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EDUCAÇÃO INCLUSIVA SUA LEGISLAÇÃO 2020 - Cópia

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: SUA LEGISLAÇÃO 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
O principal documento que serve de referência ao exercício da cidadania é a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi criada pela ONU em 1948. 
No dia 10 de dezembro de 1948, a Organização das Nações Unidas (ONU) – na ocasião 
composta por 58 Estados-membros, entre eles o Brasil – instituiu a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos. O documento define os direitos básicos do ser 
humano. Em seus trinta artigos, estão listados os direitos básicos para a promoção de uma 
vida digna para todos os habitantes do mundo independentemente de nacionalidade, cor, 
sexo e orientação sexual, política e religiosa. 
A declaração é um marco normativo que serve de pressuposto para as condutas de estatais 
e dos cidadãos. Os princípios nela contidos têm a função de inspirar e balizar o 
comportamento dos indivíduos. Vejamos a seguir o texto da declaração a partir de seus 
objetivos. 
Declaração de Jomtien 
De acordo com a Declaração de Jomtien, também chamada Declaração Mundial de 
Educação para Todos, seu objetivo é “satisfazer as necessidades básicas da aprendizagem 
de todas as crianças, jovens e adultos… e o esforço de longo prazo para a consecução 
deste objetivo pode ser sustentado de forma mais eficaz, uma vez estabelecidos objetivos 
intermediários e medidos os progressos realizados.” Dessa forma, os países participantes 
foram incentivados a elaborar Planos Decenais, em que as diretrizes e metas do Plano de 
Ação da Conferência fossem contempladas. No Brasil, o Ministério da Educação 
divulgou o Plano Decenal de Educação Para Todos para o período de 1993 a 2003, 
elaborado em cumprimento às resoluções da Conferência. 
É considerada um dos principais documentos mundiais sobre educação, ao lado da 
Convenção de Direitos da Criança (1988) e da Declaração de Salamanca de 1994. De 
acordo com a Declaração: “Cada pessoa – criança, jovem ou adulto – deve estar em 
condições de aproveitar as oportunidades educativas voltadas para satisfazer suas 
necessidades básicas de aprendizagem. Essas necessidades compreendem tanto os 
instrumentos essenciais para a aprendizagem (como a leitura e a escrita, a expressão oral, 
o cálculo, a solução de problemas), quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como 
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes), necessários para que os seres humanos 
possam sobreviver, desenvolver plenamente suas potencialidades, viver e trabalhar com 
dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, 
tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo.” 
Declaração de Salamanca 
 A Declaração de Salamanca foi constituída na Conferência Mundial sobre. 
Necessidades Educativas Especiais: acesso e qualidade, em junho de 1994, em 
Salamanca, na Espanha. 
 O evento foi realizado pela UNESCO e teve como objetivo formalizar a atenção 
educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais. Foi a primeira vez que 
se discutiu o direito à educação de forma tão organizada e nesta magnitude, no âmbito da 
educação especial. 
 Selecionamos alguns trechos da Declaração, que serviram como fundamentos para as 
políticas educacionais dos países participantes (inclusive o Brasil) apresentados por 
Hennemann (2012, s.p): 
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/onu.htm
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/cidadania.htm
 
❖ Todas as crianças, de ambos sexos, têm direito à educação, e deve ser dada a 
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, que são 
únicas; 
 
❖ Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de 
aprendizagem que são únicas; 
 
❖ Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais 
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade 
de tais características e necessidades; 
 
❖ As com necessidades educacionais especiais devem ter acesso às escolas comuns, 
que deverão integrá-las dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de 
atender a essas necessidades; 
 
❖ Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais 
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades 
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para 
todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das 
crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de 
todo o sistema educacional; 
 
❖ A Declaração se dirige a todos os governos, incitando-os a: 
 
❖ Dar a mais alta prioridade política e orçamentária à melhoria de seus sistemas 
educativos, para que possam abranger todas as crianças, independentemente de 
suas diferenças ou dificuldades individuais; 
 
