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Contabilidade pública

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Contabilidade Pública
tcm-ba
MCASP 7ª Edição
Livro Eletrônico
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CONTABILIDADE PÚBLICA
MCASP 7ª Edição
Prof. Claudio Zorzo
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SUMÁRIO
Conceitos Básicos .......................................................................................3
MCASP 7ª Edição ........................................................................................5
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CASP ............................................12
Objeto da Contabilidade Pública ..................................................................12
Objetivo da Contabilidade Pública ...............................................................14
Relevância ...............................................................................................19
Campo de Aplicação da Contabilidade Pública ...............................................24
Patrimônio Público ....................................................................................33
Ativo .......................................................................................................37
Recurso ...................................................................................................38
Controlado ..............................................................................................39
Evento Passado ........................................................................................41
Passivo ...................................................................................................42
Obrigação Presente ...................................................................................43
Derivada de Evento Passado ......................................................................44
Saída de Recursos da Entidade ...................................................................46
Patrimônio Líquido ....................................................................................49
Questões de Concurso ...............................................................................56
Gabarito ..................................................................................................64
Questões Comentadas ...............................................................................65
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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MCASP 7ª Edição
Prof. Claudio Zorzo
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CONCEITOS BÁSICOS
Prezado(a), tudo bem?
Sou o professor Claudio Zorzo, ministro aulas de Contabilidade, Auditoria e 
Mercado Financeiro para concurso público desde 2000. Em 2007, deixei o serviço 
público e passei a me dedicar exclusivamente à docência.
Sou contador, com cursos de especialização em Controladoria, Auditoria e Aná-
lise das Demonstrações Contábeis.
Neste curso em PDF, trabalharei as disciplinas de Contabilidade Geral e Pública.
Para ajudá-lo(a), dividi este curso em aulas, respeitando o enriquecimento do 
conhecimento (maturação de conceitos). Explico o que quer dizer isso: em uma 
aula, apresentarei conceitos, sempre objetivos e direcionados para concursos, de-
pois, resolverei questões de provas anteriores, para embasar o conceito, conhecer 
e entender a linguagem da banca. Tantos nos conceitos quanto nas questões de 
provas, tratarei de assuntos que estão interligados com a aula anterior e, principal-
mente, com a aula posterior, dessa forma, em todas as aulas reforçarei os conceitos 
básicos, de tal maneira que você acabe entendendo o que são e compreendendo 
sua efetividade dentro da ciência contábil.
Dividi o curso de Contabilidade Pública em 10 aulas, que contemplarão o edital 
do TCM-BA da seguinte forma:
CLAUDIO ZORZO
Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Análise Gerencial, 
Docência para Nível Superior, Auditoria e Perícia Contábil. É ex-servi-
dor público do Executivo Federal – Ministério do Exército e ex-servidor 
público do Legislativo Federal – Assessor Parlamentar. Atualmente, é 
professor de Contabilidade e Auditoria Pública e Privada.
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Prof. Claudio Zorzo
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•	 Aula 1: 12 MCASP 7ª Edição (Portaria Conjunta STN/SOF n. 2/2016 e Porta-
ria STN n. 840/2016). 1. Conceituação, objeto e campo de aplicação. 2. Com-
posição do Patrimônio Público. 2.1 Patrimônio Público. 2.2 Ativo. 2.3 Passivo. 
2.4 Patrimônio Líquido;
•	 Aula 2: 3. Variações Patrimoniais. 3.1 Qualitativas e Quantitativas. 3.2 Recei-
ta e despesa sob o enfoque patrimonial. 3.3 Resultado patrimonial;
•	 Aula 3: 7. Plano de contas aplicado ao setor público. 9. Despesa pública: 
conceito, estágios e classificações. 10. Receita pública: conceito, estágios e 
classificações;
•	 Aula 4: 13. Regime contábil. 8. Demonstrações contábeis aplicadas ao setor 
público. 8.7 Notas explicativas às demonstrações contábeis;
•	 Aula 5: 8.1 Balanço orçamentário. 8.2 Balanço Financeiro;
•	 Aula 6: 8.4 Balanço Patrimonial. 8.3 Demonstração das variações Patrimo-
niais. 8.6 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
•	 Aula 7: 8.5 Demonstração de fluxos de caixa. 8.8 Consolidação das demons-
trações contábeis;
•	 Aula 8: 4. Mensuração de ativos. 4.1 Ativo Imobilizado. 4.2 Ativo Intangível. 
4.3 Reavaliação e redução ao valor recuperável. 4.4 Depreciação, amortiza-
ção e exaustão. 5. Mensuração de passivos. 5.1 Provisões. 5.2 Passivos Con-
tingentes;
•	 Aula 9: 6. Sistema de custos no setor público. 6.1 Aspectos legais do siste-
ma de custos. 6.2 Ambiente da informação de custos. 6.3 Características da 
informação de custos. 6.4 Terminologia de custos;
•	 Aula 10: 14 Análise de balanços públicos.
Vamos começar a nossa primeira aula, que será sobre:
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12 MCASP 7ª Edição (Portaria Conjunta STN/SOF n. 2/2016 e Portaria 
STN n. 840/2016). 1. Conceituação, objeto e campo de aplicação. 2. Com-
posição do Patrimônio Público. 2.1 Patrimônio Público. 2.2 Ativo. 2.3 Pas-
sivo. 2.4 Patrimônio Líquido.
Desejo tudo de bom para você e que consiga compreender a matéria!
MCASP 7ª Edição
Contabilidade é uma ciência social que estuda, controla, administra e acompa-
nha a evolução do patrimônio de qualquer pessoa. O objetivo científico da Contabi-
lidade se manifesta na correta apresentação do patrimônio e na análise das causas 
de suas mutações.
O objeto da ciência contábil é o patrimônio, seja ele de empresas privadas ou de 
entidades públicas.
As entidades governamentais e as organizações privadas movimentam seu pa-
trimônio constantemente, necessitando de um sistema dinâmico e atual que permi-
ta a captura, registro e controle das informações geradas, a fim de servir de base 
para avaliar a efetividade da administração e fornecer dados para que a sociedade 
possa saber se os recursos têm sido corretamente administrados.
De forma normal, como qualquer outra ciência, a ciência contábil, no Brasil, 
vem passando por significativas transformaçõesrumo à convergência aos padrões 
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internacionais estabelecidos pelo IASB – International Accounting Standards Bo-
ard, para empresas privadas, e pelo IFAC (International Federation of Accountants 
– Federação Internacional de Contadores), para as instituições públicas.
O processo de evolução da Contabilidade do setor público deve ser analisado de forma 
histórica e contextualizada com o próprio processo de evolução das finanças públicas.
Nesse sentido, o primeiro marco histórico foi a edição da Lei n. 4.320/1964, 
que estabeleceu importantes regras para propiciar o controle das finanças públicas, 
bem como a construção de uma administração financeira e contábil sólidas no País, 
tendo como principal instrumento o orçamento público.
Com a lei, o orçamento público ganhou significativa importância no Brasil. Como 
consequência, as normas relativas a registros e demonstrações contábeis, vigentes 
até hoje, acabaram dando enfoque aos conceitos orçamentários, em detrimento da 
evidenciação dos aspectos patrimoniais estabelecidos pela ciência contábil.
