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Resenha - A insuperável separação entre ser e dever ser em Hans Kelsen e a negação de tal distinção pela tradição jusnaturalista

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“A insuperável separação entre ser e dever ser em Hans Kelsen e a negação de tal distinção pela tradição jusnaturalista”
SEARA FILOSÓFICA. N.7, Verão,2013,p65-75, 
O artigo traz o debate sobre a epistemologia de Hans Kelsen, de uma forma simplificada, dividido a temática em dois pontos a serem analisados. O primeiro trata a tese de Kelseniana para os conceitos, no segundo ponto trata da refutação do autor às teses opostas. 
O artigo traz a analise em um primeiro momento sobre a distinção entre o ato e seu significado, a norma hipotética fundamental, a ordem e as normas, ou seja, a distinção entre um fenômeno natural, um ser, e um sentido deste fenômeno, um dever ser. Sendo o primeiro ato (ser),uma manifestação externa da conduta humana o qual se apresenta em um tempo e espaço, já o segundo ato (dever ser), é uma distinção familiar aos juristas, onde o ato não poder confundido com o significado desta ato. Pois as normas jurídicas não são atos e sim o sentido dos mesmos, ou seja, sua interpretação e percepção. 
A compreensão das especialidades do ato de vontade é algo de fundamental importância para a Teoria pura, não sendo o mesmo propriamente jurídico, mas sim o ato do mundo ser, que fazendo este parte da ciência, ao jurídico a interpretação do dever ser.
Para Kelsen a origem do direito não está contraposta entre a distinção entre o natural, pois sua norma tem na sua origem atos de vontade que se realizem no tempo e espaço que são compostas pela manifestação externas da conduta humana, sendo a norma a expressão de uma vontade. 
Kelsen demonstra em sua teoria que a norma surge a partir do ato de vontade, de um ser, não sendo a mesma derivada deste ser, sendo a mesma composta pelo sentido da manifestação humana. Kelsen expressa que a diferença entre ser e dever ser não poder ser explicada pelo método de justificação, pois é um dado imediato da nossa consciência. 
Kelsen considera que a norma e normal, ser e dever ser é uma pratica dos seres humanos religiosamente orientados, não tendo nada haver com uma norma, o que para ele resulta no principal argumento do jusnaturalita. O mesmo considera um problema tentar justificar através da moral ou jurídico algo que o mesmo considera natural do comportamento humano. Ficando clara sua contestação à hipótese jusnaturalista, que considera ação humana como norma natural do seu comportamento, ou seja, o dever ser.
Em um segundo momento o artigo em analise nos traz a exposição sobre a negação do dualismo entre ser e dever ser, onde se supõe que o ser esteja implicado no dever-ser ou o dever-ser no ser.
Esta negação do dualismo entre ser e dever-ser para Kelsen tem Platão como responsável na Teoria geral das normas, que traz a identificação do ser e como dever-ser através da comparação entre o “bem” e o “verdadeiro”, sendo esta a idéia descrita por Platão. A idéia do bem é descrita por Platão como a própria idéia do verdadeiro. O que diante da visão Kelseniana não dever resolvido pela ciência do direito e sim pela psicologia.
Na visão do autor estas afirmações entre valores subjetivos como valores objetivos, ou seja, não visão da diferença entre o ser e o dever ser platônico é uma forma dos seres humanos de tal época que diz respeito à vontade de justificar seu comportamento., expressões de emoções, desejos e anseios, através da função de seu intelecto , pensamento .
Kelsen sustenta que a homoafetividade reprimida de Platão e Sócrates são responsáveis pela criação de um espaço emocional e comportamental, mas pretensamente racional, sendo a negativa do mundo real derivada da perturbação sexual de Platão.
Assim descreve a idéia absolutista de justiça socrático-platônica e cristã nada mais seria que uma forma de vontade de poder, principalmente no que diz respeito ao comportamento sexual. Perante a interpretação de Aristóteles o qual interpretou ser e dever-ser de forma essencial para a sua teoria do direito natural, Kelsen a considerou como moralmente boa.
Mas para a interpretação monista entre ser e o dever-ser de Kelsen foi fundamental o filosofo Kant, pois Kelsen classificou a teoria kantiana como defesa do cristianismo protestante e puritano, presentes nos termos ais quais, comportamento natural e normal, a narrativa de Kelsen classifica a teoria kantiana apenas como uma abstração da própria sociedade e cultura inseridas em regras de comportamento nada universais, assim na teoria de Kant na visão de Kelsen um ser obtém um dever-ser considerado natural devido as particularidades da razão pratica derivadas de um dever ser moral através da moralidade a priori, o que segundo Kelsen não poderia formar uma ética e uma filosofia do direito. 
O autor apresentou os pensamentos de outros filósofos como forma de rebater a teoria de kelsen a qual para o mesmo não é uma verdade absoluta.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A leitura do descrito no texto nos traz a observância do conceito entre fatos e os significado do mesmo na visão kelsiniana, para o filósofo o ser é um fato real, e o dever-ser por sua vez é um fato real que possui significado perante a norma jurídica.
Diante da narrativa do autor fica demonstrada as diferenças questionadas entre as teorias. As teses humiana e neokantiana apresentadas assim como as hipóteses de monismo entre o ser e dever ser. Kelsen separou o mundo do ser, como pertencente a ciências naturais, e o dever-ser, para ele esta o Direito. A norma impõe a conduta que um indivíduo deve assumir em determinadas situações, ou seja, expressa o dever ser, fazendo com que o indivíduo aja em razão da imputação por ela imposta. O filósofo evidência nos ainda que as questões não racionais que se incluem as emoções e que pertences as teorias platônicas são assuntos pertinentes a psicologia e psicologia, Kelsen classifica a ciência jurídica como norma.

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