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Central de Abastecimento Farmaceutico

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA
Graduação Em Farmácia
Farmácia Hospitalar
Trabalho AV2
CENTRAL DE ABASTECIMENTO
FARMACÊUTICO NA FARMÁCIA HOSPITALAR
ACADÊMICOS
JACIARA DA SILVA MACHADO DURIGON
LÚCIA GISELE MACHADO VIEIRA
RUBENS RAUL DE SOUSA
VINICIUS DECKER MARTINS
DOCENTE: MARILEN PIRES
São José, novembro de 2018.
1. INTRODUÇÃO
Não tem como falar de central de abastecimento farmacêutico, sem
antes entender um pouco sobre o conceito histórico de tudo o que a envolve. A
primeira farmácia hospitalar que se tem registro, tem data de 1752 em um
hospital da Pensilvânia (EUA), na qual foi apresentada a primeira proposta de
padronização de medicamentos. No Brasil, as farmácias hospitalares mais
antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e Hospitais
Militares, onde o farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos
pacientes internados, obtidos de um ervanário do próprio hospital.
Com a industrialização do medicamento, surgindo assim o fármaco
pronto para uso, houve uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de
forma parecida o farmacêutico de hospital. Com isso, o profissional
farmacêutico teve que se reinventar e buscar novas formas de pensar e agir,
buscando sempre mais conhecimento recuperando assim a relação médico-
farmacêutico e farmacêutico-paciente. A sua principal arma ou habilidade
passou a ser a informação e o conhecimento máximo em medicamentos.
A criação da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH),
em 1995, contribuiu intensamente para a dinamização da profissão e para o
desenvolvimento da produção técnico-científica nas áreas de assistência
farmacêutica hospitalar.
Segundo a SBRAFH, farmácia hospitalar é a unidade clínico-assistencial,
técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas à
assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo
a estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as
demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Dentro dessa
unidade de farmácia hospitalar existem diversas sub unidades e sub divisões
que auxiliam em todos os processos assistenciais, administrativos e gerenciais
da unidade. Uma das principais sub divisões da farmacia hospitalar é a CAF
(Central de abastecimento farmacêutico).
E segundo a SBRAFH, a CAF é a unidade de assistência farmacêutica
que serve para a guarda de medicamentos e produtos farmacêuticos, onde são
realizadas atividades quanto à sua correta recepção, armazenamento e
distribuição. Todo esse processo é gerenciado pelo profissional farmacêutico
responsável pela unidade de farmácia hospitalar.
O gerenciamento inadequado e o uso incorreto de medicamentos e de
outras tecnologias em saúde acarretam sérios problemas à sociedade, ao SUS,
e às instituições privadas (hospitais, clínicas, operadoras de planos de saúde,
entre outros), gerando aumento da morbimortalidade, elevação dos custos
diretos e indiretos, e prejuízos à segurança e à qualidade de vida dos usuários.
Nosso trabalho tem por objetivo apresentar a CAF e todos os seus
processos, desde a estrutura física, até a distribuição final as unidades dentro
do hospital. A metodologia utilizada foi a revisão de literaturas, incluindo livros e
artigos científicos disponíveis on-line, além de leitura profunda e conhecimento
da legislação vigente no Brasil, com relação a todos os processos envolvidos
na determinada unidade e finalizamos fazendo entrevistas com profissionais
experientes na área de farmácia hospitalar e também responsáveis pelas CAFs
de seus determinados locais de trabalho.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Central de Abastecimento Farmacêutico na Farmácia Hospitalar
A Farmácia hospitalar tem como função garantir o uso seguro e racional
de medicamentos, garantindo o tratamento dos pacientes disponibilizando as
medicações conforme as necessidades terapêuticas, para tanto é necessário
que estes medicamentos estejam em estoque, nas dosagens necessárias para
as terapias e com garantia no armazenamento para que a medicação
mantenha-se integra, e dentro deste contexto encontra-se a Central de
Abastecimento de medicamentos, local este destinado ao armazenar e
distribuir de forma logística e eficaz os medicamentos, atendendo a
necessidade de demanda.