Posteriormente, outro importante avanço na área das finanças públicas foi a 
edição da Lei Complementar n. 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), 
que estabeleceu para toda a Federação, direta ou indiretamente, limites de dívida 
consolidada, garantias, operações de crédito, restos a pagar e despesas de pessoal, 
dentre outros, com o intuito de propiciar o equilíbrio das finanças públicas e instituir 
instrumentos de transparência da gestão fiscal.
Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, 
no processo gerador de informações, as normas contábeis direcionados ao controle 
patrimonial de entidades do setor público (NBCASP).
A principal norma contábil é a NBCTSP (Norma Brasileira de Contabilidade Téc-
nica do Setor Público – Estrutura Conceitual), emitida pelo CFC em 23/09/2016, 
que trata dos conceitos básicos para a elaboração e divulgação de informação 
contábil de propósito geral pelas entidades do setor público, apresenta o aspecto 
formal da Contabilidade Pública.
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Contudo, a necessidade de evidenciar com qualidade os fenômenos patrimoniais 
e a busca por um tratamento contábil padronizado dos atos e fatos administrativos 
no âmbito do setor público tornaram imprescindível a elaboração de um plano de 
contas com abrangência nacional.
As NBCASP, juntamente com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Públi-
co (MCASP) e o Plano de Contas (PCASP), visam auxiliar o processo de elaboração e 
execução do orçamento, além de resgatar o objeto da Contabilidade como ciência, 
que é o patrimônio.
Com isso, a Contabilidade poderá atender à demanda de informações requeridas 
por seus usuários, possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas 
aos padrões internacionais, sob os enfoques orçamentário e patrimonial, com base 
em um Plano de Contas Nacional.
A Contabilidade Pública tradicional, focada no orçamento e com o principal objeti-
vo de assegurar a conformidade com os requisitos legais, mostrou-se inadequada 
para enfrentar os novos desafios da governança pública, devido a isso, importantes 
reformas foram implementadas a fim de desenvolver um sistema de contabilidade 
pública mais informativo e útil para a tomada de decisão e prestação de contas.
Para acompanhar a evolução e a mudança de paradigma da Contabilidade Pú-
blica, a STN – Secretaria do Tesouro Nacional editou o Manual de Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público (MCASP) e o Plano de Contas Aplicado ao Setor Público 
(PCASP), com abrangência nacional, que permitem e regulamentam o registro da 
aprovação e execução do orçamento, resgatam o objeto da Contabilidade – o pa-
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trimônio, e buscam a convergência aos padrões internacionais, tendo sempre em 
vista a legislação nacional vigente e os princípios da ciência contábil.
O Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP- STN) 7ª Edição 
estabelece os procedimentos para a elaboração e execução do orçamento, para que 
a Contabilidade atenda à demanda de informações requeridas por seus usuários, 
possibilitando a análise de demonstrações contábeis adequadas aos padrões inter-
nacionais, com base em um Plano de Contas Nacional.
O MCASP é composto pelas seguintes partes:
•	 Procedimentos Contábeis Orçamentários;
•	 Procedimentos Contábeis Patrimoniais;
•	 Procedimentos Contábeis Específicos;
•	 Plano de Contas Aplicado ao Setor Público;
•	 Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público.
O processo de convergência, no setor público iniciou em 2007, com a criação 
do Comitê Gestor da Convergência no Brasil, por meio da Resolução do Conselho 
Federal de Contabilidade (CFC) n. 1.103, e teve como finalidade traçar um plano de 
ação e coordenar o processo de convergência das normas brasileiras às internacio-
nais nas áreas de auditoria, Contabilidade Pública e assuntos regulatórios.
O Brasil convergirá todas as regras de maneira escalonada. As primeiras normas 
apresentadas em 2016 trataram de variações patrimoniais com e sem contrapres-
tação, provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, estoques e conces-
sões de serviços públicos. Até 2021, serão convergidas 32 normas.
O MCASP se encontra na 7ª edição, esta edição foi aprovada pelas portarias 
STN/SOF n. 2/2016 e STN n. 840/2016, contudo, há um planejamento de que o 
Manual seja revisado e ajustado em anos futuros.
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PLANEJAMENTO DAS EDIÇÕES DO MCASP
EDIÇÕES DO MCASP Válido para os exercícios:
6ª edição (atual) 2015 e 2016
7ª edição (novembro/2016) 2017 e 2018
8ª edição (julho/2018) 2019, 2020 e 2021
9ª edição (julho/2021) 2022 (...)
A premissa da convergência é de que a área pública deve ser dotada de Normas 
que possam fornecer a orientação contábil, ao mesmo tempo em que avance na 
consolidação e integração com as normas internacionais, possibilitando ao setor 
público, um tratamento adequado, respeitando às normas gerais de direito finan-
ceiro e gestão fiscal, mas sem macular à Ciência Contábil.
As normas estabelecidas no MCASP aplicam-se, obrigatoriamente, às entidades 
do setor público. Estão compreendidos no conceito de entidades do setor público: 
os governos nacional (União), estaduais, distrital (Distrito Federal) e municipaise 
seus respectivos poderes (abrangidos os tribunais de contas, as defensorias e o 
Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, agências, autarquias, fun-
dações (instituídas e mantidas pelo poder público), fundos, consórcios públicos e 
outras repartições públicas congêneres das administrações direta e indireta (inclu-
sive as empresas estatais dependentes).
Na busca do equacionamento das normas contábeis, a Contabilidade Aplicada 
ao Setor Público – CASP se tornou alvo de grandes reformas no que diz respeito à 
sua estrutura desde que se fez necessária a internacionalização das normas contá-
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beis. Dessa forma, as informações prestadas aos usuários precisaram ser aperfei-
çoadas para que fossem geradas com mais eficiência e pudessem surtir o real efeito 
nas tomadas de decisões e prestações de contas.
Sob o aspecto social, a Contabilidade Pública representa, para a sociedade, o 
principal instrumento de controle e acompanhamento das ações e das políticas pú-
blicas, materializadas na correta aplicação dos recursos públicos, na condução ética 
da gestão e na obrigação dos gestores públicos de prestar conta.
Em função da necessidade de uma gestão efetiva do patrimônio público e não 
somente de uma gestão orçamentária, a Contabilidade Pública passa por mudan-
ças conceituais, as quais retomam a essência contábil nos registros patrimoniais 
públicos, sendo que essas mudanças afetam diretamente a prática contábil e as 
informações obtidas por meio da Contabilidade.
Podemos afirmar que o objetivo da convergência é tirar o foco apenas do resul-
tado fiscal, superavit ou deficit primário, e dar maior visibilidade à situação patri-
monial de União, estados e municípios.
Um exemplo de mudança é que os ativos, muitas vezes registrados por valores 
irrisórios, passarão a ser contabilizados por um valor mais próximo da realidade. 
Os passivos como compromissos atuariais com regimes próprios de previdência 
também terão que ser calculados e registrados no balanço, o que poderá revelar 
rombos até agora escondidos.
Outra mudança importante é que as demonstrações contábeis de uma enti-
dade do setor público vão se parecer com as apresentadas pelas empresas, com 
Balanço Patrimonial, demonstração do fluxo de caixa e demonstração de muta-
ção do Patrimônio Líquido.
