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Roteiro de aula - Delegado - D Constitucional - Nathalia Masson - Aula 2

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1 
 
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DELEGADO 
Nathalia Masson 
Direito Constitucional 
Aula 2 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
Tema: Poder Executivo 
 
 
 (D) Licença 
 
Art. 83, CF/88: O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do 
Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda 
do cargo. 
É um cenário equivalente ao cenário de renúncia. 
Prazo inferior a 15 dias, licença não é necessária. 
ADI 5373 MC/RR, Rel. Min. Celso de Mello: A exigência de prévia autorização da assembleia 
legislativa para o governador e o vice-governador do estado ausentarem-se, em qualquer 
tempo, do território nacional mostra-se incompatível com os postulados da simetria e da 
separação dos Poderes. 
ADI 3.647-MA, Rel. Min. Joaquim Barbosa: O Tribunal julgou procedente pedido formulado em 
ação direta ajuizada pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB para declarar a 
inconstitucionalidade do § 5º do art. 59 e do parágrafo único do art. 62, ambos da Constituição 
do Estado do Maranhão, com redação dada pela Emenda Constitucional estadual 48/2005, 
dação dada pela Emenda Constitucional estadual 48/2005, que estabelece que não constituirá 
impedimento, para efeito de substituição do Governador pelo Vice-Governador, o afastamento 
do primeiro do país ou do Estado por até quinze dias, e veda que qualquer um deles se ausente, 
por período superior a quinze dias, sem licença da Assembleia Legislativa. (...) 
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(...) Tendo em conta o princípio da simetria, entendeu-se haver afronta ao art. 79 ("Substituirá 
o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe- á, no de vaga, o Vice-Presidente.") e ao 
art. 83 ("O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso 
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo."), 
ambos da CF, haja vista que o legislador estadual não poderia nem excluir das causas de 
impedimento, para fins de substituição, o afastamento do Governador por até quinze dias do 
país ou do Estado, sob pena de acefalia da chefia do Poder Executivo, nem excluir a sanção de 
perda do cargo prevista na Constituição Federal. 
 
➢ Atenção! O art. 83 consagra norma de repetição obrigatória. 
 
(E) Posse 
 
Art. 78, CF/88: O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do 
Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, 
observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a 
independência do Brasil. 
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-
Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
Tem que olhar se existe ou não motivo, se existe vai aguardar o tempo necessário. 
Se só o vice aparecer, governa o vice. 
Método Mnemônico: licença é uma palavra mais extensa. Posse é palavra mais curta. 
Art. 82, CF/88: O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro 
de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, 
de 1997) 
 
 
(F) Imunidades do Presidente da República 
Não tem nenhuma imunidade do tipo material: inviolabilidade. A imunidade material é apenas 
para membros do legislativo. Não existe para o presidente da República. 
 
Tem imunidade formal. São três: 
Imunidades não são vantagens ou privilégios pessoais, são prerrogativas que estão atreladas ao 
cargo. Importante é manter a higidez das instituições. 
 
 
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(i) Prisão 
Só pode ser preso por sentença penal condenatória pelo STF, por crime comum. Única hipótese. 
Art. 86, § 3º, CF/88: Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o 
Presidente da República não estará sujeito a prisão. 
➢ Atenção! Professora entende que essa prisão deve ser por sentença condenatória 
definitiva. 
 
 
 
Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1063. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Como é caso de ex-presidente vai existir prisão em flagrante, etc. 
Obs: a maioria das Constituições Estaduais, repetiu essa regra para os governadores por 
simetria. O STF entende que só existe para o presidente como chefe de Estado. Não é extensível. 
Esse dispositivo é inconstitucional. Governador e Prefeito não são detentores dessa 
prerrogativa. 
 
 
(ii) Cláusula de irresponsabilidade penal temporária ou relativa 
É na esfera penal apenas. 
Art. 86, § 4º, CF/88: O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser 
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
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Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1165. 
 
Não é que o presidente não vai ser responsabilizado. Ele irá, apenas não agora. Não ficará 
impune. 
Súmula 394, STF: Cometido o crime durante o exercício funcional, prevalece a competência 
especial por prerrogativa de função, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados após 
a cessação daquele exercício. (Cancelada) 
Tratava-se de uma perpetuação da jurisdição especial. 
 
