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Aspectos Educacionais e Socioantropológicos da Surdez

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Programa Especial de Formação Pedagógica R2
Conforme Resolução 2 de 01 de julho de 2015 CNE
Elisangela Holanda Leal dos Santos 
ASPECTOS EDUCACIONAIS E SÓCIO- ANTROPOLÓGICOS DA SURDEZ.
SÃO PAULO
2020
Elisangela Holanda Leal dos Santos 
ASPECTOS EDUCACIONAIS E SÓCIO- ANTROPOLÓGICOS DA SURDEZ.
SÃO PAULO
2020
Sumário 
	1. Introdução...........................................................................................................
	04
	
	
	2. Desenvolvimento................................................................................................
	05
	2.1 Surdez .............................................................................................................
	06
	2.2 Libras................................................................................................................
	07
	2.3 Escola Inclusiva ...............................................................................................
	10
	
	
	3. Conclusão...........................................................................................................
	11
	
	
	4. Referências Bibliográficas..................................................................................
	12
1. Introdução
Nos tempos atuais muito tem se falado da qualidade da educação, esse tema tem sido pauta recorrente em diversos congressos pelo mundo. A questão da inclusão de todos os tipos tem sido muito discutida e servindo de base para muitas reflexões sobre o tema. 
De acordo com Chiavenato (1998), a globalização é um processo que age sobre o homem. As suas consequências sociais e econômicas estão transformando o modo de vida da humanidade. Valores éticos e morais, conceitos políticos e sociais, o uso da ciência e das artes, enfim, a cultura criada pela humanidade em milênios está sendo modificada, substituída e, de alguma forma, afetada radicalmente. Nesse contexto, vemos o quanto é importante a inclusão das pessoas seja por gênero, raça ou por deficiência. 
No estudo abaixo, busca-se demonstrar a importância de ter estudo em Libras para uma escola inclusiva para deficientes auditivos.
E de acordo com Paulo Freire, (1999) Escola é... o lugar onde se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, gente que estuda, gente que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor, na medida em que cada ser se comporta como colega, como amigo. Nada de ilha cercada de gente por todos os lados. Nada de ser como tijolo que forma parede indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela. Ora, é lógico... em uma assim vai ser fácil estudar, crescer, fazer amigos, educar e ser feliz. 
Dentro dessa afirmativa é necessário encontrar mecanismos para que todos possa estar dentro do mesmo ambiente escolar, proporcionando um ambiente igualitário, dessa forma desenvolvendo laços que facilitaram o desenvolvimento humano. 
Nesse estudo contextualiza-se um pouco da história e da importância dessa inclusão, embora sabe-se que há muito a ser feito. Mas com educadores com foco em uma educação inclusiva, tem-se certeza que é o caminho a ser percorrido, com habilidades pedagógicas, trazendo os alunos com deficiência para um ambiente de inclusão. 
A importância do aprendizado de Libras é um primeiro passo para essa inclusão. Nesse estudo mostra-se a importância de seu crescimento dentro do ambiente escolar. 
2. Desenvolvimento da Pesquisa
Em um mundo repleto de forma de agilizar a comunicação entre as pessoas, a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva ainda é um grande desafio. 
Seria importante nos colocarmos no lugar do outro, usar-se da empática. Imagina-se criança, querendo dizer para sua mãe que sente alguma dor, sem que ela te entenda. Ou mesmo, você sentir medo do "bicho- papão" e ela achar que você está com dor de barriga e te dar aquelas gotinhas no copo e dizer: - “Você vai sarar...", mas o que você realmente está pedindo é a sua companhia; ou ainda você querer dizer o quanto a ama e que ela é importante para você e isto parecer impossível. A vida dos deficientes auditivos é cheia desses momentos, desde crianças e como adultos também. 
De acordo com Diniz (2003), Barbosa (2005) Meador, Zacove (2005) e Chaveiro (2010), entender e se fazer entendido constituem atos de humanização, para que o caráter socio antropológico das relações à educação possa incluir o surdo e suas especificidades linguísticas e culturais.
2.1 Surdez
A Surdez é o nome dado à impossibilidade e dificuldade de ouvir, podendo ter como causa vários fatores que podem ocorrer antes, durante ou após o nascimento. A deficiência auditiva pode variar de um grau leve a profunda, ou seja, a criança pode não ouvir apenas os sons mais fracos ou até mesmo não ouvir som algum. 
