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AULA 4 ÉTICA

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AULA 4 – ÉTICA 
1. 
 
 
Uma discussão entre advogados e um juiz em Pernambuco acabou na delegacia. Os advogados 
receberam voz de prisão do juiz, titular da Vara de Tacaratu e substituto na Vara Única de Inajá, 
depois de insistirem para ter acesso aos autos de inquérito policial contra cliente deles. A OAB levou o 
caso ao conhecimento da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Pernambuco e também ao Ministério 
Público (www.leieordem.com.br). Nesse sentido, sobre as prerrogativas da advocacia expressas no 
art. 7º da Lei 8.906/94, é lícito afirmar: 
 
 
Só poderá ser preso em Sala de Estado Maior se o crime for praticado no exercício da profissão. 
 
 
não há hierarquia nem subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério 
Público; 
 
o advogado tem imunidade profissional não constituindo calúnia, difamação e desacato puníveis 
suas manifestações ou omissões; 
 
poderá comunicar-se com seu cliente preso, desde que munido de procuração, mesmo se 
incomunicáveis; 
 
poderá representar clientes em assembleia, mesmo sem procuração; 
 
 
 
Explicação: 
O advogado não tem imunidade profissional quando pratica calúnia e desacato. Desacato foi retirado do 
rol de imunidades em decisão de ADI 1.127-8, em 2006. Poderá comunicar-se com seu cliente preso, 
mesmo SEM procuração, mesmo se incomunicáveis. Poderá representar clientes em assembleia, desde 
com procuração com poderes especiais. Terá direito à sala de Sala de Estado Maior mesmo se crime for 
praticado fora do exercício da profissão. 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
Um advogado que defende o réu em uma ação que tramita na 11ª Vara Cível do 
Rio de Janeiro, ingressou com pedido de desagravo ante as ofensas que diz ter 
recebido da juíza do caso, durante uma audiência. Sobre o desagravo público, 
podemos afirmar que: 
I - o pedido decorre de ofensa à pessoa do advogado e deve ser promovido pela 
OAB somente mediante requerimento do ofendido ; 
II - o relator poderá propor o arquivamento já que ofensa foi proferida por 
magistrado; 
III - a sessão pública possui efeito moral, por isso também poderá ser requerida 
pelo cliente do advogado ofendido; 
IV - a sessão será, em qualquer hipótese, realizada pelo Conselho federal. 
 
 
somente o item IV está correto. 
 
somente o item I está correto. 
 
somente o item II está correto. 
 
 
somente o item III está correto. 
 
Todos os itens estão corretos. 
 
 
 
Explicação: 
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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O pedido decorre de ofensa à pessoa do advogado e deve ser promovido pela OAB somente mediante 
requerimento de qualquer pessoa - art. 18 RGOAB. O relator não poderá propor o arquivamento sob o 
fundamento de que a ofensa foi proferida por magistrado. A sessão pública possui efeito moral, por isso 
também poderá ser requerida pelo cliente do advogado ofendido - correto. A sessão será realizada pelo 
Conselho federal quando a ofensa envolver seus inscritos. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
De acordo com o Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
O advogado poderá demandar contra ex-cliente, sem a necessidade de resguardar sigilo 
profissional. 
 
 
atuar sempre com boa fé é um dos deveres do advogado. 
 
ao advogado não é imposta nenhuma condição para patrocinar interesses ligados a outras 
atividades estranhas à advocacia, em que também atue. 
 
ao advogado pode, nos casos previstos no Estatuto da OAB, entender-se diretamente com parte 
adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste. 
 
o advogado deve aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial, salvo se a causa é 
perante os Juizados Especiais Cíveis, em razão da ausência da regra de sucumbência no primeiro 
grau. 
 