❖ Adotar, com força de lei ou como política, o princípio da educação integrada, que 
permita a matrícula de todas as crianças em escolas comuns, a menos que haja 
razões convincentes para o contrário; 
 
❖ Criar mecanismos descentralizados e participativos, de planejamento, supervisão 
e avaliação do ensino de crianças e adultos com necessidades educativas 
especiais; 
 
❖ Criar mecanismos descentralizados e participativos, de planejamento, supervisão 
e avaliação do ensino de crianças e adultos com necessidades educativas 
especiais; 
 
❖ Promover e facilitar a participação de pais, comunidades e organizações de 
pessoas com deficiência, no planejamento e no processo de tomada de decisões, 
para atender a alunos e alunas com necessidades educacionais especiais; 
 
❖ Assegurar que, num contexto de mudança sistemática, os programas de formação 
do professorado, tanto inicial como contínua, estejam voltados para atender às 
necessidades educacionais especiais, nas escolas integradoras. 
 
DECLARAÇÃO DE GUATEMALA 
 
 Para os efeitos desta Convenção, entende-se por: 
1. Deficiência 
O termo "deficiência" “significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza 
permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades 
essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social”. E o 
termo discriminação contra pessoas com deficiência “significa toda a diferenciação, 
exclusão ou restrição baseada em deficiência, que tenham efeito ou propósito de impedir 
ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas portadoras de 
deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais” 
(HENNEMANN,2012,s.p.). 
É a primeira vez que se discute e se cria uma definição para estes termos. 
2. Discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência 
a) O termo "discriminação contra as pessoas portadoras de deficiência" significa toda 
diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, 
consequência de deficiência anterior ou percepção de deficiência presente ou passada, 
que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício 
por parte das pessoas portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades 
fundamentais. 
b) Não constitui discriminação a diferenciação ou preferência adotada pelo Estado Parte 
para promover a integração social ou o desenvolvimento pessoal dos portadores de 
deficiência, desde que a diferenciação ou preferência não limite em si mesma o direito à 
igualdade dessas pessoas e que elas não sejam obrigadas a aceitar tal diferenciação ou 
preferência. Nos casos em que a legislação interna preveja a declaração de interdição, 
quando for necessária e apropriada para o seu bem-estar, esta não constituirá 
discriminação. 
OBS: TERMO UTILIZADO ATUALMENTE; atualmente, 
o termo oficial e CORRETO que foi definido pela Convenção das Nações 
Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência é PcD que 
significa Pessoa com Deficiência, pois ele esclarece que há algum tipo de 
deficiência sem que isso inferiorize quem atem. Pessoa portadora de 
deficiência (PPD) ou Portador de Necessidades Especiais (PNE) são termos 
errados e devem ser evitados, uma vez que não transmitem a realidade como 
deveriam. 
 
MARCOS DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA 
 O debate sobre a Educação Especial e Inclusiva no Brasil, em especial no 
aspecto de incluir a todos em instituições de ensino regulares (ou seja, as que 
misturam alunos com e sem deficiência), tem sido intenso nos últimos anos. 
Atualmente, o MEC está revisando a atual Política Nacional de Educação Especial 
na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), que é de 2008. O texto proposto 
enfrenta forte oposição de alguns grupos de educadores que tratam do assunto, para 
quem a nova redação voltaria a estimular a volta da separação das pessoas com 
deficiência indo na contramão da perspectiva social - que aponta para a eliminação 
das barreiras e na promoção da acessibilidade, e não separação dos alunos com e 
sem deficiência. 
 Durante a elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a disputa se 
deu pela retirada do texto introdutório de detalhamentos sobre a Educação Inclusiva, 
um trecho que havia sido redigido por meio de contribuições de entidades e 
pesquisadores que trabalham com o tema. Além disso, o documento cita a 
necessidade de uma "diferenciação curricular", o que é repudiado por especialistas, 
por ser uma forma de discriminação. (Leia a íntegra da BNCC) 
BRASIL 
 
1961 – Lei Nº 4.024 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) fundamentava o 
atendimento educacional às pessoas com deficiência, chamadas no texto de 
“excepcionais” (atualmente, este termo está em desacordo com os direitos 
fundamentais das pessoas com deficiência). Segue trecho: “A Educação de 
excepcionais, deve, no que for possível, enquadrar-se no sistema geral de Educação, 
a fim de integrá-los na comunidade.” 
 