Notícias STF 
Quarta-feira, 31 de outubro de 2018 
 
Ministro acolhe pedido da PGR e suspende temporariamente tramitação de inquérito contra 
Michel Temer 
 
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, acolheu pedido da procuradora-geral da 
República, Raquel Dodge, e determinou a suspensão temporária do trâmite do Inquérito (INQ) 
4462 em relação ao presidente da República, Michel Temer, até o término do seu mandato. Na 
mesma decisão, Fachin reconheceu a incompetência do STF em relação a Eliseu Padilha e 
Wellington Moreira Franco também investigados no inquérito, e ordenou a remessa do caso 
para a Justiça Eleitoral de São Paulo. (...) 
 
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(...) 
Recursos ilícitos 
O Inquérito 4462 foi instaurado em março de 2017, inicialmente contra o ministro-chefe da Casa 
Civil, Eliseu Padilha, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. O objeto da apuração é o 
suposto recebimento de recursos ilícitos da Odebrecht como contrapartida ao atendimento de 
interesses pela Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, órgão comandado 
sucessivamente pelos dois ministros entre 2013 e 2015. (...) 
Em março, a pedido da procuradora-geral, Temer foi incluído no inquérito em relação a fatos 
ocorridos antes de sua investidura no cargo de presidente da República. 
Com o término das investigações, Raquel Dodge propôs o sobrestamento do feito em relação a 
Temer com fundamento na imunidade prevista no artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição da 
República. O dispositivo assegura ao chefe do Poder Executivo Federal o não exercício da 
persecução penal por fatos estranhos às funções de seu cargo. (...) 
(...) 
Imunidade 
Ao deferir o pedido, o ministro Fachin assinalou que o impedimento à responsabilização criminal 
do presidente da República impede a ação do Ministério Público, na condição de titular da ação 
penal, na vigência do mandato, que garante imunidade penal temporária. Observou, no entanto, 
que a imunidade não é extensível aos demais investigados. 
Competência 
Em relação a Padilha e Moreira Franco, o ministro lembrouque o Plenário do STF, no julgamento 
de questão de ordem da Ação Penal (AP) 937, delimitou o alcance da prerrogativa de foro à 
imputação de crimes cometidos no cargo e em razão do cargo daquele acusado criminalmente. 
No caso, conforme assinalado pela procuradora-geral da República, a suposta participação dos 
investigados teria ocorrido em 2014. Em 2015, os dois teriam se desligado dos cargos públicos 
então exercidos e voltaram a ser nomeados em 2017 para pastas diferentes das anteriores. (...) 
(...) Por isso, o relator reconheceu a incompetência do STF para processar o inquérito em relação 
a eles. 
Crime eleitoral 
No relatório policial, o delegado de Polícia Federal sugere o indiciamento de alguns dos 
envolvidos pelo crime de falsidade ideológica, previsto no artigo 350 do Código Eleitoral (Caixa 
Dois eleitoral). “Em se tratando de apurações pela suposta prática de delitos de tutela penal 
eleitoral, tem-se como providência mais adequada o envio do inquérito, inicialmente, ao 
Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo”, assinalou o relator. 
 
 
 
 
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➢ Atenção! Não é extensível aos demais chefes do executivo. 
 
(iii) Autorização 
Art. 51, CF/88: Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e 
o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. 
 
Art. 86, caput, CF/88: Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da 
Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, 
nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
 
 
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Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1171. 
 
 
➢ Atenção! Nunca existiu para os Prefeitos Municipais. 
➢ Atenção! Até 2017, entendia-se que se a Constituição Estadual tivesse previsão 
expressa, o governador fazia jus a essa imunidade. STF decidiu que não é 
extensível. 
- Casos dos Governadores: virada paradigmática 
Notícias STF 
Quinta-feira, 04 de maio de 2017 
Plenário confirma que não é necessária autorização prévia para STJ julgar governador 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu, na sessão desta quinta-feira (4), o 
julgamento de três Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 4798, 4764 e 4797), e 
confirmou o entendimento de que as unidades federativas não têm competência para editar 
normas que exijam autorização da Assembleia Legislativa para que o Superior Tribunal de Justiça 
(STJ) instaure ação penal contra governador e nem para legislar sobre crimes de 
responsabilidade. Também foi confirmado que, no caso de abertura de ação penal, o 
afastamento do cargo não acontece automaticamente. 
 
