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Material de Estudo para Exame de Ordem

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Capítulos 1 ao 3
Capítulo 1
MAT
ERIA
L 
EXE
MPL
AR
 
1 
Olá, aluno! 
Bem-vindo ao estudo para o Exame de Ordem. Preparamos todo esse material para você 
não só com muito carinho, mas também com muita métrica e especificidade, garantindo que 
você terá em mãos um conteúdo direcionado e distribuído de forma inteligente. 
Para isso, estamos constantemente analisando o histórico de provas anteriores com fins 
de entender como a Banca costuma cobrar os assuntos do edital. Afinal, queremos que sua 
atenção esteja focada nos assuntos que lhe trarão maior aproveitamento, pois o tempo é 
escasso e o cronograma é extenso. Conte conosco para otimizar seu estudo sempre! 
Ademais, estamos constantemente perseguindo melhorias para trazer um conteúdo 
completo que facilite a sua vida e potencialize seu aprendizado. Com isso em mente, a 
estrutura do PDF Ad Verum foi feita em capítulos, de modo que você possa consultar 
especificamente os assuntos que estiver estudando no dia ou na semana. Ao final de cada 
capítulo você tem a oportunidade de revisar, praticar, identificar erros e aprofundar o assunto 
com a leitura de jurisprudência selecionada. 
E mesmo você gostando muito de tudo isso, acreditamos que o PDF sempre pode ser 
aperfeiçoado! Portanto pedimos gentilmente que, caso tenha quaisquer sugestões ou 
comentários, entre em contato através do email pdf@cers.com.br. Sua opinião vale ouro para 
a gente! 
Racionalizar a preparação dos nossos alunos é mais que um objetivo para Ad Verum, 
trata-se de uma obsessão. Sem mais delongas, partiremos agora para o estudo da disciplina. 
Faça bom uso do seu PDF Ad Verum! 
Bons estudos  
 
 
 
 
 
 
mailto:pdfadverum@cers.com.br
 
 
2 
 
Abordaremos os assuntos da disciplina de Ética da seguinte forma: 
RECORRÊNCIA DA DISCIPLINA 
 Como dito, sabemos que estudar de forma direcionada, com base nos assuntos 
objetivamente mais recorrentes, é essencial. Afinal, uma separação planejada pode fazer toda 
diferença. Pensando nisso, através de estudo realizado pelo nosso setor de inteligência com 
base nas últimas provas, trouxemos os temas mais abordados nessa disciplina! 
Das Infrações e Sanções 
Disciplinares - Estatuto 
da Advocacia e da OAB
16%
Das Eleições e dos 
Mandatos - Estatuto da 
Advocacia e da OAB
8%
Dos Direitos do 
Advogado - Estatuto da 
Advocacia e da OAB
8%
Dos Honorários 
Advocatícios - Estatuto 
da Advocacia e da OAB
16%Da Sociedade de 
Advogados - Estatuto da 
Advocacia e da OAB
8%
Dos Recursos - Estatuto 
da Advocacia e da OAB
8%
Da Advocacia -
Regulamento Geral do 
Estatuto da Advocacia e 
da OAB
20%
Das Relações com o 
Cliente - Código de Ética 
e Disciplina da OAB
8%
Dos Fins e da 
Organização -
Regulamento Geral do 
Estatuto da Advocacia e 
da OAB
8%
Das Infrações e Sanções Disciplinares - Estatuto da Advocacia e da OAB
Das Eleições e dos Mandatos - Estatuto da Advocacia e da OAB
Dos Direitos do Advogado - Estatuto da Advocacia e da OAB
Dos Honorários Advocatícios - Estatuto da Advocacia e da OAB
Da Sociedade de Advogados - Estatuto da Advocacia e da OAB
Dos Recursos - Estatuto da Advocacia e da OAB
Da Advocacia - Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB
Das Relações com o Cliente - Código de Ética e Disciplina da OAB
Dos Fins e da Organização - Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB
 
 
3 
 
 
CAPÍTULOS 
Capítulo 1 – Atividade de Advocacia. Direitos do Advogado. Inscrição na OAB. 
Capítulo 2 – Sociedade de Advogados. Advogado Empregado. Honorários Advocatícios. 
Capítulo 3 – Incompatibilidades e impedimentos. Ética do Advogado. Infrações e Sanções 
Disciplinares. Ordem dos Advogados do Brasil. Processo Disciplinar. Disposições Gerais e 
Transitórias. 
 
 
 
 
4 
 
SUMÁRIO 
 
ÉTICA, CAPÍTULO 1 ........................................................................................................................................................... 6 
1. Atividade de Advocacia .......................................................................................................................................... 6 
1.1 Consultoria, Assessoria e Direção Jurídicas ................................................................................................................. 6 
1.2 Características Essenciais da Advocacia ........................................................................................................................ 7 
1.3 Natureza da Advocacia ......................................................................................................................................................... 8 
1.4 Advocacia Pública ................................................................................................................................................................... 8 
1.5 Atuação de Estagiário ........................................................................................................................................................... 8 
1.6 Nulidade dos Atos de Advocacia Praticados Ilegalmente .................................................................................... 9 
1.7 Mandato ....................................................................................................................................................................................10 
2. Direitos do Advogado ........................................................................................................................................... 12 
2.1 Independência do Advogado ante o Juiz e os Agentes Públicos ..................................................................12 
2.2 Liberdade do Exercício Profissional ..............................................................................................................................12 
2.3 Sigilo Profissional ..................................................................................................................................................................12 
2.4 Inviolabilidade do Local e dos Meios de Exercício Profissional .......................................................................13 
2.5 Comunicação com Cliente Preso ...................................................................................................................................13 
2.6 Prisão em Flagrante do Advogado ...............................................................................................................................14 
2.7 Prisão em Sala de Estado Maior ....................................................................................................................................15 
2.8 Direito de Ingresso em Órgãos Judiciários e Locais Públicos ..........................................................................15 
2.9 Relação com Magistrados .................................................................................................................................................16 
2.10 Sustentação Oral nos Tribunais ......................................................................................................................................16 
2.11 Uso da Palavra Oral .............................................................................................................................................................17 
2.12 Direito a Exame de Vistas de Processos e Documentos .....................................................................................17 
2.13 Desagravo Público ................................................................................................................................................................19 
 
 
5 
 
2.14 Retirada do Recinto .............................................................................................................................................................20 
3. Inscrição na OAB .....................................................................................................................................................21 
3.1 Inscrição como Advogado ................................................................................................................................................21 
3.2 Inscrição como estagiário..................................................................................................................................................24 
3.3 Inscrição Principal e Suplementar ..................................................................................................................................24 
3.4 Cancelamento da Inscrição ...............................................................................................................................................25 
3.5 Licenciamento do Advogado ...........................................................................................................................................25 
QUADRO SINÓTICO ...................................................................................................................................................... 27 
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................................ 31 
GABARITO ........................................................................................................................................................................... 43 
LEGISLAÇÃO COMPILADA............................................................................................................................................ 46 
JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................................................................................. 47 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................................. 51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ÉTICA 
O Estatuto da Advocacia e da OAB foi instituído pela lei Federal nº 8.906/94, contando com 
mais de 80 dispositivos legais. Esta legislação foi regulamentada pelo Conselho Federal, dando 
criação ao regulamento, que comporta aproximadamente 150 artigos. 
Não podemos deixar de fora o Código de Ética e Disciplina, que tem como objetivo 
regulamentar os deveres do profissional. 
Capítulo 1 
1. Atividade de Advocacia 
O advogado é indispensável à administração da justiça. Em seu ministério privado, o 
advogado presta serviço público e exerce função social. 
As atividades da advocacia são os atos que somente podem ser praticados por advogados 
devidamente inscritos nos quadros da OAB, e podem ser atos judiciais e extrajudiciais. 
1.1 Consultoria, Assessoria e Direção Jurídicas 
A consultoria, assessoria e direção jurídicas são atividades extrajudiciais que apenas podem 
ser exercidas por advogado regularmente inscrito na OAB. Atente para o fato de que assessoria 
e consultoria são atividades distintas: na assessoria jurídica se auxilia quem deva tomar 
decisões, realizam-se atos ou se participa de situações com efeitos jurídicos, ou se reúnem 
dados e informações de natureza jurídica; porquanto os serviços de consultoria constituem 
normalmente na atividade profissional de diagnóstico e formulação de soluções acerca de um 
assunto ou especialidade. 
 
 
7 
 
A atividade de direção jurídica também é privativa de advogado. Os departamentos 
jurídicos de empresas só podem ter como diretores-jurídicos profissionais regularmente inscritos 
no quadro de advogados. 
 
Veja o art. 7º do Regulamento Geral: “A Função de diretoria e gerência jurídicas em qualquer 
empresa pública, privada ou paraestatal, inclusive em instituições financeiras, é privativa de 
advogado, não podendo ser exercida por quem não se encontre inscrito regularmente na OAB”. 
1.2 Características Essenciais da Advocacia 
 Indispensabilidade: não se trata de nenhum tipo de favor coorporativo a classe 
ou para reserva de mercado, e sim devido à importância do advogado para 
ordem pública e relevante interesse social, como instrumento de garantia da 
efetivação da cidadania, conforme prescrito no art. 133 da CF/88. 
 Inviolabilidade: o advogado se torna inatacável e incensurável por seus atos e 
palavras quando do exercício de sua profissão, nos limites definidos no Estatuto 
da Advocacia. 
 Função social: realizada pelo advogado quando concretiza a aplicação do 
direito e obtém as prestações jurisdicionais, participando desta forma, da 
construção da justiça social. 
 