1988 – Constituição Federal 
 
O artigo 208, que trata da Educação Básica obrigatória e gratuita dos 4 aos 17 anos, 
afirma que é dever do Estado garantir “atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Nos artigos 
205 e 206, afirma-se, respectivamente, “a Educação como um direito de todos, 
garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a 
qualificação para o trabalho” e “a igualdade de condições de acesso e permanência 
na escola”. 
 
1989 – Lei Nº 7.853 
 
O texto dispõe sobre a integração social das pessoas com deficiência. Na área da 
Educação, por exemplo, obriga a inserção de escolas especiais, privadas e públicas, 
no sistema educacional e a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em 
estabelecimento público de ensino. Também afirma que o poder público deve se 
responsabilizar pela “matrícula compulsória em cursos regulares de 
estabelecimentos públicos e particulares de pessoas portadoras de deficiência 
capazes de se integrarem no sistema regular de ensino”. Ou seja: excluía da lei 
uma grande parcela das crianças ao sugerir que elas não são capazes de se 
relacionar socialmente e, consequentemente, de aprender. O acesso a material 
escolar, merenda escolar e bolsas de estudo também é garantido pelo texto. 
 
1990 – Lei Nº 8.069 
 
Mais conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Nº 8.069 garante, 
entre outras coisas, o atendimento educacional especializado às crianças com 
deficiência preferencialmente na rede regular de ensino; trabalho protegido ao 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4024.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
adolescente com deficiência e prioridade de atendimento nas ações e políticas 
públicas de prevenção e proteção para famílias com crianças e adolescentes nessa 
condição. 
 
1994 – Política Nacional de Educação Especial 
 
Em termos de inclusão escolar, o texto é considerado um atraso, pois propõe a 
chamada “integração instrucional”, um processo que permite que ingressem em 
classes regulares de ensino apenas as crianças com deficiência que “(. ..) possuem 
condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do 
ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos "normais” (atualmente, este 
termo está em desacordo com os direitos fundamentais das pessoas com 
deficiência). Ou seja, a política excluía grande parte dos alunos com deficiência do 
sistema regular de ensino, “empurrando-os” para a Educação Especial. 
 
1996 – Lei Nº 9.394 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em vigor tem um capítulo específico 
para a Educação Especial. Nele, afirma-se que “haverá, quando necessário, serviços 
de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela 
de Educação Especial”. Também afirma que “o atendimento educacional será feito 
em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a integração nas classes comuns de ensino 
regular”. Além disso, o texto trata da formação dos professores e de currículos, 
métodos, técnicas e recursos para atender às necessidades das crianças com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação. 
 
1999 – Decreto Nº 3.298 
 
O decreto regulamenta a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre a Política Nacional para 
a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência e consolida as normas de proteção, 
além de dar outras providências. O objetivo principal é assegurar a plena integração 
da pessoa com deficiência no “contexto socioeconômico e cultural” do País. Sobre 
o acesso à Educação, o texto afirma que a Educação Especial é uma modalidade 
transversal a todos os níveis e modalidades de ensino e a destaca como complemento 
do ensino regular. 
 
2001 – Lei Nº 10.172 
 
O Plano Nacional de Educação (PNE) anterior, criticado por ser muito extenso, tinha 
quase 30 metas e objetivos para as crianças e jovens com deficiência. Entre elas, 
afirmava que a Educação Especial, “como modalidade de Educação escolar”, deveria 
ser promovida em todos os diferentes níveis de ensino e que “a garantia de vagas no 
ensino regular para os diversos graus e tipos de deficiência” era uma medida 
importante. 
 
