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INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO IUESO . PLANO DIRETOR GOIÂNIA 2018. INSTITUTO UNIFICADO DE ENSINO SUPERIOR OBJETIVO IUESO PLANO DIRETOR Trabalho sobre Plano Diretor, Profª. , Disciplina: Arquitetura e Urbanismo, 7º período, Engenharia Civil, Sala 312 Noturno. GOIÂNIA 2018. Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................. 4 2. PLANO DIRETOR (CAROLINE FARIA). ........................................... 5 3. O QUE É PLANO DIRETOR (RENATO SABOYA).Erro! Indicador não definido. 4. PLANO DIRETOR: COMO É FEITO E PARA QUE SERVE ............. 7 5. CENTRALIDADE DO PLANO DIRETOR NO PLANEJAMENTO DAS CIDADES BRASILEIRAS ................................................................................. 8 6. AFINAL O QUE É ENTÃO O PLANO DIRETOR (FLÁVIO VILLAÇA)........... ................................................ Erro! Indicador não definido. 7. QUANTO AO PRODUTO: O QUE É AFINAL UM PLANO DIRETOR........... ................................................ Erro! Indicador não definido. 8. QUANTO AO PROCESSO: COMO SE FAZ UM PLANO DIRETOR........... ............................................................................................. 10 9. QUANTO AO PROPÓSITO: PARA QUE SERVE AFINAL UM PLANO DIRETOR........... ................................... Erro! Indicador não definido. 10. LEIS E DECRETOS DO PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA. ............. 10 11. CONCLUSÃO ................................................................................. 11 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 12 4 1. INTRODUÇÃO Após um diagnóstico aprimorado envolvendo fatores físicos, sociopolíticos, que abrangem a economia e administração como um todo em determinada região em que se houveram os estudos através de uma realidade científica, obtém-se resultados satisfatórios ou não, para identificar tanto falhas, qualidades ou em que pontos deverá haver melhorias nos aspectos identificados. Somente a partir destes processos é que se pode dar continuidade ao chamado Plano Diretor, que condiz com a organização e padronização urbanística, visando benefícios sejam a longo ou curto prazo, para um chamado ‘’bem social comum’’, acessível a todos, após o processo de aprovação das leis após os estudos e definições em questão. 5 2. PLANO DIRETOR O plano diretor é um instrumento da política urbana instituído pela Constituição Federal de 1988, que o define como “instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.”, e é regulamentado pela Lei Federal n.º10.257/01, mais conhecida como Estatuto da Cidade, pelo Código Florestal (Lei n.º4.771/65) e pela Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei n.º 6.766/79). A Constituição lega aos municípios, através do plano diretor, a obrigação de definir a função social da propriedade e ainda a delimitação e fiscalização das áreas subutilizadas, sujeitando-as ao parcelamento ou edificação compulsórios, ou ainda, à desapropriação com pagamento de títulos e cobrança de IPTU progressivo no tempo. No Código Florestal (que limita os direitos de propriedade sobre as florestas e vegetações em território nacional, reconhecidas por ele como um bem de interesse comum) a existência de um plano diretor aparece como condição fundamental para a possível autorização da supressão de vegetação em área de preservação permanente (Art. 4º, §2º) que, também, devem ser definidas no plano diretor (Art. 2º, Parágrafo único) assim como as áreas de reserva legal que não se enquadram nas características de APP. Já a Lei de Parcelamento do Solo Urbano define como objetos do plano diretor a definição de índices urbanísticos relativos a dimensões de lotes, a definição das zonas urbanas de expansão e de urbanização específica e a previsão da densidade de ocupação admitida em cada zona. Por fim, o Estatuto da Cidade dá uma importância maior à criação do plano diretor. Tanto, que traz um capítulo à parte apenas para tratar deste instrumento da política urbana. No Estatuto da Cidade o plano diretor deve ser revisto a cada dez anos assim como a lei municipal referente a ele. E deve ainda, englobar o território do município como um todo, constituindo-se na ferramenta básica da política de desenvolvimento urbano, através da qual deve-se definir as exigências a serem cumpridas para que se tenha assegurada a função social da propriedade no local onde está inserido. 