Gomes (2003) relata que em 1980 a farmácia hospitalar passa a se
responsabilizar pelo gerenciamento das atividades que tem como
consequência gerar redução de custos, racionalizar o trabalho e garantir o uso
correto de medicamentos, assim a partir de 1985 foram ofertados cursos pelo
Ministério da Saúde para reestruturar a farmácia hospitalar.
Em 1995 foi criada a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar, com
o objetivo de capacitar os profissionais para o mercado, objetivando que os
farmacêuticos pratiquem a assistência e os cuidados integrais (Thomaz S., 2011)
Santos (2006) classifica a farmácia hospitalar como um dos serviços
técnicos do hospital, responsável por um dos maiores gastos que é o
medicamento, desta forma é um setor de extrema importância, sendo
fundamental que o farmacêutico tenha domínio do medicamento em relação a
sua aquisição, armazenagem, preparo para dispensação e o mecanismo que
envolve o controle de prescrições e demais atividades.
A Central de Abastecimento Farmacêutico é uma construção destinada
ao recebimento, estocagem, guarda e expedição dos medicamentos e insumos
farmacêuticos, visando a assegurar a conservação adequada dos produtos em
estoque (MARIN, 2003).
Denomina-se Central de Abastecimento Farmacêutico a unidade de
Assistência Farmacêutica que tem como objetivo a armazenagem de
medicamentos e correlatos, onde são realizadas atividades relacionadas a sua
correta recepção, estocagem e distribuição, sendo identificado como um
almoxarifado para armazenamento de medicamentos.
Os principais produtos armazenados são medicamentos de uso geral em
hospitais, como antibióticos, antifúngicos, antiparasitários, anti-inflamatórios,
analgésicos, soro, medicamentos psicotrópicos, quimioterápicos, nutrição
parenteral e de alto custo. É responsável pelo armazenamento e distribuição
destes medicamentos a outras unidades do hospital como, por exemplo, UTI,
Centro Cirúrgico, Setor de Psicotrópicos, Farmácia Central para atendimento
interno e externo como ambulatório, Setor de quimioterapia e ainda pode
armazenar e distribuir insumos e medicamentos para setor de manipulação.
Sua estrutura física deve comportar os setores de Recebimento de
Mercadorias, Armazenamento, Distribuição atendendo as necessidades de
cada setor solicitante no âmbito hospitalar.
O maior objetivo da Central de Abastecimento Farmacêutico é controlar
a entrada e saída de medicamentos físico e financeiro e manter o estoque para
demanda de uso, prevenindo para que não aconteçam faltas.
O Armazenamento é considerado a etapa do Ciclo da Assistência
Farmacêutica que tem por finalidade assegurar as condições adequadas de
conservação dos produtos (BRASIL, 2006).
O armazenamento e a distribuição são as etapas do Ciclo da Assistência
Farmacêutica e estão ligados a Central de Abastecimento Farmacêutico, pois
visam assegurar a qualidade dos medicamentos através de condições
adequadas de armazenamento e um controle de estoque eficaz, bem como
garantir a disponibilidade dos medicamentos em todos os locais de
atendimento ao usuário (Cosendey, 2000). Para tanto se devem respeitar certas
regras para estocagem e manuseio das medicações, assim como forma da
guarda e empenhamento dos mesmos. A organização da Central de
Abastecimento Farmacêutico está envolvida em toda uma sistemática para
garantir a correta distribuição, remanejamento de consumo, diminuição no
consumo ou mudanças de protocolo, organização dos medicamentos nos
estoques por características de cada fármaco, controles de entrada e saída,
controles de temperatura e umidade, especificações de cada medicamento
para armazenagem e uso. É também, a partir dotrabalho desenvolvido na CAF,
que se apura o giro dos estoques, o consumo médio dos medicamentos
padronizados e os estoques mínimos. A organização dos almoxarifados deve
ser orientada de modo a cumprir três objetivos principais:
 Garantir a correta recepção,
conservação e distribuição, dentro de padrões e normas técnicas
específicas para os medicamentos.