No Brasil, estima-se que existam cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de perda auditiva. No Censo de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 3,3% da população responderam ter algum problema auditivo. Aproximadamente 1% declarou ser incapaz de ouvir. 
Para essa população a dificuldade de comunicação é a principal barreira para seu desempenho, atualmente existem algumas formas de comunicação gestual: Português sinalizado; Libras; mímica; pantomima, alfabeto manual, comunicação total, bilinguismo e outros. 
não exclui técnicas e recursos ... que permeiam o resgate de comunicação, total ou parcialmente, bloqueadas. E, dessa maneira, seja pela linguagem oral, seja pela linguagem de sinais, seja pela datilologia, seja pela combinação desses modos, ou mesmo por outros que possam permitir a comunicação total, seus programas de ação estarão interessados em aproximar pessoas e permitir contatos. Não se pode isolar uma privação sensorial (Ciccone, 1990, p.7).
2.2 Libras 
Nesse estudo estaremos dando mais ênfase, no estudo da Libras. De acordo Fernandes (2008), LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental linguístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 60 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela linguística Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como segunda língua para os surdos. 
A LIBRAS foi oficializada e reconhecida como a língua de sinais da comunidade surda em âmbito nacional (lei federal nº 10.436, em 24 de abril de 2002), sendo assim garantida a sua difusão por parte do poder público em geral e das concessionárias de serviços públicos
Na visão de Fernandes (2011) 
“A ​Libras ​é ​a ​sigla ​utilizada ​para designar​ a​ ​língua brasileira​ de​ sinais, ​ já​ que​ cada ​país ​tem ​sua ​própria língua, ​ que​ expressa​ os​ elementos​ culturais​ daquela ​comunidade ​de ​surdos. É​ utilizado​ pela​ comunidade​ surdas​ brasileiras, ​principalmente ​dos ​centros ​urbanos pois​ muitas​ vezes​ os​ surdos​ que ​vivem em​ ​localidades ​distintas e​ em​ zonas​ rurais​ acabam​ por​ desconhece-la ​e, ​assim, ​acabam ​por desenvolver​ um​ sistema​ gestual​ próprio ​de ​comunicação, restrito​ as​ situações​ e​ as​ vivencias​ cotidianas. ​ Há, ​ também, ​alguns ​surdos que​ vivem​ nas​ grandes​ cidades​que​ desconhecem​ a​ língua ​de ​sinais ​por ​inúmeros ​fatores ​ou ​não ​aceitação ​pela ​família, ​a falta​ de​ ​contato​ ​com​ ​outros​ ​surdos​ ​que​ utilizam​ ​ ​a​ ​opção​ ​tecnológica ​da escola​em que foi educado​ entre outros aspectos” (FERNANDES, ​ 2011, p.82) 
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que está se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade. 
Ao contrário do que muitos pensam a língua de sinais não é universal, nem mesmo a nível nacional existe uma padronização, inda mais em um país de grandes dimensões como o nosso. Em uma cidade como São Paulo podemos observar até certos "bairrismos". Grupos de surdos possuem sinais diferentes para uma mesma situação. 
 De acordo com Lacerda (2006). Devemos considerar na proposta bilíngue o instrutor surdo, que é um profissional fluente em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e tem como papel ensinar a língua de sinais para o aluno surdo, que em vários casos ingressam na escola sem o conhecimento desta língua. Outro profissional que é de extrema importância para a educação deste alunado é o interprete de Libras, um profissional regulamentado que proporciona ao aluno surdo o contato com os conceitos acadêmicos em sua primeira língua, e irá também mediar a comunicação entre professor – aluno surdos – aluno ouvinte. (Vieira, 2010).
No ambiente escolar é inclusão é vista como uma realidade legal, desde de 2005, se tornou obrigatória a inclusão de disciplina que ensina a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todos os cursos de formação de professores — Pedagogia, Educação Especial e todas as licenciaturas, além da obrigatoriedade de ser ofertada como matéria optativa para os cursos de bacharelado. Todos temos que cumprir como uma exigência, mas independente disso é necessário além da exigência criar um currículo que permita na prática do professor desempenhar seu papel. 
Hoje o eixo principal de aprendizagem e comunicação com o aluno deficiente auditivo é através da língua de sinal, LIBRAS, o professor por sua vez, deve estar preparado para lidar com essa aprendizagem, para que possa assumir a responsabilidade de ter uma escola que acolhe todos os alunos, deficientes ou não. 