Assim como é feito pela contabilidade empresarial, as receitas e despesas serão 
lançadas obrigatoriamente pelo regime de competência.
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O MCASP/PCASP está estruturado de acordo com as seguintes naturezas das 
informações contábeis:
•	 Natureza de informação orçamentária: registra, processa e evidencia os atos 
e os fatos relacionados ao planejamento e à execução orçamentária;
•	 Natureza de informação patrimonial: registra, processa e evidencia os fatos 
financeiros e não financeiros relacionados com as variações qualitativas e 
quantitativas do patrimônio público;
•	 Natureza de informação de controle: registra, processa e evidencia os atos de 
gestão cujos efeitos possam produzir modificações no patrimônio da entidade 
do setor público, bem como aqueles com funções específicas de controle.
Em resumo, o processo de convergência, abarcado pelo MCASP, têm como obje-
tivo fornecer um novo arcabouço conceitual para a Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público e contribuir para a uniformização de práticas e procedimentos contábeis, 
em virtude da dimensão e da diversidade da estrutura da Administração Pública 
brasileira. Ao mesmo tempo, visam avançar na consolidação e integração com as 
normas internacionais.
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Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CASP
Contabilidade Aplicada ao Setor Público – CASP é o ramo da ciência contá-
bil que se destina, no processo gerador de informações, ao controle patrimonial de 
entidades do setor público.
A Contabilidade Pública aplica, na Administração Pública, as técnicas de registro dos 
atos e fatos administrativos, apurando resultados e elaborando as demonstrações finan-
ceiras, considerando a Lei n. 4.320/1964, as Normas Nacionais de Contabilidade Aplica-
das ao Setor Público e o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP).
Tais instrumentos encontram-se em consonância com as Normas Brasileiras 
Técnicas de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) editadas pelo Con-
selho Federal de Contabilidade (CFC), e buscam a convergência às normas interna-
cionais de Contabilidade Aplicada ao Setor Público.
Como parte da ciência contábil, a Contabilidade Pública apresenta, atualmente, 
as seguintes informações:
•	 Objeto: patrimônio público;
•	 Objetivo: fornecer informações úteis aos usuários;
•	 Função social: apresentar o resultado da gestão para apoiar a tomada de de-
cisão, prestação de contas e instrumentalização do controle social;
•	 Campo de aplicação: entidades do setor público;
•	 Usuários: sociedade e provedores de recursos;
•	 Princípio básico: essência econômica sobre a forma jurídica.
Objeto da Contabilidade Pública
O objeto da Contabilidade Aplicada ao Setor Público (CASP) é o patrimônio público.
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Patrimônio público é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, 
onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utili-
zados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo 
de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à 
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Características do patrimônio:
•	 os bens tangíveis são os que possuem corpo, matéria, como veículos, terre-
nos, máquinas. Os intangíveis são bens incorpóreos, como, por exemplo, os 
direitos de exploração ou direitos de uso, as marcas e patentes;
•	 onerados são os ativos que podem ser dados como garantia, que possuem um 
custo mensurável. Os não onerados não podem ser utilizados como garantia 
e normalmente não possuem um custo;
•	 adquiridos é os que foram comprados;
•	 formados são criados pela Poder Público;
•	 produzidos são industrializados, transformados;
•	 recebidos são ganhos como doação ou em pagamento;
•	 mantidos sob o domínio público;
•	 utilizados são os que estão em uso nas atividades normais.
Contabilmente, o patrimônio público é estruturado em três grupos:
•	 Ativos: são recursoscontrolados pela entidade como resultado de eventos 
passados e do qual se espera que resultem, para a entidade, benefícios eco-
nômicos futuros ou potencial de serviços;
•	 Passivos: são obrigações presentes da entidade, derivadas de eventos pas-
sados, cujos pagamentos se esperam que resultem, para a entidade, saídas 
de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou potencial de serviços;
•	 Situação patrimonial líquida: é o valor residual dos ativos da entidade de-
pois de deduzidos todos seus passivos.
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Objetivo da Contabilidade Pública
O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer, aos usuários, 
informações úteis sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orça-
mentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público 
e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada presta-
ção de contas; e o necessário suporte para a instrumentalização do controle social.
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A natureza da informação apresentada pela Contabilidade Pública busca atender 
às necessidades de todos os usuários, abrangendo os investidores, Tribunais de 
Contas, gestores, Poder Legislativo e a sociedade como um todo.
A função social da Contabilidade Aplicada ao Setor Público deve refletir, sis-
tematicamente, o ciclo da Administração Pública, para evidenciar informações 
necessárias à tomada de decisões, à prestação de contas e à instrumentalização 
do controle social.
A tomada de decisão pode ser pelos gestores, pelos investidores e até mesmo 
pelo Poder Legislativo ao aprovar ou rejeitar o orçamento.
A prestação de contas está relacionada com as pessoas que guardam, arreca-
dam, gerenciam, administram ou utilizam recursos públicos e, devido a isso, devem 
apresentar suas contas para fins de julgamento pelos Tribunais de Contas.
O controle social é o controle feito pela sociedade em geral sobre os resultados 
apresentados pela Administração Pública.
Para atender à sua função social, a Contabilidade Pública se ocupa também 
em todos os atos praticados pelo administrador, sejam de natureza orçamentá-
ria (previsão da receita, fixação da despesa, empenho, descentralização de crédi-
tos, e outros), ou meramente administrativo, representativos de valores potenciais 
que poderão afetar o patrimônio no futuro (contratos, convênios, acordos, ajustes, 
avais, fianças, valores sob responsabilidade, comodatos de bens, dentre outros), 
bem como a real situação patrimonial das instituições públicas.
Podemos ver que as informações apresentadas pela CASP são de grande abran-
gência e envolvem, principalmente, as seguintes naturezas:
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•	 Natureza orçamentária: apresenta o planejamento e a execução orçamentá-
ria por meio do PPA, LD0 e LOA;
•	 Natureza financeira: apresenta o resultado do fluxo financeiro, ou seja, as 
entradas e saídas de dinheiro. Tem relação direta com o fluxo de caixa;
•	 Natureza econômica: apresenta o resultado de uma entidade na administra-
ção e suas receitas e despesas;
•	 Natureza física: apresenta as informações sobre a composição, existência e 
qualidade dos bens e direitos da instituição.
Na intenção de servir, à sociedade em geral, com informações utéis, os objetivos 
da elaboração e divulgação da informação contábil são determinados com base nos 
usuários dos relatórios apresentados pela administração e suas necessidades de in-
formações, sejam financeiras (entrada e saída de dinheiro, receitas e despesas) e não 
financeiras (resultado da prestação de serviço, produtos e ações governamentais).
Os relatórios contábeis de propósitos gerais (demonstrações contábeis) apresen-
tam as informações financeiras e não financeiras sobre fenômenos econômicos, 
além de outros fenômenos. As informações apresentadas nos RCPGs apresentam 
os atributos de ser confirmatória e prospectivas, além da informação explicativa.
