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Apostila Praticas Fisioterapia I

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1	
  
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO - FISIOTERAPIA 
 
 
Material de estudo para realização das 
provas de DP/ADAP 
 
 
Disciplina: Práticas de Fisioterapia I 
 
 
 
 
 
 
2020-1 
 
	
   2	
  
1. História da Fisioterapia 
	
  
A Fisioterapia é uma ciência tão antiga quanto o homem. Surgiu com as primeiras 
tentativas dos ancestrais de diminuir uma dor esfregando o local dolorido e evoluiu ao 
longo do tempo com a sofisticação, principalmente, das técnicas de exercícios 
terapêuticos. 
A Fisioterapia como profissão nasceu em meados do século XX, quando as duas guerras 
mundiais causaram um grande número de lesões e ferimentos graves que necessitavam 
de uma abordagem de reabilitação para reinserir as pessoas afetadas novamente em 
uma vida ativa. Inicialmente executada por voluntários nos campos de batalha, a 
Fisioterapia acompanhou as grandes mudanças e transformações do século XX e os 
profissionais que a desempenhavam souberam agregar novas descobertas e técnicas às 
suas práticas, sofisticando e desenvolvendo uma ciência própria e um campo específico 
de atuação, independente das outras áreas da saúde. 
Ainda uma ciência em construção, os paradigmas da profissão se encontram 
abertos e em franca evolução, sempre em busca de mais conhecimento cientifico, 
revertendo-o em prol da comunidade. 
No Brasil, a Fisioterapia iniciou-se dentro da Santa Casa de Misericórdia de São 
Paulo, em 1929, mas foi só em 1951 que foi criado o primeiro curso para formação de 
fisioterapeutas, na época denominados técnicos, com duração de um ano. 
Em 1959 foi criada a Associação Brasileira de Fisioterapeutas (ABF), que se filiou 
a WCPT (World Confederation for Physical Therapy), cujo objetivo era buscar o amparo 
técnico-científico e sócio-cultural para o desenvolvimento da profissão. Somente no dia 
13 de outubro de 1969, a profissão adquiriu seus direitos, por meio do Decreto-lei nº 
938/69, no qual a Fisioterapia foi reconhecida como um curso de nível superior e 
definitivamente regulamentada. 
 
 
 
 
	
   3	
  
 
 
 
	
   4	
  
 
	
  
	
  
2. Conceito de Fisioterapia e Fisioterapeuta e Símbolo da Fisioterapia 
 
Leitura do: Decreto Lei 938, de 13 de outubro de 1969 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-lei-938-13-outubro-1969- 
375357-publicacaooriginal-1-pe.html 
De acordo com o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), a 
	
   5	
  
Fisioterapia é uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos 
funcionais intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações 
genéticas, por traumas e por doenças adquiridas. Fundamenta suas ações em 
mecanismos terapêuticos próprios, sistematizados pelos estudos da Biologia, das 
ciências morfológicas, das ciências fisiológicas, das patologias, da bioquímica, da 
biofísica, da biomecânica, da cinesia, da sinergia funcional, e da cinesia patologia de 
órgãos e sistemas do corpo humano e as disciplinas comportamentais e sociais. 
Fisioterapeuta é o profissional de Saúde, devidamente registrado em seu Conselho 
Regional, com formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos 
distúrbios cinéticos funcionais (Diagnóstico Cinesiológico Funcional), à prescrição das 
condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente, bem como, o 
acompanhamento da evolução do quadro clínico funcional e as condições para alta do 
serviço. 	
  
	
  
SÍMBOLO DA FISIOTERAPIA 
	
  
 
 
 
A Fisioterapia finalmente tem a sua marca. Depois de muitos anos em que proliferaram 
inúmeras variações da imagem tradicional do raio e das duas serpentes, com inúmeras 
variações de cores e de forma, o COFFITO definiu – através de Resolução normativa n° 
232, de 27 de fevereiro de 2002 – a forma definitiva de apresentação e utilização do 
	
   6	
  
símbolo que identifica esta atividade profissional. 
Desenvolvida sob supervisão do fisioterapeuta dr. Carlos Alberto Esteu Tribuzy, 
conselheiro-suplente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o 
símbolo encontra-se em fase de registro no INPI – Instituto Nacional de Propriedade 
Industrial. O dr. Tribuzy apresenta o significado desta simbologia. “A serpente (no caso do 
símbolo da Fisioterapia são duas, entrelaçadas no raio de cima para baixo, uma delas da 
esquerda para a direita e outra da direita para a esquerda) é, há milênios, associada a 
sabedoria e a transmissão e utilização do conhecimento apreendido de forma sábia Já o 
raio, com seu brilho intenso, é uma forma, utilizada desde a antiguidade para transmitir e 
identificar, de forma consciente, os valores e práticas corretas de vida’. 
O símbolo agora normatizado tem seu uso autorizado no âmbito do Sistema 
COFFITO/CREFITOs; nas Forças Armadas, como insígnia profissional, de indivíduo, com 
patente de oficial, graduado em grau universitário superior em Fisioterapia; por 
profissionais fisioterapeutas com registro em CREFITO e por pessoas físicas ou jurídicas, 
desde que expressamente autorizadas pelo COFFITO. 
 
