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Trabalho + Prova - NPJ FUCAM

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Prévia do material em texto

FELIPE GUIMARÃES LIMA DA SILVA 
MATRÍCULA: 218.010.011 
UCAM TIJUCA – MANHÃ 
 
 
 
TRABALHO 1 
 
 
1ª QUESTÃO: De acordo com a Lei n. 1.060/50, quem é considerado necessitado? Qual o 
procedimento que a parte deverá tomar para fazer jus ao Benefício da Assistência Judiciária 
Gratuita? 
 
Para o art. 2º, parágrafo único, da Lei 1.060/50, seria quando o pagamento das 
custas e honorários advocatícios representariam um prejuízo ao sustento próprio ou da 
família, mas tal dispositivo foi revogado pelo art. 1.072, III, do NCPC, de modo que inexistem 
parâmetros objetivos estipulados. Nos termos do art. 98, caput, do NCPC considera-se 
necessitado a “pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de 
recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios”. Não há 
no Código o conceito de insuficiência de recursos. 
 
O pedido pode ser formulado “na petição inicial, na contestação, na petição para 
ingresso de terceiro no processo ou em recurso”, segundo o art. 99, caput, do NCPC, 
preconizando o §1º que, se superveniente à primeira manifestação na instância, o pedido 
poderá ser formulado por petição simples. 
 
2ª QUESTÃO: A necessidade da parte que requer a Gratuidade de Justiça é provada com 
quais documentos? 
 
Não há qualquer previsão acerca dos documentos necessários para a 
comprovação da gratuidade de justiça. A princípio, não se exige qualquer documentação 
comprobatória, considerada a presunção de veracidade da alegação de insuficiência deduzida 
por pessoa natural fundamentada no art. 99, §3º, do NCPC. Tal presunção só é afastada “se 
houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão 
de gratuidade”, caso em que o juiz poderá indeferir o pedido, devendo, antes, intimar a parte 
requerente para que ela comprove a necessidade de contar com a prerrogativa processual 
(art. 99, §2º, do NCPC). 
3ª QUESTÃO: Qual a penalidade legal para a parte que afirma falsamente ser pobre? 
 
O parágrafo único do art. 100 do NCPC, ao tratar da revogação do benefício 
preconiza que a parte pagará, em caso de má-fé, até o décuplo do valor das despesas 
processuais que tiver deixado de adiantar a título de multa, que será revertida em benefício 
da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa. Essa será a 
consequência, considerando que a má-fé, na afirmação falsa de hipossuficiência econômica, 
decorre do art. 80, I e V, do NCPC. 
 
4ª QUESTÃO: Em que momento processual deve ser requerido o benefício da Assistência 
Judiciária Gratuita? 
 
O pedido pode ser formulado em qualquer momento do processo, considerado o 
art. 99, caput, do NCPC, bem como o §1º, que preconiza que, se superveniente à primeira 
manifestação na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples. 
 
 
5ª QUESTÃO: Os benefícios da Gratuidade de Justiça compreendem que atos do processo? 
 
Apesar de o artigo 98, §1º, do CPC/15 listar os atos compreendidos pela 
gratuidade de justiça, a melhor interpretação é que se trata de um rol exemplificativo, 
considerado o próprio art. 9º da Lei 1.060/50, não revogado pelo art. 1.052, III, do CPC, até 
porque não há campo para interpretação restritiva quando em jogo uma garantia 
fundamental, prevista no art. 5º, XXXV e LXXIV, da CRFB/88. 
 
6ª QUESTÃO: Se a parte afirmou ser juridicamente pobre de forma a não poder pagar as 
custas do processo, apesar de apresentar evidentes sinais exteriores de riqueza e 
comprovou ainda a existência de doença, a parte contrária pode requerer a revogação da 
decisão que concedeu os benefícios da Gratuidade de Justiça? De que forma o requerimento 
é processado? 
 
A parte contrária pode requerer a revogação do benefício, mas deverá comprovar 
que o beneficiário da gratuidade de justiça não possui insuficiência de recursos, de modo que 
o pagamento de custas, despesas processuais e honorários advocatícios não implicaria em 
prejuízo ao tratamento de sua doença ou ao seu próprio sustento e de sua família. 
 A impugnação da decisão concessiva da gratuidade dependerá da forma como o 
pedido foi elaborado: pedido na petição inicial, impugnação na contestação; pedido na 
contestação, impugnação na réplica; pedido no recurso, impugnação nas contrarrazões; 
pedido superveniente por mera petição ou elaborado por terceiro, por petição simples no 
prazo de 15 dias (art. 100 do NCPC); observando-se, sempre, o momento do deferimento do 
pedido, sob pena de preclusão da decisão. No mais, necessária a produção de prova em todos 
os meios admitidos, em observância ao contraditório e à ampla defesa – art. 5º, LIV, da 
CRFB/88 e artigos 7º e 9º do NCPC. 
 
 
7ª QUESTÃO: Da decisão que acolhe o pedido da impugnação cabe recurso? 
 
Caberá, seja contra a decisão que indeferir a gratuidade a que acolhe o pedido de 
sua revogação, agravo de instrumento, exceto quando a questão for resolvida na sentença, 
contra a qual caberá apelação, estando o recorrente dispensado do recolhimento de custas 
até a decisão do relator sobre a questão, preliminarmente ao julgamento do recurso (art. 101, 
caput e §1º, do NCPC). 
 
8ª QUESTÃO: A parte vencida, sendo beneficiária da Gratuidade de Justiça, pode ser 
condenada ao pagamento das custas e honorários de sucumbência? 
 
Sim, nos termos do art. 98, §2º, do CPC. Entretanto, a cobrança se legitimará 
apenas se, no prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado, o exequente demonstrar que 
a situação de insuficiência de recursos não mais subsiste, conforme art. 98, §3º, do CPC. Ao 
final do prazo, sem tal demonstração, a obrigação será extinta. 
 