 
 
8 
 
1.3 Natureza da Advocacia 
Majoritariamente, se diz que a advocacia é uma atividade privada, exercida por 
profissionais liberais, ligando-se aos clientes pelo vínculo contratual do mandato, 
combinado com locação de serviço. 
Modernamente, formou-se corrente doutrinária, para qual a advocacia tem caráter público 
e as relações, entre patrono e cliente, são reguladas por contrato de direito público. 
Contudo, diante das regras multifárias das relações do advogado com o cliente e com o 
Estado jurisdicional, o mais correto parece conciliar as duas correntes doutrinárias, mormente 
em face do que prescreve o art. 2º do atual EOAB, considerando-se a advocacia, ao mesmo 
tempo, como ministério privado de função pública e social. 
1.4 Advocacia Pública 
A advocacia pública foi prevista no capítulo das Funções Essenciais à Justiça (art. 131 da 
CF), para representar os entes políticos, judicial e extrajudicialmente, bem como desempenhar 
as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo. 
Essa qualificação da advocacia como função essencial à Justiça é inteiramente justificável na 
medida em que os conflitos de interesses têm que ser levados ao Judiciário, necessariamente, 
por meio de advogado, a ele cabendo a tarefa de lutar pela correta aplicação do Direito. Seja 
agindo como profissional liberal, seja agindo como empregado da empresa privada, seja como 
advogado público, ele atua como intermediário entre a parte e o juiz. Por ser o advogado o 
intermediário obrigatório entre as partes e o juiz, por ser quem fundamenta os pedidos e instrui 
o processo, é que sua função é considerada como serviço público, pelo Estatuto da OAB, e 
indispensável à administração da Justiça, pela própria Constituição. 
1.5 Atuação de Estagiário 
Os estagiários que estiverem regularmente inscritos na OAB podem praticar os atos 
mencionados no art. 1° do Estatuto da Advocacia e da OAB, na forma do Regulamento Geral, 
em conjunto com o advogado ou defensor público e sob a responsabilidade deste. 
 
 
9 
 
Sem a presença ou assinatura do advogado, mas ainda sob a responsabilidade 
deste, os estagiários podem praticar isoladamente os seguintes atos (art. 29, §§ 1° e 2°, do 
Regulamento Geral): retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; obter 
junto a escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso 
ou findos; assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou 
administrativos; praticar os atos extrajudiciais, quando receber autorização ou 
substabelecimento do advogado. 
1.6 Nulidade dos Atos de Advocacia Praticados Ilegalmente 
O Estatuto traz cinco grupos de pessoas que, caso venham a praticar quaisquer dos 
atos privativos de advogado, tais atos serão nulos - nulidade absoluta -, no art. 4º e parágrafo 
único do Estatuto da Advocacia e da OAB: 
 Pessoas não inscritas na OAB: Somente a pessoa regularmente inscrita no 
quadro de advogados da OAB pode exercer os atos privativos da advocacia; 
nem mesmo os estagiários podem praticá-los isoladamente. O Estatuto, no art. 
4°, caput, traz as sanções daí decorrentes, seja pelo prejuízo causado a terceiros, 
seja pelo exercício ilegal de profissão. O estagiário pode ser punido pela prática 
de ato excedente de sua habilitação, nos termos do art. 34, XXIX, EAOAB1. 
 Advogado impedido: Conforme o EAOAB, o advogado pode continuarexercendo a profissão, menos contra ou a favor das pessoas determinadas no 
art. 30; caso isto ocorra, os atos praticados serão nulos. Perceba que a nulidade 
somente alcança as hipóteses em que ele está impedido de advogar. 
 Advogado suspenso: A suspensão é um instituto no qual o advogado se afasta 
por um tempo por requerimento com motivo justificado, doença mental curável 
ou exercício de atividade incompatível em caráter temporário (art. 12 EAOAB). 
Durante o prazo da suspensão, que varia de 30 dias a 12 meses, qualquer ato 
privativo de advogado praticado pelo profissional será nulo. 
 
1 Vide Questão 02 
 
 
10 
 
 Advogado licenciado: A licença é uma punição aplicada pela OAB, e, no prazo 
da licença, nenhum ato de advocacia pode ser exercido pelo advogado, sob 
pena de nulidade. 
 Advogado que passar a exercer atividade incompatível com a advocacia: 
Aqueles advogados que passam a exercer atividade incompatível com 
advocacia, e não comunicam à OAB ou não tomam as medidas adequadas 
(licença ou cancelamento) e continuam advogando, da mesma forma que nos 
demais itens, seus atos serão nulos. 
 
1.7 Mandato 
Mandado judicial é quando alguém (advogado) recebe de outrem (outorgante) poderes 
para atuar perante o Poder Judiciário em seu nome. Para o EAOAB, o advogado postula em 
juízo ou fora dele, fazendo prova do mandato. Em caso de urgência, o advogado pode atuar 
sem procuração, estando obrigado a apresentá-la dentro do prazo de 15 dias, prorrogáveis por 
igual período. 
Ficam consignados na procuração os poderes outorgados pelo constituinte outorgante ao 
outorgado, sendo permitido pela legislação pátria, que a constituição de advogado possa 
ocorrer verbalmente apenas se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório (art. 266 do 
CPP) e nos juizados especiais, salvo quanto aos poderes especiais (outorga apud acta: conforme 
está na ata). 
Em se tratando de sociedades de advogados, o mandato judicial ou extrajudicial deve ser 
outorgado individualmente aos advogados com a indicação da sociedade de que façam parte, 
não podendo ser fornecidos poderes para a pessoa jurídica ou muito menos de forma coletiva. 
A procuração pode outorgar poderes gerais (para o foro em geral - poderes básicos que o 
advogado precisa para poder atuar desde a distribuição de uma ação até os recursos nos 
tribunais) e poderes especiais (devem constar quando exigidos por lei). 
Os poderes que o advogado recebeu do cliente podem ser transferidos por meio do 
substabelecimento. O substabelecimento pode ser feito com reservas de poderes, isto é, quando 
 
 
11 
 
o primeiro advogado constituído permanece na causa, ou sem reserva, onde o advogado sucede 
o antigo, assumindo o patrocínio da causa e o antigo perde seus poderes. 
 
 
 
O advogado que renunciar, não precisa justificar o motivo, mas deve permanecer pelos 
10 dias seguintes à notificação a representar o mandante, salvo se for substituído antes do 
término desse prazo ou desde que necessário para evitar prejuízo, sob pena de cometer infração 
disciplinar e de responsabilização civil 2. 
 
O art. 17 do CED diz que a revogação do mandato judicial por vontade do cliente não o 
desobriga do pagamento das verbas honorárias contratadas e não retira do advogado o direito 
de receber o quanto lhe seja devida em eventual verba honorária de sucumbência, calculada, 
proporcionalmente, em razão do serviço efetivamente prestado. O cliente que revogar o 
mandato outorgado ao advogado, no mesmo ato, deverá constituir outro profissional que 
assuma o patrocínio da causa, nos termos do art. 76 e §§ 1° e 2° do NCPC. 
 
 
 
 
2 Vide Questão 01 
 
 
12 
 
2. Direitos do Advogado 
2.1 Independência do Advogado ante o Juiz e os Agentes 
Públicos 
O EAOAB disciplina os direitos e prerrogativas dos advogados ao longo de toda a lei, 
especialmente nos arts. 6° e 7°. A priori, o art. 6° logo determina que não há hierarquia nem 
subordinação entre advogados, magistrados e membros do Ministério Público, devendo 
todos tratar-se com consideração e respeito recíprocos, impondo-se às autoridades, aos 
servidores públicos e aos serventuários da justiça o dever de tratar os advogados, no exercício 
da profissão, de forma compatível com a dignidade da advocacia, inclusive com condições 
adequadas ao seu desempenho. 
2.2 Liberdade do Exercício Profissional 
O advogado devidamente inscrito em um Conselho Seccional da OAB pode exercer a 
profissão em todo o país, advogando, ilimitadamente, no respectivo Conselho ou 
eventualmente, em outro estado. Se vier a atuar em mais de cinco causas em outro estado, 
deverá providenciar sua inscrição suplementar. 
2.3 Sigilo Profissional 
Além de constituir um direito fundamental do cidadão, a manutenção de sigilo profissional 
é também um dever de lealdade que se impõe ao advogado para assegurar a plenitude de 
defesa de seu cliente, que é questão de ordem pública, sob pena de ofender o direito ao 
contraditório e a ampla defesa. 
A confiança própria do vínculo entre defensor e defendido requer a reserva de tudo o 
quanto o advogado tenha conhecido em ocasião de seu ofício, 11 abarcando um conceito amplo 
de segredo, já que a liberdade de expressão e comunicação do cliente devem governar a relação 
com o seu defensor. 
Ademais, a lei expressamente determina que o advogado deverá se recusar a depor como 
testemunha em processo no qual funcionou ou venha a funcionar, ou sobre fato relacionado 
 
 
13 
 
com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, ainda que autorizado ou solicitado por seu 
constituinte, nos termos do artigo 26 do Código de Ética e Disciplina da OAB. Assim, ainda que 
autorizado pelo cliente, o advogado não poderá revelar as informações confidenciadas a ele por 
meio de testemunho, uma vez que a assistência jurídica não pode ser colocada em risco.3 
2.4 Inviolabilidade do Local e dos Meios de Exercício 
Profissional 
A inviolabilidade do escritório ou local de trabalho do advogado, bem como de seus 
instrumentos de trabalho, não é absoluta. Uma vez que estejam presentes indícios de autoria 
e materialidade da prática de crime pelo advogado, a autoridade judiciária competente poderá 
decretar a quebra da inviolabilidade de que trata este direito, em decisão motivada, expedindo 
o devido mandado de busca e apreensão de forma específica e pormenorizada, a ser cumprido 
na presença de representante da OAB. 
 