O objetivo principal da maioria das entidades do setor público é prestar serviços à 
sociedade, em vez de obter lucros e gerar retorno financeiro aos investidores. Conse-
quentemente, o desempenho de tais entidades pode ser apenas parcialmente avaliado 
por meio da análise da situação patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa.
Os relatórios contábeis fornecem informações aos seus usuários para subsidiar 
os processos decisórios e a prestação de contas e responsabilização (accountability), 
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portanto, os usuários dos RCPGs das entidades do setor público precisam de infor-
mações para subsidiar as avaliações de algumas questões, tais como:
•	 se a entidade prestou seus serviços à sociedade de maneira eficiente e eficaz;
•	 quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que 
ponto há restrições ou condições para a utilização desses recursos;
•	 a extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em 
períodos futuros para pagar por serviços correntes, tem mudado; e
•	 se a capacidade da entidade para prestar serviços melhorou ou piorou em 
comparação com exercícios anteriores.
Note que é por meio da divulgação de informações financeiras e de informações 
não financeiras das atividades de prestação de serviços, desempenho e resulta-
dos durante o exercício, que a administração fornece insumos para avaliações da 
economicidade, da eficiência e da eficácia das operações da entidade; portanto, 
os resultados financeiros necessitam ser avaliados no contexto dos resultados da 
prestação de serviços à sociedade (resultado não financeiro).
Informações financeiras são as informações sobre a situação patrimonial, o or-
çamento, o desempenho e fluxos de caixa da entidade. São normalmente apresen-
tadas nas demonstrações contábeis.
Informações não financeiras são as informações que tratam da missão, obje-
tivos da entidade e as atividades previstas de prestação de serviços futuros, bem 
como o impacto provável nas necessidades futuras de recursos pela entidade e as 
fontes de financiamento prováveis.
Para que atendam à sua finalidade, as informações apresentadas pelas demons-
trações contábeis e outros relatórios devem possuir atributos que as tornem úteis 
para os usuários e deem suporte ao cumprimento dos objetivos da informação con-
tábil. Esses atributos são denominados de características qualitativas dainformação.
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As características qualitativas da informação contábil são a relevância, a repre-
sentação fidedigna, a compreensibilidade, a tempestividade, a comparabilidade 
e a verificabilidade.
Cada uma das características qualitativas é integrada e funciona em conjunto 
com as outras características, de modo a fornecer informação útil para cumprir os 
objetivos da informação contábil. Por exemplo, uma descrição que represente fiel-
mente um fenômeno irrelevante ou uma descrição que represente de modo não 
fidedigno um fenômeno relevante resulta em informação que não é útil para a to-
mada de decisão pelo usuário. Do mesmo modo, para ser relevante, a informação 
precisar ser tempestiva e compreensível.
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Na prática, talvez não seja possível alcançar todas as características qualitativas e, 
nesse caso, um equilíbrio ou compensação entre algumas delas poderá ser necessário.
As restrições inerentes à informação contábil são a materialidade, o custo be-
nefício e o alcance do equilíbrio apropriado entre as características qualitativas.
Relevância
As informações são relevantes caso sejam capazes de influenciar significativa-
mente o cumprimento dos objetivos da elaboração e da divulgação da informação 
contábil. As informações são capazes de exercer essa influência quando têm valor 
confirmatório, preditivo ou ambos.
O conhecimento de uma informação importante ajuda o usuário a avaliar o im-
pacto de eventos passados, corrigindo as suas avaliações anteriores (valor confir-
matório) ou a predizer resultados futuros (valor preditivo).
As informações têm valor confirmatório se confirmarem ou alterarem expecta-
tivas passadas (ou presentes). Por exemplo, a informação é relevante, para fins de 
prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão, se 
confirmar as expectativas sobre questões, tais como:
•	 a extensão na qual os gestores cumpriram as suas responsabilidades pelo uso 
eficiente e eficaz dos recursos;
•	 a realização dos objetivos especificados da prestação de serviços;
•	 o cumprimento da legislação e de regulamentos orçamentários, além de outros.
Os RCPGs apresentam informação acerca dos objetivos, custos e atividades pre-
vistas de prestação de serviços, além do montante e das fontes de recursos que se 
destinam a serem alocados na prestação de serviços no futuro.
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Tal informação voltada para o futuro tem valor preditivo e é relevante para fins 
de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão e 
auxiliar a formar expectativas sobre o futuro. Por exemplo, a informação que con-
firma ou refuta expectativas passadas pode reforçar ou alterar expectativas sobre o 
desempenho e os resultados da prestação de serviços que possam ocorrer no futuro.
As funções confirmatória e preditiva da informação são inter-relacionadas, por 
exemplo, a informação sobre o nível e a estrutura atual dos recursos da entidade 
e as demandas por esses recursos auxilia os usuários a confirmarem o resultado 
das estratégias de gestão durante o período, além de preverem a capacidade da 
entidade em responder às mudanças e às necessidades previstas relacionadas à 
prestação de serviços no futuro.
Representação Fidedigna
Para ser útil como informação contábil, a informação deve corresponder à repre-
sentação verdadeira dos fenômenos econômicos.
A representação fidedigna é alcançada quando a representação do fenômeno 
contábil é completa, neutra e livre de erro material.
Para ser verdadeira, a informação deve representar adequadamente aquilo a 
que se pretende. Essa representação deve priorizar a essência da transação em 
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detrimento da forma, ou seja, os eventos devem ser apresentados de acordo com 
a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal.
A informação completa exige que sejam apresentados todos os dados relevan-
tes, pois a omissão de algumas informações pode fazer com que a representação do 
fenômeno econômico seja falsa ou enganosa, não sendo útil para os usuários.
Por exemplo, a descrição completa de item do imobilizado deve incluir o valor do 
item juntamente com outras informações quantitativas, descritivas e explicativas 
necessárias para representar fielmente essa classe de ativo. Assim, pode incluir 
as classes importantes do imobilizado; os fatores que afetaram a sua utilização no 
passado ou que podem impactar a sua utilização no futuro; e a base e o processo 
para determinar o seu valor.
A neutralidade da informação contábil corresponde à ausência de viés, isso 
significa que a seleção e a apresentação das informações não devem ser feitas com 
a intenção de se atingir um resultado particular predeterminado, por exemplo, para 
influenciar a avaliação dos usuários acerca da prestação de contas e responsabili-
zação (accountability) por parte da entidade, para uma decisão ou julgamento que 
está para ser feito, ou, ainda, para induzir a determinado comportamento.
Estar livre de erro material não significa exatidão completa em todos os as-
pectos, mas que não há erros ou omissões que sejam individual ou coletivamente 
relevantes na descrição do fenômeno, e que o processo utilizado para produzir a 
informação relatada foi aplicado conforme descrito.
Os fenômenos econômicos ocorrem normalmente sob condições de incerteza. 
Desse modo, a informação frequentemente apresenta estimativas que incorporam 
o julgamento de valor dos gestores. Para representar fielmente o fenômeno econô-
mico ou de outra natureza, a estimativa deve ser baseada em dados apropriados e 
cada um deles precisa refletir a melhor informação disponível.
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Compreensibilidade
A compreensibilidade é a qualidade da informação que permite que os usuários 
compreendam o seu significado.
