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Revoluções inglesas

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Revoluções inglesas
Coroa da Dinastia Tudor de 1485 até 1603 com Elizabeth I que morre e não deixa sucessores. O parente mais próximo é Jaime IV da Escócia que se transforma em Jaime I que é anglicano e unifica as coroas.
O reinado de Jaime I
Jaime I é da Dinastia dos Stuarts, a última absolutista. Ele dissolveu as duas câmaras e interferiu na liberdade do comércio concedendo monopólios e privilégios.
Rei era anglicano mas a maior parte da população era Calvinista e deu origem aos radicais denominados Puritanos.
Com a morte de Jaime I, assumiu seu filho Carlos I, em 1625
O reinado de Carlos I
Assumiu e entrou em conflito com os puritanos e parte do parlamento, tendo prendido alguns, inclusive.
Assinatura da petição de direitos em 1628, comparado à Carta Magna, declarava ilegais os impostos não aprovados pelo Parlamento, prisões arbitrárias e aplicação da Lei Marcial em tempos de paz.
A petição não acabou os conflitos e o rei instituiu as impopulares contribuições navais (ship money).
As atitudes do rei causaram uma rebelião dos Calvinistas mais exaltados no Norte do País. Em 1640, para custear essa guerra, o Rei se viu obrigado a convocar o Parlamento fechado há 11 anos. Posteriormente foi criada uma lei que proibia o rei de dissolver o parlamento e em seguida o rei invadiu a Câmara dos Comuns.
Iniciou-se então uma guerra civil de 1642 a 1649, lutando a favor do rei a maior parte dos nobres e latifundiários os católicos e os anglicanos fiéis conhecidos como “Cavaliers” e ao lado do Parlamento os pequenos proprietários de terra, os comerciantes e os manufatureiros, em sua maioria Puritanos e Presbiterianos, conhecidos como “houndheads”.
Após a perda das primeiras batalhas, o rei se rendeu em 1646, mas os conflitos seguiram agora internamente entre os Parlamentares Presbiterianos (maioria) e os Puritano (minoria radical chefiada por Oliver Cromwell) e isso propiciou ao rei retornar a guerra em 1648, que perdeu novamente, dando força e domínio militar aos Puritanos.
Os deputados extinguiram a monarquia e o Rei Carlos I foi decaptado em janeiro de 1649. Depois a câmara dos pares foi abolida e criada uma República Oligárquica, concluindo a primeira fase das revoluções conhecida como Revolução Puritana.
A República e o Protetorado de Cromwell 
O novo estado ficou conhecido como “Commonwealth”, com um conselho de estado de 41 membros, que foi dominado e depois fechado por Cromwell em 1653. Tem-se então uma ditadura liderada por ele e o Parlamento foi dispensado em 1655.
A república mais parecia uma monarquia, mas Cromwell se manteve no poder por nove anos devido ao apoio militar, as vantagens econômicas concedidas à classe média (Lei de Navegação de 1651 e pelos tratados com França e Holanda) e as vitórias nas guerras contra Espanha e Holanda.
Em 1658, morre Cromwell e assume seu filho Ricardo que fica poucos meses no poder.
O Reinado de Carlos II
O filho do rei decaptado foi convocado pelo Parlamento em 1660 para ocupar o trono, mas deveria se comprometer com a Magna Carta e a Petição de Direitos. Esse período ficou conhecido como Restauração (Carlos II entre 1660-1685 e seu irmão Jaime II entre 1685-1688). 
Foi um período de conflitos pois o Rei Carlos II era favorável aos católicos e também chegou a dispensar o poder legislativo.
A Lei de Exclusão
Foi uma lei criada em 1679 pelos Whigs (liberais) para excluir Jaime II da linha de sucessão por ter se convertido ao catolicismo. Os Tories (conservadores) eram contrários.
Isso ocorreu pois em 1673, Jaime se negou a prestar o juramento prescrito do Ato de prova (lei contrária aos direitos dos católicos).
Para resolver o problema, o rei dissolveu a câmara e acabou com a discussão.
O Reinado de Jaime II
Jaime, católico declarado, queria fazer da sua religião a oficial da Inglaterra e devido ao nascimento de um herdeiro homem, aumentou o temor sobre a sucessão.
A Revolução Gloriosa de 1688-1689 foi apoiada por Tories e Whigs e não teve derramamento de sangue.
O príncipe Guilherme de Orange e sua esposa Maria (filha de Jaime II) foram convidados a assumir o trono. Assim, Guilherme reuniu um exército na Holanda e ocupou Londes, tendo Jaime II se refugiado na França.
Em 1689 foram aprovadas leis de proteção ao poder do Parlamento, como:
1- a obrigatoriedade para que as verbas do tesouro fossem fixadas para um período anual,
2- o Toleration Act, lei que concedia liberdade religiosa a todos os cidadãos, exceto os católicos e os unitários.
3- Bill of Rights, lei dos Direitos dos Cidadãos (mais ampla que a Petição de direitos de 1628)
Com isso, houve o fim da monarquia absolutista e o surgimento de uma monarquia constitucional, com a Revolução Puritana e a Revolução Gloriosa que contribuíram para inspirar as revoluções americana e francesa, em finais do século XVIII.

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