6 O Estatuto da Cidade traz ainda os casos em que é obrigatória a criação de plano diretor: para cidades com mais de vinte mil habitantes, para cidades integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas (de acordo com o disposto também no Art. 182 da Constituição), para cidades em áreas de especial interesse turístico ou inseridas na área de influência de empreendimentos com significativo impacto ambiental. Dizer que o plano é um documento significa que ele deve ser explicitado, ou seja, não pode ficar implícito. Ele precisa ser formalizado e, no caso do Brasil, essa formalização inclui a aprovação de uma lei do plano diretor na Câmara. O plano deve explicitar os objetivos para o desenvolvimento urbano do Município. Quando se deseja planejar algo, um elemento fundamental é poder responder à pergunta: “O que eu quero?” ou: “O que nós queremos?”. Esses objetivos não são “dados”, ou seja, não estão definidos a priori. Eles precisam ser discutidos democraticamente e consensuados de alguma maneira. A diversidade das cidades faz com que seja normal a existência de objetivos conflitantes e, por isso, discutir sobre os objetivos pode ajudar a encontrar soluções que contemplem mais de um ponto de vista. Figura 1: Para poder planejar é preciso saber onde se quer ir. O plano diretor deverá definir o caminho a ser seguido. Através do estabelecimento de princípios, diretrizes e normas, o plano deve fornecer orientações para as ações que, de alguma maneira, influenciam no desenvolvimento urbano. Essas ações podem ser desde a abertura de uma nova avenida, até a construção de uma nova residência, ou a implantação de uma estação de tratamento de esgoto, ou a reurbanização de uma favela. Essas ações, no seu conjunto, definem o desenvolvimento da cidade, portanto é necessário que elas sejam orientadas segundo uma estratégia mais ampla, para que todas possam 7 trabalhar (na medida do possível) em conjunto na direção dos objetivos consensuados. O zoneamento é um instrumento importante nesse sentido, já que impões limites às iniciativas privadas ou individuais, mas não deve ser o único. É importante também que estratégias de atuação sejam definidas para as ações do Poder Público, já que essas ações são fundamentais para qualquer cidade. A escolha do local de abertura de uma via, por exemplo, pode modificar toda a acessibilidade de uma área e, por consequência, seu valor imobiliário. Outros exemplos de diretrizes podem ser vistos no artigo Planos diretores como instrumento de orientação das ações de desenvolvimento urbano. O importante é que o plano defina o caminho, que seja capaz de direcionar as iniciativas isoladas para que, no conjunto, o todo seja maior que a soma das partes. 3. PLANO DIRETOR: COMO É FEITO E PARA QUE SERVE. Há vários instrumentos que, de uma forma ou de outra, remetem ao planejamento de uma cidade, como o PPA, a LOA e o Plano de Metas. Contudo, quando falamos de planejamento urbano, nenhum instrumento tem maior relevância do que o plano diretor. Conforme vimos sobre planejamento urbano, o plano diretor é o principal instrumento da política urbana brasileira. Durante sua elaboração, é comum vermos notícias sobre confusões e“quebra pau” em audiências públicas e sessões de 8 discussão sobre seu conteúdo nas Câmaras de Vereador. Afinal, por que o plano diretor é tão relevante, do que trata exatamente e por que movimenta tanto interesse? Continue aqui e entenda sobre esse importante instrumento público. 