2001 – Resolução CNE/CEB Nº 2 
 
O texto do Conselho Nacional de Educação (CNE) institui Diretrizes Nacionais para 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf
a Educação Especial na Educação Básica. Entre os principais pontos, afirma que “os 
sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-
se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, 
assegurando as condições necessárias para uma Educação de qualidade para todos”. 
Porém, o documento coloca como possibilidade a substituição do ensino regular pelo 
atendimento especializado. Considera ainda que o atendimento escolar dos alunos 
com deficiência tem início na Educação Infantil, “assegurando-lhes os serviços de 
educação especial sempre que se evidencie, mediante avaliação e interação com a 
família e a comunidade, a necessidade de atendimento educacional especializado”. 
 
2002 – Resolução CNE/CP Nº1/2002 
 
A resolução dá “diretrizes curriculares nacionais para a formação de professores da 
Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena”. 
Sobre a Educação Inclusiva, afirma que a formação deve incluir “conhec imentos 
sobre crianças, adolescentes, jovens e adultos, aí incluídas as especificidades dos 
alunos com necessidades educacionaisespeciais”. 
 
2002 – Lei Nº 10.436/02 
Reconhece como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de 
Sinais (Libras). 
 
2005 – Decreto Nº 5.626/05 
Regulamenta a Lei Nº 10.436, de 2002 (link anterior). 
 
2006 – Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos 
 
Documento elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), Ministério da Justiça, 
Unesco e Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Entre as metas está a inclusão 
de temas relacionados às pessoas com deficiência nos currículos das escolas. 
 
2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) 
 
No âmbito da Educação Inclusiva, o PDE trabalha com a questão da infraestrutura 
das escolas, abordando a acessibilidade das edificações escolares, da formação 
docente e das salas de recursos multifuncionais. 
 
2007 – Decreto Nº 6.094/07 
 
O texto dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela 
Educação do MEC. Ao destacar o atendimento às necessidades educacionais 
especiais dos alunos com deficiência, o documento reforça a inclusão deles no 
sistema público de ensino. 
 
2008 – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva 
 
Documento que traça o histórico do processo de inclusão escolar no Brasil para 
embasar “políticas públicas promotoras de uma Educação de qualidade para todos 
os alunos”. 
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm
http://portal.mj.gov.br/sedh/edh/pnedhpor.pdf
http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/livro.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6094.htm
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf
 
2008 – Decreto Nº 6.571 
 
Dispõe sobre o atendimento educacional especializado (AEE) na Educação Básica e 
o define como “o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos 
organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à 
formação dos alunos no ensino regular”. O decreto obriga a União a prestar apoio 
técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino no oferecimento da modalidade. 
Além disso, reforça que o AEE deve estar integrado ao projeto pedagógico da escola. 
 
2009 – Resolução Nº 4 CNE/CEB 
 
O foco dessa resolução é orientar o estabelecimento do atendimento educacional 
especializado (AEE) na Educação Básica, que deve ser realizado no contraturno e 
preferencialmente nas chamadas salas de recursos multifuncionais das escolas 
regulares. A resolução do CNE serve de orientação para os sistemas de ensino 
cumprirem o Decreto Nº 6.571. 
 
2011 - Decreto Nº 7.611 
 
Revoga o decreto Nº 6.571 de 2008 e estabelece novas diretrizes para o dever do 
Estado com a Educação das pessoas público-alvo da Educação Especial. Entre elas, 
determina que sistema educacional seja inclusivo em todos os níveis, que o 
aprendizado seja ao longo de toda a vida, e impede a exclusão do sistema 
educacional geral sob alegação de deficiência. Também determina que o Ensino 
Fundamental seja gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de 
acordo com as necessidades individuais, que sejam adotadas medidas de apoio 
individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento 
acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena, e diz que a oferta de 
Educação Especial deve se dar preferencialmente na rede regular de ensino. 
 
