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Contratos Administrativos
m a t e r i a l d e a p o i o
Gestão e Fiscalização de 
Contratos Administrativos
Ibegesp
. o r g . b r
Qual a importância de um Contrato Administrativo
O Contrato Administrativo tem a função do progressivo e importante incremento da 
atuação do Estado que precisou se valer de contratos para repassar à iniciativa privada 
a realização de determinados serviços, com regulação específica própria, circunscrita 
por uma dupla exigência: as peculiaridade funcionais da Administração como 
organização, e as peculiaridades derivadas do interesse público e da posição dominante 
da Administração, surgindo no seu regime contratual a própria observância do regime 
jurídico administrativo com a definição em duas palavras: PRERROGATIVAS E 
SUJEIÇÕES.
Com a necessidade de serviços de terceiros (por não possuir condições de sozinha, por 
seus próprios meios, atender às suas necessidades), a Administração Pública se 
socorre do mercado, por meio do procedimento licitatório, procedimento este regulado 
pela Lei federal 8.666/93 e legislação estaduais e municipais específicas.
Instaurar uma licitação significa dar a mesma oportunidade para todos que queiram com 
a Administração celebrar um ajuste e, obviamente, desde que preencham as condições 
de qualificação exigidas na lei.”
Alteração Unilateral do Contrato
Os contratos administrativos poderão ser modificados unilateralmente, com as devidas 
justificativas da Administração Pública. A alteração unilateral limita-se ao objeto e às 
cláusulas regulamentares, o artigo 65 da Lei n° 8.666/93 traz os argumentos para a 
alteração unilateral. Assim, o particular que contrata com o Estado não terá direitos 
permanentes no que se refere ao objeto e às cláusulas regulamentares.
Toda e qualquer alteração unilateral do contrato deve manter o equilíbrio financeiro 
inicial, sob pena de enriquecimento ilícito do Estado. O contratado fica obrigado a 
aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se 
fizeram nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor 
inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de 
equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos (artigo 
65, § 1° e § 2°). Explicamos que nenhum acréscimo ou omissão poderá exceder estes 
limites, sob pena de nulidade do ato administrativo.
Equilíbrio Financeiro
É a relação que as partes entram em acordo inicialmente sobre os encargos do 
contratado e a atribuição da Administração para a correta remuneração pela execução 
do objeto do contrato. O equilíbrio financeiro tem por objetivo a manutenção do equilíbrio 
econômico inicialmente acordados no contrato, na suposição de ultrapassar fatos 
inesperados, ou previsíveis de consequências incalculáveis, impeditivos da execução do 
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior ou caso fortuito (artigo 65, § 6°).
Quando houver alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, 
a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro 
inicial, mesmo que a alteração atinja somente o objeto do contrato.
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Reajustamento de Preços
Reajustamento de preços é o aumento do valor pactuado no contrato e previsto no edital de 
licitação, que visa compensar perda decorrente da desvalorização da moeda ou da elevação 
dos custos relativos ao objeto. O índice de reajuste de preço deve ser previsto no edital e no 
contrato de licitação, sob pena de não alterar esta cláusula até o seu término, pois não trata de 
faculdade da Administração e sim de acordo contratual que deve ser observado e aplicado 
quando de sua aquisição. O reajustamento de preços decorre de hipótese de fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, como, por exemplo, a 
desvalorização da moeda ou o aumento real dos custos.
Exceção de Contrato não Cumprido
A exceção de contrato não cumprido impede ao contratado cessar a execução do objeto 
contratual por inadimplência do Estado. O contrato de Direito Privado permite ao contratado a 
paralisação da execução do objeto por inadimplência do contratante, fato este que o distingue 
do contrato administrativo porque sempre há, no seu objeto, um serviço de natureza pública 
outorgada a um terceiro a sua execução. Assim, em face do princípio da continuidade dos 
serviços públicos, não permite sua paralisação pelo contratado. Caso haja prejuízos pela 
inadimplência do Estado, será o contratado indenizado, se comprovados. O que não se permite 
é a suspensão da execução dos serviços decorrentes de fatos menores e suportados pelo 
contratado.
O atraso superior a 90(noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes 
de obras, sérvios ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em 
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, faculta ao 
contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja 
normalizada a situação (artigo 78, XV).
Controle do Contrato
O controle ou fiscalização do contrato compete à Administração e, segundo Hely Lopes 
Meirelles, consiste em supervisionar, acompanhar, fiscalizar e intervir na execução do contrato 
para garantir o seu fiel cumprimento por parte do contratado (artigo 58, III).
Exigências de Garantia
Poderá a Administração, se prevista no edital de licitação, exigir prestação de garantia nas 
contratações de obras, serviços e compras (artigo 56). As modalidades de garantias 
apresentadas pela Lei de Licitação são caução em dinheiro ou títulos da dívida pública, seguro-
garantia e fiança bancária. Faculta ao contratado optar por quaisquer destas modalidades (§ 1°).
A garantia não excederá a 5% (cinco por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado 
nas mesmas condições daquele (§ 2°). Todavia, se o contrato tiver como objeto obras, serviços 
e fornecimentos de grande vulto, envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros 
consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade 
competente, o limite de garantia poderá ser elevado para até 10 % (dez por cento) do valor do 
contrato (§ 3°).
Será a garantia prestada pelo contratado restituída após a execução do contrato, e, quando em 
dinheiro, atualizada monetariamente (§ 4°).
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Além da definição da data de liberação da Ordem de Serviço, no contrato deve constar o acordo 
de execução do objeto contratual. Existem três maneiras de executar a obra ou serviço: 
Empreitada
É a execução da obra ou serviço por conta e risco apenas da Contratada.
É dela toda a responsabilidade pela execução do serviço.
Neste tipo de execução do objeto contratual, a remuneração é previamente ajustada por: Preço 
global - Exemplo: construção de um prédio, onde todo material estará discriminado e incluso no 
contrato, com um único preço.
Preço unitário - Exemplo: valor por m2 de azulejo assentado em uma obra.
Empreitada Integral (turn key - "porteira fechada")
Neste caso, a Administração não participa da execução do contrato por parte da Contratada. 
Compete à Contratada providenciar todo o planejamento, para que possa executar e entregar o 
projeto pronto e com qualidade.
"Quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as 
etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da 
Contratada até a sua entrega ao contratante, em condições de entrada em operação..."(Art 6, 
VIII, e)
Tarefa
Regime de execução para pequenos serviços ou obras, com ou sem fornecimento de materiais, 
como por exemplo:
- reforma de um banheiro
- conserto de algum equipamento etc.
Referências Bibliográficas
GASPARINI, Diógenes. DireitoAdministrativo. Ed. Saraiva: São Paulo, 1995.
JUSTEN FILHO, Marçal. Comentários à lei de licitações e contratos administrativos. Ed. Aide, Rio de Janeiro, 1995.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. Malheiros Editores: São Paulo, 2004.
___________, Hely Lopes. Licitação e contrato administrativo. Malheiros Editores: São Paulo, 1999.
MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. Malheiros Editores: São Paulo, 2002.
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