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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA Graduação Em Farmácia Farmácia Hospitalar Trabalho AV2 CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO NA FARMÁCIA HOSPITALAR ACADÊMICOS JACIARA DA SILVA MACHADO DURIGON LÚCIA GISELE MACHADO VIEIRA RUBENS RAUL DE SOUSA VINICIUS DECKER MARTINS DOCENTE: MARILEN PIRES São José, novembro de 2018. 1. INTRODUÇÃO Não tem como falar de central de abastecimento farmacêutico, sem antes entender um pouco sobre o conceito histórico de tudo o que a envolve. A primeira farmácia hospitalar que se tem registro, tem data de 1752 em um hospital da Pensilvânia (EUA), na qual foi apresentada a primeira proposta de padronização de medicamentos. No Brasil, as farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Militares, onde o farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos pacientes internados, obtidos de um ervanário do próprio hospital. Com a industrialização do medicamento, surgindo assim o fármaco pronto para uso, houve uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico de hospital. Com isso, o profissional farmacêutico teve que se reinventar e buscar novas formas de pensar e agir, buscando sempre mais conhecimento recuperando assim a relação médico- farmacêutico e farmacêutico-paciente. A sua principal arma ou habilidade passou a ser a informação e o conhecimento máximo em medicamentos. A criação da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH), em 1995, contribuiu intensamente para a dinamização da profissão e para o desenvolvimento da produção técnico-científica nas áreas de assistência farmacêutica hospitalar. Segundo a SBRAFH, farmácia hospitalar é a unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Dentro dessa unidade de farmácia hospitalar existem diversas sub unidades e sub divisões que auxiliam em todos os processos assistenciais, administrativos e gerenciais da unidade. Uma das principais sub divisões da farmacia hospitalar é a CAF (Central de abastecimento farmacêutico). E segundo a SBRAFH, a CAF é a unidade de assistência farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e produtos farmacêuticos, onde são realizadas atividades quanto à sua correta recepção, armazenamento e distribuição. Todo esse processo é gerenciado pelo profissional farmacêutico responsável pela unidade de farmácia hospitalar. O gerenciamento inadequado e o uso incorreto de medicamentos e de outras tecnologias em saúde acarretam sérios problemas à sociedade, ao SUS, e às instituições privadas (hospitais, clínicas, operadoras de planos de saúde, entre outros), gerando aumento da morbimortalidade, elevação dos custos diretos e indiretos, e prejuízos à segurança e à qualidade de vida dos usuários. Nosso trabalho tem por objetivo apresentar a CAF e todos os seus processos, desde a estrutura física, até a distribuição final as unidades dentro do hospital. A metodologia utilizada foi a revisão de literaturas, incluindo livros e artigos científicos disponíveis on-line, além de leitura profunda e conhecimento da legislação vigente no Brasil, com relação a todos os processos envolvidos na determinada unidade e finalizamos fazendo entrevistas com profissionais experientes na área de farmácia hospitalar e também responsáveis pelas CAFs de seus determinados locais de trabalho. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Central de Abastecimento Farmacêutico na Farmácia Hospitalar A Farmácia hospitalar tem como função garantir o uso seguro e racional de medicamentos, garantindo o tratamento dos pacientes disponibilizando as medicações conforme as necessidades terapêuticas, para tanto é necessário que estes medicamentos estejam em estoque, nas dosagens necessárias para as terapias e com garantia no armazenamento para que a medicação mantenha-se integra, e dentro deste contexto encontra-se a Central de Abastecimento de medicamentos, local este destinado ao armazenar e distribuir de forma logística e eficaz os medicamentos, atendendo a necessidade de demanda. Gomes (2003) relata que em 1980 a farmácia hospitalar passa a se responsabilizar pelo gerenciamento das atividades que tem como consequência gerar redução de custos, racionalizar o trabalho e garantir o uso correto de medicamentos, assim a partir de 1985 foram ofertados cursos pelo Ministério da Saúde para reestruturar a farmácia hospitalar. Em 1995 foi criada a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, com o objetivo de capacitar os profissionais para o mercado, objetivando que os farmacêuticos pratiquem a assistência e os cuidados integrais (Thomaz S., 2011) Santos (2006) classifica a farmácia hospitalar como um dos serviços técnicos do