 Manter condições ambientais de
temperatura e umidade para assegurar o rendimento, minimizar riscos e
erros garantir limpeza e conservação do local.
 Dispor de meios para atingir os dois objetivos
anteriores, sendo que para isso, o local e armazenagem devem dispor
de condições adequadas atendendo as seguintes características:
 Acesso: tanto interno como externo deve ser
otimizados facilitando o recebimento e distribuição;
 Almoxarifado: Deverá estar estruturado com
instalação hidráulica e elétrica para atender as atividades;
 Comunicação: O almoxarifado devera ter acesso as
dependências do hospital e outros locais de armazenagem, facilitando a
comunicação entre estes locais.
 Drenagem: caso necessário deverá contar com
sistema de drenagem para prevenir inundações e consequentemente
perda de material;
 Circulação: deverá ter uma planta que facilite entrada
e saída de circulação de materiais e pessoas, e que facilite o
armazenamento conforme sistemática de entrada e saída.
 Segurança: Deverá conter equipamentos que
garantam segurança contra incêndio e acidentes ocupacionais.
 Ventilação e Circulação de ar: Garantir a circulação
de ar e armazenagem para estocagem com controle de temperatura e
umidade. Temperatura: Especificações segundo a Farmacopeia
Americana (USP): O Ambiente (em torno de 25 ºC), permitindo-se
variação entre 15 a 30 ºC; Fresca: entre 8 e 15 ºC; Fria ou refrigerada
(insulinas, vacinas): entre 2 e 8 ºC;Congeladores (vacinas e
imunobiológicos): entre 0 - 20 ºC.
 Luminosidade: A incidência direta de luz,
principalmente de raios solares, sobre os medicamentos, acelera a
velocidade das reações químicas (principalmente oxirredução),
alterando a estabilidade dos mesmos; Medicamentos fotossensíveis
possuem embalagens de cor âmbar ou blister de alumínio; No caso de
iluminação artificial, recomenda-se a utilização de lâmpadas
fluorescentes.
No Armazenamento existe uma série de procedimentos técnicos e
administrativos que envolvem diversas atividades (Vecina Neto & Reinhardt Filho,
1998), podemos relacionar entre as principais:
 Estocagem ou guarda – guarda em área definida,
organizada, dentro de parâmetros que permitam segurança e rapidez tanto
para armazenar quanto para saída do produto por solicitação, atendendo
as especificações de cada medicamento.
 Segurança – capacidade de manter o material contra
danos físicos, furtos e roubos.
 Conservação – Manter e assegurar as características
dos produtos durante o período de estocagem;
 Controle de Estoque – monitoramento da
movimentação física dos produtos (entrada, saída e estoque).
 Entrega – Deve ser de acordo com as necessidades
do solicitante, garantindo condições de transporte, e rastreabilidade do
produto e documentado solicitação e saída;
 Devem existir condições de segurança adequada
para o armazenamento de produtos inflamáveis;
 Os procedimentos (rotinas) quanto à
estocagem/armazenamento e distribuição de produtos devem estar escritos
em POPs;
 Os produtos devem estar armazenados em
prateleiras e afastados do piso e da parede;
Um armazenamento bem feito assegura a qualidade dos
medicamentos e insumos, quando o farmacêutico realiza de forma
adequada a estocagem e o controle de estoque, (FERRACINI; BORGES FILHO,
2010).
A organização deve estar de acordo com o manuseio das
características dos medicamentos para acondicionamento, caracterizando
como, por exemplo, produto por peso, tamanho, giro de saída alto ou baixo,
maior ou menor volume, refrigerado, portaria 344 entre outras
características. As ampolas e frascos de vidro devem ser manuseados com
cautela para que não ocorram acidentes.
A Distribuição é de competência do farmacêutico e deve ser
organizada de forma segura e eficaz de itens necessários para a instituição
hospitalar e posteriormente para os pacientes.