 
 
TRABALHO 2 
 
 
Posicionamento dos tribunais a respeito da concessão do benefício da JG para as pessoas 
jurídicas com base no CPC/1973 e na Lei 1.060/50. 
 
 
 Na Lei 1.060/50, não estava previsto uma possibilidade da Pessoa Jurídica ser 
beneficiada. Não obstante, viabilizou-se a construção jurisprudencial por não estar vedada de 
forma expressa, prevendo-a. 
 Prevê a possibilidade de deferimento da gratuidade de justiça a jurisprudência do 
TJRJ – Súmula 121 editada em 2006, quando comprovada a impossibilidade do pagamento 
das despesas processuais da pessoa jurídica não filantrópica. Logo a contrario sensu, a pessoa 
jurídica sem fins lucrativos estaria compreendida pelo artigo 4º da Lei 1.060/50, bastando a 
alegação. Todavia, o STJ não diferençou, exigindo a demonstração da impossibilidade de arcar 
com os encargos processuais independentemente de ser pessoa jurídica com ou sem fins 
lucrativos, consoante a Súmula 481 editada em 2012. 
 A orientação dos Tribunais Superiores foi consagrada legislativamente com o 
advento do NCPC/15, nos artigos 98, caput, e 99 §3º. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO 3 
 
 
Maria procurou o FUCAM-Tijuca com toda documentação pertinente, inclusive a carta 
enviada pelo SERASA comunicando a restrição que seria imposta ao seu nome pelas duas 
empresas enunciadas. 
Considerando a situação hipotética acima, elabore a inicial correspondente. 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca da Capital/RJ. 
 
 
 MARIA PAULA DO ALEXANDRE, brasileira, casada, do lar, portadora da 
Carteira de Identidade nº 123456-7 – IFP e do CPF nº 012.345.678-99, residente e domiciliada na 
Rua CONDE DE BONFIM, 735, fundos, Tijuca vem, respeitosamente à presença de V. Exa., em causa 
própria, apresentar 
 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E 
COM PEDIDO DE TULELA ANTECIPADA 
 
 
Em face da Loja Ricardo Bahia pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 
XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com sede na Av XXXXXX, nº. XXX, Rio de Janeiro – RJ – CEP: XX.XXX-XXX, 
pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
 
 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: 
 
 
 Inicialmente, AFIRMA, sob as penas da lei e nos termos do artigo 4° e seu 
§ 1°, da Lei nº 1.060/50, com a nova redação dada pela Leinº 7.510/86, ser pessoa juridicamente 
necessitada, não tendo condições de arcar com as custas processuais e os honorários advocatícios, 
sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, razão pela qual, faz jus à concessão da 
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. 
 
 
II – DOS FATOS: 
 
 
A autora comprou uma “prancha alisadora” (para alisamento de cabelo), 
em 12 parcelas de R$ 30,00 (trinta reais). 
 
Junto com o referido produto foi convencida, pelo vendedor Dedé O. Mitto, 
a adquirir, por mais 12 parcelas de 3,00 (três reais), um seguro que cobriria o pagamento das 
parcelas em caso de desemprego da consumidora. 
 
Passados três meses a autora foi demitida e imediatamente entrou em 
contato com a Empresa responsável pelo seguro, através de seu call center, sendo atendida pela 
operadora Patrícia C. R. Gama, oportunidade em que informou o desemprego e solicitou a 
cobertura do Seguro. 
 
Ato continuo sendo informado pela preposta da seguradora, a autora que 
a mesma não teria direito à cobertura do seguro, porque seu parcelamento era inferior a 16 
parcelas, conforme o contrato de seguro enviado junto com o carnê para a residência da mesma. 
 
Neste mesmo contato telefônico a autora registrou sua reclamação 
solicitando a devolução dos valores pagos à seguradora, o que lhe foi negado. 
 
Inobstante tais fatos e a reclamação enunciada, através do protocolo Nº 
0171.0171/2020, no mês passado a autora teve seu nome incluído no SERASA pelo não 
pagamento das parcelas 04/12 e 05/12 do seguro e da compra da “prancha 
 
 
 Sendo assim, não restando outra alternativa para a autora senão recorrer 
a este juízo para buscar a solução de tal conflito que está sendo ameaçado, já que seu nome 
encontra-se no SERASA, até a presente data. 
 
 
 
III) DOS FUNDAMENTOS: 
 
 O caso ora apresentando trata- se como relação de consumo, estando sob 
o pálio da Lei n.º 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), haja vista que o aludido 
diploma legal dispõe, em seu artigo 3º , que fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços, conceituando produto 
como qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial (par.1º) e serviço como qualquer 
atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza 
bancária, financeira, de crédito, e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter 
trabalhista (par. 2º). 
 
 
 Portanto, são inteiramente aplicáveis os dispositivos da lei consumerista. 
 
É por demais evidente o desrespeito às regras mais comezinhas de 
proteção ao consumidor, levado a efeito pelo Réu, como se infere de diversos dispositivos da lei 
8.078/90. 
 
 
 Assim, dispõe o Código de Proteção e Defesa do Consumidor que: 
 
“Art.39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: 
 
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em 
vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe 
seus produtos ou serviços; 
 
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;” 
 
 Ora, é de clareza meridiana que a postura adotada pela Autora restringe 
direitos fundamentais inerentes à natureza do contrato, ameaçando fortemente o seu objeto e o 
equilíbrio contratual(Lei n.º 8.078/90, artigo 4o, inciso III e artigo 51, parágrafo 1º, inciso II). 
 
 Ressalte-se ainda que, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º, 
caput, insere entre os direitos e garantias fundamentais a inviolabilidade do direito à igualdade à 
propriedade, dispondo em seu inciso XXXII que "o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa 
do consumidor" , encartada no artigo 170, inciso V, como um dos princípios gerais da atividade 
econômica. 
 