hospital, responsável por um dos maiores gastos que é o medicamento, desta forma é um setor de extrema importância, sendo fundamental que o farmacêutico tenha domínio do medicamento em relação a sua aquisição, armazenagem, preparo para dispensação e o mecanismo que envolve o controle de prescrições e demais atividades. A Central de Abastecimento Farmacêutico é uma construção destinada ao recebimento, estocagem, guarda e expedição dos medicamentos e insumos farmacêuticos, visando a assegurar a conservação adequada dos produtos em estoque (MARIN, 2003). Denomina-se Central de Abastecimento Farmacêutico a unidade de Assistência Farmacêutica que tem como objetivo a armazenagem de medicamentos e correlatos, onde são realizadas atividades relacionadas a sua correta recepção, estocagem e distribuição, sendo identificado como um almoxarifado para armazenamento de medicamentos. Os principais produtos armazenados são medicamentos de uso geral em hospitais, como antibióticos, antifúngicos, antiparasitários, anti-inflamatórios, analgésicos, soro, medicamentos psicotrópicos, quimioterápicos, nutrição parenteral e de alto custo. É responsável pelo armazenamento e distribuição destes medicamentos a outras unidades do hospital como, por exemplo, UTI, Centro Cirúrgico, Setor de Psicotrópicos, Farmácia Central para atendimento interno e externo como ambulatório, Setor de quimioterapia e ainda pode armazenar e distribuir insumos e medicamentos para setor de manipulação. Sua estrutura física deve comportar os setores de Recebimento de Mercadorias, Armazenamento, Distribuição atendendo as necessidades de cada setor solicitante no âmbito hospitalar. O maior objetivo da Central de Abastecimento Farmacêutico é controlar a entrada e saída de medicamentos físico e financeiro e manter o estoque para demanda de uso, prevenindo para que não aconteçam faltas. O Armazenamento é considerado a etapa do Ciclo da Assistência Farmacêutica que tem por finalidade assegurar as condições adequadas de conservação dos produtos (BRASIL, 2006). O armazenamento e a distribuição são as etapas do Ciclo da Assistência Farmacêutica e estão ligados a Central de Abastecimento Farmacêutico, pois visam assegurar a qualidade dos medicamentos através de condições adequadas de armazenamento e um controle de estoque eficaz, bem como garantir a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de atendimento ao usuário (Cosendey, 2000). Para tanto se devem respeitar certas regras para estocagem e manuseio das medicações, assim como forma da guarda e empenhamento dos mesmos. A organização da Central de Abastecimento Farmacêutico está envolvida em toda uma sistemática para garantir a correta distribuição, remanejamento de consumo, diminuição no consumo ou mudanças de protocolo, organização dos medicamentos nos estoques por características de cada fármaco, controles de entrada e saída, controles de temperatura e umidade, especificações de cada medicamento para armazenagem e uso. É também, a partir dotrabalho desenvolvido na CAF, que se apura o giro dos estoques, o consumo médio dos medicamentos padronizados e os estoques mínimos. A organização dos almoxarifados deve ser orientada de modo a cumprir três objetivos principais: Garantir a correta recepção, conservação e distribuição, dentro de padrões e normas técnicas específicas para os medicamentos. Manter condições ambientais de temperatura e umidade para assegurar o rendimento, minimizar riscos e erros garantir limpeza e conservação do local. Dispor de meios para atingir os dois objetivos anteriores, sendo que para isso, o local e armazenagem devem dispor de condições adequadas atendendo as seguintes características: Acesso: tanto interno como externo deve ser otimizados facilitando o recebimento e distribuição; Almoxarifado: Deverá estar estruturado com instalação hidráulica e elétrica para atender as atividades; Comunicação: O almoxarifado devera ter acesso as dependências do hospital e outros locais de armazenagem, facilitando a comunicação entre estes locais. Drenagem: caso necessário deverá contar com sistema de drenagem para prevenir inundações e consequentemente perda de material; Circulação: deverá ter uma planta que facilite entrada e saída de circulação de materiais e pessoas, e que facilite o armazenamento conforme sistemática de entrada e saída. Segurança: Deverá conter equipamentos que garantam segurança contra incêndio e acidentes ocupacionais. Ventilação e Circulação de ar: Garantir a circulação de ar e armazenagem para estocagem com controle de temperatura e umidade. Temperatura: Especificações segundo a Farmacopeia Americana (USP): O Ambiente (em torno de 25 ºC), permitindo-se variação entre 15 a 30 ºC; Fresca: entre 8 e 15 