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Proj Contra Incencio - Armazém de grãos

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO 
GRANDE DO SUL – UNIJUI 
Curso de Pós Graduação Latu Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho 
 
 
 
KATIA ALINE GARZÃO 
 
 
 
PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E 
EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS 
 
 
 
 
 
 
 
Ijuí 
2016 
 
 
 
KATIA ALINE GARZÃO 
 
 
 
 
 
PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E 
EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de Engenharia 
de Segurança do Trabalho apresentado como 
requisito parcial para obtenção do título de 
Especialista em Engenharia de Segurança do 
Trabalho. 
 
 
 
Orientadora: Cristina Eliza Pozzobon 
 
 
Ijuí 
2016 
 
 
KATIA ALINE GARZÃO 
 
 
 
PROJETO DE PREVENÇÃO E PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E 
EXPLOSÕES EM ARMAZÉM DE GRÃOS 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de 
Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovado em sua forma final pelo 
professor orientador e pelos membros da banca examinadora. 
Ijuí, 08 de julho de 2016. 
Prof.ª Cristina Eliza Pozzobon 
Coordenadora do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho/UNIJUÍ 
Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Orientador 
BANCA EXAMINADORA 
Prof.ª Cristina Eliza Pozzobon (UNIJUÍ) 
Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 
Prof.ª Lia Geovana Sala (UNIJUÍ) 
Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço inicialmente aos meus pais, Pedro Luiz e Lenir, e meu irmão Pedro Edilio, que 
sempre apoiarem incondicionalmente minhas escolhas, e sempre viram o melhor em mim. 
Ao meu companheiro de todas as horas, Romano, que sempre esteve ao meu lado nesta 
batalha para este novo título. 
Aos meus colegas de curso pelo companheirismo e pela amizade. 
Aos meus amigos que se disponibilizaram a me auxiliar com a fase teórica deste trabalho 
procurando referencias juntamente comigo. 
E por fim a minha orientadora, Professora Cristina Eliza Pozzobon, pelo apoio e 
dedicação na elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Comece fazendo o que é necessário, depois o que 
é possível, e de repente você está fazendo o 
impossível”. 
São Francisco de Assis 
 
 
RESUMO 
GARZÃO, K. A. Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em 
Armazéns de Grãos. 2016. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia de Segurança 
do Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 
Ijuí, 2016. 
O grande crescimento das indústrias trouxe a tona a prevenção contra incêndio, já que as 
produções aumentaram e consequentemente a quantidade de funcionários. A prevenção contra 
incêndio vem acima de tudo para salvar vidas, mas também garantir a proteção ao patrimônio, 
tendo em vista que em armazenamento de grãos este montante é significativo. A prevenção neste 
tipo de edificação é diferenciada já que algumas medidas de segurança são aplicáveis apenas a 
elas. Este trabalho visa a correta elaboração do projeto de prevenção e proteção contra incêndio 
(PPCI) de um armazém de grãos, os posicionamentos estratégicos e corretos dos equipamentos, 
focando nas exigências estabelecidas pela Lei Complementar 14.376 de 26 de dezembro de 2013, 
também conhecida como Lei Kiss, a qual foi um divisor de águas neste assunto, e legislações 
pertinentes, concluindo-se que a edificação necessitará ter a proteção pelos sistemas de acesso de 
viaturas na edificação, saída de emergência, brigada de incêndio, iluminação de emergência, 
controle de temperatura, alarme de incêndio, sinalização de emergência, extintores e hidrantes. 
 
Palavras-chave: Incêndio. Armazém de Grãos. Prevenção. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Triângulo do fogo ............................................................................................. 15 
Figura 2 - Classes de fogo ................................................................................................. 17 
Figura 3 - Modelo de acionador manual de alarme ........................................................... 21 
Figura 4 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa .................................... 22 
Figura 5 - Tipos de placas de sinalização e suas funções .................................................. 23 
Figura 6 - Simbologia para projeto .................................................................................... 23 
Figura 7 - Edificação a ser estudada: planta baixa. ........................................................... 27 
Figura 8 - Edificação a ser estudada: vista lateral. ............................................................ 28 
Figura 9 - Acesso de viatura na edificação ........................................................................ 32 
Figura 10 - Iluminação de emergência .............................................................................. 35 
Figura 11 - Locação de acionador manual de alarme ........................................................ 36 
Figura 12 - Locação da sinalização de orientação ............................................................. 37 
Figura 13 - Placas indicativas ............................................................................................ 38 
Figura 14- Locação dos extintores..................................................................................... 39 
Figura 15 - Locação do sistema de hidrantes .................................................................... 40 
Figura 16 - Projeto para ser executado .............................................................................. 43 
Figura 17 - Projeto para análise do Corpo de Bombeiros.................................................. 44 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1 - Dimensionamento da Brigada de Incêndio ...................................................... 19 
Tabela 2- Capacidade extintora mínima de acordo com a classe de risco da edificação e 
distância máxima a ser percorrida ................................................................................................. 24 
Tabela 3 - Tipos de sistemas de hidrantes ......................................................................... 25 
Tabela 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação ................... 29 
Tabela 5 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio ...... 29 
Tabela 6 - Classificação quanto à carga de incêndio ......................................................... 30 
Tabela 7 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio ...... 30 
Tabela 8 - Exigências para edificações de divisão M-5 (continua) ................................... 30 
Tabela 9 - Exigências para edificações de divisão M-5 (conclusão) ................................. 31 
Tabela 10 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência ............................ 32 
Tabela 110 - Brigada de incêndio ...................................................................................... 34 
Tabela 12 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de 
segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua) ............................................................. 41 
Tabela 13 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de 
segurança contra incêndio de pronta resposta (Continua) ............................................................. 42 
Tabela 14 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático .......................................... 14 
Tabela 15 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Continuação) .................. 15 
Tabela 16 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Conclusão) ...................... 16 
Tabela 17 – Tabela B.2 – Módulo e carga horária mínima por nível do treinamento .......16 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ART Anotação de Responsabilidade Técnica 
CBMRS Corpo de Bombeiros da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul 
PrPCI Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio 
SPDA Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas 
NBR Norma Brasileira Revisada 
NR Norma Regulamentadora 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12 
1.1 OBJETIVOS DE PESQUISA ........................................................................... 13 
1.2 JUSTIFICATIVA .............................................................................................. 13 
1.3 DELIMITAÇÃO ............................................................................................... 14 
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ...................................................................... 14 
2 REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 15 
2.1 DIFINIÇÕES DE FOGO .................................................................................. 15 
2.2 EXTINÇÃO DO FOGO .................................................................................... 15 
2.2.1 Agentes extintores ............................................................................................. 16 
2.3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO ............................................................. 17 
2.3.1 Acesso de viatura na edificação ........................................................................ 17 
2.3.2 Saídas de emergência ........................................................................................ 17 
2.3.3 Plano de emergência ......................................................................................... 18 
2.3.4 Brigada de incêndio ........................................................................................... 19 
2.3.5 Iluminação de emergência ................................................................................. 19 
2.3.6 Controle de temperatura .................................................................................... 20 
2.3.7 Alarme de incêndio ........................................................................................... 20 
2.3.8 Sinalização de emergência ................................................................................ 22 
2.3.9 Extintores .......................................................................................................... 24 
2.3.10 Hidrantes ........................................................................................................... 24 
2.3.11 Controle de pós ................................................................................................. 25 
2.3.12 Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) ............................ 26 
3 MÉTODO DE PESQUISA ............................................................................. 27 
3.1 EDIFICAÇÃO A SER ESTUDADA ................................................................ 27 
 
 
3.2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO .......................................................... 28 
4 RESULTADOS OBTIDO ............................................................................... 32 
5 CONCLUSÃO ................................................................................................. 43 
REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 45 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
1 INTRODUÇÃO 
Um dos grandes marcos da civilização humana foi o domínio do fogo pelo homem. A 
partir daí o homem pode aquecer, cozer seus alimentos, fundir o metal para a fabricação de 
utensílios, instrumentos e máquinas, que tornaram possível o desenvolvimento do presente. 
(Camillo Jr., 2006) 
Para Silva (2004) no passado acreditava-se que o incêndio era obra do acaso e a vítima 
uma infortunada. Hoje sabe-se que o incêndio é uma ação controlável e as vítimas, quer por 
morte ou perda do patrimônio, são consequência da ignorância ou de ato criminoso. 
Devido à revolução industrial, as empresas começaram a produzir em maior escala, e 
necessitavam de maior quantidade de mão de obra, isso fez com que a população migrasse da 
área rural para os centros urbanos. Sem receberem treinamentos e sem a preocupação com a 
segurança dos funcionários por parte dos patrões, muitas vidas foram perdidas. (STOCKMANN, 
2012) 
Percebendo o risco que estavam correndo, muitos trabalhadores começaram a reivindicar 
maiores melhorias no meio de trabalho. Uma das grandes tragédias, decorrentes destas 
manifestações foi o incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York no ano de 1911, onde 130 
mulheres morreram, acredita-se que este incêndio tenha sido criminoso. (NADAL, 2016) 
No Brasil, o histórico de incêndios é numeroso, um dos maiores já registrados foi o do 
Gran Circus Norte-Americano, em Niterói no Rio de Janeiro no dia 17 de dezembro de 1961, 
onde morreram 503 pessoas e destas 70% eram crianças, este incêndio foi provocado por um ex-
funcionário, que ateou fogo na lona do circo. Outro sinistro foi o do Edifício Joelma, em 1974, 
onde um curto-circuito em um aparelho de ar condicionado no 12° andar deu inicio a um 
incêndio que se espalhou e em pouco tempo, as escadas foram tomadas pelo fogo e pela fumaça, 
impedindo a evacuação, neste episódio mais de 180 pessoas morreram. (REVISTA EXAME, 
2013) 
A última tragédia que aconteceu no Brasil foi o incêndio na casa noturna Kiss, na cidade 
de Santa Maria no estado do Rio Grande do Sul, o qual acarretou na morte de 242 pessoas. Após 
um integrante da banda que estava se apresentando ligar um sinalizador e as chamas atingirem o 
13 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
revestimento acústico do ambiente, o incêndio se espalhou e provocou fumaça tóxica, uma das 
grandes responsáveis pelas mortes. Após este incidente o estado criou a Lei Complementar 
14.376 de 26 de dezembro de 2013, conhecida também como Lei Kiss. Esta lei se tornou um 
divisor de águas para a segurança do trabalho. 
Em armazéns de grãos também ocorrem incêndios, um dos últimos acontecimentos no 
estado do Rio Grande do Sul, foi na cidade de Alecrim, onde no dia 23 de janeiro de 2016 um 
silo de armazenagem de casca de aveia pegou fogo, e foram necessárias quatro cargas de água do 
caminhão do corpo de bombeiros para fazer a extinção total do fogo, levando mais de oito horas 
no processo. 
 