Consoante a doutrina e a jurisprudência acima transcritas, que refletem 
posicionamento majoritário sobre o tema, não paira qualquer dúvida que o nome negativado 
da autora sem qualquer fundamento jurídico é totalmente abusivo, já que a mesma foi demitida 
involuntariamente e tinha pago por 3 (três) meses um seguro em caso desemprego involuntário. 
 
IV) DO DANO MORAL 
 
 
 É evidente o desrespeito e a ofensa à moral, à honra e à dignidade da 
Autora, cumpridora de seus compromissos financeiros, sendo certo que as práticas leoninas a 
abusivas dos réus incutiram na autora forte sensação de desconforto e angústia, estando 
ameaçada inclusive de ver-se privada de conseguir um novo trabalho devido ao nome negativado 
imotivadamente. 
 
 Portanto, a atitude dos reus, configurando prática abusiva a teor das 
normas enunciadas nos artigos, 6º, inciso X, 22º e 39, XIII do CDC, apresenta-se extremamente 
ofensiva à honra e à dignidade da Autora, violando direitos constitucionalmente assegurados, 
impondo-se a reparação a título de danos morais, haja vista que não se pode admitir que direitos 
da personalidade, com sede constitucional, sejam violados sem qualquer forma de repressão. 
 
 Ademais, a procedência do pedido em casos como o da Autora servirá 
também como medida de cunho pedagógico e punitivo, no sentido do respeito e busca pela 
efetividade dos direitos da personalidade do consumidor, assim como a harmonização das 
relações no mercado de consumo. 
 
 
V) – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA: 
 
 Resta evidente a verossimilhança das alegações autorais, através dos 
documentos que instrui a presente demanda a ensejar a ANTECIPAÇÃO DA TUTELA, para 
determinar a retirada o nome da autora no SERASA, até a decisão definitiva nos presentes 
autos, nos exatos termos do artigo 273, do Código de Processo Civil. autor 
 
VI) – DO PEDIDO: 
 
 Diante do exposto, vem requerer a V. Exa: 
 
 
1- O deferimento da Gratuidade de Justiça, nos termos acima apresentados; 
 
2- A citação da Réu, na pessoa do seu representante legal para, responder à presente, no prazo 
legal,sob pena dos efeitos da Revelia; 
 
3- Seja determinada a inversão do ônus da prova enunciada no artigo 6o, inciso VIII da Lei n.º 
8.078/90, ante a hipossuficiência do consumidor; 
 
4- O deferimento da Antecipação parcial da tutela, para determinar a retirada do nome da autora 
do SERASA; 
 
5- Seja JULGADO PROCEDENTE OS PEDIDOS para: 
 
 
5.1- DECLARAR indevida e abusiva a cobrança imputada a Autora pelo Réu, que hoje se encontra 
no montante de R$ 60,00 com relação a dívida contraída. 
 
 
5.2- CONDENAR o Réu no pagamento de quantia não inferior a 20(vinte) salários mínimos a título 
de compensação por danos morais, ante a angustia, o constrangimento e a humilhação sofridos 
pela Autora em razão da cobrança de débito, e de seu nome constar até hoje no Serasa. 
 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, 
documental suplementar, oral e pericial de menor complexidade. 
 
Dá-se à causa o valor de R 60,00. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO 4 
 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da _ Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de 
Janeiro/RJ. 
 
 
LAURA FERREIRA PONTES, brasileira, viúva, aposentada, portadora 
da carteira de identidade nº 1234567-IFP, inscrita no CPF nº 987654321/99, residente e 
domiciliada na Rua Uruguai, nº 74, apto 201, Tijuca, Rio de Janeiro RJ, Cep: 20510-600, vem, 
respeitosamente à presença de V. Exa., através de sua advogada, propor a presente 
 
AÇÃO DE DESPEJO POR FALTA DE PAGAMENTO C/C COBRANÇA DE ALUGUEIS E 
ENCARGOS 
 
 
ALEXANDRE ALVES ALMEIDA, brasileiro, solteiro, professor, portador 
da carteira de identidade nº 11223344-5 IFP e do CPF de nº 998877665/44, residente e 
domiciliado na Rua Félix da Cunha nº 300, apto. 604, Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, com 
fundamento no artigo 9º, III da Lei 8.245/9,1 em conformidade com as razões de fato e de 
direito que passa a expor: 
 
 
 
I - DOS FATOS 
 
 
A Autoraé proprietária do apto. 604, situado na Rua Félix da Cunha, 
300, Rio de Janeiro – RJ – CEP 
 
A mesma locou ao réu, para fins residenciais, o mencionado imóvel, 
consoante contrato de locação por escrito, pelo prazo de 30 (trinta) meses, iniciando no dia 
01/04/2010 a findar em 01/10/2012, mediante pagamento mensal de R$ 470,00, 
conforme dsicriminação abaixo. 
 
 
Histórico Valor 
Aluguel R$ 300,00 
Impostos + taxas e contribuições R$ 68,00 
Seguro contra incêndio, encargos de 
condomínios e despesas normais ou 
extraordinárias 
R$ 102,00 
 
Total: R$ 470,00 
 
Importante ressaltar que está previsto no contrato multa de 10% sobre o 
valor do aluguel em caso de inadimplência, mais juros de mora de 01% ao mês, mais correação 
monetária e 20% de honorários advocatícios. 
 
Ocorre que o réu não paga os aluguéis, assim como não paga os 
encargos desde 01/11/2012 até 01/09/2013. 
 
Para isso a autora informa o débito do réu, conforme planilha abaixo 
discriminada. 
 