A farmácia hospitalar deve funcionar 24 horas e garantir a
distribuição adequada de acordo que surgirem as necessidades (FERRACINI;
BORGES FILHO, 2010).
A lei 5991/73 determina que farmácias devem funcionar mediante um
Responsável Técnico, no caso um farmacêutico que responde pelos atos da
instituição, sendo ela publica ou privada.
A portaria 1.017, de 23 de dezembro de 2002, criada pelo Ministério
da Saúde, determina que as farmácias hospitalares do Sistema Único de
Saúde (SUS) devem ter a reponsabilidade técnica de um farmacêutico e
este estar inscrito no conselho regional de seu estado. Segundo GALATO
et al., 2008 p. 467 (apud Arias 1999), “a dispensação é o ato farmacêutico de
distribuir um ou mais medicamentos a um paciente em resposta a uma
prescrição elaborada por um profissional autorizado”.
Desta forma a distribuição do medicamento será realizada a partir da
solicitação do médico por prescrição, devendo garantir rapidez, segurança,
transporte adequado, sistema de informação e controle de estoques
eficiente, planejamento para entrega baseado na rotina setoriais,
cronograma de distribuição e informação sobre sistemas de distribuições
especiais como nos casos de produtos termolábeis e medicamentos
controlados (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010).
O farmacêutico deve escolher o sistema visando: melhoria na
qualidade do atendimento exercido pela farmácia hospitalar, um sistema
que traga lucro à instituição hospitalar e ao paciente e que possa se adaptar
à rotina do hospital (FERRACINI; BORGES FILHO, 2010).
O sistema de distribuição pode ser divido em:
 Coletivo: onde os medicamentos são distribuídos a
partir da prescrição medica ou requisição da enfermagem, e formam
estoques nas unidades de atendimento
 Individualizado: distribuídos num período de 24 horas
a um determinado paciente, através de prescrição médica.
 Dose unitária: são distribuídos por paciente, por
período de 24 horas, neste caso os medicamentos já estão prontos para
serem administrados, conforme doses prescritas.
Ainda pode ser contado com o sistema misto ou combinado: onde os
os medicamentos são distribuídos diante de solicitações, no caso de
exames, pelo sistema coletivo, por cópia de prescrição médica no caso de
unidade de internação e pelo sistema individualizado (FERRACINI; BORGES
FILHO, 2010)
2.2 Legislação relacionada a CAF
Segundo a Portaria nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010, que
dispõe sobre as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e
aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais:
2.2.1 Distribuição e Dispensação - A implantação de um sistema racional
de distribuição de medicamentos e de outros produtos para a saúde deve ser
priorizada pelo estabelecimento de saúde e pelo farmacêutico, de forma a
buscar processos que garantam a segurança do paciente, a orientação
necessária ao uso racional do medicamento, sendo recomendada a adoção do
sistema individual ou unitário de dispensação. No contexto da segurança, a
avaliação farmacêutica das prescrições, deve priorizar aquelas que contenham
antimicrobianos e medicamentos potencialmente perigosos, observando
concentração, viabilidade, compatibilidade físico-química e farmacológica dos
componentes, dose, dosagem, forma farmacêutica, via e horários de
administração, devendo ser realizada antes do início da dispensação e
manipulação. Com base nos dados da prescrição, devem ser registrados os
cálculos necessários ao atendimento da mesma, ou à manipulação da
formulação prescrita, observando a aplicação dos fatores de conversão,
correção e equivalência, quando aplicável, sendo apostos e assinado pelo
farmacêutico.
Para promover o Uso Racional de Medicamentos e ampliar a adesão
ao tratamento o estabelecimento,em conformidade com a complexidade das
ações desenvolvidas, deve dispor de local para o atendimento individualizado e
humanizado ao paciente em tratamento ambulatorial e/ou em alta hospitalar.
2.2.2 Infraestruturafísica - A infraestrutura física e tecnológica é entendida
como a base necessária ao pleno desenvolvimento das atividades da farmácia
hospitalar, sendo um fator determinante para o desenvolvimento da assistência
farmacêutica, devendo ser mantidas em condições adequadas de
funcionamento e segurança. A infraestrutura física para a realização das
atividades farmacêuticas deve ser compatível com as atividades desenvolvidas,
atendendo às normas vigentes.
