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Pâncreas O pâncreas é um órgão único, pois possui tanto funções endócrinas como exócrinas. A sua fun- ção exócrina inclui a síntese e liberação das enzi- mas digestivas para o duodeno, no intestino del- gado. A sua função endócrina envolve a libera- ção de insulina e glucagon para a corrente san- guínea, respondendo pela regulação do meta- bolismo da glucose, lipídios e proteínas Os principais agentes responsáveis pela função pancreática são as glândulas endócrinas e exó- crinas. As últimas sintetizam enzimas digestivas pancreáticas inativas (zimogênios), que são liber- tados para os sistemas ductais glandulares e pancreáticos. Ao atingir o duodeno, os zimogê- nios são ativados por enzimas proteolíticas, tor- nando-se peptidases, amilases, lipases e nuclea- ses ativas que atuam para digerir ainda mais os alimentos que entram no intestino delgado pro- veniente do estômago. EMBRIOGÊNESE DO PÂNCREAS ▪ Desenvolvimento do pâncreas 5-8ª se- mana. ▪ Brotamento do intestino anterior- entre o mesentério ventral e dorsal: ▪ 1. Broto pancreático ventral ▪ 2. Broto pancreático dorsal ILHOTAS PANCREÁTICAS *micro-orgãos endócrinos 2 componentes: Cordões de células endócrinas poligonais Capilares sanguíneos fenestrados A função endócrina do pâncreas e desempe- nhada pelas ilhotas pancreáticas (Langerhans). Estas glândulas endócrinas secretam hormônios diretamente na corrente sanguínea e possuem três tipos celulares principais: alfa, beta e delta. Resumidamente, as células alfa liberam glucagon, as células beta secretam insulina e as células delta produzem somatostatina. Estes hor- mônios são fundamentais para a regulação, não só do metabolismo da glicose, mas também das funções gastrointestinais. Tipos celulares: ▪ Células alfa (a) – glucagon ▪ Células beta (b) – insulina ▪ Células delta (d) – gastrina e somatostatina ▪ Células pp – polipeptídeo pancreático ▪ Célula épsilon – grelina A unidade morfofuncional do pâncreas exócrino é o ácino seroso. Cada ácino pancreático é for- mado por células piramidais com núcleos arre- dondados localizados na base da célula. A parte endócrina, onde são secretados hormônios, é formada pelas ilhotas pancreáticas (Ilhotas de Langerhans). Estas são grupos arredondados de células, dispostas em cordões, em volta dos quais existe uma abundante rede de capilares sanguíneos com células endoteliais fenestradas, situados entre os ácinos secretores. Os hormônios produzidos nas ilhotas pancreáti- cas são secretados diretamente na circulação sanguínea por (pelo menos) quatro tipos dife- rentes de células: ▪ Células alfa (α) que secretam glucagon (25 por cento das células da ilhota); ▪ Células beta (β) que secretam insulina e amilina (60 por cento); ▪ Células delta (δ) que produzem somatos- tatina (3-10%); ▪ Células PP que contém um polipeptídeo pancreático (1%). Os ilhéus podem influenciar-se entre si através de comunicação parácrina e autócrina, e as célu- las beta são acopladas eletricamente a células beta (mas não a outros tipos de células). Ilhotas pancreáticas Células acinares ▪ Porção exócrina ▪ Porção endócrina Ilhotas pancreaticas de Langerhans 2% da massa pancreática ANATOMIA Conceito: é uma glândula acessória da digestão, alongada, retroperitoneal, situada sobrejacente e transversalmente aos corpos das vértebras LI e LII. Localização: situa-se posteriormente ao estô- mago, entre o duodeno à direita e o baço à es- querda. Função: secreção exócrina (suco pan- creático Função: secreção exócrina (suco pancreático produzido pelas células acinares) que é liberada no duodeno através dos ductos pancreáticos principal e acessório. Secreções endócrinas (glu- cagon e insulina, produzidos pelas ilhotas pan- creáticas [de Langerhans]) que passam para o sangue. Divisão anatômica: em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. DUCTO PANCREÁTICO PRINCIPAL Começa na cauda do pâncreas e atravessa o pa- rênquima da glândula até a cabeça do pâncreas: aí ele se volta inferiormente e tem íntima relação com o ducto colédoco. O ducto pancreático principal e o ducto colé- doco geralmente se unem para formar a ampola hepatopancreática (de Vater) curta e dilatada, que se abre na parte descendente do duodeno, no cume da papila maior do duodeno. DUCTO PANCREÁTICO ACESSÓRIO Abre-se no duodeno no cume da papila menor do duodeno. Em geral, o ducto acessório comu- nica-se com o ducto pancreático principal. Em alguns casos, o ducto pancreático principal é menor do que o ducto pancreático acessório e pode não haver conexão entre os dois. Nesses casos, o ducto acessório conduz a maior parte do suco pancreático. TRONCO CELÍACO IRRIGAÇÃO ARTERIAL A irrigação arterial do pâncreas provém princi- palmente dos ramos da artéria esplênica, que é muito tortuosa. -Cauda: irrigada por ramos da a. esplênica. -Corpo: irrigado por ramos da a. esplênica. - Cabeça: irrigada por aa. Pancreaticoduodenais (ramos da a. gastroduodenal e ramos da AMS). {Aprox. 