4. CENTRALIDADE DO PLANO DIRETOR NO PLANEJAMENTO DAS CIDADES BRASILEIRAS. No Brasil, as bases para o planejamento das cidades estão estabelecidas no Estatuto da Cidade (lei 10.257/2001). O Estatuto da Cidade pode ser considerado o principal marco legal para o desenvolvimento das cidades, junto à Constituição de 1988, de onde originam seus princípios e diretrizes fundamentais. Ele estabelece as normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental. Já no seu artigo 2º, o Estatuto da Cidade dispõe que “a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana”. Mas, o que isso significa? De forma geral, são duas coisas: A propriedade urbana, embora privada, deve ter uma função social. Em tese, o dono de um terreno baldio tem o direito de fazer dele o que preferir, correto? Contudo, se for melhor para a cidade como um todo que aquela região onde o terreno se encontra seja exclusivamente residencial, é legítimo que o poder público fixe a obrigação de que apenas moradias sejam instaladas ali. A propriedade continua sendo privada, porém sua função social será garantida pela exigência que a lei impõe sobre seu uso. No Brasil, assim como em outras regiões subdesenvolvidas do planeta, as cidades cresceram de modo desordenado, criando problemas como a degradação do meio ambiente, os longos deslocamentos, a falta de saneamento básico, entre outros. Cabe à política urbana induzir o desenvolvimento inclusivo, sustentável e equilibrado, de modo a corrigir essas distorções históricas. Assim, o planejamento urbano deve ir além dos aspectos físicos e territoriais, encarando o ordenamento do território como um meio para cumprir objetivos maiores, a citar: 9 Garantia do direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações; Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; Evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio ambiente. É nesse contexto que se introduz o plano diretor como ferramenta central do planejamento de cidades no Brasil. Conforme os artigos 39º e 40º do Estatuto da Cidade, o plano diretor é “o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana”. É ele quem deve promover o diálogo entre os aspectos físicos/territoriais e os objetivos sociais, econômicos e ambientais que temos para a cidade. O plano deve ter como objetivo distribuir os riscos e benefícios da urbanização, induzindo um desenvolvimento mais inclusivo e sustentável. Fica ainda mais nítida a importância legal atribuída a esse instrumento uma vez que consideramos três fatores: a) Legalidade: o plano diretor é um instrumento estabelecido na Constituição Federal de 1988, regulamentado pelo Estatuto da Cidade. Os demais instrumentos de planejamento de governo – o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual – devem incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas. b) Abrangência: o plano diretor deve abranger o território do município como um todo. Não está restrito a bairros ou partes específicas da cidade. c) Obrigatoriedade: sua realização é obrigatória para municípios com mais de 20 mil habitantes, o que significa afirmar que para quase ⅓ (31,6%) dos municípios brasileiros o plano diretor não é uma opção, é uma obrigação. Mais importante ainda, significa afirmar que pelo menos 84,2% da população do país vive em municípios que (em tese) deveriam ter seu desenvolvimento econômico, social e ambiental regido por um plano diretor. 10 Por fim, cabe destacar que o Estatuto da Cidade mantém a divisão de competências entre os três níveis de governo (Federal, Estadual, Municipal), concentrando na esfera municipal as atribuições de legislar em matéria urbana. 5. QUANTO AO PROCESSO: COMO SE FAZ UM PLANO DIRETOR. O próprio Ministério das Cidades publicou um guia basilar para elaboração dos planos diretores que estabelece uma série de etapas para sua elaboração, priorizando a participação social em todo o caminho. Ele começa com o estabelecimento de um núcleo gestor com participação de lideranças dos diferentes segmentos da sociedade (governo, empresas, sindicatos, movimentos sociais), segue com a realização de uma leitura (tanto da perspectiva técnica quanto da perspectiva comunitária) da cidade como é hoje, passa à elaboração e discussão de uma minuta de lei e, finalmente, a aprovação na Câmara Municipal. Nesse aspecto, apontamos dois aspectos centrais do plano diretor: Político: é necessário equilibrar aspectos técnicos e políticos, pois planejar é fazer política. Um plano tecnicamente bom pode ser politicamente inviável, e um plano politicamente justo pode ser tecnicamente impraticável. Vivemos em uma democracia, onde aspectos técnicos sempre precisam passar por uma discussão política. Democrático: o plano diretor se estabelece como um instrumento (em tese) democrático, uma vez que pressupõe a realização de audiências públicas abertas, com ampla participação. Os moradores devem ser chamados a participar do debate sobre a cidade que eles mesmos querem. Essa abordagem vem ao encontro da diretriz do próprio Estatuto da Cidade, que pressupõe a gestão democrática, com participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. 6. LEIS E DECRETOS DO PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA. PLANO DIRETOR - Lei 171, de 29 de junho de 2007; Vazios Urbanos - Lei Complementar nº 181, de 01 de outubro de 2008; 11 Estatuto do Pedestre - Lei 8.644, de 23 de Julho de 2008; EIT (Estatuto de Impacto de Trânsito) - Lei 8.645, de 23 de Julho de 2008; EIV (Estatuto de Impacto de Vizinhança) - Lei 8.646, de 23 de Julho de 2008; Ciclovias - Lei Complementar nº 169, 15 de Fevereiro de 2007; DECRETO nº 176 de 23 de janeiro de 2008; DECRETO nº 1085 de 05 de maio de 2008; Conjuntos Residenciais - Lei Complementar Nº 8760, de 19 de janeiro de 2009; TDC - Lei Complementar Nº 8761, de 19 de janeiro de 2009; PDU - Lei Complementar Nº 8767, de 19 de janeiro de 2009. 7. CONCLUSÃO. Podemos concluir que o chamado Plano Diretor possui como principal embasamento o equilíbrio social que promova sustentabilidade em paralelo com qualidade de vida á todos os habitantes de determinada cidade em questão, a fim de manejar possíveis crescimentos desenfreados e inusitados, através de uma justa forma de divisão dos custos em troca de benefícios para os cidadãos. Porém, de acordo com a realidade da sociedade em que vivemos, há sempre controvérsias em relação a esse âmbito, questionamentos se realmente as coisas acontecem conforme previsto em lei, se há realmente transparência na prestação de contas que financia o Plano Diretor de cada município brasileiro. De toda forma, não deixa de ser necessário e de grande importância a implantação desses planos como forma de adequar a realidade social a uma organização de acordo com as necessidades lógicas e básicas que nos norteiam. 12 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. BRAGA, Roberto.Plano Diretor Municipal: três questões para discussão. Caderno do Departamento de Planejamento, Faculdade de Ciências e Tecnologia-Unesp, Presidente Prudente, v.1, n.1, p.15-20, ago. 1995. BRASIL. Ministério das Cidades. Lei no 10.257/2001: Estatuto da Cidade. 2001. CARVALHO, S. H. Estatuto da Cidade: aspectos políticos e técnicos do plano diretor. São Paulo em Perspectiva, v.15, n.4, p.130-135, 2001. GLAESER, E. “O triunfo das cidades”. BEI, 2016. BGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Publicado em: 13/09/2016. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2016/estimativa_dou.sh tm. Acesso em: 3 de agosto de 2017. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NB 1350 – Normas para elaboração de plano diretor. Rio de Janeiro, 1991. BRASIL. Estatuto da Cidade: guia para implementação pelos municípios e cidadãos. 2 ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2002. SILVA, José Afonso. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1995. VILLAÇA, Flávio. Dilemas do Plano Diretor. In: CEPAM. O município no século XXI: cenários e perspectivas. São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima – Cepam, 1999. p. 237 – 247. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Publicado em: 24/11/2017. Disponível em:<http://www.politize.com.br/plano-diretor-como-e-feito/>. Acessado em: 16/05/2018. ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Publicado em: 13/06/2008. Disponível em:<http://urbanidades.arq.br/2008/06/o-que-e-plano-diretor/ Publicado>. Acessado em: 16/05/2018.
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