Por exemplo, as explicações acerca das informações financeiras e não financei-ras e as informações adicionais acerca da prestação de serviços e outros resultados 
durante o exercício, além das expectativas para os períodos futuros, devem ser 
escritas em linguagem simples e apresentadas de maneira que sejam prontamente 
compreendidas pelos usuários.
A compreensão é aprimorada quando a informação é classificada e apresentada 
de maneira clara e sucinta e espera-se que os usuários tenham conhecimento ra-
zoável das atividades da entidade e do ambiente no qual ela funciona.
Tempestividade
Tempestividade significa ter informação disponível para os usuários antes que 
ela perca a sua capacidade de ser útil para fins de prestação de contas, responsa-
bilização (accountability) e tomada de decisão.
Ter a informação disponível mais rapidamente pode aprimorar a sua utilidade como 
insumo para processos de avaliação da prestação de contas e responsabilização (ac-
countability) e a sua capacidade de informar e influenciar os processos decisórios.
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A ausência de tempestividade pode tornar a informação menos útil.
Comparabilidade
Comparabilidade é a qualidade da informação que possibilita aos usuários iden-
tificar semelhanças e diferenças entre dois conjuntos de fenômenos.
A comparabilidade não é uma qualidade de item individual de informação, mas 
a qualidade da relação entre dois ou mais itens de informação.
A comparabilidade difere da consistência e da uniformidade.
A consistência se refere à utilização dos mesmos princípios ou políticas contá-
beis e da mesma base de elaboração, seja de período a período dentro da entidade 
ou de um único período entre duas ou mais entidades. A comparabilidade é o obje-
tivo, enquanto a consistência auxilia a atingi-lo.
Para que a informação seja comparável, coisas semelhantes devem parecer 
semelhantes e coisas distintas devem parecer distintas. A ênfase demasiada na 
uniformidade pode reduzir a comparabilidade ao fazer com que coisas distintas pa-
reçam semelhantes.
Verificabilidade
A verificabilidade é a qualidade da informação que ajuda a assegurar, aos usuá-
rios, que a informação é fiel aos fenômenos econômicos a que se propõe representar.
A suportabilidade, ou seja, a qualidade referente àquilo que dá suporte a algo, 
algumas vezes, é utilizada para descrever essa qualidade, quando aplicada em re-
lação à informação explicativa e à informação quantitativa financeira e não finan-
ceira prospectiva divulgada.
A característica implica que dois observadores esclarecidos e independentes pos-
sam chegar ao consenso geral, mas não necessariamente à concordância completa.
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A qualidade da verificabilidade (ou suportabilidade, se tal termo for utilizado 
para descrever essa característica) não é absoluta – alguma informação pode ser 
mais ou menos passível de verificação do que outra.
Contudo, quanto mais verificável for a informação incluída nos relatórios con-
tábeis, melhor será para assegurar aos usuários de que a informação representa 
fielmente os fenômenos econômicos (ou de outra natureza).
Campo de Aplicação da Contabilidade Pública
O campo de atuação da Contabilidade Pública abrange obrigatoriamente os gover-
nos nacionais, estaduais, distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangi-
dos os Tribunais de Contas, as Defensorias e o Ministério Público), órgãos, secretarias, 
departamentos, agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo Poder 
Público), fundos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das 
Administrações direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
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As demais entidades públicas não compreendidas no parágrafo acima, os conse-
lhos profissionais, a instituições componentes do sistema “S” (Sebrae, Senai, Sesi, 
Sesc, Sest) e as empresas estatais independentes poderão aplicar as normas es-
tabelecidas no MCASP de maneira facultativa ou por determinação dos respectivos 
órgãos reguladores, fiscalizadores e congêneres.
Entidades que dependem do orçamento fiscal e de seguridade social OBRIGATORIA-
MENTE deverão aplicar as normas da CASP; as entidades e empresas que recebem 
recursos ou que tenham que prestar contas, mas que possuem receitas próprias 
para arcar com suas despesas, poderão aplicar as normas de forma FACULTATIVA.
Os órgãos fiscalizadores são as autarquias que exercem a função do Estado, 
como a CVM, que normatiza o mercado de capitais; o Bacen, que normatiza o mer-
cado financeiro; a Susep, que normatiza o mercado securitário; a ANA, que norma-
tiza o controle sobre a água; a ANTT, que normatiza o transporte terrestre, dentre 
tantas outras autarquias e agências reguladoras.
A Administração Pública Federal contempla um conjunto abrangente de insti-
tuições. Muitas delas com características estritamente governamentais (órgãos da 
Administração direita, autarquias, fundações públicas) e outras com características 
empresariais (empresas públicas e sociedades de economia mista).
Algumas empresas estatais, apesar de terem sido criadas para exploração de 
atividades econômicas, hoje em dia têm características que as tornam dependentes 
de recursos de subvenção econômica para seu funcionamento. Essa dependência 
do governo afeta a forma de controle.
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Para as empresas independentes, deve ser dado um tratamento mais gerencial. 
Para as dependentes, devido aos impactos sobre a política fiscal, deve ser dado um 
tratamento de controle mais rígido e, principalmente, de mais transparência patri-
monial, fiscal e orçamentária.
As empresas estatais dependentes são empresas controladas, que recebem 
do ente controlador, recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal, 
despesas de custeio em geral ou despesas de capital, excluídos, no último caso, aque-
les provenientes de aumento de participação acionária. Exemplos: Embrapa e Conab.
As empresas estatais independentes são todas as demais empresas contro-
ladas pelo setor público que dispõem de receitas próprias, geradas por suas ati-
vidades, para pagar suas despesas de pessoal, de custeio em geral e de capital; 
estas, não estão no alcance da Contabilidade Pública. Por serem de direito privado 
e estabelecidas como sociedades anônimas, respeitam a Lei n. 6.404/1976. Por 
exemplo: Banco do Brasil, CEF, Petrobras.
Gostaria dechamar a atenção para uma mudança que considero muito impor-
tante em relação ao campo de aplicação da CASP.
Antes da apresentação do Pronunciamento Conceitual Básico para a Contabilida-
de Pública, que entrou em vigor em janeiro de 2017, a NBC T 16.1 – Conceituação, 
Objeto e Campo de Aplicação, que foi revogada, estabelecia que o campo de aplica-
ção da Contabilidade Aplicada ao Setor Público abrange todas as entidades do setor 
público e que essas entidades devem observar as normas e as técnicas próprias da 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, considerando-se o seguinte escopo:
•	 integralmente, as entidades governamentais, os serviços sociais e os con-
selhos profissionais;
•	 parcialmente, as demais entidades do setor público, para garantir procedimen-
tos suficientes de prestação de contas e instrumentalização do controle social.
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Note que a norma que foi revogada destacava de forma nominal que os serviços 
sociais e os conselhos profissionais deveriam aplicar as normas da CASP de forma in-
tegral. Contudo, o MCASP 7ª Edição, além de modificar a terminologia para aplicação 
obrigatória e facultativa, excluiu os dois grupos de instituições do escopo de aplicação.