2011 - Decreto Nº 7.480 
 
Até 2011, os rumos da Educação Especial e Inclusiva eram definidos na Secretaria 
de Educação Especial (Seesp), do Ministério da Educação (MEC). Hoje, a pasta está 
vinculada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e 
Inclusão (Secadi). 
 
2012 – Lei nº 12.764 
 
A lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno 
do Espectro Autista. 
 
2014 – Plano Nacional de Educação (PNE) 
 
A meta que trata do tema no atual PNE, como explicado anteriormente, é a de 
número 4. Sua redação é: “Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com 
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou 
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6571.htm
http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7611.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7480.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htmhttp:/www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm
http://www.observatoriodopne.org.br/
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas 
ou serviços especializados, públicos ou conveniados”. O entrave para a inclusão é a 
palavra “preferencialmente”, que, segundo especialistas, abre espaço para que as 
crianças com deficiência permaneçam matriculadas apenas em escolas especiais. 
 
2019 - Decreto Nº 9.465 
 
Cria a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação, extinguindo 
a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão 
(Secadi). A pasta é composta por três frentes: Diretoria de Acessibilidade, 
Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência; Diretoria de Políticas de 
Educação Bilíngue de Surdos; e Diretoria de Políticas para Modalidades 
Especializadas de Educação e Tradições Culturais Brasileiras. 
OBS:SECADI- Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade 
e Inclusão 
 
A LEGISLAÇÃO E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
ESPECIAL BRASILEIRA 
A história da Educação Especial no Brasil foi determinada, até o final do século XIX, 
pelos hábitos e informações vindos da Europa. O abandono de crianças com deficiências 
nas ruas era comum, assim como nas rodas dos expostos e portas de conventos e 
igrejas, o que criou uma institucionalização do cuidado dessas crianças por religiosas 
(MOREIRA,2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O PRIMEIRO MARCO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL FOI NO PERÍODO IMPERIAL 
 
O nome roda se refere a um artefato de madeira fixado 
ao muro ou janela do hospital, no qual era depositada a 
criança, sendo que ao girar o artefato a criança era 
conduzida para dentro das dependências do mesmo, 
sem que a identidade de quem ali colocasse o bebê fosse 
revelada. A roda dos expostos, que teve origem na Itália 
durante a Idade Média, aparece a partir do trabalho de 
uma Irmandade de Caridade e da preocupação com o 
grande número de bebês encontrados mortos. Tal 
Irmandade organizou em um hospital em Roma um 
sistema de proteção à criança exposta ou 
abandonada. As primeiras iniciativas de atendimento à 
criança abandonada no Brasil se deram, seguindo a 
tradição portuguesa, instalando-se a roda dos expostos 
nas Santas Casas de Misericórdia. Em princípio três: 
Salvador (1726), Rio de Janeiro (1738), Recife (1789) e 
ainda em São Paulo (1825), já no início do império. 
Outras rodas menores foram surgindo em outras cidades 
após este período. 
 
 
 
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/57633286
Em 1891 a escola passou a se chamar Instituto Benjamin Constant - IBC. Em 1857, D. 
Pedro II também criou o Instituto Imperial dos Surdos-Mudos. A criação desta escola 
deve-se a Ernesto Hüet que veio da França para o Brasil com os planos de fundar uma 
escola para surdos-mudos. 
 
 
 
 Na mesma época, em 1857, D. Pedro II criou Instituto Imperial dos Surdos-Mudos. 
 
A história da nossa língua de sinais se mistura com a história dos surdos no Brasil. Até 
o século XV os surdos eram mundialmente considerados como ineducáveis. ... Em 1857, 
Huet veio ao Brasil a convite de D. PedroII para fundar a primeira escola para surdos do 
país, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos. 
__ INES. Ainda no período imperial, em 1874, iniciou-se o tratamento de deficientes 
mentais no hospital psiquiátrico da Bahia (hoje hospital Juliano Moreira) 
(MOREIRA,2013,s.p.). 
 