 
Mês Aluguel taxas total multa juros Honor. Total 
11/2012 300,00 170,00 470,00 47,00 56,87 (11%) 114,78 688,65 
12/2012 300,00 170,00 470,00 47,00 51,70 (10%) 113,74 682,44 
01/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 46,53 (9%) 112,70 676,24 
02/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 41,36 (8%) 111,68 670,01 
03/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 36,19 (7%) 110,64 663,83 
04/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 31,02 (6%) 109,60 657,63 
05/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 25,85 (5%) 108,57 651,42 
06/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 20,68 (4%) 107,54 645,22 
07/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 15,51 (3%) 106,50 639,02 
08/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 10,34 (2%) 105,47 632,81 
09/2013 300,00 170,00 470,00 47,00 5,17 (1%) 104,44 626,60 
TOTAL 7233,87 
 
Sendo assim o débito atual do réu, hoje é de R$ 7233,87 
(sete mil, duzentos e trinta e tres reais e oitenta e sete centavos). 
 
Assim, ante as razões fáticas e jurídicas acima expostas e apesar 
das tentativas do demandante em solucionar, de forma amigável, o conflito que ora se 
apresenta, o mesmo não obteve êxito não lhe restando outra alternativa senão se valer de 
Poder Judiciário, para através da presente demanda, com entrega da respectiva prestação 
jurisdicional, poder de restabelecer os eu direito violado, direito este ante explanado. 
 
 
 
II - DO DIREITO 
 
 
O artigo 9º, III da Lei 8.245/91 diz que a locação poderá ser desfeita 
em decorrência da falta de pagamento de aluguel, vejamos: 
 
Art. 9º A locação também poderá ser desfeita: I - 
por mútuo acordo; 
II - em decorrência da prática de infração legal ou 
contratual; 
 
III - em decorrência da falta de pagamento do aluguel e 
demais encargos; 
 
IV - para a realização de reparações urgentes 
determinadas pelo Poder Público, que não possam ser normalmente 
executadas com a permanência do locatário no imóvel ou, podendo, 
ele se recuse a consenti-las. 
 
Por sua vez o artigo 62, I da mesa lei diz: 
 
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de 
pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, 
de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios 
da locação, observar-se-á o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 
12.112, de 2009) 
 
 
 
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado 
com o pedido de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; 
nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de 
rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de 
cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo 
discriminado do valor do débito; (Redação dada pela Lei nº 12.112, 
de 2009) 
 
 
III - DOS PEDIDOS 
 
 
EM FACE DO EXPOSTO, requer a Autora: 
 
1) seja o réu citado por intermédio do Sr. oficial de justiça, com os permissivos do 
artigo 212, parágrafo 2º do Código de Processo Civil, para que, o prazo da lei, 
emende a mora, na forma prevista no artigo 62 da Lei 
8.245/91, mediante depósito judicial atualizado do débito discriminado acima, 
inclusive prestações vincendas, custas e honorários advocatícios no patamar de 10% 
(dez por cento) do valor do débito,, totalizando R$ 7233,87 nos termos do artigo 62, 
inciso II, letra “a”, da Lei do Inquilinato; 
2) ou ofereça a defesa que tiver, sob pena de aplicar– lhe os efeitos da revelia; 
3) a ciência da presente a eventuais ocupantes e sublocatários (art. 59, § 2º, da Lei 
8.245/1991); 
4) Caso não seja emendada a mora, requer a autora digne-se Vossa Excelência de 
julgar, ao final, procedente a ação, declarando a extinção da relação de locação, 
decretando o despejo e a condenação do réu no pagamento do débito composto 
pelos alugueis e encargos acrescidos de multa e correções, até o momento efetivo 
da desocupação nos termos do artigo 62, inciso I da Lei 8.245/91, além de custas 
processuais e honorários de advogado 
5) No caso de não ser purgada a mora pelo réu, decretada a rescisão do contrato e 
despejo do réu, deverá a ação prosseguir com cobrança doa alugueis em débito e 
demais cominações estabelecidas na sentença deste juízo, que julgar o primeiro 
fundamento da demanda, ação de despejo. 
 
 
 
 
Dá-se a causa o valor de R$ 7233,87 
 N.T.P.D. 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO 5 
 
QUESTIONÁRIO LEI N. 8.245/91 – Responda fundamentadamente. 
 
 
1ª QUESTÃO: A Lei do Inquilinato sistematiza três grupos distintos de locação, quais são 
eles? 
 É sistematizada em três grupos distintos de locação; Locação residencial – Art. 46; 
Locação não residencial – Art. 51; Locação por temporada – Art. 48 
 
2ª QUESTÃO: Para evitar a propositura da Ação de Despejo, até que dia deve o locatário 
pagar o aluguel e encargos? E na hipótese de não haver contrato escrito ou, havendo, não 
tiverem as partes contratantes convencionado prazo? 
 
Nos contratos por escrito, prazo terá uma fixação para evitar a propositura da 
ação. Todavia, nos casos que estiverem convencionados, ate o sexto dia útil do mês seguinte 
a inadimplência. Fundamentos no Artigo 23, I desta Lei. 
 
3ª QUESTÃO: Cite três deveres do locador e do locatário. 
 
 A Lei do Inquilinato estabelece nos artigos 22 e 23 os deveres e direitos do 
locatário e locador, que sequer precisam constar como exigências do contrato, uma vez que 
já têm força suficiente para obrigar as partes. 
O locador tem por dever: Entregar ao locatário o imóvel em um bom estado antes 
de ser alugado; Garantir, durante o tempo da locação, o uso pacífico do imóvel locado; 
Responder pelos vícios ou defeitos anteriores à locação atual. 
Já o Locatário tem como dever: Cumprir integralmente a convenção de 
condomínio e os regulamentos internos; Pagar o prêmio do seguro de fiança, caso seja essa a 
garantia locatícia do contrato; Pagar as despesas de telefone e de consumo de força, luz e gás, 
água e esgoto. 
 
 
4ª QUESTÃO: O Inquilino pode cobrar do proprietário as benfeitorias feitas no imóvel? 
 
