.008-RJ, Rel. Min. Vasco Della GiusFna (Desembargador convocado do TJ-RS), 
julgado em 24/8/2010.
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp249008
Do Contrato com Pessoa a Declarar
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das 
partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir 
os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo 
de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido 
estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se 
não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o 
contrato.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos 
antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações 
decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi 
celebrado.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes 
originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a 
aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o 
desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no 
momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os 
contratantes originários.
Ø O contrato com pessoa a declarar está 
previsto nos arts. 467 a 471 do CC/02 e 
não fora previsto pelo CC/16.
Ø Cuida-se de espécie bastante peculiar de 
contrato em que uma das partes 
constantes afirma contratar por terceiro, 
que não quer se revelar naquele 
momento. Destarte, contrata em nome 
próprio, mas se reserva a faculdade de 
indicar posteriormente o terceiro, que 
adquirirá os direitos e assumirá as 
obrigações decorrentes do contrato, com 
isso desonerando contratante original. 
Ø A cláusula em que se faz esse ajuste se 
denomina pro amico eligendo ou pro 
amico electo (para a pessoa a nomear) ou 
sibi aut amico vel eligendo (para si ou pela 
escolha de um amigo).
Ø Incompauvel com relações obrigacionais 
personalíssimas
OBRIGADA!
Prof. Dra. Cris1na Lucia Seabra Iorio
cris,na.iorio@estacio.br
@prof.crisiorio
@crn1lsa

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