1.1 OBJETIVOS DE PESQUISA 
Esta pesquisa objetiva a elaboração do Projeto de Proteção e Prevenção Contra Incêndio 
(PrPCI) em um armazém de grãos de acordo a Lei Complementar 14.376 de 26 de dezembro de 
2013 e as resoluções técnicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul e de São 
Paulo; dimensionando os sistemas necessários para esta prevenção e apresentando a correta 
forma de encaminhamento da documentação para a seção de análise de PrPCI do Corpo de 
Bombeiros. 
 
1.2 JUSTIFICATIVA 
A prevenção contra incêndio visa principalmente à proteção à vida e ao patrimônio, tendo 
em vista que em armazéns de grãos, a perda do material armazenado em caso de sinistro é 
significativamente grande, e também, que um incêndio ou uma explosão, pode colocar em risco a 
vida dos funcionários, já que eles trabalham nos túneis, ou trabalham em altura, tendo uma maior 
dificuldade de abandonar a edificação. A prevenção bem elaborada vem com o intuito de 
diminuir ou até anular as chances de incêndio, sendo que a prevenção é válida para o principio de 
incêndio, pois quando o fogo já estiver alastrado o combatefica pela responsabilidade do corpo 
de bombeiros. 
14 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
 
1.3 DELIMITAÇÃO 
Este trabalho delimita-se a apresentação do Projeto de Proteção e Prevenção Contra 
Incêndio, nas documentações que podem ser elaboradas por profissional legalmente habilitado 
nas áreas de engenharia civil e engenharia de segurança do trabalho, sendo assim será tratado 
sobre acesso de viaturas na edificação, saídas de emergência, plano de emergência, brigada de 
incêndio, iluminação de emergência, alarme de incêndio, sinalização de emergência, extintores e 
hidrantes, não abordando controle de temperatura, controle de fontes de ignição, controle de pós e 
Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA). 
 
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO 
Este trabalho será voltado para a prevenção contra incêndio e explosão em um armazém 
de grãos e estará estruturado em quatro capítulos, contando com esta introdução. No segundo 
capitulo contará com a revisão bibliográfica, onde será abordado sobre as definições de fogo, os 
métodos de extinção de incêndio, os tipos de agentes extintores e suas formas de extinção, assim 
como medidas de segurança que devem ser tomadas. 
No terceiro capitulo será classificada a edificação, conforme o enquadramento nas leis e 
normas. E quarto e último capitulo será apresentado o resultado da pesquisa, o Projeto de 
Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI). Ao final estão as referências bibliográficas e, na 
sequência, os anexos. 
 
15 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
2.1 DIFINIÇÕES DE FOGO 
Para Aragão (2010) o fogo pode se apresentar de duas formas diferentes, uma na forma de 
chama e outra na forma de brasas. 
A NBR 13860 (1997) define fogo como um processo de combustão caracterizado pela 
emissão de calor e luz. 
O fogo, em outras palavras, é a reação química, denominada combustão, que 
ocorre com a oxidação rápida do material combustível, sólido ou líquido, com o 
oxigênio do ar, provocada por uma fonte de calor, que gera chamas, desprende calor, 
além de emitir fumaça, gases e outros resíduos. (BRENTANO, 2007, p. 89) 
Portanto para que haja fogo deve o contato simultâneo de três elementos essenciais, o 
material combustível, o comburente e a fonte de calor, juntos estes elementos formam o triângulo 
do fogo, ilustrado na Figura 1. (BENTRANO, 2007) 
Figura 1 - Triângulo do fogo 
 
Fonte: Adaptado, BRENTANO (2007). 
 
2.2 EXTINÇÃO DO FOGO 
A extinção representa a decadência do fogo, a redução progressiva das chamas 
até o seu completo desaparecimento, seja por exaustão dos materiais que tiveram todo o 
gás combustível destilado, excepcionalmente pela carência de oxigênio ou pela 
obstrução da combustão pela eficaz atuação de um dos meios de extinção do fogo. 
(ARAGÃO, p. 133, 2010) 
16 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Levando em consideração o triângulo do fogo, para Brentano (2007) a extinção do fogo se 
dá pela retirada de um dos elementos: Extinção por isolamento (retirada do material); Extinção 
por abafamento (retirada do comburente); Extinção por esfriamento (retirada do calor), ou; 
Extinção química (quebra da cadeia de reação química). 
 
2.2.1 Agentes extintores 
De acordo com a RT N° 02 do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul 
(2014), entendem-se por agentes extintores: 
Certas substâncias químicas (sólidas, líquidas, gasosas ou outros materiais) que são 
utilizados na extinção de um incêndio, quer abafando, quer resfriando ou, ainda, 
acumulando esses dois processos o que, aliás, é o mais comum. Os principais agentes 
extintores são os seguintes: água; espuma; dióxido de carbono; pó químico seco; agentes 
halogenados e agentes umectantes. (p. 4) 
Quase todos os materiais são combustíveis, no entanto as diferenças na sua composição 
queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extinção do fogo (MANUAL DE 
PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO), as classes estão representadas na Figura 2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 2 - Classes de fogo 
 
Fonte: Saúde e Segurança no trabalho (2016) 
 
2.3 PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO 
 
2.3.1 Acesso de viatura na edificação 
A Instrução Normativa N° 06 - Acesso de viatura na edificação e área de risco (2011) 
Estabelecer as condições mínimas para o acesso de viaturas de bombeiros nas edificações e áreas 
de risco, visando o emprego operacional do Corpo de Bombeiros. 
 
2.3.2 Saídas de emergência 
De acordo com a Resolução Técnica CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança 
contra incêndio (2014) define saída de emergência, rota de saída ou saída como: 
18 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Caminho contínuo, devidamente protegido, proporcionado por portas, corredores, halls, 
passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas ou outros dispositivos de saída 
ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário, em caso de um incêndio, de 
qualquer ponto da edificação até atingir a via pública ou espaço aberto, protegido do 
incêndio, em comunicação com o logradouro. 
Para edificações consideradas novas, posteriores a 27 de dezembro de 2013, deve-se 
utilizar a Resolução Técnica CBMRS N° 11 – Parte 01 – Saídas de Emergência (2015), para o 
dimensionamento das saídas de emergência. Esta resolução estabelece os requisitos mínimos 
necessários para o dimensionamento das saídas de emergência para que a população possa 
abandonar a edificação. 
Para SEITO et al. (2008) as saídas de emergência devem dar condições de conforto 
mínimo e de segurança para os usuários da edificação. São fundamentais para a retirada por 
completo da população no local sinistrado. 
 
2.3.3 Plano de emergência 
O plano de emergência deve ser conforme a NBR 15219 (2009), a qual estabelece 
requisitos mínimos para a elaboração, implantação manutenção e revisão. Devem-se levar em 
conta os seguintes aspectos para a elaboração do plano: 
 Localização (por exemplo: urbana, rural, características da vizinhança, distâncias de 
outras edificações e/ou riscos, distância da unidade do Corpo de Bombeiros, existência de 
Plano de Auxílio Mútuo-PAM etc.); 
 Construção (por exemplo: alvenaria, concreto, metálica, madeira etc.); 
 Ocupação (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.); 
 População (por exemplo: fixa, flutuante, características, cultura etc.); 
 Característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários fora do 
expediente); 
 Pessoas portadoras de deficiências; 
 Outros riscos específicos inerentes à atividade; 
19 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
 Recursos humanos (por exemplo: brigada de incêndio, bombeiros profissionais civis, 
grupos de apoio etc.) e materiais existentes (por exemplo: extintores de incêndio, 
iluminação de emergência, sinalização, saídas de emergência, sistema de hidrantes, 
chuveiros automáticos, sistema de detecção e alarme de incêndio etc.). 
 