 
 
Em qualquer hipótese é proibida a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos 
que pertencem aos clientes do advogado averiguado, assim como dos demais instrumentos 
de trabalho que tenham informações acerca de clientes, a não ser que o cliente do advogado 
averiguado esteja sendo formalmente investigado como partícipe ou coautor do mesmo crime 
que deu origem à quebra da inviolabilidade. 
 
2.5 Comunicação com Cliente Preso 
A CF/88 garante a todo preso a assistência de advogado (art. 5°. LXIII). Por sua vez, o EAOAB 
confere ao advogado o direito de comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, 
 
3 Vide Questão 05 e 06 
 
 
14 
 
mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis. Desta forma, a 
incomunicabilidade não alcança o advogado. 
2.6 Prisão em Flagrante do Advogado 
O advogado tem direito de ter a presença de representante da OAB, quando preso em 
flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, para a lavratura do auto respectivo, 
sob pena de nulidade e, nos demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB. 
 
Se a OAB não remeter um representante em tempo hábil, não haverá de se falar em 
invalidade da prisão em flagrante, conforme destacou o STF. 
 
Alémdisso, o parágrafo 3° do art. 7° do Estatuto garante ao advogado o direito de somente 
ser preso em flagrante em caso de crime inafiançável, desde que por motivo ligado ao 
exercício da profissão e, mesmo assim, com as observações indicadas no inciso IV. 
 
Atenção para a parte final do inciso IV do art. 7º do EAOAB! “nos demais casos, a comunicação 
expressa à seccional da OAB”.4 
 
4 Vide questão 07 
 
 
15 
 
- Mas professora, o que isso quer dizer? 
Calma, meus amigos! Eu explico! 
De forma objetiva, se o advogado estiver no exercício da advocacia e for preso em 
flagrante, será obrigatória a presença de representante da OAB quando se fizer a lavratura do 
auto respectivo, sob pena de nulidade, porém, quando a prisão se der por outra situação que 
não se enquadre no exercício da profissão, é dispensada a presença do representante da OAB, 
sendo necessária a comunicação expressa à seccional da OAB. 
2.7 Prisão em Sala de Estado Maior 
O advogado também tem garantido o direito de não ser recolhido preso, antes da sentença 
transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades 
condignas, assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão domiciliar.5 
 
 
 
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) insurgiu-se, por meio de ADIN contra a Lei 
n° 8.906/94 em relação à expressão "assim reconhecidas pela OAB", do inciso V, art. 7º do 
EAOAB, e o STF, confirmando a liminar antes concedida, julgou, nesta parte, procedente a 
ação, ou seja, declarou a inconstitucionalidade desta expressão. O STF também entendeu que 
a prerrogativa de prisão domiciliar, na ausência de sala de Estado Maior, continua valendo. 
2.8 Direito de Ingresso em Órgãos Judiciários e Locais 
Públicos 
O EAOAB garante ao advogado o direito de ingressar livremente nas salas de sessões dos 
tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados; nas salas 
 
5 Vide Questão 04 
 
 
16 
 
e dependências de audiências, secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços notariais e de 
registro e, no caso de delegacias e prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus titulares; em qualquer edifício ou recinto em que 
funcione repartição judicial ou outro serviço público onde o advogado deva praticar ato ou 
colher prova ou informação útil ao exercício da atividade profissional, dentro do expediente ou 
fora dele, e ser atendido, desde que se ache presente qualquer servidor ou empregado; em 
qualquer assembleia ou reunião de que participe ou possa participar o seu cliente, ou perante 
a qual este deva comparecer, desde que munido de poderes especiais. 
Com essas prerrogativas, o Estatuto garante ao advogado o pleno exercício de sua atuação, 
para que possa assim representar os interesses de seus clientes de maneira eficaz. Qualquer 
impedimento a essas garantias deve ser entendido corno ilegal e, nos casos de violações às 
alíneas a, b e c do art. 7º, inciso VI do EAOAB, como crime de abuso de autoridade, previsto no 
art. 3°, f; da Lei n°4.898/95. 
2.9 Relação com Magistrados 
O advogado tem também o direito de dirigir-se diretamente aos magistrados nas salas 
e gabinetes de trabalho, independentemente de horário previamente marcado ou outra 
condição, observando-se a ordem de chegada. Justamente por não haver hierarquia nem 
subordinação entre advogados e magistrados, uma vez sendo o advogado um dos elementos 
essenciais à justiça, é assegurado o seu livre acesso aos magistrados. 
Neste sentido, mostra-se razoável que, em razão de um ato processual estar sendo realizado, 
a autoridade judiciária solicite ao advogado que aguarde o término do aludido ato, não sendo 
admitida restrição para atendê-lo somente em alguns dias ou horários previamente estipulados. 
2.10 Sustentação Oral nos Tribunais 
O EAOAB previu que o advogado teria a prerrogativa de sustentar oralmente as razões de 
qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância 
judicial ou administrativa, pelo prazo de 15 minutos, salvo se prazo maior for concedido. No 
 
 
17 
 
entanto, o STF declarou inconstitucional todo o conteúdo do inciso IX do art. 7º, por ADIN 
proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros. Com a declaração de 
inconstitucionalidade, o advogado deve preparar uma sustentação oral mais completa, e 
sintetizada, possível, quase que prevendo o que o relator poderá alegar em seguida. 
2.11 Uso da Palavra Oral 
O advogado tem o direito de usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, 
mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, 
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou 
censura que lhe forem feitas. 
A utilização da expressão "pela ordem" é importante quando se verificar a necessidade de 
esclarecer algum equívoco ou uma dúvida relevante que possa influir no julgamento ou, ainda, 
como forma de defesa contra acusações ou censura que lhe forem feitas. 
2.12 Direito a Exame de Vistas de Processos e Documentos 
Os advogados podem examinar em qualquer órgão dos Poder Judiciário e Legislativo, 
ou da Administração Pública em Geral, autos de processos findos ou em andamento, mesmo 
sem procuração, quando não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a obtenção de fotocópias; 
ter vista dos processos judiciais ou administrativos de qualquer natureza, em cartório ou 
retirá-los pelos prazos legais; requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer 
processo; e, retirar os autos do cartório ou secretaria, sempre que lhe competir falar nos 
autos. 
Não há necessidade de haver procuração nos autos, a não ser que o processo esteja sujeito 
a sigilo, única exceção prevista em lei. Ademais, os magistrados são considerados órgãos do 
Poder Judiciário do Estado, e, assim sendo, se os feitos com eles estiverem conclusos, não há 
empecilho legal para o exame dos autos pelos advogados, a menos que haja motivo 
 
 
18 
 
devidamente justificado para tanto. Inexiste, portanto, qualquer impedimento legal a que 
advogado possa examinar feitos que estejam conclusos. 
No tocante ao exame de Inquérito Policial, o patrono tem direito de fazer cópias e 
apontamentos de autos de prisão em flagrante ou inquérito policial, tendo este terminado ou 
estiver em andamento, mesmo que concluso a autoridade, ainda que sem procuração. A 
procuração somente será necessária se o IP estiver sob segredo de justiça. 
 
 
 
A Lei n.º 13.793/2019, que alterou as Leis nº 8.906/1994, 11.419/2006, e 13.105/2015 (Código 
de Processo Civil), prevê, expressamente, o direito dos advogados de exame e obtenção de 
cópias de atos e documentos de processos e de procedimentos eletrônicos, ainda que não 
estejam funcionando nos autos (art. 7º, § 13, do EOAB). 
 
 
 
Muita atenção aqui, OABeiro! Se liga nas seguintes exceções: processos sujeitos a sigilo 
ou segredo de justiça somente podem ser acessados por advogado com procuração 
constante dos autos (art. 7º, § 10, do EOAB); delimitação, por autoridade competente, do 
acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e 
ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da 
eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências (art. 7º, § 11, do EOAB). 
 