 
Em 1889,após a Proclamação da República, a deficiência mental ganha destaque nas 
políticas públicas, “porque acreditavam que esta deficiência pudesse implicar em 
problemas de saúde- uma vez que era vista como problema orgânico e a relacionavam 
com a criminalidade, além de temerem pelo fracasso escolar”, segundo 
Moreira(2013,s.p.). Mais tarde, por volta de 1930, surgiram diversas instituições privadas 
para cuidar da deficiência mental. 
Assim, temos dois momentos históricos: no primeiro, “durante o Brasil Império, as 
pessoas com deficiências mais acentuadas, impedidas de realizar trabalhos braçais na 
agricultura ou serviços de casa, eram segregadas em instituições públicas”. As demais, 
com deficiências leves, “conviviam com suas famílias e não se destacavam muito, uma 
vez que a sociedade, por ser rural, não exigia um grau muito elevado de desenvolvimento 
cognitivo”. No segundo momento “ ao mesmo tempo em que surgia a necessidade de 
escolarização entre a população, a sociedade passa a conhecer o deficiente como um 
indivíduo que, devido às suas limitações, não podia conviver nos mesmos espaços sociais 
que os normais” __por isso, deveria, portanto, estudar em locais apropriados, e só “seriam 
aceitos na sociedade aqueles que conseguissem agir o mais próximos da normalidade 
possível, sendo capaz de exercer as mesmas funções” ( MOREIRA,2013,s.p.). Acontece, 
neste período, o desenvolvimento da psicologia voltada para educação, o surgimento das 
instituições privadas e das classes especiais. 
 
Consequentemente, a legislação é adaptada a esta nova realidade. Destacamos, 
anteriormente, o aspecto da garantia dos direitos das pessoas com deficiência. Agora, 
vamos destacar legislação específicas da área educacional, com informações baseadas em 
Moreira (2013). 
 
1961 
LEI Nº 4.024 
A antiga Lei de Diretrizes e Bases da Educação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Brasileira, previa o direito dos excepcionais à educação, de preferência, no sistema 
regular de ensino. A intenção prevista era de integrada, conforme as possibilidades, todos 
os alunos, com deficiências ou não. Além disso, incentivavam- se iniciativas privadas 
para que também oferecessem ensino para alunos com dificuldades. 
 
1971 
LEI Nº 5.692 
Modificou a LDBEN de 1961 e estabeleceu tratamento especial para alunos com 
deficiências físicas e mentais com atraso relacionado à idade regular de matrícula, e, aos 
considerados superdotados. Afinal, não organizou um sistema de ensino eficaz para 
atender às necessidades educacionais especiais, reforçando, assim, as classes e escolas 
especiais. 
 
1973 
CRIAÇÃO DO CENESP 
Criado pelo MEC, o Centro Nacional de Educação Especial- passou a ser responsável 
pela supervisão da educação especial no Brasil, fomentado ações assistencialistas 
direcionadas às pessoas com deficiência e às pessoas com superdotação. 
 
1988 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Um dos objetivos básicos, da Constituição Federal de 1988 é “ Promover o bem de todos, 
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas d e 
descriminação”, determinando a educação como um direito de todos, garantindo o 
desenvolvimento integral da pessoa, promovendo o exercício da cidadania e a preparação 
para o trabalho, instituindo a “ Igualdade de condições de acesso e permanência na 
escola”. Estabelece como obrigações do Estado, a oferta do atendimento educacional 
especializado, de preferência, no ensino regular (ART.208). 
 
1989 
LEI Nº 7.853 
Esta lei estabelece normas gerais para assegurar os direitos das pessoas portadoras de 
deficiências, e sua efetiva integração social. As normas desta Lei visam garantir às 
pessoas portadoras de deficiência as ações governamentais necessárias o pleno exercício 
de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, 
à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade. 
1990- DECLARAÇÃO DE JOMTIEN 
Estabelece o fim de preconceitos e estereótipos de alguma natureza na educação, sendo 
ela um direito fundamental de todos- mulheres ou homens, de todas as idades do mundo 
inteiro. O Brasil, ao assinar esta declaração assumiu a obrigação de erradicar o 
analfabetismo e expandir o ensino fundamental. 
1994- POLÍTICA NASCIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL 
Refirmou os pressupostos de participação e aprendizagem, mas não reformulou as 
práticas educacionais no ensino comum, mantendo a responsabilidade da educação para 
os alunos com necessidades especiais, na educação especial. 
1994- LEI Nº 8859 
Estendeu aos alunos de ensino especial, a possibilidade de atividades de estágio. 
 