2.3.4 Brigada de incêndio 
Para Camillo Jr. (2006) a Brigada de Incêndio ou Brigada de Abandono é um grupo de 
funcionários devidamente treinados para efetuar a retirada rápida e ordenadade todos os 
ocupantes da edificação de acordo com o plano de emergência, ou plano de abandono. 
A tabela A.1 do Anexo A da NBR 14276 (2006) dimensiona a brigada de incêndio de 
acordo com a quantidade de funcionários registrados, e a RT N° 14/BM-CCB (2009) em seu Art. 
4° estipula que o quantitativo de pessoas treinadas exigidas por ocupação, será de acordo com a 
área da edificação, conforme a Tabela 1. 
Tabela 1 - Dimensionamento da Brigada de Incêndio 
RISCO N° DE PESSOAS 
Pequeno 1 a cada 750 m² 
Médio 2 a cada 750 m² 
Grande 3 a cada 750 m² 
Fonte: RT N° 14/BM-CCB (2009) 
2.3.5 Iluminação de emergência 
A NBR 10898 (2013) fixa as características mínimas exigíveis para as funções a que se 
destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas 
fechadas sem iluminação natural. 
A Resolução Técnica CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança contra 
incêndio (2014) define iluminação de emergência como: 
Iluminação de emergência de balizamento ou de sinalização: Iluminação de sinalização 
com símbolos e/ou letras que indicam a rota de saída que pode ser utilizada neste 
momento. 
Iluminação de emergência: Sistema que permite clarear áreas escuras de passagens, 
horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de 
restabelecimento de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal. 
20 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Iluminação de emergência de aclaramento: Sistema composto por dispositivos de 
iluminação de ambientes para permitir a saída fácil e segura das pessoas para o exterior 
da edificação, bem como proporcionar a execução de intervenção ou garantir a 
continuação do trabalho em certas áreas, em caso de interrupção da alimentação normal. 
A iluminação também se constitui em um dos mecanismos que poderão levar ou não ao 
pânico. Este sistema deve ser planejado adequadamente, acompanhando as necessidades visuais 
dos ocupantes da edificação e proporcionando luminosidade adequada para segurança dos 
usuários. (SEITO et al., 2008) 
O sistema de iluminação de emergência deve ser instalado em circuito independente. 
A iluminação de emergência deve substituir a iluminação artificial normal em caso de 
sinistro, pois este deve ser desligada, ou pode vir a falhar. A iluminação de emergência deve 
possuir fonte própria de energia que assegure um tempo mínimo de funcionamento. 
(BRENTANO, 2007) 
 
2.3.6 Controle de temperatura 
A temperatura na massa de grãos precisa ser tratada de duas formas diferentes: como 
causa e como efeito. Os principais focos de aquecimento externos que influenciam na 
temperatura dos grãos são a própria temperatura do ar (clima) e a incidência de radiação solar 
(especialmente em silos metálicos). (CITOLIN, 2012) 
 
2.3.7 Alarme de incêndio 
O alarme de incêndio tem por finalidade alertar alguma emergência constatada na 
edificação. 
A definição de alarme de incêndio segundo a RT N°2 CBMRS é a seguinte: 
Alarme: Dispositivo destinado a produzir sinais de alerta sonoro ou visual, por ocasião 
de uma emergência qualquer. 
Alarme de incêndio: Aviso de um incêndio, sonoro e/ou luminoso, originado por uma 
pessoa ou por um mecanismo automático, destinado a alertar as pessoas sobre a 
existência de um incêndio em determinada área da edificação. 
 
21 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
O alarme de incêndio é acionado por decisão humana através dos acionadores manuais. O 
acionador é constituído por uma caixa quadrada com tampa frontal em vidro transparente não 
removível, fabricado de forma que seu rompimento seja fácil, a Figura 3 apresenta um modelo de 
acionador manual de alarme. (BRENTANO, 2007) 
 
Figura 3 - Modelo de acionador manual de alarme 
 
Fonte: EXTINPRONTO, 2016 
A NBR 17240 (2010) estabelece critérios para a instalação dos acionadores manuais: 
 O acionador manual deve ser instalado em local de trânsito de pessoas em caso de 
emergência, como saídas de áreas de trabalho, áreas de lazer, corredores, saídas de 
emergência para o exterior etc. 
 Deve ser instalado a uma altura entre 0,90m e 1,35m do piso acabado, na forma embutida 
ou de sobrepor, na cor vermelho segurança. 
 A distância máxima a ser percorrida por uma pessoa, de qualquer ponto da área protegida 
até o acionador manual mais próximo, não pode ser superior a 30 m. 
 
 
 
22 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
2.3.8 Sinalização de emergência 
A sinalização de emergência é importante na edificação para que o abandono da área seja 
feita com sucesso. Conjunta com as cores de segurança, a sinalização irá orientar a população a 
se deslocar para o local mais seguro do local. (SEITO et al., 2008) 
A NBR 13434-1 (2004) classifica a sinalização como básica, e complementar. A 
sinalização básica é constituída por quatro categorias: 
 Sinalização de Proibição; 
 Sinalização de alerta; 
 Sinalização de orientação e salvamento; e 
 Sinalização de equipamento de combate e alarme. 
E a sinalização complementar é composta por faixas de cor ou mensagens, devendo ser 
empregadas nas seguintes situações: 
 Indicação continuada de rotas de saída; 
 Indicação de obstáculos e riscos de utilização das rotas de saída, como pilares, 
arestas de paredes, vigas, etc.; 
 Mensagens escritas específicas que acompanham a sinalização básica, onde for 
necessária a complementação da mensagem dada pelo símbolo. 
Segundo a mesma NBR, em planta baixa, os pontos onde devem ser implantadas as 
sinalizações devem estar indicados por uma circunferência dividida devem constar 
horizontalmente em duas partes iguais, sendo que na parte superior deve constar o código do 
símbolo e na parte inferior devem constar as suas dimensões, em milímetros, conforme Figura 4. 
Figura 4 - Símbolos para identificação de placas em planta baixa 
 
Fonte: NBR 13434-1 (2004) 
23 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
 
A NBR 13434-2 (2004) estipula que as formas de sinalização são: 
 Circular; 
 Triangular; e 
 Quadrada e retangular; 
A Figura 5 mostra como se quais medidas devem ser utilizadas no projeto, em planta 
baixa conforme Figura 4 e para qual tipo de sinalização devem ser utilizadas. 
Figura 5 - Tipos de placas de sinalização e suas funções 
 
Fonte: Adaptado, NBR 13434-2 (2004). 
Em planta baixa também devem ser utilizados os símbolos apresentados na NBR 14100 
(1998) conforme a Figura 6. 
Figura 6 - Simbologia para projeto 
 
Fonte: Adaptado, NBR 14100 (1998). 
 
 
24 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
2.3.9 Extintores 
O extintor de incêndio é um aparelho de acionamento manual, portátil ou sobre rodas, 
constituído de recipiente metálico, que pode ser de aço, cobre, latão ou material equivalente e 
seus acessórios, que contém no seu interior um agente extintor. (BRENTANO, 2008) 
A NBR 12693 (2013) define classifica extintores como: 
 Extintor portátil: Extintor de incêndio que pode ser transportado manualmente, 
sendo que sua massa total não pode ultrapassar 20 kg; 
 Extintor sobre rodas: Extintor de incêndio, montado sobre rodas, cuja massa total 
não pode ultrapassar 250 kg, operando e transportado por um único operador. 
A Resolução Técnica CBMRS N° 14 – Extintores de incêndio (2014) especifica extintores 
classificados para as classes de fogo A, B e C.E classifica as capacidades extintoras mínimas a 
ser usada de acordo com a classe de risco da edificação, e também a distância máxima a ser 
percorrida por um usuário da edificação até encontrar um extintor, conforme a Tabela 2. 
Tabela 2- Capacidade extintora mínima de acordo com a classe de risco da edificação e distância máxima a ser 
percorrida 
Classe de 
Risco 
Risco Classe A Risco Classe B Risco Classe C 
Capacidade 
Extintora 
Mínima 
Distância 
máxima a ser 
percorrida 
Capacidade 
Extintora 
Mínima 
Distância 
máxima a ser 
percorrida 
Capacidade 
Extintora 
Mínima 
Distância 
máxima a ser 
percorrida 
Baixo 2-A 25 m 20-B 25 m C 25 m 
Médio 2-A 20 m 40-B 20 m C 20 m 
Alto 4-A 15 m 80-B 15 m C 15 m 
Fonte: Adaptado, RT CBMRS N° 14 (2014). 
 
2.3.10 Hidrantes 
O sistema de hidrantes também pode ser chamado de sistema hidráulico fixo sob 
comando, é constituído de um conjunto de equipamentos, instrumentos e tubulações que 
possibilitam usar a água como agente extintor, manipulando-a sobre um foco de fogo, de modo a 
controlar seu desenvolvimento, impedindo que transforme-se em incêndio. (GOMES, 1998) 
25 
 
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A NBR 13714 (2000) define alguns pontos, como diâmetro de mangueiras e vazões para 
os diferentes tipos de sistemas hidrantes. Conforme a Tabela 3. 
Tabela 3 - Tipos de sistemas de hidrantes 
Tipo Esguicho 
Mangueiras 
Saídas Vazão (L/min) 
Diâmetro (mm) Comprimento máximo (m) 
1 Regulável 25 ou 32 30 1 80
 
ou 100 
2 
Jato compacto Ø16mm 
ou regulável 
40 30 2 300 
3 
Jato compacto Ø25mm 
ou regulável 
65 30 2 900 
Fonte: Adaptado, NBR 13714 (2000). 
A Resolução Técnica de Transição CBMRS (2015) define que o sistema de hidrantes para 
ocupação classificada no grupo M, divisão M-5, será do tipo 2, porém com reserva técnica de 
incêndio de no mínimo 54.000 litros. 
Porém a Norma de Processos Técnicos 027 – Armazenamento em silos do Corpo de 
Bombeiros do Paraná (2012) diz que: 
Será dispensada a execução de sistema de proteção por hidrantes, em edificações 
destinadas a depósito de sementes, grãos e assemelhados, em edificações onde a água 
não seja o agente extintor adequado, desde que a somatória das áreas das edificações de 
risco incorporado (excluído os depósitos de grãos, sementes e assemelhados) não 
ultrapasse a 1500m² se de Risco Leve ou 1000m² se de Risco Moderado ou Elevado. 
E a mesma norma salienta que os grãos devem ser constantemente aerados para evitar sua 
decomposição que podem gerar vapores inflamáveis como metanol, propanol ou butano, tendo 
em vista que a utilização de água em grãos pode também gerar tais gases. 
 