Vai depender de qual tipo de benfeitoria será feita. Fundamentada no artigo 35 
desta lei, Benfeitorias necessárias serão sempre indenizadas, mesmo sem autorização do 
Locador. Porem as benfeitorias uteis só serão indenizáveis se houver uma autorização prévia. 
Ao passo que as Benfeitorias Voluntarias no artigo 36, não são indenizáveis e depende da 
situação, uma vez que o locatário pode retirar ao final da locação. 
 
5ª QUESTÃO: Se o imóvel apresentar defeito na percepção do inquilino, como este deve 
proceder? 
 
Terá que oferecer uma denuncia cheia, podendo rescindir o contrato por infração 
legal. Fundamentada no artigo 9, II. 
6ª QUESTÃO: Proposta a Ação de Despejo, pode ser requerida pelo autor a concessão de 
liminar inaudita altera parte para desocupação do imóvel no prazo de 15 dias? 
 
Pode, fundamentando-se nos incisos I ao IX do art 59º § 1°. 
 
7ª QUESTÃO: Vespúcio alugou a Natasha um imóvel residencial, pelo prazo de trinta meses. 
Findo o referido prazo, o locador pretende retomar o imóvel, porém não notificouou sequer 
avisou a locatária de sua intenção. Que atitude deverá tomar Natascha? 
 
Natascha deve devolver o imóvel ao proprietário, haja visto que é um contrato por 
prazo determinado, não existindo a necessidade de notificação prévia para a devolução da 
coisa. 
 
8ª QUESTÃO: Em ação de despejo por falta de pagamento. Caio Tibério pretende purgar a 
mora. Que providência deve adotar? 
 
Seguir os devidos procedimentos. Efetuando pagamento em prejuízo em até 15 
dias após a citação na ação de despejo. Fundamento estes procedimentos no Artigo 62, II. 
 
9ª QUESTÃO: Se, uma vez efetuada a purga da mora com o respectivo depósito, o autor 
alegar que a oferta não é integral, poderá o réu complementar o depósito? 
 
O réu poderá complementar o depósito em até 10 dias, contando a partir da 
intimação do pagamento não integral. Assim se encontra no artigo 62 III. 
 
10ª QUESTÃO: A purga da mora pode ser requerida ilimitadamente? 
 
De acordo com o parágrafo único do artigo 62, não pode uma vez que deve ser 
aguardado por 24 meses. 
 
 
11ª QUESTÃO: Está o locador obrigado a dar ciência ao fiador, no caso de Ação de Despejo 
por falta de pagamento em face do afiançado? 
 
Não. Tendo em vista que o fiador é a própria garantia, dar-se á ciência aos 
sublocatário (Art. 59 §2º) 
 
12ª QUESTÃO: Se for julgado procedente o pedido na Ação de Despejo, que prazo será fixado 
para o réu desocupar o imóvel? 
 
 
A depender de quem seja o réu, o prazo pode chegar no máximo 1 ano. Artigo 63 
caput fala de 30 dias (sendo voluntaria), já o seu §1 tarta de 15 dias nos moldes do artigo 9 e 
46 §2. 
 
13ª QUESTÃO: Existe a possibilidade de o Juiz fixar prazo inferior a 30 dias para a 
desocupação do imóvel? 
 
Artigo 63 caput fala de 30 dias (sendo voluntaria). 
 
14ª QUESTÃO: Como se prova o contrato de locação verbal? 
 
Recibos de pagamento, testemunhas, qualquer meio de prova admitidas. 
 
15ª QUESTÃO: Quem responde pelas despesas extraordinárias do condomínio, quando 
necessário um determinado conserto no prédio ? Locador ou Locatário? 
 
Despesas extraordinária do condomínio ficam por conta do locador, 
fundamentado no artigo 22, X. 
 
16ª QUESTÃO: Em caso de rescisão em contrato de locação, a multa é sempre cobrada por 
inteiro? 
 
Não, uma vez que deverá ser pactuada proporcional ou até mesmo judicialmente 
estipulada. Artigo 4° da lei 8245/91 
 
17ª QUESTÃO: Em caso de falecimento de uma das partes, o contrato de locação se 
extingue? 
 
Via de regra se mantém. Artigo 10 e 11 desta lei. 
 
18ª QUESTÃO: Tânia, Renato e Jaime são sublocatários do mesmo imóvel residencial na Vila 
do Ipê. O imóvel é dividido em três quartos, com uma sala comum, sendo o banheiro 
localizado do lado de fora. Frederico, dono da referida casa, resolve vendê-la por um valor 
bem acessível e pagamento em muitas parcelas. O locatário não se interessa. Os 
sublocatários se interessam. Renato é o sublocatário mais velho. Todas as sublocações se 
iniciaram na mesma data. A Lei 8245/91, em seu art. 30, fixa como critério de desempate, 
para o exercício do direito de preferência, a idade mais avançada, na hipótese de múltiplos 
sublocatários, com contratos de locação iniciados na mesma data. Analise o caso contrato a 
partir dos seguintes tópicos: 
 
a)Em razão da Lei 8245/91 ser uma lei especial, que versa sobre matéria cível, mas de 
conteúdo específico – locações – poderá ser interpretada utilizando-se a Constituição? 
 
Sim. No artigo 1,II há as garantias de proteção de todos n CF. 
 
 
 
b) O disposto no art. 30 da Lei de Locações viola o princípio constitucional da igualdade? 
 
Não uma vez que se entende como aceitação das diferenças para que chegue a 
uma equidade. 
 
c)Poder-se-ia afirmar que na hipótese houve discriminação arbitrária por parte do 
legislador? 
 
 Não. Para garantir moradia para aqueles que já não tem a mesma força de 
trabalho, esta foi a a opção legislativa. 
 
 
 
 
TRABALHO 6 
 
 Questionário sobre a Lei n. 9.099/95. Responda fundamentadamente. 
 
 
1ª QUESTÃO: Quais princípios orientam o processo no Juizado Especial Cível? Explique-os. 
 