10 aa} As aa. pancreaticoduodenais superiores anterior e posterior (ramos da a. gastroduodenal), e as aa. pancreaticoduodenais inferiores anterior e posterior (ramos da AMS), formam arcos anterio- res e posteriores que irrigam a cabeça do pân- creas. ▪ Artéria gastroduodenal. ▪ Artéria pancreaticoduodenal superior ante- rior. ▪ Artéria pancreaticoduodenal superior poste- rior. ▪ Artéria mesentérica superior. ▪ Artéria pancreaticoduodenal inferior ante- rior. ▪ Artéria pancreaticoduodenal inferior poste- rior. ▪ Artéria Lienal. ▪ Artéria pancreática dorsal. ▪ Artéria pancreática inferior. ▪ Artéria pancreática magna. ▪ Artéria pancreática caudal. A DRENAGEM VENOSA É feita por meio das veias pancreáticas corres- pondentes, tributárias das partes esplênica e mesentérica superior da veia porta. A maioria delas drena para a veia esplênica. A drenagem venosa é feita através das veias pancreáticas que são tributárias das veias esplê- nica e mesentérica superior (a maioria delas tri- butam à v. esplênica). A veia porta hepática é formada pela união da veia mesentérica superior e veia esplênica poste- riormente ao colo do pâncreas. Geralmente a veia mesentérica inferior se une à veia esplênica atrás do pâncreas (em outras pes- soas ela simplesmente se une à veia mesentérica superior). VASOS LINFÁTICOS PANCREÁTICOS Acompanham os vasos sanguíneos. A maioria dos vasos termina nos linfonodos pancreaticoes- plênicos, situados ao longo da artéria esplênica. Alguns vasos terminam nos linfonodos pilóricos. Os vasos eferentes desses linfonodos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores ou para os linfonodos celíacos através dos linfono- dos hepáticos. A linfa é drenada do corpo e cauda do pâncreas através de vasos linfáticos que esvaziam o seu conteúdo nos nódulos pancreático-esplênicos, localizados ao longo da artéria esplênica. Os va- sos que drenam a cabeça esvaziam-se nos nódu- los linfáticos pilóricos. Subsequentemente, a linfa é transportada para os nódulos linfáticos ce- líaco ou mesentérico superior. ▪ Vasos linfáticos seguem os vasos sanguí- neos. ▪ Linfonodos pancreáticoduodenais (maio- ria) e linfonodos pilóricos. ▪ Linfonodos hepáticos, celíacos e mesen- téricos superiores. MORFOLOGIA E LOCALIZAÇÃO DO PÂNCREAS ▪ É uma glândula endócrina e exócrina (anfín- crino) do sistema digestivo. ▪ É um órgão retroperitoneal e parenquimatoso (a cauda é peritonizada). ▪ É um órgão alongado, com 15 a 25 cm de ex- tensão e peso de 100 g. ▪ Localiza-se obliquamente na parede abdomi- nal posterior, ao nível dos corpos vertebrais de L1 e L2. ▪ Atravessa as regiões abdominaisepigástriga, do hipocôndrio esquerdo e uma pequena por- ção da região umbilical. ▪ Anatomicamente, dividido em (três) cinco regi- ões: cabeça, apófise unciforme, colo, corpo e cauda. Cabeça do Pâncreas ▪ No interior da curvatura do duodeno. ▪ Relações anteriores e posteriores com o duo- deno. ▪ Relacionado, anteriormente, à esquerda com a flexura duodenojejunal. A cabeça é a parte medial dilatada do pâncreas. Ela encontra-se em contato direto com as partes descendentes e horizontal do duodeno, as quais formam um C em torno da cabeça do pâncreas. A apófise unciforme projeta-se inferiormente a partir da cabeça e estende-se posteriormente em direção à artéria mesentérica superior. Conti- nuando lateralmente a partir da cabeça encon- tramos o colo, uma estrutura pequena com cerca de 2 cm, que liga a cabeça ao corpo do pâncreas. Posteriormente ao colo estão a artéria e a veia mesentéricas superiores e a origem da veia porta hepática – formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. Processo uncinado do pâncreas ▪ Posterior aos vasos mesentéricos superio- res. ▪ A veia mesentérica superior delimita a inci- sura pancreática. Corpo e Cauda do pâncreas A parte do pancreas que se encontra lateralmente ao colo é o corpo, que consiste em duas superficies (anterior e posterior) e dois bordos (superior e inferior). O colo está localizado anteriormente à vertebra L2, e forma o pavimento da retrocavidade dos epíplones (bolsa omental). A aorta, a artéria mesentérica superior, os vasos renais esquerdos, o rim esquerdo e a glandula suprarrenal esquerda estao localizados posteriormente ao corpo do pancreas. Finalmente, a cauda (intraperitonieal) é a ultima parte do pancreas. Ela esta intimamente relacionada com o hilo do baço e encontra-se no ligamento esplenorrenal, juntamente com os vasos esplénicos. ▪Abaixo do tronco celíaco. ▪Acima da flexura duodenojejunal. ▪Forma prismática com superfícies anterior, inferior e superior. ▪Ligamento lieno renal. Colo do pâncreas ▪ Junção da cabeça com o corpo. ▪ Formação da veia porta, posteriormente Relações do pâncreas ▪Anteriormente: estômago, colo transverso e duodeno. ▪Posteriormente: Atrás da cabeça, veia cava infe- rior, vasos renais e gonadais. ▪Atrás do colo, veia mesentérica superior e veia porta. ▪ Atrás do corpo: diafragma, glândula supra renal esquerda, rim esquerdo e vasos renais. ▪ Atrás do corpo e da cauda: veia lienal. ➔ Retroperitoneal, exceto a cauda. ▪ Pancreático principal: início na cauda do pân- creas. Relaciona-se com o ducto colédoco (for- mando a ampola hepatopancreática), com o qual esvazia-se na papila maior do duodeno. ▪ Pancreático acessório: com frequência pa- tente. Drena uma parte da cabeça. Esvazia-se na papila duodenal menor. .
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