 
2.3.11 Controle de pós 
Todos os processos de produção começam com a aquisição de matéria prima que 
consequentemente é transformada em um produto intermediário ou diretamente para o 
produto final. Apesar da alta tecnologia industrial, a grande evolução da qualificação da 
mão de obra e as técnicas que minimizam os custos e aumentam o rendimento, ainda 
assim tem-se perda de matéria prima, essa perda é o que forma os resíduos. Para os 
cereais essa transformação de matéria em resíduo começa desde o momento da colheita 
passando pelo transporte, armazenamento e manuseio. Sendo que o resíduo gerado será a 
poeira, material finamente dividido. (ALVES, 2009, p. 24) 
Para Sá (2008) as poeiras dispersas no ar em concentrações adequadas podem levar a 
explosões. A possibilidade da explosão de uma nuvem de pó está condicionada pela dimensão de 
26 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
suas partículas, sua concentração, as impurezas, a concentração de oxigênio e a potência da fonte 
de ignição. 
 
2.3.12 Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA) 
A NBR 5419 (2015) fixa as condições de projeto, instalação e manutenção de Sistemas de 
Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA), para proteger as edificações e estruturas contra 
a incidência direta dos raios. A proteção se aplica também contra a incidência direta dos raios 
sobre os equipamentos e pessoas que se encontrem no interior destas edificações e estruturas ou 
no interior da proteção imposta pelo SPDA instalado. 
27 
 
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3 MÉTODO DE PESQUISA 
3.1 EDIFICAÇÃO A SER ESTUDADA 
O estudo de caso foi realizado em uma edificação de armazenamento de grãos, composta 
por um armazém, construído em estrutura metálica e fechamento até 1,20m em alvenaria não 
estrutural e o restante em chapas metálicas, com cobertura metálica, uma moega construída em 
concreto armado possuindo área de 496,00m², e quatro silos de armazenagem executados em 
material metálico, com 138,90m² cada, totalizando 1.051,60m², conforme as Figuras 7 e 8. 
Figura 7 - Edificação a ser estudada: planta baixa. 
 
Fonte: Autoria própria (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 8 - Edificação a ser estudada: vista lateral. 
 
Fonte: Autoria própria (2016) 
 
 
3.2 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 
Para iniciar a elaboração do Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) 
deve-se determinar qual o tipo de ocupação desta edificação. Esta classificação deve ser obtida no 
Anexo A da Lei Complementar N° 14.376 de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei 
Complementar 14.690 de 16 de março de 2015, a qual se enquadra no grupo M, com ocupação 
ESPECIAL e divisão M-5, conforme a Tabela 4. 
 
29 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Tabela 4 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à ocupação 
Grupo Ocupação/ Uso Divisão Descrição Exemplo 
M Especial 
M-1 Túnel 
Túnel rodoferroviário e marítimo, destinados 
a transporte de passageiros ou cargas 
diversas. 
M-2 
Líquido ou gás 
inflamáveis ou 
combustíveis 
Edificação destinada a produção, 
manipulação, armazenamento e distribuição 
de líquidos ou gases inflamáveis ou 
combustíveis. 
M-3 
Central de comunicação 
e energia 
Central telefônica, centros de comunicação, 
centrais de transmissão ou de distribuição de 
energia e assemelhados. 
M-4 
Propriedade em 
transformação 
Locais em construção ou demolição e 
assemelhados. 
M-5 Silos Armazéns de grãos e assemelhados. 
M-6 Terra selvagem 
Floresta, reserva ecológica, parque florestal e 
assemelhados. 
M-7 Pátio de contêineres 
Área aberta destinada a armazenamento de 
contêineres. 
Fonte: Adaptada. Lei Complementar N° 14.376 (2013) 
Para o dimensionamento das prevenções contra incêndio, a altura a ser admitida é a 
diferença entre o piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento, como a edificação 
estudada é de apenas um pavimentos se enquadra como térreo, e as alturas admitidas estão 
apresentadas na Tabela 5. 
Tabela 5 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio 
Tipo Altura 
I Térreo 
II H ≤ 6,00 
III 6,00 < H ≤ 12,00 
IV 12,00 < H ≤ 23,00 
V 23,00 < H ≤ 30,00 
VI Acima de 30,00 
Fonte: Lei Complementar N° 14.376 (2013) 
Para fazer a classificação da carga de incêndio presente na edificação, utiliza-se a tabela 
3.2 da Lei Complementar N° 14.376 (2013), a qual refere-se a “Classificação das edificações e 
áreas de risco quanto à carga de incêndio relativa à altura de armazenamento (depósitos)”, 
conforme a Tabela 6. 
 
30 
 
______________________________________________________________________________Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Tabela 6 - Classificação quanto à carga de incêndio 
Tipo de Material 
Carga de incêndio (Q) em MJ/m² 
Altura de armazenamento (em metros) 
1 2 4 6 8 10 12 
Grãos, Sementes 360 720 1440 2160 2880 3600 4320 
Fonte: Adaptado, Lei Complementar N° 14.376 (2013) 
Existem três classificações quanto ao risco de incêndio das edificações conforme a Tabela 
7. 
Tabela 7 - Classificação das edificações e áreas de risco quanto à carga de incêndio 
Risco Carga de Incêndio MJ/m² 
Baixo Até 300 MJ/m² 
Médio Entre 300 e 1.200 MJ/m² 
Alto Acima de 1.200 MJ/m² 
Fonte: Lei Complementar N° 14.376 (2013) 
Sendo que os silos possuem uma altura de armazenagem em torno de 12,00 metros, 
podemos considerar como carga de incêndio 4.320,00 MJ/m², e de acordo com a Tabela 7 é 
classificado como Risco Alto. 
Estipulados esses pontos, deve-se determinar as medidas de segurança contra incêndio 
necessárias para a edificação, as quais são estipuladas pela Lei Complementar 14.376 (2013), 
conforme o Tabela 8. 
Tabela 8 - Exigências para edificações de divisão M-5 (continua) 
MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA 
INCÊNDIO 
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ALTURA (EM METROS) 
TÉRREA H<6 6<H<12 12<H<23 23<H<30 ACIMA DE 30 
Acesso de Viaturas na Edificação X X X X X X 
Saída de Emergência X X X X X X 
Plano de Emergência X
1
 X
1
 X
1
 X
1
 X
1
 X
1
 
Brigada de Incêndio X X X X X X 
Iluminação de Emergência X
2
 X
2
 X
2
 X
2
 X
2
 X
2
 
Controle de temperatura X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 
Alarme de Incêndio X X X X X X 
Sinalização de Emergência X X X X X X 
Extintores X X X X X X 
Hidrantes e Mangotinhos X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 
Chuveiros Automáticos X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 X
3
 
Controle de pós X
4
 X
4
 X
4
 X
4
 X
4
 X
4
 
SPDA X X X X X X 
31 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
 
Tabela 9 - Exigências para edificações de divisão M-5 (conclusão) 
NOTAS ESPECÍFICAS: 
1 - Áreas de risco que possuam mais de um depósito de silagem; 
2 - Somente para áreas de circulação; 
3 - Observar regras e condições particulares para essa medida na RTCBMRS de armazenamento em silos; 
4 - Nas áreas com acúmulo de pós; 
NOTAS GERAIS: 
a - Observar ainda as exigências particulares da RTCBMRS de armazenamento em silos; 
b - As instalações elétricas e o SPDA devem estar em conformidade com as RTCBMRS; 
c - Para subsolos ocupados ver Tabela 7; 
d - Observar ainda as exigências para os riscos específicos das respectivas RTCBMRS.; 
Fonte: Lei Complementar N° 14.376 (2013) 
32 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
4 RESULTADOS OBTIDOS 
Utilizando os critérios estabelecidos na IT N° 06 do Corpo de Bombeiros de São Paulo, 
temos o projeto de acesso de viaturas na edificação, conforme a Figura 9. 
Figura 9 - Acesso de viatura na edificação 
 
Fonte: Autoria Própria, 2016. 
 