RESOLUÇÃO Nº 232, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2002 
 
Dispõe sobre o Símbolo Oficial da Fisioterapia e dá outras providências. 
O Plenário do CONSELHO FEDERAL DE FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL – 
COFFITO, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, na 97a Reunião 
Ordinária, realizada aos dias 08, 
09 e 10 de janeiro de 2002, na sede da Instituição, SRTS – Quadra 701 – Conj. L – 
Edifício Assis Chateaubriand, Bloco II, Salas 602/614, Bras1ia – DF, em conformidade 
com a competência prevista no inciso II, do Art. 5°, da Lei n° 6.316, de 17.12.1975; 
RESOLVE: 
Art. 1° – Ficam aprovados e oficializados o símbolo, o anel de grau e o manual de 
identidade visual da Fisioterapia: 
 
I – SÍMBOLO 
 
Símbolo da Fisioterapia a) RAIO – com comprimento de 9.5/ 10 do eixo maior interno do 
CAMAFEU (elipse), tendo nas extremidades superior e inferior largura zero e em sua 
parte mais ampla 0.5/10 do eixo citado; com impressão em 4 (quatro) cores, em escala 
CMYK na cor dourado (C7/M30/Y100/K15); b) SERPENTES – enrolar-se-ão no raio de 
cima para baixo, uma da esquerda para a direita e a outra da direita para a esquerda em 
forma elíptica, passando pela frente, por trás, pela frente e parte superior e inferior do raio 
respectivamente, tendo a maior distância entre elas de 4/10 do eixo maior interno do 
Camafeu e na parte superior da extremidade do raio à distância de 1.2/10 do eixo maior 
	
   7	
  
interno do Camafeu e na parte inferior da extremidade do raio à distância de 0.3/ 10 do 
eixo maior interno do Camafeu, com impressão em 4(quatro) cores, escala CMYK, nas 
cores: verde (C100/MO/Y90/K40) e preta (KIOO); c) CAMAFEU – terá na borda a largura 
de 0.5/10 do seu eixo maior interno (eixo vertical) e, no seu eixo menor interno (eixo 
horizontal) o comprimento de 8/10 da referida medida com impressão de sua borda em 
quatro cores, escala CMYK, nas cores: marrom (C60/M70/Y80/KIO) e preta (KIOO), em 
fundo branco; d) A inscrição das palavras Fisioterapeuta ou Fisioterapia, terá o 
comprimento de 2.4/10 e 2/10 do eixo maior interno do Camafeu respectivamente, 
arqueado para baixo, acompanhando a linha do desenho, com impressão a 04 (quatro) 
cores em escala CMYK, na cor preta (KIOO). 
 
I I- ANEL 
 
ANEL – uma esmeralda engastada em aro de ouro, ostentando de um lado duas 
serpentes entrelaçadas e do outro a figura do raio, ambos na forma decomposta do 
símbolo aprovado nesta res olução; Art. 2° – O Símbolo Oficial da Fisioterapia, ora 
aprovado, é propriedade cultural da classe dos Fisioterapeutas e seu uso será 
autorizado, controlado e supervisionado pelo COFFITO. 
 
Art. 3° – O Símbolo Oficial da Fisioterapia, descrito nesta Resolução, tem seu uso 
autorizado: 
 
I – no âmbito do Sistema COFFITO/CREFITOs; II – nas Forças Armadas, nas Polícias 
Militares e Corpos de Bombeiros Militares como insígnia 
profissional de indivíduo com patente de oficial, graduado em grau universitário superior 
em Fisioterapia; 
III –por profissionais Fisioterapeutas com registro em CREFITO. IV – por pessoas físicas 
ou jurídicas, desde que expressamente autorizadas pelo COFFITO. Art. 4° – O Símbolo 
Oficial da Fisioterapia poderá ser utilizado como segundo brasão nos 
documentos oficiais do COFFITO e dos CREFITOs. Art. 5° – O Manual de Identidade 
Visual poderá ser obtido junto ao COFFITO e CREFITOs; Art. 6° – Os casos omissos 
serão deliberados pelo Plenário do COFFITO. Art. 7° – Esta Resolução entra em vigor na 
data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Fonte: 
www.crefito8.org.br 
 
3. Órgãos fiscalizadores que representam os Fisioterapeutas – COFFITO E 
CREFITO 
	
   8	
  
 
 
 
ÓRGÃOS FISCALIZADORES COFFITO: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional. É uma Autarquia Federal criada pela Lei nº 6316, de 17 de dezembro de 
1975. Autarquia - \u201cEntidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração 
pública, sujeita à fiscalização e à tutela do Estado, com patrimônio constituído de 
recursos próprios, e cujo fim é executar serviços de caráter estatal ou interessantes à 
coletividade, como, entre outros, caixas econômicas e institutos de previdência." 
 