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- Juízo de admissibilidade 
Esse juízo não é jurídico, esse juízo é político. 
Questiona-se a existência de condições institucionais para o processamento do presidente. 
O juízo é provisório e não vinculante. 
Não significa que ele vai ser necessariamente processado. Terá um segundo juízo de 
admissibilidade: pelo STF se crime comum, pelo Senado se por crime de responsabilidade. 
O STF não fica vinculado. 
Quanto ao Senado, já se teve ideia que tinha vinculação de obrigatoriedade a instaurar o 
processo. 
Hoje o entendimento é que não vincula nem o STF, nem o Senado. 
Segundo o Min. Roberto Barroso, redator para o acórdão (ADPF 378): “(...) a Câmara dos 
Deputados somente atua no âmbito pré-processual, não valendo a sua autorização como um 
recebimento da denúncia, em sentido técnico. Assim, a admissão da acusação a que se seguirá 
o julgamento pressupõe um juízo de viabilidade da denúncia pelo único órgão competente para 
processá-la e julgá-la: o Senado”. 
 
- Suspensão do Presidente da República 
Art. 86, CF/88: 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará 
o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
 
➢ Atenção quando o processo começa! Não é a partir da autorização da Câmara! 
 
Prazo máximo de suspensão: 180 dias. O processo segue mas a suspensão termina. 
 
(G) Responsabilização do Presidente da República 
 
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Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra 
a Constituição Federal e, especialmente, contra: 
 I - a existência da União; 
 II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos 
Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
 III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
 IV - a segurança interna do País; 
 V - a probidade na administração; 
 VI - a lei orçamentária; 
 VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
 Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento. 
Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos 
Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações 
penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. 
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções: 
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal 
Federal; 
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal. 
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará 
o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo. 
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da 
República não estará sujeito a prisão. 
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por 
atos estranhos ao exercício de suas funções. 
 
➢ Atenção! A lei 1079/50 foi recepcionada. 
➢ Para avaliar se é recepcionada o que tem que avaliar? 
Para a incidência da teoria da recepção a única coisa que importa é o aspecto material, a forma 
não é importante. A forma não é fator impeditivo. 
Exemplo: Código Penal, que um é decreto lei, foi recepcionado. 
Exemplo: CTN é lei ordinária, a Constituição Federal pede lei complementar para regulamentar 
o assunto. Foi recepcionado com nova roupagem. 
 
(i) Regras procedimentais 
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Lei 8038/1990. 
Regimento Interno STF 230-246 
Constituição Federal artigo 85. 
Lei 1079/50 
Súmula vinculante nº 46, STF: A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento 
das respectivas normas de processo e julgamento são da competência legislativa privativa da 
União. 
 
(ii) Alcance da locução 
 
(A) Crime de responsabilidade 
Meras infrações políticos administrativas. 
Não são crimes propriamente. 
Se atentar que são descritos de forma muito genérica, algo que não iria se coadunar com o 
princípio da legalidade. 
“Conforme preleciona José Afonso da Silva os crimes de responsabilidade podem ser 
classificados em dois grupos: 
(i) infrações políticas(art. 85, incisos I a IV, da CF/88): condutas que impliquem atentado contra 
a existência da União, contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do 
Ministério Público e dos Poderes Constitucionais das unidades da federação, contra o exercício 
dos direitos políticos, individuais e sociais e contra a segurança interna do país; 
(ii) crimes funcionais (art. 85, incisos V a VII, da CF/88): atos que atentem contra a probidade 
na administração, a lei orçamentária e o cumprimento das leis e das decisões judiciais.” 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 28ª ed. Malheiros, 2007. p. 550-
551. 
 
(B) Crime comum 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXVIII - e reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
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d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, 
cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do 
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; 
 
➢ Qual norma será aplicada? 
Prevalece que o STF será competente, pelo princípio da especialidade. 
 