O MCASP 7ª Edição, na parte que trata do alcance das normas, estabelece que 
os conselhos profissionais e as demais entidades não compreendidas no conceito 
de entidades do setor público, incluídas as empresas estatais independentes e as 
instituições do sistema “S”, poderão aplicar as normas estabelecidas no MCASP, de 
maneira facultativa ou por determinação dos respectivos órgãos reguladores, fis-
calizadores e congêneres.
Os conselhos de categoria de classe profissional como o CFC, CFF, CFA, OAB, 
CFM etc. são considerados autarquias em regime especial que atuam em atividades 
de interesse público, pois normatizam e fiscalizam um segmento profissional, como 
arrecadam contribuições sociais, têm que prestar contas de seus recursos e, assim, 
poderão aplicar de forma facultativa as normas da CASP.
Os serviços sociais, conhecidos como “Sistema S” (Sebrae, Senai, Sesi, Sesc, 
Sest) são pessoas jurídicas de direito privado tratadas como parestatais. Não fa-
zem parte da Administração Pública, contudo, como prestam serviços à sociedade, 
realizando atividades de interesse público, acabam recebendo recursos públicos, 
por isso devem prestar contas desses recursos; para essas instituições, a aplicação 
integral das normas CASP é facultativa.
O campo de aplicação da CASP abrange todas as entidades do setor público, consi-
derando-se o seguinte escopo:
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•	 obrigatoriamente, as entidades governamentais que estejam incluídas nos 
orçamentos fiscal e de seguridade social;
•	 facultativo, as demais entidades do setor público, que estejam incluídas no 
orçamento de investimento, e as que necessitam de procedimentos suficien-
tes para sua prestação de contas e instrumentalização do controle social (es-
tatais não dependentes, conselhos profissionais e o Sistema “S”).
Uma empresa estatal dependente que é sociedade anônima está obrigada a obser-
var os preceitos da Contabilidade Governamental (Lei n. 4.320 e MCASP) e da Con-
tabilidade Empresarial (Lei n. 6.404/1976). As sociedades de economia mista de 
capital fechado (devem ser S/As) podem enquadrar-se no conceito de empresa es-
tatal dependente na LRF e no conceito de sociedade anônima da Lei n. 6.404/1976 
e, assim, ter que obedecer às duas legislações.
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Campo de atuação
Objeto
Objetivo
Função social
Conjunto de bens, 
direitos e obrigações 
(patrimônio público).
Função social
Apresentar o resultado 
da administração para 
acompanhamento 
pela sociedade.
Fornecer dados e 
informações para a 
tomada de decisões 
de seus usuários.
Pessoas jurídicas de 
direito público, União, 
estados, Distrito Federal, 
municípios, autarquias, 
fundações públicas e 
empresas públicas 
dependentes.
Julgue o item a seguir, que dizem respeito à Contabilidade Pública, seu campo de 
aplicação, objeto e objetivos descritos nas Normas Brasileiras de Contabilidade 
Aplicadas ao Setor Público (NBCASP).
1. (CESPE/TCU/AFCE/2015) A função social da Contabilidade Pública é fornecer aos 
usuários informações sobre os resultados alcançados, sejam os de natureza orça-
mentária, econômica, financeira ou física do patrimônio da entidade do setor pú-
blico, visando atender aos aspectos legais, independentemente do controle social.
Errado.
A função social da Contabilidade é apresentar os resultados apurados pela gestão 
pública para apoiar a tomada de decisão, a prestação de contas e o controle social.
Não se esqueça de que fornecer informações é o objetivo da Contabilidade.
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De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, 
julgue o item a seguir.
2. (CESPE/FUB/AUDITOR/2015) É um objetivo da contabilidade aplicada ao setor 
público fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os as-
pectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da 
entidade do setor público e de suas mutações com fins de apoio ao processo de 
tomada de decisões.
Certo.
Segundo as normas contábeis, o objetivo da CASP é fornecer aos usuários infor-
mações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, 
econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas 
mutações, com a função social de apoiar o processo de tomada de decisão, a ade-
quada prestação de contas e o necessário suporte para a instrumentalização do 
controle social.
Julgue o item a seguir, acerca do papel do Ministério Público da União (MPU) rela-
tivamente ao campo de atuação e objetivo no âmbito da contabilidade aplicada ao 
setor público.
3. (CESPE/MPU/ANALISTA ATUARIAL/2015) Por ser uma entidade governamental, 
o MPU deve disponibilizar informações sobre aspectos de natureza financeira e fí-
sica do seu patrimônio.1
4. (CESPE/FUB/CONTADOR/2015) Na qualidade de entidade governamental, a UnB 
deve observar todas as normas e técnicas próprias da contabilidade aplicada ao 
setor público.
1 Certo.
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Certo.
O campo de atuação da Contabilidade Pública abrange os governos nacionais, esta-
duais, distrital e municipais e seus respectivos poderes (abrangidos os Tribunais de 
Contas, as Defensorias e o Ministério Público), órgãos, secretarias, departamentos, 
agências, autarquias, fundações (instituídas e mantidas pelo Poder Público), fun-
dos, consórcios públicos e outras repartições públicas congêneres das Administra-
ções direta e indireta (inclusive as empresas estatais dependentes).
O MPU – Ministério Público da União e a UnB – Universidade Nacional de Brasília, 
no sentido abrangente da Administração Pública, são entidades do Poder Público 
nacional e, como tal, deve observar integralmente as normas da CASP, assim, deve 
disponibilizar todas as suas informações por meio dos relatórios obrigatórios.
5. (CESPE/MJ/CONTADOR/2013) O objeto de estudo da Contabilidade Pública é 
o patrimônio público consubstanciado no conjunto de bens e direitos, tangíveis e 
intangíveis, produzidos ou formados, com exceção dos que foram desenvolvidos 
internamente ou recebidos em doação.
Errado.
O objeto da CASP é o patrimônio público, que é o conjunto de direitos e bens, tangíveis 
ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, manti-
dos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um 
fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à 
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
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6. (CESPE/TCU/AFCE/2015) Julgue o item subsecutivo, referente ao principal grupo de usu-
ários das demonstrações contábeis bem como às responsabilidades a elas relacionadas.
Se os objetivos de uma companhia brasileira de capital aberto (S.A.) incluírem a 
exploração de serviços de energia elétrica, um dos principais usuários da informa-
ção contábil dessa sociedade será a Agência Nacional de Energia Elétrica.
Certo.
Sabemos que o objetivo da Contabilidade é apresentar informações que sejam 
úteis aos usuários internos e externos. A assertiva trata de uma companhia que é 
concessionária de serviço público na área de energia elétrica. A Aneel é a autarquia 
federal responsável pela fiscalização e normatização das empresas que prestam o 
serviço de energia elétrica à sociedade brasileira, assim, a Aneel é uma usuária das 
informações de suas concessionárias.
7. (CESPE/FUNPRESP-EXE/CONTABILIDADE E FINANÇAS/2016) A verificabilidade, 
uma das características qualitativas de melhoria, é aquela que garante a uniformi-
dade das demonstrações contábeis, dando segurança ao usuário sobre a adoção de 
métodos semelhantes para contabilização de itens idênticos.
Errado.
A verificabilidade é uma característica de melhoria e está relacionada à capacidade 
de comprovação de uma informação pelos usuários. A utilização de métodos uni-
formes tem relação com o atributo da comparabilidade.