1994 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA 
 
A Declaração de Salamanca ampliou o conceito de necessidades educacionais especiais, 
incluindo todas as crianças que não estejam conseguindo se beneficiar com a escola, seja 
por que motivo for. Assim, a ideia de “necessidades educacionais especiais” passou a 
incluir, além das crianças portadoras de deficiências, aquelas que estejam experimentando 
dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo 
continuamente os anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas 
ruas, as que moram distantes de quaisquer escolas, as que vivem em condições de extrema 
pobreza ou que sejam desnutridas, as que sejam vítimas de guerra ou conflitos armados, 
as que sofrem de abusos contínuos físicos, emocionais e sexuais, ou as que simplesmente 
estão fora da escola, por qualquer motivo que seja. 
1994- PORTARIA MEC Nº 1.793 
Aconselha a inserção das disciplinas de Aspectos Ético- Político- Educacionais nos 
cursos de Pedagogia e em todas as licenciaturas. 
1996- LEI Nº 9.394- ATUAL LEI DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
Os sistemas de ensino precisem garantir aos alunos, currículo, método, recursos e 
organização específicos para acolher às suas necessidades; e a aceleração de estudos aos 
superdotados para conclusão do programa escolar. Ainda prevê oferta de educação, de 
preferência, no sistema regular para os alunos deficientes, a oferta de serviço e apoio 
especializado, a oferta de ensino na educação infantil e diminui o atendimento em classe 
e/ou escolas especiais, aos alunos cuja deficiência não permite a integração na rede 
regular. Assim, a rede regular começou a matricular os deficientes nas salas comuns. 
1999- DECRETO Nº3.298 
Estabelece a Lei nº 7.853/89, que dispõe sobre a Politica para a Integração da Pessoa 
Portadora de Deficiência, reafirmando a educação especial como categoria de ensino que 
pode promover o desenvolvimento de pessoas com necessidades especiais. 
2001- DECLARAÇÃO INTERNACIONAL DE MONTEREAL SOBRE 
INCLUSÃO 
Institui que o acesso a todos os espaços da vida é uma condição para que os direitos 
humanos sejam efetivados, considerando que uma sociedade inclusiva é a essência do 
desenvolvimento social sustentável. 
2001- PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO- PNE, LEI Nº 10.172 
Estabelece objetivos e metas para que os sistemas de ensino defendam o atendimento às 
necessidades educacionais especiais dos alunos. Diminuindo o déficit da oferta de 
matriculas para alunos com deficiência nas escolas comuns do ensino regular, priorizando 
a formação docente, a acessibilidade física e o atendimento educacional especializado. 
2002- LEI 10.436 
Reconhece a Libra (Língua Brasileira de Sinais) com língua oficial no país, justamente 
com o Português. 
 
2002- RESOLUÇÃO CNE/CP 01 
Constitui a Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da 
Educação Básica e determina que as instituições de Ensino Superior devam antever, em 
sua organização curricular, aformação docente direcionada a diversidade, contemplando 
conhecimentos sobre os alunos com necessidades educacionais especiais. 
2002- PORTARIA MEC 2.678 
Estabelece diretrizes e normas para o uso, o ensino, a produção e a programação do 
Sistema Braile em todas as modalidades de ensino, abrangendo o projeto da Grafia Braile 
para a Língua Portuguesa e a sugestão para o seu uso em todos os países 
 