Fonseca, (in STOBAUS E MOSQUERA, 2004, página 45 ) nos diz que: 
[...] a escola assume-se como uma instituição social anti-discriminatória, na qual todos os estudantes, com ou sem problemas, integrados ou marginalizados, são acolhidos, na qual a exclusão é igual a zero, na qual todos podem se considerar proprietários dum bem social e dum sentimento comunitário profundo que é a inclusão total de todas as crianças na escola independente da sua diversidade biossocial. 
Historicamente, as pessoas com deficiência foram consideradas ora amaldiçoadas, ora seres semidivinos, porém, sempre foram excluídas do contexto social e vistas como objeto de caridade da comunidade (Perello, Tortosa, 1978; Ghirardi, 1999). Nesse contexto, os surdos eram considerados dignos de pena e vítimas da incompreensão da sociedade e também da própria família (Sacks, 1998; Rabelo, 2001; Ladd, 2003). 
Por diversos anos foram torturados, abandonados por suas famílias, foram escondidos e isolado do convívio social. Contudo, atualmente isso vem se modificando fazendo com que diversos setores da sociedade discutam formas de inclusão dessas pessoas, visto que são totalmente capazes de desenvolver-se, necessitando apenas de mecanismo de comunicação que possa facilitar esse processo. 
“A presença do povo surdo é tão antiga quanto a humanidade. Sempre existiram surdos. O que acontece, porém, é que nos diferentes momentos históricos nem sempre eles foram respeitados em suas diferenças ou mesmo reconhecidos como seres humanos.”
Strobel, 2008b, p.42
2.3 Escola Inclusiva 
Os autores Amorin, Costa e Walker (2015) chamam a atenção sobre a educação inclusiva, a qual compreendem como direito de todo cidadão, sendo base para sua formação. Por mais que o direito à educação a todos seja reconhecido, esse processo requer muito trabalho e empenho, pois na visão desses autores a inclusão de fato: 
[...] é uma conquista que exige muito estudo, trabalho e dedicação de todos os envolvidos no processo do aluno: aluno surdo e ouvinte, família, professores, fonoaudiólogos, psicólogos, assistentes sociais e demais elementos da escola (p. 2). 
A escola inclusiva, por sua vez, tem que fazer o seu papel, ser o agente transformador que irá buscar esse mecanismo para que essa inclusão ocorra de forma tranquila e acolhedora, visando dar condições de desenvolvimento total para essas pessoas. 
A inclusão dos alunos, é um tema que deve ser debatido em todo universo escolar, trazendo o desenvolvimento de empatia e respeito ao próximo como ferramentas de transformação, estendendo-se a toda sociedade, trazendo uma visão de escola inclusiva. 
De acordo, com Montoan (2005), a educação inclusiva acolhe todas as pessoas sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados para todas as minorias e para as crianças que são discriminadas por qualquer outro motivo.
Uma escola inclusiva, necessita de profissionais envolvidos com seu trabalho, sabendo da importância de realizar um trabalho individualizado, sabendo que cada pessoa é única e seu modo de aprendizagem é diferente de acordo com suas particularidades. 
Paulon também diz que: 
“O princípio é que as escolas devem acolher a todas as crianças incluindo crianças com deficiências superdotadas, de rua, que trabalham, de população distante, nômades, pertencentes a minorias linguísticas, etnias ou culturais, de outros grupos desfavorecidos ou marginalizados. Para isso sugere que se desenvolva uma pedagogia centrada nas relações com a criança, capaz de educar com sucesso a todos, atendendo as necessidades de cada um, considerando as diferenças existentes entre elas”. (PAULON, 2005, p 21). 
Para que essa escola inclusiva, seja uma realidade é necessário maior investimento na capacitação de seus professores, fazendo com que esse profissional esteja preparado para realizações de ações pedagógicas para o desenvolvimento dessas pessoas. Além desse investimento na capacitação é necessário a adequação do sistema educacional, transformando as escolas em locais que seja possível atender a todos. É notório que haja exclusão, mas cabe a nós como futuros educadores, estar sempre em busca de uma educação que seja efetivamente inclusiva. 
“vale enfatizar que a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto aos demais alunos, nem na negação dos serviços especializados aqueles que deles necessitem. Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos, respeitando suas diferenças e atendendo às suas necessidades” (GLAT e NOGUEIRA, 2002 citado por MANTOAN, 2006, p.42). 