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8. (AOCP/SERCOMTEL/ANALISTA/2016) Assinale alternativa que apresenta o obje-
tivo da Contabilidade.
a) É uma ciência social que tem como propósito estudar o patrimônio de uma em-
presa com a finalidade de conhecer os seus bens, direitos e obrigações.
b) Com a finalidade de emitir relatórios contábeis, a Contabilidade tem a função de 
analisar todo o trabalho desenvolvido no processo de escrituração contábil.
c) A Contabilidade tem o intuito de analisar as demonstrações contábeis que são 
os resultados do processo de escrituração contábil que vêm refletir o patrimônio 
das empresas.
d) Fornecer informações de natureza econômica, financeira e patrimonial para o 
controle das operações e para o planejamento das empresas.
e) Com o propósito de analisar as informações geradas através dos relatórios con-
tábeis, a Contabilidade tem a meta de obter conhecimentos sobre as contas que 
pertencem ao Patrimônio Líquido.
Letra d.
A questão cobra o objetivo da Contabilidade. Como vimos na aula, o objetivo é 
fornecer informações de natureza econômica, financeira e patrimonial aos usuários 
internos e externos. Se analisarmos com cautela, todas as demais assertivas têm 
relação com a Contabilidade, contudo, fogem do questionamento apresentado.
Patrimônio Público
No MCASP, a parte intitulada “Procedimentos Contábeis Patrimoniais” apresenta o 
conjunto de conceitos, regras e procedimentos relativos aos atos e fatos patrimoniais 
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e seu relacionamento com a Contabilidade Aplicada ao Setor Público. Visa também à 
harmonização dos padrões a serem observados pela Administração Pública, no que 
se refere às variações patrimoniais, classificações, destinações e registros, para per-
mitir a evidenciação e a consolidação das contas públicas nacionais.
O atendimento do enfoque patrimonial da Contabilidade compreende o regis-
tro e a evidenciação da composição do patrimônio público do ente público (arts. 
85, 89, 100 e 104 da Lei n. 4.320/1964). Nesse aspecto, devem ser atendidas as 
normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação de 
ativos e passivos e suas variações patrimoniais, contribuindo para o processo de 
convergência às normas internacionais, respeitada a base legal nacional.
A compreensão da lógica dos registros patrimoniais é importante para o enten-
dimento da formação, composição e evolução do patrimônio. Busca, assim, melho-
rar a qualidade e a consistência das informações prestadas à sociedade, de modo a 
possibilitar o exercício da cidadania no controle do patrimônio dos governos fede-
ral, estadual, distrital e municipal.
Patrimônio público: é o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, 
onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utili-
zados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo 
de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à 
exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.
Características do patrimônio
•	 Os bens tangíveis são os que possuem corpo, matéria, como veículos, terre-
nos, máquinas. Os intangíveis são bens incorpóreos, como por exemplo, os 
direitos de exploração ou direitos de uso, as marcas e patentes;
•	 Onerados são os ativos que podem ser dados como garantia, que possuem 
um custo mensurável. Os não onerados não podem ser utilizados como ga-
rantia e normalmente não possuem um custo;
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•	 Adquiridos – foram comprados;
•	 Formados – criados pelo Poder Público;
•	 Produzidos – industrializados, transformados pela instituição;
•	 Recebidos – ganhos como doação ou em pagamento;
•	 Mantidos – sob o domínio público;
•	 Utilizados – estão em uso nas atividades normais.
Direitos: são os recursos que a empresa tem a receber ou a recuperar junto a 
alguém. Representam os créditos da entidade junto a terceiros.
Bens: são todas as coisas que possuem valor econômico e que normalmente são 
utilizadas na realização do objetivo principal da entidade. Podem ser tangíveis ou in-
tangíveis e são divididos em de uso comum, de uso especial e sob o domínio público.
O Código Civil estabelece que são bens públicos:
•	 os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
•	 os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da Administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias;
•	 os dominicais (domínio), que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas 
de direito público, como objeto de direito pessoal ou real, de cada uma dessas 
entidades, contudo não tem um fim específico.
Os bens de uso comum do povo têm como característica básica o uso efetiva-
mente direto, sem nenhuma intermediação. Apresentam as seguintes características:
•	 são postos à disposição do povo de forma gratuita ou retribuída (pedá-
gio), conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja adminis-
tração pertencem;
•	 são inalienáveis por natureza e, enquanto nessa condição, são impenhoráveis 
e imprescritíveis.
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Os bens públicos dominicais (dominiais) constituem o patrimônio do Esta-
do, como objeto de direito pessoal e real:
•	 podem ser alienados, mediante autorização legislativa;
•	 podem produzir renda e podem ser transformados em bens de uso comum do 
povo ou de uso especial.
Contabilmente, o patrimônio público é estruturado em três grupos:
•	 Ativo: é um recurso controlado no presente, pela entidade, como resultado 
de evento passado.;
•	 Passivos: é uma obrigação presente, derivada de evento passado, cuja ex-
tinção deva resultar na saída de recursos da entidade;
•	 Situação patrimonial líquida: é o valor residual dos ativos da entidade de-
pois de deduzidos todos seus passivos.
As definições de ativo e de passivo identificam suas características essenciais, 
mas não procuram especificar os critérios que precisam ser observados para que 
eles possam ser reconhecidos no Balanço Patrimonial. Desse modo, as definições 
abrangem itens que não são reconhecidos como ativos ou como passivos no Ba-
lanço Patrimonial em função de não satisfazerem os critérios de reconhecimento.
Reconhecimento é o processo que consiste na incorporação ao Balanço Patri-
monial de item que se enquadre na definição de ativo, passivo ou PL e que satisfaça 
os seguintes critérios:
•	 for provável que algum potencial de serviços ou benefícios econômicos asso-
ciados ao item fluam para a entidade (ativo) ou flua da entidade (passivo); e
•	 o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com confiabilidade.
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Para ser reconhecido como um ativo ou passivo, o elemento deve:
•	 ser identificado;
•	 ser mensurado;
•	 ser realizável (ativo) ou exigível (passivo).
Somente serão registrados, no ativo, os bens e direitos que se realizarão, direta 
ou indiretamente, assim, os bens não utilizados ou inservíveis não serão registrados.
Ativo
De maneira simples, o ativo é considerado como o conjunto de bens e direitos 
de uma instituição, contudo, existem algumas particularidades que estão inseridas 
no conceito apresentado pelas normas internacionais que qualificam melhor essa 
afirmação, pois não basta existir um bem, ele deve estar dando um retorno para a 
empresa, pelo uso ou gerando benefício econômico; também não há a necessidade 
de o bem ser propriedade da entidade, basta estar sob seu controle.
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Recurso
Recurso é um item com potencial de serviços ou com a capacidade de gerar 
benefícios econômicos que podem surgir diretamente do próprio recurso ou dos 
direitos de sua utilização. Alguns recursos incluem os direitos da entidade a uma 
série de benefícios, inclusive, por exemplo, o direito a:
•	 utilizar o recurso para a prestação de serviços (inclusive bens);
•	 utilizar os recursos de terceiros para prestar serviços como, por exemplo, 
arrendamento mercantil;
•	 converter o recurso em caixa por meio da sua alienação;
•	 beneficiar-se da valorização do recurso; ou
•	 receber fluxos de caixa.