Objetivos - normatizar e exercer o controle ético, científico e social das atividades da 
Fisioterapia e da Terapia Ocupacional, das profissões de Fisioterapeuta e de Terapeuta 
Ocupacional e das empresas prestadoras de tais tipicidades assistenciais ao meio social. 
 
COFFITO - Atividades exclusivas: Exercer função normativa e o controle ético, científico e 
social do exercício da fisioterapia e da terapia ocupacional em todo território nacional; 
Baixar todos os atos normativos necessários à correta interpretação e execução da Lei nº 
6.316/1975; Supervisionar e Fiscalizar o exercício profissional das profissões em todo o 
território nacional, estimulando e zelando pelo prestígio e bom nome daqueles que a 
exercem, através do estabelecimento de princípios de controle, capazes de fundamentar 
a promoção de uma assistência profissional independente, científica, ética e resolutiva; 
Funcionar como Tribunal Superior de Ética nas demandas que envolvam profissionais 
Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais. 
 
CREFITO(s): CREFITO 1 - Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba 
CREFITO 2 - Rio de Janeiro e Espírito Santo 
CREFITO 3 - São Paulo 
CREFITO 4 - Minas Gerais 
CREFITO 5 - Rio Grande do Sul 
CREFITO 6 - Ceará e Piauí 
CREFITO 7 - Bahia e Sergipe 
CREFITO 8 - Paraná 
CREFITO 9 - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre e Rondônia 
CREFITO 10 - Santa Catarina 
CREFITO 11 - Goiás e Distrito Federal 
CREFITO 12 - Maranhão, Pará, Amazonas, Tocantins, Roraima e Amapá 
 
Decreto lei 938 de 13/10/1969: Art. 1º É assegurado o exercício das profissões de 
fisioterapeuta e terapeuta ocupacional, observado o disposto no presente Decreto-lei. Art. 
	
   9	
  
2º O fisioterapeuta e o terapeuta ocupacional, diplomados por escolas e cursos 
reconhecidos, são profissionais de nível superior. Art. 3º É atividade privativa do 
fisioterapeuta executar métodos e técnicas fisioterápicos com a finalidade de restaurar, 
desenvolver e conservar a capacidade física do ciente. Lei N° 6316 de 17/12/1975: Cria o 
Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e dá 
outras providências Decreto 9640 de 10/12/1984: Art 1º - Fica incluída no Grupo-Outras 
Atividades de Nível Superior estruturado pelo Decreto nº 72.493, de 19 de julho de 1973. 
Parágrafo único - A categoria funcional de que trata este artigo compreende atividades de 
nível superior, envolvendo supervisão, coordenação, programação e execução 
especializada referente a trabalhos relativos à utilização de métodos e técnicas 
fisioterápicas, avaliação e reavaliação de todo processo terapêutico utilizado em prol da 
reabilitação física e mental do paciente. Art 5º - Os integrantes da Categoria Funcional de 
Fisioterapeuta ficarão sujeitos à prestação mínima de 40 (quarenta) horas semanais de 
trabalho. Lei N° 8856 de 01/03/1994: Art.1º - Os profissionais Fisioterapeuta e Terapeuta 
Ocupacional ficarão sujeitos à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho. 
 
 
 
 
 
 
	
   10	
  
 
 
 
 
4. Código de Ética e Deontologia da Fisioterapia 
 
Leitura do Código de Ética – Resolução n. 424, de 8 de julho de 2013. 
Faça a leitura do Código de Ética da Fisioterapia, identificando as competências do 
profissional, o que é dever do Fisioterapeuta e o que o mesmo não pode realizar. 
• CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
• CAPÍTULO II - DAS RESPONSABILIDADES FUNDAMENTAIS 
• CAPÍTULO III – DO RELACIONAMENTO COM O CLIENTE/ PACIENTE/USUÁRIO 
• CAPÍTULO IV - DO RELACIONAMENTO COM A EQUIPE 
• CAPÍTULO V - DAS RESPONSABILIDADES NO EXERCÍCIO DA FISIOTERAPIA 
• CAPÍTULO VI – DO SIGILO PROFISSIONAL 
• CAPÍTULO VII - DO FISIOTERAPEUTA PERANTE AS ENTIDADES DE CLASSE 
• CAPÍTULO VIII – DOS HONORÁRIOS 
• CAPÍTULO IX – DA DOCÊNCIA, PRECEPTORIA, PESQUISA E PUBLICAÇÃO 
• CAPÍTULO X – DA DIVULGAÇÃO PROFISSIONAL CAPÍTULO XI – DAS 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
	