Para edificações do Grupo M Divisão M-5 a tabela 1 do Anexo A da RT n° 11 do Corpo 
de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015) apresenta os dados constantes na Tabela 9 
para dimensionamento das saídas de emergência. 
Tabela 10 - Dados para o dimensionamento das saídas de emergência 
Ocupação 
População 
Capacidade da Unidade de Passagem 
Grupo Divisão Acessos/ Descargas Escadas/ Rampas Portas 
M M-5 
Uma pessoa por 
10m² de área 
100 60 100 
Fonte: Adaptado, RT N° 11 CBMRS, 2015. 
Para o cálculo das unidades de passagens necessárias na edificação devemos utilizar a 
Equação 1. 
 N=P/C (1) 
Onde: 
N = Número de unidades de passagem, arredondadas para o número inteiro; 
33 
 
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P = População, conforme coeficiente da Tabela 1, do Anexo A da RT n° 11 do Corpo de 
Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015). 
C = Capacidade da unidade de passagem, conforme Tabela 1, do Anexo A da RT n° 11 do 
Corpo de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (2015). 
Para tanto deve-se fazer inicialmente o cálculo da população para a edificação. 
Tendo a edificação área interna total de 380,00m² e área útil (sem contar locais de moega 
e elevadores) de 300,00m², portanto pode-se considerar a população igual a 30 pessoas. 
Substituindo os dados na Equação 2 temos: 
 N=30/100 (2) 
 
Tendo em vista que devemos arredondar o valor encontrado para numero inteiro, na 
edificação se faz necessário uma unidade de passagem, porém a RT N° 11 limita ao valor mínimo 
das aberturas para saídas de emergência em duas unidades de passagem, sendo uma unidade de 
passagem 0,55 metros, portanto o valor mínimo é de 1,10 metros. 
A edificação apresenta duas portas de 5,00 metros cada, sendo assim o vão existe está de 
acordo. 
O Plano de Emergência que deve ser empregado nesta edificação foi elaborado conforme 
o ANEXO A. 
Tendo em vista que a Tabela A.1 do Anexo A da NBR 14276 (2007) não está atualizada 
em relação a Lei Complementar 14.376 (2013) devemos analisar para a composição da brigada 
de incêndio para silos os itens referentes a indústria, especificamente I-3 (Locais onde há alto 
risco de incêndio pela existência de quantidades suficientes de matérias perigosos – exemplo: 
Elevadores de grãos), as exigências estão apresentadas na Tabela 10. 
 
 
34 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Tabela 110 - Brigada de incêndio 
G
ru
p
o
 
Descrição Exemplos 
Grau 
de 
Risco 
População fixa por pavimento ou 
compartimento Nível do 
treinamento 
(Anexo B) 
Nível da 
instalação 
(NBR 14277) 
Até 2 Até 4 Até 6 
Até 
8 
Até 
10 
Acima 
de 10 
I-1 
Indústria 
Fábricas e 
atividades 
industriais 
em geral 
Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) 
Intermediário 
(nota 13) 
Intermediário 
(nota 13) 
I-2 Médio Todos Todos 4 5 6 (nota 5) 
Intermediário 
(nota 13) 
Intermediário 
(nota 13) 
I-3 Alto Todos Todos Todos 7 8 (nota 5) Avançado Avançado 
Nota 5: Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas, será acrescido 
+ 1 brigadista para cada grupo de 20 pessoas para risco baixo, mais um brigadista para cada grupo de 15 pessoas para 
risco médio e mais um brigadista para cada grupo de 10 pessoas para risco alto. 
Nota 13: As plantas que não possuírem hidrantes em suas instalações podem optar pelo nível de treinamento básico e 
nível de instalação para treinamento básico. 
Fonte: Adaptado, NBR 14276 (2007) 
O nível de treinamento e o nível de instalação, que é o avançado, serão apresentados no 
Anexo B deste trabalho, para o dimensionamento do número de integrantes da brigada optou-se 
pelo critério estabelecido na RT N° 14/BM-CCB (2009), por tanto necessita-se de 6 pessoas 
treinadas. 
Para o sistema de iluminação optou-se pelo sistema centralizado de baterias, já que o pé 
direito da edificação é alto. Serão utilizados dois blocos tipo farolete nas paredes perpendiculares 
às portas existentes, este sistema possui a opção de direcionar o foco de luz, conforme Figura 10. 
Foi evitado o posicionamento das iluminações nas paredes onde estão localizadas as saídas de 
emergência, já que esta localização poderia ofuscar a visão das pessoas presentes na edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 10 - Iluminação de emergência 
 
Fonte: Autoria própria (2016) 
 
Utilizando-se os critérios paraa elaboração do projeto de alarmes, conforme citado 
anteriormente, tendo um sistema de alarme, deve-se ter também uma central de alarme, temos a 
disposição dos acionadores manuais e da central de alarme conforme Figura 11. 
36 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 11 - Locação de acionador manual de alarme 
 
Fonte: Autoria própria (2016) 
A sinalização utilizada será a dos equipamentos, extintores, alarmes e hidrantes, e também 
das rotas de fuga. A Figura 12 demonstra a locação das placas e a Figura 13 apresenta as placas a 
serem utilizadas. 
 
37 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 12 - Locação da sinalização de orientação 
 
Fonte: Autoria Própria (2016) 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 13 - Placas indicativas 
 
Fonte: Adaptada, NBR 13434-1 (2004) 
 
Serão utilizados extintores do tipo pó químico ABC (fosfato monoamônico) de 8kgs cada, 
com capacidade individual de 4A 40BC. Já que a RT N° 14 estabelece como capacidade extintora 
mínima para risco alto de incêndio de 4A 80B:C para cada ponto, e distância máxima a percorrer 
de 15 metros, serão locados dois extintores. Os extintores devem receber numeração, sua 
capacidade extintora e massa devem ser indicadas em planta, pode ser juntamente com a 
simbologia, ou em tabela separada. A locação e distribuição ficaram de acordo com a Figura 14. 
 
 
 
39 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 14- Locação dos extintores 
 
Fonte: Autoria Própria (2016) 
O sistema de hidrantes que deve ser utilizado na edificação é do tipo 2, com 600 l/min, 
porém com reserva técnica de incêndio (RTI) de 54.000 litros. A Figura 15 mostra a distribuição 
dos pontos de hidrante. 
 
40 
 
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Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 15 - Locação do sistema de hidrantes 
 
Fonte: Autoria Própria (2016) 
Para a definição da bomba de incêndio a ser empregada na edificação utilizou-se o 
software Hydros da empresa AltoQI, o qual classificou como adequada uma bomba de 5CV, 
conforme memória de cálculo apresentado no ANEXO D. 
41 
 
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Para apresentação do projeto, de acordo com o Corpo de Bombeiros, nem todos os 
sistemas devem ser lançados em planta, de acordo com o ANEXO L da Resolução Técnica N° 05 
– Parte 01 serão analisados os seguintes sistemas, conforme a Tabela 11. 
Tabela 12 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio 
de pronta resposta (Continua) 
Medidas de 
Segurança 
Contra Incêndio 
CBMRS 
COLUNA A 
Análise dos requisitos operacionais 
Extintores de 
Incêndio 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta Baixa: 
a. Nº de ordem que o identifique em planta; 
b. Tipo de agente extintor; 
c. Capacidade extintora; 
d. Distribuição das unidades extintoras, com a representação das distâncias máximas a 
percorrer, informando as medidas em metros. 
Alarme de 
Incêndio 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta Baixa: 
a. Nº de ordem que o identifique em planta; 
b. Distribuição dos acionadores manuais, com a representação das distâncias máximas a 
percorrer, informando as medidas em metros; 
c. Representação da central do alarme de incêndio. 
Saídas de 
Emergência 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Análise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta Baixa: 
a. Quantidade de saídas de emergência e distâncias máximas a percorrer, informando as 
medidas em metros; 
b. Larguras dos acessos, escadas, rampas, descarga e portas; 
c. Detalhamento correto das rampas nas ocupações dos Grupos “F” e “H”, quanto à 
largura, inclinação, localização e ligação correta dos pavimentos e desníveis; 
d. Sentido de abertura das portas; 
e. Existência de barra antipânico e da porta corta-fogo e de seu TRRF,quando exigidas; 
f. Tipo de escada e verificação da existência dos seguintes requisitos mínimos, quando 
exigidos: corrimãos, guarda-corpos, antecâmara, aberturas/dutos de entrada e saída de 
ar, sistema de pressurização; 
g. Localização do elevador de emergência, quando exigido; 
h. Localização e dimensões das áreas de refúgio, quando exigidas; 
i. Nº de ordem e distribuição da sinalização de orientação e salvamento ou iluminação de 
balizamento. 
3. Verificação do Laudo Técnico de Capacidade de Lotação, nas ocupações do Grupo “F”. 
Acesso de 
Viaturas na 
Edificação 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta de Situação/Localização: 
a. Representação e dimensões do pórtico; 
b. Dimensões dos acessos internos, quando obrigatórios; 
c. Representação do dispositivo de recalque e da tomada de hidrante, caso a edificação 
esteja localizada a mais de 30 metros da via pública, nos termos do item 4.6 da 
Resolução Técnica de Transição. 
3. Análise em Planta baixa: 
a. Nº de ordem que o identifique em planta, distribuição das 
tomadas e abrigos, com a representação da distância máxima de cobertura, especificando a 
dimensão e localização do dispositivo de recalque, caso o acesso de viaturas seja 
substituído por rede de hidrantes seca, nos termos do item 4.6.2 da Resolução Técnica de 
Transição. 
42 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Tabela 13 – Exigências para análise do CBMRS e responsabilidade quanto às medidas de segurança contra incêndio 
de pronta resposta (Continua) 
Medidas de 
Segurança Contra 
Incêndio 
CBMRS 
COLUNA A 
Análise dos requisitos operacionais 
Hidrante e 
Mangotinhos 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta Baixa: 
a. Nº de ordem que o identifique em planta; 
b. Distribuição das tomadas e abrigos, com a representação da distância máxima de 
cobertura, informando a medida em metros; 
c. Localização do dispositivo de recalque; 
d. Localização da reserva técnica de incêndio. 
Isolamento de 
risco entre 
ocupações mistas 
1. Análise dos dados do Memorial Descritivo de Analise para Segurança Contra Incêndio. 
2. Análise em Planta Baixa e Corte: 
a. Dimensão do afastamento entre edificações, quando aplicável; 
b. Distâncias entre aberturas, quando aplicável; 
c. Dimensões das abas e marquises corta-fogo, recuos e balanços, quando utilizados 
como elemento de compartimentação; 
d. Representação dos elementos corta-fogo e discriminação dos TRRF. 
Fonte: Adaptado, Resolução Técnica N° 05 – Parte 1 (2016) 
 