Atente para o fato de que recurso não significa dinheiro, um recurso pode ser um 
bem ou um direito.
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Segundo o Código Civil, o conjunto dos bens e direitos é dividido em direitos re-
ais e direitos pessoais. O direito real recai geralmente sobre um objeto corpóreo 
(bem) e o poder é exercido sobre o objeto de forma imediata e direta, assim, a 
empresa tem o direito de uso do bem a qualquer momento. Está relacionado com 
a fruição, gozo na utilização de bens.
Já o direito pessoal está focado nas relações humanas entre o devedor e o cre-
dor; tem relação direta com o direito de receber algo de um devedor.
Para um recurso ser considerado um ativo, deve ter potencial de serviço ou ca-
pacidade de gerar benefício econômico futuro. Se não tiver essas características, 
não deve ser reconhecido.
O potencial de serviços é a capacidade de prestar serviços que contribuam para 
alcançar os objetivos da entidade. O potencial de serviços possibilita, à entidade, al-
cançar os seus objetivos sem, necessariamente, gerar entrada líquida de caixa.
Os ativos com potencial de serviços podem ser representados pelos ativos de 
recreação, do patrimônio cultural, comunitários, de defesa nacional, aeroportos, 
pontes, viadutos, obras em andamento, hospitais e outros que sejam mantidos 
pelos governos e outras entidades do setor público e quesejam utilizados para a 
prestação de serviços a terceiros. Tais serviços podem ser para consumo coletivo 
ou individual.
Os benefícios econômicos correspondem a entradas de caixa ou a reduções 
das saídas de caixa. As entradas de caixa (ou as reduções das saídas de caixa) po-
dem derivar, por exemplo:
•	 da utilização do ativo na produção e na venda de serviços; ou
•	 da troca direta do ativo por caixa ou por outros recursos.
Os ativos com potencial econômico são aqueles que podem gerar, direta ou in-
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diretamente, caixa para a entidade. São exemplos de bens móveis as máquinas, 
aparelhos, equipamentos, ferramentas, bens de informática, materiais culturais, 
educacionais e de comunicação, veículos, bens móveis em andamento, imóveis re-
sidenciais, comerciais, edifícios, terrenos.
Controlado
Atualmente, ao avaliar se um item se enquadra na definição de ativo, deve-se 
atentar para a sua essência subjacente e realidade econômica e não apenas para 
sua forma legal. Dessa forma, a empesa não necessita ser proprietária de um bem 
(forma legal), basta controlá-lo (essência econômica).
Controle é diferente de propriedade. Controle está relacionado com correr riscos, 
se beneficiar, ter direito de uso e poder de decisão sobre o ativo. O controle do 
recurso envolve a capacidade da empresa em utilizar o recurso (ou controlar ter-
ceiros na sua utilização), de modo que haja a geração do potencial de serviços ou 
dos benefícios econômicos originados do recurso para a empresa. Propriedade é ter 
legalmente o direito sobre um bem.
De acordo com a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica, con-
trole é diferente de propriedade. O ativo deve ser registrado pela instituição que irá 
se beneficiar com ele.
É lógico que no patrimônio das empresas, muitos ativos estão associados ao di-
reito de propriedade ou ao direito legal sobre alguma coisa, contudo, ao determinar 
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a existência do ativo, o direito de propriedade não é essencial.
Guardem: a propriedade legal do recurso não é uma característica essencial de 
um ativo. No entanto, a propriedade legal é um indicador de controle.
Para avaliar se a entidade controla o recurso no presente, deve ser observada a 
existência dos seguintes indicadores de controle:
•	 propriedade legal;
•	 acesso ao recurso ou a capacidade de negar ou restringir o acesso a esses;
•	 meios que assegurem que o recurso seja utilizado para alcançar os seus 
objetivos; ou
•	 a existência de direito legítimo ao potencial de serviços ou à capacidade para 
gerar os benefícios econômicos advindos do recurso.
Assim, por exemplo, um imóvel ou uma máquina objeto de arrendamento mer-
cantil será um ativo da empresa arrendatária, sempre que a entidade controle os 
benefícios econômicos que são esperados que fluíssem do bem, mesmo ele sendo 
de propriedade legal da arrendadora (financeira).
Outro exemplo é o capital intelectual de um funcionário, este intangível somente 
será reconhecido quando a empresa possuir um direito legal sobre o que, normalmen-
te, é registrado em contrato de prestação de serviço por um tempo predeterminado.
Ao se avaliar o surgimento do direito de controle de recursos, os seguintes eventos 
devem ser considerados:
•	 a capacidade geral para exercer o poder;
•	 a constituição de poder por meio de lei, estatuto ou instrumento congênere;
•	 o exercício do poder de criar um direito; e
•	 o evento que dá origem ao direito de receber recursos de terceiros.
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Evento Passado
A definição de ativo exige que o recurso controlado pela entidade no presente tenha 
surgido de um evento passado, por meio de transação com ou sem contraprestação.
Um evento passado é um fato que tenha ocorrido e afetado diretamente a posi-
ção patrimonial da instituição pelo reconhecimento de um bem ou direito.
As entidades podem obter ativos por intermédio da sua compra em transação 
com contraprestação, exigindo um pagamento, bem como pelo seu desenvolvimen-
to ou produção interna.
Os ativos também podem surgir de transações sem contraprestação, quando 
não há a necessidade de se efetuar um pagamento, como no caso do recebimento 
de doação e, inclusive, por meio do exercício dos direitos soberanos de tributação.
O poder de tributar ou emitir licenças, acessar, restringir ou negar acesso aos 
benefícios oriundos de recursos intangíveis como, por exemplo, o espectro ele-
tromagnético (bandas de frequência de transmissões de telecomunicações), são 
exemplos dos poderes específicos do setor público e dos direitos que podem dar 
origem a ativos.
Na identificação de ativos, é importante diferenciar fato passado de compromisso 
futuro, pois a transação prevista para ocorrer no futuro não dá origem a ativos. 
Desse modo, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à 
definição de ativo. Assim, para um elemento ser reconhecido, deve ter havido um 
fato gerador e não um compromisso de compra.
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Passivo
O passivo representa o exigível de uma empresa. É conceituado da seguinte ma-
neira: é uma obrigação presente, derivada de eventos passados, cuja liquidação se 
espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.
Obrigação Presente
Obrigação presente é uma obrigação que ocorre por força de lei (obrigação legal 
ou obrigação legalmente vinculada) ou uma obrigação que não ocorre por força de lei 
(obrigação não legalmente vinculada), as quais não possam ser evitadas pela entidade.
As obrigações vinculadas podem originar-se tanto de transações com contra-
prestação quanto de transações sem contraprestação e devem estar relacionadas a 
um terceiro para poder gerar um passivo. Isso quer dizer que a entidade não pode 
obrigar a si mesma, mesmo quando tenha divulgado publicamente a intenção, de 
se comportar de determinado modo.
Obrigação legal é uma obrigação que deriva de um contrato (por meio de 
termos explícitos ou implícitos), de uma legislação ou por determinação da justiça.
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