 
19 
 
2.13 Desagravo Público 
O desagravo público é um procedimento formal utilizado pela OAB para mostrar o repúdio 
e prestar urna solidariedade às ofensas sofridas pelo advogado no exercício da sua profissão 
ou de cargo ou função, sem prejuízo das sanções penais em que incorrer o ofensor. 
Não é incomum que os advogados sejam ofendidos por juízes, promotores de justiça, 
delegados de polícia, no desempenho de seu trabalho, devendo o desagravoser promovido 
pelo Conselho competente, de ofício ou a requerimento do próprio advogado ou de 
qualquer outra pessoa. 
 
O XXX Exame de ordem exigiu do candidato o conhecimento sobre a legitimidade para 
promover o desagravo público, portanto, atenção aqui, ok? 😉 6 Ademais, é oportuno mencionar 
que este assunto é bastante cobrado pela FGV, de forma que também foi incluído nos XXVII e 
XX EOU. 
O desagravo público não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-
lo, sendo, portanto, um critério do próprio Conselho. Assim, uma vez ocorrendo a ofensa no 
espaço territorial da Subseção a que se vincule o inscrito, a sessão de desagravo pode ser 
promovida pela Diretoria ou Conselho da Subseção, com representação do Conselho Seccional. 
Se o advogado foi ofendido num município distante da sede do Conselho Seccional o 
desagravo deverá ser num local mais próximo de onde ocorreu a ofensa. Por outro lado, 
competirá ao Conselho Federal promover o desagravo público nos casos de ofensa a 
Conselheiro Federal ou a Presidente de Conselho Seccional, quando ofendidos no exercício das 
 
6 Vide Questão de nº 03 deste material 
 
 
20 
 
atribuições de seus cargos e, ainda, quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e 
grave violação às prerrogativas profissionais com repercussão nacional. 
2.14 Retirada do Recinto 
Para evitar abusos, lamentavelmente cometidos, o EAOAB garantiu ao advogado o direito 
de se retirar do recinto onde está aguardando para a realização do ato judicial, após passados 
30 (trinta) minutos do horário marcado e sem que a respectiva autoridade tenha chegado. 
Este direito não se aplica quando o magistrado já se encontra no local! 
Vale salientar que a CLT traz um prazo menor. Assim, para os advogados que atuarem 
perante a Justiça Trabalhista, o tempo de espera é de apenas 15 (quinze) minutos a partir do 
horário designado (art. 815, CLT). Em qualquer caso, obviamente, exige-se a comunicação 
protocolizada em juízo. 
 
 
 
 
 
21 
 
3. Inscrição na OAB 
A OAB possui dois quadros de inscritos: O quadro de advogados e o quadro de estagiários. 
3.1 Inscrição como Advogado 
Os requisitos necessários para inscrição no quadro de advogados estão no art. 8° do 
Estatuto. São eles: 
• Capacidade civil 
Trata-se de capacidade civil plena adquirida aos dezoito anos completos (art. 5° do Código 
Civil). Essa capacidade pode ser comprovada com a apresentação da carteira de identidade, com 
a simples prova da maioridade. 
Vale lembrar que o menor pode ser emancipado, cessando sua incapacidade, seja através 
da colação de grau em curso de nível superior (art. 50, p.u., IV, CC/02), ou outra circunstância 
prevista em lei. 
• Diploma ou certidão de graduação em Direito obtida em instituição de 
ensino oficialmente autorizada e credenciada 
Como em determinadas situações o diploma demora a ser expedido e isso impossibilitaria 
a inscrição daquele que já colou grau em Direito, o EAOAB possibilitou a apresentação de 
certidão de graduação em Direito, na falta do diploma. 
Ademais, o art. 23 do Regulamento Geral condicionou o suprimento da falta do diploma à 
apresentação da certidão de graduação em Direito desde que acompanhada da cópia 
autenticada do histórico escolar. Assim, deve o candidato apresentar o diploma ou, se não o 
tiver, a certidão de graduação em Direito mais o histórico escolar devidamente autenticado. 
 
 
 
 
 
22 
 
• Título de eleitor e quitação de serviço militar, se brasileiro 
Para inscrição como advogado é necessário apresentar o título de eleitor e provar a quitação 
do serviço militar, se brasileiro. Se tratar-se de brasileira, somente deve ser apresentado o título 
de eleitor e, se estrangeiro, nem título de eleitor, nem quitação do serviço militar. 
• Aprovação no Exame da Ordem 
O Exame da Ordem pode ser prestado por bacharéis em Direito, inclusive os que exercem 
atividades incompatíveis com a advocacia, ficando, entretanto, impossibilitados de exercer a 
atividade de advocacia enquanto estiverem incompatibilizados. 
A aprovação no Exame na Ordem tem validade por prazo indeterminado, podendo estes 
obter a inscrição no quadro de advogado após a desincompatibilização. 
• Não exercer atividade incompatível com a advocacia 
Quando falamos de atividade incompatível, estamos relacionando a atividade profissional 
que a pessoa exerce. O art. 28 do EAOAB traz, num rol taxativo, as atividades incompatíveis. 
Uma pessoa que exerce atividade incompatível com a advocacia pode prestar o Exame da 
Ordem, mas, caso venha a ser aprovada, não poderá se inscrever no quadro de advogados 
enquanto estiver incompatibilizada. 
• Idoneidade moral 
O EAOAB exige, porém não define o que vem a ser idoneidade moral. Ela traz apenas uma 
hipótese expressa de inidoneidade moral: prática de crime infamante, salvo se já tenha sido 
reabilitado judicialmente. 
Alguns autores se referem à condição do indivíduo honesto, probo ou escrupuloso. Assim, 
caso o advogado venha futuramente ser considerado inidôneo moralmente, será penalizado 
com a exclusão dos quadros da OAB, e só poderá retornar após o deferimento do pedido de 
reabilitação. 
 
 
23 
 
A inidoneidade moral pode ser suscitada por qualquer pessoa, antes ou depois da inscrição, 
sendo declarada mediante decisão que alcance, no mínimo, 2/3 dos votos de todos os membros 
do Conselho competente, em procedimento que segue os trâmites do processo disciplinar.7 
• Prestar compromisso perante o Conselho 
O compromisso é o juramento que dever ser feito pelo indivíduo por ocasião do 
recebimento da carteira e do cartão de advogado. É um requisito solene e personalíssimo, logo, 
não se pode prestar o compromisso por procuração, devendo o requerente comparecer 
pessoalmente. 
Além dos requisitos arrolados no art. 8° do Estatuto, o art. 20, § 2°, do Regulamento Geral 
exige que não se pratique conduta incompatível com a advocacia. Tal conduta refere-se à vida 
pessoal (social) do indivíduo, como por exemplo, a embriaguez e a toxicomania habituais e a 
prática reiterada de jogo de azar não autorizado por lei (art. 34, p.ú., EAOAB). 
 
É válida a leitura do art. 33 do Regulamento Geral, em especial o seu parágrafo único, que 
define como nome social a designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica 
e é socialmente reconhecida e será inserido na identificação do advogado, mediante 
requerimento, em atenção ao que está disposto no inciso III do referido dispositivo legal.8 
 
 
7 Vide Questão 10. 
8 Ver questão 08. 
 
 
24 
 
3.2 Inscrição como estagiário 
A inscrição do estagiário deve ser realizada no Conselho Seccional do estado onde se localiza 
o curso jurídico, e não naquele que tenha seu domicílio civil, caso sejam diferentes. Podem 
inscrever-se o aluno de Direito ou o bacharel em Direito que assim desejar e preencher os 
requisitos do art. 9º do Estatuto.9 
O art. 9° exige que o requerente preencha alguns dos requisitos do art. 8° do EAOAB: 
capacidade civil; título de eleitor e quitação de serviço militar, se brasileiro; não exercer atividade 
incompatível com a advocacia; idoneidade moral; prestar compromisso perante o Conselho. 
Além desses requisitos, o candidato deve ter sido admitido em estágio profissional de 
advocacia. 
3.3 Inscrição Principal e Suplementar 
Após a aprovação no Exame de Ordem, a inscrição principal deve ser feita no Conselho 
Seccional em cujo estado pretende estabelecer seu domicílio profissional, caso a pessoa não 
exerça atividade incompatível com a advocacia (art. 28, EAOAB). Segundo o EAOAB, domicílio 
profissional é a sede principal da atividade de advocacia, e, em caso de dúvida, deve prevalecer 
o domicílio da pessoa física do advogado (domicílio civil). 
Com a inscrição principal, como dito anteriormente, o advogadopode exercer livremente 
(ilimitadamente) a profissão no Estado onde fez sua inscrição principal e, eventualmente 
(limitadamente), em qualquer outro Estado do país. Passando a exercer a advocacia com 
habitualidade na área de outro Conselho Seccional, será obrigado a fazer uma outra inscrição 
(inscrição suplementar). 
A inscrição suplementar deve ser feita pelo advogado quando passa a atuar fora de seu 
Estado-membro com habitualidade. Habitualidade é considerada a intervenção judicial que 
exceder de cinco causas por ano (art. 10, § 2°, EAOAB). 
 