ºC; Fria ou refrigerada (insulinas, vacinas): entre 2 e 8 ºC;Congeladores (vacinas e imunobiológicos): entre 0 - 20 ºC. Luminosidade: A incidência direta de luz, principalmente de raios solares, sobre os medicamentos, acelera a velocidade das reações químicas (principalmente oxirredução), alterando a estabilidade dos mesmos; Medicamentos fotossensíveis possuem embalagens de cor âmbar ou blister de alumínio; No caso de iluminação artificial, recomenda-se a utilização de lâmpadas fluorescentes. No Armazenamento existe uma série de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem diversas atividades (Vecina Neto & Reinhardt Filho, 1998), podemos relacionar entre as principais: Estocagem ou guarda – guarda em área definida, organizada, dentro de parâmetros que permitam segurança e rapidez tanto para armazenar quanto para saída do produto por solicitação, atendendo as especificações de cada medicamento. Segurança – capacidade de manter o material contra danos físicos, furtos e roubos. Conservação – Manter e assegurar as características dos produtos durante o período de estocagem; Controle de Estoque – monitoramento da movimentação física dos produtos (entrada, saída e estoque). Entrega – Deve ser de acordo com as necessidades do solicitante, garantindo condições de transporte, e rastreabilidade do produto e documentado solicitação e saída; Devem existir condições de segurança adequada para o armazenamento de produtos inflamáveis; Os procedimentos (rotinas) quanto à estocagem/armazenamento e distribuição de produtos devem estar escritos em POPs; Os produtos devem estar armazenados em prateleiras e afastados do piso e da parede; Um armazenamento bem feito assegura a qualidade dos medicamentos e insumos, quando o farmacêutico realiza de forma adequada a estocagem e o controle de estoque, (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010). A organização deve estar de acordo com o manuseio das características dos medicamentos para acondicionamento, caracterizando como, por exemplo, produto por peso, tamanho, giro de saída alto ou baixo, maior ou menor volume, refrigerado, portaria 344 entre outras características. As ampolas e frascos de vidro devem ser manuseados com cautela para que não ocorram acidentes. A Distribuição é de competência do farmacêutico e deve ser organizada de forma segura e eficaz de itens necessários para a instituição hospitalar e posteriormente para os pacientes. A farmácia hospitalar deve funcionar 24 horas e garantir a distribuição adequada de acordo que surgirem as necessidades (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010). A lei 5991/73 determina que farmácias devem funcionar mediante um Responsável Técnico, no caso um farmacêutico que responde pelos atos da instituição, sendo ela publica ou privada. A portaria 1.017, de 23 de dezembro de 2002, criada pelo Ministério da Saúde, determina que as farmácias hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) devem ter a reponsabilidade técnica de um farmacêutico e este estar inscrito no conselho regional de seu estado. Segundo GALATO et al., 2008 p. 467 (apud Arias 1999), “a dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um profissional autorizado”. Desta forma a distribuição do medicamento será realizada a partir da solicitação do médico por prescrição, devendo garantir rapidez, segurança, transporte adequado, sistema de informação e controle de estoques eficiente, planejamento para entrega baseado na rotina setoriais, cronograma de distribuição e informação sobre sistemas de distribuições especiais como nos casos de produtos termolábeis e medicamentos controlados (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010). O farmacêutico deve escolher o sistema visando: melhoria na qualidade do atendimento exercido pela farmácia hospitalar, um sistema que traga lucro à instituição hospitalar e ao paciente e que possa se adaptar à rotina do hospital (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010). O sistema de distribuição pode ser divido em: Coletivo: onde os medicamentos são distribuídos a partir da prescrição medica ou requisição da enfermagem, e formam estoques nas unidades de atendimento Individualizado: distribuídos num período de 24 horas a um determinado paciente, através de prescrição médica. Dose unitária: são distribuídos por paciente, por período de 24 horas, neste caso os medicamentos já estão prontos para serem administrados, conforme doses prescritas. Ainda pode ser contado com o sistema misto ou combinado: onde os os medicamentos são distribuídos diante de solicitações, no caso de exames, pelo sistema coletivo, por cópia de prescrição médica no caso de unidade de internação e pelo sistema individualizado (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010) 2.2 Legislação relacionada a CAF Segundo a Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010, que dispõe sobre as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais: 2.2.1 Distribuição e Dispensação - A implantação de um sistema racional de distribuição de medicamentos e de outros produtos para a saúde deve ser priorizada pelo estabelecimento de saúde e pelo farmacêutico, de forma a buscar processos que garantam a segurança do paciente, a orientação necessária ao uso racional do medicamento, sendo recomendada a adoção do sistema individual ou unitário de dispensação. No contexto da segurança, a avaliação farmacêutica das prescrições, deve priorizar aquelas que contenham antimicrobianos e medicamentos potencialmente perigosos, observando concentração, viabilidade, compatibilidade físico-química e farmacológica dos componentes, dose, dosagem, forma farmacêutica, via e horários de administração, devendo ser realizada antes do início da dispensação e manipulação. Com base nos dados da prescrição, devem ser registrados os cálculos necessários ao atendimento da mesma, ou à manipulação da formulação prescrita, observando a aplicação dos fatores de conversão, correção e equivalência, quando aplicável, sendo apostos e assinado pelo farmacêutico. Para promover o Uso Racional de Medicamentos e ampliar a adesão ao tratamento o estabelecimento,em conformidade com a complexidade das ações desenvolvidas, deve dispor de local para o atendimento individualizado e humanizado ao paciente em tratamento ambulatorial e/ou em alta hospitalar. 2.2.2 Infraestruturafísica - A infraestrutura física e tecnológica é entendida como a base necessária ao pleno desenvolvimento das atividades da farmácia hospitalar, sendo um fator determinante para o desenvolvimento da assistência farmacêutica, devendo ser mantidas em condições adequadas de funcionamento e segurança. A infraestrutura física para a realização das atividades farmacêuticas deve ser compatível com as atividades desenvolvidas, atendendo às normas vigentes. A localização da farmácia deve facilitar o abastecimento e a provisão de insumos e serviços aos pacientes, devendo contar com meios de transporte internos e externos adequados, em quantidade e qualidade à atividade, de forma a preservar a integridade dos medicamentos e demais produtos para a saúde, bem como a saúde dos trabalhadores. (bvsms.saude.gov) Já a Resolução - RDC nº50/2002, do Ministério da Saúde, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, prevê as seguintes áreas mínimas: Área para armazenagem e controle (Central de Abastecimento Farmacêutico) = 0,6m2 por leito; Área para recepção e inspeção 10% da área de armazenagem; Área de distribuição 10% da área de armazenagem; Centro de informação de medicamentos = 6m2; Área de dispensação (farmácia satélite) = 4,0 m². Pode ser substituída por carrinhos de medicamentos ou armários específicos. A CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) é a unidade de assistência farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e produtos farmacêuticos, onde são realizadas atividades quanto à sua correta recepção, armazenamento e distribuição. A CAF pode contar com os seguintes ambientes, a depender dos produtos sob responsabilidade da Farmácia no Hospital: Recepção e Inspeção – destinada ao recebimento e conferência dos produtos entregues na CAF; Distribuição – para atendimento de requisições internas da Farmácia e de outros setores do hospital; Área de Soluções Parenterais – destina-se à instalação de pallets e porta-pallets para armazenamento de soluções parenterais de grande volume e algumas de pequeno volume que são de alto consumo; Área de Formas Farmacêuticas Diversas – destina-se à instalação de prateleiras para armazenamento destes medicamentos; Área de Medicamentos Sujeitos a Controle Especial – Em conformidade com a Portaria 344/98. Esta área deve ser planejada cuidadosamente em local que evite acidentes e que promova segurança contra furtos. Área de Citotóxicos – devem ser armazenados separadamente pois o derramamento dos mesmos ocasiona riscos ocupacionais; Área de Saneantes – é necessária apenas quando a Farmácia é responsável por este tipo de material; Área de Material Médico-hospitalar – é necessária apenas quando a Farmácia é responsável por este tipo de material; Área de Matéria-prima e Embalagens – é necessária quando o hospital dispõe de laboratório de manipulação; Área de Medicamentos Mantidos sob Refrigeração – reservada para a instalação de refrigeradores. É importante que os refrigeradores sejam colocados em local ao abrigo do sol deixando um espaço entre a parte posterior e a parede para permitir que o calor se disperse; Área de Medicamentos para Ensaio Clínico – deve ser prevista uma área, caso o hospital desenvolva ou participe de pesquisas clínicas; Área para Inflamáveis – destinada ao armazenamento de inflamáveis, principalmente álcool; Área Administrativa – para realização de tarefas relacionadas ao planejamento e gestão de estoques; Área de Quarentena – reservada ao armazenamento de produtos cuja utilização está proibida devido a: Problemas técnicos (alteração físico-química, desvio de qualidade etc.); Problemas administrativos (documentação inadequada, entrega errada e outros) e; Problemas sanitários (interdição do medicamento pela Vigilância Sanitária). 