Súmula vinculante nº 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o 
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual. 
➢ Súmula comum que se transformou em vinculante. 
Princípio da supremacia da Constituição Federal. O júri está previsto na Constituição. O outro 
foro está em um documento inferior. 
Exemplo: o vereador não tem previsão na Constituição federal, mas tem na Constituição do 
Estado. Na Constituição do Estado é estabelecida a competência do TJ. Então, a Constituição 
Federal prevalece. 
 
➢ Atenção! Como ex-presidente pode ser julgado pelo júri. 
 
(iii) Penas aplicáveis em caso de eventual condenação 
 
(A) Crime comum 
STF. 
Tornar concreta a pena descrita em abstrato no Código Penal. 
 
(B) Crime de responsabilidade 
 
Art. 52 Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como 
Presidente o do Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente 
será proferida por dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais 
sanções judiciais cabíveis. 
 
a- Perda do cargo 
13 
 
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b- Inabilitação por 8 anos para exercer qualquer função pública. 
 
 
São penas autônomas. Pode ter uma pena e não a outra. 
Exemplo: Collor renunciou na abertura da sessão. Recebeu a inabilitação. 
Dilma só perdeu o cargo. A votação foi em dois tempos. Condenada por um, absolvida em outro. 
 
➢ 2/3 = 54 dos 81 
➢ Presidente do STF que preside a sessão. 
 
(H) Responsabilização dos demais Chefes do Poder 
 
Executivo 
 
(A) Governadores 
 
(i) Crime comum 
 
Art. 105, CF/88: Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos 
de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do 
Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, 
os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os 
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério 
Público da União que oficiem perante tribunais; 
 
➢ Atenção! Não tem mais necessidade da Assembleia Legislativa autorizar o processo. 
Funcionava como um espaço de imunidade para os governadores. 
 
STJ - AP 866, Ministro Luís Felipe Salomão: Diante da recente e notória decisão do Plenário do 
Supremo Tribunal Federal, ao julgar questão de ordem na AP 937, da relatoria do Ministro 
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Roberto Barroso, conferindo nova e conforme interpretação ao art. 102, I, b e c da CF, 
assentando a competência da Corte Suprema para processar e julgar os membros do Congresso 
Nacional exclusivamente quanto aos crimes praticados no exercício e em razão da função 
pública, e que tem efeitos prospectivos, em linha de princípio, ao menos em relação às pessoas 
detentoras de mandato eletivo com prerrogativa de foro perante este Superior Tribunal de 
Justiça (CF, art. 105, I, "a"), faz-se necessária igual observância da regra constitucional a justificar 
eventual manutenção, ou não, do trâmite processual da presente ação penal perante a Corte 
Especial deste Tribunal Superior. (...) 4. No caso em exame, é ação penal na qual foi ofertada 
denúncia em face de RICARDO VIEIRA COUTINHO, atual Governador do Estado da Paraíba, pela 
suposta prática de 12 (doze) crimes de responsabilidade de prefeitos (art. 1º, inciso XIII, do DL 
201/67), (...) 
(...) decorrente da nomeação e admissão de servidores contra expressa disposição de lei, 
ocorridos entre 01.01.2010 e 01.02.2010, quando o denunciado exercia o cargo de Prefeito 
Municipal de João Pessoa/PB, ou seja, delitos que, em tese, não guardam relação com o 
exercício, tampouco teriam sido praticados em razão da função pública atualmente exercida 
pelo denunciado como Governador. 
Nessa conformidade, reconhecida a inaplicabilidade da regra constitucional de prerrogativa de 
foro ao presente caso, por aplicação do princípio da simetria e em consonância com a decisão 
da Suprema Corte antes referida, determino a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça 
do Estado da Paraíba, para distribuição a uma das Varas Criminais da Capital, e posterior 
prosseguimento da presente ação penal perante o juízo competente. 
 
➢ Limitação de ordem temporal: durante o mandato. 
 
 
(ii) Crime de responsabilidade 
A União é quem legisla sobre o tema. As Constituições Estaduais não podem legislar sobre o 
tema. 
Art. 78, § 3º, Lei nº 1.079: Nos Estados, onde as Constituições não determinarem o processo nos 
crimes de responsabilidade dos Governadores, aplicar-se-á o disposto nesta lei, devendo, 
porém, o julgamento ser proferido por um tribunal composto de cinco membros do Legislativo 
e de cinco desembargadores, sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça local, que 
terá direito de voto no caso de empate. A escolha desse Tribunal será feita – a dos membros do 
legislativo, mediante eleição pela Assembleia: a dos desembargadores, mediante sorteio. 
 