9 Vide Questão 09. 
 
 
25 
 
3.4 Cancelamento da Inscrição 
O cancelamento da inscrição do advogado enseja a saída deste dos quadros da OAB, 
ou seja, ele passa a não mais ser advogado. Caso o advogado faça um novo pedido de 
inscrição deve fazer prova da capacidade civil; não exercer atividade incompatível com a 
advocacia; possuir idoneidade moral e prestar compromisso perante o Conselho, não 
precisando prestar novo Exame. O número antigo não pode ser restaurado, servindo apenas 
para dados históricos da OAB. A inscrição será cancelada se o advogado: 
• Requerer: não há necessidade de ser apresentado um motivo justificado. 
• Sofrer penalidade de exclusão: é a sanção disciplinar mais grave aplicada pela 
OAB. Com a exclusão, ocorrerá, automaticamente, o cancelamento da inscrição. 
Um novo pedido de inscrição deve vir acompanhado de provas de reabilitação 
(art. 41 e parágrafo único do EAOAB). 
• Falecer: o cancelamento é promovido ex officio pelo Conselho competente ou 
por meio de comunicação por qualquer pessoa. 
• Passar a exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter 
definitivo (art. 28, EAOAB). 
• Perder qualquer um dos requisitos necessários para a inscrição: art. 8° do 
EAOAB. Se o interessado precisa preenchê-los para fazer a inscrição, urna vez 
perdido qualquer deles, haverá o cancelamento. 
3.5 Licenciamento do Advogado 
A licença significa o afastamento do advogado do exercício profissional, quando ocorrer 
uma das hipóteses do art. 12 do Estatuto. Durante o prazo do licenciamento, caso o advogado 
pratique qualquer ato de advocacia, este será nulo (art. 4° e parágrafo único, EAOAB). 
Não será cobrada anuidade e o profissional não precisará votar (nem justificar porque 
não votou), caso haja eleição na OAB no período correspondente. O número de inscrição, neste 
caso, será mantido quando do seu retorno à atividade. 
Será licenciado o advogado que: 
 
 
26 
 
• Requerer, por motivo justificado: o requerimento deve vir acompanhado de 
um motivo justificado, que será analisado pela OAB. Caso não haja 
comprovação de justo motivo, a inscrição poderá ser cancelada por simples 
solicitação do advogado. 
• Passar a exercer atividade incompatível com a advocacia em caráter 
temporário: as atividades incompatíveis estão arroladas no art. 28 do Estatuto. 
• Sofrer doença mental considerada curável: não há no Estatuto um rol de 
quais as doenças mentais se enquadram nessa hipótese, devendo a expressão 
ser remetida à área médica. Enquanto durar a enfermidade mental curável, o 
advogado ficará licenciado. 
 
 
 
O tópico “Da inscrição na OAB”, é geralmente um assunto bastante cobrado no exame de ordem, 
representando cerca 9.5% de incidência nas provas ao decorrer desses anos, de forma que este 
foi contemplado nos XXX, XXIX, XXVII e XXIV exames de ordem. 
Pela análise da forma em que a banca costuma exigir o conhecimento do candidato, percebe-
se que esta opta geralmente pelo o que está transcrito na legislação, tentando induzir o 
candidato à dúvida através pequenas mudanças no sentido da sentença etc. 
 
 
 
 
 
27 
 
 
QUADRO SINÓTICO 
 
Atividade de 
Advocacia
Caracteristicas da 
Advocacia
Indispensabilidade
Inviolabilidade
Função Social
Estagiário
podem praticar os atos mencionados 
no art. 1° do Estatuto da Advocacia e 
da OAB, na forma do Regulamento 
Geral, em conjunto com o advogado 
ou defensor público e sob a 
responsabilidade deste.
Podem praticar 
isoladamente os atos 
dispostos nos parágrafos 1º 
e 2º do art. 29 do 
Regulamento Geral. 
Nulidade dos Atos de 
Advocacia Praticados 
Ilegalmente
Pessoas não inscritas na 
OAB
Advogado Impedido
Advogado Suspenso
Advogado Licenciado
Advogado que passa a 
exercer atividade 
incompatível com a 
advocacia
 
 
28 
 
 
Direitos do 
Advogado
Liberdade do Exercício 
Profissional
Sigilo profissional
Inviolabilidade do local 
e dos meios de 
Exercicio Profissional
Comunicação com 
Cliente Preso
Prisão em Flagrante do 
Advogado
Prisão em Sala de 
Estado Maior
Direito de ingresso em 
Órgãos Judiciários e 
Locais Públicos
Relação Com 
Magistradis
Sustentação Oral nos 
Tribunais
Uso da Palavra Oral
Direito a Exame e 
Vistas de Processos e 
Documentos
Desagravo Público
Retirada do Recinto
 
 
29 
 
 
Inscrição na 
OAB
Requisitos
Capacidade civil 
•Diploma ou certidão de
graduação em Direito obtida em
instituição de ensino
oficialmente autorizada e
credenciada
Título de Eleitor e 
quitação de serviõ 
militar, se brasileiro
Aprovação no Exame da 
Ordem
Não Exercer atividade 
incompatível com a 
advocacia
Idoneidade moral
Prestar compromisso 
perante o Conselho
Inscrição como 
estagiário
Requisitos listados no 
art. 8º do EAOAB. 
Tipos de inscrições
Principal
Suplementar
Cancelamento de 
inscrição
Quando o advogado 
requerer
Sofrer penalidade de 
exclusão
Falecimento
Atividade incompatível
Perder algum dos 
requisitos para a 
inscrição
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inscrição na 
OAB (2)
Licenciamento do 
Advogado
Quando este requerer
Atividade incompatível 
com a advocacia em 
caráter temporário
Sofrer doença mental 
considerada curável
 
 
31 
 
 
QUESTÕES COMENTADAS 
Questão 1 
(FGV – XXX EXAME DE ORDEM – 2019) - O advogado Geraldo foi regularmente constituído 
por certo cliente para defendê-lo em um processo judicial no qual esse cliente é réu. Geraldo 
ofereceu contestação, e o processo segue atualmente seu trâmite regular, não tendo sido, por 
ora, designada audiência de instrução e julgamento. 
Todavia, por razões insuperáveis que o impedem de continuar exercendo o mandato, Geraldo 
resolve renunciar. Em 12/02/2019, Geraldo fez a notificação válida da renúncia. Três dias depois 
da notificação, o mandante constituiu novo advogado, substituindo-o. Todo o ocorrido foi 
informado nos autos. 
Considerando o caso narrado, de acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Geraldo continuará a representar o mandante durante os dez dias seguintes à notificação da 
renúncia. 
b) O dever de Geraldo de representar o mandante cessa diante da substituição do advogado, 
independentemente do decurso de prazo. 
c) Geraldo continuará a representar o mandante até que seja proferida e publicada sentença 
nos autos, ainda que recorrível. 
d) Geraldo continuará a representar o mandante até o término da audiência de instrução e 
julgamento. 
 
 
 
 
32 
 
Comentário: 
O advogado que renunciar ao mandato continuará, durante os 10 dias seguintes à 
notificação da renúncia, a representar o mandante, salvo se for substituído antes do 
término desse prazo. É o que dispõe o parágrafo terceiro do art. 5º do Estatuto da OAB! 
 
Questão 2 
(FGV – XXVII EXAME DE ORDEM – 2018) - Guilherme é bacharel em Direito, não inscrito na 
OAB como advogado. Ao se deparar com situações de ilegalidade que ameaçam a liberdade de 
locomoção de seus amigos César e João, e com situação de abuso de poder que ameaça direito 
líquido e certo de seu amigo Antônio, Guilherme, valendo-se de seus conhecimentos jurídicos, 
impetra habeas corpus em favor de César na Justiça Comum Estadual, em 1ª instância; habeas 
corpus em favor de Antônio, perante o Tribunal de Justiça, em 2ª instância; e mandado de 
segurança em favorde João, na Justiça Federal, em 1ª instância. 
Considerando o que dispõe o Estatuto da OAB acerca da atividade da advocacia, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Guilherme pode impetrar habeas corpus em favor de César, mas não pode impetrar habeas 
corpus em favor de Antônio, nem mandado de segurança em favor de João. 
b) Guilherme pode impetrar habeas corpus em favor de César e Antônio, mas não pode impetrar 
mandado de segurança em favor de João. 
c) Guilherme pode impetrar habeas corpus em favor de César e Antônio, e também pode 
impetrar mandado de segurança em favor de João. 
d) Guilherme pode impetrar mandado de segurança em favor de João, mas não pode 
impetrar habeas corpus em favor de César e Antônio. 
 
 
 
 
33 
 
Comentário: 
De acordo com o art. 1º do Estatuto da OAB, são atividades privativas de advocacia: I- A 
postulação a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos Juizados Especiais; II- as atividades 
de consultoria, assessoria e direção jurídicas. 
No entanto, o parágrafo primeiro do referido artigo informa que não se inclui na atividade 
privativa de advocacia a impetração de habeas corpus em qualquer instância ou 
tribunal. 
Através da leitura do enunciado, notamos que Guilherme impetrou habeas corpus em favor 
de César e Antônio, e mandado de segurança em favor de João. 
No entanto, em razão do que tinha acontecido com Antônio, embora Guilherme possua o 
permissivo legal para impetrar habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, a medida 
processual cabível é o mandado de segurança. E, em se tratando de João, a impetração de 
mandado de segurança é atividade privativa da advocacia e, não se enquadra no rol de 
exceções previstas na legislação. 
 
