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CEDERJ Pólo: Paracambi Aluna: Vanilza Mariano de Oliveira. Matrícula: 17113110322 Disciplina: Sociologia Organizacional Atividade III 2020_1 Usando como base as leituras indicadas dos capítulos do Livro "A Corrosão do Caráter" (Richard Sennett) e do capítulo "Controle organizacional no processo capitalista de produção" (Alves e Oliveira), escreva um texto respondendo à seguinte questão: quais os principais impactos do moderno capitalismo do século XX sobre os indivíduos e as organizações? O grande impacto do moderno capitalismo do século XX foi ter trazido pelas transformações novas técnicas e novo modo de produção. As máquinas passaram a ser utilizadas em larga escala, tornando ultrapassados os métodos de produção anteriores, de caráter artesanal, Esse processo ficou conhecido como a Revolução Industrial, que teve o seu início na Inglaterra. A economia durante esse período estava baseada no liberalismo econômico, onde o seu principal pensador foi Adam Smith, que defendia o Estado Mínimo e a não intervenção estatal na economia. Segundo ele, a lei de oferta e procura e a competição do mercado garantiriam melhores resultados para a sociedade como um todo. A divisão da sociedade em classes consolida e dá continuidade do sistema capitalista. De um lado encontram-se aqueles que são os proprietários dos meios de produção e do outro, encontram-se aqueles que vivem de sua foça de trabalho, através do recebimento de salários, a classe dos proletários. Karl Max foi o pensador que melhor explicou o funcionamento do modo de produção capitalista através das classes sociais, ou seja, “as lutas de classes”. O modo de produção capitalista faz com que o trabalhador não seja consciente do seu papel na sociedade, chamado por Marx de “alienação” e fazem com que ele seja apenas um espectador e não um cidadão ativo. Para Marx, o trabalho é a forma como o ser humano constrói sua identidade ao superar obstáculos comuns diários, através de sua imaginação e capacidade de produção. O desenvolvimento da cultua fundamentou-se no trabalho e a sua humanização resulta em um bem-estar geral. O trabalho alienado surge a partir do momento em que o trabalhado pede a posse dos meios de produção e passa a ser compreendido como parte da linha de produção, como máquinas e ferramentas, assumindo uma única função fundamental que é gerar lucro para o proprietário. O lucro tem como base a exploração do trabalho e o processo de mais valia. O trabalhador tem parte do que produz apropriado de forma indevida pelo capitalista. É a alienação socioeconômica, onde a fragmentação do trabalho industrial produz a fragmentação do sabe humano. A alienação torna-se um problema de legitimidade do controle social, proporcionando um vazio existencial. A falta de consciência própria, onde o indivíduo perde sua identidade, seu valor, seus interesses e sua vitalidade, tornando-se uma pessoa alheia a si mesmo. Na história de Enrico e Rico o autor apesentou a realidade do capitalismo moderno do século XX, onde os anseios de uma geração, do Enrico, se diferem dos de Rico, de outra geração mesmo esse sendo educado pelo pai. As diferenças de forma de pessoas e de atuar causadas pelo tempo decorrido entre as duas gerações e a sociedade. . A diferença entre pai e filho é fundamentalmente que antes se trabalhava em um trabalho para toda a vida e se poupava para que os filhos saíssem adiante, e agora às mudanças na vida trabalhista de um indivíduo é muito grande, e já não se poupa porque a economia do consumismo desequilibrado não permite. A busca deste período era subir de classe, ascender socialmente e economicamente. E inclusive chegando a envergonhar-se da classe social a que pertence ou pertenciam teus pais, chegando a ocultar as suas raízes, ou seja, a sua própria identidade. As mudanças das estruturas hierárquicas das empresas para a estrutura em rede, estão debilitando os relacionamentos trabalhistas e o trabalho em grupo já não funciona como antes, a lealdade e o companheirismo se estão perdendo e a cada indivíduo pensa em si mesmo, sem olhar ao que tem ao lado. O que marca a sociedade é a busca de flexibilidade nos trabalhos e a adaptação do espaço, tempo no âmbito trabalhista motivado pelos contratos a tempo parcial ou por obra e serviço. Em relação à rotina do trabalho, Taylor no seu plano de implantar nas fábricas de Ford Motor Company as correntes de montagem, o que fez foi calcular o tempo que demoravam os empregados em mudar de ferramentas e em ir de um setor da fábrica até o outro. Então, propôs que a cada trabalhador fizesse a mesma operação, que se especializasse em uma tarefa determinada, assim reduziria o tempo morto e produziria mais. A partir deste momento surgem teorias a respeito do bem ou mal que este método produz para a empresa, para o trabalhador e consequentemente para a sociedade. Diderot usa uma fábrica de papel como exemplo, onde diz que com a repetição e o ritmo de trabalho, o trabalhador pode atingir a unidade da mente e do corpo, acreditando que a rotina de trabalho pode fazer com que uma fábrica tenha mais produtividade, através de atividades repetitivas. Adam Smith diz que um trabalhador dedicado a uma única atividade de toda produção aplaca o caráter. Que a rotina é autodestrutiva e os trabalhadores não se sentem importantes, pelo qual a produtividade reduzirá. Comenta que a livre circulação do dinheiro criaria grandes empresas e uma divisão do trabalho mais complicada. Segundo ele, a lei de oferta e procura e a competição do mercado garantiriam melhores resultados para a sociedade como um todo. Marx acrescenta ao que diz Smith, que um sistema que consistia em que os trabalhadores de um verdadeiro local realizavam um trabalho diferente a cada dia, dependendo do tempo que fizesse ou das condições de seu meio. Dependeria da demanda ou da natureza, em vez de estar sem trabalhar, pois aproveitam os recursos disponíveis. A isto se chama Especialização Flexível, porque se produzem produtos mais variados a cada vez mais rápido. Assim, não se entra em rotina por está a cada dia fabricando produtos diferentes. A diversidade do trabalho faz com que o trabalhador se sinta com um maior interesse em desenvolver determinada atividade.
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