➢ Atenção! Tribunal híbrido de 11 membros. Não é tribunal de exceção porque já se 
sabe qual a formatação. 
 
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ADI 4764-AC, Rel. Min. Celso de Mello, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso: A definição dos crimes 
de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são 
da competência legislativa privativa da União. Isso consta da Súmula Vinculante 46. 
 
 
 
 
 
Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1186. 
 
(B) Prefeitos 
 
(i) Crime comum 
 
Art. 29, CF/88: O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal,que a 
promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do 
respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça; (Renumerado do inciso VIII, pela 
Emenda Constitucional nº 1, de 1992) 
 
➢ Atenção! Depende da natureza da infração: 
Súmula 702, STF: A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos 
crimes de competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária 
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau. 
(i) Tribunal de Justiça (art. 29, X, CF/88); 
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(ii) TRF (súmula 702, STF); 
(iii) TRE (súmula 702, STF). 
 
 
(ii) Crime de responsabilidade 
 
(i) Impróprio: Poder Judiciário (art. 1º, Decreto-Lei nº 201/67); 
(ii) Próprio: Câmara de Vereadores (art. 4º, Decreto-Lei nº 201/67). 
 
Art. 4º, decreto-lei 201/67: São infrações político-administrativas dos Prefeitos Municipais 
sujeitas ao julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato: 
 
I - Impedir o funcionamento regular da Câmara; 
II - Impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam constar 
dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais, por comissão 
de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída; 
III - Desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da Câmara, 
quando feitos a tempo e em forma regular; 
IV - Retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa formalidade; 
V - Deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta 
orçamentária; 
VI - Descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro, 
VII - Praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na sua 
prática; 
VIII - Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do Município 
sujeito à administração da Prefeitura; 
IX - Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da 
Prefeitura, sem autorização da Câmara dos Vereadores; 
X - Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. 
 
Art. 1º, decreto-lei 201/67: São crimes de responsabilidade dos Prefeitos Municipal, sujeitos ao 
julgamento do Poder Judiciário, independentemente do pronunciamento da Câmara dos 
Vereadores: 
 
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I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou alheio; 
Il - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, de bens, rendas ou serviços 
públicos; 
Ill - desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas públicas; 
 
IV - empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou recursos de qualquer natureza, em 
desacordo com os planos ou programas a que se destinam; 
V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou realizá-Ias em desacordo com as 
normas financeiras pertinentes; 
VI - deixar de prestar contas anuais da administração financeira do Município a Câmara de 
Vereadores, ou ao órgão que a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições 
estabelecidos; (...) 
 
➢ Atenção! Esses crimes listados no artigo 1º são crimes comuns. Essa nomenclatura 
não tem respaldo hoje. A solução encontrada foi chamar esses crimes de 
responsabilidade impróprio. Já o artigo 4º, traz crimes de responsabilidade de 
verdade. Por essa razão, são os crimes de responsabilidade próprios. 
 
 
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Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1186. 
 
Súmula 208, STJ: Compete a Justiça Federal processar e julgar Prefeito municipal por desvio de 
verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal. 
Súmula 209, STJ: Compete a Justiça Estadual processar e julgar Prefeito por desvio de verba 
transferida e incorporada ao patrimônio municipal. 
 