Por outro lado, o Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola, documento que rege as ações da escola, deve ser coerente com uma proposta de educação para todos. Fernandes (2008) descreve que a escola que percebe e enfrenta a organização de um projeto pedagógico cujo seu currículo garante respostas educacionais relacionados a inclusão, está se aproximando cada vez da educação inclusiva. Além disso, é fundamental o professor ter conhecimento do estudo de Libras, para que seja possível a comunicação de forma mais assertiva, o conhecimento em língua de sinais é fundamental para que haja sucesso na aprendizagem dessesalunos e acessibilidade aos conteúdos propostos pela escola, além do conhecimento em Libras, é necessário um trabalho de conhecimento e desenvolvimento de habilidades que possibilitem a inclusão. 
A aproximação dos professores com essas pessoas que possuem deficiência auditiva é fundamental para desenvolver uma confiabilidade nesse processo de desenvolvimento. 
Lacerda (2006) descreve que as questões sobre as dificuldades encontradas para a inclusão do aluno surdo são bem conhecidas, na realidade brasileira e que existem leis que orientam as ações para o atendimento às pessoas surdas. Porém, esses conhecimentos não são suficientes para proporcionar a inclusão de fato. É necessário ter profissionais capacitados, adequação curricular, aspectos didáticos e metodológicos, conhecimento sobre a surdez e sobre a língua de sinais, entre outros aspectos. 
Para a escola inclusiva são necessárias algumas práticas Pedagógicas para a Educação de Alunos com Deficiência Auditiva.
 Para Zanata (2010) em seus estudos realizou um levantamento da literatura que aponta algumas estratégias para a prática de ensino de alunos surdos que são apresentadas a seguir:
· Se pensar na adaptação do ambiente escolar para a aprendizagem de alunos surdos.
· O professor deve planejar suas aulas sempre pensando na interação e aprendizagem de seu aluno.
· O professor deve criar um ambiente favorável para o aprendizado de seu aluno surdo.
· Pensar em atividades em que o aluno surdo irá realizar em conjunto com os demais alunos.
· Levar para os ambientes educacionais métodos visuais como vídeos, desenhos etc.
· Atividades em pares.
· O professor deve centralizar suas práticas de ensino-aprendizagem nas capacidades de seus alunos.
Nesse sentido é necessário avaliar num contexto geral todas as habilidades que devem ser desenvolvidas pelo professor, destacando-se: a humildade para estar aberto às questões do hoje (de cunho os mais variados), respeito por seu pares, nas relações ética e estética, reconhecendo que são apenas diferentes entre si e satisfatórias para aqueles que delas participam; confiança na potencialidade de todo ser humano de construir o seu próprio conhecimento, sabendo-se num processo dinâmico de construção de saberes das mais diferentes ordens 
3. Conclusão
Com estudo da importância da inclusão das linguagens de sinais, Libras, pode-se entender o quanto a escola inclusiva se faz necessária, buscando trazer para dentro da escola uma linguagem que possibilite a todos, acesso a informação. 
Faz-se necessário que todo educador, tenha conhecimento das necessidades dessas pessoas com deficiência auditiva, buscando formar pedagógicas de trazer esse aluno para um convívio social que poderá abrir muitos horizontes, pautados em valores éticos, respeito e igualdade, assim como prevê a legislação brasileira. 
Sabemos que há um longo caminho a ser percorrido, porém com novas habilidades desenvolvidas pelos educadores, é possível galgar novos horizontes, com isso desenvolvendo pessoas com deficiência auditivas mais autônomas. 
Através do estudo bilingue inserir esse aluno dentro das necessidades de aprendizagem curriculares, desenvolvendo conhecimentos científicos e formando a capacidade de pensar criticamente os problemas e desafios postos pela realidade social. Traz esse aluno a participar da sociedade como um todo. 
O professor tem como papel principal ser o mediador desse conhecimento, por isso é necessário o seu desenvolvimento profissional para atender as necessidades do aluno. 
Sabe-se que no Brasil ainda olham para a educação de forma errônea, não entendendo que é a única maneira de transformação do país, mas cabe a nós educadores, não desistirmos dessa escola inclusiva, além de desenvolvermos novas maneiras de lecionar. 