A mesma resolução apresenta o ANEXO B (Memorial descritivo de análise para 
segurança contra Incêndio – MDASCI) o qual deve ser preenchido e enviado juntamente com os 
projetos, conforme Anexo C deste trabalho. 
43 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
5 CONCLUSÃO 
Levando-se em consideração todo o exposto anteriormente, concluindo-se que a 
edificação necessitará ter a proteção pelos sistemasde acesso de viaturas na edificação, saída de 
emergência, brigada de incêndio, iluminação de emergência, controle de temperatura, alarme de 
incêndio, sinalização de emergência, extintores e hidrantes, e nota-se que a prevenção é 
fundamental, porém não aquela apresentada apenas em projeto, e sim aquela executada. 
Após o correto posicionamento dos sistemas deve-se elaborar dois projetos. A Figura 16 
refere-se ao PrPCI que deve ser entregue para o proprietário e executada e, a Figura 17 que indica 
a forma correta de apresentação junto ao Corpo de Bombeiros. 
 
Figura 16 - Projeto para ser executado 
 
Fonte: Autoria Própria (2016) 
44 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
Figura 17 - Projeto para análise do Corpo de Bombeiros 
 
Fonte: Autoria Própria (2016) 
Além deste projeto (Figura 17) deve ser enviado para análise do Corpo de Bombeiros o 
ANEXO B (Memorial descritivo de análise para segurança contra Incêndio – MDASCI) da 
Resolução Técnica N° 05 – Parte 01, conforme Anexo C deste trabalho, e também a Anotação de 
Responsabilidade Técnica (ART) descriminando todos os itens projetados, inclusive os 
apresentados no projeto da Figura 16. 
45 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
REFERÊNCIAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898: Sistema de iluminação 
de emergência. Rio de Janeiro, 2013. 
 
_______. NBR 13434-1: Sinalização de segurança conta incêndio e pânico. Parte 1: Princípios de 
projeto. Rio de Janeiro, 2004. 
 
_______. NBR 13434-2: Sinalização de segurança conta incêndio e pânico. Parte 2: Símbolos e 
suas formas, dimensões e cores. Rio de Janeiro, 2004. 
 
_______. NBR 13714: Sistema de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de 
Janeiro, 2000. 
 
_______. NBR 13860: Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de 
Janeiro, 1997. 
 
_______. NBR 14100: Proteção contra incêndio – Símbolos gráficos para projeto. Rio de Janeiro, 
1998. 
 
_______. NBR 14276: Brigada de incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2007. 
 
_______. NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio - Requisitos. Rio de Janeiro, 2009. 
 
_______. NBR 17240: Sistema de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, 
comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Rio 
de Janeiro, 2010. 
 
ARAGÃO, Ranvier F. Incêndio e Explosivos – Uma introdução à Engenharia Forense. 2010. 
 
BRENTANO, Telmo. A Proteção Contra Incêndios no Projeto de Edificações. 2007 
46 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
 
CAMILLO JR, Abel B. Manual de Prevenção e combate a incêndios. 2006 
CITOLIN, RICARDO S. Sistema de termometria para silos. Projeto de Diplomação. 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2012 
 
EXTIMPRONTO. Segurança e proteção contra incêndios. Acessado em: 27 de abr. de 2016. 
Disponível em: 
<http://extimpronto.com.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=64> 
 
GOMES, ARY G. Sistemas de prevenção contra incêndios. 1998 
 
LEI COMPLEMENTAR N° 14.376, de 26 de dezembro de 2013, atualizada até a Lei 
Complementar n° 14.690, de 16 de março de 2015. 
 
MANUAL DE PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO. CARTILHA 
ORIENTATIVA. Prefeitura do Município de São Paulo. Departamento de controle do uso de 
imóveis – CONTRU. Acessado em: 04 de abr. de 2016. Disponível em: 
<http://www.segurancaetrabalho.com.br/download/prevencao-incendios-manual.pdf> 
 
NADAL, Paula. Por que 8 de março é o dia internacional da mulher?. Revista Nova Escola. 
Acessado em: 05 de mai. de 2016. Disponível em: 
<http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/8-marco-dia-internacional-mulher-
genero-feminismo-537057.shtml> 
 
NORMA DE PROCEDIMENTO TÉCNICOS N° 027 – Armazenamento em silos. Corpo de 
Bombeiros do Paraná. 2012 
 
REVISTA EXAME. Os maiores incêndios do Brasil antes de Santa Maria. Acessada em: 05 
de mai. de 2016. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-maiores-incendios-
no-brasil> 
 
47 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS – Resolução técnica de transição. Comando do Corpo de 
Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio Grande do 
Sul, 2015. 
 
RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 02 – Terminologia aplicada a segurança contra 
incêndio. Comando do Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e 
investigação. Estado do Rio Grande do Sul, 2014. 
 
RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 11 – Parte 01 – Saídas de Emergência. Comando do 
Corpo de Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio 
Grande do Sul, 2015. 
 
RESOLUÇÃO TÉCNICA CBMRS N° 14 – Extintores de Incêndio. Comando do Corpo de 
Bombeiros. Divisão técnica de prevenção de incêndio e investigação. Estado do Rio Grande do 
Sul, 2014. 
 
RESOLUÇÃO TÉCNICA N° 014/BM-CCB – Treinamento de Prevenção e Combate a 
Incêndio – TCPI. Comando do Corpo de Bombeiros da Brigada Militar. Estado do Rio Grande 
do Sul, 2009. 
 
SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Classificação dos incêndios e dos agentes 
extintores. Acessado em: 04 de abr. de 2016. Disponível em: 
<http://saudeesegurancanotrabalho.com/combate-incendio/classificacao-incendios-agentes-
extintores.htm> 
 
SEITO, ALEXANDRE I.; GILL, AFONSO A.; PANNONI, FABIO D.; ONO, ROSARIA; 
SILVA, SILVIO B.; DEL CARLO, UALFRIDO; SILVA, VALDIR P. A segurança contra 
incêndio no Brasil. 2008 
 
SILVA, Valdir P. Estruturas em aço em situação de incêndio. 2004 
 
48 
 
______________________________________________________________________________ 
Projeto de Prevenção e Proteção Contra Incêndios e Explosões em Armazém de Grãos 
STOCKMANN, Francielly B. Projeto de prevenção de incêndio e pânico em uma recicladora 
de tintas em Foz do Iguaçu – Paraná. Monografia. Universidade Tecnológica Federal do 
Panará – UTFPR – Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
Medianeira. 2012. 
 
 
 
ANEXO A – PLANO DE EMERGÊNCIA 
1. DESCRIÇÃO DA PLANTA 
1.1 Planta: Armazenagem de Grãos 
1.2 Localização: Edificação localizada em área rural 
1.2.1 Endereço: 
1.2.2 Característica da vizinhança: Edificação isolada 
1.2.3 Distância do Corpo de Bombeiros: 
1.2.4 Meios de Ajuda Externa: Posto do Corpo de Bombeiros à x metros (fone 193) 
1.3 Construção: Em concreto armado e estrutura metálica. 
1.4 Dimensões: 
1.4.1 Área Total de 1051,60m² 
1.5 Ocupação conforme Lei Complementar 14.376, de dezembro de 2013: 
1.5.1 Grupo: M; 
1.5.2 Ocupação: Especial; 
1.5.3 Divisão: M-5 
1.5.4 Carga de Incêndio: 4.320,00 MJ/ m² 
1.6 População: 
1.6.1 Conforme RT 11 CBMRS (2014) – uma pessoa a cada 10,00 m² de área, levando 
em consideração as áreas de circulação temos um total de 20 pessoas. 
1.7 Funcionamento: 7:00 horas às 19:00 horas 
1.8 Pessoas portadoras de deficiências: não há pessoas registradas no momento 
1.9 Recursos Humanos: 
1.9.1 Brigada de Incêndio: Todos os funcionários 
1.10 Recursos Materiais: 
1.10.1 Extintores de Incêndio Portáteis; 
1.10.2 Sistema de Hidrantes; 
1.10.3 Iluminação de Emergência; 
1.10.4 Alarme de Incêndio com central no quadro de comando; 
1.10.5 Sinalização de Emergência; 
 
 
 
 
 
2. ABANDONO DA ÁREA 
Caso seja necessário abandonar a edificação, deve ser acionado novamente o alarme de 
incêndio para que se inicie o abandono geral. Os ocupantes do setor sinistrado, que já devem 
estar cientes da emergência, devem seros primeiros a sair, em fila e sem tumulto, após o primeiro 
toque, com um brigadista liderando a fila e outro encerrando a mesma. Antes do abandono 
definitivo do pavimento, um ou dois brigadistas devem verificar se não ficaram ocupantes 
retardatários e providenciar o fechamento de portas e/ou janelas, se possível. Todos os ocupantes 
de cada setor, após soar o primeiro alarme, devem parar o que estiverem fazendo, pegar apenas 
seus documentos pessoais e encaminharem-se para a saída mais próxima. 
 