São eles: a oralidade, a simplicidade, a informalidade, a economia processual e a 
celeridade na prestação jurisdicional, todos elencados no artigo 2º da lei. 
Oralidade é processo onde se predomina a palavra falada, Isso não quer dizer que 
o processo será só fala, mais sim que será um processo mais abreviado, visto que só serão 
reduzido a termo os acontecimentos mais importantes do processo. Simplicidade é poder 
haver dispensa de alguns requisitos que se julga formal sempre que a ausência não prejudicar 
as partes nem terceiros interessados. O processo deve ser simples no seu trâmite, sem ser 
revestido de toda formalidade do processo comum. Informalidade são os atos processuais que 
devem ser praticados com o mínimo de formalidade possível. Despido de formas, o ato se 
torna mais simples, econômico e efetivo. Economia processual é o princípio que visa o melhor 
resultado no processo resultando na redução das custas processuais. É um principio que esta 
voltado para a gratuidade processuais para pessoas que necessitam deste benefício para 
darem andamento a algum litígio que estejam incluídos. Por fim, Celeridade na prestação é o 
respeitado de todos os outros que norteiam os juizados especiais, uma vez que eles guardam 
estreita relação com a celeridade processual, obviamente que não serão desrespeitados 
nenhum princípio fundamental do processo. 
 
2ª QUESTÃO: De acordo com a Lei n. 9.099/95, quais são as causas consideradas de menor 
complexidade? 
 
O legislador define as causas de menor complexidade nos termos do artigo 3º da 
Lei 9.099/95. , assim consideradas: 
 
I – as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; 
 
II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
 
III – a ação de despejo para uso próprio; 
 
IV – as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. 
 
3ª QUESTÃO: Quais são as causas que, por determinação legal, não podem ser intentadas 
no Juizado Especial Cível? 
 
As de natureza alimentar; falimentar; fiscal e de interesse da Faz. Pública; 
as relativas a acidentes de trabalho, e de resíduos ou estado e capacidade das pessoas. 
(art. 3º, §2º). 
 
4ª QUESTÃO: Pode a parte optar pelo rito da Lei n. 9.099/95 e formular pedido superior ao 
valor de 40 salários mínimos? 
 
Há duas correntes: a primeira sustenta que sim, até porque o magistrado 
pode homologar acordo celebrado em valor superior ao fixado no inciso I do art. 3º, e 
caso não haja o referido acordo automaticamente haveria a renúncia ao valor que 
ultrapassasse o limite supracitado, e outra que sustenta que não, por conta da vedação 
legal contida no art. 3º, I. 
 
 
5ª QUESTÃO: De acordo com a Lei n. 9.099/95, qual é a regra de competência territorial no 
Juizado? 
 
O domicílio do réu sempre pode ser o escolhido, com prevalência sobre 
qualquer outro quando for está a opção do autor (art. 4, PÚ). Ela também pode observar 
o lugar da satisfação da obrigação (II), ou o do autor nas ações de reparação de dano (III). 
 
6ª QUESTÃO: Preceitua o artigo 5º da Lei n. 9.099/95 que "O juiz dirigirá o processo com 
liberdade para determinar as provas a serem produzidas...", sendo assim, cabe a produção 
de prova pericial de acordo com o procedimento da referida Lei? 
 
A prova pericial, como produzida nas ações dos procedimentos Sumário ou 
Ordinário, não, podendo, na forma do art. 35, requerer o auxílio de técnico para a 
apresentação de um parecer, mas devem ser fatos de baixa complexidade. 
 
7ª QUESTÃO: Quem poderá e quem não poderá ser parte no processo que tramita no 
Juizado Especial Cível? 
 
Podem ser parte nos Juizados, ativamente, as PF capazes, desde que nãosejam cessionárias de direito de PJ; as M.E., as OSCIPs e as sociedades de crédito ao 
Microempreendedor. Além das pessoas acima listadas, também as PJs podem ser parte 
quando demandas. Ficam excluídas os incapazes, réus presos, PJs de dir. Público, Empresas 
Públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. (art. 8º). 
 
 
 
8ª QUESTÃO: No Juizado, é admissível a propositura de ação sem a assistência de advogado? 
 
Sim nas causas até o valor equivalente a 20 SM. (art. 9º) 
 
9ª QUESTÃO: No processo, admite-se as modalidades de intervenção de terceiros e 
litisconsórcio? 
 
Somente o Litisconsórcio. (art. 10) 
 
10ª QUESTÃO: Como deve proceder a parte leiga que comparece sozinha ao Juizado para a 
propositura da ação? 
 
Deve fazer um relato dos fatos e objeto da demanda à secretaria do Juizado, 
que a resumirá em uma ficha ou formulário próprio. (art. 14, §3º). 
 
11ª QUESTÃO: De que forma são realizadas a citação e a intimação do Juizado? 
 
Sempre pela forma mais simples e econômica. Bastando o envio de cópia da 
inicial por carta com AR, com a advertência de que o não comparecimento acarretará 
na revelia. (art. 18). 
 
12ª QUESTÃO: Quando ocorre a revelia no JEC? 
 
Quando o réu deixa de comparecer a qualquer das audiências (sessão de 
conciliação ou AIJ). (art. 20) 
 
13ª QUESTÃO: Pode o réu citado regularmente ser considerado revel, mesmo tendo 
apresentado contestação na audiência de conciliação, porém faltou a audiência de instrução 
e julgamento? 
 
Sim, pois o momento correto de apresentar a contestação é na AIJ, e o 
comparecimento pessoal em todas as audiências é obrigatório (art. 20 c/c PÚ do art. 31). 
 
 
14ª QUESTÃO: De que forma o réu deve apresentar sua defesa? 
 
Pode ser de forma escrita ou oral (art. 30). 
 
15ª QUESTÃO: Cabe ao réu fazer pedido a seu favor? 
 
Sim, na forma de pedido contraposto, desde o mesmo esteja ligado aos fatos 
narrados na inicial, que atenda aos limites do art. 3º, e este possa figurar no polo ativo 
do Juizado, conforme previsto no art. 8º. 
 