Hoje através da informatização utiliza-se de ferramentas facilitadores desse aprendizado. É a chave principal desse aprendizado não se esquecer de colocar-se no lugar do outro. 
4. Referências bibliográficas
ALMEIDA, J.; VITALINO, C. A disciplina de libras na formação inicial de pedagogos: experiência dos graduandos. 2012. Disponível em: 
<http://www.ucs.br/etc/conferencias/index.php/anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/24 29/582>. Acesso em: 19 jan. 2020. 
Artigo científico: Práticas Pedagógicas para educação de alunos com deficiência auditiva, Dezembro, 2011, acesso através da https://edspec.wordpress.com/2011/12/06/praticas-pedagogicas-para-educacao-de-alunos-com-deficiencia-auditiva/, em 19 jan 2020.
AMORIN, M.; COSTA, S.; WALKER, M. A inclusão do aluno surdo na rede regular de ensino. 2015. Disponível em: http://www.ufac.br/portal/unidadesadministrativas/orgaos-complementares/edufac/revistas-eletronicas/revista-ramal-deideias/edicoes/edicao-1/caminhos-da-educacao/a-inclusao-do-aluno-surdo-na-rederegular-de-ensino>. Acesso em 15 jan. 2020. 
BARBOSA, Maria Alves et al. Linguagem Brasileira de Sinais: um desafio para a assistência de enfermagem. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v.7, n.3, p.247-251. 2003
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Educação Inclusiva/ Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014. 96P. 
BRASIL. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Caderno de educação especial: a alfabetização de crianças com deficiência: uma proposta inclusiva/ Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. – Brasília: MEC, SEB, 2014. 48P. 
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n.º 9394/96. Brasília, 1996 
BRASIL, Presidência da República. Lei de Libras. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002.http// www.planalto.gov.br/cuvi.03/leis/2002. acesso em: 16 de jan de 2020.
BRASIL. Decreto nº 5626, de 22 de dezembro de 2005. Ato 2004. Acesso em 15 de jan de 2020.
CICCONE, Marta. Comunicação total: introdução, estratégia, a pessoa surda. Rio de Janeiro: Cultura Médica. 1990
CHAVEIRO, Neuma; BARBOSA, Maria Alves. Assistência ao surdo na área de saúde como fator de inclusão social. Revista Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v.39, n.4, p.417-422. 2005.
CHIAVENATO, Júlio José. Ética globalizada e sociedade de consumo. São Paulo: Moderna, 1998. (Coleção Polêmica).
DINIZ, Débora. Autonomia reprodutiva: um estudo de caso sobre a surdez. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.19, n.1, p.175-181. Acesso em: 20 dez 2019. 2012. 2003.
FERNANDES, Sueli: Educação de surdos/Sueli Fernandes – 2 ed. Atual.- Curitiba i.b pex, 2011. 
FERNANDES, E. Surdez e Bilinguismo. Porto Alegre, 2008. 
FREIRE, P. Poema “A Escola”; 1999.
LACERDA, C. A Inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Campinas, 2006.Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010132622006000200004&lang=pt>. Acesso em: 15 jan. 2020. 
LIMA, Amanda Denise , Artigo - quarta-feira, 15 de maio de 2013 - PAULON, Simone Mainieri Documento subsidiário da política de inclusão\\ Simone Mainieri Paulon Lia Beatriz de Lucca . Freitas, Gerson Smiech Pinho – Brasília : Ministério da Educação , Secretaria de Educação Especial, 2005. 48p 
MEADOR, Helen E.; ZAZOVE, Philip. Health care interactions with deaf culture. Journal of the American Board of Family Practice, Michigan, v.18, n.3, p.218-22. 2005.
STOBÄUS, C. D; MOSQUERA, J. J. M. (org.) Educação especial: em direção à educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. 
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: UFSC. 2008a.
STROBEL, Karin. Surdos: vestígios não registrados na história. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2008b.
VIEIRA, C.A. A Proposta Educacional Bilíngue: Língua Brasileira de Sinais e Língua Portuguesa. Goiânia, 2010.
ZANATA, E. M. Práticas Pedagógicas Inclusivas Para Alunos Surdos Numa Perspectiva Colaborativa.Dezembro, 2004.
Trabalho final apresentado à disciplina de Matemática, como exigência parcial para a obtenção do curso de Programa Especial de Formação Pedagógica R2 – Turma 208, sob a supervisão da Professora Ana Gabriela Mariano.
Polo: República

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