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09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 1 Materiais e Especificações de Tubos Docente: Mário Bittencourt Tubos Tubos são condutos fechados, destinados principalmente ao transporte de fluidos. A grande maioria dos tubos funciona como condutos forçados, isto é, sem superfície livre, com o fluido tomando toda área da seção transversal. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 2 Tubos de Aço-carbono Chamados de uso geral Baixo custo Excelentes qualidades mecânicas Fácil de soldar e de conformar Tubos de Aço-carbono Utilizado para: água doce, vapor, condensado, ar comprimido, óleo, gases e muitos outros fluidos pouco corrosivos. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 3 Tubos de Aço-carbono Representam aproximadamente 90% dos tubos industriais; Apresentam os limites de trabalho em função da temperatura: 450ºC para serviço severo 480ºC para serviço não severo 520ºC máximo em picos de temperatura 370º C início deformação por fluência 530º C oxidação intensa - 45º C fragilização Tubos de Aço-carbono Existem aços-carbono especiais para baixas temperaturas com menos carbono e mais manganês. Para temperaturas abaixo de 0ºC e acima de 400ºC é recomendado a utilização de aço-carbono acalmado (1% de Si). 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 4 Tubos de Aço-carbono O aço-carbono exposto à atmosfera sofre corrosão uniforme (ferrugem) e o contato direto com o solo causa corrosão alveolar penetrante. Tubos de Aço-carbono De um modo geral o aço-carbono apresenta baixa resistência à corrosão (utiliza-se com revestimento ou joga-se com sobre espessura). Os resíduos de corrosão do aço-carbono não são tóxicos mas podem afetar a cor e o gosto do fluido conduzido. O aço-carbono é violentamente atacado pelos ácidos minerais, principalmente quando diluídos ou quentes e suporta razoavelmente o serviço com álcalis. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 5 Tubos de Aço-carbono Os tubos de aço-carbono são comercializados sem tratamento (tubo preto) ou protegidos com revestimento de zinco depositado a quente (tubo galvanizado). Tubos de Aço Inoxidável Aços-liga são todos os outros aços que contêm outros elementos, além dos que compõem os aços-carbono. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 6 Tubos de Aço Inoxidável Os tubos de aços inoxidáveis são bem mais caros que os aços-carbono A soldagem, conformação e montagem também são mais difíceis e mais caras. Tubos de Aço Inoxidável CASOS GERAIS DE EMPREGO Altas temperaturas Baixas temperaturas Alta corrosão Necessidade de não contaminação Segurança 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 7 Especificação de Material para Tubos de Aço Não deve-se confundir especificação com norma dimensional. No caso de tubos as especificações mais comuns são: Especificação de Material para Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 8 Especificação de Material para Tubos de Aço Especificação de Material para Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 9 Especificação de Material para Tubos de Aço Especificação de Material para Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 10 Especificação de Material para Tubos de Aço Especificação de Material para Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 11 Tubos de Ferro Fundido São usados para água, gás, água salgada e esgotos, em serviços de baixa pressão , temperatura ambiente e sem grandes esforços mecânicos. Ótima resistência a corrosão do solo. São padronizados pelo diâmetro externo de 2” a 48” com as extremidades lisa, flange lateral e ponta e bolsa. Tubos de Ferro Fundido 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 12 Tubos de Metais Não- ferrosos De um modo geral são de pouca utilização devido ao alto custo. Comparação geral com o Aço Carbono: Cobre e suas ligas De um modo geral são de pouca utilização devido ao alto custo. Comparação geral com o Aço Carbono: 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 13 Cobre e suas ligas Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são muito empregados em serpentinas, como tubos de aquecimento ou refrigeração. Cobre e suas ligas Não devem ser empregados para produtos alimentares ou farmacêuticos pelo fato de deixarem resíduos tóxicos pela corrosão. Não devem ser empregados para condução do gás acetileno, devido a formação de sais que entram em ignição espontaneamente. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 14 Alumínio e suas ligas A resistência mecânica é muito baixa. Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são muito empregados em serpentinas, como tubos de aquecimento ou refrigeração. Os resíduos resultante da corrosão não são tóxicos. Alumínio e suas ligas A resistência mecânica é muito baixa. Devido ao alto coeficiente de transmissão de calor são muito empregados em serpentinas, como tubos de aquecimento ou refrigeração. Os resíduos resultante da corrosão não são tóxicos. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 15 Tubos Não-metálicos A utilização de tubos de plástico tem crescido nos últimos anos, principalmente como substitutos para os aços inoxidáveis. Quase todos os plásticos sofrem um processo de decomposição lenta quando expostos por muito tempo à luz solar ( ação dos raios U.V.) Tubos Não-metálicos 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 16 Tubos de Polietileno O polietileno é um polímero do etileno, resistente a corrosão, termoplástico. Pode ser moldado, é resistente ao impacto e isolante elétrico. Sua duração é de 50 anos (20°c) aproximadamente. Tubos de Polietileno 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 17 Tubos de Polietileno Diâmetros Comerciais dos Tubos de Aço Os diâmetros comerciais dos “tubos de condução” de aço carbono estão definidos pela norma ASME B 36.10 e para os tubos de aço inoxidável pela norma ASME B 36.19. Essas normas abrangem os tubos fabricados por qualquer um dos processos usuais de fabricação. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 18 Diâmetros Comerciais dos Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 19 Diâmetros Comerciais dos Tubos de Aço Todos os tubos são designados por um número chamado “DIÂMETRO NOMINAL”, ou do inglês Nominal Pipe Size – NPS. Até 12” o Diâmetro Nominal não corresponde à nenhuma dimensão física do tubo; a partir de 14” o Diâmetro Nominal coincide com o diâmetro externo dos tubos. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 20 Diâmetros Comerciais dos Tubos de Aço Para cada Diâmetro Nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede. Entretanto para cada diâmetro nominal o diâmetro externo é sempre o mesmo, variando apenas o diâmetro interno, de acordo com a espessura dos tubos. Diâmetros Comerciais dos Tubos de Aço 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 21 Diâmetro Nominal O diâmetro nominal de tubos é um conjunto de tamanhos de tubulação padrão utilizados em tubulações de pressão nos EUA. O tubo é especificado por dois números adimensionais: o diâmetro nominal (NPS) e o schedule (SCH). A relação entre estes dois números e as dimensões reais do tubo são confusas. c Diâmetro Nominal Para dado NPS, o Diâmetro Externo permanece constante e a espessura da parede aumenta com um maior SCH. cc c 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 22 Diâmetro Nominal c Para NPS 14 e maiores, o NPS é igual ao Diâmetro Externo (Outside Diameter) em polegadas. Os padrões ISO usam a mesma identificação (ID) de tubulação e espessura de parede, mas os codifica usando o diâmetro nominal (DN), ao invés de NPS. Para NPS maior que 14, o DN é igual ao NPS multiplicado por 25 (e não 25,4). Os schedules mais comumente utilizados hoje são 40, 80 e 160. Diâmetro Nominal09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 23 Diâmetro Nominal c 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 24 Schedule A espessura da parede do tubo é importante na medida em que afeta a resistência. Pela norma ANSI B 36.1, foram adotadas as “séries” (schedule number) para designar a espessura da parede dos tubos. Para cada diâmetro podemos ter vários SCHEDULES. Quanto maior o número que designa o Schedule maior a espessura da parede do tubo. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 25 Schedule Para cada Diâmetro Nominal fabricam-se tubos com várias espessuras de parede, denominadas “séries” ou “schedule”. SCH = 1.000 P S - P é a pressão interna de trabalho em psig - S é a tensão admissível do material em psig Schedule c 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 26 Existe uma crença comum que o número de schedule é um indicador da pressão em serviço que o tubo pode suportar. No entanto, isto NÃO é verdade. A taxa de pressão efetivamente diminui com o NPS crescente e schedule constante. Schedule Cálculo da Espessura da Parede do Tubo Em função da pressão interna do tubo Só pode ser utilizada se o diâmetro externo for maior que seis (06) vezes a espessura da parede 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 27 Cálculo da Espessura da Parede do Tubo – ASME B 31 Tipos de Extremidades de Tubos Os tubos de aço são fabricados com três tipos de extremidade, de acordo com o sistema de ligação a ser usado. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 28 Dimensionamento do Diâmetro da Tubulação Na maioria dos casos do dimensionamento do diâmetro da tubulação é um problema hidráulico em função de: - vazão necessária - diferença de cotas existentes - pressões disponíveis - velocidade e perdas de carga - natureza do fluido - material e tipo de tubulação Dimensionamento do Diâmetro da Tubulação O cálculo é realizado por aproximações sucessivas, em função das velocidades de escoamento ou das perdas de carga. É preciso evitar velocidades altas porque pode causar vibrações na tubulação. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 29 Dimensionamento do Diâmetro da Tubulação Quanto maior a perda de carga maior a energia perdida. Para diminuir a perda de carga é necessário aumentar o diâmetro da tubulação, o que resulta em um problema econômico. Calculado o diâmetro em função do escoamento é necessário adequar o valor encontrado com as dimensões normalizadas para fabricação de tubos. Ponta dos Tubos Os tubos de aço são fabricados com três tipos de extremidade, de acordo com o sistema de ligação a ser usado: - ponta lisa; - ponta chanfrada, para uso com solda de topo; - ponta rosqueada; 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 30 Ponta dos Tubos LISA. Ponta dos Tubos CHANFRADA. 09/08/2019 Mário Bittencourt - UGF - 2013 31 Ponta dos Tubos ROSQUEADA. Bibliografia SILVA TELLES, Pedro Carlos. “Tubulações Industriais”. 10 ed., São Paulo, SP, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, 2010. PETROBRAS, “Fabricação e Montagem de Tubulações Metálicas”. N-115 REV.F, Rio de Janeiro, BR, 2011. CLÉLIO RIBEIRO, A. “Curso de Tubulações Industriais”. Lorena: Faculdade de Engenharia Química de Lorena. Disponível em: ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM141/aula01.pdf. Acesso em: 10 ago. 2012. ftp://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM141/aula01.pdf
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