Questão 3 
 (FGV – XXX EXAME DE ORDEM – 2019) Em certa situação, uma advogada, inscrita na OAB, 
foi ofendida em razão do exercício profissional durante a realização de uma audiência judicial. 
O ocorrido foi amplamente divulgado na mídia, assumindo grande notoriedade e revelando, de 
modo urgente, a necessidade de desagravo público. 
Considerando que o desagravo será promovido pelo Conselho competente, seja pelo órgão 
com atribuição ou pela Diretoria ad referendum, assinale a afirmativa correta. 
a) A atuação se dará apenas mediante provocação, a pedido da ofendida ou de qualquer outra 
pessoa. É condição para concessão do desagravo a solicitação de informações à pessoa ou 
autoridade apontada como ofensora. 
 
 
34 
 
b) A atuação se dará de ofício ou mediante pedido, o qual deverá ser formulado pela ofendida, 
seu representante legal ou advogado inscrito na OAB. É condição para concessão do desagravo 
a solicitação de informações à pessoa ou autoridade apontada como ofensora. 
c) A atuação se dará de ofício ou mediante provocação, seja da ofendida ou de qualquer outra 
pessoa. Não é condição para concessão do desagravo a solicitação de informações à pessoa ou 
autoridade apontada como ofensora. 
d) A atuação se dará de ofício ou mediante pedido, o qual deverá ser formulado pela ofendida, 
seu representante legal ou advogado inscrito na OAB. Não é condição para concessão do 
desagravo a solicitação de informações à pessoa ou autoridade apontada como ofensora. 
 
Comentário: 
De acordo com o Regulamento geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, o inscrito na 
OAB, quando ofendido comprovadamente em razão do exercício profissional ou de cargo 
ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho 
competente, de ofício, a seu pedido ou de qualquer pessoa (art. 18). 
 
Questão 4 
(FGV – XXIX EXAME DE ORDEM – 2019) O advogado João, conselheiro em certo Conselho 
Seccional da OAB, foi condenado, pelo cometimento de crime de tráfico de influência, a uma 
pena privativa de liberdade. João respondeu ao processo todo em liberdade, apenas tendo sido 
decretada a prisão após o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
Quanto aos direitos de João, considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB, 
assinale a afirmativa correta. 
 a) João tem direito à prisão domiciliar em razão de suas atividades profissionais, ou à prisão 
em sala de Estado Maior, durante todo o cumprimento da pena que se inicia, a critério do juiz 
competente. 
 
 
35 
 
 b) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior durante o cumprimento integral da 
pena que se inicia. Apenas na falta desta, em razão de suas atividades profissionais, terá direito 
à prisão domiciliar. 
 c) João não tem direito a ser preso em sala de Estado Maior em nenhum momento do 
cumprimento da pena que se inicia, nem terá direito, em decorrência de suas atividades 
profissionais, à prisão domiciliar. 
 d) João tem direito a ser preso em sala de Estado Maior apenas durante o transcurso de seu 
mandato como conselheiro, mas não terá direito, em decorrência de suas atividades 
profissionais, à prisão domiciliar. 
 
Comentário: 
De acordo com o quinto inciso do art. 7º do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos 
Advogados do Brasil, é direito do advogado não ser recolhido preso, antes da sentença 
transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, com instalações e comodidades 
condignas, na sua falta, prisão domiciliar 
 
 
Questão 5 
 
 (FGV – XXX EXAME DE ORDEM – 2019) Antônio e José são advogados e atuam em matéria 
trabalhista. Antônio tomou conhecimento de certos fatos relativos à vida pessoal de seu cliente, 
que respondia a processo considerado de interesse acadêmico. Após o encerramento do feito 
judicial, Antônio resolveu abordar os fatos que deram origem ao processo em sua dissertação 
pública de mestrado. Então, a fim de se resguardar, Antônio notificou o cliente, indagando se 
este solicitava sigilo sobre os fatos pessoais ou se estes podiam ser tratados na aludida 
dissertação. Tendo obtido resposta favorável do cliente, Antônio abordou o assunto na 
dissertação. 
 
 
36 
 
Por sua vez, o advogado José também soube de fatos pessoais de seu cliente, em razão de sua 
atuação em outro processo. Entretanto, José foi difamado em público, gravemente, por uma das 
partes da demanda. Por ser necessário à defesa de sua honra, José divulgou o conteúdo 
particular de que teve conhecimento. 
Considerando os dois casos narrados, assinale a afirmativa correta. 
 a) Antônio infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de 
sigilo profissional. Por outro lado, José não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo 
profissional cede na situação descrita. 
 b) Antônio e José infringiram, ambos, o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, 
violando seus deveres de sigilo profissional. 
 c) José infringiu o disposto no Código de Ética e Disciplina da OAB, violando o dever de sigilo 
profissional. Por outro lado, Antônio não cometeu infração ética, já que o dever de sigilo 
profissional cede na situação descrita. 
 d) Antônio e José não cometeram infração ética, já que o dever de sigilo profissional, em ambos os 
casos, cede nas situações descritas. 
 
Comentário: 
De acordo com o Código de ética, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de 
que tome conhecimento no exercício da profissão. Além do mais, o sigilo profissional é de 
ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente. 
Grande ressalva do assunto encontra-se respaldada no art. 37 do referido código, no qual 
o sigilo profissional cederá em face das circunstâncias excepcionais que configurem justa 
causa, como nos casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou que envolvam 
defesa própria. 
 
 
 
37 
 
Questão 6 
 (FGV – 2018 - OAB – XXVI EOU) Rafaela, advogada, atua como árbitra em certa lide. Lena, 
também regularmente inscrita como advogada perante a OAB, exerce atualmente a função de 
mediadora. Ambas, no exercício de suas atividades, tomaram conhecimento de fatos relativos 
às partes envolvidas. Todavia, apenas foi solicitado a Rafaela que guardasse sigilosobre tais 
fatos. Considerando o caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos 
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, 
bem como em caso de defesa própria. 
b) Apenas Lena, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos de 
que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais que 
configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra, bem 
como em caso de defesa própria. 
c) Ambas as advogadas, no exercício da profissão, submetem-se ao dever de guardar sigilo dos 
fatos de que tomaram conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias 
excepcionais que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida 
e à honra, bem como em caso de defesa própria. 
d) Apenas Rafaela, no exercício da profissão, submete-se ao dever de guardar sigilo dos fatos 
de que tomou conhecimento. O dever de sigilo cederá em face de circunstâncias excepcionais 
que configurem justa causa, como nos casos de grave ameaça aos direitos à vida e à honra. 
Porém, não se admite a relativização do dever de sigilo para exercício de defesa própria. 
Comentário: 
Em regra, é vedado explorar a mão-de-obra do menor de 16 (dezesseis) anos. Tal vedação 
se dá pelo fato de que a criança e o adolescente se encontram em fase de desenvolvimento 
e o trabalho ocasiona prejuízos bio-psiquico-social. Contudo, há algumas exceções. 
 
 
38 
 
O artigo 60 do Estatuto da Criança e do Adolescente, afirma que poderá ser firmado o 
contrato de aprendizagem quando o adolescente completar os 14 (quatorze) anos de 
idade. Em seu artigo 67, restringe alguns tipos de atividade, como noturnas (compreende 
entre as 22h e 05h), insalubres (atividades prejudiciais à saúde), perigosas (atividades 
prejudiciais à vida) e penosas, nelas incluídas as 93 atividades pertinentes no Decreto n° 
6.481/2008 (lista das piores formas de trabalho infantil), realizadas em locais prejudiciais à 
sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em horários e 
locais que não permitam a frequência à escola. 
Como João tem apenas 12 (doze) anos de idade, lhe é vedado qualquer trabalho; a Jair, 
por ter 14 (catorze) anos, é vedado qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz; já a 
José, com 16 (dezesseis) anos, é permitido o trabalho, desde que não seja noturno, 
perigoso ou insalubre. 
 
Questão 7 
(FGV – 2019 - OAB – XXIX EOU) O advogado X foi preso em flagrante enquanto furtava garrafas 
de vinho, de valor bastante expressivo, em determinado supermercado. Conduzido à delegacia, 
foi lavrado o auto de prisão em flagrante, sem a presença de representante da OAB. 
Com base no disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
a) A lavratura do auto de prisão em flagrante foi eivada de nulidade, em razão da ausência de 
representante da OAB, devendo a prisão ser relaxada. 
b) A lavratura do auto de prisão em flagrante não é viciada, desde que haja comunicação 
expressa à seccional da OAB respectiva. 
c) A lavratura do auto de prisão em flagrante foi eivada de nulidade, em razão da ausência de 
representante da OAB, devendo ser concedida liberdade provisória não cumulada com aplicação 
de medidas cautelares diversas da prisão. 
 