  
Postura	
  profissional	
  na	
  Relação	
  Terapeuta-­‐Paciente	
  X	
  Terapeuta-­‐	
  Cliente	
  
	
   11	
  
Artigo: https://www.researchgate.net/publication/244486321/download 
Apesar de o avanço cultural e tecnológico ter possibilitado a cura para muitas patologias, 
notam -se, ainda, freqüentes discussões sobre as dificuldades para se dar conta das 
múltiplas demandas da relação profissional-paciente. No intuito de colaborar para essa 
discussão, destaca-se o objetivo desta pesquisa: abordar, através de um estudo de caso, 
algumas das questões relacionadas às relações corpomente ness e contexto dialógico, 
buscando contribuir para discussões interdisciplinares entre pesquisadores e profissionais 
de ambas as áreas envolvidas, no sentido de gerar novas perspectivas de abordagem 
dessas relações. 
Leia o artigo indicado acima e identifique e caracterize a relação entre o terapeuta e o 
paciente, suas particularidades e cuidados. 
 
5. Biossegurança e Higiene das mãos 
Importância de todos os passos da lavagem de mãos de acordo com as normas da 
Anvisa. 
Etapas: 
1- Friccionar as palmas das mãos entre si; 
2- Esfregue a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda (e vice-versa) 
entrelaçando os dedos; 
3- Entrelace os dedos friccionando os espaços interdigitais alternando a sobreposição 
das mãos; 
4- Esfregue o dorso dos dedos contra a palma da mão oposta (e vice-versa) segurando 
os dedos com movimentos de vai e vem; 
5- Esfregue o polegar direito com o auxilio da palma da mão direita (e vice-versa) com 
movimentos circulares; 
6- Friccionar as polpas digitais e unhas contra a palma da mão em concha com 
movimentos circulares, alternando as mãos; 
7- Esfregue o punho esquerdo com o auxílio da palma da mão direita (e vice-versa) com 
movimentos circulares.	
  	
  
	
   12	
  
 
 
 
6. Práticas baseadas em evidência 
 
A demanda por qualidade máxima do cuidado em saúde, combinada com a necessidade 
do uso racional de recursos tanto públicos quanto privados, tem contribuído para 
aumentar a pressão sobre os profissionais da área no sentido de assegurar a 
implementação de uma prática baseada em evidências científicas. 
O termo “Medicina Baseada em Evidência” foi introduzido por um grupo de 
	
   13	
  
epidemiologistas da McMaster University, no Canadá em 1992, que desenvolveram uma 
série de guias para auxiliar os docentes a buscar, apreciar e utilizar a evidência de 
melhor qualidade para garantir a efetividade do cuidado médico. Atualmente, essa 
metodologia tornou-se um recurso mundialmente aceito e utilizado por vários 
profissionais de saúde. 
A prática baseada em evidência é hoje uma ferramenta imprescindível para o 
fisioterapeuta. Ela fundamenta a tomada de decisões clínicas, desde o diagnóstico até a 
melhor intervenção, tomando-se por base a realidade clínica e as necessidades de cada 
paciente conforme o modelo biopsicossocialdescrito pela CIF - Classificação 
Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. 
Os níveis de evidência são hoje utilizados como um norteador para classificar a qualidade 
dos estudos realizados na área da saúde. Na pirâmide proposta por Atallah e 
colaboradores em 2004 é possível observar os níveis de evidência cientifica. 
Megatrial: ensaio clínico com mais de mil casos / ECR = Estudo clínico randomizado; 
Diagrama ilustrativo dos níveis de evidência em estudos na área da saúde, desenvolvido 
por Atallah e colaboradores, 2004. 
A qualidade da evidência pode ser categorizada em três níveis (nível I - evidência ouro, 
pelo menos, um estudo randomizado, controlado, de delineamento apropriado e tamanho 
adequado; nível II - evidência de estudos bem delineados sem randomização, coorte ou 
caso-controle; nível III - opiniões de autoridades respeitadas). 
Diante do grande arsenal terapêutico que o fisioterapeuta dispõe, transforma a 
intervenção terapêutica em um ato extremamente complexo, pois a Fisioterapia, ao 
contrário da Medicina, ainda não tem pesquisas suficientes para formar um corpo 
científico de conhecimento necessário para sustentar a prática baseada em evidências, 
principalmente estudos com evidências nível I. 
Portanto, o desenvolvimento de pesquisas na Fisioterapia é fundamental, pois permite a 
construção de um corpo de conhecimento próprio, propicia a melhoria do serviço 
prestado ao paciente, embasada em conhecimento científico, enriquecimento do 
profissional e da sua prática, bem como possibilita a busca de soluções para os 
problemas vivenciados no cotidiano. 
	