3. ISOLAMENTO DE ÁREA 
A área sinistrada deve ser isolada fisicamente, de modo a garantir os trabalhos de 
emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local. 
 
4. CONFINAMENTO DO INCÊNDIO 
O incêndio deve ser confinado de modo a evitar a sua propagação e consequências. 
 
5. COMBATE AO INCÊNDIO 
Os demais Brigadistas devem iniciar, se necessário e/ou possível, o combate ao fogo, 
podendo ser auxiliados por outros funcionários, desde que devidamente treinados, capacitados e 
protegidos. O combate ao incêndio deve ser efetuado conforme treinamento específico dado aos 
Brigadistas. 
 
6. INVESTIGAÇÃO 
Após o controle total da emergência e a volta à normalidade, incluindo a liberação do 
Condomínio pelas autoridades, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo de investigação e 
elaborar um relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de controle, para as devidas 
providências e/ou investigação. 
 
 
 
 
ANEXO B - CURRICULO MÍNIMO DO CURSO DE FORMAÇÃO DE BRIGADA DE 
INCÊNDIO. 
Tabela 14 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático 
Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática 
01 - Introdução 
Objetivos do curso e o 
brigadista 
Conhecer os objetivos gerais do 
curso e comportamento do 
brigadista 
 
02 - Aspectos Legais Responsabilidade do brigadista 
Conhecer os aspectos legais 
relacionados a responsabilidade 
do brigadista 
 
03 - Teoria do Fogo 
Combustão, seus elementos e a 
reação em cadeia. 
Conhecer a combustão, seus 
elementos, funções, temperaturas 
do fogo (por exemplo: ponto de 
fulgor, ignição e combustão) e a 
reação em cadeia. 
 
04 - Propagação do fogo 
Condução, convecção e 
irradiação. 
Conhecer as formas de 
propagação do fogo 
 
05 - Classes de Incêndio Classificação e características Identificar as classes de incêndio 
Reconhecer as classes de 
incêndio 
06 - 
Prevenção de 
incêndio 
Técnicas de prevenção 
Conhecer as técnicas de 
prevenção para avaliação dos 
riscos em potencial 
 
07 - 
Métodos de 
extinção 
Isolamento, abafamento, 
resfriamento e extinção 
química. 
Conhecer os métodos e suas 
aplicações 
Aplicar os métodos 
08 - Agentes Extintores 
Água, PQS, CO2, espumas e 
outros. 
Conhecer os agentes, suas 
características e aplicações. 
Aplicar os agentes 
09 - 
EPI (equipamento 
de proteção 
individual) 
EPI 
Conhecer os EPI's necessários 
para proteção da cabeça, dos 
olhos, do tronco, dos membros 
superiores e inferiores e do corpo 
todo. 
Utilizar EPI corretamente 
10 - 
Equipamento de 
combate a incêndio 
1 
Extintores e acessórios 
Conhecer os equipamentos, suas 
aplicações, manuseio e 
inspeções. 
Operar os equipamentos 
11 - 
Equipamento de 
combate a incêndio 
2 
Hidrantes, mangueiras e 
acessórios. 
Conhecer os equipamentos, suas 
aplicações, manuseio e 
inspeções. 
Operar os equipamentos 
12 - 
Equipamentos de 
detecção, alarme e 
comunicação. 
Tipos e funcionamento 
Conhecer os meios mais comuns 
de sistemas e manuseio 
Identificar as formas de 
acionamento e desativação 
dos equipamentos 
13 - Abandono de área Conceitos 
Conhecer as técnicas de 
abandono de área, saída 
organizada, pontos de encontro e 
chamada e controle de pânico. 
 
 
 
 
Tabela 15 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Continuação) 
 Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática 
14 - 
Pessoas com 
mobilidade 
reduzida 
Conceitos 
Conhecer as técnicas de 
abordagem, cuidados e condução 
de acordo com o plano de 
emergência da planta. 
 
15 - Avaliação inicial 
Avaliação do cenário, 
mecanismo de lesão e número 
de vítimas. 
Conhecer os riscos iminentes, os 
mecanismos de lesão, número de 
vítimas e o exame físico destas. 
Avaliar e reconhecer os 
riscos iminentes, os 
mecanismos de lesão, o 
número de vítimas e o exame 
físico destas. 
16 - Vias aéreas 
Causas de obstrução e 
liberação 
Conhecer os sinais e sintomas de 
obstruções em adultos, crianças e 
bebês conscientes e 
inconscientes. 
Conhecer os sinais e 
sintomas de obstruções em 
adultos, crianças e bebês 
conscientes e inconscientes, 
e promover a desobstrução. 
17 - 
RCP (ressuscitação 
cardiopulmonar) 
Ventilação artificial e 
compressão cardíaca externa 
Conhecer as técnicas de RCP 
para adultos, crianças e bebês. 
Praticar as técnicas de RCP 
18 - AED/DEA 
Desfibrilação semiautomática 
externa 
Conhecer equipamentos 
semiautomáticos para 
desfibrilação externa precoce 
Utilizar equipamentos 
semiautomáticos para 
desfibrilação externa precoce 
19 - Estado de choque 
Classificação prevenção e 
tratamento 
Conhecer sinais, sintomas e 
técnicas de prevenção e 
tratamento. 
Aplicas as técnicas de 
prevenção e tratamento do 
estado de choque 
20 - Hemorragias Classificação e tratamento 
Conhecer as técnicas de 
hemostasia 
Aplicar as técnicas de 
contenção de hemorragia 
21 - Fraturas Classificação e tratamento 
Conhecer as fraturas abertas e 
fechadas e técnicas de 
imobilizações 
Aplicar as técnicas de 
imobilização 
22 - Ferimentos Classificação e tratamento 
Identificas os tipos de ferimentos 
localizados 
Aplicas os cuidados 
específicos em ferimentos 
23 - Queimaduras Classificação e tratamento 
Conhecer os tipos (térmicas, 
químicas e elétricas) e os graus 
(primeiro, segundo e terceiro) 
das queimaduras. 
Aplicar as técnicas e 
procedimentos de socorro de 
queimaduras 
24 - Emergência clínicas Reconhecimento e tratamento 
Conhecer síncope, convulsões, 
AVC (acidente vascular 
cerebral), dispneias, crises hiper 
e hipotensiva, IAM (infarto 
agudo do miocárdio), diabetes e 
hipoglicemia. 
Aplicar as técnicas de 
atendimento 
25 - 
Movimentação, 
remoção e 
transporte de 
vítimas. 
Avaliação e técnicas 
Conhecer as técnicas de 
transporte de vítimas clínicas e 
traumáticas com suspeita de 
lesão na coluna vertebral 
Aplicar as técnicas de 
movimentação, remoção e 
transporte de vítima. 
26 - 
Riscos específicos 
da planta 
Conhecimento 
Discutir os riscos específicos e o 
plano de emergência contra 
incêndio da planta 
 
27 - 
Psicologia em 
emergências 
Conceitos 
Conhecer as reações das pessoas 
em situação de emergência 
 
28 - 
Ferramentas de 
salvamento 
Corte, arrombamento, remoção 
e iluminação 
Conhecer as ferramentas de 
salvamento 
Utilizar as ferramentas de 
salvamento 
 
 
 
Tabela 16 – Tabela B.1 – Anexo B - Conteúdo programático (Conclusão) 
 Módulo Assunto Objetivos da parte teórica Objetivos da Parte Prática 
29 - 
Sistema de controle 
de incidentes 
Conceitos e procedimentos 
Conhecer os conceitos e 
procedimentos relacionados ao 
sistema de controle de incidentes 
 
30 - 
Proteção 
respiratória 
Conceitos e procedimentos 
Conhecer os procedimentos para 
utilização dos equipamentos 
autônomos de proteção 
respiratória 
Utilizar EPR 
31 - 
Resgate de vítimas 
em espaços 
confinados 
Avaliação e técnicas 
Conhecer as normas e 
procedimentos para resgate de 
vítimas em espaços confinados 
Aplicar as técnicas e os 
equipamentos para resgate de 
vítimas em espaços 
confinados 
32 - 
Resgate de vítimas 
em altura 
Avaliação e técnicas 
Conhecer as técnicas para 
resgate de vítima em altura 
Aplicar as técnicas e os 
equipamentos para resgate de 
vítimas altura 
33 - 
Emergências 
químicas e 
tecnológicas 
Conceitos e procedimentos 
Conheceras normas e 
procedimentos relacionados às 
emergências químicas e 
tecnológicas 
Aplicar as técnicas para 
emergências químicas e 
tecnológicas 
Nota - Cada planta deve determinar no mínimo quatro brigadistas para participar dos treinamentos dos módulos 31 e 32, nos 
casos definidos na tabela B.2. 
Fonte: NBR 14276 (2006) 
Tabela 17 – Tabela B.2 – Módulo e carga horária mínima por nível do treinamento 
Nível de 
treinamento 
Módulo Carga Horária mínima (horas) 
Avançado 
- Parte teórica de combate a incêndio: 01 a 
14, 26 a 29. 
- Parte teórica de primeiros-socorros: 15 a 25 
- Parte teórica de proteção respiratória: 30 
- Parte prática de combate a incêndio: 05, 07, 
08, 09, 10, 11, 12 e 28. 
- Parte prática primeiros-socorros: 15 a 25. 
- Parte prática de proteção respiratória: 30 
- Parte teórica Complementar: 29, 31 a 33 
- Parte prática complementar: 31 a 33 
- Parte teórica de combate a incêndio: 4 
- Parte teórica de primeiros socorros: 10. 
- Parte teórica de proteção respiratória: 2 
- Parte prática de combate a incêndio: 8 
- Parte prática de primeiros socorros: 8. 
- Parte prática de proteção respiratória: 2 
- Parte teórica complemento: 
 Sistema de controle de incidentes: 1 
 Resgate de vítimas em altura: 8 
 Emergências químicas e tecnológicas: 4 
- Parte pratica Complemento: 
 Resgate de vítimas em espaços 
confinados: conforme ABRNT NBR 
14787 
 Resgate de vítimas em altura: 8 
 Emergências químicas e tecnológicas: 8 
 