 
16ª QUESTÃO: Quais são os meios de prova cabíveis no JEC? 
 
Todas, havendo a limitação da prova técnica a parecer de baixa complexidade, 
o que, por via, exclui a prova pericial. 
 
17ª QUESTÃO: Como se procede a audiência de instrução e julgamento? 
 
Quando não alcançada a transação e nem instituído Juízo Arbitral, deve ser 
iniciada a AIJ, onde serão ouvidas as partes, colhidas as provas, sendo as orais (oitiva 
das partes e das testemunhas) referidas na sentença, sem necessidade de transcrevê-
las previamente (arts. 27, 28 e 36). 
 
 
18ª QUESTÃO: Quais os recursos cabíveis nos JEC's? Qual o prazo em que deverão ser 
interpostos? 
 
Recurso inominado, interposto no prazo de até 10 dias, contados da ciência da 
sentença (art. 42). Para quem considere os embargos como uma espécie de recurso, 
estes devem assim ser referidos e o seu prazo de oposição é de até 5 dias da ciência 
(art. 49). 
 
 
19ª QUESTÃO: Quando o autor deixa de comparecer a qualquer das audiências designadas, 
o que acontecerá ao processo? Ao autor é prevista alguma penalidade? 
 
A princípio deve ser extinto sem resolução do mérito (art. 51, I), podendo, 
todavia, haver a redesignação do ato se houver a prévia comunicação do justo motivo 
para o não comparecimento. Há a previsão legal da condenação do autor para a ausência 
injustificada (§2º do art. 51). 
 
20ª QUESTÃO: A sentença de primeiro e segundo graus pode condenar o vencido ao 
pagamento das custas e honorários de advogado? 
 
Ao pagamento das custas em caso de litigância de má-fé (primeira parte do 
art. 55). 
 
 
TRABALHO 7 
 
 
Segundo o art. 11 da lei nº 9.099/95, o MP atuará nas demandas do Jec nos casos de sua 
competência como Fiscal da Lei. Considerando os limites da referida lei, principalmente o 
§2º do art. 3º e o art. 8º, sobre qual matéria deve versar a demanda para que o Parquet 
funcione na mesma. 
 
 
 
Os Juizados Especiais Cíveis têm suas hipóteses de intervenção ministerial 
expressamente previstas na Constituição, permitindo-se sua identificação a partir do cotejo 
do artigo 82 do Código de Processo Civil com as diferentes normas especiais que presumem o 
interesse público na causa e expressam a atuação ministerial, fundamentado no artigo 178 do 
NCPC. 
A Lei n.º 9.099/95 faz remissão às hipóteses de intervenção do Ministério Público 
no seu artigo 11, mas as restrições do mesmo diploma quanto à admissão das partes e a 
natureza das causas provocam redução sensível do número de casos da atuação ministerial. 
Atentando especificamente aos Juizados Estaduais. Sendo controladas por essa lei, 
respeitando a CF, o MP não pode ser PARTE (AUTOR ou RÉU) nos Juizados Especiais; segundo 
o art. 8º da Lei 9.099/95. 
Contudo as hipóteses de intervenção do MP como fiscal da lei estão na 
Constituição e na lei, para que haja um procedimento, neste caso especial, porque as 
hipóteses de intervenção ministerial são sempre obrigatórias, sob pena de nulidade (absoluta 
ou relativa conforme a orientação seguida). Bem por isso, o interesse público algumas vezes 
é presumido por normas especiais que reclamam de forma cogente a fiscalização ministerial, 
com as consequências mencionadas para seu descumprimento. Como exemplo não são 
admitidas no Juizado dos Estados as ações rescisórias, os falidos e insolventes, as ações de 
alimentos e aquela que se relacionem a pessoa jurídica de direito público ou sejam de 
interesse da Fazenda Pública (artigos 3.º, § 2.º, 8.º e 59, LJE), casos em que, perante o Juízo 
Comum?, o Ministério Público teria necessária participação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROVA – P1 
 
 
 
 
 
 
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito do Juizado Especial Cível da Comarca da Capital/RJ. 
 
 
MARIA PAULA DO ALEXANDRE, brasileira, casada, do lar, 
portadora da Carteira de Identidade nº 123456-7 – IFP e do CPF nº 012.345.678-99, residente 
e domiciliada na Rua Conde de Bonfim, nº. 735, fundos, Tijuca, E-mail: 
MPA1943@gmial.com.br, vem, respeitosamente à presença de V. Exa., através de seu 
advogado abaixo assinado, apresentar 
 
 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÍVIDA C/C INDENIZAÇÃO 
POR DANOS MORAIS E COM PEDIDO DE TULELA ANTECIPADA 
 
 
Em face de RICARDO BAHIA A MÁQUINA DE VENDAS S.A, (RBMV), pessoa Jurídica 
de Direito Privado, com sede na Rua das Marrecas, 25, Penha, inscrita no C.N.P.J do MF. Sob 
o nº 98.765.432/0001-10, e-mail : contato@RBMV.com.br e GARANTE TUDO MAS NÃO 
COBRE S.A., (GTMNC) pessoa Jurídica de Direito Privado, com sede na rua das Macarena, 
25, inhaúma, inscrita no C.N.P.J do MF. Sob o nº 23.456.987/0001-10, e-mail : 
contato@GTMNC.com.br, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
I – DOS FATOS: 
 
A autora comprou uma “prancha alisadora” (para alisamento de cabelo), 
em 12 parcelas de R$ 30,00 (trinta reais), junto com o referido produto foi convencida, pelo 
vendedor Dedé O. Mitto, a adquirir, por mais 12 parcelas de 3,00 (três reais), um seguro que 
cobriria o pagamento das parcelas em caso de desemprego da consumidora. 
Passados três meses a autora foi demitida e imediatamente entrou em 
contato com a Empresa responsável pelo seguro, através de seu call center, sendo atendida pela 
operadora Patrícia C. R. Gama, oportunidade em que informou o desemprego e solicitou a 
cobertura do Seguro. 
 