3. CONCLUSÃO A farmácia hospitalar é um dos principais setores dentro de um hospital, sendo ela responsável por toda a medicação que será utilizada no hospital, sendo dela a responsabilidade de receber, armazenar e distribuir. Além de também ter papel fundamental na parte das prescrições, orientando sobre o uso dos medicamentos ali prescritos; é papel da farmácia promover o uso racional de medicamentos. A farmácia hospitalar conta com sistemas que ajudam na dispensação dos medicamentos, evitando assim o risco de erro de medicação e malefícios aos pacientes, ela deve estar localizada em área estratégica do hospital, para assim ser de fácil acesso aos medicamentos para todo o hospital. Com todo o processo de conhecimento e estudos que tivemos para poder apresentar sobre a CAF e todos as suas especificidades e características, além dos processos que a envolvem, concluímos que ela se torna de fundamental importância e indispensável nos estabelecimentos de saúde hospitalares, por ser o principal local de armazenamento dos insumos farmacêuticos utilizados em todo o âmbito hospitalar e o principal local de recebimento e controle de todos os medicamentos que entram no hospital. Todo esse processo é supervisionado pelo profissional farmacêutico responsável pela unidade sendo indispensável a sua responsabilidade e presença em todo esse processo. 4. REFERENCIAS FERRACINI, F. T.; BORGES FILHO, W. M. Prática farmacêutica no ambiente hospitalar: do planejamento à realização. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2010. MARIN, N. et al. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: Opas/OMS, 2003. SANTOS, G. A. A. dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac, 2006. THOMAZ, S. SBRAFH: Dez anos de história. Acessado em: 18 ago. 2011. GOMES, M. J. V. de M.; REIS, A. M. M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2003. JOSÉ ERMÍRIO DE MORAES, Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG). Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). 2018. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/instituto-paulista-de-geriatria-e- gerontologia-ipgg-jose-ermirio-de-moraes/servicos/assistencia- farmaceutica/central-de-abastecimento-farmaceutico-caf>. Acesso em: 08 nov. 2018. CAF SUS, Comissão de Assistência Farmacêutica No Serviço Publico. Armazenamento e Distribuição. 1. 2013. Disponível em: <https://crf- pr.org.br/uploads/pagina/28613/KEMax6F_HPTknF22vbexl3_WaYoekvIM.p df>. Acesso em: 08 nov. 2018. SÃO PAULO. Secretaria dos Colaboradores Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (Org.). Cartilha Farmácia Hospitalar: CAF. 2017. Disponível em: <file:///C:/Users/ASUS/Downloads/Cartilha%20Farmcia%20Hospitalar%20- %202017.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Legislação federal. 1. ed. Diário Oficial da União, DF, 21 fev. 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_20 02.html>. Acesso em: 09 nov. 2018. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 10.Legislação federal. 1. ed. Diário Oficial da União, DF, 30 dez. 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010. html>. Acesso em: 09 nov. 2018. SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR. 978-85-61645- 00-7: Padrões Mínimos para Farmácia Hospital e Serviços de Saude. 1 ed. Goiania, 2007. 20 p. Disponível em: <http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa6b63d5.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2018. CARDOSO, Professora Cá. FARMÁCIA HOSPITALAR: Funções e estrutura organizacional. Natal: Farma Concursos, 2012. 43 slides. Disponível em: <http://farmaconcursos.com.br/uploads/sites/15/2018/02/_15198274835a96ba1b9dc5d.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2018. PORTAL DA EDUCAÇÃO TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA (São Paulo) (Ed.). Farmácia Hospitalar - Histórico. 2017. Disponível em: <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacia- hospitalar-historico/9889>. Acesso em: 09 nov. 2018.
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