  
7. Protocolos de Segurança do Paciente (identificação do paciente, prevenção de 
quedas, cirurgia de segura e prevenção de lesões por pressão) 
 
 
Tratam-se de protocolos desenvolvidos pela ANVISA (Agência Nacional de Saúde) e 
fazem parte do Programa Nacional de Segurança do Paciente. 
 
a) Protocolo de Identificação do Paciente 
	
   14	
  
 
Objetivo: garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de 
incidentes. O processo de identificação do paciente deve assegurar que o cuidado seja 
prestado à pessoa para a qual se destina. 
Para assegurar que todos os pacientes sejam corretamente identificados, é necessário 
usar pelo menos dois identificadores em pulseira branca padronizada, colocada num 
membro do paciente para que seja conferido antes do cuidado. 
Utilizar no mínimo dois identificadores como: nome completo do paciente, nome completo 
da mãe do paciente, data de nascimento do paciente ou número de prontuário do 
paciente. 
Nos casos em que a identidade do paciente não está disponível na admissão e quando 
não houver a informação do nome completo, poderão ser utilizados o número do 
prontuário e as características físicas mais relevantes do paciente, incluindo sexo e raça. 
O serviço deve definir o que deve acontecer se a pulseira de identificação estiver 
danificada, ou for removida ou se tornar ilegível. 
O profissional responsável pelo cuidado deverá perguntar o nome ao 
paciente/familiar/acompanhante e conferir as informações contidas na pulseira do 
paciente com o cuidado prescrito, ou com a rotulagem do material que será utilizado. 
 
NUNCA pergunte ao paciente “você é o Sr. Silva?” porque o paciente pode não 
compreender e concordar por engano. 
NUNCA suponha que o paciente está no leito correto ou que a etiqueta com o nome 
acima do leito está correta. 
 
b) Protocolo de Prevenção de Quedas 
 
Objetivo: Reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano 
dela decorrente, por meio da implantação/implementação de medidas que contemplem a 
avaliação de risco do paciente, garantam o cuidado multiprofissional em um ambiente 
seguro, e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais. As 
recomendações deste protocolo aplicam-se aos hospitais e incluem todos os pacientes 
que recebem cuidado nestes estabelecimentos, abrangendo o período total de 
permanência do paciente. 
De modo geral, a hospitalização aumenta o risco de queda, pois os pacientes se 
encontram em ambientes que não lhes são familiares, muitas vezes são portadores de 
doenças que predispõem à queda (demência e osteoporose) e muitos dos procedimentos 
terapêuticos, como as múltiplas prescrições de medicamentos, podem aumentar esse 
risco. 
	
   15	
  
A avaliação do risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com o 
emprego de uma escala adequada ao perfil de pacientes da instituição. Esta avaliação 
deve ser repetida diariamente até a alta do paciente. 
 
c) Protocolo Cirurgia Segura 
 
Objetivo: determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de 
incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da 
segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente 
correto. 
O quadro abaixo mostra a lista de verificação de segurança cirúrgica. 
 
 
 
	
  
d) Protocolo de Prevenção de Lesões por Pressão 
 
	
   16	
  
Objetivo: Promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão (UPP) e outras 
lesões da pele. 
 
Uma das consequências mais comuns, resultante de longa permanência em hospitais, é 
o aparecimento de alterações de pele. A incidência aumenta proporcionalmente à 
combinação de fatores de riscos, dentre eles, idade avançada e restrição ao leito. 
A manutenção da integridade da pele dos pacientes restritos ao leito tem por base o 
conhecimento e a aplicação de medidas de cuidado relativamente simples. A maioria das 
recomendações para avaliação da pele e as medidas preventivas podem ser utilizadas de 
maneira universal, ou seja, tem validade tanto para a prevenção de úlcera por pressão 
(UPP) como para quaisquer outras lesões da pele. 
Diferentemente de boa parte das alterações de pele, a UPP tem sido alvo de grande 
preocupação para os serviços de saúde, pois a sua ocorrência causa impacto tanto para 
os pacientes e seus familiares, quanto para o próprio sistema de saúde, com o 
prolongamento de internações, riscos de infecção e outros agravos evitáveis. 
Definições: 
Úlcera por pressão (UPP): lesão localizada da pele e/ou tecido subjacente, geralmente 
sobre uma proeminência óssea, resultante da pressão ou da combinação entre pressão e 
cisalhamento, causado pela fricção. 
Cisalhamento: deformação que sofre um corpo quando sujeito à ação de forças 
cortantes. 
Estadiamento de UPP: classificação da UPP, que auxilia na descrição clínica da 
profundidade observável de destruição tecidual. 
A complexidade e a gravidade dos pacientes internados resultam na necessidade de 
reavaliação diária do potencial e do risco de desenvolvimento de UPP. A reavaliação 
diária permite aos profissionais de saúde ajustar sua estratégia de prevenção conforme 
as necessidades do paciente. 
Riscos 
1) Umidade 
Pele úmida é mais vulnerável, propícia ao desenvolvimento de lesões cutâneas, e tende 
a se romper mais facilmente. A pele deve ser limpa, sempre que apresentar sujidade e 
em intervalos regulares. O processo de limpeza deve incluir a utilização cuidadosa de um 
agente de limpeza suave que minimize a irritação e a secura da pele. 
Deve-se tomar cuidado para minimizar a exposição cutânea à umidade decorrente de 
incontinência, transpiração ou exsudato de feridas. Quando estas fontes de umidade não 
puderem ser controladas, a utilização de fraldas e absorventes é recomendada, com o 
objetivo de minimizar o contato da pele com a umidade. Agentes tópicos que atuam como 
barreiras contra a umidade e hidratam a pele também podem ser utilizados. 
2) Nutrição e hidratação 
	