A localização da farmácia deve facilitar o abastecimento e a provisão
de insumos e serviços aos pacientes, devendo contar com meios de transporte
internos e externos adequados, em quantidade e qualidade à atividade, de
forma a preservar a integridade dos medicamentos e demais produtos para a
saúde, bem como a saúde dos trabalhadores. (bvsms.saude.gov)
Já a Resolução - RDC nº50/2002, do Ministério da Saúde, que
dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de
saúde, prevê as seguintes áreas mínimas:
 Área para armazenagem e controle (Central de Abastecimento
Farmacêutico) = 0,6m2 por leito;
 Área para recepção e inspeção 10% da área de armazenagem;
 Área de distribuição 10% da área de armazenagem;
 Centro de informação de medicamentos = 6m2;
 Área de dispensação (farmácia satélite) = 4,0 m². Pode ser
substituída por carrinhos de medicamentos ou armários específicos.
A CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) é a unidade de
assistência farmacêutica que serve para a guarda de medicamentos e produtos
farmacêuticos, onde são realizadas atividades quanto à sua correta recepção,
armazenamento e distribuição.
A CAF pode contar com os seguintes ambientes, a depender dos
produtos sob responsabilidade da Farmácia no Hospital:
 Recepção e Inspeção – destinada ao recebimento e conferência dos
produtos entregues na CAF;
 Distribuição – para atendimento de requisições internas da Farmácia e
de outros setores do hospital;
 Área de Soluções Parenterais – destina-se à instalação de pallets e
porta-pallets para armazenamento de soluções parenterais de grande
volume e algumas de pequeno volume que são de alto consumo;
 Área de Formas Farmacêuticas Diversas – destina-se à instalação de
prateleiras para armazenamento destes medicamentos;
 Área de Medicamentos Sujeitos a Controle Especial – Em conformidade
com a Portaria 344/98. Esta área deve ser planejada cuidadosamente
em local que evite acidentes e que promova segurança contra furtos.
 Área de Citotóxicos – devem ser armazenados separadamente pois o
derramamento dos mesmos ocasiona riscos ocupacionais;
 Área de Saneantes – é necessária apenas quando a Farmácia é
responsável por este tipo de material;
 Área de Material Médico-hospitalar – é necessária apenas quando a
Farmácia é responsável por este tipo de material;
 Área de Matéria-prima e Embalagens – é necessária quando o hospital
dispõe de laboratório de manipulação;
 Área de Medicamentos Mantidos sob Refrigeração – reservada para a
instalação de refrigeradores. É importante que os refrigeradores sejam
colocados em local ao abrigo do sol deixando um espaço entre a parte
posterior e a parede para permitir que o calor se disperse;
 Área de Medicamentos para Ensaio Clínico – deve ser prevista uma área,
caso o hospital desenvolva ou participe de pesquisas clínicas;
 Área para Inflamáveis – destinada ao armazenamento de inflamáveis,
principalmente álcool;
 Área Administrativa – para realização de tarefas relacionadas ao
planejamento e gestão de estoques;
 Área de Quarentena – reservada ao armazenamento de produtos cuja
utilização está proibida devido a:
 Problemas técnicos (alteração físico-química, desvio de qualidade
etc.);
 Problemas administrativos (documentação inadequada, entrega
errada e outros) e;
 Problemas sanitários (interdição do medicamento pela Vigilância
Sanitária).
3. CONCLUSÃO
A farmácia hospitalar é um dos principais setores dentro de um hospital,
sendo ela responsável por toda a medicação que será utilizada no hospital,
sendo dela a responsabilidade de receber, armazenar e distribuir. Além de
também ter papel fundamental na parte das prescrições, orientando sobre o
uso dos medicamentos ali prescritos; é papel da farmácia promover o uso
racional de medicamentos.