 
39 
 
d) A lavratura do auto de prisão em flagrante não é viciada e independe de comunicação à 
seccional da OAB respectiva. 
Comentário: 
Aqui podemos observar o quanto a banca examinadora pode ser “ardilosa”, caro(a) 
OABeiro! De acordo com o inciso IV do art. 7º do EAOAB, é direito do advogado ter a 
presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para a lavratura do auto respectivo, sob pena de nulidade e, nos 
demais casos, a comunicação expressa à seccional da OAB. 
Como foi explicitado no enunciado, o advogado foi preso em flagrante enquanto furtava 
garrafas de vinho, de valor bastante expressivo em determinado supermercado, ou seja, 
ele não estava exercendo a sua profissão. Logo, dispensa-se a presença do representante 
da OAB, porém, é preciso ser feita a comunicação expressa à seccional da OAB. 
 
Questão 8 
(FGV – 2019 - OAB – XXX EOU) Maria, formada em uma renomada faculdade de Direito, é 
transexual. Após a aprovação no Exame de Ordem e do cumprimento dos demais requisitos, 
Maria receberá a carteira de identidade de advogado, relativa à sua inscrição originária. Sobre 
a hipótese apresentada, de acordo com o disposto na Lei nº 8.906/94 e no Regulamento Geral 
do Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
a) É admitida a inclusão do nome social de Maria, em seguida ao nome registral, havendo 
exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria se identifica e é socialmente 
reconhecida, mediante mero requerimento formulado pela advogada. 
b) É admitida a inclusão do nome social de Maria, desde que, por exigência normativa, este seja 
o nome pelo qual Maria se identifica e que consta em registro civil de pessoas naturais, 
originariamente ou por alteração, mediante mero requerimento formulado pela advogada. 
 
 
40 
 
c) É admitida a inclusão do nome social de Maria, independentemente de menção ao nome 
registral, havendo exigência normativa de que este seja o nome pelo qual Maria se identifica, e 
é socialmente reconhecida, e de que haja prévia aprovação em sessão do Conselho Seccional 
respectivo. 
d) Não há previsão na Lei nº 8.906/94 e no Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da 
OAB sobre a inclusão do nome social de Maria na carteira de identidade do advogado, embora 
tal direito possa advir de interpretação do disposto na Constituição Federal, desde que haja 
cirurgia prévia de redesignação sexual e posterior alteração do nome registral da advogada para 
aquele pelo qual ela se identifica e é socialmente reconhecida. 
 
Comentário: 
De acordo com o parágrafo único do art. 33 do Regulamento geral, o nome social é a 
designação pela qual a pessoa travesti ou transexual se identifica e é socialmente 
reconhecida e será inserido na identificação do advogado mediante requerimento, 
 
Questão 9 
(FGV – 2019 - OAB – XXIX EOU) Júnior é bacharel em Direito. Formou-se no curso jurídico há 
seis meses e não prestou, ainda, o Exame de Ordem para sua inscrição como advogado, embora 
pretenda fazê-lo em breve. Por ora, Júnior é inscrito junto à OAB como estagiário e exerce 
estágio profissional de advocacia em certo escritório credenciado pela OAB, há um ano. Nesse 
exercício, poucas semanas atrás, juntamente com o advogado José dos Santos, devidamente 
inscrito como tal, prestou consultoria jurídica sobre determinado tema, solicitada por um cliente 
do escritório. Os atos foram assinados por ambos. Todavia, o cliente sentiu-se lesado nessa 
consultoria, alegando culpa grave na sua elaboração. 
 
 
 
41 
 
 
 
Considerando o caso hipotético, bem como a disciplina do Estatuto da Advocacia e da OAB, 
assinale a opção correta. 
a) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por essa 
atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de consultoria 
praticada é de José. 
b) Júnior não poderia atuar como estagiário e deverá responder em âmbito disciplinar por essa 
atuação indevida. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na atividade de consultoria 
praticada é solidária entre Júnior e José. 
c) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuação na 
atividade de consultoria praticada é solidária entre Júnior e José. 
d) Júnior poderia atuar como estagiário. Já a responsabilidade pelo conteúdo da atuaçãona 
atividade de consultoria praticada é de José. 
 
Comentário: 
O Estágio profissional da advocacia, inclusive para graduados, é requisito necessário à 
inscrição no quadro de estagiários da OAB e meio adequado de aprendizagem prática. Por 
sua vez, os atos previstos no art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito 
na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. 
 
 
 
 
 
42 
 
Questão 10 
 (FGV – 2018 - OAB – XXVII EOU) Lúcio pretende se inscrever como advogado junto à OAB. 
Contudo, ocorre que ele passou por determinada situação conflituosa que foi intensamente 
divulgada na mídia, tendo sido publicado, em certos jornais, que Lúcio não teria idoneidade 
moral para o exercício das atividades de advogado. 
Considerando que Lúcio preenche, indubitavelmente, os demais requisitos para a inscrição, de 
acordo com o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a afirmativa correta. 
a) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e deve 
ser declarada por meio de decisão da diretoria do conselho competente, por maioria absoluta, 
em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
b) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser 
declarada por meio de decisão de, no mínimo, dois terços dos votos de todos os membros do 
conselho competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
c) A inidoneidade moral apenas poderá ser suscitada junto à OAB por advogado inscrito e deve 
ser declarada por meio de decisão, por maioria absoluta, de todos os membros do conselho 
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
d) A inidoneidade moral poderá ser suscitada junto à OAB por qualquer pessoa e deve ser 
declarada por meio de decisão, por maioria simples, do Tribunal de Ética e Disciplina do conselho 
competente, em procedimento que observe os termos do processo disciplinar. 
Comentário: 
De acordo com o parágrafo 3º do art. 8º do EAOAB, a idoneidade moral, suscitada por 
qualquer pessoa, deve ser declarada mediante decisão que obtenha no mínimo dois 
terços dos votos de todos os membros do conselho competente, em procedimento que 
observe os termos do processo disciplinar 
 
 
 
43 
 
 
 
GABARITO 
Questão 1 - B 
Questão 2 - A 
Questão 3 - C 
Questão 4 - C 
Questão 5 - A 
Questão 6 - C 
Questão 7 - B 
Questão 8 - A 
Questão 9 - D 
Questão 10 - B 
 
 
 
 
44 
 
QUESTÃO DESAFIO 
Quais são as características essenciais da advocacia? 
Máximo de 5 linhas 
 
 
45 
 
GABARITO DA QUESTÃO DESAFIO 
Indispensabilidade, Inviolabilidade e Função Social. 
Você deve ter abordado necessariamente os seguintes itens em sua resposta: 
 Indispensabilidade 
não se trata de nenhum tipo de favor coorporativo a classe ou para reserva de mercado, e sim 
devido à importância do advogado para ordem pública e relevante interesse social, como 
instrumento de garantia da efetivação da cidadania, conforme prescrito no art. 133 da CF/88. 
 Inviolabilidade 
o advogado se torna inatacável e incensurável por seus atos e palavras quando do exercício de 
sua profissão, nos limites definidos no Estatuto da Advocacia. 
 Função social 
realizada pelo advogado quando concretiza a aplicação do direito e obtém as prestações 
jurisdicionais, participando desta forma, da construção da justiça social. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
LEGISLAÇÃO COMPILADA 
 
Nesta matéria, se faz de extrema importância a leitura de: 
 
Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) 
Arts. 1°, 2°, 4°, 6°, 7°, 8°, 9°, 10, 12, 28, 30, 34, 41. 
Regulamento Geral do EAOAB 
Arts. 5°, 7°, 20, 23, 29, 33. 
Código de Ética e Disciplina 
Arts. 17 e 26. 
 
 
 
47 
 
 
JURISPRUDÊNCIA 
 
 (TRF5 - Acórdão Ac - Apelação Civel 00006236620134058202, Relator(a): Des. Paulo 
Machado Cordeiro, data de julgamento: 23/04/2015, data de publicação: 06/05/2015, 
3ª Turma) 
ADMINISTRATIVO. INSCRIÇÃO NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. DISPENSA DO EXAME DE ORDEM. 
IMPOSSIBILIDADE. 1. Nos termos do art. 48, V, da Lei nº 4.215/1963 (já revogada), que regulava o exercício da 
advocacia, era necessária, para a inscrição no quadro de advogados, dentre outros requisitos, a comprovação de 
que o interessado não exercia cargo, função ou atividades incompatíveis com aquela atividade. 2. Editada a Lei nº 
8.906/94 (Estatuto da OAB), o art. 8º, IV, instituiu o Exame de Ordem como requisito para a inscrição do bacharel 
em Direito como advogado, sendo previsto, no art. 84, que o estagiário, inscrito na OAB, seria dispensado de tal 
Exame desde que comprovasse, em até dois anos da promulgação do Estatuto da OAB, o exercício e o resultado 
do estágio profissional ou a conclusão, com aproveitamento, do estágio de Prática Forense e Organização Judiciária, 
realizado junto à respectiva faculdade. 3. Hipótese em que o impetrante, formado em 11/09/95, durante a vigência 
da Lei nº 8.906/94, não possui direito adquirido à inscrição como advogado com base na Lei nº 4.215/1963, pois 
não demonstrou que tinha inscrição, como estagiário, na OAB, e a conclusão do estágio profissional ou de prática 
forense no prazo legal assinado (requerimento de inscrição em 2008), além de não comprovar que na ocasião do 
término do curso superior preenchia todos os requisitos para o registro profissional na OAB, sendo relevante 
destacar que exercia atividade incompatível com a advocacia quando obteve o título de bacharel em Direito. 4. 
Apelação desprovida. 
 