Notícias STF 
Terça-feira, 14 de maio de 2019 
 
1ª Turma remete para primeira instância ação penal contra prefeito de Barueri (SP) por dispensa 
de licitação 
Nesta terça-feira (14), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a 
remessa, para a primeira instância da Justiça de São Paulo, de ação penal contra o prefeito de 
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Barueri (SP), Rubens Furlan. Ele responde por dispensa irregular de licitação que implicou em 
sobre preço na contratação de shows no município. Por maioria dos votos, o colegiado deu 
provimento a um agravo regimental interposto pela defesa do prefeito contra decisão da 
relatora, ministra Rosa Weber, que negou seguimento ao Recurso Extraordinário (RE) 1185838. 
O RE começou a ser analisado em julgamento virtual, mas o ministro Alexandre de Moraes pediu 
destaque do processo para julgamento presencial da Turma. De acordo com os autos, o Tribunal 
de Justiça de São Paulo recebeu denúncia relacionada a fatos ocorridos entre 2009 e 2011, 
quando Rubens Furlan era prefeito de Barueri, cargo que ocupa atualmente em razão de nova 
eleição. (...) 
(...) 
Voto da relatora 
Segundo a ministra Rosa Weber, relatora, o Tribunal de Justiça reconheceu a competência para 
apreciar ação penal invocando questão de ordem definida pelo Plenário do Supremo na AP 937. 
Nesse caso, a Corte entendeu que o foro por prerrogativa de função daqueles que exercem 
mandatos parlamentares aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e 
relacionados às funções desempenhadas. 
A relatora votou no sentido de negar provimento ao recurso e manter a decisão do TJ-SP. Para 
ela, o precedente do Supremo se aplica ao caso concreto, tendo em vista que os delitos 
imputados foram praticados no exercício do cargo de prefeito e estão relacionados às funções 
desempenhadas por Furlan, ressaltando que entre os dois mandatos “houve um pequeno 
interregno”. Ao votar, a ministra Rosa Weber disse que se limitou a manter a definição da 
competência feita pelo TJ-SP que invocou a questão de ordem na AP 937. 
(...) 
(...) 
 
 
Provimento 
O ministro Alexandre de Moraes abriu divergência. Segundo ele, o processo deveria ter sido 
enviado à primeira instância no momento em que Rubens Furlan deixou de ser prefeito. Ele 
observou que não houve reeleição, pois quando o primeiro mandato de Furlan terminou outro 
prefeito assumiu o cargo. 
O ministro afirmou, ainda, que o fato de Rubens Furlan voltar ao mandato não prorroga o 
foro. “Não há nada relacionado ao exercício do atual mandato”, observou, ao explicar que o 
TJ manteve a sua competência até o final, mas os fatos “foram praticados lá atrás e houve um 
momento em que ele [Furlan] deixou de ser prefeito”. 
Para o ministro Alexandre de Moraes, a intenção da decisão plenária do Supremo foi definir que 
o foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do 
cargo e que estejam relacionados às funções desempenhadas na atualidade. Por essas razões, o 
ministro deu provimento ao agravo para determinar a remessa dos autos à primeira instância, 
mantida a validade de todos os atos praticados pelo Tribunal de Justiça. 
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O ministro Luiz Fux acompanhou integralmente a divergência, já o ministro Marco Aurélio votou 
no sentido de dar provimento ao recurso, com a remessa do processo à primeira instância, 
porém sem validar os atos decisórios do TJ-SP. 
 
 
(I) Atribuições do Presidente da República 
 
Art. 84, CF/88: Compete privativamente ao Presidente da República:I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; 
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; 
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; 
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos 
para sua fiel execução; 
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 
2001) 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 
32, de 2001) 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 32, de 2001) 
VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; 
VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional; 
IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; 
X - decretar e executar a intervenção federal; 
XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da 
sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar 
necessárias; 
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos 
em lei; 
XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes 
são privativos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99) 
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XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e 
dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o 
presidente e os diretores do banco central e outros servidores, quando determinado em lei; 
XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União; 
XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da 
União; 
XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; 
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; 
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou 
referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas 
condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional; 
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional; 
XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas; 
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo 
território nacional ou nele permaneçam temporariamente; 
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Constituição; 
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da 
sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei; 
(prover é delegável o extinguir não) 
XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62; 
XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. 
 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos 
incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República 
ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações. 
 
 
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Fonte: MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 8ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2020, 
p. 1158. 
 
➢ Atenção! Esse rol é exemplificativo, não é fechado. 
Exemplo: Editar lei delegada está no artigo 68. 
 
➢ Se é privativo pode delegar? 
O parágrafo único autoriza. 
 
 
 
 
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➢ Atenção! Pode prover e desprover. Para o STF, a atribuição de prover abrange a 
de desprover. 
➢ Atenção! Extinguir, não pode delegar. Só por lei. 
➢ Muito cuidado! Se cargo estiver vago, pode delegar e fazer por decreto.

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