   17	
  
A avaliação de pacientes com possível risco de desenvolvimento de UPP deve incluir a 
revisão de fatores nutricionais e de hidratação. Pacientes com déficit nutricional ou 
desidratação podem apresentar perda de massa muscular e de peso, tornando os ossos 
mais salientes e a deambulação mais difícil. 
Edema e menor fluxo sanguíneo cutâneo geralmente acompanham os déficitsnutricionais e hídricos, resultando em lesões isquêmicas que contribuem para as lesões 
na pele. 
Pacientes mal-nutridos podem apresentar uma probabilidade duas vezes maior de lesões 
cutâneas. 
Líquidos, proteínas e ingesta calórica são importantes aspectos para a manutenção de 
um estado nutricional adequado. Suplementos nutricionais podem ser necessários caso a 
ingesta não seja suficiente. É recomendado que nutricionistas sejam consultados nos 
casos de pacientes com desnutrição a fim de avaliar e propor intervenções mais 
apropriadas. 
3) Pressão 
A redistribuição da pressão, especialmente sobre as proeminências ósseas, é a 
preocupação principal. Pacientes com mobilidade limitada apresentam risco maior de 
desenvolvimento de UPP. Todos os esforços devem ser feitos para redistribuir a pressão 
sobre a pele, seja pelo reposicionamento a cada 02 (duas) horas ou pela utilização de 
superfícies de redistribuição de pressão. 
O objetivo do reposicionamento a cada 2 horas é redistribuir a pressão e, 
consequentemente, manter a circulação nas áreas do corpo com risco de 
desenvolvimento de UPP. A literatura não sugere a frequência com que se deve 
reposicionar o paciente, mas duas horas em uma única posição é o máximo de tempo 
recomendado para pacientes com capacidade circulatória normal. 
O reposicionamento de pacientes de risco alterna ou alivia a pressão sobre áreas 
suscetíveis, reduzindo o risco de desenvolvimento de úlcera por pressão. Travesseiros e 
coxins são materiais facilmente disponíveis e que podem ser utilizados para auxiliar a 
redistribuição da pressão. Quando utilizados de forma apropriada, podem expandir a 
superfície que suporta o peso. Geralmente a pele de pacientes com risco para UPP 
rompe-se facilmente durante o reposicionamento, portanto, deve-se tomar cuidado com a 
fricção durante este procedimento. 
Superfícies de apoio específicas (como colchões, camas e almofadas) redistribuem a 
pressão que o corpo do paciente exerce sobre a pele e os tecidos subcutâneos. Se a 
mobilidade do paciente está comprometida e a pressão nesta interface não é 
redistribuída, a pressão pode prejudicar a circulação, levando ao surgimento da úlcera. 
Pacientes cirúrgicos submetidos à anestesia por período prolongado geralmente 
apresentam risco aumentado de desenvolvimento de UPP, portanto, todos estes 
	
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pacientes (no momento pré, intra e pós-operatório) devem receber avaliação de risco da 
pele. 
Os profissionais de saúde devem implantar estratégias de prevenção, como garantir o 
reposicionamento do paciente e sua colocação em superfícies de redistribuição de 
pressão, para todos aqueles com risco identificado. 
 