A farmácia hospitalar conta com sistemas que ajudam na dispensação
dos medicamentos, evitando assim o risco de erro de medicação e malefícios
aos pacientes, ela deve estar localizada em área estratégica do hospital, para
assim ser de fácil acesso aos medicamentos para todo o hospital.
Com todo o processo de conhecimento e estudos que tivemos para
poder apresentar sobre a CAF e todos as suas especificidades e
características, além dos processos que a envolvem, concluímos que ela se
torna de fundamental importância e indispensável nos estabelecimentos de
saúde hospitalares, por ser o principal local de armazenamento dos insumos
farmacêuticos utilizados em todo o âmbito hospitalar e o principal local de
recebimento e controle de todos os medicamentos que entram no hospital.
Todo esse processo é supervisionado pelo profissional farmacêutico
responsável pela unidade sendo indispensável a sua responsabilidade e
presença em todo esse processo.
4. REFERENCIAS
 FERRACINI, F. T.; BORGES FILHO, W. M. Prática farmacêutica no
ambiente hospitalar: do planejamento à realização. 2 ed. São Paulo:
Atheneu, 2010.
 MARIN, N. et al. Assistência Farmacêutica para gerentes municipais.
Rio de Janeiro: Opas/OMS, 2003.
 SANTOS, G. A. A. dos. Gestão de farmácia hospitalar. São Paulo: Senac,
2006.
 THOMAZ, S. SBRAFH: Dez anos de história. Acessado em: 18 ago. 2011.
 GOMES, M. J. V. de M.; REIS, A. M. M. Ciências farmacêuticas: uma
abordagem em farmácia hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2003.
 JOSÉ ERMÍRIO DE MORAES, Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia
(IPGG). Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF). 2018.
Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/instituto-paulista-de-geriatria-e-
gerontologia-ipgg-jose-ermirio-de-moraes/servicos/assistencia-
farmaceutica/central-de-abastecimento-farmaceutico-caf>. Acesso em: 08
nov. 2018.
 CAF SUS, Comissão de Assistência Farmacêutica No Serviço Publico.
Armazenamento e Distribuição. 1. 2013. Disponível em: <https://crf-
pr.org.br/uploads/pagina/28613/KEMax6F_HPTknF22vbexl3_WaYoekvIM.p
df>. Acesso em: 08 nov. 2018.
 SÃO PAULO. Secretaria dos Colaboradores Comissão Assessora de
Farmácia Hospitalar. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São
Paulo (Org.). Cartilha Farmácia Hospitalar: CAF. 2017. Disponível em:
<file:///C:/Users/ASUS/Downloads/Cartilha%20Farmcia%20Hospitalar%20-
%202017.pdf>. Acesso em: 08 nov. 2018.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Resolução nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Legislação federal. 1. ed.
Diário Oficial da União, DF, 21 fev. 2002. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_20
02.html>. Acesso em: 09 nov. 2018.
 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gabinete do Ministro. Portaria nº 4.283, de 30
de dezembro de 10.Legislação federal. 1. ed. Diário Oficial da União, DF,
30 dez. 2010. Disponível em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.
html>. Acesso em: 09 nov. 2018.
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR. 978-85-61645-
00-7: Padrões Mínimos para Farmácia Hospital e Serviços de Saude. 1 ed.
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<http://www.sbrafh.org.br/site/public/temp/4f7baaa6b63d5.pdf>. Acesso em:
09 nov. 2018.
 CARDOSO, Professora Cá. FARMÁCIA HOSPITALAR: Funções e
estrutura organizacional. Natal: Farma Concursos, 2012. 43 slides.
Disponível em:
<http://farmaconcursos.com.br/uploads/sites/15/2018/02/_15198274835a96ba1b9dc5d.pdf>. Acesso em: 09 nov. 2018.
 PORTAL DA EDUCAÇÃO TECNOLOGIA EDUCACIONAL LTDA (São
Paulo) (Ed.). Farmácia Hospitalar - Histórico. 2017. Disponível em:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/farmacia/farmacia-
hospitalar-historico/9889>. Acesso em: 09 nov. 2018.

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