 
 
Explicação: 
O art. 2° parágrafo único e seus incisos do CED de 2015 estabelece que o advogado deve agir com boa-
fé, lealdade, veracidade, ser diligente e etc. No art. 9° ao 26 do CED de 2015 encontramos mais 
orientações nas relação entre advogado e cliente, bem como o princípio da informação e seu dever 
de esclarecer os risco da demanda podendo inclusive recusar-se a atuar em nome do cliente quando a 
situação afrontar entendimento pessoal. Ao demanda contra ex-cliente é permitida, mas terá que 
resguardar sigilo profissional. O advogado não poderá entender-se diretamente com a parte adversa sem 
anuência de seu cliente e a presença do advogado. 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
(V Exame de Ordem - FGV - 2011) Tício é advogado regularmente inscrito nos 
quadros da OAB e conhecido pela energia e vivacidade com que defende a 
pretensão dos seus clientes. Atuando em defesa de um dos seus clientes, exalta-
se em audiência, mas mantém, apesar disso, a cortesia com o magistrado 
presidente do ato e com o advogado da parte contrária. Mesmo assim, sofreu 
representação perante o órgão disciplinar da OAB. Em relação a tais fatos, é 
correto afirmar que: 
 
 
A defesa do cliente deve ser pautada pelo dirigente da audiência, o magistrado. 
 
No processo judicial, os atos do advogado constituem múnus privado. 
 
 
Inexistindo atividade injuriosa, os atos do advogado são imunes ao controle disciplinar. 
 
A atuação de Tício desborda os limites normais do exercício da advocacia. 
 
 
 
Explicação: 
Conforme sinaliza Paulo Roberto de Gouvea Medina, no seu artigo sobre O novo Código de Ética e 
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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Disciplina da OAB, "A advocacia, como profissão liberal, deve subordinar-se a determinadas normas de 
conduta, que lhe disciplinem o exercício, de forma consentânea com a sua finalidade, assegurando a 
existência de confiança e respeito nas relações estabelecidas entre os profissionais que a exercem e as 
pessoas com as quais se relacionem. Tais normas de conduta correspondem à ética da advocacia, isto é, 
ao conjunto de princípios e regras de natureza moral que regem a atividade do advogado. Esta não pode 
dissociar-se de certos padrões de comportamento que dão dignidade ao trabalho profissional e procuram 
uniformizar a disciplina da classe, tendo em vista o interesse social que o envolve e a responsabilidade 
atribuída ao advogado perante os seus concidadãos. Se fosse possível dispensar o estabelecimento das 
referidas normas de conduta, confiando em que cada profissional saberia agir de acordo com os valores 
morais inerentes à sua formação como homem, a advocacia reduzir-se-ia a uma congérie de 
trabalhadores autônomos, atuando sem coesão, sem espírito de classe e sem compromisso com a 
sociedade". 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
Mévio, advogado de longa data, pretendendo despachar uma petição em 
processo judicial em curso perante a Comarca Y, é surpreendido com aviso 
afixado na porta do cartório de que o magistrado somente receberia para 
despacho petições que reputasse urgentes, devendo o advogado dirigir-se ao 
assessor principal do juiz para uma prévia triagem quanto ao assunto em debate. 
À luz das normas estatutárias, é correto afirmar que:a triagem realizada por assessor do juiz permite melhor eficiência no desempenho da atividade 
judicial e não colide com as normas estatutárias. 
 
como há hierarquia entre magistrados e advogados, o advogado só poderá despachar com 
assessores. 
 
a duração razoável do processo é princípio que permite a triagem dos atos dos advogados e o 
exercício dos seus direitos estatutários. 
 
a organização do serviço cartorário é da competência do juiz, que pode estabelecer padrões de 
atendimento aos advogados. 
 
 
o advogado tem direito de dirigir-se diretamente ao magistrado no seu gabinete para despachar 
petições sem prévio agendamento. 
 
 
 
Explicação: 
 Art. 6° e Art. 7º, inciso VIII da lei 8.906/94. O advogado deve dirigir-se diretamente aos magistrados. 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
(XIX Exame Unificado/adaptada) - Alexandre, advogado que exerce a profissão 
há muitos anos, é conhecido por suas atitudes corajosas, sendo respeitado pelos 
seus clientes e pelas autoridades com quem se relaciona por questões 
profissionais. Comentando sua atuação profissional, ele foi inquirido, por um dos 
seus filhos, se não deveria recusar a defesa de um indivíduo considerado 
criminoso, bem como se não deveria ser mais obediente às autoridades, diante 
da possibilidade de retaliação. Sobre o caso apresentado, observadas as regras 
do Estatuto da OAB, assinale a opção correta indicada ao filho do advogado 
citado. 
 