2004- LEI Nº 10.845 
Garante o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado ás 
Pessoas Portadoras de Deficiência (PAED), com fins principais de avaliar a 
universalização do atendimento especializado de alunos com deficiência, cuja condição 
não consista a integração em classes comuns de ensino regular e garantir, 
progressivamente, a admissão dos educandos com deficiência nas salas comuns de ensino 
regular 
2006- CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM 
DEFICIÊNCIA(CDPD) 
A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada pela ONU em 13 
de dezembro de 2006, em reunião da Assembleia Geral para comemorar o Dia 
Internacional dos Direitos Humanos, é um marco para muitos militantes da justiça e 
equidade sociais e para seu público destinatário. Outro benefício muito importante 
concedido à pessoa com deficiência é a aposentadoria especial. Contudo, para 
ter direito a ela, é necessário que a deficiência física, mental ou sensorial dificulte a 
participação da vida em sociedade, ou impeça o cidadão de disputar vários tipos de 
oportunidades com as demais pessoas. 
2009- RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 04 
Estabelece Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na 
Educação Básica, na Educação Especial. 
2011- META 4 DO NOVO PLANO NASCIONAL DE EDUCAÇÃO 
O Plano Nacional de educação(PNE 2011-2020), com o objetivo de articular 
nacionalmente os sistemas de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, 
objetivos, metas e suas respectivas estratégias de implementação, de forma a assegurar a 
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades, 
por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas, é 
composto por 12 artigos e um anexo com 20 metas para a Educação, e tem como foco a 
valorização do magistério e a qualidade da Educação. Para quem defende a inclusão plena 
em escolas regulares do sistema público de ensino, tal escrita legitima a exclusão da 
população com deficiência da rede comum de ensino, permitindo a triagem de alunos para 
o acesso na escola e traz de volta a separação em escolas e classes especiais. 
2012- LEI Nº 12.764 
Berenice Piana é uma militante brasileira, coautora da lei 12.764, sancionada em 28 de 
dezembro de 2012, que leva seu nome: a Lei Berenice Piana, que instituiu a Política 
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista. Esta 
lei reconhece o autismo como uma deficiência, estendendo aos autistas, para efeitos 
legais, todos os direitos previstos para pessoas com algum tipo de deficiência. 
Berenice é mãe de três filhos, sendo o caçula autista, o que lhe motivou à luta em defesa 
das pessoas com esse transtorno. Por conta disso, ela idealizou a primeira clínica Escola 
do Autista do Brasil, implantada em Itaboraí, no Rio de Janeiro, em abril de 2014, além 
de participar da criação de leis em defesa do autista em vários municípios e estados 
brasileiros. Esta lei reconhece o autismo como uma deficiência, instituindo a Política 
Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtornos do Espectro Autista e 
prevê a participação da comunidade na formulação das políticas públicas voltadas para 
os autistas, além da implantação, acompanhamento e avaliação da mesma. 
Por considerado os autistas como pessoas com deficiência, todos os direitos das pessoas 
com deficiência também passam a acolher as pessoas com esse transtorno. Assim, as 
pessoas com Transtorno do Espectro Autista e sua família passam a poder utilizar todo 
o serviço que a Assistência Social tem a oferecer no município onde reside. Também tem 
o direito à educação com atendimento especializado garantido pelo Estado. 
Com a Lei, fica assegurado o acesso a ações e serviços de saúde, incluindo: o diagnóstico 
precoce, o atendimento multiprofissional, a nutrição adequada e a terapia nutricional, os 
medicamentos e as informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento. Da mesma 
forma, a pessoa com autismo terá assegurado o acesso à educação e ao ensino 
profissionalizante, à moradia, ao mercado de trabalho e à previdência e assistência social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/28_de_dezembro
https://pt.wikipedia.org/wiki/2012
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Berenice_Piana
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtornos_do_espectro_autista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtornos_do_espectro_autista
https://pt.wikipedia.org/wiki/Transtornos_do_espectro_autista
 
 
EDUCAÇÃO INCLUSIVA SUA LEGISLAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO ESPECIAL 
 
PROFESSORA: CLEUZELY APª CORRÊA DO PRADO 
 
TURMA MAGISTÉRIO 3º ANO

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