8. Suporte Básico de Vida – Reanimação Cardiopulmonar (RCP) 
 
A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como uma das emergências 
cardiovasculares de grande prevalência e com morbidade e mortalidade elevadas. A 
criação de protocolos e algoritmos internacionais permitiu a padronização e a 
organização da assistência médica. 
O protocolo no atendimento de uma PCR segue uma sequência lógica e fundamentada 
de condutas que melhoram as taxas de reversibilidade do processo inicial que 
desencadeou o evento. 
A doença cardíaca isquêmica, principal determinante da PCR, continua liderando as 
causas de morte no mundo, e no Brasil não é diferente.1,2 Em 2013, nos Estados 
Unidos, a ocorrência de PCR ExtraHospitalar (PCREH) foi responsável por 63% desses 
eventos, com sobrevida de 9,5%, o que reflete diretamente nos esforços do atendimento 
inicial realizados pelos presentes no local. Essas metas de melhoria estão sendo 
atingidas como consequência da ênfase na qualidade da RCP e nos cuidados pós-
ressuscitação. 
Os aspectos fundamentais do Suporte Básico de Vida (SBV) no adulto incluem: 
reconhecimento imediato da PCR, contato com o sistema de emergência, início da RCP 
de alta qualidade e uso do desfibilador externo automático (DEA), assim que disponível. 
Sequência do Suporte Básico de Vida 
1) Segurança do Local: Certifique se o local é seguro para você e para a vítima, para não 
se tornar uma próxima vítima. Se o local estiver seguro prossiga o atendimento. 
2) Avalie a Responsividade da Vítima: chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a 
vítima responder, se apresente e converse com ela perguntando se precisa de ajuda. Se 
a vítima não responder, chame ajuda imediatamente. 
3) Chame Ajuda: ligue para o número local de emergência (por exemplo, Sistema de 
Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, telefone 192) e, se um DEA estiver disponível 
no local, vá buscá-lo. Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um 
DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. É importante designar pessoas para que 
sejam responsáveis em realizar essas funções. 
4) Cheque Respiração e Pulso: Cheque o pulso carotídeo e a respiração 
simultaneamente, observando se há elevação do tórax da vítima e se há pulso, em não 
	
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mais que 10 segundos. Se a vítima não respirar e o pulso estiver ausente, inicie as 
compressões torácicas. 
5) Compressões Torácicas 
Os aspectos principais a serem observados nas compressões são frequência, 
profundidade, retorno do tórax a cada compressão e interrupção mínima. 
Para realização das compressões torácicas: • Posicione-se ao lado da vítima e mantenha 
seus joelhos com certa distância um do outro, para que tenha melhor estabilidade. • 
Afaste ou corte a roupa da vítima (se uma tesoura estiver disponível), para deixar o tórax 
desnudo. • Coloque a região hipotenar de uma mão sobre a metade inferior do esterno da 
vítima e a outra mão sobre a primeira, entrelaçando-a.12,13 • Estenda os braços e os 
mantenha cerca de 90º acima da vítima. • Comprima na frequência de 100 a 120 
compressões/ minuto.12,13 • Comprima com profundidade de, no mínimo, 5 cm (evitando 
compressões com profundidade maior que 6 cm).14,15 • Permita o retorno completo do 
tórax após cada compressão, evitando apoiar-se no tórax da vítima. 
	
  
Figura 1. Posicionamento para realização de compressão torácica.	
  
	
  
9. Shantala: massagem para bebês 
 
A massagem Shantala é uma técnica de massagem infantil, descoberta pelo médico 
Frederick Leboyer, em 1995 na Índia, quando avistou em meio às ruas de Calcutá, uma 
mulher sentada no chão massageando seu bebê. Encantado com a beleza e harmonia 
dos movimentos, ficou a contemplar aquele momento mágico e carinhoso, visto que 
aquela era uma tarefa diária das mães indianas. A mulher deixou o Doutor Leboyer 
fotografar cada passo da massagem, explicou-lhe a técnica, o qual absorveu cada 
detalhe e trouxe para o Ocidente, batizando-a como Shantala, em homenagem ao nome 
da mulher que o ensinou. 
Os efeitos da Shantala, assim como os da massagem visam o equilíbrio fisiológico e, 
através de informações sensório-proprioceptivas proporcionam sensações de movimento, 
estimula a mobilidade futura, adaptações, plasticidade e causa mobilização dos músculos 
e articulações. Essa terapêutica normaliza alterações musculares (relaxa fibras e diminui 
a tensão reflexa dos tendões); respiratórias (diminui a frequência respiratória e aumenta 
	
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expansão torácica); circulatórias (causa vasodilatação, diminui a pressão cardíaca); 
digestivas (estimula o peristaltismo) e o sistema nervoso (acelera mielinização das 
células, estimula a propriocepção e diminui a ansiedade). 
Além desses benefícios, a técnica Shantala, também promove aperfeiçoamento da 
comunicação com a mãe ou com quem estiver fazendo a massagem, pois o processo 
beneficia tanto a criança quanto quem está interagindo com ela. Deve-se praticar a 
massagem nos quatro primeiros meses de vida, ou enquanto a criança ainda não 
consegue rolar. No entanto, quanto mais tempo a técnica for praticada, melhor será o seu 
benefício. 
A Shantala, enquanto toque terapêutico, proporciona a estimulação cutânea e o 
desenvolvimento psicomotor da criança. O toque estimula a pele, que, por sua vez, 
produz enzimas necessárias à síntese protéica. Ocorre também a produção desubstâncias que ativam a diferenciação de linfócitos T, responsáveis pela imunidade 
celular. Ainda em termos biológicos, diminui os níveis das catecolaminas (epinefrina, 
norepinefrina e cortisol) e ativa a produção de endorfinas, neurotransmissores 
responsáveis pelas sensações de alegria e de bem-estar. 
 