Ato continuo sendo informado pela preposta da seguradora, a autora que 
a mesma não teria direito à cobertura do seguro, porque seu parcelamento era inferior a 16 
parcelas, conforme o contrato de seguro enviado junto com o carnê para a residência da mesma. 
Neste mesmo contato telefônico a autora registrou sua reclamação solicitando a devolução dos 
valores pagosà seguradora, o que lhe foi negado. 
 
Inobstante tais fatos e a reclamação enunciada, através do protocolo Nº 
0171.0171/2020, no mês passado a autora teve seu nome incluído no SERASA pelo não 
pagamento das parcelas 04/12 e seguintes da compra da “prancha alisadora”. 
 
 Sendo assim, não restando outra alternativa para a autora senão recorrer 
a este juízo para buscar a solução de tal conflito que está sendo ameaçado, já que seu nome 
encontra-se no SERASA, até a presente data. 
 
 
 
 
mailto:contato@RBMV.com.br
II) DOS FUNDAMENTOS: 
 
 O caso ora apresentando trata- se como relação de consumo, estando sob 
o pálio da Lei n.º 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), haja vista que o 
aludido diploma legal dispõe, em seu artigo 3º , que fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que 
desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, 
importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de 
serviços, conceituando produto como qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial 
(par.1º) e serviço como qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito, e securitária, salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista (par. 2º). 
 
 Portanto, são inteiramente aplicáveis os dispositivos da lei consumerista. 
 
 Assim, dispõe o Código de Proteção e Defesa do Consumidor que: 
 
“Art.39 – É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras 
práticas abusivas: 
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em 
vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-
lhe seus produtos ou serviços; 
V - exigir do consumidor vantagem manifestamente 
excessiva;” 
 
 Ora, é de clareza meridiana que a postura adotada pela Autora restringe 
direitos fundamentais inerentes à natureza do contrato, ameaçando fortemente o seu objeto e 
o equilíbrio contratual (Lei n.º 8.078/90, artigo 4o, inciso III e artigo 51, parágrafo 1º, inciso 
II). 
 
 Ressalte-se ainda que, a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 5º, 
caput, insere entre os direitos e garantias fundamentais a inviolabilidade do direito à igualdade 
à propriedade, dispondo em seu inciso XXXII que "o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor" , encartada no artigo 170, inciso V, como um dos princípios gerais da 
atividade econômica. 
 
Consoante a doutrina e a jurisprudência acima transcritas, que 
refletem posicionamento majoritário sobre o tema, não paira qualquer dúvida que o nome 
negativado da autora sem qualquer fundamento jurídico é totalmente abusivo, já que a 
mesma foi demitida involuntariamente e tinha pago por 3 (três) meses um seguro em caso 
desemprego involuntário. 
 
III) DO DANO MORAL 
 
 É evidente o desrespeito e a ofensa à moral, à honra e à dignidade da 
Autora, cumpridora de seus compromissos financeiros, sendo certo que as práticas leoninas a 
abusivas dos réus incutiram na autora forte sensação de desconforto e angústia, estando 
ameaçada inclusive de ver-se privada de conseguir um novo trabalho devido ao nome 
negativado imotivadamente. 
 
 Portanto, a atitude dos Réus, configurando prática abusiva a teor das 
normas enunciadas nos artigos, 6º, inciso X, 22º e 39, XIII do CDC, apresenta-se 
extremamente ofensiva à honra e à dignidade da Autora, violando direitos constitucionalmente 
assegurados, impondo-se a reparação a título de danos morais, haja vista que não se pode 
admitir que direitos da personalidade, com sede constitucional, sejam violados sem qualquer 
forma de repressão. 
 
 Ademais, a procedência do pedido em casos como o da Autora servirá 
também como medida de cunho pedagógico e punitivo, no sentido do respeito e busca pela 
efetividade dos direitos da personalidade do consumidor, assim como a harmonização das 
relações no mercado de consumo. 
 
IV) – DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA: 
 
 Resta evidente a verossimilhança das alegações autorais, através dos 
documentos que instrui a presente demanda a ensejar a ANTECIPAÇÃO DA 
TUTELA, para determinar a retirada o nome da autora no SERASA, até a decisão 
definitiva nos presentes autos, nos exatos termos do artigo 273, do Código de Processo 
Civil. 
 
V) – DO PEDIDO: 
 Diante do exposto, vem requerer a V. Exa: 
 
1) A citação dos Réus, na pessoa de seus representantes legais para, responder à presente, no 
prazo legal, sob pena dos efeitos da Revelia; 
 
2) Seja determinada a inversão do ônus da prova enunciada no artigo 6o, inciso VIII da Lei 
n.º 8.078/90, ante a hipossuficiência do consumidor; 
 
3) O deferimento da Antecipação da tutela, para determinar a retirada do nome da autora do 
SERASA; 
 
4) Seja JULGADO PROCEDENTE OS PEDIDOS para: 
 
4.1- DECLARAR indevida e abusiva a cobrança imputada a Autora pelos Réus, que hoje se 
encontra no montante de R$ 297,00 com relação a dívida contraída. 
 
4.2- CONDENAR o Réu no pagamento de quantia não inferior a 20 (vinte) salários mínimos 
a título de compensação por danos morais, ante a angustia, o constrangimento e a humilhação 
sofridos pela Autora em razão da cobrança de débito, e de seu nome constar até hoje no Serasa. 
 
Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, 
documental suplementar, oral e pericial de menor complexidade. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 20.603,00. 
 
 N.T.P.D. 
 
 Rio de Janeiro, 14 de Janeiro de 2020. 
 
 _____________________________________________ 
 FUCAM – TIJUCA (FELIPE GUIMARÃES)

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