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AQUISIÇÕES E REESTRUTURAÇÕES EMPRESARIAIS

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AQUISIÇÕES E REESTRUTURAÇÕES EMPRESARIAIS
AULA 1 AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
Conforme dito no início desta aula, um dos nossos objetivos é entender o método de custos para a avaliação de investimentos. De acordo com o Portal de Contabilidade, os critérios que devem guiar a utilização deste método são os seguintes:
O valor de custo deve ser corrigido monetariamente com base nos índices oficiais e comparado com o valor de mercado na data do balanço.
Caso o valor de mercado seja inferior ao valor do custo corrigido, e essa perda seja de natureza permanente, deve ser constituída a correspondente provisão. Entende-se por valor de mercado dos investimentos o valor líquido pelo qual possam ser alienados a terceiros. Dessa forma, o valor de mercado pode ser determinado através de: (a) valor da cotação na Bolsa de Valores; (b) valor do patrimônio líquido; (c) valor de transação recente; (d) outras evidências que forem disponíveis.
A avaliação dos investimentos ao valor de mercado deve ser feita item por item e, caso seja contabilizada provisão para perdas, o valor do investimento assim apurado passará a constituir o novo valor de custo para futuras referências.
As variações significativas no valor de mercado após a data do balanço não devem ser consideradas na avaliação dos investimentos. Entretanto, seria recomendável a divulgação da informação em nota explicativa.
As bonificações em ações ou quotas de capital não devem ser contabilizadas como acréscimo do valor dos investimentos.
Os dividendos devem ser contabilizados quando declarados. Entretanto, nos casos em que as empresas investidas consignarem a proposta de distribuição de dividendos no próprio exercício, é adequado a investidora consignar também, no próprio exercício, os dividendos a serem distribuídos.
As notas explicativas às demonstrações contábeis devem conter as seguintes divulgações, se os valores dos investimentos forem significativos: Bases de avaliação; Valor de mercado; Análise da composição dos investimentos; quaisquer restrições existentes quanto à venda dos mesmos.
AULA 2 MÉTODO DE EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
Caso a empresa mantenha um investimento relevante em uma sociedade controlada e/ou coligada sobre cuja administração tenha influência ou de que participe com 20 por cento ou mais do capital social, esse investimento terá de ser contabilizado pelo método de equivalência patrimonial (equity method). O método de equivalência patrimonial registra a parte do investidor nos lucros de outra empresa de acordo com seu percentual de participação.
Segundo o site Administradores, “A equivalência patrimonial é o método que consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício”.
Para compreendermos o que será estudado nesta parte da aula, devemos nos aprofundar em alguns conceitos que envolvem as empresas que devem utilizar o método da equivalência patrimonial. São elas:
Controladas: De acordo com a LSA (Brasil, 1976), em seu Art. 243 §2º, “Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores”.
Coligadas: De acordo com Abreu (2014, p. 28), empresa coligada “é aquela sobre a qual seja exercida influência significativa, sem que se possua seu controle.
Joint Venture: Segundo o terceiro item do Pronunciamento Técnico CPC 18 (R2) (2012b), “Empreendimento controlado em conjunto (joint venture) é um acordo conjunto por meio do qual as partes, que detêm o controle em conjunto do acordo contratual, têm direitos sobre os ativos líquidos desse acordo”.
O método da equivalência patrimonial também deve ser aplicado em empresas do mesmo grupo econômico, de forma que possam consolidar seus números.
AULA 3 CONSOLIDAÇÃODAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Segundo o Pronunciamento Técnico CPC** 18 (R2) (CPC, 2012c),
Demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um grupo econômico, em que ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de suas controladas são apresentados como se fossem uma única entidade econômica.
A consolidação deve ser aplicada às demonstrações contábeis de: empresas controladas; empresas controladas em conjunto (consolidação parcial); e grupos econômicos. Segundo Abreu (2014, p. 88), “Na consolidação das demonstrações, deve ser feita a soma de cada conta, seguida das eliminações das redundâncias nelas encontradas. Desse modo, as demonstrações da controladora e de suas controladas produzirão uma peça única, o que proporciona ao acionista uma visão geral do grupo”.
Conforme dito anteriormente, as empresas que devem consolidar suas demonstrações contábeis pertencem ao mesmo grupo econômico. As empresas são organizadas em uma cadeia na qual as entidades controladoras devem apresentar demonstrações consolidadas.
Alguns procedimentos devem ser seguidos para a consolidação das demonstrações contábeis:
As datas-bases devem ser coincidentes, ou, em caso de impraticável, até 60 dias de antecedência (controlada);
Deve haver o mesmo intervalo de tempo (ex. anuais);
Os critérios devem ser uniformes;
Criação de contas e subcontas para identificar operações entre empresas do mesmo grupo;
Elaboração de papéis de trabalho, para identificação das eliminações na consolidação.