Fonte: Adaptado, NBR 14276 (2006). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO C 
ANEXO B - MEMORIAL DESCRITIVO DE ANÁLISE PARA SEGURANÇA CONTRA 
INCÊNDIO – MDASCI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO B 
 
Pág: _______________ 
 
Rubricas: 
___________________ 
 
___________________ 
Ao Sr. Comandante do Corpo de Bombeiros Militar 
Encaminho a V.S.ª, o Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio – PPCI para 
 □ ANÁLISE □ REANÁLISE 
 
PPCI N.º:__________________________ 
MEMORIAL DESCRITIVO DE ANÁLISE PARA SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO – MDASCI 
1. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE INCÊNDIO 
Razão Social: 
Nome Fantasia: 
CNPJ: 
Logradouro: 
Nº: Complemento: Bairro: 
Município: CEP: 
2. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO OU RESPONSÁVEL PELO USO DA EDIFICAÇÃO (Mediante procuração) 
Nome do Proprietário: 
CPF: Telefone: E-mail: 
Nome do responsável pelo uso: 
CPF: Telefone: E-mail: 
3. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PPCI 
Nome: 
CPF: Telefone: E-mail: 
Formação profissional: Nº CREA/CAU: 
4. DOCUMENTOS JUNTADOS AO PPCI (para preenchimento do CBMRS) 
□ Comprovante de pagamento de taxa de análise □ Procuração do proprietário da edificação ou área de 
risco de incêndio 
□ ART / RRT de projeto de PPCI □ ART / RRT de projeto e execução de PPCI 
□ Planta de situação / localização □ Planta Baixa 
□ Observações: 
□ Corte
ANEXO B 
 
Pág: _______________ 
 
Rubricas: 
___________________ 
 
___________________ 
5. CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO OU ÁREA DE RISCO DE INCÊNDIO 
Ocupação(ões) predominante(s) (grupo, divisão e descrição) : 
 
Carga incêndio (MJ/m²): Grau de risco: 
Ocupação(ões) subsidiária(s) (grupo, divisão e descrição) : 
 
Carga incêndio (MJ/m²): 
Ocupação(ões) principal(is) do subsolo (grupo, divisão e descrição) : 
 
Carga incêndio (MJ/m²): Grau de risco: 
Área total construída (m²): Área total a ser protegida (m²): 
Área do subsolo (m²): Característica construtiva – X, Y ou Z: 
Nº de pavimentos acima do solo: Nº de pavimentos subsolo: 
Altura descendente (m): Altura ascendente (m): 
População total: População do pav. de maior população (exceto descarga): 
6. MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO A SEREM EXECUTADAS E REGULAMENTAÇÃO OBSERVADA 
Conforme a legislação estadual vigente, são obrigatórios o projeto e a execução das seguintes medidas de segurança contra 
incêndio na edificação ou área de risco de incêndio, de acordo com a ocupação indicada: 
 
O
b
se
rv
a
r 
o
 A
n
ex
o
 “
L
”,
 
T
ab
el
a 
L
.1
 
Medidas de Segurança Contra Incêndio de Pronta Resposta 
□ Extintores de Incêndio 
RTCBMRS n.º 14/2014 
□ Saídas de Emergência 
RTCBMRS n.º 11, Parte 01/2015 
LAUDO TÉCNICO DE CAPACIDADE DE LOTAÇÃO (Apenas para o Grupo “F”) 
De acordo com a (citar a norma)________________________________________ e as características da 
edificação, especialmente saídas de emergência, concluo que a capacidade de lotação máxima para a ocupação 
do Grupo F presente nesta edificação é de (citar a lotação máxima)___________________________________. 
 
 
 
 
 
 
Memorial de cálculo da população total Área (m²) 
Densidade 
populacional 
da área* 
População 
Áreas de apoio 
Demais áreas da ocupação predominante 
Outras áreas com densidade diferenciada da 
ocupação predominante 
 
 População Total 
* Refere-se à coluna “População”, da Tabela 1, do Anexo “A”, da RTCBMRS n.º 11/2015 
ANEXO B 
 
Pág: _______________ 
 
Rubricas: 
___________________ 
 
___________________ 
□ Isolamento de Risco 
Lei Complementar n.º 14.376/2013 e RTT
□ Acesso de Viaturas na Edificação 
IT n.º 06/2011 – Corpo de Bombeiros de São Paulo 
□ Alarme de Incêndio 
ABNT NBR 17240/2010 
□ Hidrante e Mangotinhos 
RTT e ABNT NBR 13714/2000 
A edificação possui reserva técnica de incêndio compartilhada □ Sim □ Não 
Marque o tipo de sistema de hidrantes e mangotinhos a ser empregado na edificação: 
Tipo Reserva 
Características 
de cada 
hidrante no (s) 
pavimento(s) 
Vazão mínima 
por hidrante 
(lpm) 
Mangueiras tipo 
flexíveis com 
comprimento 
máximo de 30 m 
Diâmetro 
mínimo da
canalização 
Material da 
canalização 
Autonomia 
mínima do 
sistema 
Esguichos 
□ 1 9,6 m³ 
Hidrante(s) 
dotado(s) de 01 
mangote de 1 
pol e 01 tomada 
storz de 40 mm 
(1¹/² pol) 
80 Não 
65 mm ou 50 
mm com 
desempenho 
hidráulico 
comprovado 
Aço ou Ferro 
atendendo 
especificações 
indicadas pela 
RT CBMRS 
60 min 
 
 Especial 
regulável 
para o 
mangote 
□ 1 12 m³ 
Hidrante(s) 
dotado(s) de 01 
mangote de 01 
pol e 01 tomada 
storz de 40 mm 
(1¹/² pol) 
100 Não 
65 mm ou 50 
mm com 
desempenho 
hidráulico 
comprovado 
Aço ou Ferro 
atendendo 
especificações 
indicadas pela 
RT CBMRS 
60 min 
Especial 
regulável 
para o 
mangote 
□ 2 36 m³ 
Hidrante(s) 
dotado(s) de 02 
tomadas storz 
de 40 mm 
(1¹/²pol) 
600 (300 lpm 
por tomada) 
40 mm, em n° 
capaz de alcançar 
cada ponto da 
edificação com, 
no mínimo, 02 
jatos simultâneos 
de neblina. 
65 mm 
Aço ou Ferro 
atendendo 
especificações 
indicadas pela 
RT CBMRS 
60 min 
Somente 
especiais 
reguláveis 
□ 2 36 m³ 
Hidrante(s) 
dotado(s) de 01 
mangote de 1 
pol e 02 
tomadas storz 
de 40 mm 
(1¹/²pol) 
600 (300 lpm 
por tomada) 
40 mm, em n° 
capaz de alcançar 
cada ponto da 
edificação com, 
no mínimo, 02 
jatos simultâneos 
de neblina. 
65 mm 
Aço ou Ferro 
atendendo 
especificações 
indicadas pela 
RT CBMRS 
60 min 
Somente 
especiais 
reguláveis 
□ 3 54 m³ 
Hidrante(s) 
dotado(s) de 02 
tomadas storz 
de 65 mm 
(2¹/²pol) 
1800 (900 lpm 
por tomada) 
65 mm, em n° 
capaz de alcançar 
cada ponto da 
edificação com, 
no mínimo 02 
jatos simultâneos 
de neblina. 
65 mm 
Aço ou Ferro 
atendendo 
especificações 
indicadas pela 
RT CBMRS 
30 min 
Somente 
especiais 
reguláveis 
 
A
lte
rn
at
iv
o 
 
 
ANEXO B 
 
Pág: _______________ 
 
Rubricas: 
___________________ 
 
___________________ 
O
b
se
rv
ar
 o
 A
n
ex
o
 “
L
”,
 
T
ab
el
a 
L
.2
 
Demais Medidas de Segurança Contra Incêndio 
□ Sinalização de Emergência 
ABNT NBR 13434-1 a 2/2004 e ABNT NBR 13434-
3/2005 
□ Controle de Fumaça 
IT n.º 15/2011 – Corpo de Bombeiros de São Paulo 
□ Controle de Materiais de Acabamento e 
Revestimento 
IT n.º 10/2011 – Corpo de Bombeiros de São Paulo 
 
□ Sistema de Proteção contra Descargas 
Atmosféricas 
ABNT NBR

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