 
O temor à autoridade pode levar à negativa de prestação do serviço advocatício por Alexandre. 
 
O advogado Alexandre deve recusar a defesa de cliente cuja atividade seja impopular. 
 
A atitude caracteriza infração ao Código de Ética e Disciplina 
 
As causas impopulares aceitas por Alexandre devem vir sempre acompanhadas de apoio da 
Seccional da OAB 
 
 
o advogado Alexandre observará que não há causa indigna de defesa, cumprindo ao advogado 
agir, conforme a dignidade da pessoa humana, sob as garantias constitucionais. 
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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Explicação: 
O fundamento está no art. 23, parágrafo único do CED de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
Numa Audiência de Instrução e Julgamento na 44ª Vara Cível do Rio de Janeiro, 
quando fazia a sustentação oral, o Advogado do Réu injuriou e difamou o 
Advogado do Autor. Pergunta-se: O que pode acontecer ao Advogado do Réu por 
tal comportamento? 
 
 
 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer 
manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo 
das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer. 
 
Ser processado criminalmente, pelos crimes de injúria e difamação e também disciplinarmente 
(pela OAB), pelas ofensas proferidas contra o Colega; 
 
Ser apenas punido pela OAB, pelas ofensas proferidas contra o Colega; 
 
 
Ser advertido pelo Juiz da 44ª Vara Cível para não mais ofender o Colega, sob pena de ter a 
palavra cassada e também ser punido pela OAB, pelos excessos que cometeu; 
 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, difamação ou desacato 
puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou fora 
dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que cometer. 
 
 
 
Explicação: 
A opção correta é a que menciona apenas a imunidade por injúria e difamação porque na ADI 1127-8, o 
STF concedeu interpretação conforme ao referido parágrafo 2° do art. 7° EOAB, determinando a retirada 
do desacato do rol das imunidades. Resposta correta: O advogado tem imunidade profissional, não 
constituindo injúria ou difamação puníveis qualquer manifestação de sua parte, no exercício de sua 
atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares perante a OAB pelos excessos que 
cometer. 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
(XX Exame de Ordem Unificado - Ampliada) Júlia é advogada de Fernando, réu 
em processo criminal de grande repercussão social. Em um programa vespertino 
da rádio local, o apresentador, ao comentar o caso, afirmou que Júlia era 
¿advogada de porta de cadeia¿ e ¿ajudante de bandido¿. Ouvinte do programa, 
Rafaela procurou o Conselho Seccional da OAB e pediu que fosse promovido o 
desagravo público. Júlia, ao tomar conhecimento do pedido de Rafaela, informou 
ao Conselho Seccional da OAB que o desagravo não era necessário, pois já 
ajuizara ação para apurar a responsabilidade civil do apresentador. No caso 
narrado, 
 
 
 
o pedido de desagravo pode ser formulado por Rafaela, e não depende da concordância de Júlia, 
apesar de esta ser a pessoa ofendida em razão do exercício profissional. 
 
o pedido de desagravo pode ser formulado por Rafaela, mas depende da concordância de Júlia, 
que é a pessoa ofendida em razão do exercício profissional. 
 
o pedido de desagravo público só pode ser formulado por Júlia, que é a pessoa ofendida em 
razão do exercício profissional. 
 
o pedido de desagravo público só pode ser formulado por Júlia, que é a pessoa ofendida em 
razão do exercício profissional, mas o ajuizamento de ação para apurar a responsabilidade civil 
implica a perda de objeto do desagravo. 
 
a ação para apurar a responsabilidade civil no caso acima pode ser ajuizada por qualquer 
pessoa. 
http://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio.asp
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Explicação: 
O art. 18 e 19 do RGOAB estabelece que qualquer pessoa poderá levar a conhecimento da OAB fato que 
poderá ensejar o procedimento de desagravo. Ainda que o advogado que sofreu a violação não queira, a 
violação ofende à advocacia.

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