Etapas da Massagem Shantala 
 
1) Cuidado inicial: Não deve ser realizada após alimentação, devido ao risco de refluxo 
do leite. Sendo assim, sugere-se que seja realizada de manhã e/ou no fim da tarde antes 
do sono. 
2) Necessita ser realizada em um ambiente aquecido, pois a criança precisa estar 
completamente despida e não deve sentir frio. No verão, devido a temperatura ser mais 
alta, o pode ser realizada ao ar livre. 
3) A pessoa que executará a massagem deve retirar adornos (anel, aliança, pulseiras, 
correntes, brincos), deve ficar descalça e sentar-se no chão sobre uma almofada com um 
apoio nas costas. O bebê deve estar deitado em seu colo com a cabeça em direção aos 
seus pés e com uma toalha sob as nádegas, pois a massagem pode ocasionar liberação 
de urina pelo bebê. 
4) O início é um momento importante, pois irá ocorrer um momento de compartilhamento. 
A pessoa deve estar calma e tranquila para ouvir, sentir e observar o que o bebê irá dizer 
através de seu corpo e depois deve-se dizer como se sente no momento em que começa 
a massageá-lo. 
5) Pode-se utilizar óleo natural aquecido pelas fricção das mãos da pessoa que realizará 
a massagem. 
	
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Figura 1. Sequência de movimentos da Shantala. 
	
  
	
  
10. Terapia Manual Básica (massagem Clássica ou massagem relaxante) 
 
Segundo o Manual de Massagem Terapêutica Mario-Paul Cassar a prática da massagem 
vem desde os tempos pré-históricos, com origens na índia, China, Japão, Grécia e Roma. 
A massagem é mencionada na literatura desde a antiguidade, sendo a referência mais 
antiga a que aparece no Nei Ching, um texto médico chinês escrito num período anterior 
a 1500 a.C. Após isso, há registros sobre a massagem desenvolvidos por eruditos e 
médicos, como Hipócrates no século V a.C. A palavra terapêutico (origem grega: 
therapeutikos) é definida como " relacionado a tratamento ou cura de um distúrbio ou 
doença". A palavra massagem também vem do grego “masso”, que significa "amassar". 
Hipócrates (480 a.C.) usou o termo anatripsis, que significa "friccionar pressionando o 
tecido, e este foi traduzido, posteriormente, para a palavra latina frictio, que significa 
	
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"fricção" ou "esfregação". Este termo prevaleceu por um longo tempo e ainda era usado 
nos Estados "Unidos até 1870. 
O relaxamento talvez seja o efeito mais livremente associado com a massagem. Já em 
1800 a.C, os hindus usavam a massagem para redução de peso, indução do sono, 
combate à fadiga e relaxamento. Ao longo dos séculos, a capacidade de relaxamento da 
massagem tem sido usada para tratar muitas condições. 
Atualmente, a massagem deve seu progresso a inúmeros profissionais que a utilizam em 
clínicas, domicílios, hospitais e cirurgias. Por sua eficácia, a massagem garantiu uma 
firme posição entre outras terapias complementares. Sendo tanto uma arte quanto uma 
ciência, sua evolução continuará enquanto continuar sendo explorada e pesquisada por 
estudantes e profissionais. 
É importante ressaltar que qualquer tratamento por massagem deve ser precedido de uma 
avaliação completa do paciente. A anamnese fornece ao fisioterapeuta informações 
fundamentais sobre o paciente e ajuda a revelar qualquer condição que possa ser uma 
contra-indicação. Dentre as contra-indicações, estão lesões na pele, presença de infecções 
em fase aguda, como miosite, osteomielite, celulite bacteriana, entre outras. Além disso, a 
avaliação também fornece uma estrutura para o tratamento. 
A maior dos movimentos de massagem tem como efeitos terapêuticos o alívio da tensão 
muscular e a melhora da circulação sanguínea local. 
É muito importante que, durante a massagem, o paciente esteja em uma posição 
confortável, seja deitado na maca de tratamento ou sentado em uma cadeira. Quando o 
paciente está deitado em decúbito dorsal, um travesseiro ou uma toalha dobrada pode 
ser colocada sob seu abdome, o que evita uma curvatura acentuada desnecessária da 
coluna lombar. Toalhas ou lençóis devem ser usados para cobrir as regiões do corpo que 
não estão sendo massageadas, sendo essa uma exigência ética. Cobertores também 
são necessários para conservar a temperatura corporal e, assim, evitar contrações 
musculares involuntárias. A relação terapeuta paciente deve ser extremamente ética. 
Essa relação é construída em bases profissionais, ou seja, sem chegar a extremos 
demasiadamente fria e distante ou demasiadamente íntima. 
As principais técnicas utilizadas na massagem clássica estão descritas na tabela 1. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
	
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Tabela 1. Principais técnicas utilizadas em massagem clássica. (adaptado de Manual de 
Massagem Terapêutica Mario-Paul Cassar)

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