 STF - Acórdão Hc 118823 / Sp - São Paulo, Relator(a): Min. Marco Aurélio, data de 
julgamento: 07/03/2017, data de publicação: 30/06/2017, 1ª Turma 
PROCESSO-CRIME – DEFESA – PROFISSIONAL DA ADVOCACIA – IMPEDIMENTO. O impedimento de profissional 
da advocacia resolve-se no campo do processo disciplinar junto à Ordem dos Advogados, não implicando 
insubsistência da defesa implementada em processo-crime. 
 
 
 
48 
 
 
 STJ - Acórdão Agrg no Hc 349811 / Mg, Relator(a): Min. Reynaldo Soares da Fonseca, 
data de julgamento: 27/11/2018, data de publicação: 10/12/2018, 5ª Turma 
AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. ESTELIONATO, QUADRIALHA, FALSIDADE E USO DE 
DOCUMENTO FALSO. BUSCA E APREENSÃO AUTORIZADA NA RESIDÊNCIA DOS INVESTIGADOS. AUSÊNCIA DE 
REPRESENTANTE DA OAB NO ACOMPANHAMENTO DAS DILIGÊNCIAS. DOMICÍLIO QUE NÃO ERA EXTENSÃO 
DO LOCAL DE TRABALHO. PREMISSA FÁTICA FIRMADA PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS. IMPOSSIBILIDADE 
DE ALTERAÇÃO EM SEDE MANDAMENTAL. 1. A teor do art. 7º, II, do Estatuto da Advocacia, é direito do 
advogado a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, 
de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia. 
No entanto, presentes indícios de autoria e materialidade da prática de crime por parte de advogado a autoridade 
judiciária competente poderá decretar a quebra da inviolabilidade, em decisão motivada, expedindo mandado 
de busca e apreensão, específico e pormenorizado, a ser cumprido na presença de representante da 
OAB (§ 6º do art. 7º do mesmo diploma legal). 2. No caso, as instâncias ordinárias afirmaram que a residência dos 
investigados não seria extensão do local de trabalho, o que impediria a aplicação do dispositivo legal em 
exame. Por outro lado, modificar a premissa fática estabelecida na origem de que o local onde foram 
executados os mandados de busca e apreensão e, consequentemente, apreendidos documentos (residência 
dos pacientes), não era escritório ou local de trabalho, demandaria o revolvimentodo material fático/probatório 
dos autos, o que é inviável em sede do remédio constitucional. 3. Agravo regimental improvido. 
 
 (STJ - Acórdão Agint no Resp 1414820 / Sp, Relator(a): Min. Napoleão Nunes Maia 
Filho,data de julgamento: 28/08/2018, data de publicação: 20/09/2018, 1ª Turma) 
PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO 
ORDINÁRIA OBJETIVANDO A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. PUBLICAÇÃO DE NOME NA LISTA DE 
DESAGRAVOS. ABUSO DE DIREITO. ACÓRDÃO LOCAL QUE ENTENDEU CONFIGURADOS OS DANOS MORAIS. A 
REVISÃO DESTA PREMISSA, UM DOS REQUISITOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL, IMPLICA NO REVOLVIMENTO 
FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS, PROVIDÊNCIA VEDADA, EM PRINCÍPIO, NESTA SEARA RECURSAL. AGRAVO 
INTERNO DA OAB/SP A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A Corte de origem concluiu que a parte recorrente abusou 
de seu direito de defender as prerrogativas dos advogados ao publicar nominalmente a lista dos desagravos 
públicos, causou danos morais à parte recorrida. 2. Em sede de Recurso Especial a análise acerca dos requisitos 
da responsabilidade civil demanda, necessariamente, a incursão no acervo fático-probatório dos autos, o que é 
vedado, em princípio, nesta seara recursal. Precedentes: AgInt no AREsp. 874.819/SP, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES 
 
 
49 
 
MAIA FILHO, DJe 3.5.2017; AgRg no REsp. 1.449.270/SP, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 23.5.2016; AgInt no 
REsp. 1.471.821/SP, Rel. Min. NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, DJe 7.2.2017. 3. Agravo Interno da OAB/SP a que 
se nega provimento. 
 
 
 
 
 
 
50 
 
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51 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
______. LÔBO, Paulo. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB. 8ª ed., São Paulo: 
Saraiva, 2015. 
 
______. JÚNIOR, Marco Antônio Silva de Macedo. COCCARO, Celso. Ética Profissional e 
Estatuto da Advocacia — Coleção OAB Nacional. São Paulo. Ed. Saraiva. 2009. 
______. MACHADO, Paulo. Dez em Ética. 3ª ed., Recife. Armador, 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 2
MAT
ERIA
L 
EXE
MPL
AR
 
1 
SUMÁRIO 
4. Sociedade de Advogados ...................................................................................................................................... 2 
5. Advogado Empregado ............................................................................................................................................ 6 
6. Honorários Advocatícios ........................................................................................................................................ 8 
QUADRO SINÓTICO ...................................................................................................................................................... 12 
QUESTÕES COMENTADAS ........................................................................................................................................ 14 
GABARITO ........................................................................................................................................................................... 27 
LEGISLAÇÃO COMPILADA............................................................................................................................................ 30 
JURISPRUDÊNCIA ............................................................................................................................................................. 31 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................................. 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Capítulo 2 
4. Sociedade de Advogados 
Não é raro que um advogado comece a assumir uma quantidade maior de causas e, assim, 
surja a necessidade de se unir a outro ou a outros advogados, divisão de tarefas e até mesmo 
de despesas, e, ao final, ratearem os ganhos obtidos. Os advogados, então, constituem uma 
sociedade de advogados. 
O EAOAB disciplina este tema nos arts. 15 ao 17 (alterados pela Lei 13.247/16), nos arts. 37 
ao 43 do Regulamento Geral e no Provimento n° 112/06 do Conselho Federal da OAB. 
De acordo com o Código Civil de 2002, as sociedades são classificadas em sociedades 
simples e sociedades empresárias, razão pela qual, atualmente, a natureza jurídica da sociedade 
de advogados é de sociedade simples. Ademais, apenas com o advento da Lei 13.247/16 é que 
estes podem reunir-se em sociedade simples de prestação de serviços de advocacia. 
A partir da alteração da Lei 8.906/94, os advogados também podem constituir uma sociedade 
unipessoal de advocacia, como se percebe: “Art. 15. Os advogados podem reunir-se em 
sociedade simples de prestação de serviços de advocacia ou constituir sociedade unipessoal de 
advocacia, na forma disciplinada nesta Lei e no regulamento geral.” 
Vejamos algumas peculiaridades que torna as sociedades de advogados diferentes das 
demais sociedades simples: 
 
 
 
3 
• Personalidade jurídica 
Qualquer sociedade só adquire personalidade jurídica se houver de ser feito o registro de 
seus atos constitutivos em um órgão competente. No que diz respeito à sociedade de 
advogados, tal personalidade jurídica é adquirida com o registro aprovado dos seus atos 
constitutivos no Conselho Seccional da OAB, em cuja base territorial tiver sede, seja esta uma 
sociedade simples ou uma sociedade unipessoal de advocacia. É proibido o registro nos 
cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e nas juntas comerciais. 
Não são admitidas a registro, e nem podem funcionar, as sociedades simples de advogados 
ou sociedades unipessoais de advocacia que apresentem formas ou características mercantis, 
que adotem denominação fantasia, que realizem atividades estranhas à advocacia, que incluam 
sócios não inscritos no quadro de advogados da OAB ou que estejam totalmente proibidos de 
advogar, conforme o EAOAB. 
• Denominação 
No contrato social registrado no Conselho Seccional da OAB, deve constar razão 
social/denominação da sociedade. Ocorre que, existem regras a serem seguidas para que o 
registro seja aprovado. 
Não se admite o uso do nome fantasia, como também não se permite a utilização do 
nome de algum advogado renomado já falecido. Em se tratando de uma sociedade simples 
de advocacia, a denominação adequada deve trazer o nome de, pelo menos, um advogado 
responsável pela sociedade, acompanhado de uma expressão que indique a finalidade do 
escritório, não importando se a expressão indicadora da finalidade vem antes ou depois do 
nome do advogado. 
Psiu! Atenção redobrada para o parágrafo 1º do art. 16 do Estatuto da Advocacia e a Ordem 
dos Advogados do Brasil: A razão social deve ter, obrigatoriamente, o nome de, pelo menos, 
 
4 
um advogado responsável pela sociedade, podendo permanecer o de sócio falecido, desde que 
prevista tal possibilidade no ato constitutivo. 1 
O Regulamento Geral permite ainda o uso do nome abreviado, o que não significa que 
serão utilizadas siglas com as iniciais de cada parte do nome completo. Pode ser utilizado o 
símbolo "&" na denominação da sociedade de advogados. Já em caso de falecimento de um 
dos sócios cujo nome é utilizado na denominação da sociedade de advogados, o Estatuto 
determina que a permanência do nome é condicionada a tal previsão no contrato

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