AULA 4 REORGANIZAÇÃO SOCIETÁRIA (FUSÃO, INCORPORAÇÃO, CISÃO)
Podemos perceber que ao longo de sua existência, uma empresa pode se unir a outras empresas, dividir-se ou simplesmente deixar de existir. De acordo com Abreu (2014, p. 142), esses processos são conhecidos como “reorganizações societárias ou em caso de troca de controle da empresa, combinação de negócios”.
Esses processos podem ser divididos em dois tipos:
Fusão e incorporação: quando se verifica a união entre duas empresas;
Cisão: quando se verifica a divisão de uma empresa.
Vale lembrar que nesses casos geralmente uma das empresas envolvidas deixa de existir.
“A dissolução de uma sociedade é o ato pelo qual os sócios manifestam a vontade de encerrar a existência de uma entidade empresarial ou então se constata essa obrigação. Em outras palavras, a dissolução corresponde ao momento em que se decide pela extinção da empresa. Essa decisão pode ser dos próprios sócios ou determinada pelo Poder Público ou pela legislação” (ABREU, 2014, p. 142).
“A liquidação de uma sociedade constitui a realização de seu ativo, a quitação dos passivos e a destinação dos saldos remanescentes aos sócios, como previsto no contrato social ou determinado na legislação” (ABREU, 2014, p. 144).
“A extinção de uma sociedade configura o fim de sua existência. Nesse momento, são baixados todos os seus registros, suas inscrições e matrículas nos órgãos competentes” (ABREU, 2014, p. 144).
AULA 5 CONVERSÕES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Imagine que você é dono de uma empresa no Brasil e, devido à qualidade e à alta demanda do seu produto, precisou abrir filiais em outros países. A partir daí surgiram algumas questões:
Como equiparar as demonstrações contábeis da empresa matriz com as das empresas filiais se as moedas são diferentes?
Como solicitar um empréstimo ou emitir um título no exterior?
Como permitir a análise de demonstrações por empresas de outros países?
Como prestar contas a financiadores internacionais?
Todas essas questões são resolvidas quando é realizada a conversão de demonstrações contábeis, para que elas possam ser lidas e analisadas por empresas de outros países.
E, sobre isso, é muito importante entender o que é a taxa de câmbio, isso porque ela estabelece a relação entre as moedas.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio da CPC 02, determina as regras para conversão de demonstrações contábeis. Segundo ele, países de economia estável devem utilizar o método da taxa corrente e paíseshiperinflacionados o método da correção integral.
Mas o que caracteriza um país com economia hiperinflacionada, você sabe? São aqueles que acumularam mais 100% de inflação nos últimos três anos. Um exemplo aqui mesmo na América do Sul é a Venezuela. Segundo a BBC Brasil (2016), a inflação anual até setembro de 2015 chegou a 141%. Ou seja, muito mais que 100% em três anos, o que a coloca como o país com maior inflação no mundo!
Você percebeu como é abrangente a questão da taxa de câmbio? Isso porque envolve vários países e várias economias, cada uma com sua especificidade.
Dessa forma, entender qual moeda é mais valorizada e como está o Real em relação a ela ajuda a ter um panorama econômico mundial, já que permite avaliar como anda a economia nos mais variados países.
AULA 6 DERIVATIVOS E HEDGE
Derivativos são aquelas aplicações financeiras que provém
– ou como o nome já diz, derivam - de outros valores.
O dólar é um exemplo clássico! No câmbio que vemos por aí, os derivativos são aplicações que derivam do valor do dólar!
Derivativos são contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice.
Sabia que o ativo subjacente pode ser o café, o ouro, o boi, ou outro bem físico? Ou também pode ser financeiro como as ações, as taxas de juros, enfim!
Importante lembrar que eles podem ser negociados no mercado à vista ou não (Detalhe: é possível construir um derivativo sobre outro derivativo).
Os derivativos podem ser contratos a termo, contratos futuros, opções de compra e venda, operações de swaps, entre muitos outros, logicamente que eles têm as suas particularidades.
Classificando os Derivativos
Os contratos são divididos em três classificações:
Derivativos agropecuários: Aqui os commodities agrícolas são a "moeda" forte: café, boi, milho, soja e outros. 
Derivativos financeiros: Atuam com o valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro como: Taxa de juros, Taxa de inflação, Taxa de câmbio, Índice de ações e outros.
Derivativos de energia e climáticos: Os objetos de negociação são a energia elétrica, o gás natural, os créditos de carbono e outros.

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